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1-) O CP realmente abriu excees ao concurso de pessoas.

No 2, do artigo 29, nos


traz essa exceo: Se algum dos concorrentes quis participar de um crime menos grave, serlhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at a metade, na hiptese de ter sido
previsvel o resultado mais grave. Claramente, uma quebra a teoria monista, que foi
adotada pelo nosso Cdigo, onde todos que concorrem para o crime, deveram responder na
medida de sua culpabilidade. Entendo essa exceo a teoria monista, seja uma forma mais
justa ao se aplicar a pena, pois as condutas humanas so imprevisveis. Um exemplo claro
seria o fato de dois agentes que roubam a uma casa, ficando combinado que, um esperaria no
carro e o outro praticaria o ncleo do tipo penal, ou seja, o roubo em si, porm, no decorrer do
roubo, um dos agentes acaba por estuprar a vtima que estava na casa. claro que, no estava
combinado o estupro nessa situao, portanto, no h liame psicolgico ente os agentes, logo,
aquele que no praticou o estupro deve ser responsabilizado apenas pela sua conduta.
2-) Com certeza um caso de concurso de pessoas, porm, devemos levar em conta a
punibilidade. Pedro e Joo responderam pelo furto, mas, ao analisar 2, do artigo 29, com o
propsito de impedir a responsabilidade objetiva, vemos que a participao do partcipe, que
no caso o Pedro, quis participar do crime menos grave, devendo ser aplicada apenas a pena
deste. Joo, autor da ao, ser punido por roubo seguido de morte, segundo artigo 157, 3, e
estupro artigo 213, pois sua conduta no era esperada, no havendo liame psicolgico entre os
agentes nas condutas mais graves.
3-) Entendesse que no h obrigatoriedade de denuncia nem de interveno na ao
delituosa, uma vez que Antonio no goza do status de garantidor, ou seja, no possuindo ele
qualquer dever de agir para impedir o resultado; acredito que no ouve participao omissiva
em sua conduta, pois no teve qualquer tipo de participao ou influncia no resultado, na
participao por omisso, haveria a possibilidade de responsabilizar Antonio como partcipe
caso ele tivesse facilitado para Paulo, por exemplo, por raiva do gerente, o acesso ao cofre
omitindo providencias como chaves ou horrios ou deixando dinheiro em lugares
desprotegidos de fcil acesso; neste caso, por Antonio no tem nenhuma influncia ou
qualquer participao que efetivamente ajudaria na ao de Paulo no h possibilidade de
qualquer concurso de pessoas entre Paulo e Antonio.

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