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HEE xpito S| Force Movimento — Eee etal Vimos que a fisica envolve o estudo dos movimentos dos objetos, como as acele- ragBes, que so variagdes de velocidade. A fisica também enyolve 0 estudo do que ‘causa a aceleragao dos objetos. A causa & sempre uma forga, que pode ser definida, em termos coloquiais, como um empurrao ou um puxtio exercido sobre um objeto. Dizemos que a forga age sobre o objeto mudando sua velocidade. Por exemplo: na largada de um grande prémio de Formula 1, uma forga exercida pela pista sobre os pneus traseiros provoca a acelerago dos veiculos. Quando um zagueiro segura 0 centroavante do time adversério, uma forga exercida pelo defensor provoca a desa- celeracao do atacante. Quando um carro colice com um poste, uma forga exercida pelo poste faz.com que o carro pare bruscamente. As revistas de ciéncia, engenharia, direito e medicina estao repletas de artigos sobre as forgas a que esto sujeitos os objetos.entre eles os seres humanos. 5-2 | Mecanica Newtoniana A relagto que existe entre uma forga e a aceleragdo produzida por ela foi desco- berta por Isaac Newton (1642-1727), ¢ € 0 assunto deste capitulo. O estudo dessa relagio, da forma como foi apresentada por Newton, € chamado de mecdnica newto rniana, Vamos nos concentrat inicialmente nas trés leis basicas de movimento da me- Anica newtoniana. ‘A mecanica newtoniana nao pode ser aplicada a todas as situagdes, Se as veloci- dades dos corpos envolvidos so muito altas, comparaveis com a velocidade da luz, 4 mecénica newtoniana deve ser substituida pela teoria da relatividade restrita de Einstein, que € valida para qualquer velocidade. Se as dimensdes dos corpos envol- vidos so muito pequenas, da ordem das dimensdes atomicas (como, por exemplo, acontece com os elétrons de um étomo), a mecdniea newtoniana deve ser substitui- a pela mecinica quantica. Atualmente, os fisicos consideram a mecnica newto- nniana como um caso especial dessas duas teorias mais abrangentes, Ainda assim, ela € um caso especial muito importante, jd que pode ser aplicada ao estudo do movi- mento dos mais diversos objetos, desde objetos muito pequenos (quase de dimen- sdes atdmicas) até objetos muito grandes (galxias e aglomerados de galaxias) 5-31 A Primeira Lei de Newton Antes de Newton formular sua mecanica pensava-se que uma certa influéncia, uma ~“forca”, era necesséria para manter um corpo em movimento com velocidade cons- tante, e que um corpo estava em seu “estado natural” apenas quando se encontrava em repouso. Para que um corpo se movesse com velocidade constante tina que ser impulsionado de alguma forma, puxsdo ou empurrado; se nao fosse assim, pararia “naturalmente”” Essas idéias pareciam razodveis Se vocé faz um disco de metal deslizar em uma superficie de madeira, ele realmente diminui de velocidade até parar. Para que con- tinue a deslizar indefinidamente com velocidade constante deve ser empurrado ou puxado continuamente. Por outro lado, se 0 disco for langado em um rinque de patinagio, percorreré uma distancia bem maior antes de parar. E possivel imaginar superficies mais escor- regadias, nas quais o disco percorreria distancias ainda maiores. No limite, podemos pensar em uma superficie extremamente escorregadia (conhecida como superficie sem atrito), na qual o disco no diminuiria de velocidade. (Podemos, de fato, chegar muito perto dessa situagao fazendo o disco deslizar em uma mesa de ar,na qual é sustentado por uma corrente de ar.) A partir dessas observagdes, podemos concluir que um corpo manterd sew es- tado de movimento com velocidade constante se nenhuma forga agir sobre ele, Iss0 nos leva & primeira das trés leis de Newton Em outras palavras, se 0 corpo est em repouso ele permanece em repouso, Se ele esta em movimento, continua com a mesma velocidade (mesmo médulo ¢ mesma orientagao). 5-41 Forca ‘Vamos agora definir a unidade de forca. Sabemos que uma forga pode causar a ace- leragio de um corpo, Assim, definimos a unidade de forga em termos da aceleragio que uma forca imprime a um corpo de referéncia, que tomamos como sendo 0 qui- lograma-padrao da Fig. 1-3. A esse corpo foi atribuida, exatamente e por definigao, uma massa de | kg. Colocamos o corpo-padrao sobre uma mesa horizontal sem atrito ¢ o puxamos para a direita (Fig, 5-1) até que, por tentativa e erro, ele adquira uma aceleragao de 1 nvs*, Declaramos ento, a titulo de definicio, que a forga que estamos exercendo sobre 0 corpo-padrae tem um meidulo de | newton (1 N). Podemos exercer uma forga de 2 N sobre nosso corpo-padrao, puxando-o até que a aceleragdo medida seja de 2 m’s?,e assim por diante. Assim, cm geral, se nosso corpo-padriio de massa igual a 1 kg tem uma acelerago de médulo a, sabemos que uma forga F deve estar agindo sobre ele e que o médulo da forea (em newtons) € igual ao médulo da aceleragao (em metros por segundo quadrado). Assim, uma forga € medida pela aceleragio que produz. Entretanto, a acele- racSo € uma grandeza vetorial, pois possui um modulo c uma orientagdo. A forga também é uma grandeza vetorial? Podemos facilmente atribuir uma orientagao a uma forea (basta atribuirlhe a orientagao da aceleracio), mas isso nfo é suficiente, Devemos provar experimentalmente que forgas so grandezas vetoriais, Na reali- dade, isso fol Leito: as forgas sao realmente grandezas vetoriais; elas tm um médulo © uma orientagio, e se combinam de acordo com as regras vetoriais do Capitulo 3. Isso signifiea que quando duas ou mais forcas atuam sobre um corpo podemos calcular a forga total, ou forga resultante, somando vetorialmente as forgas. Uma Unica forga com 0 médulo e a orientagdo da forga resultante tem 0 mesmo efeito so- bre um corpo que todas as forgas agindo simultaneamente, Esse fato é chamado de principio de superposigio para forgas, O mundo seria muito estranho se, por exem- Plo, voeé e outra pessoa puxassem 0 corpo-padrio na mesmia orientagdo, cada um com uta forga de 1 N,e a forga resultante fosse 14 N. Neste livro as foreas so quase sempre representadas por um simbolo como F eas forgas resultantes por um simbolo como F... Assim como acontece com outros vetores, uma forga ou uma forga resultante pode ler componentes em relagdo a um sistema de coordenadas. Quando as forgas atuam apenas em uma direedo, possuem apenas uma componente. Nesse caso, podemos dispensar a scta sobre os simbolos das forgas usar apenas sinais para indicar os sentidas das forgas ao longo do tinico eixo. Um enunciado mais rigoroso da Primeira Lei de Newton da Seca 5-3, baseado na idéia de forga resultante,é 0 seguinte: Assim, um corpo pode estar submetido a varias forgas, mas se a resultante dessas forgas for zero 0 corpo nao sofre uma aceleracio. Referenciais Inerciais ‘A primeira lei de Newton nao se aplica a todos os referencias, mas podemos sem- pre encontrar referenciais nos quais essa lei (assim como o resto da mecdinica Fe FIG. 5-1 Uma forga F aplicada ao quilograma-padrao provoca uma aceleragho d HRI tte | rorgae Movimento— | {tit @ s w FiG.52. (@) A trajetéria de um disco que eseorrega a partir do pélo norte, do ponto de vista de um ‘observadorestacionério no espago.A ‘Terra gira para leste.(6) A trajetoria ‘do disco do ponto de vista de um observador no soo, newtoniana) é verdadeira, Esses referenciais sao chamados de referenciais iner- ini. ‘Assim, por exemplo, podemos supor que o solo é um referencial inercial, desde que possamos desprezar 0s movimentos astronOmicos da Terra (como sta rotacao), Esta hipdtese ¢ vilida se, digamos, fazemos deslizar um disco metalico em uma pista curta de gelo (supondo que a resistencia que 0 gelo oferece ao movimento ‘fo pequena que pode ser desprezada): descobrimos que o movimento do disco obe- dece as leis de Newton. Suponha, porém, que o disco deslize sobre uma fonga pista de gelo a partir do polo norte (Fig. 5-2a). Se observarmos o disco a partir de um referencial estacionairio no espaco, constataremas que o disco se move para o sul a0 Jongo de uma trajetria retilinea, js que a rotacao da Terra em torno do pdlo norte simplesmente faz 0 gelo escorregar por baixo do disco. Entretanto, se observamos 0 disco de um ponto do solo, que acompanha a rotagao da Terra, a trajet6ria do disco rio é uma reta, Como a velovidade do solo sob 0 disco, drigida para leste, aumenta ‘com a distancia entre 0 disco € 0 polo, do nosso ponto de obscrvagao fixe n0 solo 0 disco parece sofrer um desvio para oeste (Fig. 5-2b). Esta deflexio aparente ndo é causada por uma forga, como exigem as leis de Newton, mas pelo fato de que ob- servamos o disco a partir de um referencial em rotagio. Nesta sittacio, 0 solo é um referencial nio-inercial, a Neste livro supomos quase sempre que o solo é um refereneial inereial e que as forgas e aceleragdes so medidas nesse referencial. Quando as medidas so execu- tadas, digamos, em um elevador acelerado em relagio ao solo, que é um referencial no-inercial, 0s resultados podem ser surpreendentes, Uma situagdo desse tipo serd discutida no Exemplo 5. V (cag a ap aaa forgas F; F, para obter um tereeiro vetor que representa a forga resultante F.,? I das i : RK : é r (a A o hy © A % A @ @ o 5-5 | Massa ‘A experigncia nos diz que uma dada forga produz aceleracdes de médulos dileren- tes em corpos diferentes. Cologue no chao uma bola de futebol e uma bola de bo- Jiche, chute as duas, Mesmo que voce nao faca isso de verdade, sabe qual serd 0 resultadio:a bola de futebol receberd uma aceleragio muito maior que a bola de bo- liche. As duas aceleragdes sio diferentes porque a massa da bola de futebol € dife- rente da massa da bola de boliche: mas o que,exatamente,€ massa? Podemos explicar como medir a massa imaginando uma série de experimentos em um referencial inercial. No primeiro experimento exercemos uma forga sobre uum corpo-padrao, cuja massa my € definida com sendo de 1,0 kg. Suponha que 0 corpo-padrio sofra uma aceleragao de 1,0 m/s. Podemos dizer entio que a forca que atua sobre esse corpo € 1,0N. Em seguida aplicamos a mesma forga (precisariamos nos certficar, de alguma forma,de que a forga é a mesma) a um segundo corpo.0 corpo X, cuja massa nao € co- nhecida, Suponha que descobrimos que esse corpo sofre uma aceleragio de 025 mis? Sabemos que uma bola de futebol, que possui uma mass menor, adquire uma acelera- 0 maior do que uma bola de boliche, quando a mesma forga (chute) € aplicada a am- ‘as. Vamos entao fazer a seguinte conjectura:a azo entre as massas de dois corpos € igual ao inverso da razao entre as aceleragdes que eles adquirem quando submetidos {mesma forga, Para 0 corpo X eo corpo-padr. isso significa que Explicitando my, obtemos ay 1,0m/s* | ma OO os m/s Nossa conjectura serd util, evidentemente, apenas se continuar valida quando mudarmos a forga aplicada para outros valores. Por exemplo: se aplicamos uma forga de 8,0 N a um corpo-padrio, obtemos uma aceleragio de 8.0 m/s’. Quando a | forga de 8,0 N € aplicada ao corpo X obtemos uma aceleragao de 2,0 mis. Nossa conjectura nos da, portanto, =4.0kg, 80m/s! 2,0m's © que é compativel com nosso primeiro experimento. Muitos experimentos que for- necem resultados semelhantes indicam que nossa conjectura ¢ uma forma conflével de atribuir uma massa a um dado corpo. 'Nossos experimentos indicam que massa é uma propriedade intrinseca de um corpo, ou seja, uma caracteristica que resulta automaticamente da existéncia do corpo. Eles também indicam que massa é uma geandeza escalar. Contudo, a per eunta intrigante permanece: O que, exatamente, € massa? Como a palavra massa € usada na vida cotidiana, devemos ter uma nogao in- tuitiva de massa, talvez algo que podemos sentir fisicamente. Seria ela o tamanho, 0 peso ou a densidade do corpo? A resposta é negativa, embora algumas vezes essas piloto durante a decolagem, O piloto tema impressdo de que sua cabeca est inclinada para trés a0 longo da linha vermelha }=76°. (Resposta) tracejada.(b) O vetor resultante F,(=F, + F,) faz um dagulo & com a vertical 5-81 A Terceira Lei de Newton Dizemos que dois corpos interagem quando empurram ou puxam um ao outro, ou ret cia seja, quando cada um exeree uma forga sobre o outro. Suponha, por exemplo, que Z i voce apoie um livro L em uma caixa C (Fig. 5-114). Nesse caso, 0 livro e a caixa in- ‘eragem: A caixa exerce uma forga horizontal F,,. sobre o livro ¢ olivro exerce uma co forga horizontal F,,, sobre a caixa. Esse par de forgas € mostrado na Fig. S-11b. A terceira lei de Newton afirma que he Fey 0 CR Roe chee eee inacaixa C. (4) As forgas Fi. (fora da caixa sobre o livro)e F, (orga No caso do livro e da caixa, podemos escrever essa lei como a relago escalar Pee ae Fi médulo e sentidas opostos. ou como a relagao vetorial Fey (ibdulosiguas) Fic = Fey (ovidulosiguasesemidosoposto), onde o sinal negativo significa que as duas forgas tem sentidos opostos. Podemos chamar as forgas entre dois compos que interagem de par de forgas da terceira lei. Quando dois corpos quaisquer interagem em qualquer situacao, um par de forgas da terccira lei esté presente, O livro e a caixa da Fig. 5-114 esto em repouso, mas a terceira lei seria valida se estivessem em movimento uniforme ou mesmo accle- rado. Como outro exemplo, vamos examinar os pares de forcas da terceira lei que existem no sistema da Fig. 5-124, constituido por uma abobora, uma mesa ¢ a Terra A abobora interage com a mesa ¢ esta com a Terra (desta vez, existem trés corpos cujas interagdes devemos estudar). ‘Vamos inicialmente nos concentrar nas forgas que agem sobre a absbora (Fig. 5-12b). A forga Fy € a forca normal que a mesa exerce sobre a abdbora e a forca HIER cavities 1 Forge Movimento — bsbora io Fy forga normal da mest) F (torea graitacional) o Fw FIG. 52 (a) Uma abdbora esti em repouso sobre uma mesa na superficie da Terr. (6) As fre aque agem sobre a abéborasto Frye © Fy(e) Par de forgas da tetera lel para a interagao absbora—Terra(d) Parde forgas da tereira ei paraa imeragio abobora-mesa Fy, 6a forga gravitacional que a Terra exerce sobre a absibora, Elas formam um par de Forcas da tereeira lei? Nao, pois sao foreas que atuam sobre um mesmo corpo, & abébora,e nao sobre dois corpos que interagem. Para encontrar um par da terceira lei precisamos nos concentrar néio na ab6- bora, mas na interagdo entre a abobora e outro corpo. Na interagdo abébora-Terra (Fig. $-12c), a Terra atrai a abébora com uma forga gravitacional F,, € a abobora atrai a Terra com uma forca gravitacional F.,. Essas forgas formam um par de forgas da terceira lei? Sim, porque as forgas atuam sobre dois corpos que interagem e & forca a que um estd submetido é causada pelo outro. Assim, de acordo com a ter- ceira lei de Newton, Fy = — Fra (interagao-abovora-Terra). Na interagdo absbora-mesa a forga da mesa sobre a abbora & Fy ¢ a forga da abobora sobre a mesa ¢ Fy, (Fig, 512d), Essas forges também formam um par de Torgas da tercera lee, portanto, Ex ‘un (nteragioashora-mesa). ieee ee eee ‘comega a acelerar para cima. (a) Os médulos de Fy, © Fy, aumentam, diminuem ou permanecem os mesmos? (b) Essas duas forgas continuam a ser iguais em médulo, com Sea een Se eee 5-9 | Aplicando as Leis de Newton © resto deste capitulo é composto por exemplos. O leitor deve examiné-los atentamente, observando os métodos usados para resolver um problema Especialmente importante é saber traduzir uma dada situacao em um diagrama de corpo livre com eixos adequados, para que as leis de Newton possam ser apli- cadas. A Fig. 5-13 mostra um bloco D (o bloco destizante) de massa M = 3,3 kg, O bloco esta livre para se mover 20 longo de uma superficie horizontal sem atrito ¢ est Ii gado, por uma corda que passa por uma polia sem atrito, um segundo bloco P (0 loca pendente), de massa m = 2,1 kg. AS massas da corda e da polia podem ser desprezadas em comparagao com a massa dos blocos Enquanto 0 bloco pendente P desce, o bloco destizante D acelera para a direita. Determine (2) a aceleragao do bloco D, (b) a aceleragao do bioco P ¢ (c) a tensdo na corda P De que trata este problema? Foram dados dois corpos, o bloco deslizante e 0 bloco pendente, mas também é preciso levar em conta a Terra, que atua sobre os dois corpos. (Se nao fosse a Terra, os blocos nao se moveriam.) Como mostra a Fig, 5-14, cinco. forcas agem sobre os blocos: A. Acorda puxao bloco D para a direita com uma forga de médulo T. 2. A corda puxa o bloco P para cima com uma forga cujo médulo também é T. Esta forga para cima evita que 0 bloco caia livremente, Bloo destzante D Bloc penudente P FIG.S-12 Um hlocn D de massa M esté coneetade a um hlaco P ‘de massa m por uma corda que passa por uma polia, FIG.5-14 As forgas que agem sobre os dois blocos da Fis. 3. A Terra puxa o bloco D para baixo com uma forga gra- vitacional F,,,cujo médulo é Mg. 4. A Terra puxa o bloco P para baixo com uma forga gravi- tacional F,,,cujo médulo é mg. 5. A mesa empurra o bloco D paracima com uma forga normal Fy. Existe outra coisa digna de nota. Como estamos supondo que a corda é inextensivel, se 0 bloco P desce 1 mm em um certo intervalo de tempo 0 bloco D se move 1 mm para a direita no mesmo intervalo. Isso significa que 0s blocos se movem em conjunto e suas aceleragdes tém 0 mesmo médulo a. P. Como elassificar esse problema? Ele sugere alguma lei da fisica em particular? Sim. O fato de que as grandezas envolvidas so forgas, massas ¢ accleragdes sugere a segunda lei de Newton do movimento, F.., = mid. Esta é a nossa Idéla-chave inical P Se ew aplicar a segunda let de Newton a esse problema, ‘aque corpo devo aplicd-la? Estamos lidando com 0 movimento de dois corpos, 0 bloco deslizante eo bloco pendente, Embora se trate de conpos extensos (no pontuais), podemos traté-los como particulas porque todas as partes de cada bloco se movem 5.9 | Aplicando as Bea exatamente da mesma forma. Uma segunda Idéla-chave 6 aplicar a segunda lei de Newton separadamente a cada bloco. P Eapotia? A polia nao pode ser tratada como uma particula porque diferentes partes da polia se movem de modo dife rente, Quando discutirmos as rotagdes examinaremos com detalhes 0 caso das potias. No momento, evitamos discutit © comportamento da polia supondo que sua massa pode ser desprezada em comparagio com as massas dos dois blocos;sua Unica fungao é mudar a orientagtio da corda, P Esta certo, mas como vou aplicar a equaciio F,., =ma 420 bloco deslizante? Represente o bloco D como uma particula de massa M e desenhe todas s forgas que atuam sobre ele, como na Fig. 5-15a, Este o diagrama de corpo livre do blovo. Em segui- da, desenhe um conjunto de eixos. O mais natural é dese har o eixo x paralelo.a mesa, apontando para a direita, no sentido do movimento do bloco D. P Obrigado, mas voc? ainda nao me disse como vou aplicar a equagdo Fq, = mé ao bloco destizanie; tudo ‘que fez foi explicar como se desenha um diagrama de compotivre. Tem razfo, Aqui esté a terceira Idéla-chave: a equacio F.,, = ma & uma equagio vetorial e, portanto, equivale & trés equagdes algébricas, uma para cada componente: Frar™ Ma, Frxy™ May (5-16) OndE Frees Fany © Fras 880 88 Componentes da forga resul- tante em relagio aos irés eixos. Podemos aplicar cada uma dessas equagies a diregao correspondente, Como 0 bloco D nao possui aceleracao vertical, F,.., = Ma, se torna Foxe = Ma, Fy~Fyo=0 on Fy= Fu Assim, na diregdo y © médulo da forga normal € igual ao modulo da forca gravitacional. ‘Nenhuma fora ata na diregao z,que ¢ perpendicular a0 papel. Na diregdo x existe apenas uma componente de forga, que é T.Assim, a equacdo Fruye= Ma,se torna, T= Ma (47) Como esta equagao contém duas ineégnitas, T e a, ainda nao podemos resolvé-la. Lembre-se, porém, de que ainda nao dissemos nada a respeito do bloco pendente, P De acordo. Como vou aplicar a equacto F., = mii ao bloco pendente? ‘Do mesmo modo como aplicou ao bloco D: desenhe um diagrama de corpo livre para o bloco P, como na Fig, 5-16, Em seguida, aplique a equagio F.., = md na forma de componentes, Dessa vez, como a aceleragio ¢ ao longo do eixo y,usea parte y da Eq, 5-16 (F,.., = ma,) para escrever TEMBER, apts S| Fore Movimento — Podemos agora substituir Fy por mg e a, por ~a (o valor € negativo porque o bloco P sofre uma aceleragio no sen tido negative do eixo y).O resultado é T-mg me. (5-18) Observe que as Eqs 5-17 © 5-18 formam um sistema de duas equagdes com duas incdgnitas, Te a, Subtraindo essas equagées, climinamos T.Explicitando a,temos: m 7 a 5-19 Mam® 8) Substtuindo este resultado na Eq, $-17,obtemos: Mm ra Meg, 5-20) wat (5-20) Substituindo os valores numéricos tems: m 2a ke é a=. it _08 m/s Mame Fakgr2i kg’ ) =38me (Resposta) @ FIG.5-15 (a) Diagrama de corpo livre do bloco D da Fig 5-13. (&) Disgrama de corpo livre do bloco P da Fig, 5-13. 3 KB)21 KB) 9 5 m/e? 33 kgeot kg O°) M+m =13N. (Resposta) PO problema agora esté resolvido, certo? Esta € uma pergunta razoavel, mas o problema nao pode ser considerado resolvido até que voc examine 0s resultados para ver se fazem sentido. (Se voc’ obtivesse es- ses resultados no trabalho, nao faria questo de conferi-tos antes de entregé-los 20 chefe?) Examine primeiro a Eq. 5-19, Observe que esta dimen- sionalmente correta e que a aceleragio a serd sempre me- nor que g. Iss0 estd correto, pois o bloco pendente nao esta em queda livre; corda o puxa para cima. Examine em seguida a Eq. 5-20, que pode ser escrita na forma mg. (6.21) Mom Nessa forma fica mais facil ver que esta equagio também esti dimensionalmente correta, jé que tanto T quanto mg tem dimensoes de forga. A Eq. 5-21 também mostra que & tensio na corda ¢ sempre menor que mig e, portanto, & sem- pre menor que a forca gravitacional a que esta submetido © bloco pendente. Isso € razodvel; se T fosse maior que me, co bloco pendente sofreria uma aceleragao para cima, Podemos também verificar os resultados estudando casos especiais para os quais sabemos de antemao qual & & resposta. Um exemplo simples & fazer g = 0, como se 0 ex- perimento fosse realizado no espaco sideral. Sabemos que esse €a80 05 blocos ficariam iméveis, nfo existiriam Forgas nas extremidades da corda e, portanto, nao haveria tensao na corda. As formulas prevéem isso? Sim, Fazendo g = 0 nas Eqs. $-19 e 5-20, encontramos a = 0 T=0. Dois outros, casos especiais féceis de examinar so M=0€ m—> =, Na Fig. 5-162, uma corda puxa para cima uma caixa de bis- coitos ao longo de um plano inclinado sem atrito cujo an- gulo € @= 30°, A massa da caixa € m = 5,00 kg, 0 modulo, da forga exercida pela corda 6 T = 25,0 N. Qual é a com- ponente a da aceleragao da caixa ao longo do plano incli- nado? FIG. 5.16 (a) Uma caixa sobe um plano inclined, puxada por uma corda GyAstee forges que agem sobre acaixasa forga da corda a forga sravitacional fora normal (6). Ascomponentes de Fy na dirogao do plane inctinado cena dregdo perpendicular, BESIRSI score com a segunda tei de Newton aceleragao ao longo do plano é estabelecida pelas compo- nentes das forgas ao longo do plano (niio depend as com ponentes das forgas perpendiculares ao plano) Céleulo: Por conveniéncia, desenhamos o sistema de co- ordenadas e o diagrama de corpo livre da Fig. 5-16b, O sentido positive do eixo x é para cima, ao longo do plano. A forga T exercida pela corda ¢ dirigida para cima, a0 longo do plano, e tem um médulo T= 25,0 N. A forea gravitacional F, & para baixo e tem um médulo mg (5,00 kg)(9.8 mis?) = 49,0 N. Sua componente ao longo do plano é dirigida para baixo e tem um médulo mg sen. 4, como mostra a Fig. 5-16c. (Para compreender por que essa fungao trigonométrica esté envolvida, compare os, Exemplo ERM ‘Vamos voltar pergunta que foi formulada no inicio do ca- ‘tulo: qual € o fator responsavel pela sensacao de perigo para alguém que esté no tltimo carro de uma montanha- russa? Considere uma composigao com 10 carros iguais, de ‘massa total M,e despreze a massa dos engates.A Fig. 5-17a mostra a composigao logo depois que o primeira carro co- megou a descer uma rampa de atrito desprezivel e angulo 6. A Fig. 5-17b mostra a composigaio pouco antes de 0 til- timo carro comegar a descer. Qual ¢ a aceleragao da com- posigao nas duas situagoes? = FERRE 1) be acordo coma segunda lei de Newton (Eq. 5-1, F., = ma), a aceleracio de um objeto é causada pela forga resultante que age sobre ele. (2) Quando 0 mo- vimento ocorre ao longo de um tinico eixo escrevemos a segunda lei de Newton na forma de uma componente (como, por exemplo, Fj. = ma,),€ levamos em conta ape- nas as componentes das forcas em relacao a esse eixo. (3) Quando varios objetos se movem juntos com a mesma ve- Jocidade e a mesma aceleracZo, podem ser encarados como um tinico objeto composto. Forgas internas podem agit en- tre 0s objetos, mas apenas forcas externas podem ser res- ponsaveis pela aceleragdo de um objeto composto. Céleulos para a Fig. 5-17a: A Fig. 5-17c mostra os dia- ‘amas de corpo livre corresponcientes situagao da Fig, 7a, com eixos convenientes superpostos. O sentido po- sitivo escolhido para o eixo inclinado x’ para cima, Té 0 medulo da forga exercida pelo carro que esté na rampa so- bre 0s earros que ainda estao na horizontal, Como a com- posiggo € formada por 10 carros iguais de massa total M, & massa do carro que esté na rampa é M/10, e a dos carros, que esto na horizontal é 9/10. Apenas uma forea externa atua sobre 05 nove carros que ainda estao na horizontal: a forca, de médulo 7, exercida, através do engate, pelo carro que esté na rampa. (As forgas entre os nove carros sao for- «as internas.) Assim, a segunda lei de Newton para 0 movi- mento a0 longo do eix0 x (Frag. = ma,) Se torn 59 | Apicando as Les de Newton tridngulos retngulos das Figs. 5-16b e 5-16c.) Para indi- car o sentido escrevemos a componente como —mg sen 8. A forca normal Fy € perpendicular ao plano e, portanto, ‘do tem nenhuma influéncia sobre a aceleragio ao longo do plano. - Escrevemos a segunda lei de Newton (F, ‘© movimento ao longo do eixo.xna forma i) para T~ mgsen 9= ma. (5-22) Substituindo os valores numéricos e explicitando a, obte~ mos 0,100 mis, (Resposta) onde o resultado positivo indica que a caixa se move para cima ao longo do plano, © 6 o FIG. 5-17 Uma montanha-russa (a) com o primeiro carro na. rampa e (b) com todos os carros na rampa,exceto o tltimo.(c) Diagramas de corpo livre dos carros na horizontal ¢ do carro na rampa, como em (a).(d) Diagrama de corpo live para a situaga0 mostrada em (6), T=4Ma, (5:23) donde a € 0 valor absoluto da aceleragio a, a0 longo do cixox. ‘Ao longo do eixo inclinado x’, duas foreas agem sobre ‘© carro que esté na rampa a forga exercida pelo engate, de modulo T (que esta orientada no sentido positivo do eixo x"), € a componente em relacdo a x’ da forea gravitacional HERRREER, opios 1 Forgae Movimento —1 (que esté orientada no sentido negativo do eixo x’). De acordo com o Exemplo 5-5, essa componente gravitacional € dada por ~mg sen 8, onde m é a massa. Como sabemos {que 0 carro desce a rampa e, portanto, se move no sentido negativo do eixo x’ com uma aceleragéo de médulo a, es- crevemos a aeeleragio como —a. Assim, para este carro, de ‘massa M/10,a equagao da segunda lei de Newton para 0 movimento a0 longo do eixo x’ se torna T-Mgsen Ma), (524) Substituindo T pelo seu valor, dado pela Eq. 5-23,e explici- tando.a, obtemos: a=tgsend, (Resposta) Céleulos para a Fig. 5-17b: A Fig, 5-171 mostra os dia- gramas de corpo livre correspondentes & situagio da Fig. 5-17b, Para o catro que ainda esta na horizontal, a Eq. 5-23 deve ser substituida por T=4Ma, Para os nove carros que esto na rampa, a Eq. 5-24 deve ser substituida por A Fig. 5-180 mostra um arranjo no qual duas forcas sto aplicadas a um bloco de 4,00 kg em um piso sem atrito, mas apenas a forca F, esta indicada. Essa forga tem médulo fixo, mas 0 angulo entre ela e 0 semi-eixo x positivo pode variar. A forca F, € horizontal e seu médulo € constante, A Fig. 5-18 mostra a aceleragao horizontal a, do bloco em fungao de @ no intervalo 0° € @ < 90", Qual é 0 valor de a, para = 180"? DEERING (1) aceieragao horizontal a, epende da forea horizontal resultante F.,, dada pela segunda lei de Newton. (2) A forga horizontal resultante & a soma das componentes horizontais das forgas Fe F, Célculos: Como a forga F, ¢ horizontal, sua componente x6 F,.A componente x de F, & F; cos 8 Usando essas ex- pressOes © uma massa m de'4,00 ke podemos escrever a segunda lei de Newton (F,, = mi) para 0 movimento 20 longo do eixo x na forma F cos 8+ F, = 4,004, (528) Esta equagdo mostra que para @= AP, F, cos 8 € zero & F; = 4,00q,, De acordo com 0 grifico, a aceleragao corres- pondente € 0,50 ms. Assim, F, = 2,00 N e o semtido F, 6 0 sentido positive do cixo x. T. 4Mgssen 6 Explicitando a, obtemos: a=Zgsend, (Resposta) Fator responsavel pela sensagéo de perigo: A se- aunda resposta € 9 vezes maior que a primeira, Isso sig- nifica que a aceleragio dos carros aumenta consideravel- mente quando a maioria dos carros atinge a rampa. Este aumento da aceleragao acontece para todos 0s carros, mas a interpretacio dessa aceleragao por parte dos passa- geiros depende do carro em que estio. No primeiro carro a aceleracio sentida pelos passageiros ocorre quando 0 ‘carro j@ esta na rampa ¢ se deve & componente da forga sgravitacional ao longo da rampa, o que € esperado, No t- timo carro, por outro lado, a aceleragdo comeca a acon- ‘tecer quando o carro ainda esta na horizontal e se deve & forga exercida sobre os passageiros pelo encosto dos as- sentos. Essa forca aumenta rapidamente quando 0 carro se aproxima da rampa, dando aos passageiros a impres- sfo aterrorizante de que estio presies a ser arremessados no espaco. Fazendo 0 = 0° na Eq. 5-25, 1emos: F cos" +2,00 = 4,00a,, (5:26) De avordo com 0 gréfico, a aceleragdo correspondente & 300 m/s, Substituindo este valor na Eq. 5.26, obtemos F=10N. Fazendo F, = 10N,F;=2,00N e = 180° na Eg, 5-25, temos: a, = ~2,00 mis? (Resposta) © FIG.5-18 (a) Uma das duas forgas aplicadas a um bloco,O Angulo @ pode vatiar. (6) Componente a, da aceleragio do bloco em fungao de 6, 59 | Apliando as Leis de Newton Na Fig, 5-194 um passageiro de massa m = 72.2 kg esté de pé em uma balanca no interior de um elevador. Estamos interessados nas leituras da balanga quando o elevador estd parado © quando esté se movendo para cima e para baixo. (a) Escreva uma equagio para a leitura da balanga em fun- 40 da aceleracao vertical do elevador. DEERING 6) 4 tetra & igual a0 modulo da forca normal F, que a balanga exerce sobre o passageiro. Como mostra o diagrama de corpo livre da Fig. 5-196. a tinica ou- tra forga que age sobre o passageiro & a forga gravitacio- nal F,. (2) Podemos relacionar as forgas que agem sobre © passageiro a aceleragdo usando a segunda lei de Newton (F.,, = ma). Lembre-se, porém, de que esta lei s6 se ay ‘408 referenciais inerciais. Um clevador acelerado nao é um refetencial inercial. Assim, escolhemos 0 solo como refe~ rencial e analisamos todos os movimentos em relagio a este referencial. Caleulos: Como as duas forgas ¢ a aceleracao a que 0 pas- sageiro esta sujeito sao verticais, na diregao do eixo y da Fig. 5-196, podemos usar a segunda lei de Newton para as componentes y (Figg, = ma) e escrever Fy Fy= ma ou Fy =F, + ma (627) Isto nos diz que a leitura da balanga, que € igual a Fy, de- pende da aceleracao vertical. Substituindo F, por mg, ob- temos Fy= mig +a) (Resposta) (5-28) para qualquer valor da aceleragiio a. (b) Qual ¢ a leitura da balanga se 0 elevador esté parado ou esta se movendo para cima com uma velocidade cons- tannte de 0.50 m/s? Fic.5.49 (a) Um passagciro est empé em uma balanga que indica » seu peso ou o Seu peso aparente,(b) O diagrama de corpo livre do passageiro, mostrando a forga normal Fy exercida sobre ele pela balanca 4 forga gravtacional F, passage a PERI rors quatquer velocidade constante (zero ‘ou diferente de zero), a aceleragdo do passageiro € zero, Céteulo: Suibstituindo este e ovtros valores conhecidos na Eq. 5-28, obtemos Fy = (72.2kg)(9.8mvis! +0) = 708N, (Resposta) Este € 0 peso do passageiro,¢ € igual ao médulo F, da forga gravitacional a que esté submetido. (c) Qual é a leitura da balanga se 0 elevador sofre uma ace- leracao para cima de 3.20 m/s"? Qual € a leitura se 0 eleva- dor sofre uma aceleragio para baixo de 3,20 mis"? Céleulos: Para a= 320 mis?,a Eq. 5-28 nos da Fy = (72.2kg)(9.8 mis? + 320 mist) 939, (Resposta) e para a= ~3,20mis?,ela nos dé Fy = (72,2.kg)(9.8 mis? — 3.20 mis") TN. (Resposta) ‘Sea aveleragio é para cima (ou seja, sea velocidade doele- vador para cima esta aumentando ou se a velocidade para baixo esté diminuindo), a leitura da balanga é maior que © peso do passageiro. Essa leitura é uma medida do peso aparente, pois ¢ realizada em um referencial nfio-ine Se a aceleracao € para baixo (ou seja, se a velocidade do clevador para cima esta diminuindo ou a velocidade para baixo esta aumentando), a leitura da balanga é menor que ‘peso do passageiro. (qd) Durante a aceleragao para cima do item (c), qual é 0 médulo F,.. da forga resultante a que esta submetido o pas- sageiro e qual é 0 médulo a,« da aceleragao do passageiro no referencial do elevador? A equagd0 Fa =m, € obe- decida? Céleulo: O médulo F, da forga gravitacional a que esté submetido o passageiro nao depende da sua aceleracio;as- sim, de acordo com o item (b), F, = 708 N. De acordo com © item (¢),0 médulo Fy da forga normal a que esté subme- tido 0 passageito durante a aceleragao para cima é 0 valor de 939 N indicado peta balanga, Assim, a forca resultante a que 0 passageiro esté submetido & 939'N —708N 31.N, (Resposta) durante a aceleragao para cima, Entretanto, a aceleragio do passageiro em relago ao elevador, a,.,€ zero. Assim, no referencial ndo-inercial do elevador acelerado F,. nao € igual a mia, € a segunda lei de Newton nfo & obede- ida. Fog = Fy - F; Capito 5 | Forga¢ Movimento —1 Na Fig. 5-20a, uma forga horizontal constante F, de m6- dulo 20 N & aplicada a um bloco A de massa m, = 4.0 ke, que empurra um bloco B de massa my = 6,0 kg. O bloco desliza sobre uma superficie sem atrito, ao longo de um eixo x. (a) Qual é a aceleragao dos blocos? Erro Grave: Como a forca F,, ¢ aplicada diretamente ao bloco A, usamos a segunda lei de Newton para relacionar essa forga & aceleragao d do bloco A, Como o movimento 6 a0 longo do eixo x, usamos a lei para as componentes x (Fox = mas) ,escrevendo Tretia Este raciocinio est ead, porque Fy nfo € a dnica forga horizontal a que 0 bloco est sujet; existe tambémn forga Fexcteida pelo Hioco B (Fig 5-20) Solugao Frustrada: Vamos incluir a forga F,» escrevendo, novamente para 0 eixo.x, Fag — Fag = mga (Usamos 0 sinal negativo para indicar sentido de Fy.) Como Fy é uma segunda inedgnita, nao podemos resolver esta equagao para determinar 0 valor de a. xl @ w w FIG, 5.20 (a) Uma forca horizontal constante Fé aplicada so bloco A, que empusra o bloco B. (b) Duss forgas horizontais, gem sobre o bloce A. (c) Apenas uma forga horizontal age sobre obloco B, Solugéo Correta: Por causa do sentido de aplicagao da forca Fy, 08 dois blocos se movem como se fossem um s6. Podemos usar a segunda lei de Newton para relacionar a forca aplicada ao conjunto dos dois blocos & aceleracao do conjunto dos dois blocos atrayés da segunda lei de Newton. ‘Assim, considerando apenas 0 eixo x, podemos eserever: A wide agora’ targa eplicada Ai, ext selaciomad cre tamente & massa total m+ mg” Explictando a e substi- tuindo os valores conhecidos, obtemos: w= (4 + mada, Fy 20N “ 40kg+60ke 0 m/s? my +My (Resposta) Assim, a aceleragdo do sistema (e dos dois blocos) é no sentido positive do eixo.xe tem um médulo de 2,0 mis. (b) Qual ¢ a forga (horizontal) F.,, exercida pelo bloco A sobreo bloco B (Fig. 5-20¢)? FEBEEIT osiemos usar a segunda lei de Newion para relacionar a forea exercida sobre 0 bloco B A acelera- ge do bloco, 5 Céleulo: Neste caso, considerando apenas 0 eixo x, pode Fag = mga, que, ubstituindo os valores conhecidos.nos dé Fay = (6.0kg)(2.0ms!) = 12N. (Resposta) Assim, a F,, & orientada no sentido positivo do eixo x ¢ tem um modulo de 12 N. Se Mecanica Newtoniana A velocidade de um objeto pode variar (0 objeto pode soiter uma aceleragde) quando 0 objeto € submetido a uma ou mais forgas (empurrdes ou puxdes) exerci- das por outros objetos. A mecdnica newtoniana relaciona acelera- hes e forgas. Forga As forcas sto grandezas vetoriais, Scus médulas sto definidos em termos da aceleracio que imprimiriam a uma massa de um quilograma. Por definigfo, uma forga que produz tuma aceleraggo de 1 uvs* em uma massa de 1 kg tem um mé: ilo de 1 newion (1). A erientago de uma forga é a orien 0 da aceleragio produzida pela forga. Duas ou mais forgas podem ser combinadas segundo as regras da digebra vetorial. A forca resultante é a soma de todas as forgas que agem sobre um corpo, Primeira Lei de Newton Quando « forca resultante que age sobre um corpo é zero, corpo permanoce em repouso ou se Move emlinha reta com velocidade escalar constante. Referenciais Inerciais Os referenciais para os quais as leis de Newton sto validas so chamados de referencias inereals, O8 referencias para os quais as leis de Newton nio sio vilidas io chamados de referenciais ndo-inercias Massa A massa de um corpo ¢ a propriedade do corpo que re Inciona a aceleracdo do corpo a forca responsavel pela acelera- lo. A massa é uma grandeza escalar Segunda Lei de Newton A forca resultante F,, que age sobre um corpo de massa m est relacionada a acsleragto d do corpo através da equagio (SA) que pode ser escrita em termos de suas componentes: Frac Mid Fray "ma, © Fey a (5-2) De acordo com a segunda lei,em unidades do SI, IN=1kg-mi 63) © diagrama de corpo livre € um diagrams simplificado no qual apenas um corpo € considerado. Esse corpo € representado or um ponto ou por um simbolo. As forgas externas que agem sobre 0 corpo sto representadas por vetores e um sistema de co- cordenadas € superposto ao desenho, orientado de modo a simpli- ficar a solugao, Algumas Forgas Especials A forca gravitacional F, exer fda sobre umn corpo € tim tipo especial de atragto quem se- undo corpo exeree sobre o primeira, Ne maioria das situagbes apresentadas neste livro 0 segundo corpo éa Terra ou outro astro, No easo da Terra, forga€ orientada para baixo, em iregeo 20 solo,que éconsderado um referencalinerclal.O/ modulo de F,€ B= me, os) onde m a massa do corpo © g € 0 médulo da aceleragio em queda livre, ei oes © peso P de um corpo é © mésdulo da forga para cima ne- cesséria para equilibrar a forga gravitacional a que o corpo ests sujeito. O peso de um corpo est relacionado a sua massa através, dacquagio Pome. 5-12) A forga normal Fy é a forga exercida sobre um corpo pela superticie na qual o corpo estd apoiado. A forga normal é sempre perpendicular superficie, ‘A forca de atrto 7 € a forga exerciéa sobre um corpo quan- do 0 corpo desliza ou tenta deslizar sobre uma super forga € sempre paralela superficie e tem o sentido oposto a0 do deslizamento, Em uma superficie ideal, a forga de atrito é desprezivel Quando uma corda est sob tenslo, cada extremidade da corda exerce uma forga sobre um corpo. A forca é orientada a0 longo da cord, para longe do ponto onde a corda esta presa 20 corpo. No caso de uma corda sem massa (uma corda de massa esprerivel) as tensdes nas duas extremidades da eorda tém © mesmo médulo T; mesmo que a corda passe por uma polia xem ‘massa e sem atrito (uma potia de massa desprezivel ¢ eujo eixo tem um atrito desprezivel). ‘erceira Lei de Newton Se um corpo C aplica a um corpo B uma forga F.0 corpo B aplica ao corpo C uma forga Fe, tal que 1. Na Fig. $.21 as forgas Fe F sio aplicadas a uma caixn que Gesliza com velocidade constante sobse uma superficie sem atrto, Diminuimos o Angulo 8 sem mu- dar 0 médulo de F.. Para manter s caixa deslizando com velocidade constante devemos aumentar, di- ‘minuir ou manter inalterado 0 médulo de #,? FIG.5.21 PerguntalL 2 Noinstante¢=0,uma forga F eonstante comegaaatuar sobre uma pedra que se move no espago sideral no sentido postive do 0 & (a) Para 1 > 0, quais so as possveis fungbes x() para a posigdo da pedra: (1) x= 4s = 3,(2)x= ~48 + 61— 3,3) r=422+ 8: — 3? (b) Para que fungi F tem o sentido contesrio ao do mo- mento iniial da peda? 3. A Fig. 5.22 mostra vistas superiores de quatro situagdes nas unis forgas atuam sobre um bloco que esté em um piso sem suit, Se'os médulos das forgas forem escothidos aproprinds- vente, em que situagdes & possvel que o bloco esteja (8) em re- pouso e(b) se movendo com velocidade constante? 4 Duas forgas horizontais, R-@m/i- amie R=-ami-ewi poxam uma banana spite baicdo sem arto de umalanchoncte Sem uiar ume calcledor, determine quais dos vetoes do dae ggnma de corpo ire da Fg. 5:23 epeesactam melhor (a) £6 (0) F. Qual Wa cops dog elas Lang (0 ch ry 7 woot Pergunta3. FIG.5.23 Pergunta4, -x€ (d) do eixo y? Para que quadrantes os vetores (¢) da forga re~ sultante e (f) da aceleragdo da sobremesa apontam?

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