Você está na página 1de 63
Caro(a) futuro(a) Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, € um imenso prazer ministrar este Curso de Teoria e Exercicios de Direito Tributario para AFRFB (ESAF) para vocé!! Deixe-me fazer uma breve apresentaséo. Meu primeiro concurso publico foi quando tinha 14 anos de idade, quando passei para o Colégio Naval (antigo 2° grau, hoje nivel médio). Servi, ent&o, a Marinha do Brasil (onde me graduei em Ciéncias Navais, énfase em Mecénica, na Escola Naval como Oficial), por 13 anos. Sou Auditor-Fiscal Tributdrio do Municipio de S80 Paulo hé 15 anos. Fui Conselheiro Julgador do Conselho Municipal de Tributos de Séo Paulo (CMT), Insténcia maxima do julgamento administrative municipal tributdrio, de 2006 a 2013, do qual exerci a Presidéncia por dois anos e meio, e atualmente sou Subsecretério da Receita Municipal de Sao Paulo. Bacharel, Mestre e Doutor em Direito Tributério pela Faculdade de Direito da Universidade de Sao Paulo (USP), Especialista em Direito Tributdrio pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributérios (IBET), também sou Professor de Especializacao em Direito Tributério na Faculdade de Direito da USP, na Fundago Getuilio Vargas - SP (GVlaw - Programa de Educac&o Executiva da DIREITO GV), no Insper (antigo IBMEC-SP) e no IBET. Vamos ao que interessa. Como seré 0 curso? Nesse curso, ensinarei a TEORIA de Direito Tributario passando por todo o programa do edital recém langado em 10.03.2014 de AFRFB (néo incluso o Direito Previdencidrio - itens 26 a 29 do edital), estando essa teoria recheada de quest6es de diversos concursos, principalmente da banca ESAF, realizados nos ultimos 15 anos. Na correo dessas questées, sera feita a andlise das suas alternativas, de forma que ao final do Curso vocés terdio passado por toda a teoria do programa de AFRFB, e praticado em mais de 500 questdes (eu disse “questdes”, e nao “alternativas de questées”!). Selecionei as questées conforme o ponto do edital numa ordem que considero mais didatica para o seu estudo www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo ont Serei objetivo, nao sendo muito extenso, porém procurando enfatizar todos os aspectos do ponto que entendo ser importantes para que vocé, na hora da prova, saiba marcar a alternativa certa em uma questao sobre o mesmo tema. Direito Tributério é uma disciplina que o candidato tem que ir para 0 concurso pensando em gabaritar! O indice de acertos € alto! E por isso mesmo, um aspecto que n&o vou esquecer no meu curso é considerar a jurisprudéncia mais importante (e somente a mais importante), em Direito Tributdrio, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiga (STJ), pois a ESAF, ja faz tempo, tem nos brindado com questées a respeito dessa jurisprudéncia. www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo Segue 0 contetido programatico do curso, conforme o edital do concurso de AFRFB, de 2014 (n@o incluso o Direito Previdenciario ~ itens 26 a 29 do edital). Aula RSs oo ‘Competéncia Tributaria 01 Conceito e Classificagdo de Tributos Limitages Constitucionais ao Poder de Tributar 02 Imunidades Principios Constitucionais Tributarios 03 Tributos de Competéncia da Unido 04 Contribuigoes Sociais Tributos Estaduais os Tributos Municipais Simples Nacional 06 Legislacao Tributaria Vigéncia da Legislagao Tributaria 07 Aplicac&io da Legislag&o Tributaria Interpretagao e Integrac&o da Legislag&o Tributéria ‘Obrigagdo Tributaria Principal e Acesséria Fato Gerador da Obrigac&o Tributaria os Sujeic&o Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributéria Domicilio Tributério 08 Responsabilidade Tributaria Crédito Tributario e Langamento Tributario to Suspenséo, Extingdo e Exclus&o do Crédito Tributério Garantias e Privilégios do Crédito Tributario 11 Administragao Tributéria. Fiscalizaggo. Divida Ativa. Certiddes Negativas 12 Quest&es Objetivas Mescladas sobre todo 0 programa As dividas seréo sanadas por meio do férum do curso, a que todos os matriculados tero acesso. Minha miss&o nesse curso, para o candidato que esta comegando, é encurtar seu caminho de forma a conseguir fazer frente com seus concorrentes que ja esto na estrada ha algum tempo; e para o candidato que nao é marinheiro de primeira viagem, dotd-lo de um material ao mesmo tempo enxuto e completo, www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo ont para uma répida reviséio, abordando todos os pontos que jé cairam nos concursos da ESAF dos ultimos 15 anos. As criticas ou sugestdes poderdo ser enviadas para: alberto@pontodosconcursos.com.br Finalmente, néo posso deixar de lembré-lo de que vocé, concursando, deve lutar e acreditar no seu objetivo, por isso, seré fundamental sua perseveranga, foco nos estudos e dedicagao! Maos @ obra!! www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo Contedido 1. COMPETENCIA TRIBUTARIA - COMPETENCIA LEGISLATIVA PLENA.6 2. COMPETENCIA TRIBUTARIA - DEFINICAO... 3. CARACTERISTICAS DA COMPETENCIA TRIBUTARIA. 3.1. Facultatividade....... 3.2. Indelegabilidade........... . . 4, COMPETENCIA TRIBUTARIA # CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA .. 10 5. TIPOS DE COMPETENCIA TRIBUTARIA.. 16 5.1. Privativa ...... 16 219 5.2. Comum........ 5.3. Residual ou Remanescente 5.4, Cumulativa 5.5, Concorrent 5.6, Supletiva ou Suplementar ... 5.7. Extraordindtia........ ve 6. BITRIBUTACAO E BIS IN IDEM.. 6.1. Bitributago.... 6.2, Bis In Idem .. www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo ont 1. COMPETENCIA TRIBUTARIA - COMPETENCIA LEGISLATIVA PLENA Prevé 0 art. 6° do Cédigo Tributario Nacional (CTN): Art.6°, A atribuicao constitucional de competéncia tributdria compreende @ competéncia legislativa plena, ressalvadas as limitagdes contidas na Constituic&o Federal, nas Constituicées dos Estados e nas Leis Organicas do Distrito Federal e dos Municipios, e observado o disposto nesta Lei. Por que competéncia legislativa plena? 1°) Porque 0 ente federado pode editar leis sobre a instituigéo (= criagéo), fiscalizagao, cobranga e arrecadagao de tributos; e 20) Porque se um ente federado é competente para instituir tributo, também & competente para conceder qualquer isengdo ou beneficio fiscal relativos a esse mesmo tributo (quem pode criar tributo, pode majorar ou reduzir tributo); 2. COMPETENCIA TRIBUTARIA - DEFINICAO Dai, extraimos a definig’o de competéncia tributéria - competéncia tributaria é 0 poder outorgado (= atribuido) pela Constituigéo & Unido, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios (U, E, DF, M) para editar leis sobre a instituigéio (= criagéo), fiscalizagéio, cobranca e arrecadagdo de tributos. COMPETENCIA TRIBUTARIA Ui Instituigg pela para nstituiggo Poder os . outorgado >} Constituigéo Estados editarleis |» Fiscalizacso | wits 2 : sobre Cobranga ributos Municipios Arrecadacao 3. CARACTERISTICAS DA COMPETENCIA TRIBUTARIA 3.1. Facultatividade Os entes politicos (U, E, DF, M) exercem essa competéncia tributaria se quiserem. Eles n&o so obrigados a instituir os tributos de sua competéncia. www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo Atengao: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei Complementar 101/200, diz que se o ente politico nao instituir e efetivamente arrecadar todos os tributos de sua competéncia, sio vedadas transferéncias voluntarias para este ente. A ideia € simples: se o ente nao institui e cobra os tributos de sua competéncia, como quer receber recursos da Unido por transferéncias voluntarias? Mas a LRF fala de transferéncias voluntérias, e n&o de reparticéo constitucional de receitas. Se os Estados, Distrito Federal ou os Municipios no instituirem e efetivamente cobrarem algum tributo de sua competéncia, apesar de ndo poderem receber transferéncias voluntarias, continuam participando da reparti¢éo constitucional de receitas, recebendo parte do produto da arrecadagao de alguns impostos e da CIDE-Combustiveis. [A repartiggo constitucional de receitas sera abordada quando falarmos de Impostos, dentro do ponto “Classificacéo de Tributes’, na Aula 01] [CIDE = Contribuigo de Intervengao no Dominio Econémico, é uma espécie de tributo, que veremos na também na Aula 01] Transferéncias Voluntarias # Reparticdo Constitucional de Receitas Vamos distinguir ent&o “transferéncias voluntarias” de “repartic&o constitucional de receitas”. Transferéncias Voluntarias - é a “entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da FederacSo, a titulo de cooperacao, auxilio ou assisténcia financeira, que néo decorra de determinacéo constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Unico de Satide” (art.25, LRF) Reparticao Constitucional de Receitas - é a previs&o, na Constituigéo, de repartico de parte do produto da arrecadacao de alguns impostos federais e estaduais (arts.153, §5°, 157, 158 e 159, I e Il, CF/88) e da CIDE- Combustiveis (art. 159, III, CF/88). 3.2. Indelegabilidade Prevéem os arts.8° e 7°, CTN: www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo Art. 8° © ndo-exercicio da competéncia tributéria ndo a defere a pessoa juridica de direito publico diversa daquela a que a Constituigéo a tenha atribuido. Art. 7° A competéncia tributdria & indelegdvel, salvo atribuicio das fungées de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servicos, atos ou decisées administrativas em matéria tributéria, conferida por uma pessoa juridica de direito puiblico a outra, [...]. Um ente federado ndo pode delegar a sua competéncia tributdria a outro ente, mesmo que por lei. Por exemplo, ndo pode a Unido, caso nao esteja mais interessada em instituir leis sobre 0 Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), delegar essa competéncia tributaria aos Municipios. Atengao: em relagéo ao ITR, a Emenda a Constituig&o (EC) n° 42/2003 nao extrapolou a regra da indelegabilidade da competéncia tributdria ao incluir o inciso III do §4° do art.153, CF88, que diz: III - serd fiscalizado e cobrado pelos Municipios que assim optarem, na forma da lei, desde que néo implique redugao do imposto ou qualquer outra forma de rentincia fiscal. Como se vé, a possibilidade é de os Municipios fiscalizarem e cobrarem, e no de legislarem sobre o ITR. 01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tecnologia da Informacaio 2005 ESAF) Competéncia tributéria é poder que a Constituicdo Federal atribui a determinado ente politico para que este institua um tributo, descrevendo-Ihe a hipétese de incidéncia, 0 sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de célculo e a aliquota. Sobre a competéncia tributéria, avalie 0 asserto das afirmagdes adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opcao correta () A competéncia tributéria € indelegavel, salvo atribuig&éo das fungées de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servigos, atos ou decisdes administrativas em matéria tributdria, conferida por uma pessoa juridica de direito publico a outra. () 0 ndo-exercicio da competéncia tributaria por determinada pessoa politica autoriza a Unido a exercitar tal competéncia, com base no principio da isonomia. www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo () A pessoa politica que detém a competéncia tributéria para instituir 0 imposto também € competente para aumenté-lo, diminui-lo ou mesmo conceder isengées, observados os limites constitucionais e legais. (A) F, V, F (B) F, F,V (C)F,V,V (D) V, F,V ©])Vvv Resolugaio Analisemos as afirmacées: 12 afirmaco (VERDADEIRA) A competéncia tributaria é indelegavel, salvo atribuigéo das funcdes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servicos, atos ou decis6es administrativas em matéria tributaria, conferida por uma pessoa juridica de direito puiblico a outra. E A PROPRIA LETRA DO ART.7°, CIN. 24 afirmacdo (FALSA) O néo-exercicio da competéncia tributdria por determinada pessoa politica autoriza a Unido a exercitar tal competéncia, com base no principio da isonomia. O NAO EXERCICIO DA COMPETENCIA TRIBUTARIA PELA PESSOA POLITICA COMPETENTE NAO CONFERE A QUALQUER OUTRA PESSOA POLITICA ESSA COMPETENCIA. E 0 QUE DISPOE O ART.89, CTN. O PRINCIPIO DA ISONOMIA, QUE VEREMOS NA AULA 02, NAO TEM A VER COM A DISTRIBUIGAO DAS COMPETENCIAS TRIBUTARIAS, MAS SIM COM A PROIBIGAO DE U, E, DF, M INSTITUIREM TRATAMENTO DESIGUAL ENTRE CONTRIBUINTES QUE SE ENCONTREM EM SITUACAO EQUIVALENTE, PROIBIDA QUALQUER DISTINCAO EM RAZAO DE OCUPACAO PROFISSIONAL OU FUNCAO POR ELES EXERCIDA, INDEPENDENTEMENTE DA DENOMINACAO JURIDICA DOS RENDIMENTOS, TITULOS OU DIREITOS (ART.150, II, CF88) 3° afirmagado (VERDADEIRA) A pessoa politica que detém a competéncia tributdria para instituir 0 imposto também é competente para aumentéd-lo, diminui-lo ou mesmo conceder isengées, observados os limites constitucionais e legais. COMO VIMOS, COMO A COMPETENCIA TRIBUTARIA E UMA COMPETENCIA LEGISLATIVA PLENA, A PESSOA POLITICA PODE TANTO INSTITUIR OS TRIBUTOS DE SUA COMPETENCIA, COMO TAMBEM AUMENTAR, www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo DIMINUIR OU DAR ISENCOES, DESDE QUE OBEDECIDOS OS LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS. ENTRE ESSES LIMITES, VEREMOS, NA AULA 02, AS LIMITACGOES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR, PREVISTAS NOS ARTS.150 A 152, CF88. GABARITO: D 4, COMPETENCIA TRIBUTARIA # CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA De novo, 0 art.7°, CTN: Art. 7° A competéncia tributaria 6 indelegavel, salvo atribuicéo das fungé6es de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servigos, atos ou decisées administrativas em matéria tributaria, conferida por uma pessoa juridica de direito puiblico a outra, [...]. § 1° A atribuigéo compreende as garantias e os privilégios processuais que competem a pessoa juridica de direito puiblico que a conferir. § 2° A atribuicéo pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa juridica de direito publico que a tenha conferido. § 3° Nao constitui delegagaio de competéncia o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da funco de arrecadar tributos. Aquele “salvo” do art.7°, CTN, na verdade, ndéo € uma excecdo a indelegabilidade da competéncia tributdria, mas se refere sim & capacidade tributaria ativa. Capacidade tributaria ativa - ¢ ter as fungdes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servicos, atos ou decisdes administrativas em matéria tributaria Essa capacidade tributdria ativa pode se manter no ente que detém a competéncia tributédria, ou pode ele delega-la a outra pessoa juridica de direito publico. Competéncia Tributaria. => INDELEGAVELC—> LEGISLAR * Capacidade Tributaria ativa <=> DELEGAVEL ==> FISCALIZAR, ARRECADAR E EXECUTAR www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 10 Assim, sobre 0 “Atengdo" acima, em relagio ao ITR, o que Emenda a Constituig&o (EC) n° 42/2003 fez, ao incluir inciso 0 III do §4° do art.153, CF88, foi dar a possibilidade aos Municipios de assumirem, nos termos de lei (federal), a capacidade tributéria ativa do ITR. Segue, novamente, o dispositive: Art.153, §4°, III - [0 ITR] seré fiscalizado e cobrado pelos Municipios que assim optarem, na forma da lei, desde que nao implique reducéo do imposto ou qualquer outra forma de renincia fiscal. Como se vé, a possibilidade € de os Municipios fiscalizarem e cobrarem, e néo de legislarem sobre o ITR. 02- (ANALISTA-TRIBUTARIO DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Analise as proposigdes a seguir e assinale a opgao correta. I. Se a Constituic&o atribuir 4 Unido a competéncia para instituir certa taxa e determinar que 100% de sua arrecadacéio pertenceré aos Estados ou ao Distrito Federal, caberé, segundo as regras de competéncia previstas no Cédigo Tributario Nacional, a essas unidades federativas a competéncia para regular a arrecadacao do tributo. II. Embora seja indelegavel a competéncia tributéria, uma pessoa juridica de direito pUblico pode atribuir a outra as funcdes de arrecadar e fiscalizar tributos. IIL. E permitido, sem que tal seja considerado delegacéo de competéncia, cometer a uma sociedade anénima privada o encargo de arrecadar impostos. (A) As duas primeiras afirmac®es so corretas, e errada a outra. (B) A primeira € correta, sendo erradas as demais. (C) As tras so corretas. (D) A primeira é errada, sendo corretas as demais. (E) As trés s&o erradas. Resolucao I. ERRADO. Se a Constituiggo atribuir 4 Unio a competéncia para instituir certa taxa e determinar que 100% de sua arrecadag&o pertenceré aos Estados ou ao Distrito Federal, caberé, segundo as regras de competéncia previstas no Cédigo Tributdrio Nacional, a essas unidades federativas a competéncia para Fegulare-arrecadagde-de ARRECADAR O tributo. REGULAR A ARRECADACAO E www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo rey LEGISLAR SOBRE O TRIBUTO, O QUE NAO E PERMITIDO AQUELE QUE NAO TEM COMPETENCIA PARA INSTITUI-LO (COMPETENCIA TRIBUTARIA), MAS APENAS ARRECADA-LO (CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA). II. CORRETA. (ART.7, CAPUT, CTN). III. CORRETA. E O QUE ACONTECE COM O BANCOS QUE RECEBEM O PAGAMENTO DE TRIBUTOS (ART.7°, §3°, CTN). GABARITO: D 03- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF) Assinale a opgao correta (A) A competéncia tributdria consiste na faculdade de que dispdem os entes politicos para instituir tributos em relacéo as pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributaria ativa consiste na aptidao atribuida a uma pessoa para figurar no pélo ativo de uma relacao juridico-tributaria. (B) A competéncia tributaria a aptidao para arrecadar tributos, obedecidos os requisites legais, e a capacidade tributéria ativa é a aptidao para institui-los, sempre por meio de lei. (C) A competéncia tributdria e @ capacidade tributaria ativa sdo indelegaveis, ainda que por meio de lei. (D) A competéncia tributaria é, em determinadas situagdes, delegavel, por meio de lei, mas a capacidade tributaria ativa é indelegavel. (E) A atribuic&o da capacidade tributaria ativa a pessoa diferente daquela que dispée da competéncia tributéria ocorre sempre de forma discricionaria, de acordo com 0 interesse das pessoas envolvidas. Resolugéo (A) CORRETA. A competéncia tributaria consiste na faculdade de que dispdem os entes politicos para instituir tributos em relagdo as pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributéria ativa consiste na aptidao atribuida a uma pessoa para figurar no pélo ative de uma relacao juridico-tributéria. CABE RESSALTAR QUE NUMA RELACGAO JURIDICO-TRIBUTARIA HA DOIS POLOS: POLO ATIVO, ONDE ESTA O CREDOR DA RELACAO, QUE TEM DIREITO A RECEBER O TRIBUTO EM DINHEIRO; E POLO PASSIVO, ONDE ESTA O DEVEDOR, AQUELE OBRIGADO A PAGAR O TRIBUTO. (B) ERRADA. A cermmpeténeiatributdria CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA é a aptidéo para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 12 eapacidade—tributdriaativa COMPETENCIA TRIBUTARIA é a aptiddo para institui-los, sempre por meio de lei E justamente o contrario. A capacidade tributaria ativa é a aptiddo para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais. A competéncia tributaria & a aptidao para institui-los, sempre por meio de lei. (C) ERRADA. A competéncia tributéria e-a-eapacidadetributéria_ative sde indelegaveis E INDELEGAVEL, ainda que por meio de lei. DAS DUAS SO A COMPETENCIA TRIBUTARIA E INDELEGAVEL. (D) ERRADA. A competéncia tributéria é-—em—determinadas—situasSes; Jegé idade_tributdria-ative- indelegavel. wo HA SrruAcbes EM QUE A COMPETENCIA TRIBUTARIA SEJA DELEGAVEL. A CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA E DELEGAVEL. (E) ERRADA. A atribuigéo da capacidade tributaria ativa a pessoa diferente daquela que dispde da competéncia tributéria ocorre sempre de forma discriciondria, de acordo com o interesse das-pesseas-envelvidas DA PESSOA QUE POSSUI A COMPETENCIA TRIBUTARIA. ATO DISCRICIONARIO E AQUELE LIVRE DE CONDICOES POR PARTE DO REALIZADOR DO ATO. ELE O FAZ QUANDO QUER E PORQUE QUER. ASSIM, A PARTE FINAL DA ASSERTIVA ESTA ERRADA PORQUE A DISCRICIONARIEDADE PARA ATRIBUIGAO DA CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA, BEM COMO SUA REVOGACAO, E SO DAQUELE QUE A ATRIBUI, E NAO DAQUELE QUE RECEBE A CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA. GABARITO: A 04- (ANALISTA CONTABIL-FINANCEIRO SEFAZ-CE 2006 ESAF) A competéncia tributéria, a teor do que dispde © Cédigo Tributédrio Nacional, é indelegavel. Isso significa que um ente tributante no pode instituir tributo que seja da competéncia tributaria de outro. Nao constitui, porém, violaco a essa regra (A) a possibilidade de a Unido cobrar tribute da competéncia estadual, ni hipétese de Estado que nao tenha exercitado ainda essa competéncia. (B) a instituicéo de lei estadual sobre tributo da competéncia de seus Municipios, que contenha apenas normas gerais sobre o mesmo tributo. (C) a delegacéo, por um ente tributante, a outro, das fungées de arrecadar ou fiscalizar tributos www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 13 (D) a instituigéo de imposto extraordindrio de guerra, por qualquer dos entes tributantes, na hipétese de a Unigo nao té-lo feito tempestivamente em estado de guerra iminente. (E) a renuincia em cardter irretratavel feita por um ente tributante em favor de outro. Resolucéo (A) ERRADO. A COMPETENCIA TRIBUTARIA DOS ESTADOS E INDELEGAVEL. LOGO, NAO PODE A UNIAO COBRAR TRIBUTOS ESTADUAIS SO PORQUE OS ESTADOS NAO EXERCERAM SUA COMPETENCIA TRIBUTARIA. (B) ERRADO. OS ESTADOS NAO TEM COMPETENCIA PARA ESTABELECER NORMAS GERAIS SOBRE TRIBUTO DE COMPETENCIA DOS MUNICIPIOS. A TEOR DO §3° DO ART.24, CF88, OS ESTADOS PODERAO ESTABELECER NORMAS GERAIS SOBRE OS IMPOSTOS DE SUA COMPETENCIA (ESTADUAIS), NA FALTA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS. (C) CORRETO. ESSA ASSERTIVA TRAZ A POSSIBILIDADE DE DELEGACAO DA CAPACIDADE TRIBUTARIA ATIVA, E NAO DA COMPETENCIA TRIBUTARIA, COMO VIMOS ACIMA. (D) ERRADO. A COMPETENCIA EXTRAORDINARIA SO PODE SER EXERCIDA PELA UNIAO, CONFORME DISPOE O ART.154, II, CF88. (E) ERRADO. NAO INTERESSA O CARATER DA RENUNCIA, ELA NAO E POSSIVEL EM MATERIA DE COMPETENCIA TRIBUTARIA. GABARITO: C. 05- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE - PE 2003 ESAF) Avalie as formulagées seguintes, observadas as disposigées pertinentes ao tema "competéncia tributéria", constantes do Cédigo Tributério Nacional, e, ao final, assinale a opg&o que corresponde a resposta correta I. E vedado & Unido, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da funcéo de arrecadar tributos. II. Os tributos cuja receita seja distribuida, no todo ou em parte, a outras pessoas juridicas de direito puiblico pertencem & competéncia legislativa daquela a que tenham sido atribuides. IIL. A atribuic&o das fungdes de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa juridica de direito puiblico a outra, pode ser revogada, a qualquer www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 14 tempo, por ato unilateral da pessoa juridica de direito publico que a tenha conferido. IV. A atribuigio das fungdes de executar leis, servigos, atos ou decisées administrativas em matéria tributaria, conferida por uma pessoa juridica de direito publico a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem a pessoa juridica de direito puiblico que a conferir. (A) Apenas as formulagées I, IIe III sao corretas. (B) Apenas as formulagdes II, III e IV sdo corretas. (C) Apenas as formulagées I, III e IV sao corretas. (D) Apenas as formulacées II e IV s&o corretas. (E) Todas as formulagdes sao corretas. Resolucéo I, ERRADA. NAO E vedado 4 Unido, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municipios 0 cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da fungSo de arrecadar tributos, DISPGE O ART.79, §3°, CTN, QUE NAO CONSTITUI DELEGAGAO DE COMPETENCIA O COMETIMENTO, A PESSOAS DE DIREITO PRIVADO, DO ENCARGO OU DA FUNGAO DE ARRECADAR TRIBUTOS. PORTANTO, POIS NAO E VEDADO ESSE COMETIMENTO. II. CORRETA. Os tributos cuja receita seja distribuida, no todo ou em parte, a outras pessoas juridicas de direito pliblico pertencem a competéncia legislativa daquela a que tenham sido atribuidos. A DISTRIBUIGAO DE RECEITA TRIBUTARIA A OUTRA PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO - COMO, POR EXEMPLO, NAS REPARTICOES CONSTITUCIONAIS PREVISTAS (ARTS.153, §5°, 157, 158 E 159, I E II, CF/88) E DA CIDE-COMBUSTIVEIS (ART.159, III, CF/88) - NAO QUER DIZER QUE A COMPETENCIA TRIBUTARIA LEGISLATIVA TENHA SIDO TAMBEM DISTRIBUIDA. ESTA ULTIMA E INDELEGAVEL. ENTAO ELES CONTINUAM PERTENCENDO A COMPETENCIA LEGISLATIVA DAQUELA A QUE TENHAM SIDO ATRIBU[DOS PELA CONSTITUICAO FEDERAL. III. CORRETA. A atribuicéo das fungdes de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa juridica de direito publico a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa juridica de direito ptiblico que a tenha conferido. www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 15 EA LETRA DO ART.7°, §29, CTN: ART. 7°, A COMPETENCIA TRIBUTARIA INDELEGAVEL, SALVO ATRIBUICAO DAS FUNGOES DE ARRECADAR OU FISCALIZAR TRIBUTOS, OU DE EXECUTAR LEIS, SERVICOS, ATOS OU DECISOES ADMINISTRATIVAS EM MATERIA TRIBUTARIA, CONFERIDA POR UMA PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO A OUTRA, [...]. §2° A ATRIBUICAO PODE SER REVOGADA, A QUALQUER TEMPO, POR ATO UNILATERAL DA PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO QUE A TENHA CONFERIDO. IV. CORRETA. A atribuicgdo das fungdes de executar leis, servigos, atos ou decisdes administrativas em matéria tributdria, conferida por uma pessoa juridica de direito puiblico a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem a pessoa juridica de direito puiblico que a conferir. E A LETRA DO ART. 7°, §1°, CTN: ART. 7°. A COMPETENCIA TRIBUTARIA E INDELEGAVEL, SALVO ATRIBUIGAO DAS FUNCGOES DE ARRECADAR OU FISCALIZAR TRIBUTOS, OU DE EXECUTAR LEIS, SERVICOS, ATOS OU DECISGES ADMINISTRATIVAS EM MATERIA TRIBUTARIA, CONFERIDA POR UMA PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO A OUTRA, [...]. § 1° A ATRIBUICAO COMPREENDE AS GARANTIAS E OS PRIVILEGIOS PROCESSUAIS QUE COMPETEM A PESSOA JURIDICA DE DIREITO PUBLICO QUE A CONFERIR. GABARITO: B Os tributos elencados abaixo ainda vao ser objeto de estudo mais aprofundado na Aula 03. 5. TIPOS DE COMPETENCIA TRIBUTARIA 5.1. Privativa Quando aquele tributo sé pode ser instituido por uma pessoa politica. 5.4.1. Unido - Impostos federais (art.153, CF88): -Ir- Imposto de Importacéio de produtos estrangeiros -IE- Imposto de Exportacéo, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados -IR- Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 16 ont os concUISOS -IPI- _ Imposto sobre produtos industrializados -I0F- — Imposto operagées de crédito, cambio e seguro, ou relativas a titulos ou valores mobilidrios -ITR- _ Imposto sobre propriedade territorial rural -IGF- Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei complementar - Empréstimos compulsérios (art.148, CF88) A Unido pode instituir Empréstimos Compulsérios por dois fundamentos distintos: I - para atender a despesas extraordindrias, decorrentes de calamidade pablica, de guerra externa ou sua iminéncia; ou Il - no caso de investimento publico de carater urgente e de relevante interesse nacional. Calamidade Publica NAO SE APLICAM as Anterioridades!) Despesas Extraordindrias Guerra Externa ou sua Iminéncia Empréstimo Compulsério Investimento de Cardter Urgente e de Paiblico Relevante Interesse Nacional “) Observac&o: Veremos as regras de Anterioridade na Aula 01 - Contribuigdes especiais (art.149, CF88): - Contribuicdes Sociais: - Contribuicdes para a Seguridade Social (art.195, CF88) - Contribuicées Sociais Gerais (por exemplo, Contribuigdes para 0s Servigos Sociais Auténomos - SENAI, SESI, SESC etc [art.240, CF88]; Contribuiggo Social do Salério-Educagéo [art.212, §5°, CF88]) - Contribuigées de Intervencgdo no Dominio Econémico - CIDE www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 17 - Contribuicées de Interesse das Categorias Profissionais ou Econémicas ~ CRM, CREA, CRC, CREFITO, OAB 5.1.2. Estados e Distrito Federal - Impostos Estaduais (art.155, CF88): -ITCMD - Imposto sobre Transmissio Causa Mortis e Doagio, de quaisquer bens ou direitos -ICMS- Imposto sobre Operagées relativas a Circulag3o de Mercadorias e sobre Prestagées de Servicos de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicac&o, ainda que as operacées e as prestagées se iniciem no exterior - IPVA - _ Imposto sobre Propriedade de Veiculos Automotores - Contribuigées para Previdéncia Social de Seus Servidores (art.149, §1°, CF88) 5.1.3. Muni Ss - Impostos municipais (art.156, CF88): -IPTU- _ Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana -ITBI- Imposto sobre transmissdo "inter vivos", a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens iméveis, por natureza ou acessao fisica, e de direitos reais sobre iméveis, exceto os de garantia, bem como cessdo de direitos a sua aquisigao -ISS- Imposto sobre servicos de qualquer natureza, nao compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar - Contribuigées para Previdéncia Social de Seus Servidores (art.149, §1°, CF88) - Contribuigéo para o Custeio do Servigo de Iluminagao Publica (art.149-A, CF88) 06- (AGENTE DE FAZENDA DO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO 2010) De acordo com a Constituic&éo Federal, compete aos municipios instituir tributes sobre: (A) a propriedade de veiculos automotores licenciados em seu territério. (B) a transmisséo causa mortis e doacéo, de quaisquer bens iméveis ou direitos a eles relativos, situados em seu territério. (C) operagées relativas a prestacdes de servicos de transporte intermunicipal. www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 18 (D) a transmissdo inter vivos, a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens iméveis, por natureza ou acessgo fisica, e de direitos reais sobre iméveis, exceto os de garantia, bem como cessio de direitos a sua aquisicao. (E) a propriedade territorial rural. Resolugéo (A) ERRADO. IPVA - ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (ART.155, III, CF88). (B) ERRADO. ITCMD - ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (ART.155, I, CF88). (C) ERRADO. ICMS - ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (ART.155, II, CF88). (D) CORRETO. ITBI - MUNICIPIOS E DISTRITO FEDERAL (ARTS.156, II, E ART.147, CF88). (E) ERRADO. ITR - UNIAO (ART.153, VI, CF88). GABARITO: D 5.2. Comum Quando a espécie de tributo é de competéncia de todas as pessoas politicas. - Taxas - £ competente para cobrar taxa o ente federativo a que a Constituig&o de 1988 conferiu competéncia para prestar o respectivo servico publico especifico e divisivel ou para exercer o respectivo poder de policia. Isso fica claro com a leitura do art.77, CTN, que diz “taxas cobradas pela Unigo, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no Ambito de suas respectivas atribuigdes”. Exercicio regular [”| do poder — de policia Tess i prestados a0 I “ qo hy contribuinte de servicos pela publicos —* utilizagso ou especificos ou e divisivels | ],y = Potencial postos a sua Lf rsa disposiggo www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 19 - Contribuigées de Melhoria - 0 ente que realizar a obra publica da qual decorra valorizacao imobiliaria é competente para instituir a respectiva contribuig&o de melhoria Isso € limpido com a leitura do art.81, CTN, que diz “contribuigéo de melhoria cobrada pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no Ambito de suas respectivas atribuicées’. 5.3. Residual ou Remanescente Além dos tributos jé previstos na CF88, esta confere poder & Unido de, atendidas determinadas condigdes, criar novos impostos e novas contribuigdes para a seguridade social. 5.3.1. Unido: - Novos Impostos (art.154, I, CF/88), desde que: - por Lei complementar - sejam nao-cumulativos - ndo tenham fato gerador ou base de célculo préprios dos impostos ja previstos na CF/88 - Novas Contribuigées para a Seguridade Social (art.195, §4°, CF/88), desde que: - por Lei complementar - sejam ndo-cumulativos - no tenham fato gerador ou base de cdlculo préprios das contribuigées sociais jé previstas na CF/88 5.3.2. Estados: Veja o art.25, §1°, CF/88: Art.25, § 1° - Séo reservadas aos Estados as competéncias que nao |hes sejam vedadas por esta Constituicao. Como os Estados possuem competéncia residual na divisdo das competéncias para realizar obras e servicos (os servicos cuja competéncia néo foi expressamente conferida @ Unido, ao Distrito Federal ou aos Municipios), entao podemos dizer que a competéncia deles, quanto instituigdo de taxas e contribuigées de melhoria também é residual. [ESAF Fiscal PA 2002] www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 20 ATENGAO: ESSE RACIOCINIO SO VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO FISCAL DO PARA 2002. PARA A FCC, ESTADOS NAO POSSUEM COMPETENCIA RESIDUAL, CONFORME CONCURSO AUDITOR DE CONTAS PUBLICAS TCE PB 2006 FCC!! 07- (ANALISTA TECNICO DA SUSEP - ADMINISTRACAO E FINANCAS 2010 ESAF) A Constituigo Federal, em seu art. 154, inciso I, prevé a criagéo de impostos que n&o os previstos no art. 153 (que enumera aqueles de competéncia da Unido). Sobre esta competéncia, usualmente denominada na doutrina “competéncia residual”, € incorreto afirmar-se que: (A) 0 exercicio da competéncia residual é reservado ao legislador ordindrio, e nao ao constituinte derivado. (B) consoante entendimento firmado no ambito do Supremo Tribunal Federal, a ndo-cumulatividade e o no bis-in-idem no precisam ser observados quando da criag&o de um novo imposto por meio de emenda constitucional. (C) a exigéncia de lei complementar é inafastavel e, diferentemente do que ocorre para os impostos discriminados, que tém apenas os seus fatos geradores, bases de cdlculo e contribuintes previstos em lei complementar, no caso da instituigéo de novo imposto pela Unido, no exercicio de sua competéncia residual, exige-se que também a aliquota seja prevista em lei complementar. (D) admite-se, excepcionalmente, a instituigéo de novos impostos, no exercicio da competéncia residual, por meio de medida proviséria (E) a criagdo de novo imposto, no exercicio da competéncia residual, fica sujeita ao principio da anterioridade. Resolugao (A) CORRETO. 0 exercicio da competéncia residual ¢ reservado ao legislador ordindrio, e n&o ao constituinte derivado. ATENCAO: E COMUM A DOUTRINA FALAR EM “LEGISLADOR COMPLEMENTAR” QUANDO A MATERIA TEM DE SER INSTITUIDA POR LEI COMPLEMENTAR, E “LEGISLADOR ORDINARIO” QUANDO A MATERIA REQUER LEI ORDINARIA. MAS AQUI, NA ALTERNATIVA, A EXPRESSAO “LEGISLADOR ORDINARIO” NAO VEIO COM O SENTIDO EXPOSTO ACIMA, MAS SIM “LEGISLADOR ORDINARIO” COMO © CONGRESSO NACIONAL, COMPETENTE PARA APROVAR LEIS, E NAO PARA APROVAR EMENDAS CONSTITUCIONAIS. ASSIM ESTA, POR EXEMPLO, NO JULGAMENTO DA ADI 939 (DA IPMF), NO VOTO DO MINISTRO CELSO DE MELLO: “\...) a www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 2a proibicdo inscrita no art.154 da Constituicdo dirige-se ao legislador ordindrio e nao ao constituinte derivado.” (B) CORRETO. Consoante entendimento firmado no ambito do Supremo Tribunal Federal, a n&o-cumulatividade e 0 n&o bis-in-idem nao precisam ser observados quando da criagdo de um novo imposto por meio de emenda constitucional. A NAO CUMULATIVIDADE E © NAO BIS IN IDEM SAO VOLTADOS PARA A COMPETENCIA RESIDUAL, POR LEI COMPLEMENTAR (ART.154, I, CF88), E NAO PARA A CRIAGAO DE TRIBUTO POR EMENDA CONSTITUCIONAL (ADI 939) (C) CORRETO. A exigéncia de lei complementar ¢ inafastavel e, diferentemente do que ocorre para os impostos discriminados, que tém apenas os seus fatos geradores, bases de calculo e contribuintes previstos em lei complementar, no caso da instituicgio de novo imposto pela Unido, no exercicio de sua competéncia residual, exige-se que também a aliquota seja prevista em lei complementar. A LEI COMPLEMENTAR, SE E PARA INSTITUICAO DE TRIBUTO, COMO NO CASO DA COMPETENCIA RESIDUAL (ART.154, I, CF88), E PARA INSTITUIGAO DE TODOS OS SEUS ELEMENTOS ESSENCIAIS: FATO GERADOR, CONTRIBUINTE, BASE DE CALCULO E ALIQUOTA. DIFERENTEMENTE DA LEI COMPLEMENTAR SOBRE NORMAS GERAIS DO ART.146, III, ‘A’, CF88. NESSE SENTIDO, © VOTO DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA, NO RE-AgRg 351.322 SP, EM QUE AFIRMA: “Nao é possivel no plano jurisprudencial e doutrinario ignorar a diferenciag&o entre lei complementar de normas gerais e lei complementar para instituicao de tributo". VEREMOS ISSO COM MAIS DETALHE NA AULA 04. (D) ERRADO. NAO SE ADMITE Admite-se-exeepeionaimente, a instituicéo de novos impostos, no exercicio da competéncia residual, por meio de medida proviséria. E QUE O ART.62, §19, III, CF88, REZA QUE “E VEDADA A EDICAO DE MEDIDAS PROVISORIAS SOBRE MATERIA RESERVADA A LEI COMPLEMENTAR”. VEREMOS ISSO COM MAIS DETALHE NA AULA 04 (E) CORRETO. A criagéo de novo imposto, no exercicio da competéncia residual, fica sujeita ao principio da anterioridade. CONFORME ART.150, III, *b’ E‘c', CF88. VEREMOS ISSO COM MAIS DETALHE NA AULA 02. GABARITO: D www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 22 08- (ANALISTA TRIBUTARIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL 2009 ESAF) O art. 154, inciso I, da Constituicdo Federal, outorga @ Unio o que se costuma chamar de competéncia tributdria residual, permitindo que institua outros impostos que nao os previstos no art. 153. Sobre estes impostos, é incorreto afirmar que: (A) Estados e Municipios néo possuem competéncia tributéria residual. (B) Terao de ser, necessariamente, néo-cumulativos. (C) Nao poderdo ter base de cdlculo ou fato gerador préprios dos impostos jé discriminados na Constituigéo Federal. (D) Caso sejam instituidos por meio de medida proviséria, esta deveré ser convertida em lei até 0 ultimo dia util do exercicio financeiro anterior ao de inicio de sua cobranga (E) Para a instituigéo de tais impostos, haé que se respeitar o principio da anterioridade. Resolucéo (A) CORRETO. Estados e Municipios no possuem competéncia tributaria residual. ESSA COMPETENCIA E SO DA UNIAO (ART.154, I, CF88). (B) CORRETO. Tero de ser, necessariamente, nao-cumulativos. (ART.154, I, cF88). (C) CORRETO. Nao poderao ter base de calculo ou fato gerador préprios dos impostos j4 discriminados na Constituig&o Federal. (ART.154, I, CF88). (D) INCORRETO. ELES NAO PODEM SER INSTITUIDOS POR MEIO DE MEDIDA PROVISORIA. E QUE O ART.62, §1°, III, CF88, REZA QUE “E VEDADA A EDIGAO DE MEDIDAS PROVISORIAS SOBRE MATERIA RESERVADA A LEI COMPLEMENTAR.” (E) CORRETO. Para a instituigéo de tais impostos, hd que se respeitar 0 principio da anterioridade. (ART.150, III, ‘b’ e ‘c’, CF88). GABARITO: D 5.4. Cumulativa 5.4.1. Unido - Em Territério Federal (art.147, CF/88) - Impostos Estaduais - ITCMD, ICMS, IPVA www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 23 - Impostos Municipais, se o Territério n&o for dividido em Municipios ~ Além dos impostos estaduais, IPTU, ITBI, ISS 5.4.2. Distrito Federal - Impostos Estaduais e Municipais (art.32, c/c arts.155 e 156, CF/88) 09- (TECNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.2 ESAF) Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alineas do primeiro quadro com uma das alternativas do segundo e assinale a op¢do correta V. Imposto sobre transmissdo causa mortis e doacéo, de quaisquer bens ou direitos. W. Imposto sobre a propriedade de veiculos automotores nos Territérios Federais. X. Imposto no previsto no art. 153 da Constituic&o Federal, criado por Lei Complementar. Taxa em razéo do exercicio do poder de policia. Imposto sobre transmissdo inter-vivos, por ato oneroso, de bens iméveis. Tributo da competéncia privativa da Unido. Tributo da competéncia privativa dos Municipios. Tributo da competéncia comum. Tributo da competéncia residual da Unido. Tributo da competéncia privativa dos Estados e do Distrito Federal (A) V1 W3 X5 Y2 24 (B) V5 W1 X4 Y3 22 (C) V2 W4 X3 Y1 Z5 (D) V3 WS X2 4 21 (E) V4 W2 X1 Y5 Z3 RUNENX< a Resolugaio Vv. ITCMD: 5S. Privativa dos Estados e do Distrito Federal W. IPVA nos Territorios Federais 1. Privativa da Unido X. Imposto ndo previsto no art. 153 da Constituigéo Federal, criado por Lei Complementar 4, Tributo da competéncia residual da Unido Y. Taxa em razio do exercicio do poder de policia 3. Tributo da competéncia comum Z. Imposto sobre transmissdo inter- 2. Tributo da competéncia_privativa www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 24 vivos, por ato oneroso, de bens | dos Municipios iméveis Quanto ao IPVA nos Territérios Federais, apesar de normalmente ser classificada como competéncia cumulativa, ndo chega a ser errado dizer que é privativa, desde que seja expressa que é nos Territérios Federais. GABARITO: B. 10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Sobre a competéncia residual tributdria, prevista na Constituigio Federal no art.154, inciso I, é certo afirmar que: (A) Pode ser exercida pelos Estados para instituir tributos desde que mediante lei complementar estadual (B) Refere-se também as taxas e contribuigdes de melhoria desde que néo tenham fato gerador ou base de calculo préprio dos discriminados na Constituig&o Federal (C) Restringe-se a espécie imposto, é privativa da Unido e exige o respeito ao principio da néo-cumulatividade (D) Mediante emenda a Constituigéo Estadual, os Estados podem instituir competéncia tributéria residual a ser exercida mediante lei complementar estadual (E) Requer lei complementar federal que o imposto seja cumulativo e no fato gerador ou base de calculo préprios dos impostos discriminados na Constituig&o Resolucéo Com 0 conhecimento dado na questo anterior, vamos a resoluc&o desta. (A) ERRADA. QUANDO A QUESTAO FALA DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL, JA DESCONFIE, PORQUE O CONCURSO E DE AUDITOR-FISCAL FEDERAL, NAO SENDO OBJETO DO PROGRAMA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL. ALEM DISSO, A EXISTENCIA DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL VAI DEPENDER DA CONSTITUIGAO ESTADUAL DE CADA ESTADO. DE QUALQUER FORMA, QUANDO A QUESTAO FALA DA PREVISTA NO ART.154, I, CF88 (TEM QUE CHEGAR UM PONTO DE SEUS ESTUDOS EM QUE VOCE JA TENHA MEMORIZADO QUE O ART.154, I, CF88 TRATA DA COMPETENCIA TRIBUTARIA RESIDUAL DA UNIAO), E SOBRE COMPETENCIA TRIBUTARIA RESIDUAL DA UNIAO. www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 25 (B) ERRADA. O ART.154, I, CF88, REFERE-SE A NOVOS IMPOSTOS, E NAO A TAXAS OU CONTRIBUICOES DE MELHORIA. A EXPRESSAO “DESDE QUE NAO TENHAM FATO GERADOR OU BASE DE CALCULO PROPRIO DOS DISCRIMINADOS NA CONSTITUIGAO FEDERAL” ASSEMELHA-SE AO QUE DISPOE O PARAGRAFO UNICO DO ART.77, CTN, QUE DE FATO IMPEDE QUE AS TAXAS TENHAM FATO GERADOR OU BASE DE CALCULO AOS DE IMPOSTOS APROFUNDAREMOS ESSE TEMA NA AULA 01. (C) CERTA. SE A QUESTAO NAO PUSESSE A EXPRESSAO “PREVISTA NA CONSTITUICAO FEDERAL NO ART.154, INCISO I”, PODERIA SER CONSIDERADA ERRADA, POIS, COMO VIMOS, HA UMA COMPETENCIA RESIDUAL DE TAXAS E CONTRIBUICOES DE MELHORIA PARA ESTADOS E DISTRITO FEDERAL. (D) ERRADA. MESMA JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA “A”. (E) ERRADA. DOS REQUISITOS PRESENTES NA ALTERNATIVA, ESTA ERRADO. IMPOSTO SER CUMULATIVO. GABARITO: C 11- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Considerados os temas competéncia tributaria e capacidade tributaria ativa, marque com Va assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opcdo correspondente () A competéncia tributaria é delegavel. () A capacidade tributaria ativa é indelegavel. () A Unido € quem detém a competéncia tributaria no que toca as contribuigées sociais para o financiamento da Seguridade Social. () Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa juridica de direito piblico a competéncia tributéria. Resolugaio www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 26 (FALSA) A competéncia tributéria é delegdvet INDELEGAVEL. Competéncia tributaria € indelegavel, como jé visto acima. (FALSA) A capacidade tributaria ativa é indetegdvet DELEGAVEL. (VERDADEIRA) A Unido é quem detém a competéncia tributaria no que toca as contribuigdes sociais para o financiamento da Seguridade Social. A COMPETENCIA TRIBUTARIA PARA INSTITUIR AS CONTRIBUIGOES SOCIAIS PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (ART.195, CF88) & PRIVATIVA DA UNIAO. NAO CONFUNDIR COM A COMPETENCIA, TAMBEM PRIVATIVA, DA UNIAO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICIPIOS DE INSTITUIR CONTRIBUICAO PARA A SEGURIDADE SOCIAL DE SEUS RESPECTIVOS SERVIDORES. A CONTRIBUICAO DE QUE TRATA A ASSERTIVA £ AQUELA QUE VISA SER FONTE DESTINADA A GARANTIR A MANUTENCAO OU EXPANSAO DA SEGURIDADE SOCIAL, NAS SUAS TRES VERTENTES: SAUDE, PREVIDENCIA E ASSISTENCIA SOCIAL. (FALSA) Lei complementar NAO pode delegar a qualquer pessoa juridica de direito puiblico a competéncia tributéria. COMO JA DITO, A COMPETENCIA TRIBUTARIA E SEMPRE INDELEGAVEL, NAO HAVENDO QUALQUER VEICULO NORMATIVO PELO QUAL SEJA POSSIVEL SUA DELEGAGAO. GABARITO: C 12- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF) A Unido poderé instituir impostos ndo previstos na Constituicgdo Federal, desde que sejam néo-cumulativos e n&o tenham fato gerador ou base de célculo préprios dos nela discriminados, mediante: (A) emenda constitucional (B) lei complementar (C) lei ordinaria (D) lei delegada (E) resolugo do Senado Federal Resolucéo www.pontodosconcursos.com.br | Professor Alberto Macedo 27

Você também pode gostar