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ARTIGO ORIGINAL

REAVALIAÇÃO A LONGO PRAZO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO


DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO POR INCISÃO PALMAR E
UTILIZAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PAINE®
CARPAL TUNNEL SYNDROME: REASSESSMENT OF LONG-TERM OUTCOMES WITH THE USE OF THE PAINE®
RETINACULATOME DURING SURGERY THROUGH A PALMAR INCISION.

LUCIANA LEONEL DOS SANTOS1, MARCO AURÉLIO BRANCO1, LIA MIYAMOTO MEIRELLES2, JOÃO BAPTISTA GOMES DOS SANTOS3,
FLÁVIO FALOPPA4, WALTER MANNA ALBERTONI5, CARLOS HENRIQUE FERNANDES6

RESUMO SUMMARY
A síndrome do túnel do carpo (STC) é a síndrome compressiva Carpal tunnel syndrome (CTS) is the most commonly diagnosed
mais comum e a cirurgia de liberação do retináculo dos flexores and treated entrapment neuropathy. Surgical treatment involving
uma das mais realizadas no mundo. Desde a via aberta clássica, the clearance of the flexor retinaculum is widely employed. Open,
mini-incisões até a endoscópica, o sucesso obtido com a cirurgia minimally-invasive and endoscopic surgical techniques have all
a curto prazo está bem estabelecido, porém os estudos a longo been described as treatment options for CTS and short-term suc-
prazo ainda são escassos e avaliam, principalmente, sinais clí- cess with these methods is well established. Long-term studies,
nicos e sintomas. O objetivo deste estudo é avaliar os pacientes however, are scarce and usually evaluate only clinical signs and
tratados pela incisão palmar e utilização do instrumento de Pai- symptoms. The objective of this study is to evaluate patients treated
ne® com no mínimo seis anos de pós-operatório (98 meses em by a palmar incision and by the use of the Paine retinaculatome
média). Foram feitas avaliações pré e pós-operatórias da força (6 years post-op minimum; mean is 98 months). We assessed
de preensão palmar, polpa-polpa, lateral e tridigital utilizando um palmar, pulp to pulp, lateral and tridigital prehension strength us-
dinamômetro de pressão. A sensibilidade dos dedos foi mensu- ing a dynamometer. Finger sensitivity was measured using nylon
rada por meio de monofilamentos de nylon. Foi observado que monofilaments. We observed that while sensitivity improved with
com o passar do tempo houve melhora da sensibilidade e a força time, grip and prehension strength remained unchanged.
se manteve inalterada.
Keywords: Carpal tunnel syndrome; Hand strength; Sensation;
Descritores: Síndrome do túnel carpal; Força da mão; Sensação; Treatment outcome.
Resultado de tratamento.

INTRODUÇÃO
A compressão nervosa mais comum é a do nervo mediano que volar aos tendões flexores superficiais dos dedos médio e anular.
ocorre na área em que este atravessa a região do carpo, caracte- A cirurgia para liberação do túnel do carpo é um assunto corrente
rizando a síndrome do túnel do carpo (STC). Esta pode ocorrer por na literatura, motivo de diversas publicações, principalmente a partir
aumento do volume das estruturas contidas nele ou pela diminuição dos anos 50. Algumas relatam vários tipos de complicações(1,2,3,4)
do espaço no interior do túnel. Segundo estudos anatômicos a e muitas outras relatam excelentes resultados e baixos índices de
região mais estreita do túnel é no hâmulo do hamato e a flexão do complicações(1,3,5,6).
punho provoca a compressão do nervo pela margem proximal do Nos últimos anos há uma crescente utilização dos métodos en-
retináculo dos flexores. doscópicos para a liberação do túnel do carpo, com o objetivo de
O túnel do carpo é a região por onde passam os tendões flexores agilizar o retorno dos pacientes ao trabalho e diminuir a morbidade(7).
dos dedos e o nervo mediano em direção aos dedos da mão. Seu A desvantagem dessa técnica é o elevado número de complica-
assoalho é formado pelo arco côncavo dos ossos cárpicos cober- ções operatórias e o alto custo do instrumental e do treinamento
tos pelos seus ligamentos. O teto do túnel é formado pelo retináculo do cirurgião(1,3,8,9).
dos flexores, uma banda fibrosa imediatamente acima do nervo Este trabalho tem por objetivo reavaliar os resultados a longo prazo
mediano, que tem sua inserção do lado radial, no tubérculo do osso do tratamento cirúrgico em 112 pacientes portadores de síndro-
escafóide e no osso trapézio e do lado ulnal, no osso pisiforme e me do túnel do carpo, operados por incisão palmar, utilizando o
no hâmulo do hamato. No túnel o nervo localiza-se em posição instrumento de Paine®.

Trabalho realizado na Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo – DOT/UNIFESP

Endereço para correspondência: Rua Borges Lagoa no 783, 5o andar - CEP 04038-032 – Vila Clementino - São Paulo - SP - E mail: luci.leo@bol.com.br

1. Médico Residente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia


2. Fisioterapeuta e Especialista em Terapia da mão
3. Doutor em Ciências, Chefe de Clínica da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior do Departamento de Ortopedia e Traumatologia
4. Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia
5. Professor Titular do Departamento de Ortopedia e Traumatologia. Pró-reitor de Extensão
6. Doutor em Ciências, Médico da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior do Departamento de Ortopedia e Traumatologia

Trabalho recebido em: 02/06/05 aprovado em 19/08/05

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MATERIAL E MÉTODO pa-polpa, lateral e tridigital foi realizada em 43 (76,8%) mãos. Na
De outubro a dezembro de 2004 reavaliamos os pacientes opera- reavaliação o teste foi aplicado a 56 mãos.
dos entre março de 1995 e março de 1998, na “Casa da Mão” da Avaliação pré-operatória da sensibilidade dos dedos da mão foi
Disciplina de Cirurgia da Mão feita por meio de monofilamentos de nylon em 44 (78,6%) mãos. Na
e Membro Superior – Depar- reavaliação o teste foi aplicado
tamento de Ortopedia e Trau- a 56 mãos.
matologia /UNIFESP. Foram Para a mensuração da força de
89 pacientes, totalizando 112 preensão palmar, polpa-polpa,
mãos, submetidos à liberação lateral e tridigital foi utilizado
cirúrgica do túnel do carpo, por um dinamômetro de preensão
incisão palmar e instrumento palmar hidráulico, ajustado na
de Paine ®(10). Conseguimos segunda posição e um dina-
localizar e examinar 45 pacien- mômetro de preensão digital
tes, sendo que o restante dos hidráulico, ambos Baseline
pacientes não respondeu à so- (Irvington, N.Y., U.S.A.). Para a
licitação de comparecimento e avaliação foram efetuadas três
um paciente foi excluído por ter mensurações em com o máxi-
sofrido acidente vascular cere- mo de força possível, e anotada
bral com conseqüente perda a média em quilograma-força.
de força da mão, o que alteraria Os indivíduos estavam sen-
a avaliação pós-operatória. No tados, com o braço aduzido
total tivemos 44 pacientes, com paralelo ao tronco, cotovelo
56 mãos reavaliadas. fletido em 90 graus, antebraço
Entre os 44 pacientes avalia- e punho em posição neutra.
dos, 13 aparecem duas vezes A sensibilidade era pesquisada
em nossa casuística por terem por meio do teste de monofila-
sido operados de ambos os mentos de nylon (Estesiôme-
lados (11 e 29, 13 e 16, 14 e tro ®), fabricado por SORRI,
15, 17 e 22, 18 e 27, 19 e 25, Bauru, Brasil. O conjunto con-
24 e 53, 28 e 45, 30 e 31, 37 e siste de um jogo de sete tubos,
40, 38 e 39, 41 e 43, 48 e 50). cada um contendo um par de
As mãos operadas são listadas monofilamentos. O número de
por ordem cronológica do dia cada fio indica com precisão
da cirurgia e nenhuma mão a força axial necessária para
foi submetida a mais de um envergar os filamentos que
procedimento cirúrgico. são de cores diferentes e cor-
O tempo de reavaliação pós- respondem à graduação em
operatória variou de 80 meses gramas. Verde - 0,05 g; azul
a 117 meses, com uma média - 0,20 g; violeta - 2,00 g; ver-
de 98 meses. melho escuro - 4,00 g; laranja
A idade, na época da reava- - 10,00 g; vermelho magenta
liação, variou de 38 a 77 anos, - 300,00 g.
com uma média de 57 anos. Para agilizar a avaliação, eram
Na época da cirurgia a idade pesquisadas apenas as polpas
variou de 18 a 79 anos, com digitais dos dedos das mãos.
média de 46 anos. O exame era demonstrado em
Quanto ao sexo, 2 (4,5%) eram uma área de pele com sensi-
do sexo masculino e 42 (95,5%) bilidade normal e solicitava-
do feminino. se ao paciente mexer o dedo
Quanto à mão acometida, 36 quando sentisse o toque, era
(81,8%) pacientes tinham quei- realizado sem observação visual
xas bilaterais, 8 (18,2%) tinham do paciente, de modo que o
na mão direita e 0 (0,0%) na monofilamento de nylon ficasse
esquerda. A mão dominante era perpendicular à superfície da
a direita em 40 (89,5%) pacien- pele da polpa digital. A força
tes, a esquerda em 1 (1,7%) exercida era suficiente para cur-
e 3 (8,8%) eram ambidestros. var o monofilamento. O teste era
A cirurgia foi realizada na mão iniciado com o monofilamento
direita em 25 (56,8%) pacientes, mais leve, 0,05 g (verde). Caso
na mão esquerda em 6 (13,6%) não houvesse resposta do pa-
e 13 (29,6%) bilateral. ciente, prosseguia-se o exame
Na Tabela 1 estão contidos os com o filamento imediatamente
dados referentes aos pacientes mais pesado (0,20 g - azul), e
segundo o número de ordem, assim progressivamente. Os
iniciais do nome, e avaliação filamentos de 0,05g e 0,20 g
da força de preensão palmar, (verde e azul) eram aplicados até
polpa-polpa, lateral, tridigital e três vezes em cada local, sendo
na Tabela 2 a avaliação da sen- suficiente apenas uma única
sibilidade por meio de monofi- resposta positiva para confirmar
lamentos do 1o, 2o, 3o, 4o e 5o Tabela 1 - Dados referentes a 56 mãos operadas de 44 pacientes com a sensibilidade. Os outros eram
dedos, pré e pós-operatória. Síndrome do Túnel do Carpo segundo o número de ordem, iniciais do testados apenas uma vez.
Avaliação pré-operatória da nome, força de preensão palmar (P), polpa-polpa (P-P), lateral (P-L) e Em todas as cirurgias foi utili-
força de preensão palmar, pol- tridigital (P-T), no pré-operatório e pós-operatório. zado o instrumento cirúrgico

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desenvolvido por Paine, confeccio- seguimento(1,11,12). Não foram en-
nado em aço inoxidável, com uma contrados estudos de seguimento
haste achatada no plano frontal e a longo prazo no tratamento da
uma placa de base no plano hori- STC utilizando, exclusivamente,
zontal, formando entre si um ângulo o instrumento de Paine®. Neste
de 135o. estudo, o seguimento médio dos
pacientes foi 8 anos e 2 meses.
MÉTODO ESTATÍSTICO A STC ocorre normalmente entre
a quarta e sexta década(6), dado
Para avaliar a evolução das mãos em concordante com nossa casuística,
relação ao período pré-operatório e na época da cirurgia, em que 80%
o período pós-operatório para as dos pacientes pertencem a esta
variáveis força de preensão palmar, faixa etária.
polpa-polpa, lateral e tridigital, usa- Observamos uma incidência no
mos o teste de Wilcoxon, pois havia sexo feminino de 95,5%, fatos
interesse em verificar a evolução ao concordantes com a literatura, em
longo do tempo. que a grande maioria dos trabalhos
Este mesmo teste foi utilizado para registra uma maior incidência da
a variável sensibilidade nos dedos, STC no sexo feminino(12,13).
onde o tempo foi fixado em pré e O acometimento bilateral é nor-
pós-operatório para verificar como se malmente o mais encontrado nos
comportava cada dedo ao longo do diversos trabalhos, seguido pelo
tempo. O nível de significância fixado acometimento da mão direita e
em todos os casos foi sempre igual depois da mão esquerda isola-
ou menor do que 0,05 (5%). damente(14), coincidente à nossa
Quando a estatística calculada apre- casuística em que encontramos
sentou um valor significante usamos 81,8% de bilateralidade e nenhuma
um asterisco (*) para caracterizá-la. isoladamente na mão esquerda.
Caso contrário, isto é, não significan- O método de avaliação da sensi-
te, usamos NS. bilidade da mão usando monofila-
As médias foram calculadas e mentos foi bem estabelecido para
apresentadas apenas a título de avaliar os resultados após libera-
informação. ção cirúrgica do túnel do carpo(15,16).
Essa avaliação é fundamental
TERMINOLOGIA para confirmar a integridade das
ANATÔMICA estruturas nervosas e as mudanças
A “Terminologia Anatômica” utilizada na sensibilidade da mão após a
foi a da Sociedade Brasileira de cirurgia.
Anatomia em Terminologia Anatô- Outro método útil para avaliar a
mica, 2001. função da mão é a mensuração
da força, feita com dinamômetros
RESULTADOS e podem ser medidas as forças
de preensão palmar, polpa-polpa,
A Tabela 1 apresenta as mensura- lateral e tridigital(17,18,19). A compa-
ções de força de preensão palmar, ração com mão contralateral não
polpa-polpa, lateral e tridigital das 43 deve ser usada como parâmetro
mãos que tiveram avaliações pré e por haver uma alta incidência de
pós-operatórias. A análise estatística bilateralidade(20).
é apresentada na Tabela 3 e ilustrada Nos pacientes submetidos à libe-
no Gráfico 1 segundo a força de pre- ração do túnel do carpo, a força da
ensão palmar, polpa-polpa, lateral e mão retorna à força máxima pré-
tridigital, respectivamente. operatória após seis meses, sendo
A Tabela 2 apresenta os resultados que 15% a 20% dos pacientes nun-
da sensibilidade dos dedos de 44 ca voltam a ter sua força original,
mãos que tiveram avaliações pré e devido à alteração na configuração
pós-operatórias. A análise estatística dos ossos do carpo ou à perda
é apresentada na Tabela 4 e o Gráfi- do efeito de polia do retináculo(21).
co 2 ilustra a sensibilidade em suas Naqueles em que há perda, esta é
variáveis no pré e pós-operatório. em torno de 20%. Alguns autores
relatam perda de força tardia, após
DISCUSSÃO 10 meses a dois anos, nos pacien-
A síndrome do túnel do carpo é a sín- tes operados(12). Quando avaliada
drome compressiva mais comum, e a recuperação da força, usando a
a divisão do retináculo dos flexores é via de acesso clássica, observou
a cirurgia mais realizada no membro que em relação ao pré-operatório a
superior, em todo o mundo. força de preensão e a força polpa-
São poucos os estudos na literatura polpa tiveram retorno ao mesmo
em que é realizado um seguimento valor de força pré-operatória entre
a longo prazo de pacientes tratados o 3o e 6o mês(20). Quando utilizado a
cirurgicamente da Síndrome do túnel Tabela 2 - Dados referentes a 56 mãos operadas de 44 via endoscópica, observou o retor-
do carpo. O tempo de seguimento pacientes com Síndrome do Túnel do Carpo segundo o no da força de preensão palmar e
pós-operatório é variado nos diversos número de ordem, iniciais do nome e sensibilidade do 1o ao a força polpa-polpa ao redor da 6a
trabalhos, chegando até 72 meses de 5o dedos no pré-operatório e pós-operatório tardio. semana e 3a semana, respectiva-

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Tabela 3 - Análise estatística das médias da força de preensão Tabela 4 - Análise estatística das médias da sensibilidade no pré e
palmar, polpa-polpa, lateral e tridigital no pré e pós-operatório de pós-operatório de liberação do túnel do carpo
liberação do túnel do carpo

Grafico 1 - Média da força de preensão palmar, polpa-polpa, lateral e Gráfico 2 - Média da sensibilidade no pré e pós-operatório de
tridigital no pré e pós-operatório de liberação do túnel do carpo liberação do túnel do carpo

mente(22). Comparando-se a incisão clássica com a dupla incisão sugerir que a longo prazo os pacientes tratados cirurgicamente
encontrou-se retorno da força mais precoce na dupla incisão(23). A por esta técnica apresentaram uma melhora global das forças a
cirurgia aberta padrão para liberação do túnel do carpo é o método longo prazo.
preferido de tratamento porque continua sendo tão efetiva quanto A melhora da sensibilidade no pós-operatório varia nos diversos
as outras alternativas, sendo tecnicamente mais fácil e apresenta estudos de 17 a 65%(16,20). Na comparação entre um grupo sub-
menor risco de complicações e custos adicionais(1,2). metido à liberação endoscópica e outro à cirurgia clássica, não
Neste estudo, as médias de força de preensão palmar encontradas observaram diferenças estatisticamente significantes entre eles
foram 26,51 kgf no pré-operatório e 28,16 kgf a longo prazo, sendo e entre as mensurações pré e pós-operatórias(24). No grupo de
que houve diferença estatisticamente significante. As médias de mãos estudado nesta pesquisa, todas apresentaram, na análise
força de preensão polpa-polpa encontradas foram 4,68 kgf no estatística, diferenças favoráveis e significantes entre o pré e os
pré-operatório e 5,04 kgf a longo prazo, sendo que não houve seguimentos pós-operatórios, nos cinco dedos.
diferença estatisticamente significante. As médias de força de
preensão lateral encontradas foram 5,82 kgf no pré-operatório e CONCLUSÃO
6,50 kgf a longo prazo, sendo que houve diferença estatisticamente Observamos que ao longo do tempo, a sensibilidade dos dedos
significante. As médias de força de preensão tridigital encontradas apresentou melhora em relação ao pré-operatório.
foram 5,57 kgf no pré-operatório e 5,59 kgf a longo prazo, sendo A força muscular manteve-se semelhante ao pré-operatório, após
que não houve diferença estatisticamente significante. Podemos longo tempo de seguimento pós-operatório.

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