A orao subordinada adverbial final

A orao subordinada aquela que exerce uma funo sinttica em relao a uma outra
orao, chamada orao principal e que pede complemento ou uma orao que tem uma
certa dependncia de sentido em relao a orao principal.
Dependendo da funo sinttica que exercem, as oraes subordinadas podem ser
classificadas em: substantivas, adjetivas ou adverbiais.
Segundo Celso, Cunha, Nova gramtica do portugus contemporneo, 2001, as oraes finais
iniciam uma orao subordinada que indica a finalidade o propsito. Tambm definida por
Mira Mateus em Gramtica da Lngua Portuguesa, 1999, as oraes finais so iniciadas
pelos conectores para que, para, que (=para que), a fim de, a fim de que, as oraes finais
exprimem uma relao de dependncia semntica entre duas proposioes: a orao principal,
a antecedente e a orao final, a consequente .
Os conectores que podem iniciar as oraes finais so conjunes e locues adverbiais.
Quando a orao final tem o tempo num tempo finito usa-se para que, a fim de que, que
(=para que) e quando a orao final tem o verbo no infinitivo flexionado ou no flexionado
usa-se para, a fim de que.
Ex: Fugiste para que ele no te visse.
Estamos aqui para trabalhar.
De acordo com a classificao feita por Mira Mateus, 1983, as oraes finais so de trs tipos:
factuais, hipotticas e contrafactuais.
As factuais so dependentes das oraes principais com o verbo no pretrito perfeito simples.
Assim localizado no tempo tem carter de realidade.
Ex: Sa cedo para chegar a tempo ao seminrio.
As hipotticas so aquelas cuja orao principal descreve a situao no futuro ou presente
com valor de futuro.
Ex: Ns mandamos/ mandaremos/ vamos mandar a encomenda amanh para que tu a
recebas no teu aniversrio.
As contrafactuais dependem da orao principal cujo verbo se encontra no mais-que-perfeito
composto do indicativo ou no condicional composto. Na orao final emprega-se o imperfeito
do conjuntivo ou o infinitivo conforme o conector utilizado.
Ex: Os rapazes teriam feito tudo para ganhar a bolsa.