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II. VOTO
O EXMO. SR. MINISTRO SIDNEI BENETI(Relator):
5.- A questo controvertida resume-se em saber se cabe indenizao por
danos morais na hiptese em que determinada instituio financeira, no obstante a ausncia
de contratao dos servios, envia carto de crdito e faturas de cobrana da respectiva
anuidade ao consumidor.
6.- Extrai-se dos autos que a recorrida recebeu o carto de crdito no
solicitado, bem como trs faturas no valor R$ 110,00 (cento e dez reais), relativas anuidade
do carto, e que a instituio financeira recorrente se negou a efetuar os cancelamentos do
carto e das cobranas quando solicitados pela recorrida. Tambm no h discusso a
respeito do fato de que das cobranas indevidas no resultou qualquer abalo ao crdito da
recorrente.
A E. Corte de origem concluiu pela existncia de danos morais, na espcie,
pelos seguintes fundamentos (fls. 81/82):
Inicialmente cabe salientar que o ru, ora apelante, alega em
contestao (fl. 24), bem como em razes recursais (fl. 53), que
No caso em tela houve a solicitao do carto de crdito pela
autora, estando este disponvel para utilizao desde o momento
em que lhe foi entregue. ....
Contudo, no fez prova dessa alegao, nus seu (art. 333, II, do
CPC).
De outro lado, bem andou o nobre sentenciante, Dr. Eduardo
Kothe Werlang, ao dizer, in verbis:
A autora foi cobrada por dvida inexistente e que no deu causa,
pois no solicitou carto de crdito junto ao banco demandado,
restando inegvel o abalo moral sofrido.
O demandado enviou o referido carto de crdito autora sem
que ela tivesse efetuado o pedido e, posteriormente, procedeu
cobrana da anuidade.
Assim, no restou demonstrada a
responsabilidade
da demandante pelo referido dbito,
Documento: 834827 - Inteiro Teor do Acrdo - Site certificado - DJe: 20/11/2008
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REsp 1061500 / RS
JULGADO: 04/11/2008
Relator
Exmo. Sr. Ministro SIDNEI BENETI
Presidente da Sesso
Exmo. Sr. Ministro SIDNEI BENETI
Subprocurador-Geral da Repblica
Exmo. Sr. Dr. MAURCIO VIEIRA BRACKS
Secretria
Bela. SOLANGE ROSA DOS SANTOS VELOSO
AUTUAO
RECORRENTE
ADVOGADO
RECORRIDO
ADVOGADO
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CERTIDO
Certifico que a egrgia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epgrafe na
sesso realizada nesta data, proferiu a seguinte deciso:
A Turma, por unanimidade, no conheceu do recurso especial, nos termos do voto do
Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Nancy Andrighi e Massami Uyeda votaram com o Sr.
Ministro Relator.
Braslia, 04 de novembro de 2008
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