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MAX HORKHEIMER | THEODOR W. ADORNO TEXTOS ESCOLHIDOS Dados de Catalogacdo na Publicacao ( (Ciara Brasileira do Livro, SP, liko Loparié, Andréa Maria Altino de Campos Loparié ‘Afonso Malagodi, Ronaldo Perciea Cunha, i Jodo Baratina, Wolfgang Leo Maar 1989 A Fred Pollock, no seu septuagésimo quinto aniverséirio, comamizade INTRODUCAO A CONTROVERSIA SOBRE 0 POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA*. Abre-te, Sésamo — quero sair! STANISLAW JERZY Lec Em suas incisivas observagées a res duas comunicagdes, com que comegou na dialética eno sentido mais amplo, a lamenta ter a discussao carecido, “em ge priada as diferengas de concepeao efetiva m consegiiéncia, al guns dos participantes da discussio criticaram “a auséncia de tensio entre as duas comunicagdes principais e entre os seus relatores”.? Diante disto, Dahren da discussdo de Tibingen sobre as, wanha érsia pai lade que seria apro- comensuraveis as posigdes. Mas te responsavel a atitude de alguns participantes da dis fo sua estranheza em relagio a filosot ccussio que convertem e somente granjeada. Os interesses metodoWgicos mento de pesquisa ingenuamente pr Ambos os relatores deveriam se con fessar culpados de uma carén: que bloqueava a discussio: ambos no tiveram sucesso na medigdo total & sociologia como tal. Grande parte do que diziam referia se a ciéncia em geral. Uma parcela de abstragao pejorativa & posta Para toda a tcoria do conhecimento, bem como para sua crtica.* Quem, na sim ples do procedimento cientifico, nao se conforma afastando-se de suas ecessidades, aufere, juntamente com a visio mais livre, também vantagens ilegiti ‘mas. Entretanto, nio procede o que freqiientemente ouvimos, que a discussio de Tabingen permaneceu na terra dé ninguém e por isto nao foi proveitosa a sociolo ios a0 empreendi 9.779, Frankfort 1967, pp. snow. Assinalese amo logeo veto. Porque apa isto, so cons lr Reerate von Kal P. Popper ind Theodor W. Aor 108 ADORNO. ” —, acabam caindo na maquina infernal da log mente que sigamos o principio da irrefletidamente ali, onde a propria ima ou esta € somente um produt a situado além de toda questao retrospectiva quanto a suas proprias mediagies objetivas i, espreitam dificuldades muito mais sérias da discussio. Para ser possivel ela precisa proceder conforme a I6gica formal. A tese da prioridade desta, porém, constitui por seu lado o ceme da con cepciio positivista ou — trocando a expressao. talver excessivamente sobrecarre gada, por uma eventualmente accitivel a Popper — da concepgao cientificista de toda ciéncia, inclufdas sociologia € teoria social. Nao deve se excluir dentre os objetos da controvérsia, se a inalienfvel logicidade do procedimento efetivamente proporciona i ldgica 0 primado absoluto, Contudo, raciocinios motivados pela auto-reflexio critica do primado da logica em disciplinas objetivas caem inevit velmente em desvantagem tatica. Precisam pensar sobre 1 coma o presente, fosse conduzido a respeito de visGes de mundo, par” ta externamente opostos, seria infrutifero a priori: sando & argumentagdo, sofre a ameaga de serem reconhecii regras do jogo de uma das posigdes, que nao perfazem por discussao, observagao do coi is, foi respondida por Dahrendorf com a pergunta ".® E certo que, em conse. as diferengas na 1e & preciso duvidar se jureza da argumentacao contudo sio tao profi POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA 19 Popper € Adorno sio capazes de concordar quanto a um sequer, com cujo auxilio permitir se-iam decidir suas diferengs tem propriedade: resposta apenas uma ver realizada te vocar uma tal decisio, nao antes. Somos impelidos a rancia pacifica para dois tipos diferentes de so do conduziria a nada melhor do que a neutr verdade. A tarefa se apresenta paradoxalment sem preconceito logicista, mi procedimento A pergunta ismo. Os esforgos neste sent © que Habermas quer di das costas”. Haveria de ser conhecimento. Haveria que questionar se & valida uma entre 0 conhecimento € o processo de vida real; se, a no & mediatizado em relagao a este, e mesmo se sua proj 19 que se tomou independente ¢ se objetivou produtivamente frente a sua génese, no é por sua vez derivada de sua fungao social; se nao constitui uma conexio de imanéncia, ¢ igualmente, conforme sua constituigao como tal, se se situx num fa também sobre sua estrutura imanente. Uma tal ambigii seria conflitante com o principio da nao-contradigao, 1utGnoma, ¢ no 0 seria. Uma dialética que sustenta isto deve tampouco, como em qualquer outra parte, comportar-se como “pensamento privi legiado”; nao deve apresentar-se como uma capacidade particular subjetiva, com que um é dotado e que é negado a outro, ou até se fazer passar por intuicio Por outro lado, os denominada por * Loe. p St 10 ADORNO. mente de acordo com 0 modelo ue sobre espx iImente sem compromisso, justamente sem auto critica logic esignar 0 pensamento que se despoja de sua pro objetividade, & equiparado a arbitrariedade subjet especulagao carece de controles universalmente ‘0 conccito do fato especulativo é substituido, com {que aparece como retorno ao realismo escol como re ‘do pensamento, a se confundir audaciosam« ser-emsi . mais forga do que o argumento tu quoqu para Albert, tem a tese de que a posigaio positivista, cujo pathos e cujo eftito se prendem a sua pretensio de objetividade. é por sua ver subjetiva. Isto 0 antecipou de Hegel ao que denominava filosofia da reflexio, O triunfo de Camap, sofia ndo restara nada, a nao ser 0 método: o da analise 16 po de uma decisio prévia quasi ontologica para uma 1, para o qual contradigdes so anétemas, possui a sua mnsciente de si mesma [contradigiol . ao perse icada de todas as projegdes subjeti nna particularidade de uma razio simplesmente subjetiva, Os joriosos frente ao idea so bem mais priximos do que é a teo! 2 mao con, s criador, ide. Enquanto querem jada na autoridade da final da cadeia Hume- yma impermeavel a si 0 vinculo com 0 pos sente através de sua interpretagio sensualista dos enunciados protocolares. Como também estes sao fomecidos a ciéneia somente através da linguagem, ¢ no sio imediatamente determinados pelos sentidos, aquela interpretagao desencadeou @ problematica de Wittgenst |. Porém, de modo algum o subjetivismo latente & rompido pela teoria da linguagem do Tractatus. “A filosofia nio resulta em proposigdes filosOficas”, afirma-se neste, “mas em tornar claras as proposigies. A filosofia deve tomar os pensamentos que, por assim dizer, sio vagos ¢ obscure torni-los claros ¢ bem delimitados ém, corresponde unicament consciéncia subjetiva. No espiri cnstein sobrecarrega de tal A cian som rfl Stas proprias formas de organizagio. Esta o| POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA 1 modo a pretensio de obj da filosofia, que forma em contraponto de ob permanente reductio ad hominem. A cla o pensamento no precisa se submeter, & capaz de desvelar criticamente o subjetivismo latente. E surpreendente que ilusive Wittgenstein, tenham-se incomodado to pouco com isto, como também com o permanente antagonismo da ala \Sgico-formal e da ala cempirista, que, em forma distorcida no interior do po: dos mais reais. J4 em Hume a doutrina da validade absoluta da matemética se opunha heterogeneamente ao sensualismo cético. Nisto se manifesta 0 insucesso ‘entificismo na mediagio de facticidade e conceit nnam-se logicamente inconciliveis. E menos sustentavel a precedén evento singular frente as “idéias", do que manter a autonomi puramente id a donde provém a pretensio de fundamento em nada se pensamento do empirismo, tio de verdade, postulam a suficiente para mover o cient ensamento que as conferem contetido ‘mal, como a burocratizagio dos partidos proletarios, tém seu fundamento in re, porém nao se originam invai Imente a partir do conceito de “organizagao em como a abrigagao de se afirmar no interior tema prepotente, cuja violéncia se realiza gragas a difusdo pelo todo de n .Ga0 se partilha com os oponen- tes no apenas mediante ransmissio socal, mas também de modo quaseracio nal: para que a organizagio possa representar momentaneamente de modo cfi lente 0s interesses de seus membros. No interior da sociedade coisificada, nada __ fem chance de sobreviver que por sua vez ni seja coisificado. A universalidade historica concreta do capitalismo monopolista se prolonga no mono} Palo ¢ todas as suas implicagées. Uma tarefa relevante da sociolo i analisar os elos interm Pareto, 0 po: #8. Aqui “subjetivo” possui sigt a ADORNO ante opera, na expressio de Habermas, com reticulas, esquemas sobrepostos a0 material. Enquanto nestes indubitavelmente o material também tem importincia, de acordo com 0 lugar em que precisa ser ajustado, cons tal. seo material, os fendmenos sio ou nao interpretados conforme um: Si pré-estabelecida, nio produzida em intengao classificatéria pela ciéncia. indiferente € a escolha dos supostos sistemas de coordenadas, pode .do na altemativa de submeter determinados fendmenos sociais a ‘coneeitos como pr domina- ‘Gio. Segundo a iiltima concepeio, status ¢ prestigio se submetem Felagiio de classes, e em principio podem ser apresentados como suprimiveis subsungai ficatéria contudo toma tendenciosamente aquelas ‘como algo simplesmente dado e virtualmente imutavel. Do conteido de rico em conseqiiéncias € uma distingdo que aparentemente diz respeito netodologia, Com isto concorda também o subjetivismo da sociologia po: fem seu segundo significado. Ao menos em um setor bastante consideriivel de sua latividade. ela parte de opinides. de modos de comportamento, da autocompreen io dos sujeitos singulares c da sociedade, em vez de partir desta, Nu concepgao, a sociedade & em ampla medida, a consciéncia ou a inconscién média a ser obtida estatisticamente de sujeitos socializados € que agem soci mente, € nao o meio em que estes se movimentam. A objetividade da estrutura. para os positivistas uma reliquia mit é priori da razio subjetiva cognoscente. Caso se tornasse consciente disto que determinar a estrutura quanto a suas propri no por si mesma, con forme regras de comportamento de ordem Condigio e conteiido de fatos sociais a serem levantados a partir de sujeitos singulares so fornecidos por aquela estrutura. Nao importa até que ponto a concepgao dialética da sociedade recuperou sua pretensio de objetividade, e se esta Ihe € mesmo possivel — o fato é que ela a considera com mais gravidade do que seus opositores, que adquirem seguranga aparente das suas descobertas objetivamente validas, na medida em qu renunciam desde 0 inicio a vi idade, tal como esta fora considerada em relagio a0 Vios sobre o debate, na medida em que deixam transparecer que representam um tipo de pensamento novo que progrediu, apesar de suas concepqies, na expresso io terem se firmado em toda parte, porém em relagao as tui arcaismo. Esta visio do progresso deixa de lado 0 \sio & modernidade nio pode ser contudo, necessita da auto-re- POSITIVISMO NA SOLIULUGIA atin sondicionalmente suposto como a suprema independente de seu objeto impede sua ‘mo a permite o sistema dedutivo. Nio obe Mais grave € que, apis a irrevogivel ruina tambem a outrora existente e profunda- ‘seguranga filosifica. O que the recriminam os sobre que se edifica todo o restante, jinante: Falta-The arkhé. Em sua versio mediagies, gragas mesmo & ‘como sem restos idanticos @ este. Isto ‘sua configuragio atual nio se situa to da razio total” do que a0 cientifi la a sua pretensao de verdade ‘como nos tempos ideal gente de explicagio, 0 movi fico em Hegel entendia-se sem mais como aa poposiie sempre eva contd a se da denne no transcurso das anil to era corroborada como explicitada; Hegel a ireulo, Um tal fechamento que cuidava ica como sendo inessencial ow acidental Se ‘univocidade; ela nao possui um cinone de ser, Socialmente a idéia de um sistema jetivo que & rica como parecia ser apés a queda do i ens 3 por este como superado"® nao é devido a pretensas qualidades cestéticas de real ages do pensamento, mas a um contet ‘cavea de sua transcendéncia em relagdo a consciencia | para a hipSstase desta como absolute. A dialética ¢ capes rar ante @ retradugio deste conteido na experiencia de que proveio. Est Jncia da mediagdo de todo singular por meio da totalidade soci wal ela estava disposta de cabega para baixo, segundo a ile precedente, 0 priprio objeto, entendido como total rt censurou ao correlator de Tubingen © Jamente, com simples indicagdes acerca da totalidade. tautolégico que 0 conceito de totalidade nao pode ser apresentagao como um idece ao critério da defit J Protest gegen cine “groste Philemon rt ADORNO membros. De modo geral, todo singular precisa, para viver, tomar sobre si uma - com todos os pecados da filosofia da jética procede, num modo hegelianamente obsoleto, com uma represen alcance da pesquisa ¢ que deve ser abandonada. O fascinio exercido pela The of the Middle Range de Merton hé que ser explicado em grande parte pelo cismo quanto a categoria de totalidade, enquanto os objetos de obtidos a forga de conexdes alastradas. Conforme o mais simples common sense confli em orna plausivel a ica contra uma minoria espect preconceito popular. Os esteredtipos : de que participavam de de numerosos individuos, que ela confirma ¢ f far o descontentamento com situagdes sobre aqueles que denunc as atuam como pretexto, como racionalizagio. Mesmo fosse um fi ibuisse para liberar 0 potencial ela por sua iivel fora do contexto da jemacional. Pretender derivar da assim denominada situagio de Berlim, © que procede de disputas de poder que se atualizam no conflito de Berlim, seria uum procedimento por demais limitado. Prolongada: ‘multiplicidade infinita de seus momentos, este por prescrigdes cientificistas. Contudo, uma vez do que regularment se aproveta logia dominante. Que a sociedade nao permite ser firmada como fat expressa apenas o fato mesmo da mediagao: 08 fatos nao sao aquilo tido por mo ¢ impenetrivel pelo que os considera a sociologia dominan! POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA 1 is antiga do conhecimento. Neles se Nio €a menos si va das dife a, a de que o positivismo, segundo 1a de fenémenos, enquanto a meno, Por seu lado, consti tais como a da desi iio se evidencia sem 1 intervengao da suspeita Slo que Nitche denomineva (ans ‘mundano, 0 pensam: ico vem ao encontro na medida em que a esséncia constitu desordem, abuso (Uniwesen. trreconcili a modelos dos dados sensiveis da t manifesta algo que eles mesmos nao sio. qengas entre a concepcao positivista ¢ a di reconhece somente mens singulares. Ha que se apegar & proj hegeliana de que & preciso a ‘esséncia se manifestar; é deste modo que isso incorre na referida contradigio com © fendmeno. A totalidade nao constitui uma categoria afirmativa, mas sim eritica. ‘A critica dialética se propde a ajudar a salvar ou restaurar o que nao esti de ddo com a totalidade, 0 que se Ihe opde ou 0 que, como potencial de uma it eases ainda nio , esti apenas em formagao. A interpretagio dos fatos con. ‘duz i totalidade, sem que esta seja, ela propria, um fato. Nao hi nada socialmente fitico que nio tenha seu valor especifico nesta totalidade. Ela est preordenada a todos os sujeitos singulares, porque estes obedecem i sua contrainte por si ‘mos € até mesmo por sua constituigao monadolégica, ¢ inclusive, por representam a totalidade. Neste sentido, ela constitui a mais eetiva realidade. Na medida em que é a sintese da relagao social {duos entre si, a obscurecer- la, contudo, simultaneamente & também aparéncia, ideo- logia. Uma humanidade liberada nio persiste como totalidade; 0 ser-em-si desta também @ a auséncia de liberdade daquela, tal como a simula a respeito de si ‘mesma como sendo o verdadeiro substrato social. £ certo que deste modo néo se ogrou 0 desiderato de uma analise lbgica do conceito de totalidade*” como des~ ide. Mas a andlise livraria o recurso da quer outro di mas sim somente a sua v« cendido pelo movimento kkhoris dos fatos, mas, como sua mediagio, Ihes & formulagao provocat coisificagao, Porém, umente porque |. ainda nao é liberdade, mas prossegue como natureza heterénoma. yente um momento de irredutibilidade, al como Durkheim, com no nega 2 possibilidade de w Made conformeo ito dos ftoa, que & trans- 16 ADORNO vista como seu substrato dltimo, & fungio da mesma sociedade a cujo respei cala a sociologia cient separagao absoluta xiio a ser deduzido e indicagio di em relagao & que a essencialmente ao fato de que nem 0 concei de dependéncia referido € orientado a um Possivelmente nada mais hit de totalidade utilizado, nem 0 larecimento, por modesto qu ia de que de algum modo tudo de que por tris do conceit idade de que tudo se relaciona com tudo, ha que replicar que ai ypenas um produto débil do pensa . objetivamente; prescinde-se da constituigo qualitativa dos produtores ¢ dos consumidores, do modo de produgao, e até mesmo da necessidade, que é satisfeita secundariamente pelo mecanismo social. A humanidade convertida em clientela, sujeito das neces: sidades, € ainda, além de todas as representagGes ingénuas, preformada social mente nao apenas pela situagao técnica das forgas produtivas, mas igualmente pelas relagGes econdmicas em que estas funcionam. O carter abstrato do valor de troca esti vinculado a priori a denominagao do universal sobre 0 particular, da sociedade sobre seus membros coatos. Ele nao é socialmente neutro, como simula tho social médio. Através da redugao dos homens a agentes ¢ portadores da troca de mercadorias, realiza-se a dominagio dos homens pelos homens. A conexio total configura-se concretamente na medida em que todos so obrigados a se sub: meter a lei abstrata da troca, sob pena de sucumbirem, independente de serem ou rio subjetivame A diferenga entre a visio dialética da totalidade, ¢ a positivista, se aguea justamente porque 0 con: °° tem, bid p207, 25 domo, voesbule doe cit, coluna 639, i ‘as mais gerais possiveis, reunir onstalages sem contradigao em um légico, sem reconhecer os coneci- jores como condiglo dos estados de coisas por eles subsumi 10 de totalidade como retrocesso é . wvel Iuta contra a mitologia, mitologiza a instrumental, quer dizer, sua orientagao em diregio ao prima- is, em vez de i coisa ¢ seu interesse, inibe considerago ‘© procedimento cientifico como 0 seu objeto. O ceme da ei ‘consiste em que este se fecha a experiéncia da totalidade cega- tanto quanto a estimulante esperanga de que finalmente haverd ‘satisfauzendo-se com os destrogos desprovidos de sentido que resta ram apés a liquidagao do idealismo, sem interpretar e descobrir a verdade, por ua ver, da liquidagdo e do liquidado. Em lugar disto, encontra dispar 0 dado interpretado subjetivamente, ¢, de modo complementar, as formas puras do pensa mento do sujeito. Estes momentos diferenciados do conhecimento so reunidos pelo cientificismo contemporineo tio superficialmente como o fez outrora 2 filo- sofia da reflexao, que por este preciso motivo mereceu a sua criti dialética especulativa. A dialética contém também o oposto da hy! aparéncia de qualquer possivel dignidade naturalmente transcendental do sujeito singular, compreendendo a este e ds suas formas de pensamento como algo social nesta medida, ela é mais “realista” do que 0 cientificismo com todos os seus 3 de sentido”. ‘Como porém a sociedade se compe de sujeitos ¢ se constitui gragas a xo funcional destes, seu conhecimento por sujitos vivos, muito mais comensuravel a “coisa mesma” do que acontece nas ciéncias naturais, obrigadas, pela estranheza de um objeto, que pode ser posta fora de consideragio, dda sociedade nao pode prescindir das leis de sua mobilidade estrut fasta se cada ver mais do modelo da r: isto a sociedade, o que se us ADORNO tomou auténomo, também no continua a ser intel € unicamente a lei de autonomizagao. Ininteligibilidade designa no somente algo essencial sua est tura, mas também a ideologia, mediante a qual se protege da critica a sua irracio espirito, se dissociou como momento par ‘alizagao, ela continua a se movimentar em da objetividade como imutabilidade, de que conhecimento pelo progresso deste, Popper toma seu pro: a0 ter a contradigao seu lugar cognoscivel nela e no cle conhecida, 0 processo social. Nes conhecimento é forga produtiva. A dialética quer encontrar o cientificismo em seu préprio campo, ao pretender conhecer melhor a realidade social contempordinea. Procura traspassar o veu que a ciéncia ajuda a tecer. Sua tendéncia harmoniza dora permitindo, gragas a seu metSdico tratamento meciinico, 0 desaparecimento dos antagonismos da realidade efetiva, repousa no método classificatério, sem qualquer intencionalidade dos que dele se utilizam. Reduz a um mesmo conceito coisas essencialmente irredutiveis e contradit6rias, por meio da escolha do apara- to conceitual e a servigo de sua unanimidade. Constitui exemplo recente para esta tendéncia a mui conhecida tentativa de Talcott Parsons de fundar uma unificada do homem, cujo sistema de categorias compreende igualmente ‘¢ sociologia ou, pelo menos, as apresenta em um conti ente desde Descartes e sobretudo a partir de jcada tem um prego: 0 imente posto, bem POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA 9 como as ciéncias dedicadas a ambos, Ihe escapam. © esquema totalizador de tio pedante organizagio, que abrange desde 0 individuo ¢ suas regularidades até as 5 ¢ mais complexas, tem lugar para tudo, menos para a separagio sejam estes radicalmente distintos. cor interesses cegos ¢ desenfreados dos individuos sin tum possivel interesse social global. Ao ideal de uma ciéncia unificada cabe um ti tulo que seria o dltimo a the agradar, o estético, do mesmo modo como falamos de elegncia em matematica. A racionalizagio organizatéria, em que desemboca © programa da ciéncia unificada frente as cigncias singulares ispares, prejulga 20 Extremo as questdes de teoria da ciéncia levantadas pela sociedade. Se, nas pal Yeas de Wellmer, “dotado de sentido se converte em sinénimo para cientifico”, socialmente mediatizada, dirigida ¢ controlada, que paga a soci sua tradigio o tributo devido, usurpa 0 papel do arbiter veri et {falsi. Ao tempo de Kant, a questao da constituigio da teoria do conhecimento era ‘a da possibilidade da Hoje, ela novamente remetida a ci i fentos e procedimentos que, em vez de se manterem no 1, lhe concemem criticamente, sao evitados a limin -aparentemente neutro de “vinculo convencional” tem imy porta dos fundos da teoria da convengio é contrabandeado © social como critério de sentido das ciéncias sociais; valeria a pena ismo ¢ auto-exaltagio da ‘© que presentemente uanto hoje é con: que entdo se chamava ciéncia ou, mais quimericamente, saber absoluto. © movi ‘mento da hist6ria, e no apenas da espiritual, que levou a isto de modo algum cconstitui progresso como o pretendem vaidosamente os positivistas. Todo o refi namento matematico da metodologia cientifica em avango de que a conversio da ciéncia em uma a proprio conceito. O mais forte argumento para isto seria que o que cientificista considera como fim, 0 fact finding, constitui para nna auséncia desta no se esclarece por que 0 todo € consti- i \sdo no funcionamento da idéia de ciénci ., sobretudo com Hegel, cujo saber absoluto coincide com o conceito m2 ADORNO ‘A teoria de Marxhe & contriiria: a doutrina da ideotogia, da falsa consciéncia, da mente necessaiia, seria completamente sem sentido quando des. lade também nao permitem separagao isenta de contradigao. A v reserva © momento de seu surgimento, que atua permanentemente ‘0 processo de abstragio que a sub- social espiritualizado. Seu las pela razdo em seus jeto, que realiza a historia uto-afirmagio da espécie humana nao teria sido possivel como, certamen bém © processo da objetivagao cientifica. M: priava das determinagdes do objeto, tanto mai mente, em objeto. Fis a préhistéria da coisificago da conscién cientificismo simplesmente apresenta como progresso sempre con: ‘bem em sacrificio. Através das malhas escapa 0 que no objeto nio é conto ideal de um sujeito que é para si “puro”, exteriorizado em relagao a experiéncia cia em progresso era acompanhada pela sombra do falso. A subjetividade extirpou em si tudo que nao & conforme a univo- cidade ¢ identidade de sua pretensdo de dominagao: a si mesma, que em verdade também é objeto, néo se reduziu menos do que 0s objetos. Ha que recordar igual. mente os momentos dos quais a metodologia cientifica encurta a objetividade, como também a perda da espontaneidade do conhecimento que 0 sujeito inflige a Si mesmo no intuito de dominar suas realizagies. Camap, um dos positivistas s,uuma ver denominou de afortunado acaso que as leis da l6gica e da iém todo 0 rracional 1F 0 discernimento, que nao o é, mas sim produto a da teoria do conhecim subjetiva da aprioridade kantiana, mas confirma Kant de tal modo que sua teoria do conhecimento, entendida como aplicada a validade, descreve mui adequada mente a génese da razio cientificista. O que, numa g Wéncia da ‘i a, the parece ser a forga da forma subjetiva, que constitui a ‘a summa daquele proceso hist6rico em que a si coi total da natureza, esquecendo a relagao de dominagao, deslumbrada, na criagio do dominado pelo dominador. Nos atos singulares do POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA 13 lade devem ser distin ‘amente, Contudo, no ambito dos assim denominados problemas de constituigao, por mais repugnante que isto seja a logica discursiva. Por pretender ser to nfo 0 é. Disto ic ‘modo do que e de designar por meio da ciénci coneretamente 0 que escapa a Na acentuaco do conceito de crit la a uma observagio de Peter Ludz, feita. Em Popper ele ‘puro. mecanismo de signifiea, sem qualquer deter confirmagiio provis6ria de proposi : desdobramento das contradigSes da ide efetiva através do conhecimento fe qualquer maneira, 0 co-relator ja havia esclarecido o equivoco.?* Ele orem, uma simples contaminagao de significados diferentes na mesma ‘mas é fundamentado no conteido. Se aceitamos o conceit popperiano juramente comnitivo ou, se quisermos, “subjetivo™, que pretende apenas fade do conhecimento € nao a legitimago da coisa conhecida, entio a tarefa do pensamento nao se detém aqui. Pois aqui ¢ alia razao critica € a mesma; i “faculdades” que entram em agi iva de conhecimentos ¢ sobretudo de teoremas também examina ‘se 03 objetos do conhecimento sio 0 que postulam, de ac ordo contririo seriam formalistas. Nunca a critica |, mas sempre também de conteido, confronta~ 1 perseguir a verdade que os conceitos feoremas querem expressar por si mesmos; ¢ ela no se esgota na harmor ater-se aos fatos do qi mente I6gico, pode se ica imanente, tenquanto aplicada ao referido em proposigdes cientificas e nao a “proposigdes em Si". no proceda apenas de modo argumentativo, mas examine se as coisas efet ‘vamente se passam assim, Caso contrario, a arguments naquela estupidez {que nio raro observamos 01 lema fenomenol6gico entender. A arguments gio tomna se questionavel assim que supde a logica discursiva frente ao contelid. Na Cidncia da Logica Hegel quase nio argumentou no ia ADORNO sontemplagio pura”. Popper, pelo ia na objetividade do método crit. fe que os meios Kigicos auxiliares da critica — lade de ambos os tipos de eri escamoteada mediante ordem ante, de que 0 m rea se capacita a remeter tais urais da sociedade, nao precisando elimi ico, ja que somente rando, portanto, que .ez « algo diferente, sua configu: idamente do que um procedi pode-se vincular ao fato jesenvol que apren ‘0 que por sua vez niio constitui pensamento, . Ha janelas em sua prisao. A estreiteza do 10, refugiando-se como icede propriamente em Popper tui o pathos da resposta de Habermas a Al POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA bs ficamente burgués ¢ antifeudal, implica a representagio de uma associagiio de sujeitos livres € auténomos em torno da possibilidade de uma vida melhor, e, rt sociedade civil em algo primitivo e impenetravel cor Nas teorias contratuais expr inversa, Por pouco que se verifi quem historicamente, lembram a sociedade insi cientifico e metacientifico, na obra de Marx: esta se denomina Critiea de Econo fica porque pretende demonstrar © todo a ser eriticado em seu direito de partir das formas da troca e da mercadoria e sua contraditoriedade imanente, “logica”. A afirmagao da equivaléncia do trocado, base de toda troca, € desautorizada pela conseqiiéncia mesma desta. Na medida em que o principio da troca, em virtude de sua dinamica imanente, se estende ao trabalho humano iransforma:se obrigatoriamente em desigualdade objetiva, a das classes. A 1do niio correto, A critica lgica a enfitico-pratica, de que a sociedade ser transformada, sio momentos do mesmo movimento do conceito. Que Vio pode simplesmente ignorar a separagiio do vinculado, . se confirma pelo procedimento de Marx. Ele tanto criticou , restringindo.a a proposi ram a reflexdo de conteido: de Perpetuando unicamente ad interrupta, porque a féncia de contradigdes I6gicas, nao re uma sociedade inteiramente funci Kalendas graecas gragas a severidade de uma repressi racional. Nio & apenas a deci u falsidade de hipsteses pro 6 ADORNO POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA 7 jema de ordem superior. A teoria di precisa cada ver mais afastar-se da sem dispor autologicamente as categorias de verdadeiro € falso conforme as re gras do jogo de las. Popper contrasta a sua “sociologia do saber” com a sociologia do conhecimento, usual desde Mannheim e Sch dda objetividade cientifica”. Ela porém nao alcanga além do 3 submetendo-se & proposigio ainda valida de Durk- ‘uma diferenga essencial entre a proposigao: eu aprecio o carter de sistema, ¢ seu sist configuragao po cognitivo perde 0 cariter de ral da sociedade, sua unidade sistematica ym a repressao. Ali onde atualmente o pen \- Segue com excessiva inlexibi ‘como: competi¢ao (tanto dos ci io (a tradigo critica); instituigo social (como, |. cujo conceito de sistema, como de simples classificagao intracien. stase. A dialética hiposta icagio, 0 impenetravel durkheimian 1 com seu proprio fim, a conscrv: em verdade. 0 conceito da soci sucesso no mercado tem primazia frente as qualidades da coisa, mesmo tratando vam denominar de des- se de formagies espirituais. A tradigdo em que Popper se apdia tornou-se indubi também como teoria critica da tavelmente, jor das universidades, em freio das forgas produtivas. Na Ale jga a ampliar 6 conceito de eritica além de suas para, nem! iiencioear 'e de verdade cientifica néo pode ser dissociada da de que Popper hesitaria em reconhecer empiricamente ivre tanto da contradigio como da ‘como instrumento da verdade, da mesma forma como nao superestimara o alcan- ima, resignadamente o cientificismo a relega unicamente ete scgeio: Wyre na) choles A terrae ples do conhecimento. ; espreocupagio frente a tudo isto respira 0 otimismo do desespera. A negagio a a critica a0 objeto, em ver de somente as discordancias Wgicas, 0 ae do uma eatin obletiva da socledde ¢4 ma mibatithigSo por expe sua neutralidade social. Da problemitica de rdenacdo extirpa pensamentos que se voltam contra aquela estrutura, nto Albert como Popper parccem dar-se enquanto o impulso popperiano de ilustragdo pretende justamente pensamentos atreno cue inverse pom Cizends gus miasoees desta ordem, A negago de objetividade social a mantém intacta em sua forma © decisionismo dos fins, o irracionalismo, que ja se imprimia na doutrina webe- nur sini aouten de Popsers cia. A concessio de Poppe segundo # ual “pro eae Ne lares nao sio intocaveis parece-me configurar um consideravel progress a ses de leis de carter universal numa -a plena de sentido nao pode: alseagio:d eee a ompreendidas como verificaveis,e de que isto valeria inclusive para as cores jocolares,?? efetivamente leva em frente, de modo produtivo, 0 de base é suficientemente conceito de critica. Propositalmente ou nao leva-se em conta que aquilo a que se Teferem as assim denominadas proposigies protocolares, as simples obscrvagGes, 0 pré-formadas reduzida a proposigdes pr mmasha ha uma auséncia total de tradigao et ‘motivada pel participam de tentativas de falseagao de determinadas teorias precisam chegar a ‘um consenso provisério € @ qualquer momento refutivel acerca de proposiqies observacionais relevantes: corresponde comunicagao de Popper, apesar de pl cerréneo supor que a objetividade da ciéncia depende da objetividade bx ADORNO .de sofre menos em virtude da antiquada 1 formagao objetivo-social do aparato cientifico Popper nao possui corretivo mais vigoroso do cia organizada: “O que podemos por ol ica ¢ exclusivamente na tradigio a tradigao que, a despeito de todas as resisténcias, poss tum dogma vigente. Em outras palavras, a objetividade da ciéncia as, mas um problema social de mfianga em que posigdes muito diver gras reconhecidas da cooperagao, adquirindo ‘au de objetividade possivel do conhecimento, concord intra jnente com o antiquado modelo liberal daqueles que se remem numa mesa redon- sso. As formas da cooperagio cientifica contém um las “tema social”, Popper implicagaes. Estas vio desde mecanismos de selogio ae ao renome académicos — mecanismos em . Embora & certo que Sundamentum in re. Por sua ver, da pretensio de dominagao da Feproduz mais ou menos controle conseqiiente de situagdes € estender seu controle ao todo. Se um: sivel, se niio desprezasse grosseiramente as relagSes de poder, em cuia realidade se 2 ADORNO iva, a sociedade totalmente con ficamente permane cia, njo emancipado como sempre. Mesmo na racionali fade de uma condugao cientfiea dos negicios da sociedade global, que se desem ‘aparentemente de todas as suas cadeiras, sobreviveu a dominagio. A dos ‘mesmo contra sua ontade, com os interesses dos grupos Entre os momentos que precisam que ambas decaiam — aq terpretagio, a al testemunha a ico nao cai no da arte de modo absoluto. A adulta gozagio J, planta 0 ranger das isas daquela, nem preenche nela uma dicios de que os estudantes de que mesmo Max Weber pensa & justamente nisto que repousa lipsismo. Tudo da escola de Frankfurt. Algo disto parece manifestar-se na recente reb« 19 unicamente 0 que nao visa, sob a forma de ‘comuni parte a que os conhecimentos di literal por parte de séus o so divergentes, Sem ruptu POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA, 3 tivismo conforme seus reprresentantes mais conseqientes, circunscreve uma contradigio essencial: 0 conhecimento, ¢ isto de maneira alguma ocorre per acci dens, constitui um exagero. Pois tio pouco como algo singular & ‘verdadero’, ‘mas, gragas a sua mediagio, também forma seu prOprio outro, assim também 0 todo nao € verdadeiro. Sua permanéneia como inconcilisvel com o singular cons expresso de sua propria negatividade. A verdade é a articulagao desta rela Gao, Antigamente ainda sabia disto a grande filosofia: a de Plato, que constitu 2 maior pretensio pré-critica de verdade, sabota incessantemente, sob a forma de 10 dos diilogos “aporéticos”, esta pretenslo tal como seria realizada io seriam descabidas especulag6es que assim referissem igualmente smo alemio, a se vingar atualmente sta Aquele, foi que iludiu a sie a seus seguidores atra dade plena com 0 objeto no conhecimento absoluto. Justamente assim adentrou o paleo dos statements of fact € das valida es terre i terre, em que & inevitavelmente batido por uma ciéncia capaz de the uficiéncia prépria para seus desideratos. O procedimento inter pretativo se debilita no momento em rorizado pelo progresso das ciéncias singulares, afirma ser ele também ciéncia como as outras. Nenhuma objego a Hegel tem efeito mais estringidor do que a j& expressa por Kierkegaard, de que le toma sua propria filosofia demasiado literalmente. Contudo, a interpre er uma. A mediagio se efetua entre o fenémeno € 0 seu c de interpretagao pela histGria: 0 que aparece de essencial n0 ‘© que nele estava imobilizado e 0 sigGes de interesse de uma ‘permanecer em uma hermeni ADORNO POSITIVISMO NA SOCIOLOGIA ALEMA ns cla se dissolva sem vestigos. A consciéncia que se retrai no dominio do ta pelo seu autoconhecimento em filosofia 0 que nlo se resolve sem mais na sociedade. Contudo, quando se contr \do com 0 sujeito. Um conceito dialético de sentido que es \dimento weberiano de sentido, mas esséncia social que cunha os fenémenos, que neles se manifesta e se oculta. Ela determina os fendmenos, ¢ no uma lei geral no entender ci usual. Seu modelo seria cde Marx, deduzida a partir da tendéncia da queda das el que seja atualmente. Seus abrandamentos haveriam de ser por s derivados dela, como esforgos prescritos imanentes de desviar ou adiar a tendéncia imanente propria do sistema. De ‘alguma é seguro que isto seja duradouramente possivel; se no ocorresse Que tais esforgos acabariam por realizar, a “lei da ruina” contra a sua propria Yontade. Legivel é unicamenteo momento de uma lenta ruina inflacionéria, 0 uso de categoria como totalidade ¢ essén os dialéticos se octpam do global descompromissado, enquanto 0s pos tentretém com detalhes sélidos, que purifieam os fatos de todo etéreo ac desprovida de divida é secularizagao da verdade divina. A recrimi- joteologia se detém a meio caminho. Os sistemas metafisicostinham logeticamente sobre o ser social ia via do pensam ‘como Popper, é cont nao verdadeiro, ‘do da megalomania a respeito do contetido. ide como aquilo que ela também é social: singular, aos momentos, como dizia Hegel, .do pensamento globalizante. A sociedade ¢ sistema como sintese de lum diverso atomizado, como sinopse real, mas abstrata, de algo nao reunido yente. A relagdo de troca confere em ampla medida posta objetivamente sobre seus elementos, de Jbsolutamente diverso de como figura no conceito de organismo, si lcologia divina, mediante a qual todo érgio teria sua fungao no jonexdo que perpetua a vida, simulta em si aquele algo da morte em cuja dire \deologia globalizante e organizatéria, a . A no ontologizagao do conceito nado num iniciosque & ia-prima ou exemplo através da pr idera mais a microlo ssa rapidamente por nos computadores. desprovido de reflexio global. Esta poderia Ihe parecer suspeita de idealismo, igo materialista de fendmenos sociais se movimentara (© empedernido nominalismo, que relega 0 conceito at como sobre a determinago do ‘ibuida abstragao ao método di frente & descrigio sociografica de dados singulares, menos singulares que expressam o univers so mui sm somente seus representantes I6gicos. De acordo com a énfasse sobre 0 jade imanente, ela nao sacrifica a univer sociais ¢ mais conereta do ica do singular como algo simulta a 0 conceito social de lei. Ji nao mais deté ‘mais substanciais, do que causa de sua universal salidade comparativa, a formulagao dialética de lei ponto de vista historico. A determinagao dia rneamente particular e universal 1a forma do “sempre que pio ela vale apenas sob a condigio de singulares em si ja contém uma determi jerdade, uma vez que os momentos ide a leis proveniente da , Porque o pretensa. social — encerra em gio de ambos ja tem 0 mente apenas individual si mesmo um particular ¢ um univer carfter de falsa abstragio. Modelos do processo do universal e do particular sio a tendéncia para a a sociologia empirica tendéncias de desenvolvimento da sociedade, tais cor coneentragio, a superacumulagio ¢ a crise. De ha mi do pensar dialético em relagao ao si a em oposigao a uma formulagao de Wittgenstein ples, a proposicdo elementar, afirma a subsi © A aparente evidencia de que a anilise l6gica de proposighes conduz a proposigdes clementares é tudo, menos evident nui a0 Discours de la Mé — qualquer coisa que

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