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Monte Everest, no Nepal, a mais alta montanha do mundo, visto a partir de Kala Pattae {Michae! C. Klesius/National Geographic/Getty Images} agora estd provado foi uma vez apenas WILLIAM BLAKE \ descoberta da tecténica de placas 47 litosfera ~a eamada mais externa, rigida e resi Oasis de plates 1 fente da Terra ~ ¢ fragmentada em cerea de 12 placas, que deslizam, convergem ou se separam Velocidade das placas e histéria dos movimentos 58 A grande reconstrugao_ 64 Convecgio do manto: 0 mecanismo motor da tectonica de placas 68 A teoria da tectonica de placas eo método cientifico 71 ‘umas em relagdo &s outs 2 medida que se movem sobre ‘8 astenosfera, menos resistente e diitil. As placas slo criadas onde se separam e necicladas onde convergem, em ‘um processo continuo de criagao ¢ destiuigio. Os conti- nents, encravados na ltosfera, migram junto com as pla ‘eas em movimento, A teoria da teetOnica de placas des- ‘reve o movimento das placas e as forgas atuantes entre clas. Explica também a distribuigao de muitas feigdes seol6gicas de grandes proporgdes que resultam do movi- mento ao longo dos limites de placa, como: cadeias de ‘montanbas, associagGes de rochas, estruturas ne fundo do rar, vulcdes ¢ terremotos. A tectdnica de placas fomece ‘uma base conceitual para grande parte deste livro , na verdade, também da Geologia. Este capitulo apresentars a teoria da teeténica de placas e examinara como as for- ‘gas que controlam 0 movimento das placas estilo relacionadas com o sistema de onveestio do manto. Sipsescoberta da tecténica de placas Na década de 1960, uma grande revolugo no pensamento sacudiu © mundo da Geo- logia. Por quase 200 anos, os gedlogos desenvolveram diversas teorias tectdnicas (do _erego telton, “construtor”)~o termo geral que eles usaram para descrever a formacao ‘de montanhas, 0 vuleanismo ¢ outros processos que formam feigoes geolbgicas na su perficie da Terra. No entanto, até a descoberta da tectOnica de placas, nenhuma teoria ‘conseguia, isoladamente, explicar de modo satisfatrio toda a variedade de processos geoldgicus. A wewnleu de plucay no ¢ apenas abrangente, was wunbéi elegans ‘uitas observagdes podem ser explicadas por alguns poucos princfpios simples. Na historia da cigncia, as teorias simples que explicam muitas observagées geralmente se fe ee) 48 Para Entender a Tera smostram mais duradouras. A Fisica teve uma revolugdo compa rivel no inicio do século XX, quando a teoria da relatividade unlficou as leis fsicas que governam o espago,o tempo, a mas- sae 0 movimento, A Biologia também teve uma revolugio ‘comparavel na metade do mesmo século, quando a descoberta do DNA permitiu aos bidlogos explicar como os organismos ‘ransmitem as informagaes que controlam seu crescimento, de senvolvimento e funcionamento de geragio a geracio, ‘As idéias basicas da tect6nica de placas foram reunidas ‘como uma teoria unificada da Geologia ha menos de 40 anos. A sintese cientfica que conduziu a essa teoria, no entanto, co- ‘megou muito antes, ainda no século XX, com 0 reconhe ‘mento das evidéncias da deriva continental A deriva continental is mudangas nas partes superficiais do globo pareciam, para ‘min, improvdseis de acontecer sea Terra fose slida até o centro, Desse modo, imagine’ que as partes internas poderiam ser um Puido mais denso ede densidade especifica maior que qualquer ‘outro sélido que conhecemos, que assim poderia nadar no ou sobre ‘aquelefluide, Desse modo, superficie da Tera seria wma easea capaz de ser quebrada edesordenada pelos movimentosviolentos do fluido sobre o qual repousa. (Benjamin Fann, 1782, om uo cara para sodlogo Francs Abbe. L. Giraud Soulavie) 0 conceto de deriva continental - movimentos de eran- de proporgao sobre globo existe hi muito tempo, No final ddo século XVLeno século XVI, cientists europeus notaram ‘© eneaixe do quebra-cabesa dis jinhas costeires em ambos os lados do Atlntco, como se as Americas, a Europa ea Arica tivessem estado juntas em uma determinada Spocae, depois, se afesta por deriva, Ao final do séeulo XIX, 0 geslogoaus- trfaco Eduard Suess encaixou algamas das pecas do quebra- cabega epostulon que o conjunto dos continents meridional, atuais formar, certa ver, um dnico contnentegigante, cha mado Terra de Gondwana ou Gondwana) Emm 191, Alfred Wegener, um meteorologist lomo que estava se recuperan- da de ferimentossoidos na Pimeira Cerra Mundial excre- ‘eu um livo sobre a fragmentagdoe deriva dos continents Nele, presentow as similaridades marcantes enre as rochas, as estrturas geoldgicas 0s Tosses dos lados oposis do Afintico, Nos anos seguintes, Wegener postulow umn super- continente, que denominou de Pangéta! (do grego “todas as ters”), qe se fragmentou nos continentes como os conhece= tos hoje (Figura 2). Enbora Wegener estivessecoreto em afirmar que os coni- nents tinham se afistado por deriva, sua hipdtese acerca de Gio répido eles se moviam e quas forgas os empurravam na superficie tereste mostroa-se eerGnea, 0 que rez sua c= Sibiidade one outrr cinta. Apr cerca do wma dead do ‘igoroso debate, ox fisicosconvenceram os gelogos de que a8 aznadas extern da Terra eram muito rigidas para que a deri ‘a continental ocorese,o que fez com que e as idan de We- ener cissem em desréito, exceto entre uns poucos gesiogos ta Europa, na Attica do Sule na Austria 1B eenscameamae sonacasoes ce fe tooar aig Figura 2.1 Os encaixes do quebra-cabeca dos continentes que bordejam 0 Oceano Atlantico construidos com base na teovia da deriva continental de Alfred Wegener. Em seu lvro The Origin of Continents ard Oceans, Wegener citou como evidénciaadicional a sinilardade de feigbes geokigicas nos lados opostos do Atlantica. © encaixe de rochascristalinas muito antigas € mmostrado em resides adjacente> de América do Sul e da Afica,¢ dda América do Norie e da Europa. (Encaixe geogrdfico a partir dos dados de EC. Bullard: dados geoldgicos de FM, Hurley] (Os defensores da hipétese da deriva mostraram nilo apenas ‘encaixe geogrifico, mas também as similaridades geol6gicas das idades das rochas e das orientaedes das estruturas geol6q ‘cas nos lados opostos do Atlantico (ver Figura 2.1). Eles tam- ‘bém apresentaram argumentos, aceitos até hoje como bows evi- sdencias da deriva, baseadios em fésseise dados climatolégicos. FFévssisiddticos a um réptil do 300 milldae de anes, por exem plo, foram encontrados apenas na Africa ¢ na América do Sul, sugerindo que os dois continentes estavam juntos naquele tem- ‘po (Figura 2.2). Os animais e as plantas dos diferentes conti- nentes mostraram similaridades na evolucio até o tempo postu- Jado para a fragmentagio. Apds isso, seguiram caminhos evolu- CAPITULO 2 » Tectonica de Placas: a Teoria Unificadora | 49 AFRICA osseis de Mesosaurus foram encontrados na América do Sul e \ a Africa, Figura 2.2 Fosseis do réptil Mesosaurus, com idade de 300 milhoes de anos, foram encontrados apenas na Américe do Sul ena Africa. Se o Mesosaurus pudesseatravessar 0 Oceano Atlntico Sul nadando, ele podera ter cruzado outros oceanos e se espalhado mais amplamente. © fato de ele nao terse espalhado sugere que a América do Sule a Africa estavam conectadas naquele tempo. (Fonte: A Hallam, “Continental Drift and the ‘vos divergentes, presumivelmente devido ao isolamento e as smudangas ambientais das massas continentais em separagio. ‘Mlém disco, depécitoo ascoviados com geleiras que existiam hé cerca de 300 milhdes de anos estio agora distribuidos na Amé- ‘rica do Sul, na Africa, na fndia ¢ na Austria. Se 0s continentes ‘meridionais fossem reunidos para formar a Terra de Gondwana préximo ao Pélo Sn, uma nica geleira poderia explicar tados 1s depésitos glaciais. Expansao do assoalho oceanico* A evidencia geolgiea nfo convenceu os éticos, 0s quais man- SGvevau quest Uetivs conten ens Hisieamene lmposstvel, Ninguém havia proposto ainda, uma forga motora plausivel que pudesse ter fragmentado a Pangéiae separado os continen- tsa, Wogener, por excmplo, pensava que os continentes Mutua ‘yam como barcos sobre a crsta oceania sida, arastados pe- Jas forgas das marés, do sol e da lua! A ruptin vein quand oe cientstas dennm-se conta de que -convecgio do manto da Terra (dscutida no Capitulo 1) pode- ‘Sa empurrare puxar os continents 3 parte, formando um no- ‘a crosta ocednica, por meio do processo de expansiio do as- soalho oceanico, Em 1928, 0 ge6logo britinico Anthur Holmes «steve perto de expressar as nogdes moderns da deriva cont ‘ental eda expansio do assoalho ocednico, quando propés que as correntes de conveegio“arrastaram as das metads do con- Linente original & parte, com conseqiienteformagao de monta- has na borda onde as correntes esto descend e desenvolvi ‘mento de assoalho oeeaico no Igar da abertura, onde 48 CF rentes esto ascendendo”. Consierando os argumentos dos f sicos de que a crosta ¢ 0 manto da Terra so rigidos ¢ iméveis, Fossil Record Scientific American (November 1972): 57-66] Holmes admitin que “idéies puramente especulativas desse ti- po, especialmente inventadas para atender certas postulagdes, podom ndo ter valor cientifico até que adquiram © suports de cevidéncias independentes”. ‘As evidéncias convincentes comesaram a emergir como um resultado da intensa exploracao do fundo ocetinico ocorrida apés 2 Segunda Guerra Mundial. O mapeamento da Dorsal’ Mesoa- tdntica submarina e a descoberta do vale profundo na forma de fenda, ou rifte; estendendo-se ao longo de seu centro, desperta- arn muitas especulagdes (Figura 2.3), Os ge6logos descobrirarn que quase todos os terremotos no Oveano Allantico ovorreram, proximos a esse vale em rifte. Uma vez que a maioria dos tere ‘motos 6 gerada por falhiamento tectOnico, esses resultados indi- ccaram que o riffe era uma feigdo tectonicamente ativa. Outras dorsais mesovetinicas® com formas ¢ atividade sfsmica similares ‘oram encontradas nos oceanos Pacineo e Indico. ‘No inicio da década de 1960, Harry Hess, da Universidade de Princeton, ¢ Robert Dietz, da Insttuigdo Scripps de Oveano- lafa,® propuseramn que a crosta separuese av Tuugy de tes nas dorsais mesocefinicas e que o novo fundo ocetinico forma se pela ascensio de uma nova crosta quente nessas fraturas. O novo assoalho ocednico — na verdade, o topo da nova ltostera ctiada — expande-se lateralmente a partir do rift e ¢ substitut- do por uma crosta ainda mais nova, num processo continuo de Formagio de placa A grande sintese: 1963-1968 ‘A hupotese de expansio do assoalho ocediico apresentada por Hess e Dietz em 1962 explicou como os continentes poderiam separar-se por meio da eriagdo de uma nova litosfera em riftes 50. Para Entender a Terra Figura 2.3 0 assoalho ocednico do Atlantico Norte, mostrando os vales em rifte em forma de fendas ao longo do centro da Dorsal Mesoatlantica e 05 terremotas associados (pontos pretos). mesoceiinicos. Poderiam 0 assoalho ocednico ¢ sua litosfera subjacente ser destrufdes ¢ recielados, retomando a0 interior da ‘Terra? Do contririo, a sirea da superficie terestre deveria ter ‘aumentado ao longo do tempo, de modo que nosso planeta de ‘ria ter ficado cada ver maior. Por certo tempo, no infcio da década de 1960, alguns fisicos e ge6logos realmente acredita- ‘am nessa idéia de uma Terra em expansfo, baseados em uma modificagio atualmente desacreditada da teoria da gravitagio de Einstein. Outros ge6logos reconhieveram que © assoalhio ‘cefinico estava na verdade sendo reciclado nas regides de in- tense otividads veleGnica © sfomica ae longo das margens da ‘pacia do Oceano Pacifico, conhecidas coletivamente como Cir culo de Fogo (Figura 2.4), Os detalhes desse processo, todavia, permaneceram abscuros, Em 1965, 0 gedlogo canadense J. Tuzo Wilson descreveu, ‘pela primeira vez, « teetOnica em tomo do globo em termos de rigidas movendo-se sobre a superficie terrestre. Ele ‘placa ccaracterizou os tr tipos basicos de limites onde as placas so- pparam-se, aproximam-se ou deslizam lateralmente uma em re Jago & outra. Em uma ripida sucesso de descobertas e avan- {0S e6ricos, outros cientistas mostraram que quase todas as de~ Formagées tect6nicas atuais estio concentradas nesses limites. Eles mediram as taxas e diregdes dos movimentos tectOnicos e demonstraram que os mesmos eram matematicamente consis- tentes com o sistema de placas rigidas movendo-se na superfi= cic esférica do plancta. Os elementos bisicos da tcoria da tect0~ nica de placas foram estabelecidos ao final de 1968. Por volta de 1970, an evidtnciae da tecténica de placas tomaram 22 tio persuasivas, devido a sua abundancia, que quase todos os geo- Cientistas adotaram-na, Os livros-texto foram revisados muitos especialistas comegaram a considerar as implicagies do novo coneeito em seus campos de atuacdo. Para uma sequéncia, de eventos mareantes que conduziram & teoria da tect6nica de pplacas, consulte o Apendice 3. "0 “Circulo de Fogo do Pactico™ ‘mostra a5 atividades vuleanicas € Ssmieas que agora sabemosestarem f. assocadas com a comvergencis¢3 Ps, destrugao de placa litsteics. OCEAN. PACIFICO! €Q,mosaico de placas ‘De acordo com a teora da teténica de placas a litosfea rigida io € uma capa continua, mas estéfragmentada em um mosai- co de cerea de uma dzia de grandes placas rigs que esto «em movimento sobre a supertci texrestre. Cada placa move-se ‘como uma unidade rigid distnta, cavalgando sobre aastenos- ‘era, que também esté em movimento. As placas maiores e seus movimentos aa esto representados na Figura 2.5. A maior ‘Placa Pacific,’ que eompreende a maior parte da bacia do Oceano Pacifico. Algumas das placas recebem o nome dos con- tinontes que elas contém, porém, em nenhum caso uma placa é iémica aum continente.A Placa Norte-Americana, por exem- plo, estende-se desde a costa oeste da Ameética do Norte até 0 meio do Oceano Ailantico, onde se limita com as Placas Eura~ sianae Africana. ‘Além das placas maior, existe uma série de outras meno- es. Um exemplo é a miniscula Placa de Juan ee Fuca, um pe- ago da litosfera oeeinica aprisionado entre as givantesplacas Pacifica e Norte-Americana, na costa noraeste dos Estados Unidas. Outrss so fragments continentais, como a pequena Placa Anotoana, que inclu a maior parte da Turqua. (Nem 10- das.asplacas pequenas sio mostradas na Figura 25.) Se voce quer ver a geologia em acio, visite um limite de placa, Dependend de qual voc® for ver, encontrar tefremotos, ‘alebes, montana, ltesesteitos e longos, ete. Muita fei CAPITULO 2 + Tecténica de Placas: a Teoria Unificadora | 51 Figura 2.4. 0 Cireulo de Fogo do Pacifico, mostrando os vulcbes ativos {(crculos vermelhos grandes) € terremotos (ciculos pretos pequencs), «bes geol6gicas desenvolvem-se por meio da interaao das pla as em seus limites. Os t8s tipos bdsicos de limites de placas ‘io mostrados na Figura 2.5 e discutidos nas préximas pginas. Em limites divergentes, as placas afastam-se ¢ uma nova litos- feraé criada (a rea da placa aumenta). # Em limises convergentes, as placas juntam-se e uma delas & ciclada, retomando ao manto (a érea da placa diminui). mn limites trangformantes. as placas deslizam horizontalmen- te ums em relago 2 outra (a dea da placa permanece constante). ‘Como em muitos modelos da natureza, os tr8s tipos de pla- eas mostradas na Figura 2.5 sfo dealizados, Além desses ts ti- pos basicos, existem “limites obliquos” que combinam dive sgencia ou convergéncia com alguma quantidade de falhamento twansformante. Ainda, o que de fato aconteve num limite de pla- cca depende do tipo de litosfera envolvida, porque as litosferas ‘cednica e continental comportam-se de modo um tunto diferen- te. A crasta continental é formada de rochas que sto mais leves ce menos resistentes que a crosta ocelinica ou © manto abaixo da crosta. Os capitulos posteriores irfo examinar essa diferenga composicional em mais detalhe, mas, por enquanto, voce neces- sita apenas ter em mente duas Conseqiiéncias: (1) por ser mais leve, a erosta continental no ¢ to facilmente reciclada como a crosta ocednica; (2) como a erosta continental & menos resisten- te, 0s limites de placa que a envolvem tendem a ser mais espa Ihadlos e complicados que os limites das placas ovednicas, 52 Para Entender 9 Tera A LITOSFERA DA TERRA E FEITA DE PLACAS QUE SE MOVEM Ce 1 Emimits de falas transformantes, Emlimites dvergentes, as Em limites convergentes 08 23s pleas deslocam se horlzoatalmente places afastamesee foram placas colder e uma delas € Siar em relogao# outa. tia nora tose Duraca para o manto ereclada, CAP(TULO 2 « Tectonic de Placas: a Teoria Unificadora | 53. Paes 140" Figura 2.5. A configuracio do mosaico atual e dos tipas de limites de placas. Esta vista ‘artogrifica da Tera edo relevo do fundo do mar mostra os trés tipos basicos de limites ‘de placa: limites divegentes, onde as placas separam-se (>): limites convergentes, ‘onde as placas aproximam-se (+. limites de fas transformantes, onde as placas vais vipida yuo a tana do Auléntivw Nose, Un ‘=stiva para as dorsais mesacednicas do mundo é de cerca de 50 Semv/ano. Isso € aproximadamente a taxa de crescimento de SSossas unnas, e mostra que, em termos de geolog, tas taxas ‘& cxpansfio fornecem dados importantes para o estudo do sis- ‘=m2 de convecedo do manto, t6pico a que retomaremos mais, “adiante neste capitulo. Podemos seguir a escala de tempo magnético a partir das Sims roversiire do enmpo magnéticn terrestre. As bandas ‘Ssznéticas correspondentes no assoalho ocednico, que podem ser pensadas como bandas de idades, «8m sido mapeadas em “Sessthe a partir das eristas das dorsais mesoecdinieas das vérias ‘ecias ocednicas, cobrindo um intervalo de tempo que excede & 100 milhdes de anos. ‘O pader e a conveniéncia de usar a magnetizagio do assoalho ‘eceinico para descobrir a hist6ria das bacias ocednicas nlo po- gem ser sobreenfatizados. Os geélogos calcularam as idades de ‘sazas regides do fundo ocedinico sem sequer examinar amostras -Srochas. Bes simplesmente cruzaram os oceanos, medindo os -Sampos magnéticos das rochas do fundo submarina, ¢ corr pretito por modelos geol6gicos da tcténica de placas. 's0- ‘So de Wevener de medir a deriva continental dretamente por _Sescionamento atron6mico fo finalmente realizado! Nora: Hoje, a Grande Pirmide do Egivo nao se encontra ‘mets perfeitanente direcionada para o norte. como afrmado Seeriormente, mas levemente « nordeste. Serd que 0s asa ‘somos egipcios ancestraiscometeram esse erro ao orientéa © sécuios atrés?"* Os araueéionos pensam que provavel- ‘mente no, Durante esse periodo, a Africa derivou o sujicien- ‘= para girar apirémide fora do alinhamento com 0 verdade- fenorte. ‘Sistema de posicionamento local. As operagies geodssicas “Sc3s com grandes radiotelescdpios so muito carase nio sio ‘Ss ferramenta prtica para investigacao detalhada do mov ‘Sato das placas tcctOnicas em dreas remotas. Desde meados de Placas:a Teoria Unificadora | 63 da década de 1980, os geélogos tém conseguido tirar vanta- gem de uma nova constelagao de 24 satélites orbitadores da ‘Tena. chamados de Sistema de Posicionamento Global (GPS"), para fazer os mesmos tipos de medidas com a mes ‘ma impressionante exatidio, usando receptores de rédios por- titeis, muito mais baratos € menores gue este livro (Figura 2.12), Os receptores de GPS registram ondas de ridio de alta freqiigneia sincronizadas com rel6gios atomicos precisos si- tuados & bordo dos satélites, A constelacio de satélites serve ‘como um sistema de referencia externa, do mesmo modo que as estrelas fixas ¢ 0s quasares fazem em um posicionamento astronémico. ‘As mudangas da distncia entre os receptores de GPS bases dos na superficie teresire de diferentes placas e registrados a0 ongo de muitos anos concordam em magnitude ¢ diregso com ‘aguelas determinadas a partir das anomalias magnétieas do as- soalho oeednico. Esses experimentos indicam que os movimen- tos das placas so notavelmente constantes durante perfodos de ‘tempo que variam de poucos anos a miles de anos. Os geslo- ‘408 estdo agora usando o GPS para medir anualmente os movi ‘mentos das placas em muitas localidades do globo (Figura 2.13), ‘Alm de determinar as velocidades das placas, as observa: ‘¢bes por GPS mostraram que a convergéncia entre as placas de Ac vslacidadeshovinataic cha deter. BAe parse actin ce moved omen ‘rinadas a partir de sinas de satdltes | multo mais rapidamente ‘América do Novte sravados por receptres terrestres fo oeste do Pacico, e230 60° 80° \ 100" 120° 140" 140" 190" 140" iso: 20° 100" oo co” 40" _ 20" © | 20 = | 20° a0" BO" 100" 120" 140" 160° 18 Figura 2.13 0 Sistema de Posicionamento Global (GPS) € ch era wen vine les is Hn a Terra As velocidades mostradas aqui sio determinadas a partir 160" 140" 120" 100° 80 de estagoes que regstram continuamente os dados de GPS. [ilael Het, JPL/Ca Techs

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