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Mundo da Vida: fragmentos

1
S vejo o devir. No vos deixeis enganar! vossa vista curta e no essncia das
coisas que se deve ao fato de julgardes encontrar terra firme no mar do devir e da
evanescncia. Usais os nomes das coisas como se tivessem uma durao fixa; mas
at o prprio rio, no qual entrais pela segunda vez, j no o mesmo que era da
primeira vez.
(Trecho extrado do livro A Filosofia na poca Trgica dos Gregos ( 5), do filsofo
alemo Friedrich Nietzsche (1844-1900), sobre Herclito de feso.)

2
Ora o que acontece com o tempo? Acontece-lhe que ele se vai. E ele se vai medida
que ele passa. O tempo que vem jamais vem para permanecer, mas para ir-se
embora. Para onde? Vai-se no passar. Quando um homem morre, costuma-se dizer
que ele abenoou o temporal. O temporal equivale ao transitrio, ao efmero.
(Heidegger, Martin, 1889-1976. Ensaios e conferncias I Martin Heidegger; Traduo
de Emmanuel Carneiro Leo, Gilvan Foge], Marcia S Cavalcante Schuback. - 8. ed. Petrpolis: Vozes; Bragana Paulista: Editora Universitria So Francisco, 2012. p.
100. (Coleo Pensamento Humano)).

3
O que foi no mais existe; existe exatamente to pouco quanto aquilo que nunca

foi. Mas tudo que existe, no prximo momento, j foi. Consequentemente, algo
pertencente ao presente, independentemente de quo ftil possa ser, superior a
algo importante pertencente ao passado; isso porque o primeiro uma realidade, e
est para o ltimo como algo est para nada
(O Vazio da Existncia, Arthur Schopenhauer)

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