xiv OS PROBLENUAS Ds ESTETICA
Ieitor italiano de hoje. O aspecto diditico, inerente a este Fim
imposto, als, pelo proposito do ensaio ~ permitiu-me con-
cretizar de modo mais preciso algumas de minhas propostas
especulativas, testar sua validade no contato com problemas
particulares ¢ concretos, aprofundar algumas idétas em que
anteriormente eu apenas tocara ¢ enfrentar problemas que
ainda no abordara diretamente. Por estas razBes considero
este ensaio como uma nova exposigZo de meu pensamento
estétco e, ao mesmo tempo, como um suplemento necessé-
rio & minha obra Estetica: teoria della formativita, publica-
éa por Zanichelli, em 1960, numa segunda edigdo ampla-
mente revista.
Capita
Natureza e tarefa da estética
1. Extensio do termo. O primeiro dos problemas da
estética & 0 que diz respeito & propria estética: sua natureza,
seus limites, suas incurmbéncias, seu método. Nenhuma
indieagdo precisa pode provir do nome “estética”, surgido
quando, no Settecento, ao tornar-se a beleza objeto do co-
nihecimento eonfuso ou sentivel, e quando, no inicio do Otto
Cento, 20 impregnar-se a arte de sentimento, pareceu natural
remeter a teoria do belo a uma doutrina da sensiblidade e a
filosofia da arte a uma teoria do sentimento, Desde enti, de
fato, o termo se foi ampliando cada vez mais, quer para de
signar as teorias do belo e da arte que, desde 0 inicio da his-
{éria da filosofia, apresentaram-se sem nome especifico, quer
para compreender também as teorias mais recentes que nio
86 jf tio remetem a beleza a sensagdo ou a arte ao senti-
mento, como nem mesmo ligam a arte & beleza. Por um la-
do, na filosofia antiga e medieval faltava propriamente uma
estética, ndo existindo nela urn nexo direto entre a teoria da
arte. a metafisica do belo, endo tendo também sido explici-
tesineute estudada a distingao entre « poética ¢ a rei6rien da
teoria da “arte”, entendida no amplo sentido antigo que nela
também inclui os oficios. Por outro lado, no inicio deste sé-
culo, por obra de fildsofos alemaes, ocorreu a tentativa de