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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE DIREITO

DIREITO CIVIL V CASO PRTICO 3

Em fevereiro de 1957, So Paulo Transportes S/A, sociedade de economia mista, celebrou contrato
de compra e venda com So Paulo Light Servios de Eletricidade S/A, tendo por objeto um imvel,
sem construes, cuja rea alava a 2.500 m2, registrando-se o ttulo em Cartrio de Registro de
Imveis da capital paulista no incio do ano seguinte. Na rea, situada prxima a uma das estaes de
interligao entre o metr e o sistema de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos), seria construdo um ptio para integrao entre a estao de metr e linhas de
nibus. Por razes conjunturais, no foi possvel dar execuo imediata ao projeto, ainda que se
mantivesse o intento dessa destinao. Desde 1989, porm, Caio e sua famlia ocupam esse terreno,
no qual edificaram muros de delimitao, casa para moradia, e pavimentao de parte da rea. Com
vistas a, finalmente, dar execuo ao projeto, So Paulo Transportes S/A ajuizou ao reivindicatria,
visando a reobter a posse do terreno. Em contestao, Caio alega a usucapio, j que exercera a posse
incontestada do bem por longo tempo. Postula, alm disso, como argumento residual, a reteno pelas
benfeitorias e construes realizadas no imvel.
A) Discuta, com fundamento nas disposies legais e na doutrina, o acerto das pretenses de
Caio.
B) Caso So Paulo Transportes S/A nunca tivesse procedido ao registro da escritura de compra
e venda, poderia ter-se tornado proprietria do imvel?

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