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Oni Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Sesconceset ula 02 Prof tui Henigue Lime Nea Reece ras] Sumario Declaragio do México, Normas constitucionais sobre Controle Externo (2# parte); lA css a Fiscalizago nos MUNICIPIOS nnn Competéncias do Legislativo Competéncias do STF e do STI. Clculo dos Fundos de Participagdo (CF: art. 161, pardgrafo Unico)... Tribunais de Contas: fungées. Tribunais de Contas: natureza juridica.... Tribunais de Contas: eficécia das decisées.. Jurisdigdo dos Tribunals de Conta... , ype MiniGlossério de Controle Externo sss Terceira Bateria de Exercicios. Gabarito acinus sit 16 Comentérios ao gabarito .. FIM DE PAPO. Old Pessoal! Revendo minhas anotagdes sobre o concurso de 2013 para AUFC, constatei que no item 1 da disciplina consta o tépico Declaragéo do México. Nao temos certeza se 0 mesmo constara do edital de TEFC para 2014 (em 2012 nao constou). De qualquer modo, por seguranca, iremos aborda-lo. Declaracéo do México A Declaragéo do México é um documento aprovado pelo XIX Congresso da INTOSAI, realizado na capital mexicana em 2007. Ele aprofunda e atualiza conceitos contidos na Declaragéo de Lima (apresentada na Aula Compre do maior e mais confidvel rateio da internet Contato: MATERIALPONTODOSCONCURSOS@GMAIL.COM * (6) Controle Externo - Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Sesconcenset ula 02 Prof tuizHervigue Lime Demonstrativa) acerca da independéncia das Instituicées Superiores de Controle - ISC, também conhecidas como Entidades Fiscalizadoras Superiores — EFS, a exemplo do TCU no Brasil. A Declaragéo do México proclama oito principios relacionados a independéncia das EFS/ISC. O primeiro diz respeito existéncia de um arcabouco constitucional/legal que assegure a independéncia da EFS/ISC. No Brasil, este principio esté assegurado nos arts. 71 a 73 da CF. 0 segundo € relacionado as garantias e salvaguardas de seus dirigentes (no caso de Controladorias/Auditorias) ou membros (no caso de érgdos colegiados como o TCU). No Brasil, os Ministros do TCU t&m as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do STJ (CF: art. 73, §3°), incluindo a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsidio (CF: art. 95, caput). © terceiro diz respeito as competéncias e independéncia de atuacéo das EFS/ISC, envolvendo o controle dos recursos e do patriménio publico, a capacidade de selecionar e programar as areas a serem auditadas, bem como a autonomia administrativa do érgao. O TCU goza de tais prerrogativas. © quarto exige que as EFS/ISC tenham acesso irrestrito as informagées necessérias ao seu trabalho. No Brasil, ha restrigdes quanto ao acesso do TCU a determinados dados, sob 0 argumento de protecéo do sigilo bancério/fiscal/comercial. © quinto proclama o direito e a obrigacdo de publicar os resultados de seus trabalhos de fiscalizagao. No Brasil, o TCU deve enviar trimestralmente ao Congresso Nacional relatério de suas atividades (CF: art. 71, §4°), bem como no enfrenta restricSes para divulgar seus relatérios e decisdes. O sexto concerne a liberdade de di © contedido e a oportunidade dos relatérios de auditoria, bem como sua publicacdo e divulgacao. Isso significa que seus trabalhos néo podem ser objeto de censura ou sofrer restriges de circulagdo. O TCU goza de tal liberdade. O sétimo prevé a existéncia de mecanismos de monitoramento (“follow- up”) das recomendagées emitidas pelas EFS/ISC. No Brasil, 0 TCU desenvolve trabalhos de monitoramento das recomendagées resultantes de suas auditorias operacionais. O oitavo diz respeito 4 autonomia administrativa/gerencial e a disponibilidade de recursos humanos e financeiros suficientes para o desempenho de suas atribuicées. No Brasil, quanto a esse aspecto a situagéo do TCU nao é a ideal, mas é satisfatoria, 0 mesmo nao se podendo dizer de algumas Cortes de Contas estaduais e municipais. Essa é a sintese da famosa Declaragaéo do México! Muito bem! www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 2 Prof. Luiz Henrique Lima Conforme combinado, hoje concluiremos o estudo acerca das normas constitucionais relacionadas ao controle externo e abordaremos os temas das fungées, natureza juridica, eficdcia das decisées e jurisdicéo dos Tribunais de Contas. Normas constitucionais sobre Controle Externo (2? parte); Além do “nuicleo duro” de nossa disciplina - os arts. 70 a 75 da Constituicao - diversos outros dispositivos constitucionais merecem estudo. Vamos reproduzi- los e analisd-los: Fiscalizacao nos municipios Art. 31. A fiscalizac0 do Municipio serd exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1° - O controle externo da Camara Municipal serd exercido com 0 auxilio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Municipio ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municipios, onde houver. § 2° - O parecer prévio, emitido pelo érgd0 competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, sé deixaré de prevalecer por deciséo de dois tergos dos membros da Camara Municipal. § 30 - As contas dos Municipios ficaréo, durante sessenta dias, anualmente, 4 disposicao de qualquer contribuinte, para exame e apreciacéo, 0 qual podera questionar-Ihes a legitimidade, nos termos da lei. § 40 - E vedada a criagao de Tribunais, Conselhos ou érgaos de Contas Municipais. No capitulo dedicado & organizac&o dos municipios, a Constituico prevé que a fiscalizagéo do Municipio sera exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. Observem que nas esferas federal e estadual € mencionado o sistema de controle interno de cada poder e na municipal, apenas do Poder Executivo. Outra importante peculiaridade é a norma que dispSe que o parecer prévio, emitido pelo érg&o competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, s6 deixara de prevalecer por decisio de dois tercos dos membros da Camara Municipal. Anote-se que quando a norma faz referéncia & decisdio de dois tercos, significa que nao basta a presenca de dois tergos dos vereadores a sesséo e & votacdo sobre o parecer, mas sim que é exigido que pelo menos dois tercos dos vereadores votem contrariamente as conclusdes do parecer prévio elaborado pelo respectivo Tribunal de Contas. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 3 Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima Assim, a regra para os municipios diverge substancialmente daquelas vigentes para a Unido, Estados e Distrito Federal. Com efeito, para essas esferas a maioria absoluta das Casas Legislativas é suficiente para aprovar o Decreto Legislativo relativo as contas do Chefe do Poder Executivo, esteja ou nao o parecer da Comisso técnica em consonancia com o parecer prévio encaminhado pela Corte de Contas. A doutrina afirma que, com relacao as contas do Prefeito, o parecer prévio do Tribunal de Contas € quase vinculante. Ademais, 0 constituinte vedou a criagéo de novos Tribunais, Conselhos ou érgaos de Contas Municipais. Desse modo, a excecdo dos municipios do Rio de Janeiro e de Sao Paulo (capitais), que dispdem de seus préprios TCMs, em todos os demais municipios brasileiros as acdes de controle externo envolverao os Tribunais de Contas dos respectivos estados, sejam eles TCEs ou TC dos Municipios. Conforme ja assentado pelo STF, nenhum Municipio pode criar um Tribunal _de Contas Municipal proprio, exclusivo, mas os Estados podem criar Tribunais ou Conselhos de Contas Municipais. Intervengao A intervengao da Unido nos Estados e no Distrito Federal prevista no art. 34 ea interveng&o em Municipio pelo estado, prevista no art. 35, so medidas excepcionalissimas. No entanto, o instituto da prestagfo de contas da administragdo publica, direta e indireta ¢ de tal relevancia que foi elevado pelos constituintes a categoria de um dos principios constitucionais, cuja garantia de observancia constitui um dos motivos que justificam a intervengao da Unido nos Estados e no Distrito Federal (inc. VII, d) e dos Estados nos Municipios (inc. II). Os demais principios mencionados no art. 34, VII, s&o: forma republicana, sistema representativo e regime democratico; direitos da pessoa humana; autonomia municipal; e aplicagéo do minimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferéncias, na manutencéio e desenvolvimento do ensino e nas acées e servicos publicos de satide. Competénciasdo Legislativo Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da Republica e apreciar 0s relatérios sobre a execucdo dos planos de governo é competéncia exclusiva do Congresso Nacional (CF: art. 49, IX). Na hipétese de n&o apresentagdo pelo Presidente da Repubblica das contas ao Congresso Nacional, no prazo de sessenta dias apés a abertura da sessdo legislativa, € competéncia privativa da Camara dos Deputados proceder & tomada de contas do Presidente da Reptiblica (CF: art. 51, II). Por sua vez, é competéncia do Senado aprovar previamente, por voto secreto e apés arguig&o publica, os Ministros do Tribunal de Contas da Unido indicados pelo Presidente da Republica (CF: art. 52, III, b). www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 4 Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima Competéncias do STF e do STJ No art. 102, I, ¢, de g, a Constituig&o conferiu ao STF competéncia para processar e julgar, originariamente: “nas infrages penais comuns e nos crimes de responsabilidade os membros do Tribunal de Contas da Uniao; vo "habeas-corpus", sendo paciente membro do Tribunal de Contas da Unido; vo mandado de seguranga contra atos do Tribunal de Contas da Unido; “0 "habeas-data" contra atos do Tribunal de Contas da Uni&o; Yo mandado de injungao, quando a elaboracéio da norma regulamentadora for atribuicdo do Tribunal de Contas da Unido. Conforme o art. 105, I, a da CF, compete ao Superior Tribunal de Justiga processar e julgar, originariamente nos crimes comuns e nos de responsabilidade os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal e os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municipios. Calculo dos Fundos de Participacao (CF: art. 161, paragrafo Gnico) DispSe o pardgrafo Unico do art. 161 da CF que o Tribunal de Contas da Unido efetuard o cdlculo das quotas referentes a entrega dos recursos de que trata o art. 159, cujas normas e critérios de rateio seréo estabelecidos em Lei Complementar, objetivando promover 0 equilibrio socioeconémico entre Estados e entre Municipios. Tais recursos sdo os que constituem o Fundo de Participagao dos Estados e do Distrito Federal, 0 Fundo de Participacao dos Municipios e os chamados Fundos Constitucionais das Regides Norte, Nordeste e Centro-Oeste. = esclar do! DUVIDA FREQUENTE O TCU efetua 0 cdlculo dos valores relativos ao FPE e FPM a serem repassados a Estados e Municipios? Nao. Esse calculo é realizado mensalmente pela Secretaria do Tesouro Nacional - STN, com base nos dados da arrecadacao do periodo anterior e aplicando os coeficientes fixados pelo TCU em Deciséio Normativa. © que 0 TCU faz é: ‘www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 5 Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima 1) ficar os coeficientes individuals de participagéo; 2) fiscalizar a entrega dos recursos (montante e prazo); 3) acompanhar a classificagao das receitas originarias; 4) receber e processar reclamagdes em caso de repasse efetuado a menor ou com atraso, Tribunais de Contas: funcées © quadro a seguir, extraido do meu livro CONTROLE EXTERNO, da editora Campus-Elsevier, resume as principais fungdes dos TCs e os dispositivos que as instituem. Quadro-resumo das fungées das Cortés de-Contas Funcéo Dispositivos fiscalizadora CF: art. 71, IV, V, VI e XI opinativa CF: art. 71,1 julgadora CF: art. 71, I, IIT sancionadora CF: art. 71, VIIT corretiva CF, art. 71, IXeX consultiva LOTCU: art. 1°, XVIT informativa CF: art. 71, VI ouvidora CF: art. 74, § 20 normativa LOTCU: art. 3° A fungéio normativa decorre do poder regulamentar, por exemplo, na expedigéo de instrucdes normativas. A fung&o ouvidora € exercida no recebimento e apuragéo de denincias apresentadas por qualquer cidadéo, associago, sindicato ou partido politico. A fungao informativa ocorre quando o TCU fornece informagdes ao Congresso e sociedade. A func consultiva deriva de sua compet@ncia para responder consultas. A fungo sancionadora, como 0 nome indica, existe porque o TCU pode aplicar as sancdes previstas em lei. Ndo se confunde com a corretiva que ocorre Compre do maior e mais confiavel rateio da internet Contato: MATERIALPONTODOSCONCURSOS@GMAIL.COM www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 6 Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima quando a Corte de Contas determina aos érgaos jurisdicionados que adotem medidas necessérias ao cumprimento da lei. A fungao juigadora tem seu dpice no julgamento das contas e a opinativa na apreciagao do parecer prévio relative 4s Contas do Governo. Por derradeiro, a funcdo fiscalizadora é exercida nas atividades diuturnas dos profissionais de controle externo realizando auditorias e inspecies. Tribunais de Contas: natureza juridica A natureza juridica do TCU tem sido objeto de alguma controversia na doutrina. © TCU tem o nome de Tribunal e a competéncia constitucional de julgar, mas nao pertence ao Poder Judiciério. Sua Lei Organica define-o como érg&o de controle externo. Possui extragéo constitucional o que Ihe confere independéncia. Embora auxilie 0 Congresso Nacional, néo tem para com esse nenhuma subordinaggo. Neste sentido, pronunciou-se o STF na ADI n° 1.140-5, Rel. Min. Sydney Sanches: Nao so, entretanto, as Cortes de Contas érgaos subordinados ou dependentes do Poder Legislative, tendo em vista que dispéem de autonomia administrativa e financeira, nos termos do art. 73, caput, da Constituico Federal, que Ihes confere as atribuicées previstas em seu art. 96, relativas ao Poder Judicidrio. Para Fernando Jayme!: A definicéo mais apropriada é a de Frederico Pardini, que o define como "6rgéo especial de destaque constitucional". O Tribunal de Contas néo esté subordinado a nenhum dos Poderes do Estado, gozando de autonomia administrativa e funcional, com competéncias exclusivas, constitucionalmente estabelecidas. O vinculo existente entre 0 Tribunal de Contas e o Poder Legisiativo é apenas operacional, de apoio a fiscalizacao politica. Suas decisées no podem ser reformadas em nenhuma outra insténcia, embora sejam passiveis de anulac&o pelo Poder Judicidrio (CF: art. 35, XXXV), em caso de desrespeito aos principios do contraditério, da ampla defesa e do devido processo legal. Em sintese, podemos sublinhar que 0 TCU nao possui subordinacéo hierérquica a nenhum outro érg&o ou poder, sendo, portanto, inadequada e imprépria a express&o “érgao auxiliar do Poder Legislative”, que n&o consta em parte 4 Tribunal de Contas: jurisdicao especial e a prova no procedimento de julgamento de contas, Revista do TCE-MG, ano XVII, 1999, vol. 3. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 7 Prof. Luiz Henrique Lima nenhuma na Constituicéo. Do ponto de vista doutrinério, é mais apropriado dizer “érgéio que auxilia” 0 Congresso Nacional. Todavia, em algumas questées a expressdo “érgéio auxiliar” em referéncia ao TCU tem sido considerada correta, uma vez que constou em alguns julgados do STF. De maneira geral, as bancas entendem que o TCU é um tribunal de natureza administrativa. Tribunais de Contas: eficacia das decisées Como visto na Aula 01, nos termos do §3° do art. 71, as decisdes do Tribunal de que resulte imputacéo de débito ou multa terdo eficacia de titulo I, 0 que significa que nao sera necessério inscrevé-las na divida ativa para efetivar a cobranga judicial, que néo seré de responsabilidade do TCU, mas da Advocacia-Geral da Uniao. As decisées do TCU classificam-se como preliminares, definitivas ou terminativas (LOTCU: art. 10). Preliminar é a decisdo pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar- se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citac&o ou a audiéncia dos responsaveis ou, ainda, determinar outras diligéncias necessarias ao saneamento do processo. Adiante no curso, estudaremos os conceitos de audiéncia, citag&o e sobrestamento. Definitiva é a decisao pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva, ou irregulares. O julgamento de contas serd o tema de uma préxima Aula. Terminativa é a decisdo pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem consideradas iliquidaveis, ou determina o seu arquivamento pela auséncia de pressupostos de constituigéo e de desenvolvimento valido e regular do processo ou por racionalizag&e administrativa e economia processual. Iliquidaveis sdo as contas em que caso fortuito ou de forga maior, comprovadamente alheio a vontade do responsdvel, tornar materialmente impossivel 0 julgamento de mérito. Por exemplo, um incéndio que destruiu os originais da documentago comprobatéria da aplicagéo de recursos de um convénio, associado a um virus de computador que destruiu todas as cépias eletrénicas daquela documentacao. Jurisdicéo dos Tribunais de Contas A jurisdigéio do TCU é estabelecida nos arts. 4° e 5° de sua Lei Organica: www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 8 Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima Art. 4° O Tribunal de Contas da Unio tem jurisdig’o prépria e privativa, em todo 0 territério nacional, sobre as pessoas e matérias sujeitas 4 sua competéncia. Art. 5° A jurisdic&o do Tribunal abrange: I - qualquer pessoa fisica, érgao ou entidade a que se refere o inciso I do art. 1° desta Lei, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores publicos ou pelos quais a Unido responda, ou que, em nome desta, assuma obrigagdes de natureza pecuniaria; II - aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Erario; III - os dirigentes ou liquidantes das empresas encampadas ou sob interveng&o ou que de qualquer modo venham a integrar, proviséria ou permanentemente, o patriménio da Uni&o ou de outra entidade publica federal; IV - os responsdveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; V - os responsdveis por entidades dotadas de personalidade juridica de direito privado que recebam contribuigées parafiscais e prestem servico de interesse publico ou social; VI - todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos a sua fiscalizac3o por expressa disposi¢3o de lel; VII - os responséveis pela aplicacdo de quaisquer recursos repassados pela Unio, mediante convénio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congéneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municipio; VIII - os sucessores dos administradores e responsdveis a que se refere este artigo, até o limite do valor do patriménio transferido, nos termos do inciso XLV do art. 5° da Constituicao Federal; IX = 0s representantes da Unido ou do Poder Publico na Assembleia Geral das empresas estatais e sociedades anénimas de cujo capital a Uni&o ou o Poder Publico participem, solidariamente, com os membros dos Conselhos Fiscal e de Administracdo, pela pratica de atos de gesto ruinosa ou liberalidade 4 custa das respectivas sociedades. Vamos analisar com calma esses dispositivos. No art. 49, merece destaque a definigdo de que a jurisdi¢&o da Corte de Contas é prépria e privativa, isto é, ndo se confunde com a de nenhum outro tribunal judiciério ou organismo administrative. A descrigéo dos jurisdicionados ao Tribunal de Contas indica aqueles que poderéo ser chamados a prestar www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 9 Prof. Luiz Henrique Lima informagGes, esclarecimentos, justificativas ou alegacdes de defesa por atos praticados com repercussdo sobre o patriménio publico. Os jurisdicionados mencionados no inciso I correspondem aqueles que devem prestar contas, nos termos constitucionais. © inciso If cuida daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Erério. Assim, mesmo que a pessoa no se enquadre na definic&o do inciso I, o simples fato de dar causa a um dano ao Erdrio a incluiré na jurisdigéo do TCU. Exemplos; ¥ A empresa contratada que utilizou material de md qualidade ou forneceu bens defeituosos; v — Aempresa contratada que superfaturou seus servicos ou deixou de realizé-los, total ou parcialmente; YO cineasta que recebeu incentives fiscais e n&o realizou o filme proposto; ¥ A ONG que sé atendeu 10% do piblico previsto no projeto aprovado. ¥ ! sc fique ito $? pergunta do aluno: O que é dano? suridicamente, dano, “significa todo mal ou ofensa que tenha uma pessoa causado a outrem, da qual possa.resltar uma deteriorac3o ou destrui¢éo 4 coisa dele ou um prejuizo a seu patriménio” (Placido e Silva, 1993). Por sua vez, Aguiar Dias (1960) esclarece que Yo. dano se estabelece mediante 0 confronto entre o patriménio realmente existente apdés 0 dano e o que possivelmente existiria, se 0 dano nao se tivesse produzido”. © dano ao Erario consiste em ato ou fato gerador de reducéo do patriménio. piiblico. Com respeito ao inciso III, a possibilidade de a Administragao Publica intervir no dominio econémico é expressa na CF pelos preceitos da fungdo social da propriedade e da supremacia do interesse pubblico. As hipéteses mais comuns de intervencéo e encampagdo referem-se as concessiondrias de servicos publicos, estando regidas pela Lei n° 8.987/1995. © art. 34 daquela norma estipula que cessada a intervengio, se néo for extinta a concessdo, a administracgo do servico seré devolvida a concessionéria, precedida de ‘www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 10 Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima prestag&o de contas pelo interventor, que responder pelos atos praticados durante a sua gestao. Assim, 0 dispositivo em anélise precisa que, ainda que a titularidade do poder pUblico seja de natureza transitéria, prevalece o principio da prestacio de contas. O inciso IV alcanga os responsdveis pelas contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unido participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutive. O exemplo mais conhecido é Itaipu Binacional, constituida pelos governos do Brasil e do Paraguai. O inciso V refere-se aos responséveis por instituigdes do chamado Sistema "S”: SENAI, SESI, SESC, SENAC, SEBRAE etc. Tais servigos devem prestar contas anualmente, pois séo mantidos por contribuigdes parafiscais, instituidas por lei. O inciso VI refere-se a uma ampla gama de destinatério, uma vez que muitas leis especificas atribuiram competéncias fiscalizatérias ao TCU. O tema seré estudado na préxima Aula, mas como exemplo cito os Comités Olimpico e Paraolimpico Brasileiros (Lei n? 12.264/2001). © inciso VII precisa a responsabilidade de quem aplicar recursos repassados voluntariamente pela Unido. Assim, alcanga governadores, prefeitos, secretarios estaduais e municipais, dirigentes de ONGs, Organizacdes Sociais e OSCIPs, entre outros. Os sucessores dos administradores € responsdveis também estdo sujeitos a jurisdigéo do TCU, até o limite do patriménio transferido. De igual modo, os dirigentes de empresas plblicas e sociedades de economia mista constituidas com recursos da Unido (RITCU, art. 5°, III) e os representantes da Unido ou do Poder Publico na Assembleia Geral das empresas estatais e sociedades anénimas de cujo capital a Unido ou 0 Poder Publico participem, solidariamente, com os membros dos Conselhos Fiscais e de Administragao, pela pratica de atos de gestéo ruinosa ou liberalidade a custa das respectivas sociedades. MiniGlossario de Controle Externo Agente Responsavel - Corresponde a pessoa fisica que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores piiblicos da Unido e das Entidades da Administrac&o Indireta ou pelos quais estas respondam, ou que, em nome destas, assuma obrigacdo de natureza pecuniaria. Caracteriza também o gestor de quaisquer recursos repassados pela Unido, mediante convénio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congéneres, a Estado, ao Distrito Federal, a Municipio, a Entidades Publicas ou Organizacées Particulares. Alcance - Diferenca para menos nas contas de encarregados pelos dinheiros ptiblicos. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima a Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima Ato de gestéo - Ato de gerir a parcela do patriménio plblico, sob a responsabilidade de determinada unidade. Contas - Conjunto de informagées que se possa obter, direta ou indiretamente, a respeito de uma dada gest&o, desde que garantida a sua confiabilidade (veracidade e representatividade) e permitida a avaliagdo da legalidade, eficacia, eficiéncia e economicidade dessa gestao. Dano - Juridicamente, dano “significa todo mal ou ofensa que tenha uma pessoa causado a outrem, da qual possa resultar uma deteriorag3o ou destruicgaéo & coisa dele ou um prejuizo a seu patrimédnio" (Placido e Silva, 1993). Por sua vez, Aguiar Dias (1960) esclarece que “o dano se estabelece mediante 0 confronto entre o patriménio realmente existente apds 0 dano e 0 que possivelmente existiria, se 0 dano ndo se tivesse produzido”. 0 dano ao Erario consiste em ato ou fato gerador de reduc&o do patriménio puiblico. lade - Minimizacéo dos custos dos recursos utilizados na consecugéo de uma atividade, sem comprometimento dos padrées de qualidade. Erario - Tesouro ou Fazenda Publica. Legalidade - Refere-se ao controle da obediéncia das normas legais pelo responsdvel fiscalizado. Legitimidade - Apreciago que envolve uma avaliac&o das circunstancias em que o ato foi praticado, uma ponderacéo da prioridade relativa entre a despesa efetuada e as outras necessidades da comunidade. Processo de contas - Segundo o art. 19, par. unico, I da IN TCU n° 63/2010, processo de contas é 0 proceso de trabalho do controle externo, destinado a avaliar e julgar o desempenho e a conformidade da gest&éo das pessoas abrangidas pelos incisos I, III, IV, V e VI do art. 5° da Lei n° 8.443/92, com base em documentos, informagdes e demonstrativos de natureza contabil, financeira, orgamentaria, operacional ou patrimonial, obtidos direta ou indiretamente. Os processos de contas constituem instrumentos de avaliagdio de gestéo e de responsabilizacio de pessoas. @ caiu na prova! www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 12 Prof. Luiz Henrique Lima Terceira Bateria de Exercicios Nessa segunda bateria, como nas préximas, no ficaremos limitados aos tépicos abordados na Aula de hoje, mas também iremos rever e consolidar o que vimos anteriormente. 51) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questo 31) O Supremo Tribunal Federal ndo se sujeita a controle externo exercido pelo Congresso Nacional. 52) (TCDF Procurador MP-TCDF 2012 Cespe, questo 4) As infragdes penais comuns cometidas pelos ministros de Estado, pelo procurador-geral da Reptiblica e pelos membros do TCU, entre outros, sao processadas e julgadas pelo STF, mas os crimes dolosos contra a vida praticados por essas autoridades sao da competéncia do tribunal do jtiri do local em que se der o crime. 53) (TCDF AFC 2014 Cespe questo 24) A fiscalizag&o contabil e financeira dos orgaos e entidades que compéem a estrutura do DF é exercida pela Camara Legislativa (CLDF), mediante controle externo, com o auxilio do TCDF, e pelo sistema de controle interno dos Poderes Legislativo e Executivo. 54) (TCDF AFC 2014 Cespe questo 44) As competéncias constitucionais dos tribunais de contas incluem a apreciagéo da legalidade dos atos de admisséo de pessoal, para fins de registro, e as nomeagdes para cargos de provimento em comissao. 55) (TCDF AFC 2014 Cespe questo 43) Caso constate ilegalidade na execugao de contrato administrativo, o tribunal de contas devera assinar prazo para a adocao das providéncias necessérias a0 cumprimento da lei, podendo sustar, se nao atendido, a execucao do referido contrato. 56) (SECONT-ES Auditor do Estado 2009 - Cespe, questdo 33) De acordo com a Constituicéo Federal (CF), a fiscalizagao financeira da administracao ptiblica direta e indireta, por envolver matéria relacionada ao controle interno, pode ser disciplinada por meio de lef ordindria. 57) (SECONT-ES Auditor do Estado 2009 - Cespe, quest&o 35) No exercicio de suas atribuigdes constitucionais, 0 TCU pode examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder puiblico, tendo a sua decisdo eficdcia de titulo executivo. 58) (SECONT-ES Auditor do Estado 2009 - Cespe, questo 36) Para fortalecer 0 controle interno do Poder Executivo, a CF estabelece que os responséveis pelos érgdos ptblicos, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela devem dar ciéncia ao TCU, sob pena de responsabilidade subsididria, no se aplicando tal regulamento aos Poderes Legislativo e Judiciario. Compre do maior e mais confidvel rateio da internet Contato: MATERIALPONTODOSCONCURSOS@GMAIL.COM www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 13 Prof. Luiz Henrique Lima 59) (FUB Auditor 2009 - Cespe, questo 56) O Tribunal de Contas da Unido néo pode realizar auditorias no ambito de sua prépria estrutura administrativa, tendo em vista no haver, nesse caso, a independéncia necesséria para a efetivacao do trabalho. 60) (FUB Auditor 2009 - Cespe, questdo 61) O controle sobre as operacdes de crédito, avais e garantias é competéncia do controle interno, mas 0 cumprimento das metas previstas no plano plurianual (PPA) e nos orgamentos da Unido deve ser acompanhado exclusivamente pelo sistema de planejamento de orcamento. 61) (TCDF AFC 2014 Cespe questéo 39) O TCDF possui competéncia constitucional para determinar diretamente a quebra dos sigilos bancério e fiscal, desde que tal medida esteja relacionada ao controle externo. 62) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questo 34 Comissao permanente do Senado Federal tem legitimidade para requerer ao TCU a realizacao de inspecio. 63) (TCDF AFC 2014 Cespe questéo 31) Considere que, em determinado processo de prestacao de contas, o TCDF tenha adotado em decisao terminativa, 0 trancamento das contas, cujo julgamento de mérito se tornou invidvel em razéo de sinistro que inutilizou a documentacéo da entidade auditada, e a baixa da responsabilidade do administrador apés 5 anos de publicacéo da referida deciséo terminativa, sem fatos novos. Nesse caso, a decis&o do TCDF foi adequada. 64) (TCE RO Auditor Ciéncias Contabeis 2013 Cespe, questéo 50) O ato inicial de concesséo de aposentadoria de servidor do estado de Rondénia estaré sujeito & apreciac&o do TCE/RO, para fins de registro ou exame. 65) (TCE RO Auditor Ciéncias Contabeis 2013 Cespe, questo 49) Qualquer cidadao que constatar irregularidade na utilizac&o de verba publica pode formalizar dentincia ao TCE/RO. 66) (SAD/PE Analista de Controle Interno 2010 - Cespe, questéo 47) A avaliaco da execucao de programas de governo é reforcada pela Controladoria Geral da Unigo (CGU) na fiscalizag&o de recursos federais a partir de sorteios publicos. Com relaco a esse programa de fiscalizagao, é correto afirmar que a) esté especificamente direcionado a aplicacao de recursos federais e estaduais nos municipios. b) os entes incluidos na fiscalizago néo podem tomar conhecimento do fato até © inicio dos respectivos trabalhos. c) os relatérios de cada fiscalizagéo sao de conhecimento publico, podendo ser acessados pela Internet. 4) a selecao dos entes a serem fiscalizados é realizada mediante sorteio entre os que apresentam indicios de irregularidades. ) 0 trabalho da CGU se restringe a orientagao e supervisdo, ficando a execucdo, propriamente dita, a cargo dos érgaos fiscalizadores estaduais. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 14 Prof. Luiz Henrique Lima 67) (SAD/PE Analista de Controle Interno 2010 - Cespe, questéo 48) As transferéncias de recursos entre as diferentes esferas da administragéo ocorrem, geralmente, da Unio para os estados e municipios, e dos estados para os municipios. Com relagdo & fiscalizacdo dessas transferéncias, cabe a) ao Tribunal de Contas da Unigo (TCU) a fiscalizacao das transferéncias voluntarias da Unido para os estados e municipios. b) aos tribunais de contas dos estados, com exclusividade, a fiscalizagéo das transferéncias recebidas pelos estados e municipios. ¢) ao tribunal de contas de cada estado a fiscalizacéo apenas das transferéncias, constitucionais. 4) ao tribunal de cada jurisdicéo a fiscalizagéo de quaisquer transferéncias efetuadas pelo respectivo ente. @) ao tribunal da respectiva jurisdic¢ao determinar a suspensao das transferéncias constitucionais quando o ente beneficidrio estiver inadimplente com empresas estatais do ente transferidor. 68) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questo 73) Na prestacdo de auxilio para o exercicio do controle externo, os TCs nao estéo subordinados operacional nem administrativamente as casas legislativas. 69) (Assessor Técnico Juridico TCE RN. 2009 - CESPE, questéo 120) Nos processos perante TCs, asseguram-se 0 contraditério e a ampla defesa quando da decis&o puder resultar anulacéo ou revogacio de ato administrativo que beneficie 0 interessado, inclusive a apreciacdo da legalidade do ato de concessao inicial de aposentadoria, reforma e pensao. 70) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questo 72) O TCU faz parte do Congresso Nacional, a quem deve auxiliar no exercicio do controle externo. 71) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questéo 66) O TC, no exercicio de suas atribuicées, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder publico. 72) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questo 65) A decisdo prolatada por TC somente pode ser contestada no 4mbito do Poder Judiciério por meio de aco ordindria nova e independente do processo que levou a decisao original. 73) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questo 39) Uma das fungdes de competéncia dos TCs, como definido na CF, é a de ouvidor, caracterizada pelo recebimento de dentncias de irregularidades ou ilegalidades formuladas tanto pelos responsdveis pelo controle interno come por qualquer cidadao, partido politico, associacao ou sindicato. 74) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questéio 36) Se o TCE/RN concluir que no dispde de servidores habilitados para a realizacdo de auditorias e pericias em assuntos de alta especializacéo, terd respaldo legal para requisitar www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 15 Prof. Luiz Henrique Lima servidores de outros érgaos ou de entidades da administracdo estadual ou contratar empresa privada. 75) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, quest&o 32) O julgamento das contas tem considerdvel impacto nas pretensdes eleitorais dos candidatos a cargos politicos, pois o TCE/RN deverd informar ao TRE os nomes dos responsdveis por pendéncias em suas prestagdes de contas, apuradas em diligéncias que estejam em fase de realizacao. 76) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 - CESPE, questao 33) Se a Unio, em raz3o da presente crise financeira, decidir adquirir temporariamente o controle aciondrio de um banco que se encontre em dificuldades de liquidez, com vistas a saneé-lo e vendé-lo em dois meses, durante este periodo, os dirigentes deste banco estardio sujeitos a jurisdic do TCU. 77) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 - CESPE, questdo 34) Se determinado 6rg&o ptiblico receber ingresso financeiro na forma de depésitos, portanto, sem previsdo na lei orgamentaria, tais recursos nao precisaro ser incluides nas tomadas ou prestacdes de contas. 78) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 - CESPE, questdo 35) Se o relator de um processo decidir determinar a audiéncia de umn dos responséveis listados no mesmo processo, tal determinacdo se classificaré como preliminar. 79) (AUFC Auditoria de Obras TCU 2009 = CESPE, questo 36) Se 0 TCU, ao examinar um processo de tomada de contas, julgar as contas como regulares, tal deciséo sera classificada como terminativa. 80) (TCU TEFC 2012 Cespe, questo 16) As decisées finais do TCU podem constituir-se em atos administrativos complexos. Gabarito 51) Errado. 52) Errado. 53) Certo. 54) Errado. 55) Errado. 56) Errado. 57) Errado. 58) Errado. 59) Errado. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 16 60) Errado. 61) Errado. 62) Certo. 63) Certo. 64) Certo. 65) Certo. 66) C. 67) A. 68) Certo. 69) Errado. 70) Errado. 71) Certo. 72) Certo. 73) Certo. 74) Certo. 75) Errado. 76) Certo. 77) Errado. 78) Certo. 79) Errado. 80) Certo. Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Comentarios ao gabarito Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima 51) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questo 31) O Supremo Tribunal Federal nao se sujeita a controle externo exercido pelo Congresso Nacional. Comentari Todos os érgdos de todos os poderes da repiiblica esto sujeitos ao controle externo. Gabarito: Errado. Compre do maior e mais confidvel rateio da internet Contato: MATERIALPONTODOSCONCURSOS@GMAIL.COM www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 7 Prof. Luiz Henrique Lima 52) (TCDF Procurador MP-TCDF 2012 Cespe, questo 4) As infragdes penais comuns cometidas pelos ministros de Estado, pelo procurador-geral da Reptiblica e pelos membros do TCU, entre outros, séo processadas e julgadas pelo STF, mas os crimes dolosos contra a vida praticados por essas autoridades sdo da competéncia do tribunal do jtiri do local em que se der o crime. ‘Comentai Conforme vimos, o art. 102, I, c, da Carta Magna prevé que compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente nas infragdes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da Uniéo e os chefes de misao diplomatica de caréter permanente, nao fazendo excegio quanto a “crimes dolosos contra a vida”. Gabarito: Errado. 53) (TCDF AFC 2014 Cespe questo 24) A fiscalizaco contédbil e financeira dos 6rgaos e entidades que compéem a estrutura do DF é exercida pela Camara Legislativa (CLDF), mediante controle externo, com o auxilio do TCDF, e pelo sistema de controle interno dos Poderes Legislativo e Executivo. Comentari Em simetria & previsdio na esfera federal, a titularidade do controle externo ¢ do Poder Legislativo, no caso a Camara Legislativa do Distrito Federal. Uma pegadinha da questo é a auséncia de meno ao sistema de controle interno do Poder Judiciério, Sucede que no DF 0 Poder Judiciério € mantido pela Unido, logo sujeito a fiscelizacéo do TCU. Gabarito: Certo. 54) (TCDF AFC 2014 Cespe questo 44) As competéncias constitucionais dos tribunais de contas incluem a apreciagéo da legalidade dos atos de admissdo de pessoal, para fins de registro, e as nomeagdes para cargos de provimento em comissao. Comentari Conforme o inciso III do art.71 da Constituicdo Federal, as nomeacées para cargos de provimento em comissao ndo sao objeto de registro no Tribunal de Contas Gabarito: Errado. 55) (TCDF AFC 2014 Cespe questo 43) Caso constate ilegalidade na execucéo de contrato administrativo, o tribunal de contas deverd assinar prazo para a adocdo www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 18 Prof. Luiz Henrique Lima das providéncias necessérias ao cumprimento da lei, podendo sustar, se no atendido, a execugio do referido contrato. Comentario: Como vimos na Aula anterior, o inciso X do art. 71 da Carta Magna confere ao TCU competéncia para sustar, se no atendido, a execucéo do ato impugnado, comunicando a deciséo 4 CAmara dos Deputados e ao Senado Federal. Em caso de contrato, prevé o § 1° do mesmo artigo que o ato de sustacéo sera adotado diretamente pelo Congreso Nacional, que solicitara, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabiveis. Gabarito: Errado. 56) (SECONT-ES Auditor do Estado 2009 - Cespe, questo 33) De acordo com a Constituicéo Federal (CF), a fiscalizacao financeira da administracao publica direta e indireta, por envolver matéria relacionada ao controle interno, pode ser disciplinada por meio de lei ordindria. Comentai © enunciado esta completamente errado. Nao ha na Carta Constitucional previséo de lei ordinéria para disciplinar a fiscalizacdo financeira da administracéo publica. Ademais, tanto a fiscalizacdo financeira, como a contdbil, a orgamentéria, a operacional e a patrimonial séo relacionadas também ao controle externo da administracao publica. Gabarito: Errado. 57) (SECONT-ES Auditor do Estado 2009 - Cespe, questao 35) No exercicio de suas atribuigdes constitucionais, 0 TCU pode examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder pilblico, tendo a sua decisdo eficdcia de titulo executivo, Comentai As decisées do TCU tém eficécia de titulo executivo quando delas resulta imputac&o de débito ou multa (CR: art. 71, § 3°). De outro lado, n&o ha previséo constitucional para o exame prévio de contratos administrativos. Gabarito: Errado. 58) (SECONT-ES Auditor do Estado 2009 - Cespe, questao 36) Para fortalecer 0 controle interno do Poder Executive, a CF estabelece que os responsdveis pelos érgaos ptiblicos, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela devem dar ciéncia ao TCU, sob pena de responsabilidade subsidiaria, no se aplicando tal regulamento aos Poderes Legislativo e Judicidrio. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 1s Prof. Luiz Henrique Lima Comentai Ha dois erros no enunciado, referente ao § 1° do art. 74 da Constituicao. A obrigacéo de dar conhecimento ao TCU de qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada alcanca todos os Poderes; e a responsabilidade em caso de nao fazé-lo é solidéria endo subsidiéria. Gabarito: Errado. 59) (FUB Auditor 2009 ~ Cespe, questo 56) O Tribunal de Contas da Unido nao pode realizar auditorias no 4mbito de sua prépria estrutura administrativa, tendo em vista no haver, nesse caso, a independéncia necesséria para a efetivagao do trabalho. Comentai © TCU conta com uma secretaria de controle interno que desenvolve as atividades de fiscalizacéio contabil, orgamentéria, financeira, operacional e patrimonial nas unidades administrativas do éraao. Gabarito: Errado. 60) (FUB Auditor 2009 - Cespe, questa 61) O controle sobre as operacées de crédito, avais e garantias é competéncia do controle interno, mas o cumprimento das metas previstas no plano plurianual (PPA) € nos orgamentos da Unido deve ser acompanhado exclusivamente pelo sistema de planejamento de orgamento. ‘Comentai © controle sobre as operacées de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unido é finalidade prevista para o controle interno pelo inc. III do art. 74 do Texto Constitucional. Por seu turno, a avaliagéo do cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execugao dos programas de governo e dos orgamentos da Unigo consta do inc. I do mesmo dispositivo. Gabarito: Errado. 61) (TCOF AFC 2014 Cespe questo 39) O TCDF possui competéncia constitucional para determinar diretamente a quebra dos sigilos bancario e fiscal, desde que tal medida esteja relacionada ao controle externo. Comentari ‘Ao estudarmos as normas constitucionais acerca do controle externo nao identificamos essa competéncia, que também nao ¢ prevista em normas infraconstitucionais. Gabarito: Errado. \www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 20 Prof. Luiz Henrique Lima 62) (TCU AUFC-TI 2010 Cespe, questo 34 Comisséo permanente do Senado Federal tem legitimidade para requerer ao TCU a realizagao de inspecao. Comentario: © enunciado esté correto 4 luz do inc. IV do art. 71 da Constituicao (IV - realizar, por iniciativa prépria, da Camara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissdo técnica ou de inquérito, inspegdes e auditorias de natureza contdbil, financeira, orgamentaria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicidrio, e demais entidades referidas no inciso II). Gabarito: Certo. 63) (TCDF AFC 2014 Cespe questo 31) Considere que, em determinado processo de prestacéio de contas, o TCDF tenha adotado em decis&o terminativa, 0 trancamento das contas, cujo julgamento de mérito se tornou invidvel em razao de sinistro que inutilizou a documentacéo da entidade auditade, e a baixa da responsabilidade do administrador apés 5 anos de publicagao da referida deciséo terminativa, sem fatos novos. Nesse caso, a decisdo do TCDF foi adequada. Comentari Na Aula de hoje, estudamos o conceito de decisdo terminativa, previsto no art. 10 ¢/c arts. 20 e 21 da LOTCU: Art. 10. A deciséo em processo de tomada ou prestacao de contas pode ser preliminar, definitiva ou terminativa. § 10 Preliminar é a decisdo pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar a citacéo ou a audiéncia dos responséveis ou, ainda, determinar outras diligéncias necessérias ao saneamento do proceso. § 2° Definitiva é a deciséo pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva, ou irregulares. § 3° Terminativa é a decisdo pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem consideradas iliquidaveis, nos termos dos arts, 20 e 21 desta Lei. Art. 20. As contas serao consideradas iliquidaveis quando caso fortuito ‘ou de forca maior, comprovadamente alheio & vontade do responsdvel, tornar materialmente impossivel 0 julgamento de mérito a que se refere o art. 16 desta Lei. Art. 21. © Tribunal ordenaré o trancamento das contas que forem consideradas jliquidaveis e 0 conseqliente arquivamento do processo. § 1° Dentro do prazo de cinco anos contados da publicag&o da deciséo terminativa no Diario Oficial da Unido, 0 Tribunal poderd, a vista de novos elementos que considere suficientes, autorizar o desarquivamento do ‘www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 2. Prof. Luiz Henrique Lima processo e determinar que se ultime a respectiva tomada ou prestag&o de contas. § 2° Transcorrido 0 prazo referido no pardgrafo anterior sem que tenha havido nova decisdo, as contas sero consideradas encerradas, com baixa na responsabilidade do administrador. Gabarito: Certo. 64) ( TCE RO Auditor Ciéncias Contabeis 2013 Cespe, questo 50) O ato inicial de concesséo de aposentadoria de servidor do estado de Rondénia estard sujeito & apreciagdo do TCE/RO, para fins de registro ou exame. Comentai © enunciado esté de acordo com a previs&o do inciso III do art. 71 da Carta Republicana. Gabarito: Certo. 65) ( TCE RO Auditor Ciéncias Contdbeis 2013 Cespe, questéo 49) Qualquer cidad&o que constatar irregularidade na utilizagéo de verba publica pode formalizar dentincia ao TCE/RO. ‘Comentai Nos termos do § 2° do art, 74 da Constituicao, qualquer cidadao, partido politico, associago ou sindicato é parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Unido. Gabarito: Certo. 66) (SAD/PE Analista de Controle Interno 2010 - Cespe, questdo 47) A avaliacao da execugo de programas de governo é reforcada pela Controladoria Geral da Unido (CGU) na fiscalizacao de recursos federais a partir de sorteios puiblicos. Com relacéo a esse programa de fiscalizaco, é correto afirmar que a) esté especificamente direcionado a aplicacao de recursos federais e estaduais nos municipios. b) os entes incluidos na fiscalizag&o n&io podem tomar conhecimento do fato até © inicio dos respectivos trabalhos. c) 0s relatérios de cada fiscalizagao sao de conhecimento pubblico, podendo ser acessados pela Internet. d) a selecao dos entes a serem fiscalizados ¢ realizada mediante sorteio entre os que apresentam indicios de irregularidades. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 22 Controle Externo — Teoria e Exercicios para o TCU 2014 Aula 02 Prof. Luiz Henrique Lima e) 0 trabalho da CGU se restringe & orientagdo e supervisdo, ficando a execusao, propriamente dita, a cargo dos érgaos fiscalizadores estaduais. Comentario: © programa de fiscalizacao nos municipios a partir de sorteios puiblicos 6 uma das atividades mais conhecidas da CGU. A opcao A é falsa, pois a CGU nao fiscaliza recursos estaduais. E incorreta a assertiva B, pois os resultados do sorteio séo anunciados publicamente. erro da opcao D é que o sorteio é realizado entre todos os municipios que receberam transferéncias voluntérias de recursos federais. item E estd errado porque os trabalhos sao realizados por equipes da CGU. A assertiva C esta correta. Gabarito: C. 67) (SAD/PE Analista de Controle Interno 2010 - Cespe, questéo 48) As transferéncias de recursos entre as diferentes esferas da administrag&o ocorrem, geralmente, da Unido para os estados e municipios, € dos estados para os municipios. Com relacao & fiscalizagao dessas transferéncias, cabe a) ao Tribunal de Contas da Unido (TCU) a fiscalizagdo das transferéncias voluntarias da Unido para os estados e municipios. b) aos tribunais de contas dos estados, com exclusividade, a fiscalizagéo das transferéncias recebidas pelos estados e municipios. ) 20 tribunal de contas de cada estado a fiscalizaco apenas das transferéncias constitucionais. 4) ao tribunal de.cada jurisdicéo a fiscalizagéo de quaisquer transferéncias efetuadas pelo respectivo ente. e) ao tribunal da respectiva jurisdic&o determinar a suspenso das transferéncias constitucionais quando o ente beneficidrio estiver inadimplente com empresas estatais do ente transferidor. Comentario: J vimos que a jurisdicao é estabelecida pela origem dos recursos. Assim, esté correta a alternative A. A assertiva B ¢ falsa, pois se os recursos recebidos forem federais, a fiscalizacdo compete ao TCU. A opc&o C merece uma andlise mais detida. As transferéncias constitucionais, a exemplo do FPE e do FPM, constituem recursos dos estados e municipios e néo federais, 0 que a principio nos induziria a considerd-la correta. Hé, contudo, dois www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 23 Prof. Luiz Henrique Lima aspectos. O primeiro é a expresso “apenas”. De fato, pode haver transferéncias voluntarios de um estado para um municipio, as quais também estariam sujeitas 4 fiscalizagao dos TCEs. E, por fim, ha a hipdtese, no caso das capitais do RJ e de SP de as transferéncias constitucionais recebidas por esses municipios serem fiscalizadas pelos respectivos TCMs. © item D esté incorreto pela razao inversa, a saber, a expresso “quaisquer”. Uma transferéncia constitucional da Unigo para um estado ndo esta sujeita 4 fiscalizagao do TCU, mas do respectivo TCE. No que concerne a assertiva E, inexiste essa competéncia. Gabarito: A. 68) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questo 73) Na prestacdo de auxilio para o exercicio do controle externo, os TCs nao esto subordinados operacional nem administrativamente as casas legislativas. Comentari Nao ha polémica quanto & independéncia funcional, administrativa e orcamentaria das Cortes de Contas, que nao esto hierarquicamente subordinadas a nenhum outro érgdo. O fato de ser um “érgaio que auxilia” nao significa nenhuma relaco de subalternidade. Gabarito: CERTO. 69) (Assessor Técnico Juridico TCE RN 2009 - CESPE, questéo 120) Nos processos perante TCs, asseguram-se 0 contraditério e a ampla defesa quando da deciséo puder resultar anulacéo ou revogacao de ato administrative que benefice o interessado, inclusive 2 apreciacéo da legalidade do ato de concessao inicial de aposentadoria, reforma e pensao. Comentari 0 enunciado contraria frontalmente o enunciado da Simula Vinculante 3 do STF, ja comentade na aula anterior, e que dispde: Samula vinculante Processo administrative no TCU Assunto: PROCESSO NO AMBITO DO TCU. DEVIDO PROCESSO LEGAL. CONTRADITORIO E AMPLA DEFESA DO INTERESSADO. NECESSIDADE DE OBSERVANCIA. Enunciado: “Wos processos perante o Tribunal de Contas da Unido asseguram-se o contraditério e a ampla defesa quando da deciséo puder resultar anulaco ou revogagdo de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciacao da legalidade do ato de concessdo inicial de aposentadoria, reforma e pensao.” www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 24

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