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CURSO DE COMPRESSORES INDICE TURBO-COMPRESSORES COMPRESSORES CENTRIFUGOS E AXIAIS 1. COMPRESSORES CENTRIFUGOS 1.1 Performance do Compressor Centrifiugo 1.2 Estudo Termodinamico a Compressio em um Compressor Centrifugo 13 Teoria da Semethanga Aplicada aos Turbo-Compressores 14 Tnfluéncia das Condigées de Servigo sobre a Performance do Compressor 1.5 Compressao com Resfriamento 1.6 Controle de Capacidade 17 Operaséo em Capacidades Menores que 0 Limite de Surge 1.8 Alguns Detalhes Construtivos do Compressores Centrifiygos 19 Sistemas de Selagem e Lubrificagio 1.10 Instrumentagao ¢ Dispositivos de Protegao 1.11 Definigo de Termos para Selec © Especificagio de Compressores Centrfiugos, segundo o Api- 617 1.12 Operagao de Compressores Centrifugos 1.13 Manutengo Preventiva 2. COMPRESSORES AXIAIS BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA, {BP CURSO » PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Renaldo de Polos 12 25 32 39 a 55 15 7 82 84 TURBO-COMPRESSORES SORES CENTRIFU! AIS NUMERO CAPACIDADE ESTAGIOS A MAXIMA (ACEM) 200,000 CENTRIFUGO Os compressores axiais s6 se tomam economicamente interessantes em relago aos centrifugos para capacidades maiores que 100.000 ACEM, pois a partir dai seu menor custo operacional (devido ao fato da cficiéncia desses compressores ser 10% maior que a dos centrifugos) compense o maior custo inicial COMPARA‘ )S TURBOS-COMPRESSORES E OS ALTERNATIVOS Vantagens do Turbo: - Menor custo de instalago - devido aos menores esforgos, as findages niio necessitam ser to grandes como para os alternativos - Menor custo de manutengio ~ Mair eficiéncia para r, <2 por estagio ~ Maior relagtio capacidade para espago ocupado - Adaptiveis a acionador de alta rpm (turbina a vapor, turbina a gas). ‘Vantagens do altemativo {IGP CURSO - PERFORMANCE DE ORANDES MAQUINAS ‘Autor Reina de Falco ~ Maior eficiéncia para 1, > 2 por estigio ~ Capazes de operar com diferengas de press bastante altas ~ As propriedades do fluido pouco influem na sua performance ~ Operam eficientemente para baixas vazBes (em relagdio & nominal) - Em geral, mais baratos. {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS itor: Reinaldo de Falco 1, COMPRESSORES CENTRIFUGOS ‘Segundo SCHEEL, o compressor centrifugo se toma competitivo em relago ao alternative para vaziio na entrada > 1500 ACFM Além disso, em geral o compressor centrifugo s6 é usado para 400 CEM < vaziio na descarga < 100.000 CFM. CARACTERISTICAS Um compressor centrifugo (fig. 1.1) aumenta a pressio do gis, acelerando-o enquanto ele escoa rapidamente através do impelidor, e convertendo posteriormente essa energia cinética em presstio pela ppassagem do gs em um difusor. A operago desse compressor ¢ portanto semelhante & de uma bomba centrifuga. Contudo, a diferenga significativa na performance de ambos se deve ao fato de gis ser um fluido compressivel {TBP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor Retnaldo de Falco DIFFUSERS AN Pee ona Ah farm IMPELLERS FIG. 1.1.¢ LIBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. ‘Aur: Reina de Falco 1.1 Performance do Compressor Centrifugo HEAD DE COMPRESSAO. Sendo 0 head o trabalho cedido a cada unidade de peso do fluido no processo de compressa, N - poténcia cedida ao fluido durante a compressiio Ww - vaziio em massa de fluido g -aceleracdo da gravidade Para um sistemas de unidades MLT (por exemplo kg, m, s) ou FLT (por exemplo ke*, m, s) resulta: HI-L (Ou seja, a grandeza head tem a dimensio de um comprimento. Usando-se um sistema de unidades FML'T (por exemplo kg*, ke, m, s) para que se tenha H como um comprimento, a equagio deve ter a forma: gcNn gw H= © gc € 0 fator de transformagao da unidade de forga do sistema FLT para a unidade de forga do sistema MLT, entendendo-se que esses sistemas so aqueles cujas unidades compdem o sistema FMLT usado. Por exemplo, usando o sistema FMLT (ke*, kg, m, s) kgx m/s2 kg* Em sistema FMLT, portanto, dado que para os problemas comuns, =9,8 ‘umericamente a equagao para o head ficaria: {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS utr: Reinaldo de Felco wl Wi Essa equagdo ¢ a cmprogada nos problemas de engenharia. cA RICO DO HEAD - TRIAN DE VELOCIDADE! Considere as velocidades do fluido na entrada e na saida do impelidor, como indicado na fig 11.1 : Us € Uz so as velocidades tangenciais do impelidor nas segdes de entrada e saida do fluido (U2 é a velocidade pariférica - "tip speed"), Wi © W2 so as velocidades do fluido relativas ao impelidor, V; e V2 sto as ‘elocidades absolutas do fliido ¢ Vuye Vuig sto as projegdes das velocidades absolutas nas diredes tangenciais. FIG.1.1.1 - TRIANGULOS DE VELOCIDADE EM UM IMPELIDOR Aplicando 0 teorema da variago do momento da quantidade de movimento a um volume de controle que envolva o impelidor (fig.8.1.1) e observando os diagramas de velocidades na entrada ¢ na saida do impelidor, tem-se que u=+ (vu, U, -ve,U) & Verifica-se que 0 head forecido ao fluido pelo impelidor € fangio apenas ~ da rotagdo do impelidor ~ do diémetro do impelidor ~ da vazio em volume do fluido, que tem influéncia sobre os valores de Vin e Vu {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor Reina de aloo Na realidade, devido a0 flenémeno de circulagéo ("slip") do fluido entre duas palhetas do impetidor, os Jngulos das velocidades relativas do fluido com as dirogSes tangenciais so pouco menores que os Jngulos das palhetas, causando com que o head do fiuido em determinadas condiges seja menor que o previsto no caso ideal (em geral, cerca de 10 a 20% menor). Observe contudo que essa diminuigtio do head em relagdo ao ideal ro incorrem uma cessio adicional e inaproveitada de poténcia ao fhuido, ou seja, uma menor eficiéncia do processo de compressio. Tanto a energia de que o fluido dispée para clevar a pressio como a energia que 0 impelidor esta cedendo a0 fluido so menores devido ao slip. Portanto esse fendmeno no pode ser considerado uma perda de poténcia, embora os projetistas procurem atenu-lo para que com um impelidor em certa rotago se consigam maiores heads. Para que se possa estudar mais facilmente a variag&o do head fornecido ao fluido com vaziio, para determinado impelidor, vamos supor: A.expressio para o head toma-se entio: 1 gua Uy De acordo com o Sngulo i, indicado na fig.1.1.1, o impelidor sera denominado (fig. 1.1.2): B, <90° impetidor de palhetas para tris B.=90" palhetas radiais o> 90” palhetas para a frente tl PALHETAS PARA TRAS FIG.1.1.2 - TIPOS DE IMPELIDORES FIG.1.1.3 - PERFORMANCE QUANTO A INCLINACAO ‘TEORICA DE. DAS PALHETAS UM IMPELIDOR {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinatt de Faleo A relagdo entre o head He a vazdo em volume na entrada do impelidor Q, pode ser agora estabelecida para os diferentes inapelidores ( fig.1.1.3), observando apenas que: ~paraQ,=0, Wo =0, ¢ portanto Vi= Ur -para 8, =90°, Viz = Uz para qualquer Ws, ou seja para qualquer Q, = We é proporcional a Q, Pela propria definigdo do head H, a poténcia N entregue ao fluido é : N=g.w.H — w- vaio emmassa N= 71Q.H yi - peso especifico do fluido na entrada do impelidor € portanto, conhecendo H — H (Qy) é facil obter N = N (Q,) (fig.1.1.4) para um fluido em determinadas condigdes de sues. Observe que 0 head fornecido pelo impelidor independe do peso especifico do fluido, enquanto a poténcia Ihe € proporcional [Nas curvas apresentadas néo foram levadas em conta perdas de energia do fluido por atrtos e choques, que acontecem quando o fluido escoa no bocal de entrada, impelidor, difusor e bocal de descarga. FIG. 1.1.4 - POTENCIA TEORICA CEDIDA AO FLUIDO PELO IMPELIDOR O head obtido dessas curvas, diminnido da parcela correspondente & ocorréncia do slip, representa portanto a energia por unidade de peso que o impelidor cede ao fuido. eee Ee LPEE EEEEEE PELE CEE -EEe- eg 01 FEEd- CEC HE EEC BP CURSO - PEREORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. ‘utr: Reinalda de Fale H Apenas uma parte dessa energia ¢ utilizada realmente no processo de compressio, comrespondendo 0 Testante as perdas citadas, que causam a irreversibilidade da transformagdio. As perdas por atrito variam com o quadrado da velocidade do fluido, e portanto, da vazdo. As perdas por choques que acontecem na entrada e saida do impelidor tem um minimo para determinada vazo (para um determinado diagrama de velocidades), aumentando para vazbes maiores ou menores. Os diagramas head utilizado na compressdo x vazio em volume na sucgio tomam entio o aspecto ‘mostrado na fig. 1.1.5 H Yj B, > 90° B,=90° Z Ke > Qbroj — proj Onin Q, Q ‘nin By < 90° e Qin Qproj Q FIG.1.1.5 - PEFORMANCE REAL DE DIFERENTES IMPELIDORES Nesses diagramas estfio assinalados dois valores de vaziio caracteristicos: ab BP CURSO « PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘wor: Reina de Falon Qin - vaziio em que é maxima a eficiéncia do impelidor, ou seja, em que a diferenga entre o head real ¢ tebrico é minima. E obvio que o projeto de um impelidor se fara sempre para vazes proximas a essa Qaia~ vazéio para a qual o head émiximo, Essa vaztio ¢a minima em que o impetidor pode trabalhar, pois para vazdes menores aparece um fendmeno de instablidade no sistema, a ser descrito posteriormente. Como mostra a figura 1.1.6, impelidores com palhetas para a frente, embora mais interessantes por ‘Produzirem maiores heads, podem operar de modo estivel apenas em ura estreita faixa de vazbes, ainda assim com baixas eficiéncias Por essas razies, sfio usados apenas alguns tipos de ventiladores, com baixas rotagies, onde essas limitagdes nao sao criticas. Palhctas radiais oferecem altos heads com boas eficiéncias, mas em faixas limitadas de vaziio. ‘Estruturamente um impelidor com palhetas radiais é mais resistente que qualquer outro ¢ pode trabalhar ‘com maiores velocidades periféricas, constituindo portanto a escolha légica para aplicagdes em que se 4queiram altos heads com minimo mimero de estgios (turboalimentadores, turbinas a gas) Palhetas para tris possibilitam um grande intervalo estavel de vazies, incluindo a faixa de maior eficigncia Apesar de fornecerem relativamente menores heads, as vantagens citadas fazem com que estes sejamos impelidores universalmente empregados para fins industriais. LIMITES DE OPERACAO. Como jj foi visto, existe uma capacidade minima para cada compressor, a cada rotago, abaixo da qual a ‘operardo do compressor se toma instivel. Essa instabilidade é acompanhada por um ruido caracteristico denominado surging ou pumping. O limite de surge & bastante influenciado pelo fngulo de descarga By do impelidor, ¢ para os impelidores ‘communs esta em torno de 59% da capacidade em que se tem maxima eficiéncia Q yrj. A causa desse fato est na forma da curva Hx Q, do compressor, a qual depois de atingir um méximo, comega a decrescer para menores capacidades. Para uma explicagio simplificada do fendmeno, suponha um compressor de simples estigio operando a rotagdo - constante, descarregando através de uma valvula de controle Estragulando a vilvula de descarga, a resisténcia do sistema ¢ portanto 0 head necessario para vencer essa resisténcia, aumentam. A medida que se estrangula a valvula, diminui a vazio através do compressor. Esse fato continua até a capacidade correspondente ao mximo head. Nessa condigdo, a cotrapressio do sistema é maior que a que 0 compressor pode fornecer, causando momentaneamente uma inversio do fluxo. Quando isso acontece, contudo, a pressio na descarga diminui, tomando o compressor capaz novamente de fomnecer uma vazo maior do que aqucla na qual o surge se iniciou. Se o estrangulamento da valvula na descarga € mantido, a operago segue novamente a curva de head caracteristica, até que o head miximo é atingido novamente, Essa ago ciclica constitui o que propriamente a indistria chama de surge. As consequéncias da ocoméncia de surge durante um tempo relativamente prolongado podem ser desatrosas: az. [BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘wor Rainclde de Foleo ~ vibragdes, causando empeno do rotor, destruigo do sistema de sclagom, destruigo das tubulagdes e do impelidor. - aquecimento anormal do gas O limite de surge € tanto maior quanto menores forem a rotagio ¢ a densidade na entrada do impelidor (fig. 1.1.7). s(estabiidede) 1 05% rpm 1 00% / 95% Q HIG. 1.1.6- LIMITE DE SURGE te superior de capacidade & determinado pelo fendmeno denominado stonewall ou choke. Este ‘corre quando a velocidade do gis se aproxima da velocidade do som no gés , em alguna parte do ‘compressor, ocorrendo gerelmente na entrada do impelidor do 1° estagio, Resultam ondas de choque que restringem 0 escoamento, causando um efeito de blocagem - queda répida da pressio de descarga para um minimo aumento na vazdo. Im geral o choke no é problema na compresstio de ar e gases mais leves, contudo, para gases de maior peso molecular ele pode ser um fitor limitante. A medida que © nimero de estagios aumenta, as curvas de performance tendem a mostrar uma maior inclinago com uma menor faixa de trabalho estavel. Compressores com poucos estégios,trés ou quatro, podem ter o limite de surge a aproximadamente 50% da vazio de projeto, enquanto compressores com muitos estagios, oito a dez, 0 tem a aproximadamente 85% da vazio do projeto. Quanto maior 0 mimero de estigios, maior o limite de surge em telagio & vaziio do projeto Para operar em varies abaixo do limite de surge, € necessério um sistema de controle, que sera discutido no capitulo 8.6. 1.2 Estudo Termodinamico Da Compressio Em Um Compressor Centrifugo 13. {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor: Renal de Falco ‘A compressio de um gas em um compressor centrifiugo sem resftiamento interno, como jé foi comentado no capitulo 4, é um processo aproximadamente adiabitico. Se é desconsiderado o ganho de calor pelo fluido devido as perdas intemas, como atrito e choques, a compresstio do gés constitui um processo ideal, adiabitico e reversivel, ¢ portanto isoentropico (transf.1 ~> 2 da fig. 1.2.1), obedecendo 4 equagdo (supondo o gis ideal). pv =ae Contudo, essas perdas acontecem, ¢ a transformagio softida pelo gis é sensivelmente irreversivel, diferente de uma isoentrépica. Para simplificar o tratamento tebrico do problema, se supde que o gis soffe uma transformagio reversivel, com ganho de calor do meio, do tipo politrépica (transE1 2 da fig. 1.2.1) pv=cte onde n> e 6 constante ao longo da transformagio s FIG. 1.2.1 - COMPRESSOES REVERSIVEIS TEORICAS Como se pode ver no diagrama T x s, 0 ganho de calor pelo gis devido as perdas intemas causa um aumento na entalpia do gas, e portanto da temperatura. Em um compressor centrifugo resfriado, a transformagiio se faz com perda de calor do gas para o meio, € portanto a entalpia final do gis ¢ menor Esse processo pode ser aproximado por uma politrépica pY=ae 14 IBP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reina de Pleo onde 1 0,8, segundo ASME PTC-10). Observe que para variagdes do mimero de MACH e de REYNOLDS dentro das margens permitidas, a performance de um compressor centrifugo para diferentes rotagées ou dimens6es do compressor (mantendo-se contudo a proporgao entre as varias dimensGes) obedeve as mesmas leis estabelecidas no estudo das bombas centrifiygas 1.4 Influéncia das Condigdes de Servigo sobre a Performance do Compressor 4 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE ORANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco Para todos os propésitos priticos, mantidas a mesma rotagdo e vazio em volume de suegiio, o head ¢ a eficiéncia politrépica de um estigio em um compressor centrifigo permanecem os mesmos, embora variem o gas ¢ as condiges de suegao em relagao aos de projeto, A partir desse fito, algumis conclusGes podem ser obtidas em relaglio is variagBes das condigdes de servigo. PROPRIEDADES DO FLUIDO ~ Peso molecular (M) ‘Um maior peso molecular M significa uma menor constante do gas R, pois P2 H, =RT, Pat 4 7 2) a diminuigdo de R, para um mesmo head H, fomecido, implica numa maior relacto de compresstio portanto maior temperatura de descarga. ‘A vazio em massa w variar’ proporcionalmente ao peso molecular, pois w= ew 1 ~ massa especifica do gis na sucglo e pela lei dos gases perfeitos, 9°, = MPL /1 RT, A poténcia empregada na compresstio N também sera proporcional ao peso molecular, pois New Tp ~ Compressibilidade do gés IBP CORSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Foleo ‘Também na compressto em centrifugos, um valor do fator de compressibilidade, média aritmética entre 08 valores na suogdio e na descarga, deve ser aplicado as equagées que fornecem o head adiabitico ¢ ppolitrépico para gases perfeitos. Essa corrego ¢ apenas aproximada. Observe portanto que para um mesmo head fornecido, a compressibilidade do gis tem efeito sobre a relagdio de compressa. Para uma determinada vazio em volume na sucyo Q, a vazio em massa w sera inversamente proporcional a0 fator de compressibilidade do gis nas condigBes de sucga0 Z, Mp Wi =e RT Q ~ Razio dos calores especificos K (ou 0 coeficiente politrépico n) Para o mesmo head fomnecido, quanto maior K ou n, menor a relagio de compressio. Esse fato pode ser observado examinando a equagiio para o head politrépico ou adiabitico. - Umidade ‘A presenga de um vapor condensével no gis ocasiona a variago da densidade do gis. Para os compressores centrifiugos, a relago de compressdo para um determinado head ¢ fungdo de densidade do ‘fs, ¢ portanto a composigao do gis deve ser bem conhecida. Além disso, observe que a vazdo em massa © a poténcia necessiria @ compressio para determinados head ¢ vaziio em volume na sucgio, so proporcionais & densidade do gis. Outras observagies importantes com relagio & presenga de condensiveis no gis foram feitas no estudo dos alternativos, item 5.5, e so validas também para os centrfixgos. CONDICOES DE SUCCAO - Pressio de sucgio Para o mesmo head, a pressio de descarga variaré proporcionalmente & pressao de suegio, permanecendo constante a relagdo de compressio. 26 TEP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘utr: Reinaldo de Feo Com a mesma vazio volumétrica, uma maior pressdio na sucpdo causaré maior vaztio em massa, devido ‘ao aumento da densidade na sucgaio. A poténcia variard proporcionalmente & densidade na sucgao. ~ Temperatura de sucglio O aumento da temperatura na sucgiio causari menores relaglio de compressio, vaziio em massa ¢ poténcia, e maior temperatura de descarga, cbservando simplesmente que Py. As influéncias das variagdes das propriedades de fiuido e das condipdes ¢ das condigdes de suego foram snalisadas supondo que o head e a vazdo em volume na suogdo se mantenham constantes. Contudo, para ‘um compressor operando em um determinado sistema, observe que esse fato ndio ocorre, Assim, por exemplo, se por uma razdio qualquer de processo a pressiio no reservatério de suceo diminuir, ‘mantendo-se a descarga, o compressor deverd fornecer um maior head para atender & maior relago de compressio. Pela observagéo da curva caracteristica head x vazo do compressor centrifugo, é ficil ver que um maior head implicaré em uma menor vaziio em volume, Nessas condiedes, portanto, o compressor passard a operar com menor vaziio em volume na sucgo, maior head e menor eficiéncia politrépica (se ele estava opsrando na condigao time, de mixima eficiéncia). Damesma forma devertio ser analisadas as variagdes das outras condigdes. 1.5 Compressiio Com Resfriamento _at IP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Faloo resfriamento do gs na compressao pode ser realizado intemamente ou extermamente No resfiiamento intemo, os diaftagmas que separam dois estigios sucessivos so providos de camisas égua. O resfriamento extemo € feito em trocadores de calor especiais (intercoolers) montados na mesma base, ou construidos na carcaga do compressor ou em unidades separadas. 0 objetivo do resfriamento é reduzir a poténcia e abaixar a temperatura de descarga. Em comparago com compressores no resftiados, o resfriamento resulta em uma redugdo do tamanho ou rotagiio dos impelidores ou menor nimero de estigios. A razo desse fato esté em que o resftiamento, aumentando a densidade do gis, no afeta o head produzido, contudo para uma mesma relago de ‘compressdio, um menor head & necessario. O aumento da densidade do gis também causa um menor tamanho para uma dada vazio em massa a) Resftiamento intemo ‘Como a geragio do head, ou seja, a cesstio de energia mecdnica ao fhuido, esta limitada ao impelidor e 0 impelidor ndo € resftiado, 0 processo ¢ adiabatico e vale a relago © coeficiente politrépico assim calculado pode ser usado para determinar qual a relagio de compressiio no estigio resfriado. O head politropico para toda a compressdo pode ser caleulado com a formula H usando um coeficiente politrépico n calculado por n-1 2 -(%) > T \p uma vez que tenham sido efetuadas as medidas dessas grandezas. Esse célculo valido para uma compressio com resfriamento continuo do gis desde a suogio até a descarga. Na realidade, o resftiamento apenas é feito no difusor ¢ no canal de guia para a entrada do proximo impelidor. Contudo, como mostra a fig 1.5.1, 0 head total calculado dessa forma & aproximadamente igual ao real (as éreas achureadas de um e outro lado da linha tracejada se compensa) 28. IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. ‘Astor. Reina de Falco Observe que o coeficiente n calculado para toda a compressio é diferente daquela para a compressio em um estagio. Se é requerida uma baixa temperatura de descarga, deve-se prover um bom resfriamento nos iitimos cestagios, pois nestes a temperatura do gas sera mais alta, possibilitando um troca de calor eficiente. Pe, P, 1 real — — — te6rica aproximada FIG.1.5.1 - COMPRESSAO COM RESFRIAMENTO INTERNO- ara relagbes de compresses mais altas, pode ser atingido um estado em que a redugio de temperatura do gas por resfriamento seja maior que o aumento de temperatura no estagio e entio a temperatura do gas ira diminuindo gradualmente apés atingido um méximo. +) Resfriamento externo (com intercoolers) E bastante mais eficiente do que o resfriamento interno, mas requer equipamento mais caro. O progresso na engenharia de materiais ¢ de fabricagio possibilita um head maximo por estigio cada vez maior, as custas de maiores rotagdes. Com isso, para conseguir um determinado head, as dimensies do compressor slio menores, e portanto o resftiamento intemo do gis se torna mais precitio. Os compressores para altas presses modernos usam resfiiamento externo. resffiamento extemno também é mais interessante do ponto de vista da manutengZo, pois as camisas agua em compressores resfriados intemamente geralmente so de dificil acesso para limpeza Al&m disso, o controle de umidade é mais eficiente quando o resfriamento é externo. 29 IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor Reinaldo de Flo Em geral, os intercoolers so colocados entre grupos de estigios. O head politrépico H, de cada grupo caleulado independentemente, ¢ a eficiéncia politropica de compressiio ser’ w DH, i N N-- poténcia total empregada na compressiio Essa equagao ndio leva em consideragdo a perda de pressio nos intercoolers. Quando os resfriadores so construidos na propria estrutura do compressor, as medigies das presses ¢ temperaturas dos varios ‘grupos de impelidores podem apresentar dificuldades Para comparar varios arranjos de resftiadores, ou compressores resfriados de concepgdes diferentes, pode ser necessério incluir as perdas nos resfriadores para calculos de eficiéncia. Neste caso, o head politrépico € calculado usando o coeficiente n determinado através da medigo das pressSes ¢ temperaturas na suc¢o ena descarga. (2) ey Pr Tt ‘A poténcia empregada na compresso pode ser calculada pela primeira lei da Termodindmica. hh -entalpia especifica do gis N=w(he-h)+Q Q-taxa de calor retida nos resftiadores (facitmente medida) ) Resfriamento por injeesio Neste método, um liquido adequado é atomizado no canal de retomo do gis em um compressor de multi- estigios, onde ele se evapora imediatamente e reduz a temperatura do gas. Em compressores de vapor d’igua 0 liquido usado ¢ condensado, em compressores de reffigerago & 0 proprio fluido reftigerante. Agua também pode ser injetada em compressores de ar ou gis, quando 0 aumento de umidade decorrente pode ser tolerado pelo processo ¢ quando a presenga de dgua no ocasiona a formago de uma solusao corrosiva. Algumas vantagens desse método sto: ~ 0 calor retirado do giss aumenta a entalpia do fluido injetado, podendo ser recuperado no processo. ~ a injegdo de liquido pode permitir um melhor controle das particulas sélidas carregadas pelo gis. ~ a injesio pode ser usada para remover incrustages ou depésitos das passagens do gas, causando um cexcesso na quantidade de liquido injetado e mantendo os drenos abertos durante algum tempo. 30 IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reina de Fale 1.6 Controle de Capacidade A melhor maneira de analsar a operago de qualquer bomba ou compressor consiste em comparar, através de um grifico head x vazo em volume, as curvas caracteristicas do compressor € do sistema no qual ele ird atuar. © compressor iri operar no pomto A correspondente 4 intercesstio das curvas (fig.1.6.1). ‘As curvas de head e eficitneia x vazéo em volume a rotaso constante representam uma caracteristica do compressor, ¢ esto determinadas pelo projeto do impelidor e da carcaga. Essas curvas, estabelecidas em teste para uma rotago podem ser calculadas para qualquer rotago através das leis de semelhanga, fazendo, quando necessério, corredes devido a efeitos traduzidos pelos numeros de MACH ¢ de REYNOLDS. Limite Sistema he 100% rpm 0 Q FIG.1.6.1 - CARACTERISTICAS DO SISTEMA ‘A curva caracteristica do sistema representa o head, ou seja, a energia por unidade de peso que é necessirio ceder ao fluido para que este possa escoar € vencer a resisténcia (contrapressio, atrito intemo € com o tubo) do sistema, em fungo da vazo em volume de fluido, Essa curva pode ser do tipo a na fig.1.6.1, no caso em que a tubulagaio do sistema é muito pequena, sem restriges, e todo 0 head cedido ao fluido deve ser utilizado para um diferencial de pressio. Por outro lado, em outros sistemas, todo o head pode ser ulilizado para compensar as perdas por atrito provenientes do escoamento do fluido em tubulagdes longas, com nenhuma diferenga de press entre os reservatirios de suogdo e descarga. Nesse caso, a curva caracteristica do sistema na fig.1.6.1, 6a curva e, ‘uma pardbola passando pela origem. 0 transporte de fluido em longas distancias, através de gasodutos, & exemplo desse tipo de sistema. Se apenas parte do head desenvolvido pelo compressor ¢ utilizado para compensar perdas por atrito, a outra parte sendo necesséria para vencer um diferencial de pressio, © sistema apresenta urna curva caracteristica do tipo b. IP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Faloo Em alguns casos, imposigies de proceso requerem curvas head x vavao diferentes, Por exemplo, pode ser necesséria uma vazo constante do gis a pressdo variavel (devido a aumentos ocasionais de resisténcia do sistema), como no processo de alto forno, na siderurgia. A variago das caracteristicas fornecidas pelo compressor para atender ao sistema requer controls especiais, METODOS DB CONTROLE DE CAPACIDADE a) Variagao de rotagao Curvas tipicas head x vaziio em volume para diversas rotagoes so apresentadas na fig. 1.6.2. H Maxima 1 Eficiéncia + Sistema 7 105% 100% rpm / i 20% 0 Q FIG.1.6.2 - VARIACAO DAS CURVAS CARACTERISTICAS COM A ROTACAO. Com rotagio variével o compressor pode facilmente atender a demandas do tipo vaz4o constante, pressiio constante ou uma combinagio vaziio e pressio variaveis. Basicamente, a performance do compressor em varias rotages pode ser previsto pelas leis de semelhanga. A medida que a totagao passa a ter valores mais distantes do de projeto, 0 erro dessas leis se torna maior. 0 controle de capacidade por variagdo de rotagio é 0 mais eficiente, pois no introduz. perdas de enengia do fluido adicionais, ¢ além disso, para os sistemas comuns, a curva H x Q. de resisténcia do sistema coincide aproximadamente com a curva H x Q, do compressor para méxima eficiéncia de compressio (fig. 1.6.2.) em varias rotagees, Esse método de controle é bastante interessante para compressores acionados por turbina, contudo, no & coonémico em geral o uso de motores elétricos de rotor bobinado ou de corrente continua, ou o uso de variadores de velocidade hicrdulicos entre um motor de rotago constante e 0 compressor. BP CORSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco Deve-se ter em mente ainda que a variag’o de rotagdo de alguns acionadores pode levar a menor eficiéncia destes, b) Estrangulamento na suesgio Realizado através de uma vilvula borboleta colocada na tubulagdo de sucgao. Esse método de controle consiste, basicamente, portanto, em aumentar a resistencia do sistema para p » FIG.1.6.3 -CONTROLE DE FIG1.6.4 -HEAD E Poren@ia CAPACIDADE POR. NECESSARIA NO ESTRANGULAMENTO CONTROLE POR ESTRANGULAMENTO ‘Além disso, uma menor deasidade na entrada significa um maior intervalo de vazdes sem ocorréneia de surge. estrangulamento na suo¢o permite redugdes de vaziio até 50% a 60%. ou ainda maiores se a presstio do reservatério de sucgio ¢ muito baixa. Contudo, se essa pressio for menor do que aproximadamente 20 psig, deve-se assegurar que o sistema de vedagao iri funcionar a contente na eventualidade da pressio na entrada do compressor atingir a condigio de vacuo. 0 controle por esse método no ¢ tio eficiente quanto a variagio de rotagio, pois existe perdas de energia disponivel do fluido devido & expansio itreversivel na vilvula. Além disso, fazendo-se 0 cstranguamco da sco ou da descarga,» tempcatra de descarga do fio auentaerfcario pelo diagrama T x s como no estudo de controle de capacidade para compressores altemativos, fig 5.8.2). ©) Recirculagdo e descarga para a atmosfera 33 IBP CORSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reale de Faso As observagdes feitas no estudo desse tipo de controle para os compressores para 0s compressores alternatives também si vélidas para os centrifugos, com a excepo que no se pode descarregar completamente um compressor centrifugo através da recirculagio, independendo do superdimensionamento da tubulagao de bypass. Um compressor centrifugo operando em uma bancada de teste com os bocais de sucgao € descarga abertos ( sem diferencial de pressio, portanto), absorveré uma poténcia bastante alta, Além disso, se o gis for uma mistura com algumas fragdes pesadas que condensariam no aftercooler, & aconselhivel localizar a conexo para o ramal de recirculago antes do aftercooler, ¢ somente fazer 0 resftiamento apés misturar o gas de recirculagdo com o de entrada (fig. 1.6.5.) Valvula de Retenga Aftercoole Resfriado FIG.1.6.5 - RECIRCULACAO PARA COMPRESSAO DE MISTURA EM CENTRIFUGOS Esse esquema tem por finalidade manter 0 peso molecular do gis recirculado, pois um menor peso molecular do gas significa uma menor head fomecido pelo compressor. ‘A conexio para o ramal de bypass devera estar estar entre a saida do compressor ¢ a valvula de retengao na descarga (fig 1.6.5), para permitir ao compressor operar em um ciclo fechado, sem que haja retorno do gis do reservatério de descarga. Esse método € bastante anti-econdmico, pois embora a vaz0 fomecida seja reduzida, a poténcia requerida do acionador sera a mesma, perdendo-se a poténcia cedida para a compressio do gis recirculado. ‘Menores perdas podem ser conseguidas fazendo-se a recirculago apés alguns estigios apenas. Quando © ciclo de operagio de um compressor € tal que grandes vazbes de gas sio recirculados por Tongos periodos de tempo, interessante expandit o gis que recircula em uma turbina a gis de recuperagio (em geral de dois estigios), montada no mesmo cixo do compressor (fig.1.6.6). Dessa ‘maneira, se consegue recuperar uma grande parte da poténcia que seria desperdigada na recirculagdo. Contudo, quando nao exisie gas recirculando, o emprego da turbina implica em consumo adicional de poténcia. Portanto, um estudo econdmico cuidadoso deverd ser feito antes da adogdo desse equipamento. 3a oP CORONERS RARIONCE DE cRANDES doe ‘tr i Furbina de, ecuperaga FIG.1.6.6 - RECIRCULACAO COM TURBINAS DE RECUPERACAO 4) Palhetas guias na entrada do compressor Estas realizam duas ages ~ Reduzem a pressdo na entrada do compressor (como no estrangulamento da suogio), aumentando a ‘vaziio em volume na entrada para uma certa vazéio em massa de fluido. - Imp3em ao fluido uma pré-rotagio, que pode ser no sentido da rotagio do impetidor (fazendo com que o head fornecido pelo estigio para. uma determinada vaziio seja menor), ou emsentido contrério ao da rotagdo do impetidor (aumentando o head fornecido). Essa influéncia pode ser facilmente _verificada observando a expressio. 1 H= us Vey, 4] Vin 7 causa HH & Von & causaH a © fato dessas palhetas guias poderem alterar o triingulo de impelidor toma possivel a mudanga da performance do impelidor com um minimo de estrangulamento ¢ portanto com ume eficiéncia maior que a consegnida com o controle por estrangulamento da suc¢o, Palhetas guias variaveis podem ser colocadas na entrada de todos os estigios do compressor, mas é muito mais comum té-las apenas no primeiro estagio. ‘So bastante usadas palhetas guias fixas na entrada dos varios estigios apenas para dirigir adequadamente © fluido para a entrada do impelidor evitando choques © conseqiientes perdas de energia disponivel do fluido Como 0 uso de palhetas guias varidveis implica em uma redugo da eficiénoia mixima, pois mesmo totalmente abertas elas introduzem perdas de energia disponivel do fluido, ¢ também por constituirem um equipamento custoso, seu emprego s6 se justfica se & prevista operago em carga parcial durante periodos longos 25 IBP CORSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco guns tipos usam uma turtina de reago, colocada entre as palhetas guias e a entrada do impelidor do 1° estigio, com o objetivo de utilizar a enengia cinética do fluxo que vem das palhetas guias além da queda de pressfo através da roda. A capacidade de projeto e com palhetas guias radiais 0 fluxo através da roda é radial e niio exerce torque na roda. Como uma poténcia extra é necessiria para movimentar a turbina em todas as condig&es de operas os beneficios da turbina devem compensar essa poténcia adicional. ©) Palhetas ajustiveis nos difusores f) Palhetas ajustaveis nos impelidores ‘A complexidade ¢ o alto custo dessas duas tiltimas construgdes tomam seu uso bastante raro. Na Europa, © alto custo da energia e combustivel em relacdo & matéria-prira e mio-de-obra justifica tipos de controle ‘mais elaborados para economia de poténcia. Os métodos mais comuns, portanto, de controle de capacidade si = variagio de rotago ~ estrangulamento da suegio - palhetas guias na sues Apresenta-se a seguir uma comparago entre as eficincias dos diversos sistemas, feita pela COOPER- BESSEMER. A 1 \D onto de projeto, pe proj N rom H'= 80% Y= 80% Qy pontode trabalho nN 1pm’ ‘TIPO DE CONTROLE ‘MULTI ESTAGIOS, 36 TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinalde de Felon ‘Variagao rotagaio estrangulamento descarga estrangulamento —suogio palhetas guias sucg3o 1° estigio palhetas guias suegdo todos estigios 1.7 Operago em Capacidades Menores que o Limite de Surge Fazendo-se 0 estrangulamento da sucgio ou uma diminuigdo da rotagdo do compressor, a vazio correspondente ao limite de surge € reduzida. Em certos casos, porém, é desejavel a operagdio em vazdes ainda mais baixas. ‘Além disso, na partida do compressor, dependendo das caracteristicas do sistema, ¢ comum a ocorréncia de surge, chegando a destruir o sistema de selagem se houverem partidas freqiientes. O sistema de vedagdio por selo mecéinico é nesse particular mais sensivel que aquele por labirinto. ara operar abaixo do limite de surge, os compressores so em alguns casos dotados de um ramal de recirculago (ou descarga para a atmosfera, no caso de compressor de ar) com uma valvula de controle. A recirculago ¢ controlada de tal maneira que a vazio de fluido que passa pelo compressor, que é asoma das vazies para recirculagao e para consumo, seja maior que o limite de surge (fig. 1.7.1) —_Yy, 1 IBP CURSO - PERFORMANCE DB GRANDES MAQUINAS. ‘sor: Retna de Paco Q > @A-Q@ Q - Limite de surge Q - Vaziio para consumo Q-- Vaziio recirculada FIG.1.7.1- SISTEMA DE PROTECAO CONTRA SURGE Em compressores de processo a recirculago é controlada automaticamente. A instrumentagdio necesséria em um esquema bésico esti mostrada na fig.1.7.2. Um transmissor de diferencial de pressdes de alto “range” mede Ap, € 0 seu sinal de saida se toma o sinal medido para o controlador de surge. Um transmissor de vazio, aplicado a tubulagio de suceo do compressor através de um clemento primario (ventura, placa de orificio), envia um sinal h proporcional ao quadrado da vazio em volume na sucgo a uma estagao onde ele & nuitiplicado por uma constante C bem determinada, transformando-se assim no set-point do controlador de urge. Como sio pares (H, Q,) comespondentes ao limite de surge para varias rotagies sfio pontos de funcionamento aproximadamente semelhantes, tem-se ento que a flung TI = H (Q,) correspondente 20 limite de surge & do tipo. “02 H=C'Q, Pode-se entio mostrar facilmente que uma relagao linear Ap = Ch aproxima bastante bem a condigéo de surge para as virias rotagdes. Uma fiungdo desse tipo apresenta inclusive uma certa margem de seguranga em relagiio & real condigio de surge. Assim é usado em geral um controlador do tipo p + I para essa aplicagiio. Observe que a fungio H = C' Q’y para a condig&o de surge ¢ valida para um sistema de controle de capacidade por variagdo de rotagiio. Quando o sistema de controle é por estrangulamento na suc¢do ou pelo uso de palhetas guias variaveis, essa fungdo € diferente ¢ deve ser determinada, para se poder estabelecer com boa aproximago uma relago A ,= A, (h). 3 sistemas de controle de surge usados na pritica utilizam ainda elementos adicionais para introduzir no set-point do controlador corregdes devido a variagiies da temperatura e do peso molecular do gis. 38 |IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Relnalda de Falco FIG..7.2- SISTEMA AUTOMATICO DE RECIRCULACAO PARA PROTECAO CONTRA SURGE Em compressores de varios estigios, quando existem intercoolers com remogio de condensado, existe necessidade de protego contra surge na entrada dos varios estigios, pois a vazio de fluido iré diminuindo de estigio para estigio. Quando no houver resfriamento do gis recirculado, o bypass nido pode ser feito durante muito tempo, pois a temperatura de descarga poderia aumentar demmasiadamente. Além disso, observe que @ recirculago, aumentando a temperatura do gis na entrada do compressor, diminui a presstio de descarga que 0 compressor € capaz. de fornecer para um determinado head. 39 a IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. utor: Rebwalda de Fao VERTICALLY SPLIT CASING FIG..8.1.b - CARCACA DE UM COMPRESSOR CENTRIFUGO DIVIDIDA VERTICALMENTE ‘A carcaga de um compressor centrifugo pode ter duas variagées construtivas (fig. 1.8.1): - dividida horizontalmente, em um plano que passe pelo exo - dividida verticalmente, emum plano perpendicular ao eixo Do ponto de vista de manutengo a carcaga dividida horizontalmente & mais interessante, pots 0 acesso 40 conjunto rotativo & mis fil. Contudo, esse tipo de carcaga tem presses de trabalho limitadas devido & dificuldade de vedagio da jmta horizontal. Com essa carcaga compressores pequenos (até 8.000 ACFM ‘ou 13600 m/h) podem ter pressdes de descarga de até 750 psig / 51 barg e compressores grandes (200.000 ACFM ou 340,000 mv) até 200 psig / 13,6 barg. {Quando o gis contém componentes rito Jeves (Ha, He, CH,), com grande poder de difistio, o emprego ddesse tipo fica limitado a determinados valores da pressao parcial do componente leve. Com carcaga dividida vericalmente, compressores menores (até 5000 ACEM) podem trabalhar com pressbes até 10.000 psig ¢ compressores grandes (130,000 ACFM) até 650 psig (0 compressor centrfigo de um modo geral tem ainda presses minimas limitadas, devido a - sistema de selagem do eixo, principal fator limitante. SSESEEEEE (| BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Auta: Reinaldo de Paleo - velocidade méxima do gis - conforme sera visto, a relagio de compressio que um compressor & capa. de fomnecer para um gés em determinadas condigiies & fungi da rotagao do impelidor. Sendo a rotagao 1imitada para no causar velocidades do gis iguais ou superiores velocidade do som, a pressdo também €restrta a valores maximos. AKZRT - estrutura mecfinica do impelidor - também causa limitagao da rotagtio. Em geral, os fabricantes usam um valor miximo para a velocidade periférica do impelidor (tipo speed) para levar em conta também ai influéncia do diametro do impelidor nas tenses que surgem na pega. Deve-se ainda acrescentar que, qualquer que seja a reparagio da carcaga todos 0s bocais de suogo, descarga ¢ intermedirios, sip integrais com 2 carcaga. 0s compressores bipartidos inorizontalmente so geralmente feitos de ferro fundido, ferro findido nodular ou ago findido, dependendo das pressdes, do tipo de gis ¢ das especificagbes envolvidas No caso de gases téxicos ou inflamiveis, as faces de contato da carcaga pode ser fabricados com sulcos que permitem um vazamento controlado desse gis ou mesmo para injego de gas inerte como elemento auxilar de vedagao, ‘AS carcagas bipartidas verticalmente, ou carcaga tipo "barr" sfio geralmente feitos de ago fiundido ou, no caso de altissimas pressdes, so feitas de ago forjado, com os bocais de suogdo descarga soldados a0 ‘Todo conjunto rotativo mais difusores, mancais ¢ sclagem stio montados previamente, foram do barril, ¢ em seguida introduzidos dentro da carcaga, através da abertura do flange cego lateral. 0s dois tipos de carcaga, acima descritos stio fixados nas fundages, no plano da linha de centro para cevitar dilatagdes térmicas diferenciais durante operagdo (supported at the horizontal centerline). 0s difusores e canais guias so geralmente fundidos ¢ sem pas. Alguns compressores de alto "head" por estigio usam dif sores com pis, 0 que aumenta a cficiéncia, mas diminui a faixa estavel de operagio, aproximando os limites de "surge" e "choque" do ponto de projeto. O eixo é sblido, fabricado com ago forjado, sendo os impelidores montados com interferéncia, através de aquecimento no instante da montagem e, seguros ainda ao eixo pela introdugo de pinos radiais, 42 {IbP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS dur: Retna de Flo {mpaller.y iithiiwelded: shrouds. Impeller with’ tivoted shrouds. FIG1.8.2 43. {ISP CUKSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinalde de Faico {BP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Aor: Reinaldo de Faieo Moderate tip speed. High-head, back-to-back High-flow, doublé-flow FIG.L.8.3.b ee AS. [BP CURSO » PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Astor: Reinalda de Fao Outros fabricantes preferem simplesmente o enchavetamento dos impelidores ao eixo. Os impelidores podem ser fabricados por soldagem, fundicZo, rebitagem ou usinagem, dependendo das tenses a que o ‘material estaré submetido, do tipo de gés comprimido e do tamanho do impetidor. Os impetidores soldados podem ser fabricados por soldagem das palhetas aos dois discos, ou por soldagem de um dos discos em palhetas previamente usinadas em um disco forjado. Impelidores de pequena largura apresentam dificuldades para soldagem e para controle de qualidade dos fimdidos, sendo fabricados através de rebitagem, ou processos especiais de soldagem. Para impelidores de grande largura, as pas séio torcidas (tipo Francis), 0 que nfio acontece para os impelidores estreitos, onde em geral as pis sio rebitadas e retas Em geral, cada impelidor é balanceado estatica e dinamicamente, assim como todo 0 conjunto rotativo. O conjunto rotativo ¢ também testado a velociiade excessiva (overspeed test). Quando a capacidade do compressor é controlada através do sistema de palhetas guias na sucgo, estas si conectadas com o sistema de controle de pressio (ou vazdio), sendo estas palhetas montadas através de Pequenos cixos em buchas auto-lubrificantes. O dngulo (posicionamento) dessas palhetas,¢ ajustado através de alavancas presas a0 eixo da palheta e, ligados a um anel que se movimenta, acionado por um servo mecanismo, comandsdo pelo sistema de controle. 1.8.2, Dindmica do rotor e mancais radiais Os turbo-compressores, de uma maneira geral, operam em rotagdes maiores que as respectivas primeiras rotagdes criticas, o que leva seu comportamento dindmico a depender da forma do rotor, massas da estrutura de suporte do rotor, elasticidade do filme de leo lubrificante no mancal, o que toma essa andlise bastante complexa, sendo que os fabricantes de grandes turbomdquinas possuem programas de computador para simular ¢ analisar 0 comportamento dindmico do rotor, buscando produzi-lo de maneira adequada ¢ livre de vibrages excessivas. Existem varias critérios para limitago do niveis de vibragio das turbomiquinas publicadas por diversas instituigdes e companhias de engenharia, mas deve ficar claro que isto ndo é suficiente, sendo necesséria ‘uma monitorago e acompanhamento do aumento das vibragdes com tempo de servigo, sendo esta urna indicagao efetiva do estado da miquina. Devido aos problemas de dindmica do rotor, a selegio adequada do mancal radial se toma de grande importincia, sendo mais usados 0s tipos "limio" e "segmentado" A ains0r LEMON TYPE SEGMENTAL TYPE, {BP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Astor Reinaldo de Fateo Journal bearings Standord Liner Typo ‘These bearings are commonly used invary large low-speed compressors. External horizontally-spiit bearing housings permit easy access to journal bearings for inspection or maintenance. The small, lightweight paris are easy-to-handlo and inex- pensive off-he-shelf toms, Standard fred liners ace accurately machined land require no soraping or tedious field-iiting, All Eliott multistage compressor journal beatings are sesigned for torced-feed, positive pressure lubrication. ‘Standard ner typo a =, is ‘Sura: basing fatainars wi Dam Type Athigher speeds, with longer and ‘and resonant whip can cause ‘Unstable operation of the rotor result in accelerated bearing wear. In many inetances these problems ean be resolved by machining “dams” in the stancard bearing liner. By converting ol fim velocity head into static pressure, these dams hold the rotor in a fixed position. This bearing styla is standard on shedium size Elliott compressors. Tilting Shoe Type This is an even more sophisticated bearing. is ive tilting shoes (or pads) form an intarrupted bearing that dis- ‘courages resonant frequencies ant keeps the shalt smoothly centered in ite cunning position. A temperature Sensing thermocouple can be in- serted intoone shoe asillustrated. | This style is standard on the emalies | size, high-speed Elliott compressors. |_ FIG. 1.8.5 47 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reina de Paleo siting shoe win Werinogoupie nso tipo segmentado & mis usado para compressores de alta rotagio, da ordem de 8000-10000, ou compressores onde a carga dos mancais é pequena ou ainda quando comprimindo pases muito pesados (alto pelo molecular), Compressores, operando a altas pressdes, tém como problema adicional o fato de um pequeno desequilibrio das pressdes radiais provocar altas forga, que so melhor amortecidas, quando 0 mancal é do tipo segmentado. 1.8.3 Esforco Axial e Acoplamento do Rotor © esforgo axial nos compressores é quase totalmente balanceado pela presenga dos tambores de balanceamento em uma ou ambas as extremidades do rotor. © tambor ¢ provido com tiras de maneira a formar um labirinto, girando com pequena folga em relagdo a0 ane! estaciondrio para a carcaga. 48 IBP CURSO » PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Renaldo de Faloo Pressao Decarga Pressao Decarga Pressao FIG18.6.a oe ea Ine cuRso :RFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Rena loo BATANGEARENT YY VILLA VAR NS Ups “Dy dN VAY SS LZ Ss SAS RAS can oe SSS zB, Z| Jee) SUA AREA NAO BALANCEADA QQ) ¥ GZg [KEK eS =, TAMBOR DE A BALANCEAMENT AREA AREA FIG.1.8.6b IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor Reinaldo da Falea esforgo axial remanescente, criado quando 0 compressor opera fora do ponto de projeto ou devido ao atrito nos acoplamentos, ¢ absorvido pelo mancal axial, localizado ma caixa dos mancais Normalmente sio usados mancais de deslizamento com pastlihas feitos de metal branco ("babbit"), projetadas de maneira que todas as pastthas fiquem submetidas mesma carga. Em alguns casos so usados mancais axiais de dupla ago que podem suportar esforgas nos dois sentidos, quando existe possibilidade de esforgo axial atuar num sentido ou noutro. Deve-se ainda ressaltar que determinados fabricantes so contririos ao mancal de escora de dupla agiio, achando que o sentido do esforgo axial deve ser bem determinado, sob pena de usar um mancal maior, nao sendo assim necessaria dupla agdio, que s6 traria incovenientes, porque a parte no operante ficaria vibrando ¢ se danificaria devido 4 falta de carga FIG. 1.8.7 51 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Renaldo de Kaleo Thrust detector FIG.L.8.8 Quando o acionador e o compressor possuem seus proprios mancais axiais, deve-se usar um acoplamento fiexivel do tipo engrenagens ou de lamina flexivel,para permitir a dilatago dos cixos com o aumento da temperatura. 3s incovenientes dos manczs flexiveis, principalmente os de engrenagens (mais usados) sic 1) Possibilidade de falha total se houver falta de lubrifcag.io (por exemplo, entupimento das passagens de 6leo devido & poeire); 2) Problema associado com o travamento dos dentes do acoplamento, fazendo com que o esforgo axial sobre os mancais scja aumentado. tL QE: FIG18.9 52. LIBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘tor: Retna de Paleo O esforgo axial ¢ calculado como sendo o produto de um coeficiente de atrito pela forga normal N= Torque. d F westoaxit =. FN Para eftito de dimensionarento, 0 API-617 diz que j1 deve ser 0,25 (Esso Basic Practice recomendada 0,3) mas a verdade é que 0 coeficiente atrito vai crescendo com o uso, devido aos problemas de “pitting” nos dentes das engrenagens. Faxial = Fatritoaxial+ Af A = desbalanceamento hidréulico residual Por esses inconvenientes ¢ considerando-se a dificuldade de se encontrar no mercado acoplamentos flexiveis para grandes potincias ¢ rotagdes, alguns fabricantes usam acoplamentos rigidos (s6lidos), cevidentemente neste caso haveria somente um mancal axial para todo o trem de méquinas para permitit que © rotor possa se dilatar em um sentido. Para compressores acionados a turbina a vapor, © mancal axial pode ser localizado no exo da turbina. Com compressores acionados através de multiplicadores de velocidade (caso do motor), 0 esforgo axial pode ser transmitido do compressor para o mancal axial do acionador através do uso de um multiplicador, especialmente projetado para transmitir esse esforgo. FIG.1.8.10 53. {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco 1.8.4 Selegio de Material Nas aplicages quimicas de um modo geral, cuidados especiais devem ser tomados quando da selego dos materiais das pecas componentes do compressor. Essa selegio depende da natureza do gits comprimido, das condigies de operagao e se o gis é seco ou timido. A tabela anexa nos da algumas indicagdes dos materiais de acordo com o gas ¢ a aplicagao. Materials of Construction TABELA 1.8.11 [7 SERVICE, AIRLP aMer — | ARHP wercas | corrosive | rerrucerart | H,-REFORM Gas. ONG - 0" casING cast ton Nod Cat | Cast Stt casio’ — | Castro cast Ford CaaS | Cast Sea! Niet (Ca Silos Sel partion — | cast ton [cast —_| custom! cation — | Catt cation cat toa WALLS(R) Nod. Cat Cast Ste! Cas hon Cut Stainles | NiStet Se BLADE Nodcet — |Nodcat — | Custom! Nok Cat | Nod Cet Nod Cat [CARRIER (A) | ion kee Nod Cut io Iw! ren Iwo CaaSuines — | Cast Se Niet SHAFT sMsed — [swised | sMseit sMsed | SMSeet Piste SM Set Stinks St IMPELLERS ® | AlluSiet | AlbySmet | Alby Stet AlloySied! | AlloySee’ | AlloySwev | Alloy tet Soules St | Stine | Nii BLADES(A) | AloySuet_ | AlbySuet | oy Seat ‘Aly Sea | Alloy Sua Ay Se | Alloy Sa Sains. | Sikes. Nise! SHAFTSEAL | LAB Lap LAB tapeRM |iapipc — |FRM BR FRM LAB: Labyrinth seals / F.R.: Floating ring seals / M: Mechanical seals / B.G.: Buffer gas TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco 54 Para a maioria dos gases, a carcaga ¢ 0s diafragmas ndo constituem grandes problemas de material porque as tenses nessas peras no so muito grandes. Porém as tenses nessas pe¢as no si muito grandes. Porém as partes rotativas, como impelidores, estio sujeitos a altas tenses ¢ portanto o material deve ser especial _ Assim, para esias partes, usa-se em geral agos com 10% a 18% de cromo que dao boa resisténcia a corros3o e tem como vantagem adicional o fato de que sua resistencia mecdnica € boa ¢ ‘permite portanto a sua utilizago até altas velocidades periféricas, Existem certos casos, nos quais a utilizagiio de agos liga somente ao cromo nao satisfaz, devido a alta agressividade do gis, nesses casos se fazem necessirias adigdes de niquel ¢ molibdénio. Fsses agos so particularmente resistentes 20 ataque de Hl, mas tem como uma menor resisténcia mecdnica, necessitando portanto trabalhar com velocidades periféricas menores. Além disso, esses materiais mais nobres encarecem evidentemente o custo da maquina. Uma outra aplicagio muito importante & nos casos em que temos HS no gis, 0 que pode provocar corrosiio sob tenso. Em compressores que trabalham com gases ricos em Hy 2 altas presses ¢ temperaturas, existe a possibilidade da difusfio do hidrogénio atémico através do ago causando o fenémeno de empolamento por hidrogénio ("hidrogen embrittlement"). Resumidamente, 0 que acontece que 0 hidrogénio combina-se como carbono do ago, formando metano que tem molécula maior que o tomo do hidrogénio. Com isso, esse metano no consegue mais dif undir-se através do ago, criando uma zona de alta pressio dentro do G0, 0 que pode causar a desintegragZio do material. Por isso, o carbono de ago nestas aplicagdes deve ser ccombinado com elementos formadores de carbonatos tais como: cromo, vanidio e molibdénio. Em compressores em que existe 0 resfriamento intermediério, cuidados devem ser tomados para evitar condensagiio ¢ mistura desse condensado com impurezas, como por exemplo $0; que causariam ataque do material ara evitar estes problemas, seria adequado trabalhar com temperatura da agua de refrigeragio mais alta para evitar que 0 ponto de orvalho seja atingido, o material usado deve ser especial para resistir a corrosii, 0 sistema de eliminagao de condensado deve ser eficiente. {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “butor Reinaldo de Raleo DEMATEI IRMALMENTE UTILIZADOS TABELA 1.8.12 COMPONENTE MATERIAL CARCACA BAIXA PRESSAQ. Ago fundido ou ferro fundido modular ALTA PRESSAO ‘Aso fundido ou ago forjado Ago carbono (AISI-C1045), ago inoxidavel 18-8, EIXO ago liga AISI- 4340 forjado IMPELIDOR (DISCO, TAMPA | Forjados: SAE 1040, 1045, ASTM 2-294 B4, E PALHETAS) ag0 inoxidivel 18-8 _ou AIST 4340 REBITES Ago AISI tipo 410, ou como acima ‘NAO RESFRIADOS Ferro fundido, ASTM - A48 - Cr30 DIAGRAMAS RESFRIADOS Ferro fundido, ASTM - A48 - C130 PALHETAS GUIASNA SUCCAO Ferro fundido, ASTM-A48 - CL30 LUVAS DE EIXO Ago AISI 1010, ou ago liga LABIRINTOS (INTERNOS, EIXO) Aluminios, chumbo (ASTM-B-23 G8 alto chumbo) ou ago inoxidavel SELOS. Bronze, carbono ou metal branco MANCAIS (RADIAL,AXIAL) IB CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘dor: Reinaldo de Foo Corpo de ago revestido com metal_branco (babbit) 1.9 sistemas de selagem e Lubrificagio_ COMPRESSORES DINAMICOS EM GERAL Basicamente os tipos de selagem utilizados podem ser: 1.9.1 Para Aplicagdes de Baixas Pressdes 1.9.1.1 Labirintos Usados principalmente para compressores de ar (por exemplo, sopradores centrifugos ou axiais para indiistria siderdrgica ou unidades de craqueamento catalitico de petréleo). um sistema bastante barato, mas que permite um certo vazamento de gis para atmosfera, ¢ por isso mesmo 86 pode ser usado em compressores de ar ou gases baratos, nio tOxicos ¢ nao inflamaveis. (Ver figura anexa). ZZ ANNULUS HAY at ADDED for aureering on EDUCTING Mipplifd “ eA uw STAGGERED TYPICAL CLEARANCE Hi 10 TO 018 strait FIG.1.9.1 2 57 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Renaldo de Faleo 1.9.1.2 Anéis de carvao ‘Uma segunda altemativa para os casos de selagem mais simples e de compressores de baixas presses, seriam os anéis de carvao (ver figura anexa), que podem ser adaptados para funcionamento com injogo de gis inerte ou mesmo deo como auxiliar de vedago nos casos de maior responsabilidade SCAVENGING PORT MAY BE ADDED FOR VACUUM APPLICATION PORT MAY BE ADDED FOR SEALING INTERNAL GAS PRESSURE FIGL.92 58. BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reina de aio 1.9.1.3 Labirintos com injegao de gis inerte Usados em sistemas em que nfo se pode se admitir qualquer vazamento, como por exemplo, nos casos ‘em que se comprime gases toxicos ou inflamiveis. O sistema consiste em injetar-se gas inerte numa cmara entre duas sepSes de labirintos, conforme figura abaixo, Teta CLEARANCE 10,70 1s snterwean IK RAZZ sto sreene GS PRESSURE FIGA93 gis ¢ injetado a uma ligeiramente superior reinante no compressor de tal maneira que existe um Pequeno fluxo de gis inerte para dentro do compressor. A outra parte do gis escoard livre de contaminago para a atmosfera. Esse sistema exige portanto, uma fonte de gis inerte confiavel e barata, além de um sistema de controle de diferenga de pressdo entre o gis inerte e a pressdio do gis no interior do compressor. A grande vantagem desse sistema 6 o custo relativamente baixo, comparado com o sistema de selagem a 6le0 que veremos a seguir. 0 gas usado como auxiliar de vedago pode ser nitrogénio ou um gis qualquer de processo seco, no corrosivo, do qual possa-se tolerar um pequeno vazamento para a atmosfera. 1.9.1.4 Labirintos com ejetor Apresenta mais ou menos as mesmas vantagens do sistema de injegio de gas inerte, ou seja, a simplicidade (poucos componentes mecénicos) ¢ baixo custo. Consiste basicamente de um ejetor retirando uma pequena quantidade de gis de uma cémara entre duas segdes de labirintos de maneira a manter pressio buixa garantir que no haveri vazamento para atmosfera, conforme esquema a seguir. {ISP CUKSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor. Renaldo de Paleo ‘Nevessita, no entanto, de gés limpo e seco além de provocar uma certa perda do gis motor que sai rmisturado com o ar e deve ser jogado para chaminé ou “flare”. 1.9.2 Para aplicagdes de altas pressdes - filme de dleo Tem sido este o sistema mais usado nos compressores de unidades de F.C.C. em refinarias de petréleo. Consiste basicamente de injegdo a oleo & pressio um pouco maior do que © gas, numa camara intermediria, escoando parte do éleo sem contaminago de volta ao reservat6rio (sistema fechado) ¢ a parte que entra em contato com o gis sai pela linha de drenagem. INNER BUSHING OAS we ‘OUTER BUSHING ‘SEALANT IN INTERNAL GAS. ATMOSPMERE INNER SEALANT { outer staLANT BEAT TO TAN — sexuans our BRAIN ) eronat) FIG. 1.9.5 ea {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “ator: Renaldo de Falco halenced unbaanced {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Astor: Rinaldo de Paleo Evidentemente, a diferenga de pressio_ A, entre dleo € gas ¢ mantada constante através de um sistema de controle de nivel (ver esquema anexo) ¢ quando maior oA , usado, maior sera 0 consumo de dleo (dleo ‘contaminado) 0s elementos de selagem neste tipo de sistema podem ser: ~ angis flutuantes (floating rings) - selos mecnicos (mechanical seals) ~ variagdes dos modelos acima, dependendo do fabricante do compressor sistema com anéis flutuantes consiste: na montagem de varios anéis colocados em série com folga da ordem de 2,0 mm em relagio ao eixo, permitindo a formago de um filme de dleo entre o anel € 0 eixo, com um ligeito escoamento desse 6leo até encontrar com o gis na cdmara de coleta do gis de referéncia. (Os antis sfo construidos em geral com ago carbono revestido de metal patente (metal branco ou “babbit") «¢ pode ser projetado basicamente de duas manciras: liso e espiralado. © objetivo da construgio espiralada € fazer com que a espiral tena um certo efeito de bombeamento contrario ao fluxo de leo, aumentando assim a perda de carga do escoamento e diminuindo o consumo de 6leo que nesse tipo de setagem & muito alt. Por outro lado, a folga entre o anel e o eixo faz: com que esta selagem seja menos sensivel a problemas de vibragio e alta velocidade periférica que os sclos meciinicos. Além disso, seu custo inicial é menor. 40s selos apresentam um consumo de éleo muito menor que os anéis flutuantes e possuem um consumo rmulo quando o compressor esta parado. Em compensagio, sto mas caros e mais sensiveis & vibragoes. Em geral o limite de velocidade perifrica para aplicagdes de selos mecdnicos fica em tomo de 90 m/s, a no ser casos especiais, com projetos mais sofisticados que podem trabaihar com velocidades periféricas maiores. {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Paleo SEALANT OUT heerensat GAS PRESSURE snare SLEEVE 2 PUMPING AREA outer ~ BUSHING SECTION p Bo sce g wose INNER SEALANT Dae? ouzER staLANT TO TANK OR TRAP, DRAIN SEALANT 18 FIG.A.9.8 Exemplo comparativo do consumo de dleo x rotagdio para diversos elementos de selagem para um dado didmetro de cixo Ay. IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinaldo de Faloo 1.9.3 Sistemas de dleo de selagem e lubrificacao O sistema de sclagem com injegdo de Sleo pode ser visto nos diagramas anexos, aparecendo o sistema de selagem ora isolado, ora combinado com os sistema de lubrificagao. sistema de selagem separado do sistema de lubrificagaio aumenta de maneira sensivel a seguranga ‘operacional, evitando a cortaminago do éleo lubrificamte pelo gis. No entanto, essa separayao aumenta brutalmente o custo da miquina, devido & necessidade de dois sistemas completos de dteo, com bontbas, filtros, resfriadores, reservatorios, etc. © A jentre a pressio do dleo de selagem e do gis de referéncia € controlado através de uma coluna de 6leo cujo nivel é controlado num tanque elevado através do posicionamento da valvula de controle & saida da bomba como mostra a figura seguinte. 65. {BP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reialdo de Foleo combined lubri ting and sealing system {I8P CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS tor: Reinaldo de Feo ‘Notamos no esquema anterior, a existéncia de um contato do leo com o gas. Isto niio é conveniente no caso do sistema combinado de lubrificago ¢ selagem, pois a contaminagio do dleo poderia levé-lo a perder viscosidade e propriedades lubrificantes, tormando a lubrificagdio dos mancais diferente. A solu¢o seria a utilizago de um tanque que evitasse a contaminago, como por exemplo o tipo "bladder", ou a utilizago de um sistema misto de injegio de dleo e gis inerte, utilizando tanque elevado normal CHARGE GAS [amor sence paain 10 RESERVOIR bit our om iw FIG.L.9.11 62. IP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Retna de Feo Quanto ao sistema de lubrilicago em si, os "standards" do "American Petroleum Institute" exigem que a ‘bomba principal de leo seja acionada por turbina a vapor, enquanto a bomba reserva deve ser acionada a motor elétrico. O API recomenda ainda um reservatorio de dleo para permitir que uma certa quantidade de 6leo vi para 0 mancal enquanto a méquina desacelera quando de uma falta stibita de vapor e/ou letricidad Alguns fabricantes preferem usar bomiba principal de 6leo acionada pelo proprio eixo do compressor ou acionador, com bomba auxiliar acionada a turbina ou motor elétrico, evitando assim 0 uso do tanque clevado, pois mesmo durante a desaceleraso, haveria uma certa quantidade de leo sendo jogada nos mancais, quantidade essa que vai diminuindo com a rotago do compressor. Esse sistema tem evidentemente um custo menor, mas tema desvantagem de, no caso de avaria na bomba principal de 6leo, ser necesséiria uma parada do compressor. BE eee IAD CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinoldo de Falco Shafi seals One of the most important atierences Senween air and gas compressorsis imine arent sealing, A compress ‘re usually employ simple labyenth Seals, ore elaborate seating syziems ‘aeplotve,corrasva, toric, 100 ex Eanawo ts love a the almosphere, of ‘whieh simply mustaat be con- {aminatad with a Function of compressor seals sto Taalnia the pea steam om ine aiT0s- [here and irom the Journal bearing Bepencing unon the appicatin, tne Seals maybe either ery labyrinth, fearon ring 790) oF of positive ‘Sesign employing seal oi. Al soa dy the ejection or injacton ‘eses, ‘whatever the apprcation, oF tho 93 ‘boing handled Eliott olore wide arinty of earvce-tested 8038 2 ‘pana to tha [ad. These reno ‘nthe smoke labyrinin geal 1 me remy versatile and positive Eom tso Seats ‘somal the mars commonistses Enioweenaltepale ave biy don bed an ie folowing pages. Your Fipttesnvesentatve gan ‘orn ah do- Labyrinn Seal Labyzinth and Dry Carbon Ring tailed information on these ore tnany epesial moattcations ofthese basic eoaling systems. Labyrinth ‘Tis comparatively simple soaleye- {emis commonly used ia ew proseure ‘ircomprenzore of for procecs gas Sppicalions where leakage can be {Glerstec. complete separation from simoepnero ig required, ported it feral passages can be provided to permit the injection or ejetion of & Etter gas, or combination of injection and lection. Note that 2 replaceable steel sleeve amounted on the shaft Sealing is SSchieved by tho satanary Tine which fre mounted ona temmovsbio steel liner and aperato in close tolerance ‘th tha sive, Depending upon process requirements, many varla- figns ara availaie. For oxerpley tne tzbyrinin may be stepped oF Interloeking. Dry Cetbon Ring Tai vtition othe dry eal employs Stlabyrintna ess bost appli’ wna the gos boing handiod ig eean. The oa consists of several hgh cually FIGA9.12 69 IAP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS tutor: Reina de Foleo ccaroon rings posi: Slept spacers and axiai a2 Thisie a lowtenkeee yr be arranged wnt butler vw etactivaly separete i {Sompxessor from) ‘The tne crearances 0 design will oid eons ealunbi Lulr gas Garton rage ex0 proven fo a9 eapeuiat fraiistage contritugas fling ‘hiarina second ‘Sor a) labyrinth seals b) floating ring seals c) mechanical seals Shaft seals for SULZER Turbocompressors FIG.9.13 70. 7 seer ~ {BP CURSO - PERFORMANCE DH GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinalde de Falco Fiuvers: clean oil return purge gas ==- contaminated oi} Schematic flow sheets of seal oil systems: ahove: elevated seal oil tank with level control below: differential pressure control. FIG.L.9.14 n {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Altar: Reinaldo de Faleo FILTERS The lso-Carbon seal (ow and mediumpr For applications where no gas teak- age can be toloratod, this highly re- finod, positive seat has boon Froved Inhundreds of process gas ccmpres- sor installations. Tho Iso-Carkon seat is in use on more than 700 machines and has accumulated over 4,000 com- ressor-years of service in bolh clean and dirty gas service. Proseutized seat oll (normally eup- plied from the combined seal and tube oit system) is injacted into the seal as shown. Between the seal oll area and the gas zone is a me'sl- relnforced carbon ring. The ring is sandwiched between a stationary ing and a rotating seal ring, \J face of each of these ‘ground and lapped to a Hlainess of unusual accuracy, meas Tight bands. Because the carbon rings syeamet- sical, no net axial thrust is impaged ‘of the fing due to variations in all or ‘gas pressure, The system of springs Acting through the stationary sleeve thus can apply an accurately con- ‘trolled, fixed pressure between the three elements, slight tlow of seal oll takes place ‘ough the seal faces toward the gas ‘Bator Gag iB Esroon stationary shut Seal a a \ sure) zone provonting eny outward flow of gas. This flow, which is recoverable and does not enter the main gas against the carbon ring. Actual instal- lations have shown that even hydro gen does nol pass the carbon seal anc stream, is from gallons (19 litres) per enter the oil, day depending on size of machine It serves continually to flush the seal faces, discouraging the encroach ment of damaging abrasives. A series ‘of orifices around the circumference of tha seal diract cooling jets ofall T Pecans Gat ioe | FIG.L9.15 2 BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. ‘Autor: Renaldo de Fatoo In the outboard direction, a floating fing (or aseries of ngs, it seat cil pressure demandsit) breaks down Seal oil pressure to atmospheric Pressure. variation of this seal has been, applied using water instead of oil as sealing medium, Automatic Shutdown During idle periods, automatic do- vices will permit the seat oi! system fo be shut down even though the com: pressor is sll pressueized. Shutdown pistons automatically lock the seal fing when the gas pressure in the ‘comprassor excaeds seal cil pres- ‘sure, This feature ie ideal where Fiquid condensate may fil the ma- cchine, which is one reason way the Io-Carbon seal is so popular in re Inigeration service, Provision tor Bultering Exturnat buller gas connections are furnished as standardon all ma chines. When there isa preference for keaping Ine process gas Isolated from the oll or seal parts, sweet gas an be injected between the process ‘gas and the seal. Since very low dit- forontia! pressures are involved, the consumption of sweet gas is small Shaft seals ~ The Iso-Sleeve Seal ‘This s a positive liquid film seat suit- will provide adequate cooling for the able for very high pressure cequire- outboard breakdown sleeve in case ments where process gas mustbe of low differential pressure actos Confined within the compressor, the breakdown seal Effective seating is accomplished by Etiolt POS-e-SEP™ Oil Barrior feeding pressurized soaloll through For sour gos compressor installe- {the seal oil niet. Most of this cil is tions requiring separate lube and scat ‘broken downto atmospheric pros-__systems with absolute separation of Sure by aseries of babbitted, eating oli streams. Eliot offers the unique ‘broakdown sleeves. The ol ioro- Pos-e-Sep device, turned to the clean oll reservoir, The remaining oils forced through a close clearance sleave into the suc fion pressure zone, whera it opposes the outward leakage of process gas ‘and keeps the gas in the compressor. ‘This oils discharged via the con- taminatod oif Grain, There itis ro- plaimed or discarded, Where required, the procass gas can bo completely separated fromthe ‘seal oll by injection of butter ges. But- {or gas in contact with the oil snd olf apore will be removed with the con- taminated seat oil For seals designed tor high pressures sep oil barrier has a dou-~ “wind:back’ thread-type laby ‘but requiring lower oil pressures soparatod by a center annulus. The (during start-up, for example),it ie “wind-back’ threads are oriented. Fossible to inject oll between the such that rotation of the shalt creates floating breakdown seat sleeves. ‘a pumping action along the shat ‘This optional oll injection opering away from the center annulus in both Optio! Butor Gos secton | phe 4 Precwre | fated | Stoves di n Bier. VU Equi tad Sent Ou si so'socion FIG.1.9.16 73 IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Relnaldo de Fao directions, The ennulus connects at top dead center with the vent/butter port. This pert is normally furnished will'a simple breather cap, which permits the "wind-back" to induce as alr buffer tlow in both cirections, Should oil rom either side somehow {get to the contor annulus, itwill col- {oct in the cheek drain which leads from the center annulus st bottom dead cenior. The bearing and seal ‘chambers are vented to provent prossuro bulldup. ‘The amount of check drain oll wilt vary from) z0r0 toa few drops per hour. This ean be tun to asimple col- lection vessel for monitoring, or itear bbe run directly to the seal oil reser- voir. Either way, the customer is, ‘assured thal no sour seal ofl wi Tis way to the bearing oil system, is oe RAL “a muevateo) alc Separate Seal Oil System with Elevated Seal Oil Tank FIG.1.9.17 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘cor: Retnlo de Faleo AS RoFERENCE LN ALTERNATE ROWS usu NOTE oewTaaLavSteu 5 SHOR [IL PRESSURE ISLESS THAR GOVERNGR CHL PRESSURE ‘Combined Lube and Seal Oil System for Turbine-Driven Compressor FIG.1.9.18 {InP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Retro de Flo ce es Lube Oil System for Turbine — Driven Compressor FIG.1.9.19 16 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘hor: Reina de Palo 1.9.4 Selo Seco Numa explicago simples, 0 vedante consiste tipicamente numa FACE de anel yedante de carbono, colocada num retentor de ago inoxidavel, pressionada por uma mola contra uma BASE rotativa de carboneto, fixa ao eixo, conforme ilustrado na figura 1.9.20.a a seguir. ANEL ESTATICO DE ‘ANEL ROTATIVO DE. Facey (ASE) EXO ROTATWO FIG.1.9.20.a ‘A retengo do fluido € conseguida na interface radial dos anéis rotativo e estacionério por um método singular e engenhoso. As superficies vedantes so sobrepostas muito planas, mas 0 anel rotativo de carboneto tem uma série de rasgos logaritmicos helicoidais feitos na sua face rotativa. O perfil destes rasgos € mostrado na figura 1.9.20.b, que mostra também a nomenclatura associada com 0 desenho da DREGHD DA ROTAGHO FIG.1.9.20b cd IBP CURSO - PERFORMANCE DE. GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinaldo de Falco Com a rotagio, o fluido é puxado para dentro em diregao a raiz do rasgo, chamada a barragem vedante. A barragem vedante oferece resisténcia 20 fluido, aumentando a pressto. A presstio gerada levanta o anel de carbono separando-o do anel de carboneto de tungsténio uma distincia exata, tipicamente 3 micrones. O intervalo entre as faces radiais é definido quando as forgas de fechamento, ie a pressdo hidrostitica © a forga de pressio da mola, igualam as forgas de abertura geradas no interior da pelicula de fluido. Em condiges de equilibrio dindmico, as forgas que atuam sobre os vedantes podem ser graficamente representadas conforme ilustrado na figura 1.9.20.¢. FCFORCA. FO FORGA DE FECHAMENTO DE ABERTURA ———> FC-FOINTERVALO = <——___ F > APROX. = 0,0030M : ponon ne FUNCIONAMENTO DISTRIBUICAO PRESSAGDA MOLA NORMAL DAPRESSAO DA + HIDROSTATICA FIG.1.9.20.¢ A forga de fechamento, Fe, resulta da pressio do sistema mais uma forga de pressdo muito pequena da mola. A forga de abertura, Fo, resulta da interrupg0 de press do sistema entre a face ¢ a base, mais a pressdo gerada pelos rasgos helicoidais. Em equilibrio, ie quando Fc = Fo, o intervalo de funcionamento é, conforme ars mencionado, de aproximadamente 3 micrones para os tipos de fluido mais freqiientes Se se verificar uma perturtagio que resulte num intervalo de vedagao reduzido, a presstio gerada pelos rasgos helicoidais aumenta consideravelmente, conforme ilustrado na figura 1.9.20.d. iH FORGA INTERVALO MAJOR FORGA DE FECHAMENTO REDUZIDO DE ABERTURA FIG.1.9.204 78 BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘ur: Reinaldo de Feo Da mesma forma, se houver uma perturbagio que faga com que o intervalo aumente, ha uma redudo na press gerada e o vedante recupera rapidamente o equilforio, vs > >> Actor bE FORCA DE ronga be Wwremvato reSneaENTO aon ABERTURA FIGL.9.20.¢ O resultado deste mecanismo € uma interface de fluido muito estavel e, contudo, muito fina, entre a face estitica c a base rotativa. Isto resulta em que as duas superficies so mantidas afastadas e ndo se tocam em condigdes norris de funcionamento dindmico. Isto, por sua vez, produz um vedante fiavel de longa durago sem desgaste na interface Existem muitos principios que goversam o desempenho do vedante e apenas alguns desses principios sfio cexplicados nos pardgrafos anteriores. 79 {iP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘cor: Retnalde de Paleo eR Ar ‘i 4 2 ty T lhe ee Z ct Na“| | - Cee UL iti FIG.1.9.21 FIG.1.9.22 BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinaldo de Paton 1.10 instrumentagio e dispositivos de Protecdo A instrumentagao e os dispositives de protegao representam em geral uma grande parcela do custo incl do compressor, entretanto, a importancia desses equipamentos nio deve ser superestimada, sob pena de instrumentar excessivamente 0 compressor, dificultando a manutengo e calibrago desses instrumentos. ‘A manutengao de instrumentos requer pessoal especializado, e deve ser feita regularmente para evitar mascaramento das leituras Os dispositivos de protegzio usados para alarme e parada de emergéncia devem também ser testados calibrados regularmente para assegurar sua confiabilidade, além de evitar alarmes ou paradas indevidas. [AS especificagSes de instrumentagio e dispositivos de protegio variam de acordo com o tamanho & ‘mportincia do compressor n0 processo, além de depender do tipo da planta industrial em questfo. Normaimente os instrumentos e dispositivos de protegio deverio ser especificados pelo comprador nas folhas de dados. Na falta de especificagao, indicamos abaixo a minima proteso necesséria para um compressor centrifigo, 82. {INP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES ssiQUINAS “Autor: Renal de Feloo TABELA 1.10.1 ELEMENTO ALARME ] alta muito alta GAS temperatura alta muito alta descarga ressfio alta muito alta Condensado no pogo do intercooler nivel baixo muito baixo Pressiio baixa ‘muito baixa OLEO DO SISTEMA. DE LUBRIFICACAO nivel do reservatério baixo : nivel do dleo de selagem baixo muito baixa nivel de dleo no tanque elevado alto : temperatura de 6leo ou temperatura do metal alta : bomiba aux.funcionando sim - 1 alta perda de carga nos filtros alta. - vibragdo nos mancais radiais COMPRESSOR alta muito alta deslocamento axial grande muito grande 1 A tabela acima nao inclui, obviamente, as protepdes necessiirias ao acionador. {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Reinaldo de Falco 1.11 Definigio de Termos para Selecio e Especificacio de Compressores Centrifugos, segundo o API - 617 Os termos aqui definidos, encontram-se representados no grifico anexo: ~ Ponto de operagio nonal (B) - Eo ponto onde se deseja mixima eficiéncia ¢ corresponde 20 ponto de Cperagio mais freqiiente. © desempenho do compressor deve ser garantido nesse ponto, a menos que haja especificagio em contrério. ~ Ponto nominal (rated) do compressor (D) - E determinado pela méxima rotagdo e pela vazio nominal decorrente do projeto do compressor para atender todas as condigdes de operagao. ~ Rotaso normal - Fa rotapo correspondente ao ponto normal de operacgio. ~ Rotaio 100% - B a rotaydo comespondente ao ponto nominal do compressor (D). Essa rotaggo. pode ser igual ou maior que a rotago normal. ~ Rotagtio mixima contima - E 0 limite superior de rotagio do compressor. A menos que haja ‘especificagio em contrério, a rotagao méxima continua, para compressores de rotasio varidvel, devera ser 105% da rotago no ponto nominal do compressor (D) ~ Rotagtio de desarme (trip) para compressores acionados a turbina a vapor ~ Seri aproximadamente 110% da rotago maxima continua. ~ Rotagdio de desarme (trip) para compressores acionados a turbina a gis - Serd aproximadamente 105% da rotagdo méxima continua, ~ Bstabilidade - E o percentual de nudanga de vazio (referida a vazdio nominal), entre a vazio nominal e o onto de surge a rotacio nominal ~ Faixa de operagdo estavel (tumdown) - E 0 percentual de mudanga em vaziio (referida a vazio nominal), centre a vazio nominal ¢ 0 ponto de surge correspondente a0 "Head nominal", quando operando na temperatura de suogdo © composigao do gas de projeto. ~ Maxima pressio de trabalho da carcaga - E miixima press que pode se desenvolver no ‘compressor, nas condigdes mais severas possiveis. Seré portanto, igual 4 méxima presstio de sucgaio, mais a mixima Dressio diferencial que o compressor ¢ capaz de desenvolver no sistema, quando operando nas condigbes mais severas, ou soja, rotagio de desarme ou ponto de abertura da valvula de alivio ~ Maxima pressio de projeto da carcaga - E a mixima press intema para qual a carcaga & adequada, independente das condigdes de operacdo. ~ Ponto de projeto - E um termo que deve ser reservadio para uso do fabricante do compressor, e deve ter seu uso evitado pelo comprador. sSsesSESE a4 ee {IP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Auta: Reinaldo de Falco 20s 10512 5.8% ©1084. sreciren 110.9% +108 4.08 opener ‘COMPRESSOR RATED POINT / 1086 100K1.08 (05 assumeoy SPECIFIED OPERATING PONT THLET CAPRI “ ASSUMED VALUES FOR ILLUSTRATION ONLY FIG.LAL1 BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinalia de Felon 1.12 Operag’io de Compressores Centrifugos 1.12.1 Pré-partida ~ Drenar todo condensado do sistema, ~ Parti sistema de pré-lubrificagao e selagem com 10 a 20 minutos de antecedéncia, ~ Verificar queda de pressio nos filtros de deo, ~ A queda de pressdo nos fitros dove diminuir com o aumento da temperatura do 6leo. ~ Para permitir ao dleo esquentar o sistema de reftigeragdio do éleo, deve partir depois do sistema de lubrificagao. ~ No caso de compressores com diafragmas refrigerados, partir o sistema de liquido reffigerante ~ Vetficar se sistemas de proteyaio e controle esto aptos a operar. ~ Verificar se 0 rotor esta girando livre, girando-o manualmente, se possivel. ~ Todas 2s precauydes de rotina, da compankiae do fabricante do compressor devem ser seguidas 1.12.2 Partida 1.12.2.1 Compressor acionado a motor elétrico a) Sistema pressurizado ~ Estrangular valvula de succo. ~ Abrir a valwula de descarga (vélvulla de retengiio permancce fechada e a de revirculagaio aberta). - Partir 0 conjunto e esperar que a rotagio de trabalho seja atingida, passando pelos pontos 1,2 ¢ 3 da figura abaixo. ~ Abrir lentamente a vatvula de sucgo. ~ Colocar a valvula de recirculago em automitico. a6 {IP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Aor: Reine de Fateo ) Sistema som pressiio ~ Estrangular valvula de succao ~ Abrir a valvula de descarga ~ Abrir a vilvula de recirculagio ~ Partir 0 conjunto ¢ esperar que a rotag2o normal seja atingida, passando pelos pontos 1,23 do grafico amexo ~ Abrir lentamente a valvula de suegiio ~ Colocar a valvula de recirculagao em automiitico NORMAL caPACITY user FIG. 1.12.1 1.12.2.2 Compressor acionado a turbina a vapor a) Sistema pressurizado - Abrira valvula de suegio ~ Abrir a valvula de descarga (valvula de retengo permanece fechada). - Abvir a vélvula de recirculayao. ~ Partir 0 conjunto ¢ esperar que a rotagéio normal scja atingida, passando pelos pontos 1, 2 € 3 do gritico anexo. {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘ior: Reinaldo de Falco ~ Fechar valvula de recit 0. ~ Colocar a valvula de recirculagaio em automitico. ») Sistema sem presstio ~ Abrir valvulas de sucgio e descarga ~ Colocar valvula de recirculago em automiitico. ~ Perit 0 conjunto e esperar que a rotagio nonmal sejaatingida, passando pelos pontos 1, 2 ¢ 3 do Bric anexo. ‘do% SPEED 3 NORMAL CAPACITY Limit 80% SPEED’ HEAD {n)| 80% SPEED 0 capacity: FIG.1.12.2 1.12.3 Parada normal ~ Abrit valvula de recirculaydo (se a abertura da vilvula de recirculagdo é controlada pela vazio na Gescarga, quando a valvula de retengo fecha, a vilvula de recirculagdo abre automaticamente, caso a abertura da valvula seja controlada pela pressio de descarga, a valvula de recirculago deve ser aberta manualmente (durante a parada), ~ Parar 0 compressor. ~ Fechar valvulas de suego e descarga. ~ Manter sistemas de lubrifcacdo e reftigerago funcionando até 0 compressor estar ~ Manter o sistema de sclagem operando, até que o compressor seja totalmente drenado. a8 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor: Reinaldo de Fateo 1,13 Manutengo Preventiva Nio existe um modelo tnico de manutensio preventiva de compressores centrifugos, pois essa ‘manutengo depende da instal e do tipo de indistria Os itens abaixo selecionados server apenas como guia de manutengo preventiva e devem ser adaptados para cada caso em particular a : i 1. Drenar os reservatorios de leo de selagem e lubrificagéo. 2. Verificar queda de presséo nos filtros de leo. 3. Verificar os niveis de 6leo nos reservatorios de éleo hubrificante e de selagem, 4 Verificar a operagdo de todos os resfriadores de gis e seus separadores, além do sistema de climinagio de dleo de selagem contaminado, 5. Verificar as indicagdes de todos os instrumentos de processo e de protegio, verificando se no houve alguma alteragio brusca de leitura. 6. Verifcar os niveis de ruido em torno do compressor acionador e redutor. 39 IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor. Reinaldo de Fulon 7. Verificar visualmente se cxistem vazamentos de dleo, gés ou dgua, além de observar se niio existem eras soltas. 8. Veriflcar as quodas de pressdes nos fitros de admissio, “itercookrs",“altercoolers" e separadores intermediaios. 9. Observar 0 fluxo de éleo, através de visores, nas linhas de drenagem de dleo lubrificante e de selagem. B - Procedimentos semanais |. Verifcar a calbracio ¢ operasio de todos os sistemas de alarme ¢ patadas de emergéncia, através de testes. C- Procedimentos mensais 1; Realizar wma pesquisa de vibragdes em todas as caixas de mancais, inchuindo leinures de vibragoes do oko. As medidas devem incluir a vibragSo total ¢ também a amplitude de vibragio na freqléncia correspondente a rotagdo de trabalho. Se os valores medidos ndo forem satisfatorios, uma andlise 2. Testar a performance de todos os "intercoolers", “aftecoolers"” € reservatorios de leo para avaliar sua cficiéncia . A taxa de determinagSio dessa eficiéncia, determinaré o plano de limpeza. > Labrificar todos os mecanismos das vilvulas de controle e posicionadores das palhetas ins na suogdo 4 Otter amostras de Ole dos reservatorios de hubrifcagaoe selagem, para anilie pelo fomevedor do ‘i D -Manutengo em paradas 1. Desmontar 08 acoplamentos,limpar ¢ ubrificar. 2. Verificar 0 alinhamento de todos acoplamentos. 3. Limpar e inspecionar todos os maneais radiais. 4. Limpar e inspecionar todos os mancais axiais, 5. Inspecionar todas as passagens de 6leo, verificando se existem obstrugdes, lascas ou sinais de contato de metal contra metal 6. Remover a tampa da carcaca para inspegfo intema se necessério, 20 IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Reinaldo de len 7 Limpar einspecionar todo o sistema de 6leo de lubrificagio e selagem. 8. Limpare inspecionar todas as valvulas de retengéo. 9. Inspecionar as juntas de expansio. 10. Inspecionar, limpar ¢ lubrificar os redutores. 11. Verificar a calibragio de todos os instrumentos ¢ dispositivos de protego, 12. Inspecionar 0 acionador, segundo as recomendarées do manual do fabricante. 2. COMPRESSORES AXIAIS O compressor axl, ebora nfo sja um novo tipo de compressor, est ganhando atusmente uma grande gam de aplcagSes, entre as quai a de suprimento de ar para regeneradores de catalisador em arses de cracking cataltico, As razies para o crescente emprego na industria de compressores axis so vérias: ~ © anial é adequado pura grandes varies, indo de encontro, portant, as erescentes capacidades de rocessamento da industria. ~ Maior eficitncia que a do centrifugo, ~ Menores dimensdes, e portanto menores fundagbes, ~ Seles de acionadores mis econdmicos, devido as mares rotagBes possveis © & menor poténcia necesséria As limitagies para seu emprego so altas presses ou onde o seu maior custo i licagdes onde sejam necessarias relativamente baixas vazbes, icial no seja compensado pela economia de operagio. FIG.2.1.a - COMPRESSOR AXIAL 91. {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Reinaldo de Faieo ROTOR BLADES SHAFT y\ te Mt NIN ANTES CNS TINT. NG ee a ti aie ra KS FIG2.1.b ee 92 oe aay {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Attor Reinaldo de Faico PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DO COMPRESSOR AXIAL O ‘compressor axial é um compressor dinimico, caracterizado pelo emprego de conjuntos méveis de palhetas (n0 rotor) © conjuntos estacionérios (fixados & carcaga) para efetuar a conversiio de energia Cinética do fluido em ene-gia de pressto. uma maquina portato, que atua de maneia semelhante a uma turbina a vapor ou gis Em geral, 0 projeto de um compressor axial & baseado na teoria de 50% de reago, Isso significa que metade do aumento de pressio ¢ efetuado nas palhetas de carcaga e metade nas do rotor a ar }eo ao ReTAcIO FIG.2.2 - TRAJETORIA DO FLUXO EM COMPRESSOR AXIAL IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinaldo de Falco As palhetas do rotor aumentam a energia cinética e a presso estitica do gis. Cadi flira de pahetas ¢slacioniias converte a energia cinética em press, agindo como um difisor para o ps que sai da fleira © Bis deixa as palhetas com uma velocidade relatva We, a qual somada 4 velocidade absoluta C, deixando as palhetas do rotor ¢ entrando na préxima fiera estaciondria. ‘Nesta, a velocidade absoluta da gis volta a condigio C; para possibiltar uma entrada adequada na segunda fileira de palhetas moveis Esse ciclo € repetido om todos os estigios. Depois de passar a iikima filra de palhetasestacionérias, ums fila de palhetas endirctadoras de fuxo (straightener vanes) remove o gitointroduzido no inicio pelas palhetas guias, transformando 0 vetor C; no vetor C.. Cada estigio consiste, portanto, de uma fileira de palhetas mbveis e uma de palhetas estacionsrias O niimero de estigios ¢ fimo do aumento de presses descjado, para um certo conjunto de condigdes Como regra, 0 mimero de estigios em um compressor axial é aproximadamente 0 dobro do que seria nocessirio em um centrifsg. Em geral, ¢ admitida em projeto uma velocidade axial na miquina de 300 a 450 ft/s, para ar. Para outros Bases, a velocidade axial serécalculada de maneira a mantet 0 mesmo nimero de MACH que no caso de ar. Na maioria dos casos, o compressor & projetado para manter constante a velocidade do gis através dos varios estigios. Assim, 4 medida que a pressao aumenta, com um conseqiiente decréscimo na vazio em volume, a rea anular entre o tambor a0 qual esto presas as palhetas e a carcaga deve dimninuir Para isso, € feito cnico o tambor oua carcaga. CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS Os bocais de sucgio ¢ descarga podem ser localizadlos em uma variedade de posipics: axial, vartical com abertura para cima ou para baixo, entrada ¢ descarga kterais, ou combinago dessas posigdes. Os ‘tomaria qualquer outra situagSio impraticdvel, As palhetas estacionarias podem ser presas ou & carcaca extema, em méquinas para grandes vazbes, ou a lum cilindro separado, fundido ou usinado, o qual é ajustado internamente A carcaga. 94 {BP CURSO ~ PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. Autor: Reinaldo de Falco Em compressores pequenos ou médios, 0 conjunto rotativo ¢ constituido de um tambor com pontas de Cixo ligadas a ele nas extremidades. As palhetas méveis slio montadas na perferia do tambor. Este é forjado em uma, duas ou trés pegas, as quais so parafusadas uma a outra. Nesse caso, as palhetas ‘mveis 620 presas ao rotor da mesina maneira que as estaconarias& carcaga: a base das palhetas ¢ cGnica, para Se djustar ao furo também cénico, ¢ a extremidade da palheta atravessa o furo, sendo presa por uma orca. Dessa mancira, 0 Angulo das palhetas pode ser variado, permitindo regulagem do compressor para varias raze Para compressores de mmior vaziio, o tambor € construido de anéis de ago forjado, soldados entre si 'Nesse caso, as palhetas do rotor por um sistema de encaixe fio, como nas turbinas a vapor: O compressor axial no tem um tambor de balanceamento separado, como um compressor centrfisgo, mas ele é usinado como parte do rotor. O axial também ndo necessita sclagem entre estéigios, como o centrifugo, PERFORMANCE Para uma determinada rotapao, a vazio varia pouco para uma grande faixa de press6es. A curva H x Qe bastante inclinada do axial (fig 2.3) o fax bastante interessante para trabalho em paralelo com outras mquinas, pois a pressdo de descarga do axial se ajustaré & das outras maquinas, causanddo equena variago na vazio A curva poténcia x vazio mostra uma diminuig2o da poténcia requerida para um aumento da vazlo, fato roveniente de que o head diminui bastante para um pequeno aumento da vazio. Para vazies menores, © axial também apresenta o fendmeno de surge, com as mesmas desastrosas conseqiiéncias, e portanto necessita proteyo contra essa ocorréncia. 1 i | tpmzcte iN / oun DE SURGE H : i , | \ FIG23 IDP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Renaldo de Fateo CONTROLE DE CAPACIDADE Fara alender a demands varivel, 0 meio mais econdmico consiste na varias de rotagéo do acionador, inesmo Porque 2 rotagtes de trabalho de compressores axiais costuinam ser bastante altas, tomnando acionamento por turbinas mais indicado, Begg mesma falda, wbém a de aumenaro interval etal (etre os its de sugee tal de Juabalho, © compresor axial € dotado de pahetas ajutives na entrada, e também de pallens éstacionrias (¢ as moveis, em projeto mais sofisticados) ajustaveis automnaticamente {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor Reinaldo de Falco BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Ludwig, E.E. - "Applied Process Design for Chemical and Petroleum Plants" - Vol III - Gulf Publishing Co. Compressed Air and Gas Institute - "Compressed Air and Gas Handbook" Scheel, I.F.- "Gas and Air Compression Machinery" - Me Graw Hill Book Co. Scheel, L.F.- "Gas Machinery" - Gulf Publishing Co. Ingersoll Rand Co. - "Compressed Air and Gas Data" Stepanoff, A.J. - "Turboblowers" - John Wiley & Sons Inc Varios Autores, Reprint da revista "Hydrocarbon Processing" - "Compressor Handbook" ~ Gulf Publishing Co. Varios Autores, Report da revista "Chemical Engineering” - "Handling Compressible Fluids" Fullemann, J. - "Centrfigal Compressors" - Reprint pela Cooper- Bessemer Lefewre, J.- "Lair Comprimé" - Vol - 1B. Builliere et Fils Editeurs Chambadal, P. - "Les Compresseurs" - Dunod Silva, RemiB. - "Compressores, Bombas de Vicuo e Ar Comprimido" ~ Escola Politéonica da Universidade de Sao Paulo Brown, Royce N- Compressors — Selecting and Sizing ~ Gulf Publishing Co. USA, 1986 APIGI8- "Reciprocating Compressors for General Refinery Services" API817 - "Centrifugal Compressors for General Refinery Services” ASME Power Test Code 9- "Displacement Compressors, Vacuum Pumps and Blowers” ASME Power Test Code 10 - "Compressors and Exhausters" __ 37. ee aceEs TEP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Reinalda de Fateo INDICE 1, INTRODUGAO 2. COMPRESSORES, VENTILADORES, BOMBAS DE VACUO - FAIXAS DE ATUACAO 3. COMPRESSORES - Classificao 4. TIPOS DE COMPRESSAO 5. COMPRESSORES ALTERNATIVOS 5.1 - Caracteristicas construtivas 5.1.1 - Sistema de ubrificagaio 5.1.2 ~Selagem da Haste do Pisto 5.2.-DisposigSes dos cilindros 5.3 - Ciclo do compressor altemativo 5.3.1 - Diagrama Ideal de Compressio 53.2 - Diagrama da Compressio com Espago Morto no Cilindro 5.4 -Valvulas 5.5 - Influéncia de variagSes das condigdes de servigo sobre performance 5.6 - Compressdo em estigios 5.7 - Capacidade do compressor 58 - Controle da capacidade 5.9 - Estimativa da poténcia de compressio 5.10 - Compressores niio lubrificado 5.11 - Compresstio de gases corrosivos ou toxicos 5.12 Vibragies em um compressor alternativo 5.13 - Instrumentagio de Protecio 5.14- Bomibas de vacuo alternativas 5.15 - Especificagao 5.16 - Mamutengio {BP CURSO - PERFORMANCE DE ORANDES MAQUINAS. ‘utr: Reinaldo de Paleo PAGINAS 3a So 2 4 15 26 47 56 61 n 81 88 89 90 o1 96 107 6. COMPRESSORES VOLUMETRICOS ROTATIVOS 6.1 - Compressor Rotativo de Palhetas 62.- Compressor de lébulos 63 - Compressor de parafusos 6.4 - Compressor de andl liquido 6.5 - Controle de Capacidade PROPRIEDADES TERMODINAMICAS DE GASES {BP CORSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinel de Fateo ut MW 120 122 123 124 127 1. INTRODUCAO. "O transporte de fluidos compressiveis, tomado possivel por miquinas como compressores, eetorcs, ventiladores, sopradores (blowers) ¢ bombas de vicuo, é parte fundamental dos processos da industria quimica. Um fluido compressivel pode ser evacuado de um sistema ou injetado nele para, por exemplo, auxiliar na obtengo de uma condigao de pressZio, volume e temperatura necesséria para que haja uma determinada reagdo, ou para que uma operagiio unitéria como absorgdo, condensagao, destilagdo ou evaporagio acontega numa taxa dtima, ou para efetuar uma mmidanea de fase de um fluido. Em filtragio, ‘transporte ou mistura de materiais, um fluido compressfvel pode ser usado para, respectivamente, permitir a retengdo de particulas sélidas carregadas pela corrente de fluido em uma superficie filtrante, transportar pequenos sélidos em uma corrente de fluido ou agitar s6lidos ou liquidos. A compressio € usada também para permitir a armazenagem de grandes massas de gases em vasos, por liquefagzio ou, pelo menos, por rTedugao de volume do gas. © maior mimero de méquinas de compressio de gases na indistria quimica é usado para ar. Este é cempregado para operasio dos instrumentos pneumaticos, atuagao de servo-sistemas, ¢ para utilidades em geral em qualquer unidade de processos quimicos. Um sistema de ar a 100 psig ¢ comumente empregado para utilidades, para operar talhas, maquinaria de embalagem e outros equipamentos meciinicos. ‘Compressores para ar a 250 psig so empregados na partida de grandes motores diesel ou a gés. Ar para oxidagio ¢ a aplicago quimica mais largamente empregada, Qualquer pressiio de ar requerida pode ser fornecida por algima das miquinas de compressio, desde ventiladores descarregando @ umas poucas polegadas de dgua de presstio, até compressores de varios estigios para presses de 3000 psi Unidades industriais de grande porte ¢ produgao continua usam ar para oxidagdo na obtengio de produtos finais ou intermedisrios, tais como gis de sintese, formaldeido, metanol ¢ Acido nitrico, Além disso, é vital para o processo de cracking catalitioo a regenerago do calalisador impregnado de ccarbono, realizada pela oxidagio do carbono por ar suprido por um blower". (*) Devido ao fato das miquinas de compressiio terem em geral custo elevado, chegando a extremos da ‘ordem de centenas de milhares de délares ¢ muitas vezes tornando anti-cconémico ao usuario possuir miquinas de reserva, ¢ tendo em mente ainda que a paralisagio de uma unidade de processo pela falha de um compressor pode representar prejuizo por lucros cessantes de milhares de délares diitios, & fundamental para o engenheiro que tenha participagio no projeto, operagio ou manutengSo de uma unidade, um conhecimento se ndio em detalhe ao menos bisico das caracteristicas dessas maquinas. (@) Des Jardins, P.R., em "Chemical Engineering”, Junho de 1956, 2. COMPRESSORES, VENTILADORES, BOMBAS DE VACUO. 3 [BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor Reinaldo de Falco CONDICOES DE SERVICO MAQUINA Presto P ecscarea D P=P cee. -P suerin Ap >ou Compressor

P nk > 35 psi / 2,4 bar < Ventilador

P on <1a2 psi/ 0,15 bar ou> Soprador ou Blower (Ar) = Paso > P anh 2.035 psi/0,15.a2,4 bar Bomba de ‘vacuo

2c - ADIABATICA IRREVERSIVEL —_(POLITROPICA) 1 — 2b - ADIABATICA REVERS{VEL (ISOENTROPICA) 1 — 2a- COMPRESSAO C/ RESFRIAMENTO (POLITROPICA) 1-2 -ISOTBRMICA FIG. 4.1 - TIPOS DE COMPRESSAO. As transformagdes itreversiveis esto marcadas tracejadas porque na verdad no existem estados de equilibrio intermedidrios numa transformagio irreversivel Uima compressio adiabitica irreversivel ¢ a que se verifica normalmente nos turbo-compressores, estes fgeralmente nio sio resiados, aalém disso operam com alts vazbes (causando altas velocidades do gs), Os compressores altemativos efetuam compresses com resfriamento do gas, devido ao relativamente Jongo tempo de permangncia de uma unidade de massa do gis trocando calor com o ambiente, ¢ as altas bressGes de descarga (com consequent alts temperaturas) contra as quaisatuam esses compressores IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Renal de Faloo Quanto mais préxima a transformagdo estiver de uma adiabatica, ou seja, quanto menor a cessio de calor do gis para o ambiente, maior serd a temperatura de descarga de gis, com as seguintes implicagdes ~menores tenses admissiveis dos materiais, portanto as espessuras das pecas deverio ser maaiores para os mesmos esforgos. - aviscosidade do lubrificante diminui com a temperatura, podendo causar problemas, em casos mais extremos 0 lubrifcante pode se decompor ou, se a temperatura atingir valores excessivos, sobre combustio, com problemas de seguranga Portanto, compresses com intensa troca de calor (mais proximas isotérmica) so mais interessantes, sob 0 aspecto temperatura de descarga 5. COMPRESSORES ALTERNATIVOS, 5.1. Caracteristicas construtivas No compressor de duplo efeito, existem duas eémmaras de compressio trabalhando em paralelo, cada uma 2~ Com as valvules de sucgio e descarga fechadas, 0 pisto comprime o gis segundo uma transformagaio politrépica (como ja vimos). Ao atingir 0 gis a pressio pz, abre-se a vilvula de descarga, ppermitindo a saida do gis para o reservatério de descarga. 2» 3-0 pistio desloca todo o gis que estava contido no cilindro para o reservatério de descarga a uma presso constante P, igual a do reservatrio. 3. 4~Contendo o cilindro uma massa infinitésima de gés no ponto 3, ao se deslocar ligeiramente pistio, haveré uma ripida expanstio desse gis. Ao atingir o gis a pressio P,, igual 4 do reservatorio de sucgo, abre-se a valvula de sucgio, o cilindro recebe nova massa de gis no curso 4 —> 1 € os processos se repetem. 29. TBP CURSO- PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reina de Poon Sto definidas algummas grandezas caractersticas: = relagdo de compressiio ~ = volume deslocado do ind - v= d= didmetro do pisto 1 = curso do pistio - volume aspirado - Vag - &0 volume de gis nas condigbes de suesfio que € retirado do reservalério de suego pelo cilindro a cada rotagfio do girabrequim. No caso da compressio ideal, Vio= Va TRABALHO DA COMPRESSAO IDEAL Seré calcuilado supondo que o gis obedega a lei dos gases perfeitos. FIG. 5.3.2. TRABALHO DA COMPRESSAO IDEAL Inicialmente, notemos que as equagbes que relacionam as propriedades de estado para a transformagio reversivel de uma da massa de gis sao: - isotérmica- pV - cte ~ politropica - pV" = cte {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘utor: Reinaldo de Palo n-coeficiente politrépico - ¢ fumgdo do gis ¢ da intensidade de troca de calor com o meio durante a ‘transformagao. ~ isoentrépica - pV* = cte k-raziio dos calores espectiicos # =W, = mat 0| 2 P 1m ~ massa de gis no cilindro 3h {IGP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘itor: Reinaldo ds Rolo z M R- constante do gas R =constante universal dos gases M= peso molecular do gis Usando o mesmo procedimento, para os outros tipos de compressio resultaré: politrépico isoentropico ms Ws =mr7—_|| 22)" — k-1|\ pl ‘A observagaio das reas no diagrama mostra facilmente (e se demonstra matematicamente, lembrando que 1 by Pe - PRESSOES DE P Vg - ABRE VALVULA ‘1 PROVETO OE SUCGAO 2 Vg> ABRE VALVULA DE DESCARGA Pe *, Vo \sVd FIG. 5.4.7. INFLUENCIA DAS VALVULAS COMANDADAS NO DIAGRAMA DE COMPRESSAO. O diagrama mostra facilmente que existe acréscimo de trabalho em relago a0 teoricamente necessétio, acréscimo este correspondente as reas achuradas, Esse aumento no trabalho de compressfio ¢ em geral pequeno 48 TBP CORSO PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Retnao de Falco DISPOSICAO DAS VALVULAS Deve-se objetivar: ~ pequeno Ve ~ no prejudicar o resfriamento ‘A colocagio no cabepote proporciona Vo minimo, mas dificulta o resftiamento do cabegote, onde 0 justamente se atingem as temperaturas mais clevadas, Geralmente a valvula é colocada: ~ compressores de simples efeito - no cabegote. - compressores de duplo efeito - no cilindro junto aos cabegotes. AREAS DAS VALYULAS 1B estabelecida tendo cm vista limitar a um méximo a velocidade de passagem do gis, para que a perda de carga introduzida ndo seja excessiva. MOLA ]. { ay BATENTE 4 SES g OBTURADOR tT Pere & “4 eee A CHLINDRO a FIG. 5.4.8. ESQUEMA DE VALVULA Para a vilvula esquematica da fig. 5.4.8., a velocidade instanténea de passagem do gas pela valvula na segio de minima area pode ser assim calculads: IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Retaldo de Foleo ‘Vy - velocidade instantfnea de passagem do gas. Vj, - velocidade instantanca do pistio A, - Area do pistiio 1 ~nimero de valvulas Ay - area minima de passagem do gas na valvula Pp ~ soma dos perimetros das passagens em uma valvula — - Jevantamento do obturador Para o céleulo da perda de carga média durante os processos de sucgo ou descarga, recomenda-se usar contudo. Vim - velocidade média de passagem do gis Vy ~ velocidade média do pistio & — - curso do pistio 1 = miimero de rotagdes na unidade de tempo fator 1.5 leva em conta o fato de que os processos de suogio ou descarga se fazem em apenas uma parte do curso em que a velocidade média do pistio é bem maior que a sua velocidade média considcrando-se todo 0 curso. SCHEEL indica que a relagdo a normalmente usada entre a érea do pistio total de passagem do gas nas valvulas, em valvulas de disco. 45 IP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Reinaldo de Felco ‘Uma relagdo a < 5_ geralmente indica uma valvula de grande levantamento tipo poppet. Ainda segundo SCHEEL, os levantamentos comuns para valvulas automiticas so: 7 CONDICOES DE LEVANTAMENTO TIPO DE VALVULA. SERVICO (in) Pe < 100 psig 0.100 DISCO Pe_< 1000 psig 0.080 pa > 2000 psig 0.050 peso mol. do gis < 10 0.030 (diminui manuteng’o) Pa > 2000 psig Poppet de nylon Pe = 1000 psig 0.250 Um valor miximo em geral recomendado para a yelociade do gis na valvula é 7500 fpm. Valores mais especificos, para diversos fluidos, podem ser vistos em COMPRESSORES, por REMI B. SILVA, tabela 5.4, ed. 1972. 0s valores indicados podem ser empregados (com alguma tolerincia) em verificagbes de projeto de valvulas MATERIAIS DAS VALVULAS So escolhidos kevando em conta as pressbes de servigo, temperatura de descarga, a agressividade do géss as condigies de lubrificagzo. Em compressores de pistio lubrificado, o gis carrega particulas de 6leo, formando uma pelicula lubrificante na valvula. Em compressors no lubificados as condigdes de servigo da valvula so portanto ‘mais precarias. Os materiais em geral usados sao: ago inox. 18-8 Obturador ‘materiais termoplisticos (PIC) COMP. LUBRIFICADOS inox. 14% Cr Sede e encosto - ago Fo Fo. Bronze Molas - ago Cr - Si- Mo 46 |IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Retna ds le Obturador — materiais termoplasticos COMP. NAO LUBRIFICADOS | (PIC) Ago inox 5.5. Influéneia de Variagées das Condigdes de Servico sobre a Poténcia Requerida ¢ a ‘Temperatura de Descarga PROPRIEDADES DO FLUIDO ~ Tipo de fluido Sabe-se que o trabalho necessério & compreenso em cada ciclo, w= [pay Para uma compressdio isoeatrépica, temos: p¥*=cte. = pivi* Estando P, © Vi (que € fixo para o cilindro) determinados, verifica-se que W no varia com 0 peso especitico do fluido, sendo apenas fungo da razo dos calores especificas K. Na verdade as perdas de pressiio nas valvulas do compressor durante os processos de sucgio ¢ descarga fio proporcionais ao peso molecular do fluido, e portanto este tem uma influéncia razodvel sobre 0 trabalho de compresso para determinadas condigdcs. Da mesma forma, sendo para a temperatura de descarga T; em uma compressio isoentrépica BK) gy Be ZW T e estando T; determinada, T, € fungio do coeficiente k, que varia de fluido para o fiuido. Quando gases diferentes sfio submetidos as mesmas condigdes de compressio, as temperaturas de descarga poderio variar bastante. A observaco desse fitto é muito importante quando se faz 0 teste de jum compressor com ffuido diferente daquele de servico, pois poderio ser atingidas temperaturas excessivas Observe que o peso molecular M do fluido tem influéncia sobre a massa de gis fomecida pelo cilindro, pois, pela lei dos gases perftitos. me V,-— RT, Waa RT m - massa de gas que preenche o cilindro no final da sue¢ao 47 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. ‘stor: Reinaldo de Falco M- peso molecular do gis R -constante universal dos gases perfcitos Para as mesmas condigdes de suog3o, quanto maior o peso molecular do gis, maior a massa de gas formecida em cada ciclo. - Fator de compressibilidade Até agora, todo o nosso estudo considerou o gis obedevendo A lei dos gases perfitos. ‘Na realidade, somente em condigdes particulares (presses bastante baixas) esse comportamento € observado). Para adaptar a lei dos gases perfeitos ao comportamento real dos gases usa-se um fator de correyo, denominado fitor de compressibilidade Z, sendo Z=Z0@,,1) pipe Pe ot P, - pressiio reduzida do gés em um determinado estado ~ temperatura reduzida do gis P, - pressio critica do gas T.- temperatura critica ede tal forma que a lei que exprime o comportamento real de um gés, com suficiente preciso seja py = ZRT Fato fiandamental é que a fingio Z = Z.(p,, T) coincide com boa aproximagdo para a maiores dos gases (ci dos estados correspondentes ) ¢ portanto o diagrama que representa essa fungo pode ser usado para gases dos quais no se conhegam as propricdades em toos os estados. Por essa razio, 0 diagrama é denominado carta generalizada de compressibilidade (fig. 5.5.1) Toma-se necessirio entdo fazer comegdes no trabalho requerido de compresstio que fora caleulado através da lei dos gases perfeitos. Por facilidade, costuma-se usar a seguintes corregao 48 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Retr de Foon Este caleulo parece fornecer suficiente aproximagio, embora corregées mais precisas possam ser cstabelecidas 49. {BP CURSO PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor Reinaldo ds Foleo Paton 02 & sessfo REDE Py rmessio aeourine FIG. 5.5.1, - CARTA GENERALIZADA DE COMPRESSIBILIDADE, 30. IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. ‘Autor Reinaldo de Falco A influéncia do fator de compressibilidade Z, sobre o trabalho requerido pode ser vista na fig. 5.5.2. 6 facil notar também, observando a figura, que uma sclagéo Z,/Z, <1 causa um decréscimo do rendimento volumétrico, fazendo com que seja menor a vaziio em volume do que aquela prevista usando ale dos gases perfeitos. Existem corregdes propostas para o rendimento volumétrico que levam em conta a. influéncia do fator de compressibilidade (ver item 5.9). ‘A massa especifica na entrada sera inversamente proporcional ao fator Z;, pois =Z,RT, Pe Py EZoRT: ‘A vaso em massa m fomecida pelo compressor ser enti duplamente afeiada pelo fator de compressiblidade do gas, pois m= 2. ow peal 22/1, =1 72/2, 1 - INFLUENCIA DO FATOR DE COMPRESSIBILIDADE SOBRE O DIAGRAMA DE COMPRESSAO FIG. 5.5. {BP CURSO - PERFORMANCE DB GRANDES MAQUINAS ‘Astor: Reinaldo de Falco - Umidade Em compressores de alta presstio que usam intercoolers para reduzir a temperatura do gis, a presenga de vapor condensdvel no gis causa problemas, pois ele condensa nos intercoolers ¢ deve ser removido para no causar danos ao compressor. No proceso de compressio, a pressio parcial do vapor aummenta na mesma proporgiio que a presstio total. Como a pressdo de saturago € fiungdio apenas da temperatura, 0 vapor condensaria se no houvesse 0 aumento de temperatura da mistura causado pela compressio. Nos intercoolers, contudo, a temperatura da mistura ¢ reduzida a presstio constante, muitas vezes até um ponto abaixo da temperatura de saturago do vapor, causando condensagao. Observe que o célculo comum da poténcia empregada na compressio de misturas com components condensiveis esta limitada ¢ misturas com o vapor superaquecido em pelo menos 20° F. Se a mudana for muito grane, calor pode ser cedido pelo gis para a vaporizagfio do condensado, reduzindo assim o aumento de temperatura. - Compressiio de misturas de gases ‘As propriedades termodinimicas de uma mistura de gases podem ser determinadas se a composigo da rmistura, em peso ou volume, é conhecida, além das propriedades dos componentes, Alei de DALTON, “a pressio total de uma mistura de gases é a soma das pressies parciais que os gases componentes isolados exerceriam ocupando o mesmo volume”, aliada a lei dos gases perfeitos, permite algumas relagGes. pV=mRT PEPER Fence + pM MR=mR, + + me Re 32 18? CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘hwo: Reinaldo de Falco a - fragiio em peso de um componente na mistura resulta RE QRiF ence + qaRy Os calores especificos da mistura também podem ser caleuiados como prac + + qa CPo cv=qicv + * da CVn A composigao de uma mistura pode ser dada por anilise volumétrica, exprimindo 0 volume que cada gis cconstituinte ocuparia, como uma fiago (ou porcentagem) do volume total, se todos os componentes estivessem & mesma pressio © temperatura. Para calcular as propriedades da mistura em fiangio das propriedades dos varios componentes, as fragdes volumétricas (ou molares) devem scr convertidas em. rages em peso. 3 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. Autor Renal de Falco x- fragéio molar n-niimero de moles tems baa xem M ™ mM, M M xq 1 a”, Quando se faz a compressio de uma mistura de gases nao ideais, ¢ necessario calcular o fator de compressibitidade Z, da mistura para determinadas condigbes de pressio ¢ temperatura. O procedimento geralmente adotado consiste em empregar propriedades pseudo-criticas para a mistura, definidas da seguinte maneira. Pe = Xt Pet tb eseereecee + Xe Pe To = Ta + tT zak PT. (carta generalizada de compressibilidade) INFLUENCIA DAS CONDICOES DE SERVICO ~ Pressiio de suegiio A fig. 5.5.3. mostra que uma diminuigZio na pressio de sucgo causa um menor volume aspirado, ¢ portanto uma menor vazao fornecida pelo compressor. 3 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “tor: Raina de Foleo Pa I | Viasp v Vasp FIG. 5.5.3. - INFLUENCIA DA VARIACAO DA PRESSAO DE SUCCAO. Além disso, sendo a pressio de sucgiio mais baixa, a densidade do gis na entrada é menor, 0 que concorre, akim do fato atrés citado, para a diminuigo da vazio em massa forecida pelo compressor. Da andlise matemitica da expressdo do trabalho requerido de compressdio pode ser facilmente estudada a influéncia da variagdo da pressio de sucgo sobre o trabalho. Os resultados dessa andlise estio mostrados na fig. 5.5.5. para um caso particular. Observe que a poténcia consumida é fungdo da relagio nocivo/volume deslocado, relagio de compressio ¢ coeficiente da isoentrépica, Por outro lado, o trabalho requerido por unidade de massa aumenta sempre com a diminuigio da pressdio, a temperatura de descarga aumenta devido a maior relago de compressiio. - Temperatura de suesiio Quanto maior a temperatura de suero, menor a massa de gis que preenche o cilindro, maior o trabalho por unidade de massa requerido e maior a temperatura de descarga - Pressio de descarga ‘Um aumento de P; causa os mesmos efeitos que uma diminuigéio de pr (fig. 5.5.4). {IBP CURSO- PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reina de Foloo FIG. 5.5.4 - INFLUENCIA DA VARIACAO DA PRESSAO DE DESCARGA A vazio em volume sofrerd um decréscimo ¢ a temperatura aumentard. A fig. 5.5.5. - b mostra a influéncia da variagdo da pressao de descarga sobre a poténcia necesséria & compressio. Observe que mesmas variagdes da pressio de suegdo ¢ descarga afetam de mancira diferente apoténcia, o que ¢ facil verficar pela andlise da expressio desta. 55 JAP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ator: Rinaldo de Fatoo Relagdo de Compressio 0] Voriacdo da pressao de sucrao ( K= 13 FIG. 5.5.5. INFLUENCIA DE VARIAGOES DAS PRESSOES DE SUCCAO E DESCARGA SOBRE BHP 56 [BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Fala -Influéneia da altitude no funcionamento de compressores fornecendo ar para mAquinas pneumitica. Para que as condigBes de utiizago das miquinas pneumiticas sejam as mesmas, & necessério que a pressio efetiva (p ~ px) do ar comprimido, figura 5.5.6., seja constante. Em locais de maior altitude, a pressio atmosférica sera menor, ¢ a condigiio de pressio efetiva constante obriga o compressor a trabalhar com relago de compressdio maior, como ¢ demonstrado a seguir. b Po N BE | Po ke Pp FIG. 5.5.6 - MAQUINA PNEUMATICA. Muttiplicando e dividendo por P'o PoP Ap Po Po Altitude maior Ap = p'-po ren 2 Pot ap po p'o Ap ta re=l+ 51 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reina de Foleo Multiplicando e dividindo por p. Comp, < poresulia re > te © aumento da relagio de compressiio causa rendimento volumétrico menor, portanto a vazo em volume fornecida ser menor. A influéncia da menor pressio de sueyo no trabalho requerido j foi analisada neste capitulo, Com as presses normalmente usadas para ar comprimido ( > 100 psig) observa-se urna diminuigdio da poténcia necessaria & compressiio. Dois fatos devem ainda ser notados: ~ Em maiores altitudes, motores de combustio interna admitem menores massas de ar pois a densidade do ar é menor, e portanto sua poténcia é¢ diminuida. Mtores elétricos também tem a poténcia disponivel reduzida devido as piores condigdes de resitiamento pelo ventilador, causadas pela menor densidade do ar. = As méquinas pneumitticas, em maiores altitudes, requerem maiores vazes em volume medidas & presstio atmosférica. Portanto, um compressor, fincionando & mesma rotago, pode alimentar_um maior nimero de maquinas pneuneiticas ao nivel do mar que em maiores altitudes. 5.6, Compressio em Estigios Ph fe spergumane Cn Blase ¢ 4 HIG. 5.6.1. - COMPRESSAO EM ESTAGIOS 58. {IP CLIRSO- PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘tor: Raina de Kaloo Na compressfio em. estigios, o gis passa sucessivamente por cilindros que The conferem aumentos parcizis de pressdo até atingir a presstio de descarga referquerida. 0 objetivo bisico da compressiio em estgios ¢ aproximar a transformaggo de uma isotérmica para que se tenham as vantagens que esta proporciona (fig. 5.6.1) Observe que essa aproximagao da isotérmica é obtida fazendo-se um resfiiamento do gis entre dois estigios sucessivos até a temperatura de sucgo (ou proximo dela) Sem esse resfriamento intermediério do gas, a evolugao do gis numa compress em estigios seria absolutamente igual aquela numa compressao em um tinico estigio ¢ no haveria a aproximagao da isotérmica, O resfriamento do gis ¢ feito em trocadores de calor, denominados intercoolers, em geral do tipo casco ¢ ‘tubos, onde o fluido resfriador é agua Durante o resfiiamento, portanto, 0 gis segue um processo praticamente a pressio constante, a menos da perda de carga do trocador (observar a fig. 5.6.1.). FINALIDADE DA COMPRESSAO EM ESTAGIOS - Aproximagdo da transformago isotérmica, com redugo do trabalho requerido e da temperatura de descarga do gas (ver item 53.1.) ~ Redugo da carga sobre os pistes - a explicagdo desse fato esti adiante, no item que estuda a ‘nfluéncia das variagbes das presses de sucgiio e descarga nas relagdes de compressio dos ~ Aumento do rendimento voluméirico ~ como a compressio em estagios a relagio de compressio._ em cada estigio € menor, o rendimento volumétrico resulta maior que na compressao em 1 estigio (fg. 5.6.2). ---+ compressio em um estigio _—— compressao em dois estigios y i 88h FIG.5.6.2. - AUMENTO DO RENDIMENTO VOLUMETRICO PELA COMPRESSAO EM ESTAGIOS 59 ISP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Aor: Reinaldo de Foo [Extrago do condensado em compressores de misturas de gases com vapores condensdiveis (gis natura, an), Pp ~ Pressdo parcial do componente condensavel na mistura To - temperatura de orvalho do componente a dada pressio Ta - temperatura da agua no intercooler HIG. 5.6.3. - EXTRACAO DO CONDENSADO EM COMPRESSAO EM ESTAGIOS A medida que aumenta a presso da mistura, maior & a pressto parcial do componente condensdvel na mistura, e portanto maior a temperatura de orvalho da mistura (fig. 5.6.3.) Depois de softer uma componente condensivel pode atingir 0 estado de vapor saturado (ponto x no diagram) ou um estado proximo, de vapor levemente superaquecido, No estado de vapor saturado, qualquer perda de calor a pressio constante ocasiona a condensagio de parte do vapor. Em uma compressiio em apenas 1 estigio, essa condensagao poderia ocorrer no cilindro, prejudicando as condiges de compressio, de lubrificagio do cilindro, causando corrosio, ete. Na compressdio em estigios, se aquele componente sai de um estégio quase como vapor saturado, ¢ se a sua pressdo parcial na mistura ¢ tal que a temperatura de orvalho é maior que a temperatura da agua de resfriamento no intercooler, esse vapor pode ser condensadbo, e separado no intercooler, evitando-se a sua condensagao no préximo ciindro. ‘A maioria das misturas gasosas que sofiem processos de compressio na pritica esto saturadas ou proximas & condigio de saturagdo. {ISP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Astor: Reina de aio CONDICOES PARA O EMPREGO DA COMPRESSAO EM ESTAGIOS ‘A compressio em estagios é usada em geral para, n> 4 (para ar, quando a pressio de descarga p, > ~ 60 psig) cexcessiva (para ar Tmax < 200°C). Para: ~ pequenas capacidades - servigos intermitentes no se usam compressores em estigios, mesmo parat. > 4, por razes de custo, pois um compressor em estagios & bem mais caro com 1 estagio para mesmo servigo, e a economia em poténcia na operago mio compensaria o maior investimento inicial. DETERMINACAO DO NUMERO DE ESTAGIOS ERELACAO DE COMPRESSAO PARA CADA ESTAGIO SCHEEL dé as seguintes indicages para o mimero de estigios de um compressor alternativo. NUMERO DE ESTAGIOS ms 6 1 6 < mS 20 2 2 < n < 0 3 60 < te < 180 4 180 < rs 540 5 Pode ser mostrado teoricamente (REMI, pag. 41) que, supondo a temperatura na entrada de cada estégio ‘gual & temperatura de sucg0 do compressor, para que 0 trabalho requerido na compressto seja minimo, deve-seter: re={r, 1, relagiio de compressiio em cada estagio jj. -mimero de estagio 61 [BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco Se a relagdo de compressio for a mesma em todos os estigios, é facil verificar que: ~ 0 trabalho requerido serio mesmo em cada estagio ~ a temperatura de descarga em cada estagio sera a mesma "Nessa dedugiio nfo se levam em conta as diminuigbes de pressdio do gas nos intercooler. Para considerar esse efeito, WINTTERLIN recomenda prever re=LKr O uso dessa relagtio na prética é generatizado, embora a condigdo de mesma temperatura na entrada de cada estigio nao seja satisfeta, pois 6 comum. T st + 20°F ‘TT - temperatura na entrada de um estgio qualquer Isso acontece porque a fgua de resfriamento do intercooler também & usada para resffiamento dos cilindros e sua temperatura no pode ser muito baixa, pois possibilitaria condensagao de vapor do cilindro ou choque térmico nas peyas. Observe que a relagio de compressio em que cada estigio vai atuar € assegurada simplesmente calculando 0 volume deslocado por cada cilindro de maneira que ele aspire exatamente a massa que The for fornecida pelo estigio anterior & pressiio que se deseja estabelecer como intetmediéria entre esses dois estégios, (no caso de nfo haver entrada ou retirada de fluido entre estigios, o que aliés sera suposto no estudo apresentado a seguir) Assim, por exemplo, em um compressor de dois estagios ~ estigio I deve comprimir uma vazio em volume X da presso p1 & pressio p’ ~ estigio TI deve, ento ser capaz. de aspirar a vazio em volume 8 presstio p’ ¢ comprimi-la A pressto pa, iss0 que realmente a pressfio intermediéria seja p Se 0 estigio II for subdimensionado, a pressio intermediiria sera p*, maior que p' de tal modo que 0 estigio TI seja capaz de aspirar a vaziio Seguindo 0 mesmo raciocinio é facil concluir que um estagio It superdimensionado causaré pressio intermediaria menor que p'. 2 IP CURSO PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘A relagio entre os volumes deslocados dos cilindros devera entdo (desprezando pequenas diferengas nos rendimentos volumétricos devido a espago nocivo, figas, ete) ser: Vy _ Vd, Vag, 1" p' Z" Va, ‘Tp Z! Supondo mesmas temperaturas de suegiio e relagbes de comprestio pra os diversos estigios © supondo ainda que o giis obedega & lei dos gases perfeitos. Mile Vd, Vaz a\- Se todos os pistdes tiverem 0 mesmo curso (0 que é normal). 4a A _ 1 A Ay Ar. A - Area do pistio Essa relagio explica, para compressores de simples feito, o fato de compressio em estégios diminuir a carga sobre cada pistio, pois em cada estigio a presso aumenta, mas a drea do pistio diminui, ¢ a carga de mantém dentro de limites. Valendo as hipoteses feitas para a obteng3o de relagdo anterior teremos cargas méximas iguais nos pistdes, pois: eentio F =p A= p” An = p™ Am F - carga maxima sobre o pistéo Em compressores de duplo efeito, a compreensio em estigios diminui a carga sobre os pistes da mesma ‘maneira, mas as cargas méximas nos pistes sto bastantes diferentes devido aos maiores diferenciais de ppressiio nos iltimos estégios que nos primeiros. 63 |IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor: Reinalda de Falco INFLUENCIA DAS VARIACOES DAS PRESSOES DE SUCCAOE DESCARGA NAS RELACOES DE COMPRESSAO DOS ESTAGIOS Se faz abstragiio da influéncia do espago morto e das fugas, quando a pressdo na descarga do compressor varia (por ex. compressor descarregando em um vaso), a pressio de descarga de todos os estigios permanece constante, mantendo a mesma relagio de compressii, exceto, cbviamente, o titimo estigio, que tem sua relago de compressio variando no mesmo sentido da pressiio de descarga do compressor. ‘Na realidade, devido aos espagos mortos e as diversas imperfvigdes, as pressdes intermediérias variam, embora bastante pouco, no mesmo sentido que a pressio de descarga do compressor. Se, por exemplo, a pressdo de descarga diminui de p2 a p2a (fig. 5.6.4.), 0 Ultimo estdgio funciona com uma relag2o de compresso menor. Por outro lado, 0 rendimento voluméttica desse estagio aumenta, ¢ portanto 0 volume aspirado por esse cilindro se toma maior (de V'asp,) causando a diminuigo de pressio intermediria p' a pia. FIG. 5.6.4. VARIACAO DA PRESSAO INTERMEDIARIA COM A PRESSAO DE DESCARGA EM UM COMPRESSOR DE DOIS ESTAGIOS pentiltimo estigio tem, portanto, sua relago de compressio diminuida, o seu volume aspirado aumenta € assim por dante Portanto, a variagiio da pressiio de descarga é sentida quase que inteiramente no tltimo estigio, sendo que 05 outros estégios apenas tem a relago de compressio ligeiramente alterada no mesmo sentido da variago. Se a influéncia dos espagos mortos é sensivel, a vazio fomecida diminui quando a presstio de descarga anmenta, porque o rendimento volumétrico do primeiro estigio (a vazdio 86. depende do primeiro estégio) ibe TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor, Reinaldo de Feloo A poténoia absorvida, nesse caso, sendo também influenciada pela vazio aspirada, pode mesmo permanecer constante ou decrescer a partir de um valor bastante alto da pressio de descarga, quando o rendimento volumétrico do primeiro estagio for muito baixo. cefeito da variagiio da pressio de suego pode ser estudada analogamente, notando apenas que mesmo pequenas variagées da pressio de suceo afetam sensivelmente o rendimento volumétrico do primeiro estigio, e portanto, a vaztio aspirada, 5.7. Capacidade do Compressor Significa a vazdio em massa que ele devera fornecer nas condiges de compressfio especificadas ~ condigdes de sues - pressdo e temperatura ~ pressfio de descarga (ou relago de compressio) temperatura méxima permitida na descarga Essas condigtes devem ser fornecidas ao fabricante para que ele possa dimensionar 0 compressor. Na pritica, costuma-se a referir & capacidade de um compressor de varias formas, todas elas traduzindo explicita ou implicitamente uma vazo em massa. ESPECIFICACAO DA CAPACIDADE DO COMPRESSOR a) Vario em massa Para que ela defina o tamanho do compressor, é necessario especificar: - pr, Tr - com a descarga em massa requerido ¢ as condigdes de sucgiio, esta determinada a vaziio em volume necessiria, ¢ tendo escolhido uma rotaglo, tem-se 0 Vag necessario dos cilindros do primeiro estagio. - Pz Our, - esses valores permitem estimar qual ser o rendimento volumétrico do cilindro, ‘Tendo Vay € th, pode-se determinar o Vg dos cilindros. Unidades usuais: ib/h , kghh b) Vaziio padrio £ a vazio cm volume do gis em condigées padrées de pressdo ¢ temperatura, que equivale 4 vaziio em massa que o compressor deverd fornecer. 6s {BP CURSO - PERFORMANCE DE ORANDBS MAQUINAS ‘Autor: Retna de Paleo Para que defina o tamanho do compressor, também é necessario fixar. ~ pi, Ty ~ as quais, relacionadas com as condigdes padres, determinam 0 Vas, necessirio dos cilindros do primeiro estagio. ~p2 ou re ~ permitem estimar o rendimento volumétrico Com Vag € ty determina-se Vs Unidades usuais. - SCFM (Standard cubic feet per minute) - para esta unidade as condigdes padroes si: oF ~ 36% umidade relativa ASME plar 14,7 psia - 0,075 Ib/ft* massa especifica indistia 60°F americana emgeral 14,7 psia - Nm °/h (metros cibicos normais por hora) - as condigSes padrdes s%io oc 20°C Europeu Petrobras 1 kg/em? abs I kg/em? abs ¢) Vazio livre (free air) / volume real aspirado IE a vazdo em volume do gis nas condigdes de suegdo (volume aspirado) que representa uma vazio em ‘massa igual 4 que o compressor deverd fornecer. Esse valor em si ja define qual deve ser o volume deslocado (ou seja, o tamanho) do compressor, a menos da influéncia da relago de compressio no rendimento votumétrico, ¢ portanto r, deverd ser indicada ao fabricante. Unidade usual: - ACFM (actual CFM) ou (ICEM (inlet CEM) As especificagdes so mais comumentes feitas em ACFM ou SCFM. 66. BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor etna de Falco Note que na especificagao do compressor, tendo em vista que se deseja uma determinada vazdio em massa nas condigdes de compressiio, 0 SCFM a ser espetificado no depende das condigies de succo, enquanto 0 ACEM é fing delas. Para um compressor em iuncionamento, por outro lado, uma variago das condigdes de sucgiio no acarretara mudanga no ACFM fornecido, uma vez que o volume aspirado pelo compressor permanece 0 ‘mesmo (a menos de variagtes provocadas pela alteragio do rendimento volumétrico), enquanto a vazio ‘em massa e o SCEM fomecidos sero alterados, devido a variagtio do peso especifico na suc¢io. ‘Na especificago do compressor se deseja garantir que cle fornega uma determinada vazio em massa ‘minima, Portanto, se é conhecido a priori que as condigSes de servigo sofferio variagao, a capacidade do compressor deveré ser especificada considerando a pressio de sucgdo, mais baixa, a temperatura de suo¢io mais alta a relago de compresséo mais alta possiveis de acontecerem em servigo. Nestas ccondigdes, 0 compressor fornecerd uma vazéio em volume equivalente & vazo em massa necessiria, © se a temperatura em servigo for mais baixa que a cspecificada, ou a pressio mais alta (nos dois casos, ‘aumentando 0 peso especifico do gis na sucso) ou a relago de compress mais baixa (aumentando 0 rendimento volumétrico), 0 compressor fornecer vazies em massa maiores que aquela minima necesséria. CAPACIDADE DE UM COMPRESSOR DE REFRIGERACAO vaLyuLA DE Expansio FIG. 5.7.1 - CICLO TEORICO DE REFRIGERACAO POR COMPRESSAO A capacidade de um compressor de refrigerago (vaziio em massa de um determinado fluido frigorifico que ele deverd fornecer) é geralmente especificada pela taxa de calor Qy que essa vaziio em massa é capaz de receber do meio quando esse fluido atua num ciclo de reftigeragdo semelhante ao ciclo 1 - 2-3 -4 (fig. 5.7.1), com temperaturas padrdes T: € T Lemibre que a fixagao de'T; ¢ ‘T: implica na fixagdo de pr e pp, para um determinado fluido. oo {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Astor: Reinalda de Fale E facil ver que a especificagtio de Qi, com T; © Tz fixas, implica na fixagdo da vazio em massa do compressor: estado 3 - liquid saturado aT; transformagio 3 ® 4 & isoentélpica hy = hs estado 1 - vapor satuado a Ty ‘e portanto temos fixadas hy ¢ by Aplicando a primeira lei da Termodindmica ao evaporador. = mill) m- vazio em massa do fluido no eicio ortanto, fixando Q,, rt esti determinada. Nos ciclos de refrigeractio por compressio priticos (fig. 5.7.1), linha tracejada sempre se efetua, antes da ‘admisso a0 copressor, um certo superaquecimento do vapor, para garantit a inexisténcia de liquido naquele equipamento, ¢ também um sub-resfiiamento do liquido a ser expandido na valvula. Unidades usuais (para Q,): - TRou ton (tonelada de reftigeragio) 1 TR= 288,000 Buu/dia (taxa de calor que deve ser retirada de Agua a 32°F para a obtengo de 1 tonelada inglesa de gelo a 32°F por dia). A capacidade de um compressor de reffigeragdo, em TR, é definida para a unidade de reftigeragdo em um ciclo com T= SF T, = 86°F ATL= 9F ATy= 9F - Frig/h (frigoria por hora) 1 fiigh = Tkeal/h {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor Resale de Paleo E definida para um ciclo com T1 T2 -10°C 29°C ~keal/h Em qualquer caso deverio ser especificadas as temperaturas do fluido no evaporador (Ii) ¢ no condensador (T2) ¢ os graus de superaquecimento (AT,) e sub-restriamento (AT), além da capacidade da unidade, para que esteja determinada a vaziio em massa de fluido que o compressor deve aspirar 5.8. Controle de Capacidade do Compressor As caracteristicas de performance de um compressor alternative para uma determinada rotagao (fig 58.1,, so de vazdo praticamente constante para uma grande faixa de pressies. Quando um compressor alternativo atuem um sistema como, por exemplo, uma central de ar comprimido, que requer pressio de descarga constante para qualquer vazo de consumo, 0 compressor em si no ‘conseguiré atender as necessidades caracteristicas do sistema (fig, 5.8.1.) Toma-se necessério dotar 0 compressor de um sistema auxiliar que Ihe possibilta variar a vazio para, a cada instante, se poder manter uma variével qualquer (pressio de descarga, vazo em massa fomecida 20 sistema) no valor desejado, ou ris realisticamente, dentro da faixa desejada. B ALTERNATIVO (epm-const.) SISTEMA Q, - PERFORMANCE DE COMPRESSOR ALTERNATIVO E CARACTERISTICA DO SISTEMA FIG. 5.8. As caracteristicas requeridas pelo sistema vio defini: - tipo do compressor - em geral,altemativo ou centrifugo. - tipo do sistema de controle {INP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor Rinaldo de Foleo ~ acionador - rpm constante ou varivel Obscrvando a expressio da vazio de um compressor alternativo, ‘ v= traxn, D- diametro dos pistes do primeiro estigio £ - curso dos pistes do primeiro estaigio T - rotagdo do compressor z ~ mimero de efeitos dos citindros do primeiro estéigio x-mimero de cilindros do primeiro estigio iy rendimento volumétrico do primeiro estgio Verifica-se que a variago de qualquer das grandezas que participam da expresso, a menos de D e, ‘-constante para um dado compressor, ocasiona alteragsio da vaziio fomecida pelo compressor. TIPOS DE CONTROLE a) Variagio de rotagio do compressor A vaziio cm volume é propercional 4 rotagao do compressor. Para uma variago na rotagdo. ~ as eficiéncias de compressio e mecénica e 0 rendimento volumétrico permanecem praticamente os mesmos, ~ acfin e scfin so proporcionais & rotago ~ poténcia necesséria no eixo & proporcional a rotago ~ apoténcia necessaria no eixo por unidade de massa de giis permanece a mesma Esse ultimo fato cvidéncia que a variagdo de rotagao ¢ um meio bastante eficiente de controle de capacidade do compressor. Em geral, a capacidade pode ser reduzida dessa maneira até 50 as 75% da nominal, sendo que abaixo de 30% o compressor deve ser provido com um sistema especial de lubrificasio. 0s acionadores mais comuns que permitem variagaio de rotago sio: ~ turbinas, a vapor ou a gas - de 80 a 110% da rpm nominal, para um controle eficiente. = motor de combustio intema - de 50 a 110% 70 {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Aor: Paina de Paleo ~ motor de indugtio de rotor bobinado - até 60% Seu uso € contudo limitado, porque a poténcia total entregue ao motor ¢ basicamente constante em toda a faixa de rotagSes, quando a rotago € menor, parte da poténcia consumida simplesmente deixa de ser entregue a0 motor para ser consumida pelo reostado. motor de indugio com rotor em gaiola com acoplamento hidréulico (fluid drive) - contudo © acoplamento tem baixa eficigncia para rotastes diferentes da nominal - motor de indugo com vatiador de freqiiéncia b) Estrangulamento na suelo Neste caso o gés ma suesio é estrangulado por uma valvula manual ou comandada. A pressfio na entrada do compressor varia com 0 maior ou menor estrangulamento, ¢ sua influéncia sobre a performance do compressor jé foi analisada no item 5.5. Embora 0 controle por estrangulamento da sucgdo possa ser feito até vazo mula, ele é bastante limitado, até 5%, pois causaria temperatura de descarga excessiva (0 digarama T x s da fg. 5.8.2. mostra que © estrangulamento da suego causa aumento da temperatura de descarga), além de aumento da poténcia necessaria para re <3. E facil verificar que esse controle no ¢ muito eficiente , pois existem perdas de energia disponivel do fiuido no estrangulamento, causando um aumento do trabalho necessério por unidade de massa do gas Em compressores com acionadores de rotapdo constante frequentemente & empregada uma valvula de controle comanda automaticamente para manter constante a press4o no vaso de descarga (fig. 5.8.3.). FIG. 5.8.2. - AUMENTO DA TEMPERATURA DE DESCARGA DEVIDO AO ESTRANGULAMENTO DA SUCCAQ. a BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘autor: Retnoldo de Felon ch T FIG. 5.8.3. CONTROLE AUTOMATICO DA PRESSAO DE DESCARGA PELO ESTRANGULAMENTO DA SUCCAO. ¢) Recirculagio e descarga para atmosfera Quando € requerida uma vazio menor que a fornecida pelo compressor, uma parte desta pode ser recirculada da descarga para a succdo através de um bypass provido de uma valvula de controle (fig. 58.4). Estando o gis na desgarca em temperatura mais alta que na suogio, é nevessério que haja um resfriamento do gés recirculado, caso contrério as temperaturas de sues e descarga aumentariam progressivamente Sc houver um resfriador na descarga, a tomada de gis deve ser feita aps o permutador, se houver um na suogao, a entrada do gis reciclado deverd ser feita antes do permutador. Se no existirem esses permutadores, pode ser usado ainda um resfriador no proprio circuito de bypass (fig. 5.8.4). bh PLACA DE ORIFIC1O. FIG. 5.8.4. CONTROLE DA VAZAO POR RECIRCULACAO, nD {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Foleo Um outro esquemm para resfriamento consiste na injeydo de liquido no circuito de bypass, controlada automaticamente pelo sinal correspondente na sucgii (fig. 5.8.5,). Esse sistema é usado, por exemplo, em compressores de aménia. Para relagies de compressiio muito baixas, para pequenas vazbes de recirculago ou durante pequenos pperiodos niio é necessirio o resfiiamento. Ts WI LiQuioo FIG. 5.8.5, - RESFRIAMENTO DO GAS RECIRCULADO POR INJECAO DE LiQUIDO Quando a valvula de bypass é operada por instrumentos, os cilindros do compressor deverao ser super- dimensionados, porque mesmo com 100% de vazzio sendo enviada para consumo, a valvula deverd estar Jevemente aberta para permtitir controle nessa vazo. A recirculagiio é um método de controle pouco econdmico, pois a poténcia consumida é constante, independente do fato da vazio realmente entregue para consumo ser menor. Em compressores de varios estigios, para evitar um consumo de poténcia mais alto, faz-se recirculago no primeiro estigio, em geral. Para ar ou gases no perigosos ¢ baratos, ¢ feita simplesmente a descarga para a atmosfera. 4) Variagio do espago morto © fito de uma maior relago entre o volume deslocado causar uma diminuigio do rendimento ‘Yolumétrico do cilindro, ¢ portanto, da vazao por ele fomecida, é foi analisado no item 5.3.2. A variagio do espago morto de um cilindro pode ser conseguida de duas maneiras. IP CURSO - PERFORMANCE DEE GRANDES MAQUINAS ‘Audor: Reinaldo de Falco - variagdo continua (fig. 5.8.6.) 1 VARIACAO DESCONTINUA I~ VARIAGAO CONTINUA FIG. 5.8.6- ESPACO MORTO VARIAVEL - variagaio descontinua (fig. 5.8.6) [Existem um ou mais volumes em conexdo. com o cilindro, mas normalmente bloqueadas por plugs. O Jevantamento de cada plug causa um novo valor para o espago morto, ‘A variagdo descontinua ¢ facilmente adaptada para controle automitico. Até agora, a variago continua do espago morto controlada automaticamente tem sido muito pouco explorada comercialmente. Em compressores de estdgios, para evitar alteragdies nas pressbes intermedidrias, todos os estéigios devem possuir volumes disponiveis para variago do espago morto, de maneira que a mesma variagio de vazio ocorra para todos os estégios, mantendo as relagdes de compressiio previstas para os estos. controle de capacidade pelo espago nocivo é muito eficiente, pois mantém aproximadamente o mesmo trabalho consumido por unidade de massa do gis. Por outro lado, compressores de processo em geral necessitam apenas de pequenas variagdes. na vaziio fomecida, e portanto o mimero e o volume dos espagos mortos necessérios em um cilindro do minimos. © controle através da variagdo do espago morto tende, contudo, a sc tomar impraticdvel para ro < 1,8 porque nesse caso 0s espagos mortos deverio ser muito grandes para se conseguirem suficientes redugdes de vazao (baixos rendimentos volumétricos) €) Alivio nas valvulas de sucgio Um cilindro, ou uma das cimaras de um cilindro de duplo eftito, pode ter a vaziio fornecida reduzida a zero mantendo abertas as valvulas de sucgdo. Isso permite ao gis no cilindro retomar 4 sucs0. Isso permite ao gis no cilindro retornar & suoyao durante o ciclo de compressfio, com um minimo consumo de poténcia por esse cilindro (ver fig. 5.8.7). 74. {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. Aucor: Reina de Fao V FIG. 5.8.7. - DIAGRAMA p x V P/ CILINDRO COM AL{VIO NAS VALVULAS DE succAO Um cilindro de duplo cfeito pode ter a vazio reduzida a 50% ou anulada, aliviando respectivamente as valvulas de suogdo de uma edmara ou de ambas. O alivio é feito mecanicamente por um garfo comandado manual ou automaticamente, Este tipo de controle ¢ desvantajoso em dois pontos: ~ no € gradual - desbalanceia o compressor, pois no cilindro onde foram aliviadas as valvulas de sucgdo, a pressio 0 gés permanece em valores rmito baixo, causando forgas no girabrequim que niio equilibram as dos outros cilindros, ‘Também para esse sisterna, em compressores de varios estigios, todos os estigios deversio ter suas capacidades reduzidas proporcionalmente. ) Sistemas combinados Um sistema de controle de vazo bastante empregado em cilindros de duplo efeito combina a variago do espago morto com o alivio das valvulas d esucgdio. Esse controle ¢ capaz de fornecer 0, 25, 50, 75 € 100% de vazio nominal, e est descrito na fig. 5.8.8. 8 LIBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco Passo} 2) a ian os valustas succho VALY ABERTA ESPACONORTO 75% CAPACIDADE CAPAGIOADE — CAPACIDADE 00% CAPAGIDADE ESP MORTO ABERTO 50% 25% CILINDRO DUPLA AgAO NOTA, VALYULAS 0£ FIG. 5.8.8. - CONTROLE DE CAPACIDADE EM 5 PASSOS POR SISTEMA COMBINADO ESPACO MORTO E ALiVIO DAS VALVULAS DE SUCCAO. g) Parada e partida do acionador ‘Usado para compressores de ar, acionados por motor elétrico, ou motor de combustio interna Para motores elétricos, esse sistema é empregado para poténcias até 100 HP, principalmente até 10 HP (pois para motores maiores os cuidados na partida tomam-se cada vez mais problemiticos), ou para sistemas que provoquem um pequeno nimero de paradas. ‘Nesse tipo de controle, um sinal proveniente de um controlador da pressio do reservatorio de descarga atua uma chave que faz. partir o compressor quando a pressfio cai a um nivel tal como 90 psig ¢ desliga 0 acionador quando a pressio atinge 105 psig (para ar comprimido em pressao de 100 psig) Problemas de partida © compressor alternativo exige alto torque de partida. O torque do motor deve ser suficiente para vencer © torque resistente devido & compressio do gas e ainda possibilitar a aceleragio do conjunto até a rotago ‘nominal. ‘Os motores elétricos apresentam alta corrente de partida (até nove vezes a corrente nominal), e portanto: uum tempo de partida muito longo pode causar danos ao motor. Para evitar prejuizos a0 motor elétrico durante a partida do compressor, so tomadas as seguintes medidas a) Diminuigao da comente de partida, através de: -chave de redugo de tensfio - nfo se pode diminuir muito a tensdo, pois o torque de partida = & proporcional ao quadrado da tensio. 76 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor: Betnolde de Paleo ~ motor especial com baixa corrente de partida. ~ motor de maior tensio nominal. Exemplo: ) Diminuigio do torque resistente, possiblitando menor tempo de partida (até atingir a rotagéo de regime), da orgem de 10 seg. Existem varios modos: - Tecirculagdo de gés da descarga para a sucgiio-nesse caso a tubulagiio de bypass deve ser bastante ampla, para uma velocidade de 100 f/s. Algumas vezes o bypass é construido no proprio cilindro. ~ alivio das valvulas de suegio ~ abrir a descarga para a atmosfera, no caso de ar ou gases de pouco valor ~ fechamento da valvula de bloqueio da suegao Em compressores portateis acionados por motor de combustio interna é usada uma embreagem entre 0 motor e 0 compressor para poupar a bateria. 5.9. Estimativa da Poténcia Necessaria de Compressio DIAGRAMA INDICADO DE COMPRESSAO Consiste num diagrama p x V do gas no cilindro, registrado por um instrumento que é adaptado ao cilindro em fincionamento. Com isso, os valores indicados nesse diagrama s40 os reais, apresentando desvios em relagiio aos previstos teoricamente. Sua utilidade consiste em: - Apontar defeitos de valvulas, figas, etc para compressores de gis de grande poténcia. ~ Possibiltar verificar e promover a equalizagdio das condigdes de trabalhos dos cilindros. ~Possibilitar 0 céleulo do trabalho real necessério & compreensio. Como j foi visto no capitulo 5.4., 0 diagrama indicado apresenta algumas variagies em relago a0 te6rico, devido ao funcionamento das valvulas automiiticas. 2 LBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Rela de Faloo ‘Além disso, outras variagdes sto produzidas por efeitos de figas que se processam através das valvulas € dos anéis do pistio. Quando o pistio esta comprimido (fig. 5.9.1), ocorrem fugas para dentro do pistio pelas vélvulas de descarga tendendo aumentar 0 trabalho requerido, e fugas para fora do pistéio pelas valvulas de sucgao e, em geral, pelos anéis do pistio, tendendo a diminuir o trabalho requerido. Na expansio do gis do espago nocivo, ocorrem os mesmos fatos, com efeitos requeridos inversos queles da compressio. O diagrama indicado ainda é afetado como ja foi visto, pelas condigées de resfriamento do cilindro, que infiuenciam 0 coeficiente politrépico n, ¢ pela diferenca de comportamento que 0 ga apresenta em relagio 0s gases perfeitos, representada pelo fator de compressibilidade Z. FIG. 5.9.1.- EFEITOS DE FUGAS NO DIAGRAMA INDICADO {iP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Renaldo de Fao ‘TRABALHO E POTENCIA INDICADOS trabalho indicado em um ciclo W, para um cilindro, é o trabalho realmente empregado na compressfio do gis pelo cilindro, em uma rotaro completa do girabrequim. Corresponde, portanto, & frea do diagrama indicado registrado para o cilindro nas condigdes de servigo. ‘A poténcia indicada N de um compressor é a poténcia realmente empregada na compressio do gis pelo ‘compressor, ¢ portanto 2 Nord w i N-- poténcia indicada r-mimero de rotagées da unidade de tempo 1w- soma dos trabalhos indicados por ciclo para todos os g cilindros do compressor 7 Observar que se os cilindros forem de duplo efeito, deverio ser somados os trabalhos das duas cmaras. Embora jé tenham sido analisados os eftitos da perda de canga nas valvulas ¢ fugas no trabalho requerido na compressio do gas, esses fatos (e outros) tem ainda influéncia na vazio fornecida pelo compressor. RENDIMENTO VOLUMETRICO REAL DO COMPRESSOR ‘A vaziio em massa fornecida por um cilindro é menor do que aquela prevista teoricamente pelas seguintes raz®es: ~a temperatura da gua de resfiiamento em geral € mantida mais alta que a temperatura de suogao de B48, Quando 0 gas é admitido ao cilindro, recebe calor das paredes do cilindro aumentando sua temperatura € portanto o volume especifico. Dessa mancira, uma menor massa de gis preenchera. 0 cilindro. ~ As fugas do gis para fora ao cilindro pela vilvula de sucgo e pelos anéis do pisto durante a expanstio do gis no espago nocivo tem efeito positivo sobre a vazio (ver fig. 5.9.1.). Na compresstio do gis, essas fugas tem efeito negativo. As fugas para centro do cilindro pela vilvula de descarga durante a expanso pela valvula de descarga durante a expansio diminuem a vazao fornecida. Na compreensiio essas fugas no tem qualquer influéncia sobre a vazio. Devido & abertura da vilvula de sucgo, 0 volume aspirado pelo cilindro & menor, ¢ além disso, como a pressio do gis no cilindro durante o processo de sucgio é menor que a pressio de sucgo nominal, 0 volume especifico do gis seré maior, fazendo com que uma menor massa de gis preencha 0 cilindro 79. {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS “Autor Rinaldo de Falco ‘Na pritca, essa diminuigdo da vaio em massa em relagdio a tebrica ¢ levada em conta por uma corresio no rendimento volumétrico tebrico, resultando o chamado rendimento volumétrico real 7. BOTELER propée a seguinte formula para 0 rendimento volumétrico real: fator 0,97 (em lugar de 1,0) leva em conta a diminuigdo da vaziio em massa devido ao aquecimento do ‘gis durante & admissio e & perda de carga nas valvulas. Z.- fator de compressibilidade 1L- diminuigao do rendimento volumétrico devido as fugas 0,02 < L < 0,05 p/ compressores lubrificados 0,04 < L <0,10 p/ compressores nao lubrificados Em compressores lubrificados, as fagas pelos anéis do pistéo sio menores, devido ao cfeito de vedagdo do dleo. ‘Alem disso, observar que gases de menor peso molecular apresentam maiores fugas que gases mais densos. © conhecimento de nv para um dado cilindro, em dadas condigies de compressio, ¢ com o compressor funcionamento em certa rotagiio, permite prever qual ser a vazao realmente fornecida por esse cilindro. EFICIENCIA DE COMPRESSAO Quando se faz: a selego de um compressor para determinado servigo, é necessério estabelecer a priori a poténcia real necesséria & compressdo do gis, para que se possa especificar o acionador. Define-se como eficiéncia politrépica p de um cilindro para uma determinada compressao a relagtio entre a poténcia por unidade de vazio em massa necesséria & compressdo politrépica por unidade de vazéio em massa realmente empregada na compressfo. 80 BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor Reinld de Paleo my ~ Yaro em massa prevista para a compressio politrépica m_- vazdo em massa real Np - poténcia politropica N -poténcia real Lembrando que 1. Telagio de compressao do cilindro 1 -nimero de rotagdes na unidade de tempo v = volume especifico temos: IMPORTANTE Lembrar que a poténcia nevessiria 4 compressio deve ser calculada como a soma das poténcias para os diversos cilindros. Somente dessa maneira poder-se & levar em conta variagdes da vaziio em massa nos diversos estigios, efeitos do resfriamento nos intercooler, etc. si {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Altar: Reinalda de Falco Sto definidas ainda eficiéneias de compressfio isotérmica (t)e isoentrépica (8). Ns ms N th A eficiéncia politrépica 6, contudo, a medida mais aproximada da eficiéncia térmica (relagdo entre aumento da energia disponivel do fluido ¢ trabalho dispendido na compressiio) do proceso de compressio, pois leva em conta o aumento real de temperatura do fluido. Observe que para compresses com resftiamento abundante, proximas a isotérmica, pode-se ter s> 1, © que nao faz, sentido no consenso comum do termo eficiéncia Para o célculo da poténcia necesséria para a compresséo, porém, qualquer das eficiéncias definidas pode ser empregada, levando a um valor consistente para a poténcia. Como o uso da eficiéncia politropica resume 0 conhecimento do coeficiente politropico n_e este, em geral, s6 pode ser determinado em teste, é mais cémodo o emprego das eficiéncias isoentropica e isotérmiica. Em compressores comuns, SCHEEL indica um valor médio da eficiéncia isoentropica Ns = 83,5% Esse é um valor médio geralmente usado pelos fabricantes, execto para re < 2,2, quando entiio os valores de h, s%o mais baixos. Um certo cuidado ¢ necessirio no emprego dos valores das eficiéncias de compressa, pois outros autores se referem a elas como 0 quociente da poténcia te6rica necessiria por unidade de vaziio em massa de gis pela poténcia necessiiria no eixo do compressor por unidade de vazo em massa POTENCIA EFETIVA NECESSARIA (NO EIXO DO COMPRESSOR) - EFICIENCIA MECANICA A poténcia efetiva de compresso Ne para determinadas condigdes é aquela que realmente deve set entregue a0 compressor. 5 obviamente maior que a poténcia indicada do compressor para aquelas condigées, pois existem atritos entre as partes méveis do compressor responsaveis por perdas de poténcia, € portanto, da poténcia eniregue ao compressor (poténcia efetiva de compressio) apenas uma parte & aproveitada na compresstio do gas (poténcia indicada). 82 TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Paleo Define-se como eficiéncia mecfnica do compressor Y]q_ 2 relagio aN Ne Tn 'g- mimero de cilindros do compressor Conhecendo-se ento valores aproximados para a eficiéncia de compresstio (np, 78, nf) e a mecénica hum, é fécil prever qual ser a poténcia efetiva de compressio Ne no 1g (aw, MT MN ou Para a eficiéncia mecdnica SCHEBL indica: & Ne->) (Ney Ne Esse célculo presume perdas por atrito Ny = x (Wep* contudo geralmente calcula-se n= Oy que fornece suficiente aproximagao 83 {IRP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘itor: Relnal de Pleo Se nio existem perdas na transmisstio de poténcia do motor para o compressor, a poténcia necessiria do acionador Nx medida em dinamSmetro (brake horsepower - BHP), ou seja, apoténcia que o motor deve poder entregar no eixo, é igual & poténcia efetiva de compressiio Ne. ‘Havendo perdas na transmissdo, a poténcia necesséria Nm sera obtida pelo quociente da poténcia efetiva pela eficiéncia da transmissio Ns aM 1, Nm ‘Ainda segundo SCHEEL. ~ para redutores de engrenagens de simples reduydo ou redugdo por correias em V - nx = 97% ~ para redugdes por correias planas com polias esticadoras- me = 95% ~ idem, sem polias esticadoras - nye = 92% ~redutores de engrenagens de dupla redugo - my = 96% CALCULO DA POTENCIA NECESSARIA A COMPRESSAO USANDO DIAGRAMAS DE PROPRIEDADES TERMODINAMICAS DO FLUIDO Como ji foi visto no item 53., a poténcia necesséria & compressio em um cilindro, para um cilindro isoentropico, pode ser calculada por: Ns = ms (ho. hy) 1m vazo em massa de gis no processo isoentropico h - entalpia especifica (por unidade de massa) do eis Sendo as condigies de suoydo do gis p: T1 conhecidas, a entalpia hi pode ser facilmente determinada, pelo uso de um diagrama Txs ou p x h, ou de uma tabela das propriedades do fluido. Para um processo isoentripico. & =5 - entropia especifica do gis Comp a presséio necesséria da descarga pa é conhecida pa DIAGRAMA = hz 2 ; {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Retna de Faleo by hogy he FIG, 5.9.2, - CALCULO DA POTENCIA DE COMPRESSAO PELO DIAGRAMA p xh Portanto, fica conhecida a poténcia necesséria & compressiio por unidade de massa supondo o processo ‘isoentropico. N, a Como jé sabemos que a poténcia N necessaria & compressio no processo real Ns Conhecendo, portanto, a eficiéncia isoentrépica do cilindro, é facil determinar a poténcia real necesséria & compressio. Se 0 processo real for adiabitico (embora mio isventrépico) € facil ainda determinar qual sera a temperatura de descarga Ts, N = 7a (hy - hy) {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS ‘Autor: Reinaldo de Falco Sendo a poténcia N ja conbecida, h2 pode ser determinada, ¢ Pe } DIAGRAMA Ty fy Todo o procedimento seguido esté mostrado na fig. 5.9.2 Se 0 processo real for comtroca de calor, temas. N= m Qy-h) +Q Q.- taxa de calor cedida pelo fluido durante a compressiio para determinar a temperatura de descarga pelo diagrama, serd necessério conhecer a taxa de calor trocado. Tendo a poténcia N total (soma das poténcias necessarias 4 compresso em todos os cilindros), 0 célculo da poténcia necesséria no eixo do compressor segue 0 caminho jé apresentado anteriormente 5.10. Compressores nio Lubrificados “'S3o usados para trabalhar em sistemas em que no pode haver contato do éleo com o g: ‘Na verdade, somente 0 cilindro ¢ a vedagao da haste nao sao lubrificados, os mancais do girabrequim e as articulagdes das biclas sio lubrificados pelos sisternas usuais. Empregant-se comumente compressores alternativos nio lubrificados nas scguintes aplicages ~ compressio de O, - pois poderia haver combustio do lubrificante pelo Ox em alta pressfio e temperatura ~ Compreensio de gases que reagem com os lubrificantes - exemplo, Ch, - Sistemas de reftigerago - no evaporador a temperatura & baixa ¢ paderia haver a deposigfio do dleo que fosse arrastado pelo gis prejudicando a transferéncia de calor. - Fabricagdio de valvulas, medicamentos, alimentos ~ no pode haver a contaminago do gis pelo dleo. ~ Ar comprimido para limpeza de moldes de fundigao — 6leo iria com o ar para o molde ¢ vaporizaria durante 0 vazamento, causando bolhas na pera. ~ Ar comprimido para instrumentos — 0 leo poderia bloquear os tubos, que tem pequeno didimetro, ou os instrumentos, IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS. Autor: Reinalio de Foleo - Compressio de butadieno, hélio, CO, ¢ na sintese de aménia ~ inexisténcia de lubrificantes adequados para temperaturas muito baixas. INCONVENIENTES DOS COMPRESSORES NAO LUBRIFICADOS ~ menor vida - pois os ants € o cilindro se atritam diretamente, desgastando-se mais ~ maior poténcia necesséria - devido ao maior atrito. ~ menores rotagdes — para evitar desgastes excessivos, causando maiores dimensbes para mesmas capacidades. Para menores rotag6cs, os motores elétricos deverfio possuir maior nimero de polos, e sero portanto mais caros, ~ maiores fugas - nos compressores lubrficados, o dleo auxilia a vedagao entre pistdo e cilindro. = manutengo mais freqtiente — nos compressores lubrificados, 0 leo forma pelicula que protege contra corrosio. 87 BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS Autor: Rotnalde de alco ‘TIPOS DE COMPRESSORES NAO LUBRIFICADOS - CARACTERISTICAS "Compressores de membrana ou diafragma (fig. 5.10.1)" LIMITADOR INFERIOR DA MEMBRANA FIG. 5.10.1. - COMPRESSORES DE MEMBRANA. ‘Ao subir, 0 pistio comprime o leo, ¢ este empurra a membrana, causando a compressio do gis. No retorno do pistdo, o leo é descomprimido, a membrana volta, permitindo a entrada de gis. Sao compressores de baixa rotago, 120 a 500 rpm, em um estigio fornecem vazies de 1 a 100 mi'/h em baixas pressdes, até 15 kg/cm’, em dois ou trés estégios, fomecem de 3 a 65 m'/h, em altas pressdes, de 85 até 1000 ke/omt’. - Compressores com anéis de carvio ou teflon ‘Nesses compressores, os antis do pistio ¢ a vedagao da haste so fabricados em material que forega baixo atrito, em geral carviio bastante denso ou teflon. [Nos anéis do pistio, o teflon tem apresentado methores resultados que o carvo. No engaxetamento da haste, contudo, pelo fato do teflon ter condutibilidade térmica muito baixa, todo o calor gerado pelo atrito ¢é dissipado atraveés da haste, fazendo com que esta se aquera em demasiado. Os melhores resultados se conseguem geralmente, portanto, usado anéis de pistéo de teflon e ‘engaxetamento de carvio. Contudo, para orientar a selegéio em aplicagdes especiais, se apresentam algumas comparagSes entre propriedades de dois materiais. 88 IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULO L ator: Reinaldo de Flo TEFLON Boas propriedades ~ plistico - fabricagdio facil ~ exeelentes propriedades anticorrosivas - resisténcia quimica ao O; ~baixo coeficiente de atrito ~ no contamina o gis Deficiéncias - suporta apenas T < 500°F - baixa condutibilidade térmica ~ muito flexivel CARVAO Boas propriedades ~ rigidez ~ baixo coeficiente atrito -resisténcia a temperaturas altas Deficiéneias - fragilidade ~ seu 6 é abrasivo ~ condensago no eilindro forma pasta com o pé, impedindo bom funcionamento = nflo se deforma, e portanto pequenas deformagées do cilindro causam folgas 89 {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS - MODULO ‘Astor Reinaldo de Foleo Para esse tipo de antis, so muito preferidos cilindros verticais, que evitam desgaste excessivo dos anéis, causado por cargas laterais provenientes do peso do pistao. Compressores grandes de processo sfio geralmente, contudo, horizontais, para evitar acréscimo de forgas nna haste, biela, eixo e mancais devido ao peso do pistiio. Nesse caso, & usada uma segunda haste ligada a0 pisto do lado do cabegote (tail rod)a qual deslisa num suporte ligado ao cabegote, sustentando assim urna parte do peso do pistio. Tanto o cilindro como a caixa de selagem da haste devem ser providas de camisas para a circulagio de gua de resfiamento. Para impedir que algum éleo proveniente do cardter chegue ao cilindro pela haste, uma pega distanciadora (distance piece) de comprimento suficiente é inserida entre a carcaga ¢ 0 cilindro, de modo que durante 0 curso do pistéio nenhuma parte da haste que entre na carcaga, onde existe a lubrificago pelo éleo do cérter, entre também no engaxatamento, Além disso, um defletor na haste do pistio impede que 0 dleo escorra pela haste ¢ afinja o engaxatamento. AAs hastes dos pistes e camisas dos cilindros devem ter acabamento espelhado, para possibilitar minimo atrito, ~ Compressores de labirinto (SULZER) ‘Nesses compressores, a vedagao entre pistio ¢ cilindro é efetuada por um perfil tipo labirinto reto {formado por ranhures reatizadas no pisto e no cilindro (ig. 5.10.2). com anéis ¢ lubrificago, apresentando fugas da ordem 90, {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS - MODULO ‘Autor Renaldo de Faleo L~ PIstiio 2 - chindRo 3 - cagegoTe FIG. 5.10.2. - COMPRESSORES DE LABIRINTO 31 {FORMANCE DE GRANDES MAQUINAS - MODULO L Foleo Para assegurar a folga radial necesséria entre pistio ¢ cilindro existe, além da guia normal da haste, uma segunda guia na pega distanciadora provida de anéis raspadores de éleo, a qual atua diretamente na hast. A vedagio da haste & feita por angis de carvio também com perfil labirinto, ¢ com uma pequena possibilidade de deslocamento radial para centrarem com a haste. Esses compressores apresentam cilindros em linha, dispositivos verticalmente para faclitar o alinhamento. A auséncia de atrito entre pistio ¢ cilindro toma possiveis maiores rotagdes que as do tipo de antis de carvao ou teflon. Por exemplo: INGERSOLL - RAND XLE. (anéis de carvao ou teflon para os nao lubrificados) SULZER ‘Maiores rotagées possiveis significam menor tamanho para mesma capacidade, ¢ também menores fugas pelos labirintos Em inicio de servigo esses compressores necessitam alto torque de partida, € portanto alta corrente, porque os pistes "agarram’um pouco nos cilindros. Apos uma série de funcionamentos durante ‘pequenos intervalos de tempo, todavia, a corrente de partida atingira valores normais. Os compressores de labirintos surgiram em 1935, e tem sido aplicados com sucesso em servigos dificeis ‘como compressio de oxigénio cm quatro estagios a 2400 psi ¢ compressio de cloro em dois estigios a 2 {TBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULO I “Astor: Relaaldo de Faloo 170 psi. 5.11. Compressio de Gases Corrosivos ou Téxicos ‘Causa a necessidade de escolha adequada de materiais para o cilindro € acessorios que esto em contato com o gas, em fungio de resisténcia 4 corrosio, resisténcia ao desgaste, facilidade de fabricagdo ¢ resisténcia mecénica, (Os materiais para os cilindros sfio geralmente selecionados por resisténcia, dependendo do dimetro e da pressio de projeto do cilindro. Sao usualmente empregados ferro fimdido, ago carbono, ago carbono fundido e ago carbono forjado. Quando usadas, camisas para os cilindros so geralmente de ferro fundido de baixa liga. Os pistes so geralmente de ferro fundido, com anéis de ferro fundido, bronze ou teflon. O material dos anéis é escolhido mais do ponto de vista de compatiblidade com o material do cilindro do que resisténcia 4 corrosio propriamente. s anéis tri-partidos do sistema de sclagem da haste podem ser de ferro fundido, bronze, teflon, nylon, tendo em vista novamente a compatiilidade com o material da haste. Ago inoxidavel 410 satisfaz como material da haste para a maioria das aplicagdes. Em alguns casos de corrosio severa, uma liga de alto niquel ¢ mais adequada. \Valvulas de aco inoxidével 110 combinam boas propriedades mecdnicas com resistencia 4 corrosio. Os assentos € batentes das valvulas so geralmente de ferro findido ligado, ago carbono ou ago inoxidavel 410. Para evitar a corrosao nos cilindros, é fundamental impedir a entrada de condensado ou a sua formagao no proprio citindro 0 tiquido fava a pelicula de hibrificante, destruindo-a e promovendo desgaste répido do cilindro, anis do pistao ¢ valvulas. Além disso, o liquide pode acelerar a corrosio. ‘A melhor prevengdo contra a entrada de liquido prover a linha de sucgo com um purgador ou um tambor de separago de condensado proximo ao cilindro. Se 0 gis que entra no cilindro esta proximo da condigio de saturagio pode ocorrer condensago no cilindro se a temperatura da agua de resfriamento est abaixo do ponto de orvalho do gés. Uma boa pratica para esses gases consiste em manter a temperatura da gua 10 a 15° F acima da temperatura de saturaglio do gis na sucgdo. Em alguns casos de compressiio de hidrocarbonetos, as pressdes temperaturas de operagéo permitem a circulago natural do fuido de resfriamento. Geralmente se usa um. sistema fechado, no qual o fluido resftiador (Agua, etileno glicol ou leo) circula entre as camisas ¢ um pequeno tanque. As camisas ¢ os tubos 40 dispostos de maneira a permitir a circulagio natural. Esse arranjo. tem a vantagem de equalizar as tens6es provenientes da dilataro do cilindro a manter alta a temperatura do fluido de resfriamento, evitando a condensago do gis que entra no cilindro. Em casos extremos, 0 gis € aquecido antes de entrar no cilindro. Isso é feito raramente porque 0 aquecimento aumenta o volume especifico do gis, diminuindo a vazdio em massa fornecida pelo cilindro. 9 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS - MODELOT ‘utr: Reinaldo de Fao Quando possivel, as entradas e saidas de gas devem ser dispostas de mancira a facilitar a saida de liquido. Em cilindros horizontais trabalhando com gases timidos, por exemplo, a sucgo estari preferivelmente na parte superior do cilindro e a descarga na parte inferior Uma outra considerago importante no controle da corrosio é a selagem da haste do pistiio. Como a haste entra ¢ sai da atmostera corrosiva no cilindro, existe possibilidade de contaminago do éleo do carter ou ento da haste levar umidade do ambiente para dentro do cilindro. A contaminagiio do éleo do carter € evitada pelo uso de uma pega distanciadora de comprimento suficiente Na compressdo de gases ccrrosivos, inflamaveis ou t6xicos, ou quando se quer evitar o contato da haste com a atmosfera, é prevista em geral uma peca distanciadora de dois compartimentos. O compartimento do lado do cilindro € selado, dotado de dreno com vilvula de bloqueio © um vent para permitir pressurizagio ou purga com gis inerte. © compartimento do lado da carcaga pode ser aberto ou fechado, também sendo nesse caso Fressurizado ou purgado com gis inerte. Entre os dois compartimentos, existe sclagem por anéis partidos, com ou sem lubrificago, conforme o caso. 5.12. Vibragées em um Compressor girabrequim de um compressor alternativo esta sujeito a vibragbes torcionais, resultantes dos esforgos resistentes devidos & pressio do gis ¢ as forgas de inércia provenientes da aceleracio e desacelerago das pecas em movimento. ‘A freqiiéncia natural do conjunto rotativo pode ser controlada pelo projeto adequado do acoplamento centre © compressor ¢ o acionador, pelo uso de contrapesos no girabrequim, para compensar as massas ‘com movimento alternative, e por um compromisso entre a massa do rotor do acionador © a massa do cconjunto rotativo do compressor. Esses fatores deveriio ser correlacionados para manter as freqiiéncias naturais de vibrago distantes do intervalo de operagao. ‘Além do. problema de vibragio torcional, é necessério investigar a variagio do torque resistente quando sfo usados como acionadores motores elétricos e turbinas a vapor com redugo por engrenagens Sc o acionador ¢ um motor de corrente alternada, um volante com momento de inércia suficiente deve ser acoplado ao eixo para manter a pulsagdo da corrente (devido a variago de torque) dentro dos limites toleriveis estabelecidos pelo fabricante do motor. Em caso contrério, ocorrerd superaquecimento do motor e a operago terd baixa eficigncia. No caso de motores sincronos, a pulsagao pode ser tio grande a onto de tirar 0 motor de sincronismo, interrompendo a operago. Em compressores acionados por turbinas a vapor com redugdo por engrenagens poderio ocomer quebras de dentes causados pelos choques provenientes de excessiva variagdo do torque, 5.13. Instrumentagio de Protegio ‘Alguns instrumentos para protesiio automiitica de compressor deverdio ser previstos, evitando que o ‘operador seja obrigado a verificar a todo instante sc o compressor opera em condigdes normais, ¢ 34 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS-MODULOT “Autor: Reinaldo de Foleo possibilitando maior seguranga de trabalho. Em geral, os instrumentos so escalonados para enviar um sinal a um alarme se 0 valor da grandeza medida se afasta do normal, possibilitando assim ao operador verificar ¢ conti a falha, ¢ interrompendo © funcionamento da maquina se a grandeza chega a um valor critico que podera afetar a seguranga de ‘trabalho ou prejudicar a maquina. Algumas variaveis geralmente controladas por dispositivos de protego sio: Condensado no pogo | nivel do intercooler acimanormal | alto reserva. | nivel acimanormal | alto trio Oleo do sistema de nivel baixo muito baixo Iubsiticagao T cima normal i P - baixa nivel de condensado no intercooler deve ser mantido abaixo de certo valor, pois em caso contrario © liquido sera arrastado para o proximo estéigio do compressor. Se a quantidade de condensado no cilindro for razoavel, sendo o liquido incompreensivel, o compressor poderd soffer sérios danos O acionador também deveré ter protegio. ‘A instrumentago contudo deve ser a estritamente necessiria, caso contrério © compressor podera sofrer frequentes interrupedes, causando prejuizos ao sistema em que ele atua sem necessidade real 5.14. Bombas de Vacuo Alternativas MEDIDAS DE VACUO 95 [BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULO T ‘tor Rein de Foleo A indicagao do vacuo pode ser feita de trés maneiras: 4) presfio absoluta p, sendo 0

d > 0 d = p,seo vavuo é absoluto d= 0 quando no ha vécuo nenhum ©) grau de véeuo gv= 0 < By < 100% {nenhum vicuo) (vacuo absoluto) Exemplificando: se p= 0,05 kg/om’ abs © po = 1.0 kg/ent abs - pressdo absoluta p= 0,05 kg/cm* abs ~ depressiio d= 1,0 - 0,05 = 0,95 kg/cm? 05 ~graude vacuo gv= x 100 = 95% 10 CARACTERISTICAS DE SERVICO DAS BOMBAS DE VACUO Possuem o mesmo prineipio de funcionamento que os compressores alternatives. Se o reservatério de sucpo for fechado, urna bomba de vicuo deve ser capaz. de manter nele uma presso absoluta bastante reduzida, descarregando & pressdo atmosférica ou em presséo um pouco maior. Embora uma bomba de vacuo alternativa pudesse ser considerada basicamente um compressor de baixa pressio, ela possui certas caracteristicas de projeto e performance no usuais, em consequéncia das suas peculiares condigdes de servigo. Essas condigbes so ~ pequenas presses, 0 que permite construgo menos robusta, em comparago com os compressores, 08 pistdes sio grandes em relago &s hastes. - a relagiio de compressdo por cilindro pode ser mais levada que no caso dos compressores, pois devido & pequena densidade do gis, a vaziio em massa de gis e o calor cedido so pequenos, 96 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS - MODULO ‘ator Reinaldo de Feleo ~ presses de suogo de 0,5.a.5 in Hg abs., e presses de descarga 30 in Hg ans. (~1 kg/onn e maiores, so comuns em servigos para bombas de vacuo. Assim, as bombas de vacuo devem comprimir vazies razodiveis contra relagdes de compressao 6 a 60. Como o rendimento volumétrico é menor quanto maior for a relago de compressio, toma-se necessirio compensar esse efeito mantendo 0 espago nocivo do cilindro bastante pequeno, Para isso, o projetista prevé poucas valvulas e menores Areas das valvulas que ‘no caso de compressores, A maior velocidade do gas através das valvulas resultante desse fato néo tem. grande importincia, pois as perdas por atrito decorrentes so pequenas, devido & baixa densidade do Bis. ARTIFICIOS PARA AUMENTAR O RENDIMENTO VOLUMETRICO Bombas de vacuo de simples estégio so usadas em geral para pressbes absolutas de suogo de 1,5 in Hg © maiotes. Para menores pressbes absolutas, sfio empregadas em dois estigios, pois a eficiéncia volumétrica da bombas em apenas um estigio seria muito baixa. Esses dius estigios podem ser realizados de uma maneira bastante interessante. Um cilindro de dupla ago & provido de um cabepote especial, de tal maneira que a cimara do lado do cabegote firnciona como 1° estigio, ¢ a do lado do girabrequim como o 2° estigio. Tendo as duas cimaras 0 mesmo volume deslocado, o primeiro estigio ird fiuncionar com baixa relago de compressio, permitindo, portanto, que compressor opere com alto rendimento volumétrico. Embora o volume deslocado do cilindro de dupla ago destinado a operar em dois estigios seja apenas metade de um cilindro igual operando em apenas um estgio, sob alto vicuo a capacidade resultante da miquina de dois estagios € maior do que a da bomba de ‘vacuo de um estégio, devido ao bem maior rendimento volumétrico. ‘Em maquinas de dois estdgios, nio so necessarias intercoolers, mesmo para vacuo muito intenso, devido ao relativamente baixo aumento de temperatura do gés. Outro artificio para aumento do rendimento volumétrico em bombas de viicuo ¢ a compensagio do espago nocivo em cilindros de dupla agio, mquinas de simples estégio. Consiste em por em comunicagao, nos pontos mortos, as duas cfmaras do cilindro, por meio de canaletas praticadas na parede do cilindro (fig. 5.4.1). ‘No momento em que a descarga termina em uma cdmara, o gis restante no espago nocivo ¢ descarregado ‘na outra cfimara. ‘A melhoria que se consegue no rendimento volumétrico com essa compensagio é evidenciada no diagrama p x V (fig. 5.14.2). ” {1BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULOT Autor: Reinaldo de Felco FIG. 5.14.1. - COMPENSACAO DO ESPACO NOCIVO PA cawarar CAMARA 2 FIG. 5.14.2. - DIAGRAMA p x V COMPENSACAO DO ESPACO NOCIVO A pressio p' € a pressiio de equilibrio nas duas c”maras do cilindro, quando as canaletas as colocam em comunicagao, nos pontos mortos do pistiio. © exame do diagrama mostra que com a compensagiio do espago nocivo consegue-se melhorar 0 rendimento volumétrico, porém em troca o trabalho necesséio é maior. 98 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULO I ‘Autor: Raina do Faloo TEMPO PARA PRESSURIZACAO OU DESPRESSURIZACAO DE UM RESERVATORIO DE GAS Consideremos um compressor ou uma bomiba de vécuo em volume deslocada Qu que deve pressurizar até a pressdo p um reservatério de gis de volume V, inicialmente a pressiio P,. ‘Vamos estimar tempo t necesséirio para esse processo. Suponhamos que haja suficiente troca de calor entre o gis no reservatorio © o ambiente para que a ‘temperatura do gis permanega constante. Sejam dm a massa de gis aspirada do reservatorio durante 0 intervalo de tempo dt, do instante t ao instante t + dt. Como: pV =mRT ( = dp) V= (m- din) RT tem-se Vdp = dmRT esendo dv =vdm= = dm P resulta Yap P av Por outro lado = oy. Q. dt m_- massa de gas no reservetorio no intante P - press2o no reservat6rio no instante t V - volume especifico do gis no reservatério no instante t dV - volume de gas & pressio do reservatorio retirado no tempo dt @y ~ rendimento voluméirico do compressor no instante t 99 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULO T ‘Astor: Renaldo de Falco Igualando as expresses para dV. =9,Qddt Sendo a fingo py = gy (p) em geral facilmente conhecida para um compressor ou bomiba de vacuo alternativos, 0 tempo t pode ser estimado. ‘Se 0 compressor também tem a pressio de descarrega variando ao longo do tempo, torna-se necessiirio estabelecer para cada instante as presses p de sucgioe pide descraga, para se ter, = oy(p)e poder calcular o tempo de proceso pela mesma equago j4 estabelecida, Note que fazendo também a hipétese de temperatura constante para o gis no reservatério de descarga, e tendo conhecido o seu volume V'a pressio inicial p,, € facil estabelecer p'= p'(p). ‘De fato, aplicando ao reservatério de descarga o mesmo raciocinio ja feito para o reservatorio de sucgio. dV" volume de gas & pressio de descarga cedido ao reservatorio de descarga no tempo dt Tendo também av'=av 2. PB resulta, av'=av temse 100 {18D CURSO - PERFORMANCE DE GRANDRS MAQUINAS - MODULO T ‘Astor: Reina de Fae V dp - Vidp' pte = K(p— PY plo =< -(p~ po) Para qualquer instante e postanto @v = @v (p) pode scr facilmente estabelecid. 5.15. Especificagaio de Compressores ‘Normalmente a requisigiio ou especificagio de um compressor é composta dos seguintes elementos: a) Requisigdio de material ) Folhas de dados dos equipamentos ©) Especificagdes ou normas de engenharia 4) Notas gerais para fornecimento de equipamentos mecfinicos a) Requisigso de material B a folha de capa ou rosto da especificagio © compde-se basicamente da relagiio de itens a serem fornecidos (extend of supply), lista de normas, documentos ancxos ¢ termos de responsabilidade. ) Folhas de dados dos equipamentos ‘Nas folhas de dados dos equipamentos sao colocados os dados de processamento, de utilidade e detalhes técnicos de cada equipamento a ser fornecido. Além das informages fomecidas pelo comprador do equipamento, a folha de dados deve conter espagos c/ou linhas para informagées a serem fomecidas pelo proponente, esclarecendo detalhes técnicos do equipamento selecionado. Devettio existir tantas folhas de dados quantos forem os equipamentos incluidos na relagdo. de fornecimento. ‘Normalmente na compra de um compressor teremos: ~ folha de dados do compressor - folha de dados do acionador - folha de dados do redutor (se houver) - folha de dados dos resfriadores 101 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULO E ‘Autor Renaldo de Faleo ~ folha de dados das bombas e acionadores auxiliares (anexo encontramos folha de dados dos compressores altemativos extraida do API-618) ©) Especificagées ou normas de engenharia Todas as grandes compankias dc petréleo, petroquimica e quimica, além das tradicionais companhias de projeto, possuem suas nomas ou "standards"para especificagoes de virios equipamentos, inchuindo os compressores, acionadores, redutores e equipamentos auxiliares. ‘Nessas normas sio fixados detalhes de projeto, construgdo mecfnica, teste que devem ser observados pelo proponente ma construszio do equipamento. Essas normas cvidentemente variam de uma companhia para outra ¢ de um tipo de indistria para outro, mas existem no entanto, alguns "standards", como por exemplo os do "Americam Petroleum Institute"(API), que so indicados diretamente para a indiistria do petréleo © petroquimica, mas que podem ser usados com algumas adaptagSes para algumas indiistrias quimicas, onde a confiabilidade Seguranga operacional sejam fatores de maior importancia, que 0 custo inicial do equipamento. O "standard!'do API que especificam os requisitos bisicos de projeto de maquinas rotativas para servigo cem refinarias de petréleo sd APL-617 —_- Centrifugal Compressors for Refinery Service APL618 —_- Reciproating Compressors for Refinery Service APL611 — -Steam Turbine for General Refinery Service APL-612 __- Steam Turbine for Special Purpose Refinery Service API-613 _- High-speed, Special Purpose Gear Units for Reffrery Services APL-610 __- Centrifugal Pumps for General Refinery Service APLRP-S40 - Eletrical Installations in Petroleum Refineries APL614 —_- Lubrification, Shaft-Sealing, and Control Oil Systems for Special Purpose E importante acrescentar que, apesar da grande utilidade ¢ accitagiio dos “standards do API em todo mundo ocidental, alguns fabricantes e usuarios europeus tem normas de fabricago que diferem ¢ apresentam excerGes em relagiio ao API, principalmente na questo dos padres de “fittings” de tubulagaio caldeiraria, sem que no entanto sejam considerados inaceitéveis 4) Notas Gerais para fornecimento de equipamentos mecinicos: E a norma que estabelece os requisitos gerais para fomecimento de equipamentos mecfinicos e deve conter entre outras as seguintes informagées: ~ Local ¢ prazo para envio das propostas - Idiomas aceitaveis ~ Condiges de garantia ¢ assisténcia técnica ~ Documentos ¢ mimero de cépias a serem enviados com a proposta ~ Desenhos ¢ manuais requeridos apés a autorizagao de fornecimento, estabelecendo prazo para envio ¢ niimero de cdpias. ~ Identificago do equipamento, 102 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULOT (itor Reinaldo de Faloo - Lista de excesses is especificagdes etc. (ver exemplo anexo) DEFINICAO DE TERMOS PARA ESPECIFICACAO E SELECAO DE COMPRESSORES, ALTERNATIVOS, SEGUNDO O API-618 ~ Pressio mixima admissivel 1E a maxima pressio continua de operagio, bascada na qual o fabricante projetou o compressor. (quando comprimindo o gis especificado & presstio especificada). ~ Temperatura mixima admissivel E a maxima temperatura para qual o compressor foi projetado. (quando comprimindo o gas especificado & presstio especificada). - Presstio de descarga nominal (rated). E a maior pressio necesséria para atender as especificagdes do comprador para o servico em questio. ~ Temperatura de descarga nominal (radet) 1B a mixima temperatura esperada de acordo com as condigies de servigo especificadas. ~ Rotagao mixima admissivel Ea mixima rotagdo para a qual o compressor sclecionado permite operagdo continua. ~ Rotagdio maxima continua. E sinénima da Rotagio mixima admissivel. ~ Rotago nominal B a maior rotagio de operagdo necesséria para atender as condiges de servigo especificados. ~ Condigies de projeto O.uso do termo "projeto” deve ser reservado ao fabricante do compressor e evitado pelo comprador do equipamento. ~ Poténcia nominal (Rated horse power) # a mixinn poténcia garantida que o compressor consome para atender a todas as condigdes de ‘operagao especificadas. Perdas do acionador deveriio ser computadas & parte. 103 {IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS - MODULO “Autor: Reinaldo de Faloo 0. AAEM NO. HAS ORDER NO, REQUISITION NO, RECIPROCATING COMPRESSOR DATA SHEE INgUIRY RO. PASE NO. —— we ‘APPUGAGLE TO: PROPOSAL E) PURCHASE] AE BUT) DATE SERIAL NS. eS eS = RATES Mit DRIVER FURNISHED BY! G) COMPR MFR RATED OPERATING CONDITIONS {EACH MACHINED —| [Tew novseavice STAGE “APPLICABLE SPECIFICATIONS STANDARD 61 1 STANDARD 615, GAs COMPRESSED CORROSIVE DUE TO RELATIVE HUMIDITY a MOL Wer, AT INTAKE — yf VALUE, AT SucTION = AccessoRtES —__ eae folie NAS A cea. Gi PutsaTion’ (DAMPERS! WowME TRIE TEMP, DES F Bormues) INLET PRESS, PSIA. INTERSTAGE alpine DISCHARGE TEMP, DES F 1G INteReoousRs DISCHARGE PRESS. PSA [C) SEPARATE MOISTURE SEPARATORS ZAT SUCTION Wriears AT DISCHARGE 1G ArTeRcooueRs — 1 COOLING WaTeR FIRING, SINGLE ‘CAPACI NORMAL INLET.OUTLET MANIFOLD. Ub PER HR, Wer 1D INSTRUMENT PANEL INLET CFM {Corectd MscFD PER ScrM BRAKE HORSEPOWER/STAGE NORMAL BRAKE HORSEPOWat VT NET WGT COMPLETE UNIT INCLUDING —|CoweR DRIVER AND ASEPLATE, 12 1D SIGHT FLow INDICATORS 1D INTERCONNECTING UTILITY PING. Sannin care Sree SS rv Inust oP tCowntod nr ea itt womowes/stace | SoM saa Lean eee at eunaNTT: ee curacy GONG TS a graON a8 Eee ree- seen rocersnaties opm | ante sete fo sareo Sschasee Hess ria tana avowanis Sscuatcttiwn bese | eer or ae ‘TO PERMIT OPERATION AT AN a FSIS AIR SIGNAL A OR SECC eee ea POCKETS/VALVES OPEN eee ae INLET PRESS., PSIA. leet GB AUTOMATIC DISCHARGE TEMP, DEG F ee oO aoa intone, “A So, TOTAL BRAKE HORSEPOWER —— | ‘Wanatocisies Yo Fr all wing data 104 {BP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS -MODULOL {ator Reinaldo de Haioo Appexpix © 408 NO. He No, PURCHASE ORDER NO. = REQUISITION NO. as PASE NO. y—— Sate oe ‘COMPRESSOR PACKING RECIPROCATING COMPRESSOR DATA SHEET (Cont'd) - ‘EFLINDER DATA Wei NOTSERVICE a STAGE ee oe NO.OF CYL PER STAGE Spansbaranbazany ye CYLINDER = SINGLE/DOUBLE ACTING CYLINDER LINER, YES/NO ‘CYLINDER LINER, WET/DRY (00 LINER, IN. 2ORE, IK. STROKE, IN. PISTON DISPLACEMENT, CFM CLEARANCE, % YOLUMETRIC EFFICIENCY, 1AVG VALVE GAS VELOCITY, FPA INO. OF INLETOUTLET VALVES TYPE OF VaLvEs MAX, ALLOW. PISTON SPEED, FFM NORMAL PISTON SPEED, FFM ROD DIAMETER, IN. MAX ALLOW. ROD LOADING, T MAX. ALOW, ROD LOADING, © RATED ROD LOADING, T RATED ROD LOADING, © MAX. ALLOW. CYL PRESS.. 16 Max, ALLOW. CYL TEMP, DEG F Suction VOLUME BOTTLE, CU FT DiscHARSE VOLUME BOTs, CU FT RECOM RELIEF VALVE, PSIG. HYDROSTATIC TEST, PSIG. PLEA EEE PTET EEEEET EEE 1 STANDARD rewous ] FULL-FLOATING VENTED METALLIC PACKING WASTAINLESS STEEL SPRINGS ———————_ 9 FORCED.FEED LUBRICATED. EI NONLUBRICATED (TEFLON [ CARUON—— | GWaTERCOOLED — | yexreD 10 | DISTANCE PIECE 1D STANDARD EXTRA LONG SINGLE COMPARTMENT [5] TWO COMPARTMENT 1B SOLID cover Toren unnicaTioN ne Gi sriasn sestem 1B PRESSURE SYSTEM, INCLUDING THE FOLLOWING: [OIL PUMP DRIVEN BY COMPR SHAFT 1 OWL Pun DRIVEN BY ELECTRIC MOTOR EL HAND-OPERATED PUMP FOR STARTING SYSTEM OIL CAPACTTY.- eat yee ow___ eae ELECTRIC HEATER W/THERMOSTAT. aw ‘CYLINDERS TUBRICATOR TO be DRIVEN BY: E} COMPRESSOR SHAFT. [] ELECTRIC MOTOR YALE PLATES VALVE SPRINGS. SUCTION SE NS WDORICATOR CAPACITY. ‘oF DISCHARGE Size: RATING Tyee oll, —_—____ GRADE ene WARIEATOR ALSO TO BE EQUIPPED Wie [a steaw con IB ELECTRIC HEATER W/THERMOSTAT Kw ih u No. OF COMPARTMENTS-——NO. OF FUWFS—— SruNDERS ‘COUPLING —LoW SPEED GrUNDER LINERS ee one PISTONS yee STON RINGS COUPLING HIGH SFEED PISTON RODS; MR Mopet_______ VALVE SEATS Fre Doe eee vatve STOPS /AIRINTAKE FILTER Mek Mooet______ pec ee REMARKS (Wanatacteras Ho fil in all wtssing dated 105 IBP CURSO - PERFORMANCE DE GRANDES MAQUINAS- MODULO I Autor: Reina de Felon

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