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Anarquia, Estado e Utopia Robert Noxick (EZE) Jorge Zahar Editor ANARQUIA, ESTADO F UTOPIA se lv um tad tei sb fg do Ettdo modero, no gual exper une nove ‘eo deus dsuibutve, um modelo wilco ‘SeEstadoexperinenil sebum novo concio de ‘Eszado mini, umn props de inteeragio ‘ote a Gia flosfa otal ex teat seat ‘ls, conjpad com ums pong ncaa em ‘arin olen. Resi com pande ines ‘quando pblcdo nos Exace rid, flag ‘Sado com oNatoal Book Avardeconsdemdo pot mules com bts Tenens 3o pera ‘eo poli contempoines. Idvios tm direitos. Eh coisas que nea te pessow ou grupo pode fazer com ws nd toe sem vile se cto, Tao fre ede {oat aleance so exes det que colocam A questi do que o Estado ses servidores Poem nso podem fazer. Que expo ox die. {os individouedenam ao Exado? A atreas {So Estado sas anges Teiina tas ust Tapes consttuem oma cena este ro, ‘coma grandee divesifiadsvariedde de 3 los eaelage se em seu curso, CComegando com un formulséo cateéren os diets indvidanis, Robe Nozik, pro enor de lela ne Usiversdade Harvard, studs com grande seredae slegagio star quis de que, me manutengo de sea menops- Ho do uso da forge e du provegio de toes dente dem eto, o Estado tem qe volt Aries individuals, por conseguine inn secant orl, Refotndo ext alegngs, 0 {utr argument, niciaimente, que wn Estado ‘scr dt anargula, mesmo gue nnguéa ‘esse esa lento ou tense cro staves renege es Comps de nee gut eit ue potas fines gains unten inet F de abn (c) Eat ei pa er roid Nt "mer cree do ‘bat mbt degen ee ma, am, ics ‘en freer dee ncn E pie pn orm ge ‘in ttn diene cen te pen Ver Jeon Ki, “Comton, Re er ACG Bry Tho of io, capitulo 2 © ESTADO DE NATUREZA No estado de natureza de Locke, os indvidaos, encontramse fem um “estado de Ubetdade pevfia pare orgunzar seus alos © ‘spor de_seus bens © pessoas como julgam conveniente, dentro lot limites ‘da le da natureza, sem pee icenga ov dopender da wvontade de qualquer outro homem” (Se. 4). Os limites da lei da ratueza extabelecem que “inguém deve prejadiar a outrem em fu vida, sade, Hberdade oa propriedade™ (se. 6). Algumas per Sous transpidem ees limites, "usupando dies de outrem.-- ¢ prejudicndo-se metuameate™ e, como resto, pesoas podem de- Fenderse ou defender otras psious conta os usurpadares desses d- ellos (ep. 3). O ofendio e seus apetes podem plete do infra- ‘or "tanta quanto seja necsselo para reparat o duno que sotreu™ (see. 10); "odes 18m 0 dito de puni os infatores dessa lei na medida em que for necesiso para inpedir sua volaglo™ (see. 7): todas as pessoas podem, podem apens,“revidar (a um eriminoso] into quanto a cama razs0 e a conenca determine, de forma ‘roporconal infrapd, e apenas na medida em que poss servic como zeparasio e disussio™ (se. 8) Hs contudo “iconvenitacis no estado de nurureza" para as diz Locke, “resonheyo plenamente que o govern lil conse aio semédo tpropeado™ (lcs 13). A fim det compreendcr ena. tamente 0 questo eiesremédios do governo civ, temos que fazer mas do que rept a Ista de Locke de inconveninci do estado de natures. Tes que evar em conta tame que aranios podem ‘er fotos no estado de atures para lidar com exer inconveientes 6 Tee de Beale de Nate = vito, tomé-los menos provévels ou menos graves 236 acs ‘oes em que ocorrem. 86 depois de todos os recursos 0 exlado de nature teem sido postos em uso, ito & todor ot sanos & scordos voluntrios que! pesoas podem fazer ou negoclar,agindo eno de seus direitos, ¢ 56 depois de serem eatimados 0 elites ‘dos mesos, estaremos em condigoes de verifcar que gravida tem (os inconvealenis que sobram, pre serem remedados pelo Esta, © avaliar seo remétio € pior do que a doeaga. (a) No estado de natureza a le natural enendigntalver no i poaha de forma correta sobre todas 35 coatingénciae (ver ae sages 159 e 160, onde Locke apreseata ese argumeato. sobre sistemas ics, mas comparé-as com a seo 124), e homens que jleam fem causa propca sempre se concederso 0 beneficio. da divide « Supordo que esto com a raso, Saperertinario 0 vlume de dano (u prejuizo que sofrram, e as pads os levaio a te mas do que proporionsinente os demais © exigt inde cesiva (Ge. 13, 124, 125), Desa maneira a exginia de repeto ‘os dietos de pessoa (oeuindo ot diet que to violados quan o 0 individuo'€ punido em exceso) resulta em rits, em sees intermingveis de atos de retaligio.e extragio de indeizagice FE so hf manera Geme de resolver tal contends, temindla, © fares ‘om que ambas as partes sibam gue els acabou. Mesmo se wma pate dia que se absters de ator de retallgSo, otra 6 poderé fear tranglila se souber que a primeira nfo te ente sinds com rcito indenizagso ou a vingarsee, por conseguint, 4 tear, ‘quando se apresente ccasito favorivel. Quslguer método que um finico indviduo poss usar, em unis tentative de compromesrse Imevogavelmente renunciar 8 sua parte noms contends, fo pro potcionain gacantis sfcentes & outa parte. 0 acono eto part cenoerar a contends seria igualmente insivel® Essst sensagies de reuiz méruo podem ocorrer mesmo no cato do disito mais caro « com acordo conjuto sobre os fatos da conduta de cada pessoa, Maiors ainda sero as oportunidad de tala zetaliatea quando (5 fats ou of dietosforem até certo ponto obscura, Além dso, 1 pesos tale nio daponis, no ertado de astare, de poder para fazwrrespeitar seus dicts, ialver aio possa castgar ou exgit in- enizagdo de um adversilo mais forte que os tha violado (ees. 23, 126), ASSOCLAGOES DE FROTERAO De que mancin pode 0 indviduo enrentar esis problemas 0 estado de aaturesa? Comecemoe com este timo. No exado de ‘atts nd pode pennants exit esp ats de ‘eu, fenders, reclame idelapfoe pir (ou pol a0 ‘Sia i atceo fata. Owe np i mis ‘Gatos iodides pode juntas 1 Sten sa. dees a sen pdidn™ Poem aarse'3 ee POE Tet ‘Gi Sacante ow persgit um agreor porgus sip doudos dec eto pen, slo sus amigos ou lot lado no pesado_ou ress gi le of jade 00 fuuro ou ina em tron de (Ge de pron tus todos repondeio ao camaento de SSAHET ero par mn deena ow para faze vale 0 reo & Sour dciton Na usdo hi frg, Dis fconveients, prem, acon atham css ssocages simples de protsto mito” 1) todos eto emp do soreaviso para desempenar sfnguo peottora(e como fe decir quem seaderd a0 ehamancmo para fwd prtetoas ‘us ao exgem ce songs defo of memos?) ¢ 2) guaguer SEeniro pode aplar para sus coleps eizndo ue sts icon foram ow eso endo volar. Nenhuna asoiapio de protego tal querer cet 8 ine diposgso de sap memos rabuenos ‘ou puns, para nada dizer dos membros que pecan teva, {obo dates Ge alodtna, war's aocgo para volar os d= teior de testis. Suri dfestades também se dos embios Gs mcima socio eaten eT, ata Hele span ‘ny cole para ie-coiam_cm seu Soca ‘hook se prac. mita pois tar ener & uct de cit et menos atin emt iin. deo. inteagio. No enlano, ese police remewsn dieiria aa 580 {Enis pole rea au formato de mbgupo que ter Ie tastem ene ie deta mani ceadonatem 0 exosamento da tsrcasto, Eas pon podera também exinula aresore PO- {Shin partcparem do maior neo posse desas esos ‘tm de ote imudade conta ap waatea 08 dfemive, ‘ciando ashi um rane far parm ov procodiments inks de ‘ager de snag Por odor ate motion ae anocaies ee ‘po ume tod hs ge sobs. son invidoe gue bela ie ” ew do Bale de Beene resem) nfo sdotam ums pollica de aointerengSo; liza algum mo para deterinar'de que manera deve agit quando guns membros alegem que outs thes violaram oF diriton, Nox ‘merosos procedimeatosariririos peem ser Imaginados (como, por fexemplo, intervira0 lado do membre que se gucioe princi) femora 2 malosa_ das pessoas petra aquelas que sequtm algim ‘método para descobrir gual qusitoso tem razdo, Quando um mem bro entta em conflto com Um aio-membro, a aeociagbo procira verificar também, de alguma maneis, quem tem razio, mio por atro motivo, pars evllar constant e dispendious.eavovimeator as brigs de cada membro,seja isto justo ou injaso, A inconve- sitocia de fos se manterem de protdo,quseguer sie seam no ‘momento suas atividedes,lncliagGes ou vanagens comparative, pode ser solucionada da maneir habitual pela divsto de taba ¢ gl ro. lgumas pesos so condos ga acre fe ‘ese ge de pls pr eho Pic po ‘ar ita orem 4 prior decent Agus ae es dee fim prota mes enpa ow dealadas ‘ngidao pose ptr por sin} ou ste mai pact- cares do gee top avooe, én de prtelo ped fas fs anger de weatiealo, dente, eeninagte jl de Cups, cigs exagio de’ ome indeniomue, Conte don Pers Se arr em seu pripco cao, pode ramen 9 deco de {ston aio selmene rejead, em uc meds, «alge pare ‘ete of menor envotia A fin de ssguarse eo ce Socal d tga fo rodeo tl pate tea qo wr ea es Petia conderade ait igre, Os Manis podem ds anita tetar se proper cont apart de pcs © ‘meamo concorde he a mana pein como ft ete ela ¢po- Inter sertarhe 2 dno. (Ou pert vet poco pe tlico atavts do gal ume das paren, salt cin 2 ecto, fossa apolar da mama) Por raes bv eat, haved fot Coosa pu qe st acina mencloadas fungi coon para © renmo agate ou agtaia. De ato, Bs stanimente pestoas que evan seus Ii pare fora do sitena ude do Exo, pn oto je 0 es dua csclha como, por exemplo, srbuns eeistns* Soe Apes ache pumas aides do Exndo ov de su tem cost to repli ue aan ere com ca, pode 0 Bat de Nene » condordar com formas de abiragm ou julgamento fora da mguina Gio poder public. Ae pessoas aa verdade tendem 2 esquecet ab postblidades de agirem independestemente do Estado. (Analogs. rent, estos gue quer ser patermalmente regulamentadss esque- em as posibildades de entrar em contato sobre Tiitages par teulaes ao seu prprio comportamento 08 nomear um dado corpo opervior paternalita com poderes sobre sk mesmas. Em vex disso ‘engolem 0 padrdo exito de resis qe os Srioslegslatves por- ‘ventura aprovarem. Hi realmente alguém que, procivando um frupo de pessoas sdias ¢ sensves para roglamentaciho a vu, fem proveto proprio, escoheria aquele grupo de pessoas gue cone ‘Stucm a composiéo das duas casas do Congreso?) Formas varadas + deciio judcel, dfsiado dor tpos pertcuaes ofercidos pelo Estado, certamente poderam ser cviadas, Nem os custo de crngio fe escolha desas cores explicam 0 fato de pesoas utlzarem a forma esata. Iso porgue seria fic er um grande nimero de si temas proesabelecidos gue as partes Iiigates poderiam cscobe. Presumiveimente, 0 qu leva as pesoas 2 usar o sistema ée josga do Estado € 2 qustio do cumprimento fin das decsbes, S60 Es tado tem poderes para impor uma decsfo contra a vontade de ums das putes O Estado nlo permite que alguém mss faga cumin as ‘decioes de ovo sistema Dest mancin, em qualgber Iilgio em ‘gue oF lilganter no conseguem concordar sobre um méiodo de ‘ogio, os em qualguerconfoato em que um dos ladosnio cons fem que 0 oxro aia ¢ cumprih a decsfo (se o outro, mediante ‘contrat, compromset-ee 8 enitepar algo de enorme valor © no fumpee a deeisio, através de qual agécia pode esse contato ter Seu eumprimentoimpoto?), os Ilgantes que desejam que seu ale- dor direitos sejam reconheidos respetados fo ter50 outro re ‘sso peeitdo pelo sistema judiirio do Estado do oe recoret ‘ese proprio stems, Ese fato pole conigurar para pessoas que fe opdem veementemente a qinigser dado sistema esstl um série e opptes exremamente pungeates e dolorosas. (Se 0 sistema judi cto do Estsdo far cumprir 0: retuliados de eetos procedimentos de arbitragem, of individdos podem vi a concordar — na sopos- fo de que re dspSem s cumpriro acordo — sem qualquer contato reo com que considera see sevidres ou instughes do E tdo, Mae wiuasao € 4 mesma se assinam un content qe & eto ‘mpre apenas pelo Estado) » Tawi de Bade de Manes Expirdo as agincas de proteio que seus cletes renanciem 10 dizeito de relia privada, se foram peeudieados por nio- Gentes du mesma? Tal reiaiagio podetia rerultar muito bem em fconurasealiagdo por our aptncia cu individu, ¢ a agbnla de propio alo desejaria, nessa fase tara, envolve-se em uma situa- ‘Ho compicada, tendo que defender cliente de una coniraretala~ ‘Ho. As apinits recusuram protege alguém conrs uma reiaigo 42 meaos que, inicialmeate, Ie howvese sido dada permisio de tomar reiages. (Embors, sho poderiam elas simplesmeate cobra ‘muito mals por uma pollica de proteio mais ampla que preven tal cobertura?) As agencias no preciam nem mesmo exist qu, ‘come parte do acer som ela, o clente renunci, por con, seu dito de execopio privada de justin contra seus cutror clone tex, A agincn preckala spenas recusar a um clente C, que pivae ‘mente excouta seu diitos conta outros clientes, qialguet pro- tepfo conra contra-etalingbs imposan a ele por esss outros che tes Esta situapto & semelhante 20 que ocorcria se C agise contra tum afocellote. © fato adcional de que Cage contra um clete «da apacia signin que ess agi em relardo eC, como faria no to- fame e qualquer afo-cliente que privadamenie exeutsse sus di- reios sobre qulgusr um de seas cleats (ver Capitulo 5). Esta ‘Stusglo reduz a lve mingsoslos a execopio pivada de dietos inteagénca. [AASSOCIAGAD DE PROTEGAO DOMINANTE loiciiment vis dlcrentesasocases ou companhin de lo oltrceSo seus spor mesma tea eogrdlea O que ‘SU gna boner om cna on ci confi eae Cees de_Secettant- ete 2 slugio tornaae restate SESW agacas foman Seana dens sae solo do cas. Eabora cada ut dels own. querer exigent). Mat 0 que acontcerd so fomarem ‘ecoetiferesienquaio sos mts do cao ema ania tentar roteer seu clit eoguanto «oat exforge-se para exstglo 08 ‘Shrighlo pagar um indeiasio? Tes posible apenas me ‘esem coneraio 1. Ness saps as frgas das duas agit cotam em Ta. ‘Una dels sempre vnce tals hts, Uma Yer ve 06 elentes da 0 ads de Nomrs a ‘apincia derrotads ficam mal protegidos em conftos com cle fey da apécia vencodra, dixam cles que sua aplaca faga ae- sfclos com a yenoedora® 2. Uma agéaca tem seu poder eetealizado em ums Sea geoge- fica e 8 outa em dren dferene, Cada uma dlas vee as lata travadas perio de seu centro de poder, sendo estabelecdo algun inte Pessos que tém relaes com uma agtcie, mas vie vem #0b © poder do outs, ou 3p iam para um local mais porto da sede de sua propria agénca ov passam a uillzar os ‘Sewvigo de outa agéncia. (Esta fronteira & tio confltuea como {8 que separa Estados) Em seahum desses dols casos hf grande disseminagio geogitc So uma agéacia opera em uma dada ren geogrtca 2 As dos apc itm ll feietemente Gaba perm ‘mis on motos nh mesa Mets, ¢ sus membros eater ‘ose regieatonete nega igure Ou tee ‘em tan oo aps apes sgumar ecru, gio cm. Penden que an taéach de meas prevents ces ches Soret sempre. De qui ovo, & fan dy evi ate Sent, cars depres ln, alee por intrmio de stor crontvos, ratvem sluoar pcictmnte ov case tee on ns cheeirum a aon dienes Concrdam en Ihr essa dete Geum lereo ur tuna 8 que oven recor, quando Sern sar repecino us, (Ot Posen eee ep Spon sobre gue aca exer fe aioe em qos chcustiscne)* Dosa maacia emerge oh titena de cots de splasio erp sodas sine jl {oe confo de ei Ember operem serene sine, Mi tm Siena jdcio wnieado, do gol ton lr oom ent a todos ene caos gu tot a post rene em ve se cn sie suas revindicagdes concoerntes « Tes f {GE DE-anaguia gerd por srupaneaios espontnens,asiocagies 4 proegio més, diviso de trabalho, presides de mercado, coo: fomias de esa e autorinteressercionl igs alg que se asseme- Jha msito a um Estado misino ou a um prope de Estados minmoe zopnfcamente Gains. Por que ese sstena de mercado der 2 ovis de Bale de Nebere todos o8 demais mereador? Por que um virtual mosopio su fia nese mereado sem intervengzo do govemo, que, em outs Btuagdes, o aria e mantém?® O valor do produto adquiido — a proto conra os demais — ¢ rela: depends de quio fortes so ‘or demas, Ainds sim, a0 contririo dos outros bens que slo ave- Tiadoscomparativamente, servigs coneorents de proteyio méxima ro podem coeistr A naturza do servigo coloca io s6 diferentes fgfaias em concoténeln pela peetoréacin dos clientes, mas també 1 inna eo voleatorconfltos ete sl. Além dso, uma vex que @ ‘lor de menos que 0 profute méximo declina desproporsonsinen- te com 0 nimero dos que © compram, os clientes nio se satstarto ttangilamente com o bem infer © companhias concorenesse:60 olhidas em ua espizal delinante, Dal as crs possibildades que Tisamos anterormente. "A str acima supe que todas as agéncias tentam, de bos £6 age dentro dos Tiites da ei de atareza de que falava Locke * Uma “apéncia de proteio", porém, podern atacar outras pessoas. Em reloio ili de naarens de Locke cla seria uma apna crimi- rosa, (Que contrapetoe coneeios haveria a seu poder? Que cons poss eis hi ao poder do Estado?) Outas agtcis poderiam se ‘Siar contra cla. Pessoa poderam reeusu-se a fer negcios com os ‘lentes da agéncia eriminor, boicotando-os a fim de reduzr a pos Siléae de que cla interverha em seus propos ngicios. Into po- ‘eta tormar mas if agéncn ciminosaconsegbc cletes, Mas tse bocoe pare lartrumento ele apenas de aordo com #3p0- Sipdet muito otimias sobre 0 que azo pode ser mantido em seare- fo e sobre os estos ao Individao do boicote parca, em compar ‘io com os bentcios de reeebinento de cobertura mais ampla ofe- fecide pela egecia “timings, Se a aplasia “riminosa”& simples- Imente im apressor vse, pind, saqueando © extorqindo sem fethuma tevindcagio pausvel jostg, ela teré mais problemas {do gue os Estado, Int porgue a relviadiagio do Estado & legit- Imidade indus seas cdadios & acreditar que tem certo dover de obe- oocr a ceos Silos, pagar seus imposios,travar suas batalas, © fssim por dant, decorendo dat gue algumas pessoas cooperam ‘olunaramente. com ee, Uma apéoca aberdimente apresiva no Doderiadependes de tal coopergio voluntrin mem a receberi, ua ex que as pesoas se consderaiam apenas como suas vitmas © ‘to como sour cidadsos 0 Baad ae Stone = As EXPLICAGOES DE SAO INUISIVEL De gue mand, & gue ie act, una anos de proto. dominant ijere do Exe? Tera Licks ado nina oe ts pao serie ces pas earn scedade ci? Come So to pen (es 7,30) gue "aor coc ‘ent min, er neces para poder» “imeaglo te mee <7 fim um sistema de cao hae lnomvenea en fm procralaem que tom 0 soe gueremon« quar v qs temon Io om mero, 0a te i rec oar ‘h maiateecordo exo de todos dea aegacr, As peas ‘ocr ses bes por igo gust gue eel als Sado do gue aqulo gue tn. Pos nord alpine! ue post toe isso'pr allo qo qurem, Pls mesma rales utes Pesos at motte mals pons aso em tons bene pe ‘tals deeds. Desa mera pesto comers mos he os bens mas comer, dent os ew hes or ee E smi aad uo stb Se oe Se esto tab dopants nmin proce, em a poset qu Se'rdage mutament, (Ese prose tr ifort {or itermetros qs procirerem he facta an oc a fom tec, achat mur smveninteofecerey own tes sms comer) Por Svs resis, ben eos gus Coe verem, sain 6 dee india tovestnse de as Po ‘ede: valor independent ins (eon manna come {tram como seodo mas comerce), prmarenca fea © gu ‘aes de nao preci ven porn anim por io Ni € ec gu scr ee nen eos ‘he fae um mode oon Ht cera tla ctractriicn em exliaies dete to. Mosram qo sip mail o esbems geal ut termes lee como prodidopor wma tetina, bene de um Ininday propo pre mpementicl fi em yr da podsdoe mune forum proceso quedo nenbima sein tere stm men 0 mo ge De sno som Adam Sith emi or Blues de cxtcaresde mao Fuel ("Tao inde pros: Se ober apn cuppa,» io, come em mes cur ‘sion ee €oennd porn mo ela ide promot ” asia dy Eade de Notre fim que nfo fzia parte de suas intengSes”) Um aspecto especil- mente slsatro dees expicsies (especo que, espeamos ese presente na versdo que este lvzo dé do Estado) € eo parte tomado Isis claro por soa Tigagio com 2 idl de explicaio fundamental ‘esbopada no Capitulo 1 As explicagtes fundamentas de uma esfe- 1 inguer so explcagdes da mesma em outros termos, Nio vt- Taam quaisguse ideas da fern em guesfo. Apenss através desas cexplicaier podemos explicate, dal, comprecader tudo sobre 8 e- fern em cxwra, Quanto menos nosis expicags ura idlas que ‘eonsitem o que deve ser expicado, mals (eerrs pabs)eompre- ‘endemasComsiderames agora modelos complicados, que pease sos que s6 podedamn surgi através do itenglointligente, aponst través de slguma tentntva de implementar 0 modelo. Podefames fentarexplcar ditetamente cates modelor, 8 padres, em termos de deacon, necessidade, cengas,e sim por dante, de inividaos ‘orcad para a retlnag ou coneeizagio dsse modelo, Mat esas explcagdes spurecirfo deserigbes do. movclo, pelo menos ‘rte arpa, como objets de crenga e deseo. A explcasto em si ditt ‘gee alguns individuos dete produis slg com (algunas) das ce Tetras do modelo, que alguns indivduos scream que « (me Tor, ou 8...) manera de implementar 0 aspectas do medelo cor- site em... ¢ assim por diane. As expicagies de mio invisiel mi- rimizam o empeepo de Sdias que consrucm 0s fendmenos sere cexplicado. Em conrste com expleapies diciss, nfo explcam mo- ‘elo compliados, nciindo a iis do model plenameate deses- ‘yolvidas como objeor doe desejos ou ceagas das pessons. As expl- eagies de mio lavsvel de fendmens, por consepinte, proporcc- ‘nim maior compreensio do que explicesbes dos mesmos como sendo ‘ealzados por Intenso, como objeto de intengées de pessous. Nio é ‘6 surpreende, por conepunt, que sejam mals satistatirias. ‘Uma explegso de mo isis 9 que parece ser produit do trabalho intencional de-slguéme at foi produzido pela Intengio de ninguem. Poderiamos denominar © po opoto de ex- plicagio de "expeasio de mio ocala". Uma explicegto de mio ‘aula explca o que pree ser apents um conjnto desconexo de fator que (com cete) nip & produto de trabalho intencions, como ' prodato do trabalho iateneonal de wm indivdoo ov grupo. Alg- mas pestons jlgam também essasexptesgiessaisatrias, como € ‘viendo pela popuardnde das teories de conspreio, 0 at de Nae Pa ‘Alguém podesi stcbuir to ato valor a cada tipo de expicn so, de mo invsvel ou mio ocala, que podein arrears 8 te ‘eta silane de explicar cada conjnto de fatosiolnds, apreate- ‘mente nfo-inenconais ou concent, como produto de trabalho Intencional ¢ cada suposto produto de intengSo como wn conunio| ‘so-ntencional de fatos! Sera muito egradivel contnuar com essa eo por slum tempo, meso qu aents aves de um lo completo ‘Uma ver que nfo oferego ma verso expictn dis explicagses emo invisiel e desde que a Sin detempena vm papel 20 ue se segue, mencioo alguns exemplos a fim de dar ao stor uma ‘dia mas clara do que temas em mente quando falamos deste tipo ‘de explicago. (Os exemplon dados para lortar ete tipo de expl- tg ao precisa ser expicaes correlas) 1, Explicages de teora da evoluso (através de mutagho ales- ‘ra, seegio natu), devi genético, © assim por dante) de tragos ou caractersicas de oranismos « populagSes. James ‘Crow © Mottoo Kimura fszem um levantamento de formule. eh matemitics em a Inrauction to Population Genes ‘Theory, Nowa York: Harper & Row, 1970.) 2. Explcagies du ecolopa sobre a reulagto de populagSes sni= rma. (Ver Lawrence Slabodkla, Growh and. Regulation of “Animal Populations (Nova York: Holt, Rinehart & Wiston, 1966}, que conn um levantamento a esse seseito) 3. © modelo explcaivo de Thomas Schelling (American Eco- nomic Review, malo de 1969, pp, 488-493), mosrando que padedes extremos de seregago Talal s4o produidos por ine Aividuos que no a desejam, mas querem, por exemplo, rs ‘ir em bars nos quis 8806 desis popula sejom de sev ‘riprio grupo, © que madam de local de resdéaca pars atn- Bi esse objedve. 4. Coras explcagdes do condiionamento operante et virlot nopélio porgue, como pacfistas, jlgnm que ninguém tem 0 dieito de sar a forga, o8 porgue como revoucionrios acreditam que ‘qualquer Exado caece dese dito, ou ainda porque pensim que tm 0 direto de se associarem e ajodasMlguém, povco importando fo ave o Estado digh, Formular condigoes suficientes para a ex. téncin do Estado tora-se atin ums trea difcll e confasa™ Para nosss fnaidadesagui presisamos focalzer epenas uma condigio necesria que o'srtma de ageocinsprivadar de pote: 0 (on qusguer uma de sous agéocas eomponeatss) sparentemen- te fo atnde, © Fstado revindica 0. io dedi pode usar a forea = quando; diz que #6 ele pode decir quem pode ‘sila © Gn que condgde; rserese 0 dveito exeusivo de tank ferir a outrem a leptinkade © permisbildade de qualgeer wo de orga dentzo de suas fontiras!e azoga-se também @ dizeto de punir todos 06 que violam sev rvinieado monop6lo. O moneps Tio pode ser violado de duas mancias: 1) uma pesson pode war 4 fora, embora nio autorizads pelo Estado a asim procedcr ob, 2) embora em si mesmos nfo ‘sem a foes, um grupo ou pessoas podem se estabelecer como autordade alleatva (e tlver mesmo legate a GnicaTeghima) a fim de decidir quando © por quem (© emprogo da frsa € comet ¢ lepimo, Néo eld claro te o Estado tem gue rivndier o desito de punir 0 segundo tipo de ifrator © € duvdoso se qualquer Estado te abstra de casgar um grupo importante dentro de suas frontizas. Deo de lado questo do ‘ipo de “pode, "eptimidade” « “permissbiidade” que esté em jogo. A permisblidade moral nio & matéia de decsio, © 0 Es ‘ad io pecsa ser th egomaniaco que se atrogue © nico dicta Ge decidir questes moras. Falar em permisbiidade legal eipi- ria, a fim do se evitar um efcalo veioto, que fose ofereida ums ‘ersdo de sistema jdllrio que nfo vtlzarte s i86ia de Extado. Poderemos prossguir, pars nossasfzalidades, dzendo que uma contigo necrsdra a ensténcin do Estedo é que ele (agama pes fn ou orzanizagdo) anuncie que, 20 maximo de sua expaidade(le- vando em conta os csi de assim proceder, a vablldade, 25 ati- ‘idades atemativs mas importantes que deveria estar excotando asm por dante) puniré todos agules que descobir que usaram Ga orga sem sua permisto expresa, (Esta peminso pode rer um permisto particular ov ser concedida or jatermédio do siguma fe fulameatagio ou autorizagso geal.) Mas iso winds nio ser su lente: 0 Exado pode reserarse © deito de perdoaralguém «= por facto; a fm de punt, ele poderh ter nfo 26 quo descobir 0 ‘80 “nto autoriado da fora”, mas também prova, através de al- gum procedimento especifiead de prova, que iso oooret, Mas ess ressalvas permitem-nos peossegsir" Ao que parece as apineas de proteyéo nio fazem tal andaio, idiidaal Ou coleivamente. Nem

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