Você está na página 1de 8
Apontamentos sobre Politica Criminal ea “Plea Bargaining” Winter Fancanienio Marrovirest Juiz de Direito em Sa Paulo. Professor de Direito Processual Penal e Penitenciério na ‘Curso de Preparagao de Ingresso & Magis- ‘tratura e ao Ministério Piblico do Institute dos Advogados de Sio Paulo, Professor de Direito Processual Pent no Curso de Exten- sio Universitéria da O.8.U.C. — Obras So- ciais, Universitarias e Culturals. Conselheiro do Instituto Pimenta Bueno — Associacéio Brasileira dos Constitucionalistas © instituto da plea bargaining encontra justificagio A luz da politica criminal. Razées de politica criminal geraram a adocio, pelo ordenamento juridico norte-americano, do supracitado instituto, que € conhecido também por plea negotiation. A politica criminal direciona-se & prevengiio e repressio dos ilicitos. O iador do dircito penal moderno, o alemao FEUERBACH, definiu a politica criminal como ‘‘a sabedoria fegislativa do Estado”. Ao definir a execugéo penal como sendo a “forma de mostrar que a ameaca de punir prevista na lei € séria”, acabou por afirmar, no campo repressivo, princf- pio de politica criminal. © professor BASILEU GARCIA lembrou poder ser a Politica Crimi- nal conceituada “camo ciéncia e a arte dos meios preventivos e repres- sivos de que o Estado, no seu triplice papel de Poder Legislativo, Executivo € Judiciério, dispde para atingir o fim da luta contra o crime. Como cif cia, a Politica Criminal firma prineipios ¢, como arte, aplicaos”.* A. deficiente politica crimina_compromete a seguranga social Mal planejada acaba, até, inviabilizando a resposta penal do Esta- do. Tudo, pasando, por vezes, pelos indesejados conflitos entre o legal © 0 justo, Podem seus principios, quando incorporam 0 direito positive, R. Inf. legisl, Brasilia 0, 28 m. 112 out./dox, 1991 203 atritar com o direito natural: as favodyel © nfo exit Is 1, QUE niio nasceram hoje nem ontem, que nfo morrem e ninguém sabe de onde provieram”, na observacéo de ARISTOTELES'™ ‘As regras de politica criminal acompanham as mutagées sociais. O processor HEINZ ZIPF, das universidades de Wircburg ¢ Salizburg, a respeito das mudangas sentidas no campo da politica criminal, destacou interessante situagao: “In uno studio legale giunge un cliente e narra che, Ia notte precedente, dopo una festa di carnavale, nel tornare a casa la sua automobile, a causa del fondo scivoloso, aveva sbandato e ferito leggermente un passante; che Ia polizia aveva quindi effettuato su di lui un’analisi del tasso alcoolico del sangue, in cui valore era risultado di 1,4 per mille; che la polizia gli aveva ritirato im- mediatamente la patente; egli spiega inoltre di essere molto preoc- cupato di cié che, a causa di questo incidente potrebbe accadergli, e che 8 stato citado come responsabile per quanto causato dalla sua auto, Egli se poi che in precedenza, per un fatto simile, un collega di lavoro era stato condannato a quattro mesi di prigione senza condizionale ¢ al ritiro della patente per una durata di tre anni. Se anch’egli dovesse scontare una pena detentiva ta sua famiglia si troverebbe, durante tale periodo, praticamente priva di reddito. La reazione dell’ordinamento giuridico di fronte ad un caso di guida in stato di ubriachezza pone un’importante questione di politica criminale. Infatti fino all’entrata in vigore della 1.* StrRG era molto probabile che anche un incensurato dovesse, in un caso di guida in stato di ubriachezza, mettere in preventivo una pena detentiva senza sospensione condizionale. La non concessione della sospen- sione condizionale era basata — invero con notevoli differenze nella prassi dei singoli tribunali — per lo pitt sul § 23 cpv. 3 n. 1 a.F SirGB, dato che Vinteresse pubblico richiedeva Vespiazione di una pena detentiva. La 1." StRG del 1969 ha comportato, con Pintroduzione del § 14 e con Ja riforma del § 23 StGB, importanti innovazioni di politica criminale. Oggi una notevole pena pecunia- tia rappresenta per un incensuratto il mezzo di reazione primatio, anche nell’ipotesi prevista dal § 315 c.StrGB, quella cioé di guida in stato di ubriachezza con gravi conseguenze; nei casi gravi e in presenza di una prognosi sociale positiva la regola @ la sospen- sione condizionale della pena nelle ipotesi in cui venga inflitta una condanna detentiva di oltre sei mesi. Questa modificazione Siuridica si fonda su una decisione ben ponderata di politica criminale.””. Come inicialmente colocado, o direito positive norte-americano ado- tou, como medida de politica criminal, h4 mais de trinta anos, o instituto da plea bargaining. 208 R. Inf. legisl, Brasilia a, 28. 112 out./dex. 1997 Grosso modo, referido instituto, constitui forma de solugao de conflitos de interesses, em face da presenga do ilicito penal. Para o professor JORGE DE FIGUEIREDO DIAS, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, a plea negotiation, nas suas vérias formas e graus, “consiste fundamentalmente na negociacio entre o MP ¢ a defesa, destinada a obter-se uma confisso de culpa em troca da acusagiio por um crime menos grave” ?, A professora ADA PELLEGRINI GRINO- VER, da Faculdade de Direito da Universidade de Sao Paulo, considerou a bargaining como auténtica transagio entre a acusago e a defesa, para a imposigao de pena referente a delito de menor gravidade que aquele que & imputado ao réu.* No direito norte-ameticano, até o ano de 1968 ¢ como instrumento de autocomposigo de litigios penais, a bargaining era empregada de maneira oculta, sem publicidade under the table, conforme os criticos. Conhecia-se, , a sua forma extraprocessual, na policia, e 0 agreement levada 20 ndo-ajuizamento da ago penal. Confissio ¢ dedoduragem eram os compo- nentes da barganba, na fase policial. Na técnica provessual, consiste numa fransago, acordo (agreement), que abrevia a solugio do processo pela eliminagéio da colheita da prova © supressao dos debates entre as partes. O imputado, em troca de benefi- cios, admite sua culpabilidade e declara-se responsdvel pelo crime cometido (plea of guilty). Em regra, acusador (prosecutor) e imputado celebram acordo na audiéneia pré-debatimental (arraignment). Nela o juiz, feita a Ieitura da acusago, convida 0 argiiido ao pleading (declarar se confessa a sua culpabilidade). Admitida a culpabilidade (pleads guilty), o juiz desig- na audigncia para langar sentenga acerca da pena (sentencing). Em alguns Estados-federados, por exemplo Illinois, 0 juiz participa das tratativas ten- denies a concretizar a plea bargaining. No processo notte-americano admite-se trés formas da plea bargaining, ou seja, de confissio negociada: a charge bargaining; a sentence bargaining uma forma mista. Na charge bargaining 0 argitido declara-se culpado e 0 Ministério Pu- blico (prosecutor) muda a acusacgo. Substitui o delito original por outro de menor gravidade, Na sentence bargaining, sempre depois do reconhecimento da culpa- bilidade, o acusador postula a aplicagio de uma sancio mais branda. Quanto participa o juiz, promete-se a aplicagéo de determinada pena ou, dentre vérias, uma delas, a ser anunciada na fase procedimental reservada A sentencing. A terceira forma, mista, combina beneficios das duas anteriores, ou seja, a charge e da sentence bargaining. Pode também, frente a0 plea of guilty, haver a designacio de estabelecimento prisional anteriormente acor- R. Inf, legist. Brasilio o, 28 n. 112 out./dex. 1991 205 dado. Mesmo, a detracZo penal, referente » tempo de encarceramento provisério por outro delito. £ comum, nas transagées, o olvido de alguns crimes. Na aguda de Jeff Brown, defensor ptiblico na Cidade de Sao Francisco, em qualquer das formas, ao imputado que se declara culpado, promete o drgao da acusagio, ou até o juiz, um especial tratamento de favor, * A plea bargaining, embora poucos saibam, foi utilizada no caso de lames Earl Ray, assassino do pranteado Martin Luther King. Na Caroline do Norte, para se livrar de acusagio de crime de homicidio em primeiro grau, sancionado com a pena de morte, o americano Alford negociou sua declaragio de culpabilidade (plea of guilty). Foi acusado de autoria de homicfdio em segundo grau, sem risco, portanto, de receber a pena capital. © acidenie de Chappaquiddick que envolveu o Senador Edward Kennedy mereceu solugéo por meio da bargaining. A respeito, escreycu ¢ anotou o citado Figueiredo Dias: “a par de fatores de colaboragao tenden- cialmente neutra, outras hé que relevam j& de jutzos politico-criminsis mais ou menos explicitos. E, por exemplo, extremamente reduzida a dis- ponibilidade dos prosecutors americanos para aceitar a guilty plea nos crimes de grande envolvimento emocional coletivo e que polarizam as reivindicagdes de law and order”. “De acordo com a observacao de K. Schumann (n.° 22), p. 227, nota 39, a aceitagao da guilty plea de Edward Kennedy em relagiio #0 acidente de Chappaquiddick ou de Early Ray no caso do homicidio de Luther King, valem como excegdes que teréo na sua base a sobreposigfio de interesses politicos ao interesse do esclareci- mento cabal dos fatos”.* A bargaining € targamente aplicada, com os mais surpreendentes e espantosos acordos. Indimeros sio 0s casos, quando esquecida a vincula- 0 & polftica criminal, de avengas inexplicdveis: admite-se trocar homi- Cidio doloso por culposo; tréfico por uso de drogas; roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo por furto simples. Para criticos severos, tratase de prética lidica, como se nota quando dez crimes variados so trocados pela declaragdo de culpabilidade (plea of guilty) de apenas um, que pode ser até 0 menos grave Para os seus defensores, a plea bargaining visa, fundamentalmente, & puniggo, ainda que branda e socialmente injusta. f justificada como poderoso remédio contra a impunidade, diante do elevado néimero de crimes a exigir colheita de prova induvidosa da autoria, com a conse- qiiente pletora de feitos © insuportavel carga de trabalho judiciério. Reportando-se a uma pesquisa desenvolvida, no ano de 1979, pelo Bureau of Justice Statistic, em quatorze Srgios judiciétios norte-americanos, RICHARD DALEY, Cook County State’s Attorney, frisou que, em média, 92% das condenagdes havidas decorreram de transagdes. Mais, em nenhu- ma das unidades judicidrias 0 percentual foi inferior aos 80% *. Citando 206 R. inf, logitl, Brovilia a. 28 nm, 112 out./dex, 1991 mais de uma dezena de estatisticas, 0 professor FIGUEIREDO DIAS es- creveu: “quanto ao alcance pritico da plea bargaining nos EUA, conviré recordar que é através dela que sdo solucionados de 80% a 95% de todos os crimes”, 7 Os resultados estatisticos ¢ as justificativas enumeradas pelos defen- sores do instituto no contrariaram a vetusta observacao do precursor do direito penal moderno: um dos maiores freios inibidores dos delitos € a infalibidade da pena. § Sob o enfoque da politica criminal, ética & parte, a plea bargaining tem demonstrado ser remédio eficaz no combate ao trafico de drogas e 4s organizagdes criminosas do tipo mafioso: casos Noriega (Panamé) Buscheta (preso no Brasil). Por outro lado, é remédio de varios efeitos colaterais como, por exemplo, o de desistimular a investigacao cientffica. Nao se deve confundir a plea bargaining com o instituto italiano do patteggiamento, que diz respeito a simplificagio do rito processual, em razio do pedido das partes de aplicagdo da pena. De observar que a fase preliminar (indagini preliminari) jé foi vencida e a “dentincia” (ri- chiesta di rinvio) recebida. Langa-se, ento, sentenga conforme 0 estado do proceso: art. 444, Applicazione della pena su richiesta: “1. L'imputato e il pubblico ministero possono chiedere al giudice lapplicazione, nella specie ¢ nella misura indicata, di una sanzione sostitutiva o di una pena pecuniaria, diminuita fino a un terzo, ovvero di una pena detentiva quando questa, tenuto conto delle circunstanze e diminuita fino a un terzo, non supera due anni di reclusione o di arresto, soli o congiunti a pena pe- cuniaria.” Possuem referidos institutos, no entanto, ponto em comum, ou seja, © do acordo das partes poder resultar em premiagio. Convém assinalar, para melhor marcar as diferengas, nfo haver no patteggiamento alteragio da imputagio (causa de pedir). O delito atribuido ao réu continua sendo © mesmo e a relagao juridica processual j4 se encontra estabilizada, Admi- te-se, tio-somente, o aditamento restrito, a alcangar crimes concorrentes ‘ou atos a evidenciar continuagaio do delito primitivo®. Ainda mais, o art. 112 da Constituicgéo da Reptblica Italiana prevé que “il pubblico mi- nistero ha l’obbligo di esercitare I’azione penale”. O professor PAOLO TONINI, da Universidade de Firenze, cuidando da versio renovada do instituto (a Lei n.° 689/81 havia introduzido uma forma experimental), destacou: “Quando si manifesti un accordo tra imputato e pubblico ministero sulla pena che deve essere applicata in concreto, il giu- dice nell’udienza preliminare acquista il potere di ratificare l’accor- do stesso emanando una decisione definitiva alla quale sono ricol- legati alcuni benefici. La pena sulla quale si pu6 formare l’accordo R. inf. legist, Brasilio a. 28 on. 112 owt./dex, 1991 207 pué artivare fino a due anni di reclusione o di arresto, soli o congiunti ad una pena pecuniaria. ‘E previsto un incentivo per Vimputato, consistente nella possibilita di godere di un’attenuante fino ad un terzo, oltre ad altri benefici su quali torneremo in proseguo"®, A concessio de beneficio a0 imputado jé havia sido anteriormente prevista. Legislagio emergencial italiana, como medida de polftica criminal necessaria a0 combate ao terrorismo, jé havia contemplado estimulos. Admi- tiu, v.g., a redugiio das penas dos colaboradores, eufemisticamente chama- dos de terroristi pentiti (arrependidos). Os beneficios, contemplados no plea bargaining e no supracitado pat- teggiamento, merecem consideragéo & luz do denominado direito premial. ‘A propésito, em recente exposigéo em Veneza, o juiz GIOVANNI FAL- CONE recordou a intuigéo, em pleno século XIX, do jurista alemfo The- ring: um dia os juristas voltarfo a se ocupar com o direito premial ¢ o fario nao s6 no interesse do aspirante ao prémio, mas no interesse supe- rior da coletividade.? A bargaining néo & prevista na nossa legislagdo ordinéria, Conhece-se, aqui, por forga da praxis, reservadas tratativas entre acusagio ¢ defesa em processos da competéncia do Tribunal do Juri. Mas, siio acordadas pattes, de modo a nao obrigar ou ferir a soberania do Conselho de Sen- tenga. Quanto ao direito premial, a lei de repressaio aos crimes hediondos dis- ciplinow hipétese de redugio da pena do deiator arrependido (Lei n° 8.072, de 25 de julho de 1990). Essa novidade legislativo-premial, no entanto, chegou velha. O pentimento, consoante concluiu o professor VITTORIO FANCHIOTTI, da Universidade de Genova, é tema superado: !’argomento 2 attualmente fuori moda dato il revirement della politica penitenziaria, ormai chiaramente indirizzata verso la valorizzazione dell’aspetto retributivo deila pena, dopo la crisi del rehabilitati ideali #1, O Professor VITTORIO FANCHIOTTI referia-se & crise de 1982, que mereceu profunda abordagem de VASSALLI, atual Ministro da Graca € Justica, mencionada pelo penitenciarista LUIGE DAGA: “da questa generalizzata crisi della funzione rieducativa del pe- nitenziario nasceva il rischio di un ritorno ad un puro retribuzio- nismo (Anchel e Cemithe, 1981, 34) e ad un abbandono di pro- gremmi penitenziari aventi per effetto obiettivo 'umenizzazione della pena, Da cié il fermo richiamo (Vassalli, 1982) alla neces- sita di non abbandonare il principio rieducativo nella gestione concreta dei sistemi penitenziari” 2, Entre nés, eventual adogéo, por lei ordinéria, do modelo norte-ameri- cano esbarraria em obstéculos constitucionais, sem contar a descaracterize- géo da natureza retributiva da pena eo desrespeito as vitimas pela falta 208 R. Inf. fegist. Brasilia 0, 28 on. 192 out./dex, 1997 de ajuizamento da ago penal. No direito norte-americano vigora o princf- pio da oportunidade da agio penal; 0 prosecutor detém poder discricionério, do deixar de aforar ago penal. Ao contrério, no Brasil vigora o prin- cipio da legalidade, sendo, por imperativo constitucional (art. 5.°, incisos XXXV e LIX), obrigatoria propositura da aco penal publica. Ainda, o princfpio constitucional obriga a perfeita adequago do fato concreto ao tipo penal previsto em abstrato na lei. A experiéncia norte- americana, no particular, néo recomenda: o Ministério Péblico “dispde, por outro lado, da irrecusdvel vantagem de escolher 0 tipo de crime por que se propde acusar e 0 tipo de reaccdo que se propée a reclamar. Dai a freqtiéneia da overcharging, recorrentemente denunciada pelos logos americanos: 0 MP comega por apontar para formas particularmente drésticas de responsabilidade criminal, com o propésito de, por via de negociagdo, acabar por acordar numa acusagio — vale dizer numa sen- tenca — muito mais benigna. O que constitui um normal e perigoso ex- pediente de cosgio e pressio psicolégicas, destinado a explorar a inse- guranga e o medo do argiiido, compelindo-o a acolher-se & seguranga do mal menor da declaragéo de culpa”. ** Nossa jurisdigéo penal € sempre contenciosa, sendo vedada a imposi- G0 de pena sem o devido proceso (nulla poena sine iudicio). Tal fato levou a professota ADA PELLEGRINI GRINOVER a afirmar que, no nosso ordenamento jurfdico, néo hé lugar para a bargaining. © nosso pats, dada a escalada da criminslidade e a propalada impu- nidade, carece implantar, rapidamente, wma nova politica criminal. Para tanto, exige-se bem menos que a sabedoria de Salomio, que tanto impres- sionou a rainha do Meio Dia, a rainha de Sabé**; muito, no entanto, do alerta de Paulo, apostolo do Senhor: eu luto, mas ndo como quem fustiga © ar (Cor.9.26). A Itélia cuidou rapidamente da reforma processual penal. Entre a Lei Delegada (“che e la norma emanata dal Governo in seguito a dele- zione delle Camere”) “ e a publicago do novo Cédigo transcorre menos de um ano e oito meses. A Lei Delegada n° 81 foi publicada em 16 de margo de 1987 ¢ o Cédigo em 24 de outubro de 1988. As linhas mestras de politica ctiminal, inspiradoras da mencionads Je lei processual, foram grafadas no Projeto Preliminar, apresentado Eomissso presidida pelo professor GIAN DOMENICO PISAPIA, da Uni- versidade de Milo. Entendeu-se superado 0 Cédigo Roceo de 1930, editado por Musso- ini, em pleno regime fascita. E, como lembrou o Professor FABRIZIO CORBI, docente de Execugdo Penal na Universidade de Firenze: € nao 86 o primeiro cédigo da Itdlia Republicana, mas, também, a primeira ex- periéncia que o pais ¢ chamado a realizar, de um proceso penal inspirado no principio acusatério. ®° R Inf, tegisl. Brosilia . 26 m. WIZ out./dex, 1997 209 Bibliogratia 1. ‘Inatitutebes de Divetio Penal — BASILEU GARCIA — Vol. I, Tomo I, p. 87 — Ed. Max Limonad — 1975. 1.1. Retérica — ARISTOTELES; apud: CELSO LAFER — 4 Recons- trugfio dos Direttos Humanos, um didlogo com o pensamento de Hannah Arendt — Ed. Companhia das Letras, p. 35. 1.2. Politica Criminale — HEINZ ZIPF, pp. 8/9 — Giluffré Editore — 1089. Criminologia — O homem delingilente ¢ a sociedade crimindgena ;_ JORGE Be ravameDd BiB, my. 484/485 — Coimbra Editora Limi- 3. Teoria Geral do Proceso — Grinover, Cintra ¢ Dinamarco, Pp. 20/11 — Edltora Revista dos Tribunais — 3* edigho de 1981. 4, Merit e Limiti del Patteggiamento — JEFF BROWN — apud: 1 Provesso Penai Negi Stati Unitt D'America — p. 181 — Gluttre Raltare. 5. JORGE DE FIGUEIREDO DIAS — Ob, cit. pp. 489/400 ¢ note ne 40, da p. 4 8. “The Prevalence of Guilty Pleas” — in Bureau of Justice Statistics, ‘Washington. D.C. 1984, 7, JORGE DE FIGUEIREDO DIAS — ob. cit, p. 484 e nota 28, roo” Det Delitit e delle Pene — CESARE BECCARIA, p. 93 — Giuffré, 9. Revista dos Tribunals — pp. 480/350. Relator DINIO GARCIA. 9.1. ¥ Jnvestigacione | Private Nel Nuovo Processo Penale — PAOLO ». 227 — Casa Editrice Dott. Antonio ae 1900. 10. vo Nuovo Codice Per Una Nuova Gtustizia — del Veneto — GIOVANNE FALCONE, p. 12 — ed. Dott. carne = 10.1. Gtustizta Contrattata: spunti per un dtbattito sul plea bargaining — VITTORIO FANCHIOTTI — p. 290 — Giuffré Editore, 1988. 10.2. Trattato dt Criminologia, Medicina Criminologica ¢ Psichiatria Forense, a cura di FRANCO FERRACUTI, vol. 11°, Careere e trattamento, Pp. 36 — Gtuffré Editore, 1989. 11. JORGE DE FIGUEIREDO DIAS — Ob. cit. p. 486. 12. ADA PELLEGRINI GRINOVER — Ob. elt. p. 11. 18. Falar com Deus — FERNANDEZ CARVAJAL — vol. 49, p. 187, Editora Quadrante — tradugdo Ricardo Pimentel Cintra, 14. Manuale di Dirttto Processuale Penale — GIOVANI LEONE, p. 18 — Tovene Editore, 1988, 15. L’tnvestigazione Privata nel Nuovo Processo Penale — FABRIZIO CORBI, p. XII — prezentatione dell’opera — CEDAM, Casa Editrice Dott. Antonio Milani, 1990. 210 R. Inf. lepisl. Brasilia a. 28 n. 2 out./dex. 1991

Você também pode gostar