1992 – 1994 Plebiscito Plano Real CPI do Orçamento 1992 – 1994
Eleito Vice-presidente da República, o mineiro
Itamar Augusto Cautiero Franco assumiu a presidência interinamente entre outubro e dezembro de 1992, e em caráter definitivo em 29 de dezembro de 1992, após o Impeachment de Fernando Collor de Mello. Ele cumpre o restante do mandato cuja duração vai até 31 de dezembro 1994. Itamar recebe um país traumatizado pelo processo que levou à destituição do Presidente e procura administrá-lo com equilíbrio. Ao deixar o governo, seu índice de popularidade está entre os mais altos da República. Plebiscito
Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na
Constituição, o governo realiza um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes, não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da república, contra 10% favoráveis à monarquia. O presidencialismo recebeu cerca de 55% dos votos, ao passo que o parlamentarismo obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o regime republicano e presidencialista. Plano Real
No campo econômico, o governo enfrenta
dificuldades com a falta de resultados no combate à inflação. Os ministros da Fazenda sucedem-se até que Fernando Henrique Cardoso é nomeado para o cargo. No final de 1993, ele anuncia várias medidas para estabilizar a moeda. Em 1º de julho de 1994 é implantado o Plano Real, novo pacote econômico que, entre outras disposições, muda a moeda de cruzeiro real para real. CPI do Orçamento Entre 1993 e 1994, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Congresso Nacional investiga irregularidades na elaboração do Orçamento da União. A CPI prova o envolvimento de ministros, parlamentares e altos funcionários em um esquema de manipulação das verbas públicas, que eram desviadas para empreiteiras e apadrinhados políticos. A autoridade do presidente, contudo, não é abalada pelo resultado das investigações. No final de seu mandato, Itamar Franco apóia a candidatura do ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, à Presidência da República.