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Acao educativa, aprendizagem e mediagao nas visitas aos museus de ciéncias Martha Marandino' Resumo ‘Ao longo dos séculos, os museus vém assumindo varias fungOes socials: lugar de “coisas velhas”, lugar da pesquisa cientitica, mas, também, lugar de lazer, de delete, de contemplacao, de educagao © de dlversao. A perspectiva eduoativa vem sendo alvo de interesse cada vez maior do péblco, que hoje visita os museus de ciéncias em busca de experiéncias variadas, entre elas aprencizagem. A especificidade que os processos de ensino e aprencizagem possuem em espagos néo-formais deve ser levada em conta se queremos compreender mais profundamente sua dimensao social. Esse aspecto ganha especial rlevo quando consideramos o papel-da mediagdo entre a informagao isponivel e 0 piblico. Nesse sentido, é importante conhecer alguns resultados de pesquisas de aprendizagem com visitas monitoradas desenvolvidas nesses locais no intuito de fornecer subsidios para planejar as agées de mediagao. Este texto apresenta resultados e reflexdes sobre os aspectos de aprendizagem ¢ de mediagao nos museus. 0 mediador possui papel fundamental no controle da divulgagao da informagio pretendida, sendo considerado como a “voz da Instituigdo”. No entanto, percebe-se, muitas vezes, proximidades e distincies entre o discurso pretendido e 0 discurso real do museu, manifestadas na fala do monitor. Esse fato revela a importancia de maiores investimentos na formagao desse profissional. ~ raualg op sostuag @ snasnyy wa oBSeypayy ap ejo083 y cULOUSWY-Ing oY}, SERENE Museu: lugar da educagao ‘Qual o lugar social dos museus de ciéncias hoje? Desde sua criagéo, em tomo do século 16, os museus vem assumindo varias fungées sosizis. Da forga dos gabinetes de curiosidades que mostravam os mundos distantes @ as culturas estranhas até os renomados locais onde objetos ¢ idéias foram sendo armazenados, catalogados, Conservados, pesquisados ¢ expostos, essas variadas fungdes aparecem, se mesciam e se confundem no imaginario das pessoas comuns. Lugar de “coisas velhas”, lugar da pesquisa cientfica, mas também lugar de lazer, de delete, de contemplagao, de educagéo e de diverso, parece que os museus conseguem oferecer essa gama enorme de opeées socials, * Faculdade de Educapao da Universidade da Séo Paulo, Email: marmaren@usp.bx 7 & = 5 = 2 2 Mas 0 que ha de novo no universo das insttuigdes museais? De certo, hd muita novidade, apesar de nem sempre transparacer aos olhos do visitante de forma to clara, No Brasil, em especial, nao s6 0 ndmero de musous de ciéncias cresceu nas titimas décadas como algumas dessas instituigdes passaram por reformas importantes, buscando modernizar suas instalagdes para melhor canservar e pesquisar seus acervos e, consequentemente, melhor aprasentar seus objetos para os varios pblicos. H4, contudo, uma importante mudanga ocorrendo nos espagos @ nas ages voltadas para 0 piblico em geral nos museus, especialmente @ partir do século 20. Nesse period, desenvolveu-se de forma mais densa programas ¢ atividades vottadas para os variados piiblicas — criangas ¢ jovens, pibico escola, familias ~ buscando atender seus interesses @ 05 objetivos de educagao e divulgagao do proprio museu. Na medida em que a dimensao educativa € comunicacional dos museus é plenamente assumida por essas insttuigdes, e investimentos, tanto internos a elas como axternos, piblicos e privados, sao feitos, a quantidade ¢ a qualidade das propostas cuturais dodicadas aos visitantes se ampliam. [A perspectiva educativa vem sendo alvo de interesse cada vez maior do publica, que hoje visita os museus de ciéncias em busca de experiéncias variadas, entre elas aprendizagem. Esse interesse é ainda mais alimentado pela importancia que os museus adquirem como aspagos de alfabetizagao cientfica e de educagao néo-formal. A idéia de manter uma educagao ao longo da vida — life lng learning — e de realmente considerar os espacos de Tuseus como parte desse processo vem sendo respaldada também pelas pesquisas no campo da educagao desenvalvidas nesses locais. As investigagoes sobre aprendizagem voltada 2o publico escolar séo cada vez mais realizadas nesses espacos, indicando as caracteristicas que esse processo assume em locais como museus. Além disso, pesquisas sobre © quo as familias fazem, por que vao © como aprendem nos museus vém se constituindo como uma nova matriz disciplinar (Ellenbogen et af, 2004), reforgando também a importéncia que esse publica dé a tais experiéncias. A especiticidade que a educagio e, conseqlentemente, os processos de ensino e aprendizagem possuem em espagos néo-formais deve ser levada em conta se queremos compreender mais profundamente essa dimensao social dos museus. Educagao e museus Reconhecer que os varios espagos de educagdo possuem particularidades que determinam formas diferentes de aprender e ensinar, logo, de entrar em contato com a cultura ¢ se apropriar dela, pode parecer algo relativamente tranquilo de se aceitar, No entanto, da forma em que nos encontramos socialmente imersos na cultura escolar, na sua maneira de selecionar, de elahorar curriculo, de avalia, de estabelecer relagdes, hierarquias, de aprender @ de ensinar, 6 muito dificil nao utiizar essa referéncia para caracterizar aspectos educativos nas demais instituigdes dessa natureza, Mas como 6 possivel perceber, sem negar a importancia que a escola possul ¢ as suas variadas formas de se constitu, as especificidades de outras instituigdes sociais de cardter educative? Nessa perspectiva, temos tentado caracterizar aspectos da pedagagia museal, buscando, para além das somelhangas e diferengas que possui com a escola, entender a contrbuigao particular que esses locais podem oferecer para uma educagao aa longo da vida, Um primeiro aspecto a ser destacado refere-so ao tipo de publica para o qual as agées educativas dos museus esto voltadas, Na verdade, so muitos os pablicos que visitam os museus, possuindo diversidade etéra, cultural, social e econémica, Além disso, os museus recebem essa gama variada de visitantes a mesmo tempo e, muitas vezes, para realizar a mesma atividade. Assim, as agdes educativas realizadas nos museus devem considerar essa caracteristica e, em goral, hd duas formas ce enfrenta-fa: elaborando atividades para publicos especiticos ou {entando fazer com que essas ages possam atingir a maior variedade possivel de visitantes. De qualquer forma, a variavel "pOblico” 6 elemento central para elaboragdo das atividades educativas nos museus. Outros aspectos ainda conterem especificidade as agdes educativas desenvolvidas nos museus. Se cconsiderarmos as exposig6es como parte da dimenséo educativa do museu, 0 espaco expositvo, os objetos, 0 tempo de visita e a linguagem exposttiva sdo elementos que conferem caracteristicas especiais a esse local e as relag6es que 0 publica estabelege com 0 conhecimento. Tals caracteristicas dizem respeito a escolha pessoal Sobre oS percursos a serem tragados, ao contato com objetos reais, ou mesmo com réplicas ¢ modelos tridimensionais, &liberdade de escolha sobre o tempo de interagéo com as informagdes disponiveis e a estrutura dos textos, 0 léxico, o tamanho das letras e do proprio texto, entre outros aspectos, ‘Quando as equipes educativas dos museus desenvolvem aces para além das exposigdes enfrentam 0 desafio de, em alguma escala, considerar as caracteristicas referentes ao espaco, aos objetos, ao tempo € a linguagem. Tais elementos néo sAo essenciais para a realizagdo das atvidades educativas nos museus, mas devem ser incorporadas em alguma de suas dimensées para que a identidade de uma atividade educativa nao- formal desenvolvida no museu seja manta. ‘Vale a pena também destacar que, 20 visitar 0 museu, busca-se uma experiéncia prazerosa e divertida, mas também de ensino e de aprendizagem. Especiaistas que estudam esse tema afirmam que a aprendizagem nao 6 algo puro, mas engloba componentes relatives a 0 que se sabe e a 0 que se sente @ esté associado informagéo visual @ tati e, desse modo, enfatizam 0 aspecto social desse processo (Falk e Dierking, 1992), Tal aspecto elemento marcante nas visitas a museus, as quais em geral sdo feitas em pequenos grupos, logo, mediadas por interagdes socials que perpassam tanto a escolha sobre a realizagao da mesma como a experiéncia da visita em si, Além disso, fazendo parte dessas interagdes, é também comum a presenga do monitor? que, atuando de formas variadas, possui, entre outros, 0 papel de promover a compreensio dos temas expostos. A visita guiada e a aprendizagem Compreender os processos de aprendizagem que ocorram nos museus vem sendo alvo de investigagdes no campo educacional. Esse aspecto ganha especial relevo quando consideramos o papel da mediagdo entre a informagdo disponivel e o pabico. Nos museus de ciéncia brasileiras, a mediagao tem na figura do monitor uma aposta muito forte em termos de possibiltar aprendizagens mais efetivas. Com formatos variados, os museus em geral oferecem programas de rmonitoria para atendimento ao publico (Marandino, 2000). * Uma série de termos 6 ublizada para se reterira pessoa responsdvel pela madiagdo nos museus (quia, mediador, monitor, expainer, ent ‘outros. Aluns desses termos serdoutlizados intercamblavelmente ao longo dese artigo para designar a mesma ung. eJ0u919 9p somuag © snasnyy Wa oBSeIpaH 2p vj0283 9 OUBILAWY-Ing dOUS):OM ERMA ‘Workshop Sul-Americano & Escola de Mediagao em Museus e Centras do Ciéncia SSIS i De acordo com Sénchez (2007), com o passar dos anos ocorreu uma evolugao das visitas guiadas, que passaram de mediagdes tradicionais e passivas a mediagées interrogativas de descoberta. Propondo uma tipologia de visitagdo, Grinder e Mecoy (1985) destacam estratégias como a visita-palestra, a discussao dirigida ¢ a visita-descoberta, as quais se enquadram nos dois pblos propostos por Sanchez. Se, por um lado, as visitas guiadas séo consideradas atividades comuns nos museus e representam em alguns casos a agéo pedagdgica genuina desses locais, por outro, existem muitos desatios, tanto na agao junto a0 publica quanto na formagdo do mediador. Nesse sentido, ¢ importante conhecer alguns dos resultados de pesquisas de aprencizagem com visitas monitoradas desenvolvidas nesses locais, no intuito de fomecer subsidios para planejar as acdes de mediagao. Em nossas estudos, desenvalvidos pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Educagao Nao-Formal e Divulgagao em Cigncia (Gent, site www.geent.fe.usp.br), alguns resultados interessantes auxillam na reflexéo sobre o tema da mediagdo nas visitas aos museus. Garcia (2006), em seu trabalho de mestrado, estudou 0 processo de aprendizagem no Zoolégico de Sorocaba a partir da andlise da atividade educativa “vista orientada’ com base em objelos biolégicos (cranio de onga, bico de tucano, entre outros). Em autra investigagao, no bojo do Etat UniversaV/CNPq (2004), realizamos a andlise da atividade “Oficina de olassiticagao’, realizada no Museu de Zoologia da USP (Marandino et al, 2006). Seguindo a mesma perspectiva, Sépiras (2007), em seu mestrado, ‘estudou 0 processo de aprendizagem com base nas visitas escolares no Museu Biol6gico do Instituto Butantan, Em todas esses trabalhos, o principal referencial tesrico fundamentou-se na perspectiva s6cio-cultural da aprendizagem, em especial no trabalho da Allen (2002), a qual propde uma tipologia para classificar 0 que chama de “conversas de aprendizagem" que acorrem em visitas a museus. Para o estudo da aprendizagem em museus, a autora considera as expressbes verbais de identificagdo, de pensamento, de sentimientos € de agdes como “evidéncias de que a aprendizagem esta ocorrendo”. Para Allen (2002), as conversas podem ser do tipo: +Perceptiva: quando as falas manifestam conexao com a atengéo dos vistantes e com os estimulos, que os cercam. Podem ser de identificagao, nomeacao, caracterizagéo e citagdo. *Conectiva: quando os visitantes marifestam nas falas conexdo entre elementos da exposigdo @ conhecimento/experiéncia do visitahte. Padem ser de conexéo com a vida, conexéo com 0 conhecimento e conexio com a propria exposigao (interna). * Esiratégica: quando os visitantes manifestan nas falas estratégias estabelecidas pela exposigao para orientar seu uso. Podem ser de uso ou de metaperformance. + Aietiva: quando os visitantes, pela faa, expressam sensagées, sentimentos e valores e manifestam prazer, desprazer, surpresa ¢ intriga. +Conceitual: quando os visitantes manifestam pela fala interpretagdes cognitivas que podem ser simples, quando apresentam apenas um conceito sobre 0 objeto explorado a partir de uma dedugao; complexas, quando apresentam conceitos mais elaborados envolvendo discussao sobre o objeto com conclusées; de previséo, quando observam 0 objeto, prevéem ou deduzem 0 conceito a ser transmitido; € de metacognigao, quando aparece reflexéo sobre conceito j4 adquirdo. Em jinnas gerais, os dados oriundos de nossas pesquisas, especialmente no que se retere as evidencias de aprendizagem a partir das conversas mediadas pelos objetos e pelos monitores, indicam uma forte presenga do tipo de conversa perceptiva. Esta é comum na presenga dos objetos biolégicos - como um bico de tucano, um ovo ou pata de ema, ou mesmo a ema ou uma serpente vivas - @ surgem quando os visitantes identificam os animais, dao nomes e apontam suas caracteristicas. Em menor grau e variando de acordo com 0 tipo de exposigao — e as diferentes pesquisas realizadas -, aparecem as conversas conceituais, estratégicas e afetivas. As manifestagdes de conexdes entre os objetos ¢ temas expostos € 0 cotidiano ou mesmo entre outros elementos da exposi¢ao foram pouco presentes nas investigagées citadas. Particularmente no que se refere as conversas a partir dos objetos biologicos, os elementos de identificagao, nomeacao e caracterizagéo s4o muito presentes nas falas dos visitantes. Esse dado nos faz refletir sobre as especificidades desse tipo de objeto, conservado ou vivo, ja que de alguma forma na sua presenca a conversa perceptiva é a que mais aparece. Ha indicios de que esses tipos de objetos de certa forma “aprisionam” os contetidos, que estao voltados para conceitos de sistematica e taxonomia dos seres vivos e ndo tanto para aspectos de conservagao (Garcia, 2006). Esses dados vao na mesma diregao de outros trabalhos semelhantes fa area (Tunnicliffe, 1996a ¢ 1996b). Ha, porém, um dado relevante nas pesquisas desenvolvidas por nés no que se refere ao papel da mediagao humana durante as visitas. Tanto a literatura na drea quanto os resultados encontrados em Garcia (2006) ¢ Sapiras (2007) reforcam a importancia da presenga do monitor para o maior controle sobre o discurso expositive pretendido. Sapiras (2007), em sou trabalho de mestrado, conclui que na presenga do monitor as conversas do tipo conceitual so mais presentes, 0 que também reforga a importéncia desse profissional no processo de aprendizagem. Contudo, séo também conhecidos entre os profssionais de museus os problemas enfrentados pela monitria durante a mediagéo. Lacunas em aspectos conceituais e mediagdes centradas mais em estratégias do tipo visita- palestra do que em discussdo digida ou vista-descoberta so muitas vezes observadas. Garcia (2006) constata em seu trabalho que hd, em alguns casos, uma incoeréncia entre 0 que a instituigéo quer ensinar e 0 que realmente faz. Tal constatagdo, assim, “revela os desafics existentes na avaliacgdo das atividades educativas e a necessidade de uma reflexao constante das praticas educativas desenvolvidas em tais instituigdes” (Garcia, 2008, p.157). A formacao de monitores . Considerado como a “voz da insttuigdo”, percebe-se muitas vezes na fala do monitor proximidades e distancias, entre o discurso pretendido e o discurso real do museu. Esse fato coloca no centro a questo da formagéo desse profissional e estudos sobre como esta vem sendo realizada j4 surgem na literatura (Rodari e Merzagora, 2007; Standerski, 2007; Florentino, 2008). A partir da andlise de alguns trabalhos é possivel mapear modelos de formagéo de monitores de museus e centros de ciéncia, os quais indicamos a seguir. Ressatamos que tais modelos nao 0 exoludentes © que muitas vezes sao utlizados de forma concomitante pela institigéo formadora®: ‘Modelo centrado no conteddo especitica: quando a insttuigdo que realiza a formacao oA énfase aos contetidos especificas das ciéncias, humanidades ou artes; esse modelo aposta no dominio do onhecimento especifico para a realizagéo de uma boa mediagao. + ste pode serum museu ou qualquer outa insu qu oferea cursos par ese tipo deprofssional 5 5 & z 3 z 2 Workshop Sul-Americano & Escola de Madiagéo em Museus e Contos de Giéncia += Modelo centrado na prética: quando a Instiuigao que realiza a formagto dé énfase & experiéncia de monitoriae @ formagao em servigo, ou seja, na realizagdo da ago de mediagdo como processo formativo, Nesse caso nao na formagao prévia,jé que o monitor se forma na prética. + Modelo centrado ne relagéo aprendiz-mestre: também pode ser chamado de *siga 0 lider”, ou “das boas experiéncias"; 6 quando a instituigao aposta no processo de formacao a partir da observagdo de antigos monitores considerados eficazes no processo de mediagdo. Assim, a proposta formadore € acompanitar os monitores experientes percebendo suas estratéglas de mediagto para que estas possam ser replicadas. ‘Modelo centrado na autoformagdo: nesse caso, 0 processo formatva fica sob a responsabitidade do proprio monitor que, a partir de suas experiéncias ¢ lelturas (e da reflexdo sobre elas), labora estratéglas de agdo para lidar com o piblico. Do ponto de vista institucional, esse modelo Implica em um nao compromisso com a formagao de monitores. + Modelo centrado na educagdo @ comunicagdo: aqui a insttuigao formadora entende que o monitor 6 também um educador/comunicador; logo, enfatiza os aspectos teéricos e préticos da educagéo em museus, Incuindo os da aprendizagem @ aqueles da comunicagaot. As atvidades de formagdo de mediadores de musous que vem sendo desenvolvidas pelo GEENF tém assurnido 0 modelo centrado na educagao e comunicagao. Nessas acdes, ¢ dada énfase aos contetidos sobre a historia dos museus com foco em seu papel educativo, sobre a educagéo e comunicagdo em museus, sobre a dimensdo poltica das agoes voltadas para esses espagos, sobre as pesquisas de publico, sobre a reflexdo quanta ao papel do mediator como educador, entre outros aspectos. Essa opeao fundamenta-se na opinigo de que o monitor, nas suas agbas de mediagao, exerce o papel de educador e de comunicador e, nesse sentido, precisa ser formado no marco dos contetidos e praticas dos campos da educagdo e da comunicagao, No que se refere espectficamente ao Ambito da educagto, entende-se que a praxis educativa nos museus demanda uma agéo retlexiva sobre a prética pedagogica que deve ser constante nor parte da equipe de educadores envolvides. Essa agdo envolve pesquisas e avaliagdes que iréo auxiar na direco de se fazer opdes conscientes sobre 0 modelos de formacéo de monitores ‘que apostamos, Assim 6 possivel caminhar na diregdo de amoliar a qualidade dos projetos educativos nos museus. E que venta o publica! + Jecobuee! (2008) analisou om seu douforado como 6 faa formagao de prafessores no context dos museus de céncas. Essa autora idontica tris perspectives apart darelexdottcco-prética do campo da sdueaéo eda forma de pofessores: acissca, patco- refleva ea emancipatro-pltic, Nesse seri, seria importante considera, ao trabalhar com contedse préias do campo pedagdico 1a formago de monitors, as pespectivas de famacéo estabelecides no campo da educagdo mas empl Referéncias bibliograticas ‘len, S. (2002). “Looking for learning in visitor tak: a methodological exploration”, em Leinhard, G. et al Learning Conversation in Museums. Mahwah, Lawrence Erlbaum Associates. Ellenbogen, K. M., Luke J. J, Dierking L. D. 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