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Contos
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Apanhei o telefone. Outra ligao a ser feita, nem imaginava que aquela seria a ulti
ma como bom homem.
Digitei nove numeros. Um erro idiota. Estava Nervoso.
Alguem atende, uma voz feminina doce como o toque de uma me.
Ela me acaricia com suas palavras.
"Vou transferi-lo."
As luzes se apagam, o telefone fica mudo.
Uma voz rouca.
"Diga"
Eu mal abro a boca e posso ouvi-la carcarejar palavras diabolicas. Fico indefeso
.
Ela grita em meus ouvidos que enchem de sangue e raiva.
Meus timpanos transbordam e adentram o telefone. Ouo meu sangue escorrer pelas li
nhas.
Ouo um engasgo do outro lado. Uma tocida, um pedido de ajuda. Desligo o telefone.
Estico os dedos em direo aos numeros. Penso em chamar a policia.
Um pouco de sangue escorre do telefone e cai sobre minha cala.
Esse no o meu sangue. Meus ouvidos esto limpos.
Minha mente est tranquila.
Sinto fome.