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tuvmari JOS OLYMPIO so1roRs f NTOS BRASILEIROS reucorass fl E Ne U8 DRUMMOND — A ESTILISTICA DA REPETIGAO ee GILBERTO MENDONCA TELES “Premio Silvio Romero", da Acad Brasilia de Letras ovwihe © 1970 by Gite Mentone Tee FICHA CATALCGRAFICA punts foe Cane te Canoga foie do "Std Raion doe Eaton de vrs Rd) 8ST. “Tien {Dcemenon bean es 1) 1 Ande, Cir Brommond de 1902 Ca «ite rca Ye Ts oi 3 Re SUMARIO. Prerkce tovien Mosc Gee) ‘i DRUMMOND — A ESTILISTICA DA REPETICAO CCONSIDERACOES INICIAIS 3 Protea Paste Wo LuTADOR. > Un Nioxsraemrane, 14 UA INGAIA CIENCIA » ‘Secunon Paste YO ARMARIO CRISTALINO ” Anworeros 2 Cnr = Roth 7 ‘Boe Fons “ove Nao Tou) Bir na Himsa", 8 © Yo Ao Oe Non oh 1 A etni! $°8 0 rt teri, Avisoce UWIETRSIOONE FERAL OT Vaca ad Hino nnca CENTRAL - esta Ee zs M8 SA. c ‘foe? A NUISATER BBL i | ORS erp w= Bor" Aanee oe Ea Da NOTA DA EDITORA Pears Brossticceanico v0 AUTOR Nano 430 OF JUNHO we 1931, em Bela Vista de Golds, Ex {aio de Govde, Giterto Mendonge Teles Jee estudor primaries, ‘eundarion e superior em Gosia Jormandose em inguas [Neolatinar pela Faculdage de Fleolia da Universidade de Golds (Cardio), € om Direto peta Faculdade de Direto da Universidade Federal do. mesmo va, Licensiodo em ‘Didéica em Coe. Livredocente e Doutor em ‘Letras pele Ponca. Universidade Catdlica do Rio Grande do Sul, Gilberto Mendonca Teles obteve lambem 0. Certificado. de Projestor de’ Lingus Portuguesa, a Univeridade de Coimbra. Profesor seeunddno desde. 1955, © de ‘entino superior desde 1988. Fol profesor fundator da Univers ‘date Federal te Gols, onde, mutt Concurso bce, se clanfcou ‘om primeira gor nes quatro caderas a que concorreis Literatura Trasicie, Teor da Literoruro, Lingua Portuguesr «Linea Geral Bnsina taalmente Literatura’ Brasieira ra PLC do. Rio de Janeiro e Teor da Literatura na Univeridate. Santa Urea, ff ensinou Teoria da Literatura, Lingisica Geral e Lingua Por- fupurte nar aniverdader de Golde © Bo Grande do Sil, como fant no Ineo de Cadtury regu Brant, neste slimo te" 1966's 1970, contrat pela Divisio de Cooperacao Intlee- fal do HamoratiPertencendo @ warar instiuigser especaiadas, {ats como.a Socevé de Lingulstigue Romane (Pars). Sociedade de Lingua” Poriupucie ‘Lisbon. swctacin de. Estdioe Lane ticor (Montevidey) © Acatemia Brasleire de Flolotia (Rio de Ta Ieiro), olor deste livre” fol também bolita do Insaco de Uta Cultura de Portugal, em 1985, 8 partici de mumerosot Gongrenos no fra! © ro exrangeiro. Errante em 1988. com unt fellane de povmas ininfado Alvorads, desde entdo vom-se ded. fando 3 eriagao podice, ao ensaio e abt extuass lingo, neste Limo ‘caso com pariculer atene30 aos problema da exilitice Profenor, erica & poeta, Giberto Mendonga Teter, aos 39 anor, [42 wm’ nome de Peputagdo intelectual frmada no Brasil ¢, no utrior" Com este tvro Drummond — A Fstilstica da Repe tito —. engialmente tex de concuro, Gilerto Mendonga Teles {alia ie dor seut mos inportanes trabthor ng drea da ental: lice, que mereceu por sinal, do Profeaor Alsine de Dem Veige to Universidade Federal do’ Rio Grande do Sul, refertncat ato: ‘mente sloionts por ccasso do concurso citado. Diswe 0 Profesior ‘Mtb de’ Bem Veiga "E uma contibugao orginal © malor, Pore anode consulte vbvigatiia quando. posta em letra de forme, na tima demdo, porque domina V. $* — com rara felictdade 6 plano excico ¢ 0 plano tngiico. Domina ax Targdes da linguogenn muna perspectiva cite, datingue or valret do ex resco a ponto de cxerior © pensomento reflexivo que capa. ‘Sta © pencrar na propria estratura da linguagem pote. Hd ‘ons onde, excelente Interpretopoes de Carlos Druammond de “Andrade. Bim trabalho que, som diside, eriquee a biliogrfia Iraiirae dignifica ewor e poet OBRAS DO AUTOR Gods Pairs Snip Ss ta has pede hao. ge tri ato Tec Seba a ime ht! atom ans te: iB 2 ENSAIO © conto teat em Cis. Gila, Oiympto Editors (Coles “Do Dipurame Eosbal Cotes: Source Balers 8198) Veit i # mateo pas Bais Ques a Poel) Em paar 2. coLawonscso ere fa Tbe SF Peete elites | bein oom LE ate Bi Sree sh NOTA PARA A SEGUNDA EDIGko Punrsoo mune épaca em que a moda exava comecando 0 ser srauralaa won loro que tata mo eu tuo a plavra Bs- Iinice dave bem a impresdo de que ia ser-mal recebide, isto poraue ——"eninavase, dogmatcamente -—Extlticn © Exrut- Fallimo cram coirae que no re posiam misturar Coincitentement um ano depos do seu aporecimento, «edie tora Fumaron Tangs om Paris 00 arigor que Michael Riffterre Nevia publicado ma decade de 60, dando ao Tro 0 nome de Essais Ads vylatique structures Isto eolncidie com 0 lncremento que of Préprionenruturalitas davame 2 otualzao da. Retric e, também, ‘om a praiferaao dor extudos de Semilogia (ou Semilee) da lterturetodor les preceupadon com andise. do. Gscaro. E (0 comim ¢ que exetandlies tinham como ponto de paride a& Concludes ta Lingtion, 'E powsvel que fodes cwsar noves direées dos extudosUterd- og Scam enfendonenoe decorrentes do pentamento etratraia, fae podem ner também concider come concorrenies com le ta direcdo do estudo da linguagem. Eta, afina, ¢ que reimente fe conto, quer se tonem os caninhos da Bsilitica « da Semio- Topi guer se accitem ar projegdes da Aniropotoga da Pica: ndlse. “obra e'0 analita € que v0 ormecer, em ila Itc, (or pouiblideder da andlse. 0 maly so musens, como. dire © Poets WApetar de @ mode ser ouira,exte lvro teve a nas primeira 27, editada pela” Embaixads 0 Bri em Mads, ‘Aparcce agora bastante ampliado sefundido nalguns cap talos, depois de ter sido. aprovado. pera publica pelo Tatitato Nacionai do Livro e de haver ght com le or Ulaos de “docente em Literatura Brasieia © Dowtor em Laat pela Pon Utica’ Universidade Caton do Rio Grande do Sul, em concurso fealirago de 101-13 de novembra de 190 “Tos a rfertnine&cbra de Carlos Drummond de Andrade, salvo a5 expressamente indcadas, slo extraldas da Obra Completa (OC). pubitcada pela. Editors Aguilar em 1964, reunindo” os se- guint ros: Alquma Poesia (AP), 1930, Brejo"dos Almas (BA), 1934: Seniimenio do Mundo. (SM), 1940: Jou! (, 1942; A Révz do Povo (RP), 1985: Novos Pocmas (NP), 194 Claro Enigma (CE), 1951; Pazendciro do Ar (FA), 195%. A Vide ‘asada 2 Linpo (WPL). 1938; Ligdo de Cobar (LC), 196 oomas inédtor (PD, iacuidos na -Artolocie Pociea, de 1962: Viola de Bolo — 1 (WBA), 1955, Viola de Bolo — It (WBN). 1964. Nesa edo aparece também og sguintes Hivos ‘be prota (conto, erlen e- tonics): Contos de" Aprendiz, 1951; Confer de Minas, 1964; Pasion ng Ilha, 1952; Fal, Armen- dovira, 1951; A Boba ee Vide, 1962; e Quadrante, 1962. Os ‘rvs tipograticos dessa edi foram corrghos através de uma carta do. autor, Em seperado, foram também consuladoe! Veriproa (VS), 1967; Boiempo (B), 1988: Cadelra de Balango (CB), 1966; ©, pot illimo, Reunigo/ Drummond (10 livros de posi, 1960 Os omes dos capitulos e subcapiules, com rarat excegSes, foram tomados 4. obra pottica de" Deamiond, sparecendo. 0 Segunte orden “O Tutadar" (126), "No meio do camiaho, AP. 61), "Um aloestarestando” (VBL, 203), "A ingala lence” 3 (CE, 226, “0 amauta” (LC, 325), “0 mundocomose- fepeie® (LC, 32), “so & aqullo” (LC, 337), °Nio else porta (G10), "O_armiro eisai” (WPL, 30D, "Arguteturn de he’ rosa" (VBL, 378), Dols poemas "ae mo" ta fnirado’ na hisia” (AP, 68), "Os materias a vida S01), "o'nome ¢ bem mats do que nome” (LC. 325), "a, 177), “AS pers adjetvas™ (AP. 7), "A (LC, 325}, "O "verbo antiptico™ (CE, 345) (We, 338), “Foxe, que colcava proaomes” GBA. fs) eA turva sane” (LC, 353) “Tambim as epierates, com excejd0 da primeira, io verse {de Calor Drammond de’ Andrade. GMa. PRIMEIRA PARTE 1! 0 LUTADOR NO MEIO DO CAMINHO ‘Ao Atnn ESTE VOLUME. em que procuramos estudar umm proceso fstlstico na porsia de" Carlos Drummond de Andrade nos a= Feeeu opotuno mension, primeito, algunt dot principals Ienfos esttcos‘e/ou estliticos. que “predominaram nos cielos Ge evolugdo. do moderisme no Bre, Yinando asim o- context ‘externa — mas enpeciiamente Itertio em que se vem cone. fruindo wma das obras poctcas mais coeventes @ lias da Tile: ratura braslelea, ‘Como js. eité male on menos estabelecido pela critica, 0 rmodernismo vem sendo estudado straver de Irs fates 08 peragoet Ge poctanapretentando chda uma aepecton expels Contudo, Bapesar da maior ou menor homogeneiade das tendéncas poem: tas em cada fase —o que tem conibuldo para gear alguns tquivocos sobre 9 término do movimento —,¢ precio no olvidar aque se tata de elapas de eolugso de uma Unica renidade: 3 rola attude potica iniciadshistoricemente em 1922 © que ainda ‘fo se_desgastou completamente para se poder falar noutro mo Wimento. iri. Ar designagies de “neomoderismo", "pos-mo- Gemismo” e mesmo a de erapio de 48", que tom sido tad para ‘caracterizar ss obras surgidas depois de 1945, slo, nest sentido, uma confirmasio de que © modernismo continua se fs endo presente, embora noutra fase de seu proceso espiral € sultan, De tim modo ger, » preocypayio da ertica vem vendo a de pansar 9 atetada de tito do. moderitme, sem exude beam, pelo menos innsecamente. A historia da Mteratura brascry tem fide, ‘por bso mesmo, uma Seqlénela-do-aomes © autores © 10 tim ofganiamo em que cads obra. consital‘um valor elaar, i Aspensavel Eo ideal, sepundo Wolfgang Kayser, seria csrever time hlstia a eratara "sem nome”, ao contrtio So que daem ‘utos, como Frangos Maoriae, para quem "Quase todas as obras tmorrem e ot homent ram’'= Com rarer exceyies, 08 eicoe do Imodernismo temse_contentado. mals com a stuaplo. hsterica ‘So que com anilse da estutira ¢ estilo. das obfas do. movi- mento, quando sto justnente esses elementos que podem scl: ‘eer convenientemente as flags, bem como o nivel de expres” Sividade das obras produzidas Mulat obras s6 poderso ser devi- Gameate compeccndidas 1 haz de. outras obraz contemporSnear, Setar &'meima presio ellsticn t-snb a eigencar main ou ‘menos. convencionis de cada epoca. As) conextes que exstem, por exemplo, entre as obrar da decada dos vine © as da qeraglo fe 45" ou 5 da. pocsio de vanguarda, na atulidade, io. etbo binds satsatoriamente estudadas, Tamm as obras furidas de pols de" 1928, como a de Carlos Drummond de Andrade, em Sido explicadss mals pelo conteddo social do que por suas qua- Tigades expresivas, muito embora teja hoje irefutivel obser vagio de René Well de-que o efeto esético de uma. ob Gdevarte nfo reside naguilo a que comumente se chama conteido™* E vile a pena reper. este respeilo, a conhecda anedota rela: tds por Valery, sepundo 3 qual © pintor Degas se queizou cera vez a Mallarmé, dizndo.the que The ocorriam dematiadae Mas, Smeagando desir seus poemas, a que 0 autor de Un Coup de ‘Des responieu: "Os vers no Se Tazem com ideas, mat com pleas" Pela freqitnca sipnifcagio dos expedientes de, técnica € linguagem 30 longo in hitrin modernta e pela elevate in ffuénea das obras que os divulgaram, crando-os ou asimlando-os de utrasTeraturss, even nem sempre or pide ienora, mae TF Wairoa KisER An « Ivapeaca de Obs Liveig, Co inter Armas hae! 1058, sd 9.41 € Pres Meat MABE EER HAREM" eens Eigen Line Poin Dom Qu rarameate teniou analisils, endo poucos os que se aventurarant elo interior dat obras. moderaat para, sondar as dabras mals Satis de suas argltetoras potas A primeira geragdo. moderista, a que iniciou a renovasio Irina em 1922 conto na. soa maior purte com or inte. ‘antes da Semana de Arte Moderna, st etende até 1928. Alguns ‘bor seus represntantes, como Cassano ‘Ricardo, consepuiam ‘herar A. stustdade, apefeigonndo contnuamente Seu labor poe Heo Ainda que se tate de uma fase subaivdida em varios grupos ‘com sets manifestor © princpios que oxcilam cnire 0. nacions limo eo unlveralismo, alo se. pode duvidyr de un propio ‘comum, evidencado pela polémica ¢ negagio dos valves lite Frio do. pasiado, parnasanos sobyeulo. A inposgao de um ovo. gosto stecoeuigia © obscurccimento dos mesires do fanado", mosirndo-or anscnicor inoperantes no. secu. da ‘elocidade Tuteista. S5 assim podiam por em clcslacio ouleo concrita de postica © novas concepgbes de possi. Dal a basen de liberdade absoluta de ‘expresso, abolindo etntvamente no Brasil velha distingio rstrica entre coat Spoaticas™ © “antpoticas™ ou “apeticas™. E dat também outras ster e exiréncias, como’ revillragio do idioma com ele- ‘Rentos da cultura nacional, » aproximagio da expresio Teréria fail coloqual da fala’ braiira fuga. ao. rigorismo er Imatcal ¢, portinto, 4 relomada neo-romintica do problems: de {ma “lingua braslia™ Escticamente, os pants d= felevo foram for seruintes:adogio do versolvre ea descoberia, por isso mesmo, e outros esquemay siimicsyextingio da rima ou sa ilnagto footro plano e com outros abjelivor expressions, cvagSo de Iagene:novas, o abandono da pontuagio, o abuso ds enumeragho (Gastea), 2 fase iégica, 0 simultaeismo e, notadamente, par Aesiruie bg times redatos da pottica pargasina e escundalcar ‘on mais aferrados ao tradiconalsmo, a reinvengso. do epigrams ‘Ler 1969. Rorocnsmon a; lths a evoucio modernise 4 pricrol esi ae ei» ani sg tame, ie tae’) 8) tee tag de WTEC ene mo (ca do poems minuto, na terminslogia de Haro de Campos!) °h invengio do pot pieda, multas vets mats piada que poems ‘ream, reapraximando desig forma dls feabmenor Wo prSrimos omo a poesia eo chile e que, ademals, se servem! "de los Inismor medios park sus divers funclone ‘© mosernismo foi, por esa poca, um movimento que até ese como fendmeno i ne ‘de erg ponto nto soube ou no pe tural de volusio Gn calla. braleia,pretendenso um Site. por ‘ima de um prlodo ue, sobre ser‘um tanto f Srpinghdale, io detxoy de consoidar a realidade de’ uma ti ura paricularmente Basie 8 mals tarde sexe principals Fpretentantse tomaram coneiecia ‘dee agpesto e procuraram™ [star afin. prittcr algomae: Ge svae congviriss de" expres, Slevionando-a ¢ apicando.ar Bs obras que Ja © stam, portant, ra segunda. fase modernist, asim que, depois de 1928, o modernsmo comega. a na seear por outras datas, menos superficie menos” polemices, his construtvas ev sob divers aspects, mais" suténicas, Tait fonforme 4 reslidaie Brae Avmedida que val gasbund te. percuso aor outros Exados, val também perdendo 9 sentiments [Eupal © se ransformando numa renovagao slencost em que dh posta se esforga por exprimir 0 maximo de sua orsinalidade, Sem atender ao imeditimo dos programas e manifesos. Depa Fame ay formas ese consapram as Lecnicasesbogadas ou canes. Tramente empresas desde" 1922. Despresames_outtor_ proved Inentos focmdticos da primeira fase, como 0 do poeme-pads, ¢ hega'se"posterormente a reabitaglo do soueto eda Balada, "claro. que em outrar dimensbes de organiaydo e de Tinguagem, ‘o‘versoslvre, um poco timio e inewétco no. princigio (como, por exemplo, a Pouleéir Dewalreda, de 1922), diem eno lor estibidad, loraandose meledvel e orginico © adgutindo “im ritmo natoral, de maior fGlego, como ot vesiules biblicos {ie Vinee forge de Lima, de resonineias claudelanss. Na terdade, a geragio que est surgindo sente outros compromisos ‘com o seu toro ¢ abandona © nacionalismo ptorsro.¢ neo. Indians para ddicarse Se pecocupngder espe e recat do omer brio Esa épose tem silo vista como de consoldasfo do. mode. nismo, endo. que sora. tlvezmetbor diet que se tata de lima fase "de tansgdoy no sentido de que as obras que nea $= publicaram tiveram 0 mérito de soliiicar ox postusdos moder- Bistas ¢ engsndrar ‘um refiaamento exprstie, submetendo, 0 fator qe. co sue Paul Valery Iminisirou no College de France, nos fins de 1937. Autores como procurando’ resolver seus problemas de linguagem, lam aerfel fFoundo os iasrumentor potios, condicionand, mult vezes sem Srsaer, o aparecimento de outta geragio de. posts mais ext enter sinda no apuro da forma. Chegavtse, afin, a stualiag ‘So pensamento de Poc, para o gual huvia uma aflaidade ence 42 misto pottien ¢ a rigoroaIigien de um problems matemstico, feoria que avis Tevado Baudelaire a escrever que a bela €°6 reslado do entendimento «do edleula® ‘Asim se explica 0 aparesimento de outra face do. moder- samo, o lado mais puratent exeico e que vem erescentemente Dredominando desde. 1945. E aqui, por falta ainda de-malores Denspectivns eritias e pelo fato Ue or principals poctar nfo. h ‘Yetem encerado ana’ sus produto, enceatrando-se maior parte deles na busca de outros caminhos e ma experiéncia de futras dimensdes para o poema, ¢ jstamente equi que a erica Iitervia vem sentido ‘0 impacto de suas timitagdes diane de tum fendmeno posico gue” escapa, a rigor, aos melodor mais comune da apreciagho Mer Basta ver como, a respeito da geragfo_de 45, 2 tice reparte, meio desorientada. Enquanto pare Alcea Amoroto Lim Wilson Mortins™. a geragho de 1945 deve. ser compreendia {ora do medernismé, como um tuvimento de featSo contra cer Arno Coutinho assinala que "A terelra Tas, inciada por volta de 1945, anise a um apuramento formol eau Yer mais previo, ‘um csforgo de recuperagia diapina, contengio” emocional, Severdade’ de linguagem, no campo da possa.grajas 20 trabalho ‘da peragio de 1948" E cheza a. ser curioso observar_ que, tmeimo entre of mais importantes pocta(crilice da perngS0. de 45, se verifica ta disenso. Eo que se v8 nos dos prefacis & Anvciogia dg Moderna Poese Braeira)® organicads por Fer. ‘nando Ferseita de Loanda. No pimeiro, rob o titulo de "Eyitstio {do Modernism", Lido Ivo no vacilou em excrever: "O- moder. Gece Siu de Lvsto Reeve. Rio. Ayn. 1959. p 100 nw ismo, mucleado em 1922 8 sombea ruidors da Semana de Arte ‘Moustna, moreu. em 1945". Mes, logo em seguhay Pericles Ee mio da‘Siva Ramos diz que 0 modetaismo Se eparte em qua fases, na ultima dels, na contrutvsa, “se peocaton orden © frate das experiéncios j2 realzadas pelo molemimo ese con ‘zheu © pocma como um arefao endo como simples rato do lirkmo. Ba fase da geragio de 45 © dos grupos que a seguiram, © concretista eo de poesia praxis" (Os potas da geasio de 45 situimse dentro do modernisma, noutra fase dle, aprentemente contaditérla, mas afial ent Uifesndo-se com ‘toda uma problematica estetica e elses fae mente documentvel_ dele 1922, embers. mutes vezesoprimida fem melo. dos. primeire ruidos|“futuntay” © don, exaperados Drurdos “nacional” Aquele sopra indeinio inatacado dos Simbolsta, evoluindo através dae obras espiituaist ¢-unvsr- Salsas, fol © plo magatico a que” pouso’ a. pouco fam sendo Aeaidos or elementor depurados por ‘ma mov conslenca do i criador, agora no mais autométicy « libertino, mat disc ala, conelnt ¢ alsa & forma interior do poem. is, de 1945, evidencia-se a tendenca.arssanl, Instanta ats atten, So doce em gue ao lado a verso livre eaparece 0 mettificado, mes fenovade por outs Imensaes de'Tinguagem ¢ de riimo: decobvem se nowas possbil- Ades para a rims; relemperate 0 soneo or temas reedguitem Seu duplo sentido nacional universal, fundindose ‘numa sitese dmiavel,principalmente em obras como at de Carlos Drommond ‘de Andrade ¢ oto Cabral de Melo Neto. Ganha-se finalmente alidades sugestas, tem de amplar a sua dren de coneagto © ‘ese emvolvda num proceso. metaférico. que. chess ao. herme- tismo, lrapassando-o"e fazendo dle im recurso. também de fxpresdo. d2 nove poesia “Ea esta clase de pocsia el Tens) ya'no es comunicuctin (--.) ex slo manifestactin de sh mina” fonforme escreve Hugo Frierch' ao watar de linguagem mallee ymeana” Litase contra tlorcy e procurase 4 medula ds Un. fuagem, Dal a importincla asumiga pela Teases nominal ince Sis © iastantinea, e_pelo aso de expedients extralinguisticos mas a eles ierentes, como a exploragio do espago.(branco ¢/0u Preto), jt tentado por Mallarme Submetida bs formulas estuturaistas, palara atomizase ‘¢. ‘mktoctruura transforma o texto nun prom ue alps faces signiiatvas, deneo, pois, da concepto de obra beri, ivalgada por Umberto Eco." Ainge 0 despojsmento absolut, ‘Som as experiéncin dos poeas de vanguard, ov quai penctand fr regredot do idioma, Yormlam wma nova Unguagenssuattica ‘$ montada ‘n0"nominalimo das. pslavrat Tre, tentando. asim ‘Gas nove poet, ‘onvencionalmo ¢ msis con ‘gentines — dizem — com a expresio do. mundo ‘ibernsico ‘Ghega se, afinal, & poss da Unguagem oi, como quer Roman ‘Fakobron, & poie do gramdice, iso 0s "reeusos postcas ‘oelton na estrulura morfologice © sindtien da linguagem"."" Embora o poem "No melo do caminho" (AP, 61) teaha ‘ito exerto_na ‘primeira fase do. metro," certo gue 30 {ot policado' em ivro em 1930, no inicio da sceund ase) num momento qu, hoje, pode ser visio como intermedia na eo elo "dese fecundo 'periodo Jierssio mo, Bras Apter deo poets dizer que seu poema “alo pretende expor nenhum fato {Se ordem moral, pscoigica ou floshiea” e que com sle- queria ‘Spenas “dar a Senagio. de Monotonia © chatesio, » comerat Del palaras._ "J" & posivel anetaibe tambem 0 aspecto ale- ‘Fico a focalizasio da paca e) ainda, uma certa peevsto his Kirin’ do desenvoivimento do modernismo, como se autor tiesto ‘ertem de que, nesie momento, jé no proceso de “Mundo-cor oso", estadado por Lalz Costa Lima, estivese mesmo no melo 5 camino de Sa renoragto etc ue ands hoje ao se ‘Sumpra totalmente, UM NAO-ESTAR-ESTANDO. (Os rmiemos esrenos sabre o maderismo apontam a potia de Drummond como pertencente 8 segunda fase, nSo" por Naver feu listo aparccdo em 1930" como’ também elo sentido “socal” fue comeca a adensa-se, pincpalmente atrsvés da ionia © do. Ihimesisms. Mos no € — digase de pasagem — 0 humor hos poems pioda, pos estes comecam perder a grauidade 2" nivalenein semantica da anedota para sdquiin & ambigdade o'tom acre do epigrma ¢-da ett, Os extalos mais recent, fomoo verbele de Perils Eugénio da Siva Ramos! ea ape Semtaglo de Araaldo Saraiva, procuram tevindar para o porta Uma posigdo hstriea que, de Testo, nenbuma imporincin teree- ented sua bea Dizer que Drummond € poeta da_ primera ou da segunda scragdo.modsenistas fem apenas um rclativo interese hstico fue guano multo, pode enfatzar algumas carateiticas de sear “his ‘primeiros vos. Sabese que 0 posta, conforme afirma ‘Amal Saraiva, “no estava nem longe nem fora da lta So ‘modernismo, embora 9 ediverte —e-nko mute, aliés — de Sto Paulove do Rio de Janeiro, c embora four alguns. anos, malt invem” do. que os capaes' da ‘Semana de Arte Moderna, de five mo chegou 2 patpar. Subese que publicoa um poems Imoderno por volta Ue 1931 ¢ sabe-se gue ‘em 1925 fandow a Feuiva em Bolo Horioate, aiundindo idtae moderistas Sa- these lim dso, que: das de seus Timor fcaram ineitor sm = perdea na Rio de Janero.e ovtro se encontrava em poder de Rodrigo MP. de Andrade ® "alse 0 proprio Armsigo.Saaiva._nor escreve de Portugsl, izendo: Pars fazer uma ida’ de que pode haver de interes “docamental no mew test, digoithe apenas qe rein 49. poems cispereor (ou nfo. intuit em enum io) do itbiapo"* Mesmo sem conhecer tals poems, podese dizer que fm main concorrerio. para aumentar a importincia da obra de Drummond, + nlo ser) como diz © ctitico. portugues, com um sentido documental que pode interesar & histia Herta, Noo. fS'tmta simplemente de poemas Inet: ou do. epslio eum tah tampon flesh. S80 poemas dem tseror. basta hoe ‘atuante © que por mutvor mao sas nfo te nenbum Intengio de public pelo menor até ago. Nao se sabe se a rociio" dives pocmat foi dena’ a riser deforma ov de Eisiids” o' cero" € que 0. post, moiclon ne peparo das ‘gies ie” sin “obo, "mio =2 amimou sings a” mostedoe “20 pac, " ai’ porque, 10 trabalho sobre a moderna poesia rasa, 4s seterido, tio vaclamos em aectat ino, mais comum nal ‘iterarameme comprovas, de_gie a obra de Drummond trace felting ute lo do mde. no Yer nce Sieinss a que soprestouiegonclmenie etn. cont xiao ‘Aceitemos asim, as palavas Je Wilton Martin, seman ab gunk Drummond “velo encontrar, de cvta forma, eiaizada iS fevoclo"® Mas. € inepivel que sua obra. velo’ complet Jisiteando, em termos concretion 0 que a cmocio ds novidades Po cor ss sompuiges no havam pada seslne Por iso'a ebra de Drummond fot dee ogo wma dae ma importantes“do movernismo, de todo. o. modermimo,_atalcane dove em todos oo movimentor de min volo enca ¢ expec ‘indo cocente © adequadamens awd lnkas de Torn que {raves Go. nacionalsmo edo" niberalomo, justiieam os mo Restos main importants” de” noma hse ierira” Casiano Riardo e. Drummond Ce, mais recentemente, Joho” Cabral de ‘Melo Nt) soos poctas moderivas qve mas souberam fundit Ses Guas tendency cafturnis: Se: Castano Ricardo evolu JO ‘Ntrieamarelamos decortivo e neoindianita porn 0 expresso ‘beta e form fen dele am dor ders do de Drammond spreienta, por ‘utr Tado, um detenvchimento sitemdlico e verte dees ten ‘incas, evoluindo de um objeiviamo erico para uma obi ‘agio aniversal dor seres ea formss, como ha. primers pete do poema "A palwra e's tern, de Lis de Conar Aurinciono 0 corpo na peara «pedro na vide (Mido na forma 1s {obre‘o mols onigo desenho ‘pena Aurinaciono touro de caverna fem pd de oligo Aurvairano (LC, 323) Fi, portant, no “meio do caminho™ da renovasio extéica a poesia braseta que a obra de Catlos Drummond de Andrade ‘aareceu como. portadora de une expresso pocica mais sola, fembora se stvando mais ou menos na diteqlo nacionalista dos Seus contemporineos do Rio ¢ de Sio Paula. Mas seu nacions- Tismo sada Una da exallagSo sratuita ¢ primar dos vari srapos que proiferaram depois da Semana. Era, antes, de mata feza cris, volta para a objeiidade das cosas e dos homens, tum tanto &s"avesis,iromicamente, como no seu Papal Noel que denirou couteloro que nem marido depo da fara, recolheu ago doe voliow de manso pore a coxinhs, pagou a (uz, sait pela porta dos fundos (AP, ©) aifg. 2-19 shtee, de um modo ge dis emp sutliios «se die iguncate por ean ao skerevendo uma uv paves por um esto acendenc © outro descendents ‘Sto ois estaxor evolves que ve complean ume verealidade ‘stent aida 0 primeira termina com A Rona 40. Pove, em 1985, sel predominando ace HSTGS fineado Se ‘edade humana, como se perce nor Ul de obras mo Sentiment do tundo's ‘4 Rom do Povo segando,evliindo 40 primi, consul vertente lumiaona desu bra pots, Prevalecend gl toda a expe do oda, {oem ios tomo Caro Eni 4 Vide Pasa “Limp 6 tae Ca, oo er sala por wna erie, ‘ge, uma bus anny de um uaheanomn StS on Ata trio etre das Tse GE um lado; lio Yor, de B82, de ott, Mover Pacman, db 16 197. Apesar dessa duns vertentes, bem ald, say 56 pode ob vida a cbservagdo do Wilton Mariay, de que “a obra de Carlos Drummond Ge Andrade c#esce por sluviso, mss cals. edo fenetva dos seus pocmas enced uma Tase e abre stray eid fume delas €."40 esto tempe, umn alango em ‘testament, sernio, de ceria forma, umm tepid (lo tends eonoligico") * ‘Como se estreava depois das vaclagaes « incongrvencine dos ‘rimeirn momento, teve 0 tempo sfiiente pura coolat soa Evo dos excoctes inevitivels dow renovadores,Sinds que liga Poesia ado toda» sia potsia eeria ate agucla spocs) somes pocmas esrites de 1925 a 1930. Fala se mailo ma celema pro: ‘ocads. pelo. primeiro.livro de Drummond, prncipalmcnte’ no barubo tm torte do poema “No meio Jo caminho" ¢ que cx ‘obra relizva um doy Sonos modzensias, 0 de comesar a Tes. taurar os ages come public, a esa allure ainda desconfindo 4 moderna ¢todersisin. No livro do posta minciro se perebia que alguns pricipion ‘amigos, com que 0 povo se havin scostumado desde 0 roman tismo, vollavam 2 nova_postica, embora revelando. a) ostrora obscure face da poesia. Viareae ali ligeiras incursoes pela redon bas malor menor, falava-te outra ver em bslada e sent ‘que 0 bombistcn pocma-pada feadguiis sulilers dos epiromas, Somo, em “Pollen iterara™, “Cilsdecinha,qusiques™, “Sina de pio”, "Anedots bilgars”, “Cols zero” © "Epigrama pare Emo Mou. ‘Sea pocsa nessa época deauncla uma sul infléncia de Bands © de Mario de Andrade, mesclando 0 olimismo reno ‘dor deste ‘com 0 pessimiamo irnicn dagucle Mas m0 etna rediatamente de not enlegur a chave & os lites de ss per svoaliade criadore Quando nasi, um anlo torto eves que ivem na sombre ize: Voi, Cartou!"ser gauche na vida (AP, 53). (Cambéms em “A Mess”, ado, este Tier torto no ma ‘obra inconfundvel, ue 0. mundo, ag colss, os homens «os acontecimeatan 439 ‘mado recrindos 04 radon ‘por uma perspetivaobliqus, nao po- ‘sea, e sim com 0 ar semvergonha de quore tat dar un Op win» 270, umbetiore € acahe por tomar conseineia de que todo no fin econ Se men verio ndo dew cero, fol seu ouvide que entero. Eu nao dise 00 senor que nao su tengo pocta? (AP, 7) Se em Alguma Posi, como também nos livros que v¥o apa reser ale 1015, t2 polem docamentar alguns vesigoe,Gganes Sr um certo tepiontime inglatica, (de base ‘areca ou aren rane & precio ado exqueeet que © mederntmo de Drummond ‘em do iteio do Pah € mull das expres que encontamos ‘aso cra Mio foram contrabandeadat Gos comstas © vaantes Seiscemna. como ecorcu na sora deals povtas do primes tempon moiernias” Slo moeda correntes nua Ingungem one ‘srendors ¢explis, por to mesmo, as tonadades sealants Jp nivel colo dy fla bras” ©: proprio. peta eve eo. ihecimento deta reafiade: quando cree que a postia moder. nist fo “uma poesia de eyo, de'munispio © at de povoado™ "que," fain‘ povo_lacnporowse"ainguagem era da Posie’ 0 famoso sles (0) tthe wna pedro no meio do Eo (p.6t)"e palvras 00 frases como guritelao (p. 6), ppnhomes. por Syponhames ip. 62), gue nent (p63), Bre $46 Bena tp. 6h) e pulp. 7). teosuncenando sis com. algns sstrngsrsmos: gauche (p83), blackbovom (pl), meeting {@. eer home (p. 0, sop (p. TI) — naonalsing versus Intercoms funiversalisno —, para cilar apenas of Go. Pl imeiro Tivo, consttuem exemple’ Je uma. reside Tagsica aston vigoosa no centro do. Bras “Ta carctersticn Teen de su lr. de ett no deve str imerpretada apes como vei das pret expecnlagds mo Str icamce erate tah io dency fim pronto meramentedecseatves antes aiagem outa iensis expose. Tien eiando ambigidades” dspertando @ itor desu pessividae espirtual para langélo nas Ghsonancis formals da ries contemportnea 2 desi mancira Que Drum, mond contiuia, decsiemente, para a Taglo™ dos posader Estices ue os_oelas anlerores nem sempre souberam eleva sermos ‘sonenientemente poetic ‘Ee aupetos predominantes em Alguma Poesia sfo_quase sempre tx mevmos “que aparecem no segundo vo, Brefo da ‘times, de Sia, tomente gue a objetvidede palsngticn do pe meio comega a disiese entre 0 humor ¢ 2 ieonia, cedendo lugar ESpreccupagio. com 0 homem, que uma simpler’ cbservagdo de tislos de" poemar™ pode” imedlatamentecoaficmat. Comega © homem “a ‘Wentifearse com as. colts, fenomenologiameate, emo no poemn "Coa miserdve”: Coiee misertvet pire de angio fenchendo 0 epg, Yoncade de chorar, ‘oi. mizerde, Imierdvel (BA, 92) Logo depois, a resposta do posta & grande guerra & 0 seu Seniimemo do Mundo, de 1940. Nese vo de pasaro de pedra sobre"s aha de Drummond, & suis apenas. de introlegio” a0 fetalo dem dos sear procedimentos estes, os tiulos tanto {in bra como. dos poems rvestemse_desigificativa iy = tincia, revshindo logo. & primera vis preocupacto principal fe sun lemiea'e a medida internacional de sua solidariedade na ‘onsrugto de um mundo novo. Hai um “Sentimento do mundo”, fim "Poema da necesidade", um "Menino chorando na note”, lum “Congreso internacional do. medo", um "Brinde no. julzd Final, “Le posession du monde”, uns ombros que suportam & ‘mundo; exsem ae "Moe dadas, a noite disolvendo o¢ homens, 2 "Blegia 193", a “Lembranga do mundo antigo” e'um "Mundo Grande" O poeta sabe que havia chegado um Tempo de obsolue depuragd0 (BA, 110). Depuragfo. de qué: da vida? dos homens? das instiuigdes? das formas? Como, parsfraseando Vary, as _veror tno sii fieado que 0 letor Ihes der, podemoe Urar dagu algomay obser “Tajoes e, sem escamoteat o hpulo inuitivo do autor, etender 0 Higificado de depuraedo 4 nova corrente esetcista que a se faz por volta de 194) e que vai prevalecer depois de 1985. 1 lis sntomitico que ese poema — “Os onbros suportam, 19 mundo” —, onde se dz também que “sem todos se beraram Binds", antecipe 0 famoso poema “ost”, do lio. do. mesmo ome,’ publicado em 1082. Ha uma grande ientiade entre oS oie poomas, embora de limos. diferentes diferentes também pelo fo de, no primeizo, prevalecer a mundo sobre 0 homem » no segundo, o homem sobre o mundo que apenas se revele fas" eodar tmedisas. No’ princi, Chega um tempo em que no se diz mals: meu Deus. (...) Em'vao" mudheres botem 0 port. no abrirds. Feste socinhe. @ luz opapouse. (.~-) Chegou ‘um tempo em que nao ante morrer (BA, 110) No segundo, as mesmas idan, as vezes anslogamente ex: press, se uistibuem por todo 0 pooma, dekando sentir que © Poeta fo homem) estd sem mulher, quer abrir a porio,/ndo existe Port, Gs ron no eur, [sem tegen, potghe a it epugou Mas voeé nao morte, veee e dura, Tot (@. 120) ‘Tal semethangs nas idéias © na téenica do didlogo, que € final um mindlopo interior, nos faz pensar mum mesmo material otic, elborado' em dois tempor dite, uma ver que 0 5e- {funda poema aparsce novtro content, jstamente onde ss peo" Ecpagaee focmas comegam a stingsirss com novel expres. Sdade, Mas Joe € um lvra-de 1042, esta portato. malt 08 ‘menos sufocado pels inguletagSes comuns entre. Sentimento do Mundo eA Rost do Povo. Ademais ¢ um lito de apenas doze foemas, em que somente um — "Os rostos moves” —€ mais ‘ou menor entenso.e-composto de verso lites ¢ largos; RA um ‘outro de tes estrofes também. de veros lives, mas bastante eatidos; todos os outos esto expres em verses culos, predo- Iminando os de cinco © ef slabs, havendo tambem hepassabos fe, parece. que pela primeira vez a obra Je’ Drummond, 0 Uso imtcente Go verso deensiabo B pasiel que now/pocmas ane feriores oorra um ou ovtro vers com as medidas do Jcassabo, fat se fo se verfien, padese dir gue. fol acientalmente ‘Raui, nfo. No"whimo verto do poema “O bo'" Gl, 22), 0 de- Tr de Mode Anne (Aipain de Liars Brae, Rio Amwictte 1stshp 4) have ds gee © poems “Fog (AP 6?) er Gone te ua duntbe dea” (radions). 2 anes om deci pee ‘Sine ensue aeibe, Mato" peope Mare Mia’ de ‘ish « pou Seated deans ome (0) » | famtato & 0 ritmo que melhor se entities com a arguiteura ‘Suma tore Ge petscor"nam campo imenso. 0. itersvante ¢ Shogca porno sivento do. decostabo final Depo de once sere peviamente meieifieado. (com predominio do. acenus Gmrae"e ke slabs) aparece um verso de nove, slabay cont Fimo enrlanio de decaulbo, sede que se amit a dtese Iisa, ‘cso um tonto raro a postica casi: elas casas no ttm sentido ogum Na Shima esrofe setomase 9 smo anterior, mas passan dose em seuids 4 tm vero de Jez sabes sem ser un dees Sfabo tradional) edie enestsabos pura Ierminar’» poema fom um expresivo decassTabo © solddo do in mo campo! avo fotasma ‘passe om incon rug hela SS uma tempestade de amor caisse! ‘As mos nan, vida salvo. ‘Maso tempo firme. Oot és No’ campo imenso’a tore de petreo (J, 12). © poema “Noturno oprinido” &, no entant, © primsiro com eae Gents tm poutin de Dranimon,"sparccendo ete ‘minasse bem (o gue nio parece possivel) ou tivesse um certo ppd de volver 3 metca ata amos ore hate da prscupies com = palin gue ‘9 poeta explora, depos, ao sentido dy sriacso do poem, tatho te havin preocupado. como conteido da poss, somo em Poesia” (AP, {65) e"Segredo™ (BA. D4). Agora, no poems O° futader”, 0 porta sabe, com Mallarmé, gue ov verses nue se fazem com iclas ¢ sin com palavts) Estar Drummond Preprando 0 terreno para os poeta ded ou alequandose 4s ‘igen ae entice da poce? Uma coin € outea” A sus prope feashildade 0 levou a ese depuracio, evigida pelo seu sspinto for sumer: fitrade da possi curopie, Tato que veio a0 em ‘ootro das primcias expriacias dos pocts mais novos, no imiar 4 gerago de 45. Drummond jd no esconde agora sua lata com fa'piliey, alice lictio e frio 8 colbeta de algumas pore 0 few masteno. Anscia por serIhe eseravo de fara humildale. en era snba que Tuta todo 0 tempo sem maior provelovque 0 da ace ao vero. 0 seatido puramente estieo dessa concept 0 teva a visualaar a ‘palavta"como win Sey fonomiame © teu rouo belo, 8 poterar espende hna‘cura a note ‘que toda me" envolve (3, 12), A Rows do Povo, de 1988, encera diaketicamente a primeica fuse’ da posse drummoaiana."Constiul seu livto de motor die ‘mensio soeis. cujo temas. predominanes se. inelvem na linha 4 ol humana et bch da solide "dl ou Ene & tempo de porto, fempox de homens porte (RP, 1). Sait ne oe aes coi renhum protinairesoid, sequr colocado ee se ¥6 ae Fm vio me toto evplicar, or muror 280 surdot (RP, 140), ‘Ua dos temas mais comuns na moderns poesia traieirs, Princpalnente depois de 1948, €-0\ da palavry ow da ngvagem, faves so que se chega ‘a tea da propia eragdo potion, como, griinerite Ret “Quando 4 plavra nao € 0 tema mesmo, aparece plo menos coma imagem Privé tno tale das "protiaber de fee dow manfestos dos primetos tempos skim ds see também uma exigéncia de pripria poca irae; enrigeecida com or novon caminhos da lingustica tral votada para as preocopaghs evsties. como” poem. Fc, ‘smo’ a pcb de prolema de etaingsag, et finguagent se ansforna” cm inguagem-obet, erdendo Sea cor af rasparencia em favor da opertade do seus ‘A tipors nfosBa oct, bom © mau, que ago, tenhe Bago 0 seu ‘iutocaho’ a polera prov rns cviente dss exigencis) com for imsterias Go" pocrns Que dard dese apenss 0. veieuo” da fess pra ser onto também ds. poeia, Drummond no, fasta BPipois: Lut com rlovrs/é a lara mas vd, esrevin cle em dose E agora, emt 4 Rose do Pove. spear do cater contend i2o deve vr palswra éseatida como 4 nich posblidade, de foci im "Rone do. Povo. os dos pitivos poemas se. cha- Ram: “Consteragto do posma”\¢ “Procra du poesia. 0 primero ts ncaa om Seta, sein om ve res Sipreivos mals deo. poesi 0 seeundo, wma profissio de fe alee may esis que rea Enfim, dss aitodes gue definem ‘bem a porezo de Drummond. pubzar ovo em 1945: por elope 8 eid de prt, no mah corigto Sctlicse alas: por oul, se elorgva por expresat se or termes don novos ‘eoutosja-mais ov menor gsneralzadon Dai, as duns atudcr Talver até inconscents,attydes de quem feud tim tranigio, tanto ove" 0_primeitopocma, € 0 pocia se brocando wore Sua tajelna eriadora: Uma pedra ro meio do ‘Siminholou opens rato. no importa, pas ste viagem & mortal, e comestta Enter oe hé tuto. E mroserse em meio fimitier ‘emiloes de formas ara, Sectras durae” Bie af mew camo (RP. 138) [No segundo, paress ave existe ume scereta necessidade de afiemat o'contrrto do. ole mulas vere se praticou (0 canto nto & a natureze trom or homens em sociedade Tore ele, hora ¢ noite faiza © esperance nade siniicam. A yocia (nao tre posi day coat) ‘ide sueto « bjero (RP. 139) A. comprovar também = transigho de_que_falamos — um singretiomo de concepeder —, ¢ justamente em "Procura da poe- fia" que’ se enconram os verios mais uals com relagdo A men- 2 taldade exteica que se a fazendo seni. © surpreendente que © poeta mande (a quem? a si mesmo?) penerar urdamente no reing dae paleras Tavcnao or poemas que eiperam ser escrtos (RP, 139). ‘A cutra veriente da poesia de Drummond, que nio s© ope A primeira por i te encontrar emergindo da materia dos poemas fnteriores, € 4 dos lvtos que, partir de Novor Poemas e prince falment de Claro Enigma, cacrito ence 1948 ¢ 1981, retomam a Tinto de Jon, em 1982, e dela seat chramenie aireyto part um formalism extetio, eas ver mais experimental, a oma {ese encontrarem nos seus ‘limos Tivos ae mesma lngullagoes poematicas dos grupos Je vanguarda coneretis, & particalurmente fom Claro Enignia © a epgrate de Paul Valéry ¢ sintomaticn "ve Se verifies ttl idetificasdo com os prnctpios da lingua ‘gem como linguagem. Agu se mostra fomiaridade com os le ‘mentos univers do poems, false no metro, na "Ingaa iéncla", parece pela primeira vez’ slenandring ¢ 0 soaclo se toma omum, como se forma comm 0 verso tradicional, pols dos qua: feata,¢ doi poemar do. livro. apenas onze slo. expresos em fersor livres Av pslavae passam a adgutir novas relagbes se Iminlicas,ampliandose at a0 hermetic 0 seu campo conotativ; 1 correspondenciasfonstieas © paranomésieas retomam 2 tradgto Higicn dairies — a sor depois enfatizada pela Poesia Coneretat® come no soncto “Entre 0 Sere as coishs, em cujo primeira veiso se note 0 Jogo ritmo, rept: COmo e emer, ONDE amor, ANDO Indapanno (CE, 24) Poemas como “O rapto” © “A. mdguina do mundo" estio dentro daquels obscura magia de Canes, Géngora © Mallarmé fm que a realidade ¢ sia expressbo Ungisica normal se veem liminadas € substtuits “por un mundo muy remoto de repre- Sentaciones originalmente eeadas por vn esilimdino todo fe abarocadat linens de expresion que el lestoralcanza dill. Imente a abarea, de voesblor y metforss insite, y_de cules Slsiones y subtcrineas asolaciones de ideas’! Baquele “Ofl- ‘inn initada, de original conresuo Je formas, € apenas a con 2% a ee emp ge flemagio de uma tarefa licda e ladies em face ss tingus, indo o jogo. Mmorfolgico 4 explorsgio. dos Tonemes, fou, pelo. menos, noutras oposigdes nic’ tole impusinels na lentigo” da lingua"portagets, Comprovam tas cbitracoes por mas come “Eterno™, Je Fozendeira dor, publicado sn 9S Ereralade eterite evemalivemente A cate ‘nstane te crim novos cotporas de eterna (FA, 284) 70s materiis de vide", em A Vide Passede a Lipo, ds 1958 "Massacre", de Ligao de Cosas, de 1962, dio bem sento ‘de experizciaexpreniva na ba ‘ds: Druniinond, © ho tne favihoso que conse compor montana. novos yest Pulverzando-os para extrsiethes a poipa da originsliale. Lisa 2 Cotes € assim o mals atual dese livros atual no sentido de sua maior adequagio as experieacay mais recentes poesia, ‘rae, superando-as por nio se desigar de realdade linguistics eallural, pois, conforme Chomsky, "um gran esciiog v pensador ‘oode modifcar el carcter dela lengus y snrquscer sur medias Seexpresin in afectar a estructura gramatcal" © © pocna felerdo & uma amontra bastante sugestva Brom mil @ ator desetondo.se © 98 objeto som roa Indefensivet tine ne © 8 eee ‘rom mil sentir tape eer que a ite refuel oro pasarole no a 0 to de vier romanio (agora ireulava Emil a cspior Sobre Yoda rina (LC, 336) or" abfaberorpurpireos esta forma, a obra de Carlos Drummond de. Andrade si tense continuamente tomo um dor puntos mas sites ds nose We neste clo. Ut ido Todor or recurso expression eo, tind "sempre para una depuagio de formas potion ¢ para fom nualzngio contante de nu instumento Wifey, Drainond fe su ohn cratering, ada por am pecmanete re {Guragdo dos lies como publics, Soube dosar'as suas incu ‘lo ereno das formar e sabe, mais que denbum, excoler temas ‘Ev sesonincia popular, como’ caso do vestde, a. merle do Ietcroy a, monte no avido, 0 desaparesimento de Luisa Porto, Charlee Cnapia, 0 padre e moga, os sols vigaros, e tantos fovtror a que % deters © a natualidade. com que fenovau ‘edonitha maior ~ se funda tradi fbéica —~ conferram ‘um hivsh de expressio pois Wea! faclmente ssimilado po Teltor Simnum, Drummond é, neste sentido, im clasco modern. O ‘Suulitrig ene passido eo presets, que & assimilado e supe foo, c's principal caracterisien dete Tutador que sempre steve sno meio camiaho, noncs & matgem, sempre em progress, Por iho" este nOoestar jd vendo (CE, 239) ou um ndo-ear-estando, ‘mos de tl eto urdidos 2 Jove 2 cnflisao, ‘que ners dstingo ew mesmo Ss eo iment, Taso ide? Nada Nada vivid Tudo (VPL. 29%) I) A INGAIA CIENCIA © ALEMDA.COISA, Twexneweanoo.st_ plenamente com todas at erigénclas expression fair de son epoca © contouindo para a consante renoraplo de Imovimento, moderista brsisio. a obra-pocien de Carlos Drom ‘oad de Andrade €, tod cl, ima contro, uma “Testa Go in Aeleto™: a Tamosa finde de Valery." Cente © conscente de ‘que rada Jormaynasce uma sepunda vee e torn) infiiiamente a ‘acer (LC. 325) sabendo. Que, algumas vezes, 0 vento brinca ‘ou bigades do consrutr (AP, 55), toda a poesia de Drummond feflete bem © dominio. da inciéncia sobre 0 ato riador, che Jando neste sentido a Jogo Vico gue sila entre ‘morismo. £, portato, com sstcia © ivonia que © poeta se aia aenovesdo’ da linguagem, especulando todar as tomas limitofes Ge" pulavra e logrando vencen,gradativament, ae fugdias barrel: ‘asda expresgo. Paro, hava que Penctar susdamente no eno das plavres, onde © nome & bem mais do que nome: 0 aém-dacoisa, cosa ve de coisa, ereulando (LC, 325) A sus obra participa asim daqucla mag de Hnguagem que Hiago Friedrich apona’ como’ apanspio "daca. moderna ‘no ‘mundo ocidenal. Mas no poets bralevo essa magia nfo. € 0 Iente‘o espendor da forma cm st mesma, movimentade, mais tio que isto: como uma sarca ardent, esd Tigade 9 um coated: do ematieo: provem de uma Unsuagem que transla ene 80. {esdo verbal ™ mobilzada em todo'o ew potencal —'e x men- Sagem pottca ove no € simplesmente comunicagse em termor Tingistcos ¢ sim visio deformadora da realidade, uma forma de onhecimento pesos! e-allamente attic, cetreda na Tung8o povtca dolinguagem, fa concepgio do. Roman Jakobson Dene oe arog reais Ge que o paca tee, wletae ra a reinvengio de sua linguagem.pottica, alo hit dvida. de fue a repeggo ceupa ma Tala de Tregutacia bastante Tepe Sova, aparevendo langada em todse ox sieges, exporando at ‘minimus sugestoer de fonemns e sia e, tambim, atwando. em profunddade. de dentro para fora. de maneira a lominar a fea fas imagens” ao. pocma, eavolvendoas num halo de magnetisme fmocional ou intelectual quo escape, mulls Yezes, a0 Tellor Sem Imaioreeinlagoes na literatara Por mvio da fepetigho, “pode Sonor ‘ya inoy sips ar au fem ume infenss carsu poctien converteremse de imediato em focos de iradatSo rcs, em gems de pocizagao de estilo, plcando. « Drummond az palarar de Ernesto. Gur da Cal ‘epeita da repetyao na prosn de Eya de Quelroz ” “Tal procedimentoetlstco tem sido apontado por algune crios, fons nenbum The dsdiou uinda um etado expect. E Tange nen D4 ALP Fin de Es de Qin, Rl at dani nt mae apn a) {poh Secinaes memento tts mar tmando os om ts de. ™ smeamo aqueles que mais se ccuparam do problems, como Ema: ede lovey Anno Hows, no desenolcram sie Iaticamente, ‘elerinda se apenas t uin'e outto wipes ie, eal Gaentemeate, tamem pademor rege. i E caro que nio tvemos inculmentc a preocupusto de son star todos Os inumeror seus, argos © seportageny subse a futor de obra que nos ensjou ere tabulho, devenio cabs com ‘ereen, outros critcos que se feferiam so mesmo problema, de [sto tio evidente ta obra de Drummond. Nao se (rata, pore, de uma atitude pedante ou iresponsivel de nose parte. E que 2S motaghes que’ deram motivo d estever ste Tite inicadas fem Portugal (1965) e terminadss no. Urugual (1967) — sveram 2 principio um objetivo bastante particular: o de compreener fmexme, de assimilar 0 proces ctor dese pla que nos alu Gave deslumbrava © que aos cntings str eda ver mais, 10 estudo ctico de Emanuel de Morass, publicado como in trotugio t Obra Complete de Catlor Drumnsnd de Andrade, toca arameste ‘no assinto, chepando 1 sido com beste’ exa {illor “Un dos process eimicor mais evdents, dese os pr Imeios livros € 0 da sepetigd. Usao com varisdide, sem pete facia por elemento sini ow estegora gramaticl,tecorenio {amber fopetiqlo eaumeralva™* Depot de esbovar asim 9 [roblera, pasta dale dos posinas "No melo do amino GAP, Gi) © “Jose” (150), sem conti, Very ponte de st que desenvolvemos 0 analinar também 0 primeiropoema Mas o°estudo de Emanuel de Moracy leve carat pnorimieo fecatiando a obra de Drummond sab diverios pects; © ss sas referocis A teptiio, embors em termes prechts, nao paisram ‘aha maior ampliude, sujetandose 8 natucerasintetice de seu aba, io estudo de Antonio Hout, dstado de 1947 © publi ‘ado em 1960 na colesdo "Os Cadernos de Cultura" n= 125- do Ministio de Eaducasso'e Cultra,® poss outrs dinensies En. ‘wetanto, ob em janeito de 1968, depos da edgdo.mimsografoda dene trabalho, € que pudemos conhest Io, ates da reprduyio ‘Bee mans. preva apes lio dfiniva dose casio pee ean a "spate que, save mua’ pcsmm 6 CETERE EA, ome cont Can Damme be i nh Set Porta # im Problems, Rio. Ess de Onto Cotes (Teme gpm cates S19, » ras Eudes Je Ouro, Foi o creo urugualo Cipriano S, Vitw- Feira. rane amigo de Antonio Houals ¢ admivelextdiono da Shea de Drommond, gue nor chamou a steagio pera 0 lv de owas. ‘Posterormente, a0. ister pela primeira vez 0 grande studios brat, demosihe elgaca'de que ja sablames de seu nits que nos famos Tefen ele, ao preparar a edigto df ‘O‘Weido tattor de Utes dedien seis péginas 208 divers poster a eepstiio. andra de Drummond eexpSs, ret da iments, ae tooo elementos quey muitos anor depol, che moe simhém a estudar, numa chineincia que realmente no faalisce” Esto, alds,'de-acordo com uma observegao de ‘Amado Alonso. quonda ds ue or logos podem cooperar na ineca do conten pois, “haeiendo los estuon com una Imetodeiveia "nus. permite. progeso de la inverinctin, que forme gna dscpina, una adiion en Ja busca, Ta rectifencon, faticaiin, ahondaniento -amplifcacign de fos_conocimientos Feelin lierarigs of tar ef tema por iucesog aterm Pars AniGnio Housis, “em todo Drummond sempre hd se=, poticso. Ee reptigio "gue apenas por acaso nfo. ocorte nm fu neuiro poema vis de repra se embebe num dos seuintes Procesios" a) Znfase cologuils ®) enlist obsesiva, de esados Inteviores,salaquoss ©) repetigia imitative; @)rspelsioeterica ts encslzamente, tipo de conexzo do Telmoty peeratics, forma Us fefdo. Em todov os cabos & Oitfo‘0 Uso Idea do vocdbulo fepeidn, i veres sem nenhum eonteuio’ proprio isla, mas a= Tonado assim."* Maly adiante(p. 82), depels de slsirar com alguns evempos 0 proceso da repet—io’ na obra de Drummond, ‘om powto, parm, 2 pode asentar como certo: 2 repetigae fom Dnusimond procs constante ers repei¢S0, gue no. ie tin se monfeta como reeurn para valerate do pormenor por Inusico. eae nox Por oberon. tantforme, depois fon Fina Sen da ma fornia ait fle de empificagto tematca:€ com 0 auslio de uma pelorraeete pora ese fim u time reve, que se mulplieg & volorigayd0 do elemento. ponder to porma Mas_na Intodugle 20 livre. de, Helio, Martins, Antéaio Housie parece mio confiar mais na eficila Uo. vocabulo reper | 0, ecrevendo — alvez com o propisito de dar maior relevo So trabalho que prefaciva — gue Enquanio, de certo modo involuntéio, ew procurava 0 cle- mento txrutrador sgnificante de Corlor Drummond de Andrade Ia repioe (plavra algo vo, porgue demasiado abarconte) (ou mar andforer (no que ew Ia bem, se praseeuisie palo posto do enaio de Heleio Martins, bale der. ima inkl” 2 voedblo, mat via de repra nao fundamental ou base de ers: luragao, porque’ nao coinciente ow nd marcante do. ritmo), aco Martine buscows na rim, elemento que pos Tacurm vit viseralmente entrosado com 6 rim fa pare caracrerzarem-3e, Jt pora marcoremcte,j6\ (pois estamos en Carle Drummond. de “Andrate)" pare descoracterzarem se desmarcarem-se* € oso into, aqui, dscutir ena ou aquelopinito Mas como ena emt lope "por tratarse de quem'se tra =o oncito ta pala cm qe se funds todo. nos trabalho, a0 Bodemor fir'a-um Tgero comentrio’ ce itimo cxerio de ston Hausis, em que pacce Ustar por terra © seu proneio eTrguio enada. Seay "prosea da eps ‘a poe de ator Drummond’ de Aniade is, vientemente, no teecho cad algunas aiemastes que podem Ser dicts, em que pse 4 mois grande admiracio Por fm evtico que, como Antnio Houais, ern enando no Bras a {raiggo Ge ura altude mals objetive frente ao texto’ Merro, ‘Terames eco, que conconar com 0 npeto algo vaso" ¢ “demasiado sbacaic™ dh pao rept fe fchremos pros (ox taker demas Here) no ego campo" veminio ds" pal tra, nio the retrngindo sgnficagio ¢ no ie especiicando © ‘ior como. proceue lexiat (ou rsa, ou segmental) expresso Egor wo mesmo, constutno tambénr de enature mca Poemitia. Nese sentido. ample, tanto a ima coo a andor Ho formas de repetnio. Resiagindose, porém. © tendmeno 3 ‘tea puramente letieal © egecifvanto-se nessa area © aypeco Ser objeiuado — 1 epteuse e sar variants, em oso cso epetigho pene o Seu posthel carier era para se tanformat ium recurso deampliagto do wocsblo © de seu contig, om fouvelefioesisico cujs limites devem ser asinaladoy pat naior'¢ mal fonda comprcenso. da obra teria, tend OS SER eal inet one feral de Gewalt, que of Ruse perfiham* ¢ pela qual Monk Welle no. cseonde a tun sina 40. excrever que “Podemos nutrr-dividis quanto’ a ‘numero sspestor dns toriag. ruses, ‘mas inguem:poderd contestar que ela conepuiram uma, aber fo beco sem Sata constituldo pela investigucto laboratory por tim lado, elo mero subjetstmo dor meritas musicals” for tuto ado." #'E €'elemento extrueral do pocma, quando eater: demos por riimo, alm dso, « consrusdo etcicougestiva que, Segundo Amado ‘Alonso, "el pota hace con Ta. matera fideo Siolgica ‘del Tenguaj, ia oxzuniacion don emerge. que deat- follamos al peonunciae en unt figura dindmica y placener, el £0 Ferma: de los movimiento estcucamente rgatizados =" “Asim, o natureca des "unidade Tundamental” (0 vert), “composi quase sempre por sucesSo de palavas diferentes se v8 ‘Ssencialmente afetada eis vers, enrguesda, quando cin 'ver de Jrlivras tints se compte de uma nica paavra que se repee, ‘esdobrando.e como uma onda sonora, mas a0 contri dela, oi, antes de perdersea sua forga de propegagio, 0 timo fermi da série fpetida “se fall dens, pletrico ‘de sastancia hee Feduda"- TE Carlos ‘BousoRo. dita “bem claro a importineia ese tipo de repegio a0 inclutlo ene oF sienos que ee chan ‘de "signes de sugetio", dandorhe moves. dimensicy dentro. de posuica modern ‘Outro. ponte também pasivel de discwsfo.€ comsderar anéfore como ‘lemento. "alo fundamental ow base da estruurae ‘0, porque nio comnedente ou aso maccante Jo ritmo”. Ore, & Snifora ou quatguer outro tragn Tormal do, poema.(o rio, & ima, os acento, ete) perde tole a rardo de ser se m0 fane laments, basics para a expreseio, mio se usando portant ‘quanio vem desagregada do ritmo’ ou de qualquer outro’ aspecto Sstrutral, como mero ago de ormamento ou apente ecoete do fsertor, O que se considera objeto de estado enilisice € juste: Imente a adequasdo dos elementos formals 4 perfeitn unidate do forma.” Ni, podemos dsociar qualquer manfevtario. da forma ‘evtma exiéncia Interna, determinada pelo coneudo. Eto ett Slss molto bem expres em vérat partes Uo lito de Helio ‘Marin e Se torou bd tempos materia Indnewtivel como sinamento de Dumaso Alonso © instante ceniral da crigio lerdvi, 0 ponto central de ‘mira de tod Invesigario que quia ver peudimente elites 3 RDS WetEE On aw 2h 2B Chado Houtesa, Op is 9. 120 2 (e nto vagar pelos arredores) & esse momento de plasmaao in- Some do “agnficaio™ 6 0 medio de ahute ni “sgnificanie GX Bertricg do furro, sc hd de ser Sigua cole, Yerd de arender For tev o eas dua perspecivas: Jorma exterior e forma it- Ccniuaos deta mans secitand o any exo de AR- teas Hous sis puaph Bence ago com 0 am Serato pe poten ran. Orava tree Sepa pe fats Hass propor sas a nerainene eesretio covaide de um med geal 6m alguns aspectos {Se Silanes ave lo, Dnt, que prcoe mer cee Fe'T oes nue cbse pide sone irestipagic, Tanto na posta como. ng. prosa de. Drummond Hoz'fal‘apiulo ( [ar sone Pat), procermor ca BES crits its pctece gon itn coe proceua freer &fotan, Singin atin, pre maior deena, Frage de Spits gun mals cpcitamene, age nu etre teats So weaa'on Sbesoveno'osKnogas, spain 9 tem Tigh See ete ale "Aicnas, comserando or dis nicest geradtes da fase ro sn sans le se or nara inggem 2 Seca, Sine Serena Pre deliv todo $b Seige in proian de Tnernicpt amin! weil ws TESS Soe eee Secs pt node See cei ct as formas tndtionts 0 lel ats Soa ne tpmats noatie fe FY erent nee & ber yoru wit mtr tiles vis "wons out potenti apetva a rare port sale wt prone TB Bibeo Atonso, Pons Fruil/Enio de Modo, Linin aii Rs ors Hace da Lin 00:9. 3. Tesi Boer oe BS eno ones 9 eanbut, exeends pigne 82 dese cio smemenetes gs cmon ds gr al 0 tog prorat Se Seats Se ptt tn nt plc contempo ‘Sones ela Sears de em etndo manegtn, qe to pose ate 3 ‘period etilistien; 08, ainda, ge tal procedimento. & comum ‘ma ngusgem, teria ou no. $6 depois dese conhecerem Inehor tats problemas, é que podemos ulropasar os limites da Fepetigio como forma’ e penetfer 0 elfmde-cobe, teatando sut- Dreender as raxbes profundas © peicolopicas dese proceso re- pes. (© MUNDO.COMO-SE REPETE, Pang PouMmon, Nido Ad eriagdo nem morte perante a poeta (RP, 138) que # uma especie de morte wecreta (FA, 272), em Que or temar passam (RP, 138), Mos as cobs findes, ‘muito mots que. lindo, ‘as fleardo" (CE, 239) Por iso se diz 0 Pocta do fio ¢ da matéria (RP, 137) somente numa "Cantiga de enganar™ podetia Tala que O mundo rn tale 7 mundo.) mew bem (CE, 242). Sabe que ett preso 2 ido (SM, 1) e sabe gue ay suss.experitncias aa vida e 29 ‘mundo rio se repetrso jamais. Meemo quando parecem repeti, Como no.soneto "Repetgso" (Boltempo, 1968), nol-ce que 0 Prprio porta duvida de que esivesee realmente repetindo at hrewmas Sxpeieciae do pasado: 0 de casa! .. Que casa? Que menina? Quando fot, te gue for —ere submerse fue me forma, de lho, peauonine? ‘Ao passat sus vida a timpo (VPL, 299) pares sentir ove a cteridade € muito mais importante que o tempo, pols esta abura “ie more lembna amor. Tal como Kletkegaard, 0. poeta, parece Sent que. "une fos reconnue imposible Ta répéion dyn mo- tment de son exprience, accepte cependant, ep very de Tabaurd rime, in sve comme un Tecommencement, une conversation u te srr ram RE ‘Souvee au sentiment da prodigicux et du divin" * Sendo.» sua fee poeia da intcligzncts, participa asin da conceprao Je" Het ‘ease, para o qual a repel. ccupa 0. momento mais impor- {ne da iosoia, pois € Tacte par feque! Thome, prenant sur fai aa propre. Toute, sh propre ace, sort We iy dvpsrs.on pour atlcindre Tate veai™ (Or poeta sabe que a vida ao se repele (ou que nfo pasa ado de repeticio, nn velha forme do [Elesiastes),'e que a arte ‘eve ser compreendida como ima, minete. progesna, porquants € arista esl sempre deformando. 0. real ou. modal murmur. o7o que excopou fotze da Criagdo (LC. Mi). Newe poem, fm que fala da evlugdo. sttica de Portina, Drummond vé Imlo'do pintor revendo ensaos de. formes, corigindo. © oblique ‘elo aerco'e semeando margordinhar de bem-querer no Bell dot encdes, porque somente asim 1@ mbo cresce mais ¢ fox ‘be mundo-comorserepete © mundo que telequeremos. Ea af oma imam, aue parce vi» most como en arate a este capti, onde a. norm preocupagio &, ‘niilmente, Stuar ‘a epetcde. no, Smbito. da Linguistica ou, mais especie: Imente da Estlsica da Lingua e, depots, na esfera da Esistica 4 Foia,tentando. deixar uma jstificagio clean para um fer ‘meno gue nio € somente Je natures lierdia. Tinguisien e Literatura estho presas por uma mesma preo- fapasior a linguapem. Se umn dhingue 0 arpecto denotatvo da Tineoagem (a Tingoa como eéd'g, norma e comunicagio), a oatra fnfatizn oe aspectos coneatvon e etcicoe do iiomn (anes ‘como. veleulo de expresio arvsicn). "A. fama. dlcolomia de ‘Saussure entre lengue't pole” € 0 ponto de pariéa da nova Es ‘lsiea ou. como querem alguns, das novas estas: he uma. slice da fla, que se ocupa dos esilorindvidais; © M4 como sm ciculo maior, uma evisica da linus aque. que, no Bnet {de Amado Alonso, “comprende el estudio elo. que en los cle" Imentos del iiomal hay de emocion. de fanta'a, de pod ative, seme Mme Mi om voce hee "R Rapeile™ Cems) oes oe 8 de valoracia; en fin, de 1o extalgico en el Iengusie™. Assim, entre a lingua e a faa, entee as normas de nsturean cole © & possbildade da riage individual, a Eatin we apreenta como Ema dseilina especial, mata de Clencia e de Arte capar de te. licionare valoriar ot fenémenos lnpintios mobilzador pela ex presto lterila. Para Charles Bally “a igitiqve tle que je InScompeende a une singubére affinte avec Tenpreson itSra- "po, para ciador da modema Estlites, fla Tangue ite faifene content de transposer a son usage les themes quelle trou ‘te dane le ngage de tout Te mond et de les faire servit & ses Fins, qui sont esthetiques e ingivduels, tands que Te lensage de tout ex acti et soctl™ * 1 NA ESTILISTICA Da LINGUA © proceso expressive eonheco por repetisio (reduplicsso ‘ou redobro, 0 geminaio ou repetio dos antigo tebricos, 3k te- ovréncias ou formas tecorentes dos estraturalitas) consti am {dos als efiazes a intensleagio. da Tinguagem de todos oF tempos, sendo, portant, abjeto de estado da. Lingitic Geral © Inais parcalermente. Ga Lstisica da Lingua. Devcoheese em ‘Quase Todas ar inguas ma antiga tendéncia 4 repetigho de cle- Ientos fOnics, morfotgieos e sinttios. Fol falvez 0 recurso fais simples © natural de que se valeu © Romem primiivo para Imprimir maior vigor & sus fal, como se pode deduar da etn tara de viraslnguss indigenas)P que, rcterando a_palavra ou pave dela, descobria-se a posibilidade de forgar conscentemente lingua e ajurla ay necessidader de comuntcasio Alargiva- Se os meios pura exprinirse aquela sntese psiclggca anterior a0 ato da fala © que, em grande parte, se perde mt comunicay Com 0 redotvo dos morfemas surgiram por certo ot eapedintes para expesar nogdes Je grandera, quantdade, tempo, set, Ise, Bluralidade e relages de. parentesc, ete. Ey nos momentos em ‘gue 0 dacuro (nla) devia tradurie um apelo mate veement, de “indo ios eg ea tans le Eas Roce re Se Sea Vee Uh % aatarerregoss, patio imprimia wm movinentoitmico {oe se rin tn aude sible, come nor cats primi SeF Gone paar don tempos, o gets tkulmete am Dye de ala Torse forando clive, wm sspecio da Tg Serer emboran Torea ra india a al puss bests, nos prods de mab raisno tite 4m vies Sar, “Node sutra do que a importacia dex opengl eu sje em cation tron a Tepito oll patil Serratia” Bir sigue at sue fangdr so tas vari, Scomindo em viras Hinges, “fans ‘Segr reaGlo com a idm de aumento" embora =~ acesenta PIE joe bien, plo menos tun oism, sea quse sempre a rope on colina” ‘Mutts, vez, como, oconre ma ngwagem infil, 9 reps tote destvchic na tone de cnomufopen, calfadas mas Peocraciteny © agua oun carctertica qué comet Ime Sa cy, oe tr ety Sr com sever primitives, “A evolugla da Tngwagem fan — esteve Eire’ Bueno -— ¢ ania tas curious, Ferodusindo of estos ‘Siero honem sagem" A fata Je maior habade na Feel dor sone gue fmt, x clang comege a reptloy, Wor {dkmente, como. plies fate ou slabus-fase. donde vocdbuly om ppl, mum, i, ond, une (cachort), ude (ord Seo emt Cn pis te), shepando assim b nomatonela, como Ga seta «didn ‘Enctantor pare Supt tepetien no {Eutopecas, do tipo neon rea, aah © eta, neon {Remon clase’a porte tio protcamente itera”. iar lngaayiadecuroptay era comum 1 relupcagio nich da rai torgando-se © procena normal pars ladcer a ao verbal fotltias"No lati, por exempo, 0 preterit perf de certon TCE. HAYAEAWA, A Ligue no Pamuniio a Ae, Si se ras aeons 90h RS Bae din ie Poets Eixsoe gue 74 Sapo dit de Que © tery ce tonge oa sconecimenton 3 seitem. eigbo oP ebaako Sari A Lingepim: Iato av Budo da Fs, Rio ee art Ra i, Eibecaacs ” verbos se formava pela repetis da riz, acompanhads ay vezes fs matin le timbre da. vogalsepetida, com em" pendit Gad Bes “pendura) "e'pependit (pet. pert, "pendurou"), adit Ean eri eal)" Mage atv tn To de ements a alm 9 indoceuropta e@ latin ponsiam utr tipo ‘e'repctginy © redobro de atutesa expresive, que imprinia £0 e-tinio rewlite tator ana inemses. Sea Tune nfo eta Propviamente gramatiesl, mae eatilsica, tmibora Tose um pe. evn de formact do superlative. herdado pelo, portugues afc fe memo easien, come no excmplo de Git Vigenes "Dos mul Pits cues nate smn mista emor" Ese relabro etre sito osava com a repetico de vorsise consoanes liuides como fx ptovra Smurmio", de origem greg, através do tatim mur. nur uric 0 cao também de tartar wis, a rain alas (do er dean), a inteniicar 3 iia de ‘No tupi conforme ensina 0 Pe. Lemes Barbosa, “As sfabas tonicase pré-nicas de ums pales, reptias, dio hla de eral (ea palavra € substantivo ‘ow pronome, de superlative. ( € aujetivg ou advérbio) ou de confinuidae ou durapto (Se 6 vet bot” presenta os sepuinter exemple oh abi: muliddo de homens (= homens, homens). Imandiceiderd= maitae cmas (= cmt muita uta) Imbert mbeie: mito devagar, devagarinho. Oipakd: pak rise muito, denoradamente, "sa, i) Ficow indo [Mattoso Clmars desereve um tipo. de repstigfo curios exis temte cm Xipaya,Tingua de orgem tap oe enos de vor reipra. fe como “els 12 mordem™. em que a ago indica mm que morde ‘© out vie-vera, te ean pela repstigfo do smantema cor Fespondente a "order" (td), no cas jae. E nostro livre Frenciona o caso de uma lingua amerindin do Panama, em que i uma duplicagdo © uma tepleapdo. da ais dstingindo tres verbor Assim. mira signifi “subir descer's mucannet, “subit fe escerstcestamente (como a8 Yagns)"; © mucemuemice sige | nifca “sire deer em ondulgie (Como no movimento de um semintica, o wo da epetigo depende tiem or panto. de visa expresivo, alo, contacena com © io dov Sindnimos ojo emprego era outa, um rico rie ie a oc de oar ex, ue we eMettunts Dally" goandy em hen de rept mers a weap abstumos pos sno? Seem yr de icrmos "Don. Seen pou tes pou tishandow a Wein Una, Sermos inne ens peu tere? Apurntoment, no ste icp, ps9 vocab toms formas ditinas © somoy {fotos a aibulrSout Ff au Jeu dev ies et au Ses des Imes”, mas bo dir ele, € um sro nu maior parte dos ease, poi Se Sjaonymes' offices gure ene cur de" Oiferenc, it per inttntsulgment aly eestion prendre une forms mins Fidinenaire’ © esencil so "es batements sucess gol mar ‘Blends: Leeer thu ect su pee pln et tout Fh merc Jono‘ de lemon sco’ 0 protnn da repetgio © da subugdo nonmicn ett bem ee Stade por Ulsan para guem "l'une oro temino. puede Sugerie fon faclad que! Snead tambien ee Hecramente a Tete, y condecy ass ls ambigidad ya! eror', O bom ee tite = coornua — "sopesaraeautamente los pros y ls cones {kt erpico de lina Para, yx no hy eng aeoatva Secunda, no vaclard on reetiie. ante que Tower 3 pena tment" Alem asa erga hamoridis © ibiee mates {acs se btém page so rosary da reetn,fl como je havia SEe'asiadg por‘Guintiana. "0 que se no poems “Lante tu Mines, Vit] io de lonero (AP 59), onde Drummond, com Tcorgto scseato,selembra ou pine conato com iy thay através de uma lanlerna magi de humor © potsa: Paso boa! Pogo a polovral | Meus amigos togor ao setter | fom a ide dos ours) Pas! nar wove: Pedate nas paras | Nar praia mur muni ma ma faa ta tu tu no meu corag. Dag Pim te tn : Bop ten 164s Seitede ath hen » Outro aspecto relevante € 0 segunte: como a repaigho su- cesiva dh pales Ou da Trae gern Imediatamente um prosiems fe entoagdo culo maior ou'menor movimento ritmico” depend 4s fatutesa fone « proxbflen do" vackbulo repetido.(paron {one oxftono ot propirotionc), 0 estado dese recuse tem gue lnvesigar © geese, flequencia © os efeitos expeesivos & part cee nr de ca oma.” Ai ay tng fot ‘leas to posiuem mesmo ritmo na entongio por cash d Sido do scent toca. No portugues e no ipabel predomi: ‘im os vocdbulos paroatonor (grave) ¢ ritmo acentual dom ante "en In frase 2s el wovaico (/ —) ). La frase nos preciita Fula una intensidad final, come la que trae. consigo. el ritmo smbico frances (~/), sito que teftens su movimiento antes de Megur al terminode In orscin.”" No francés como se ¥é 8 tendéncia goral€ para 0 acento exitona (apse), motrand fre: 45 de ritmo jimbie, dexcendeste. 4 0 lallano ¢ 6 Tomeno, com fertsinelinaio pera. or vocibwiosproparontonor | (sind, esquisitos, raros para os), conservam na sua fase uma tendéa- ci para o rime dactco (/°" "de exreito musical dt ‘Noma esatistice a respeitoplicada so espanbol, Samuel Git y Gaya chegn & coneasio de. que o espanhol se caricteiza pela acentuagio lan, ‘sto €, paroxltona, e escreve gue “ls tipas exicos lanos alcanean, en ndmeros redondes, cores del 40. por lento, frente a un II por cenfo de voces agudas, un 2 por cieato ‘seas de exdrjulr yun 41 por cento de votabor fmcentea. en fim '1953), sn 4 ndian bane sera, com ted t Et Sas"Be (ode Grae Porter lo Po 1560, Sestaem gat talent ine See SsP'Snoe Gi'y GAN Came Senor de Site Expatte. Bae tons. Putin 7 Edens SPOS 196K 95. ce Rerton NISCONTES Elen te Flop Randa. Rlo 1. Meh a Ae Vcd Metal de Por No Dose Eos « ‘Também os cxemplos de repetigdo que recslhemes da bea ‘de Drummond comprovam plenamente a observacer acima, spat feeendo mais de 150 com voedbul patoxtonan, 30.© poucos oxi- tonor © apenas 5 proparoitonos. Com feferencla & repels fer= ‘rl, aque fe tora patiular no estilo, drummoniano, exstem ‘Bade menor de 40 exemples parostoncs do tipo wna ura wma (FA, 287), 7 do tipo. papel. pape, papel! (RP, 171) «apenas 2 de proparoxtoncs, um dos quais motiado pela colocasio’pro- ominal enliics: Procure, procures, procurase (VS. 109) ‘Mas enquanto a redupicagdo, ova repetiio que denominamos Winkria Gano, piana, RP, 206), & comanisima nos estudoelin- siiticos ou” de esiltica ‘da gua, funclonando nas esiruturas fonclgics e morfolgicas de varios idiomas, s repstigzo terns a (curves cures curvas, BA, 85) parece eapor & esa fungio fgutse gramatial, tomando-se um pr sexo mais restilo 30 campo 2 estinica da fala, sobretudo pelo seu aspecto rimico ¢ emo tivo. hem verdade que na Heguagem oral spurecem os dois {ips de esrutura repetitive, de base quase sempre emocional. Mas fr mais comuns do justamente os bindrios que chegam a cris Hearse em exprestessintagméticas do tipo "hd muon ¢ muitos fos, wsadas no inicio das estras populares. As repoigdes feraé- ‘ius, mesmo na lingua oral, demunciam um esforgo “expresivo ‘mas inten, interferindo no ritmo da fala ¢ impondose como wm ‘tape pessoal do falante "Nor periodor terior, como 0 romantsmo, 0 ealiemo © 0 smodernismo (a0 caso ds iteratura brasei), em que angus fserta procurou amparo a vitaldade da lingia orl, ponto de fr earilorer se engnarem no problema lingilstice, 0 uso Ua Fee Sedo fol mals ou menor generalizado, sobretudo'o da reduplis lo. A repetislo teria, ainda que aparega. na obra dos prin- Spas poctas, 28 adquire realmente valor etilisico maior na obra {Carlos Drommond de Andrade, Tudo. not leva, pos, = com Dreender a redupicaplo como um foro de lingua tiplicagbo Boma. um foto da flo, um taco de esl, do falante ou do ex. ‘cia Daf portanio 0 maior vigor expresivo deste em face do fariter quase esteeotipedo daquele, mullo embora um € outro Domusmpotencladader sugestivar “que o' bom esctlor sempre {abe opertuntmente aprovelar. a [Na rotvia e na precetiva clisica cepetigio era o refer mais importante ‘dy express, comport’ ltificagoee sulle. SInis¢ relsconandoss com ts mat variadas figuras de contra: in, dee © encontro de” duas Slabas ienlcae ie mais compl Sis verses da frag justfcando tina, a antere, pets oma, a sinoninva fants outor expediates eophecidon Az isu’ por adicionem™ acuparam as paginas dos mais anions nundais de fetorea-evardando cada wna suas Moray de ws © {cit Times ‘sprorticns de express. = Autor ¢ talver 0 primelro a tatar &repeticio, vendo postin como recurso orate Ag fal por exemplo, m2 Reto- Few, do estilo proprio de cada gener, diz gue “os asindetor © frente repatioes de uma mesma palavra merece mito ut foment a censura no dscurso.esrto ainda gue nos debates trades uiizem 0 fecurs, pos ele conta metric os msi Proprios da aglow: ® As preocupagdes de Adsteles So Telomd- dss" desenvolidas, com bastante -argicis, por’ Cicero. Diz 0 Sutor de De Oratore que as guras de palavtat(e ene eas ar palo) Slo como. uma arma. que € tl pela sua ameaga, por ‘us olpes e-apraia pela maneira particular pel qual € mane= Jota. "Com eto ~ Serve —, a fepett de um paaera tem fy easy a Tori, ow melhor, encanto: rearoxima,palavrns Que Sfetecem entre igctas diferengas nab feta oun Tex: te- toms vitae veres a mesma palavra mo_comego ov a transports ‘atlas vezes para fim dos membror das frases: usa 0 retorno Site" animate mesmae palavas, confere a uma s8glavea ‘ros complements: procede por aradagdo ascendeste: empreea ‘arias Vezey a mesma pelara, como que eu chamaria de musa et de Send; coloca » mesma palavta no fim de um membeo de frase mo initio da sepuinte; emprepa temos que tenkam a mes rma desinencia casual ou a mesma termigacdo e membros de eases Simctsieas ou de mesmo" compeimento".™* Também Quintlisn, sma cstcra de Cicero © Ariuétles, esuda a repetiio em vitias asagsne de sua Praituio Orotoriz Diz ele que um dos maiores Setetos do estilo € 3 “omoe termo apleado 2o estilo que io. gue ph ‘um vs mass seguro sna de flin de arte. Edit que ta, plat Sins elas figure pela tedagio (compostione), ¢0 que: ha ‘de mens agradivel mio" apenas ao espirio, como também onthe. = "A repelisSo tnha, asim, uma faneio mae ot! menos super- ficial extend. seur ction sobre fendmenes.puramente soneros ‘ge transcendia 9 capa do sinifieaie, era para exaiedo con. {eido apenas as aproximagdese as oposgbes de senlo, sum me ‘Gnismo” de comseqienens sensriais que tociva paticularmente. 0 ‘wid, come na oratria.Ademais, 0 recurso se beneicava dos Stents proseieos, dos geston fact ¢ da sagacidade pattie dos ‘radores” Day com Tonio, crtea de Aviseles sobre 0 uro da Tepelio no dscurio escrito. Mat a natura apriovisiea ¢ ora imental dor manunisrelricox nfo dsapareceria com os ifort. flor de Grécla'e Roma. "Desie germe — ensina Emest Robert Cariss —"desevolseuse, com o corer dos tempos, um eeneia toma, ate, um il de vida, uma colusa busca da culture an. igs" E mais adiante; "0 conceited poticn como dsciplina attGnoma perdese no ecdente, por miléios,¢ sb ressrge, en odicamente, em 1130, com a obra De Divisione Phulovophise de Dominicus Gundisatinus, contemporineo das demais cincins do ftemaarsotlico, que. o mesmo. auler recoltera da tradcio ‘amt, Commo, porém. mesmo atrves da sade "mais tscura a postin iting continua, pols enconteou firme apelo. aa escola © ‘a intea, foi pone atm, eminar arte pollen, suas formas metrics seus ners’ € ornate lope, uma postica. E ensinae ‘ni. Ima, Oi in 1 1 WL 52, “6 também uma prosa: portant, uma clementar “oria ¢ tenica da erature > ‘Como se ve, relics, srg talver das exatasSes ptr tics dos: povos blicor (como nar penanagens de Howrah aca bse ‘mistrando com a lleratur, nteferindo-e nas, poise, mais tarde, contaminando ‘or ester gramatcns, staves do. que hepou aos nossos dis, constuinda o fundamenta do. ening ‘ae ‘mundo ocidenal. Tode’« lasde Media, todo. 0 Renasinento, es tiveram sob a laflgnca cultural ds’ reterieas greco-atnay. “A. principal deias fo a Retérice a Heréno, de autor desconhecdo. Sob esa lflutacia € que Dante ideniicva poesia eloaitacl, fato que durou enquanto sobreviven 0 casita, pol pps Goethe, contaditoramente 20 que. haviaectto no. Fewso, de clara na velhice sera fetriea "com todos or sum requisites Nic {orios e alticos muito estimivel e indipensvel™ aparcendo fomo uma das cosas “mais necerirae 8 humanidade™’™ Depos dos estudos de Jakobson'e Todoroy, a retrica itd hoje m8 van ‘guards das invesipndes HngUistcas ¢ Mterdriat. Mas elogiéncla © poesia. continuaram Irmanadas mesmo depois de. Verlane haver {orcido © pessoa da elogltnca, ibertendo a poesia deste tclbuto, de que nem mesmo os grandes poeta: haviam conseguido comple: laments afastarse. © certo, eaetanto, € que, Ibert du TiS. rica antgs, a nova poesia engendrou.'a sua nova retria, ‘mado que’ 0 que reslmente se tem hoje, em termos de umn cite literatura, &retriea (elha ¢ nova) como face indspen Sivel da poetics: una cosa asim como teria e petica do dis. furs Meriio, na poesia ¢ na pote ‘No que diz repeto so nono trabalho, & bom obiervar que, fas pegadas dos anigos manuals relics” 4 melhor poia me Gieval portuguesa se estrturou,na ase. de ‘um refinado sistema de repstiges, herdado, ale, dor trovadore provengais Falando (4 monotonis ea pera téeien dov poets portuguses, Aubrey FG. Bell escreve: "Parece que te deltavam he moncionia des ‘kins que tinham ongutbo no gélido poimento de suas exroes, ‘Toda. a riginalidade dele se resumia'n0. emprego de arificion ‘como epelido. de ceraspulavra’ a intervalon determinador {Gobre on ae diverse tempos' do mesmo verbo. (mordore, come ‘em CY, 611); ou enlio compraziamse em levar a. potsa’ de DPrincipio'a fim sem paus> final repetindo os porque, os mes, et, ‘ho “principio de cada verso. (cantigas de eofinds, come CV 130 © CA, 208); em comerar e acabar & poet como mesmo verso (angio redonda, como CV, 685); em reper hime Op ate. ys. Boe ak 8 ven de uma estrofe no principio da seguinte (leivopren): ou em (Sar sempre a. mesma palavra no fim de tedos os vet, como whem CA, 7% Toda extn dovicina so encontra, ahs, not Fragmentor is "Ate ve trovar” uc aparece na nirlugis do Ganconcro da Bibocevs Nacional {de Li), 0 aise “slot Brancuit" Os posts se vali de expedinies somo vena", ‘tran, “dobre”, "mondobre", “ina pren™ para conor, com mayor ssbedoria" "as suas “psauras” (vers), sane “cobras” (estore) € suas “eantigas™ (posmas).°° Por incrmedio dese rio expresivo, 0. purllimo. de amigas (ais aire Hf oi “Tatas” cantaus Popular, pusiou do possi oral as mals be amigo & warmer, tmprestandothes, prncpalmente as cantigas ‘amigo, 0 caruter de orginaldade c espontanidade que enobrece f lrlmo glaico poruguts. 0 "dobre" eo "mondabee™, agucle fom as variedades estdadas por Celso Cunha" eram 0 nucleo 4 sistema de repeigoes da poctca trovadarsca, Depois do Re fuciment, eatietante, tals recursos vokaram 4 Hteraturs popular, (Se base oral, ese ertlzaram alguns dos procesos conhecidos ‘ns tales dor galeges, don pottuguscs ¢ dor brasileves. Dssse ‘omplcado tstema de repetgoe, tales 0 que mis se aproximava ‘Sor que estamos estudando. na "porsa Se" Carlos. Drommond de ‘Andrade era’ dp "mouiobre™, ou sey da repetiggo da plavra ‘teaver de suas formas cognaas, princpamente dos verbor tepe {dos em tempos diferentes. Modernaments, perdeu-se 0 intrincado sistema de sutras de eepetigdo. ou, melhor, conferramse ao fecuiso outros orie ootes iberando.g de seve equenas preceplivos e Isvandoo a ‘Muar internamente na expresso, de modo 8 estimular, além 40 (Sits Ngnerdh eacies “Dobe Ge Sneha sii ee ne ‘See oh cuts pssaspro/ tpt mag! tahoe dager manera ahe © Rees ns rine) Eun reg) ce peter Pn ora ma Fale, Stag a8" Sante Bee Paco bdo doa Rae Mt aon toma ain enue ae Seid extinct Um’ apo tlver Be ordem emo Sona que tanvende a sstttura de palava © da fase para mo: firme campo de-empata e aclonar uma cara Wea que ‘espera Tstor as mal ferenter eagbes sensors ates, ‘A"poesa moderna, na dnsa de expresar © inefavel@ ten aut rero’ continent's Tnguagey pe encontrar top {ica poder dinamizador e'ao"meime tempo: um melo fara super mass do. gue prdcm comport as estrutuas pi tirias do idioma, Embora fenha no, pasado 08 no present a fnesna orgem. io ditintas as suas fungies, tornandose pois indcuo 0 compicado conjunto de denominacocs que enconiamed tor manush de felorice” Ao fazer e Tevamametto blogaice resin solve repeticn estsicn nat Mertura omen imut Hatefeld observa que a acumulagSo ota repetio. de Substamtvs, adjtvoseverbor “ene. sigiieado event iment diferente para el poeta medieval que para posta Tea. Enis, rene conemporangte Para J. Matiwo Cimara i.” redupcngio. de_morfemas %& um Tendmeno intimamente Heide as exieénay da nftca e anenta no valor Intemvo dx repetiao™ ineem tnfatica eo valor ‘otendvo da palavra ou (ave num Seno ou period. ainda que sem comune 1 tranipaenta: da Tineuogem amie, comttuem fendmenos intents opacdade dh Tinguapem terri, soretudo”pottica_desnada a tar um thjeto‘esttico através dow mals varados mefos expesvan exe lentes ou inventados pelo poeta. a ewistta. dh epoca pe. Aisposita do exrtor uma escala, de jogos expresvon que el Segundo maior ou mesor Talenoy simplemente lca od ‘erova, mutant tro © infuaineie tok maz Ture, em sepuda, abondone, até ques pena de outro ceior {oba exigtnca” de outa. époen. senha Teatual lo ede Ihe tuto peer de sige © encantameno ‘ATTeptiio puree tet sum pines. nos sentdos,proede in ciaimente"de sender actsicas 00 Vata mas Seis ches fzndram estrutaray rincas que se Lorna incapresvs eines fentes quando. nfo slo 0 Tesliado e ama engenis ita, 00 omletido potico. Toda & sue forga devin dow Spnifcates isto etn propria onstiuigso foniea © morfota dos, veal © Sos sitopmns formadorey du fase. Para Charles Bally a esos 46 em que “i semble difice de die & quct ordre apparent Tano- ‘Suns elle sadree A Torlle-ou A Tespr, ate rléve dex Stains ou des signifies ou de tous lex dewt) Sot, p, ex. la Sutton, puree. snple_ des tots en contact ova ‘itance (Chie teption est"un procédé éminemmentsemoril: lle ert fou a ‘steentuer une. idee sigue, "nt soulignet lp contaste ‘ntre deus Mees, Exemple Gi" premier eas. "C'est ody, oin!™ n'Sbonneen'en pew. tes pew, extremement peu" Exempla Seconds “onnont? donnant™ ou "Tet mite, tel valet" Pata Bally, 0 primiro tipo. (oda tepeicto insstete) © 0. principio Aa" aaforn enguanto o sequndo (oda fepetic.conrstante) (prime da anise, AU aguy is le, “tex pas douteut que Tefer'e tout ener dans les signin, dans (a repetition de mots Mentiguess ear, cete repetition ext fthmigue, et pat Ia Intcrese Forelie™ "go seguir. Bally aproxima a t2petkJo a Snoninin escrevendoy conforme non referimos, que "es Shei reper des fumes moi materi i ueston S“compiques Tongue le ryhme ne simpoxe pls. per demote Festques'lonquit' west pis un "simple écho, mates teadult {Fane 'msnire plas subtle, on est tente atibuer rout Telfet Sheu Ger Mkes"et au senses mots, 0 que € um erro na maior fae dos cases (0 bjcina da_repctisho-€ o-de stirs. imaginasio_¢ levar hora prolong em sage 0 cFa007 ct ue esforgo da intugdo eda itligenciaprevsona 0, materia fntiic, smoldando-o 20 indvidsalimo Ua fla, 00 80 esto. Sendo. pos, um proceso eminentemente extlistico, (ma essa fa ing '€'na Us als), asm efcdiaUkrapaia "aqueles goipes Scesivor que camagam a idea” que. segundo Ball, 30 veri- Ficam tous vez que em lugar de repetic uma. palara sotto Imo por sinnioor, Uitrapassa © se dirige 20 epi, adquirindo men nterea eos atuando afetnamente ‘Alem dino, ano "os es anglos mas cooheidos das ecules aera proporcion um senagio Jc equbrig em face da variedade fate da oben Herta obieando a itclinéncia transit nie a unidade e's varedsdo, Indo. So particular to-univrsat ETipoivando una scala de valves sogsivn de_grande rea fmesiicadora, interfrind no sen zante © ho sienifcad, raves {dovsnlor rtmico © superativo grado pla cade. de vocdbulos ‘Kaemats, como etuda" Mara Piclena de ‘Noval. Paia, quando {tem itengdo Je ironia «epetao pode provocar um flardar ” 20 ritmo do pensamenia, fazendo com que o axecto em que 5 insite “avolumese pela demora e revel 0 memo tempos ‘onpaineio nee apis ines W og etsy Slgumas vezes, to posta de Drummond, em ave n Teeth, so toma foate de iors, funionando, como ‘nots de ridulo, com forme ii Semonsiramos nest mesmo” capil, "No. seu oportune. Manual de” Retorica Literdria, eiatich Lawsbers ens que na repo de palavrs iguaio ‘ignfcante 0 significado sto, quae. Mas se se tanta de una ipualdede {otal ‘2 "afuncional, seus efeitos nio_concorrem 9 refoar © ‘expres se ovnsm itm, como no psonssmo, Pra 0 fetor alemto, “La igaldad de Ta repedcion implica wna stpe- racion afectv; la primera poscén dea palabra tene fa funcon Informative semdnies normel (nda), i segunda poscon det risma palabra presupone Ty funeién iformativa, dela. primer He aes a cio seta cetera i simple Tunes informativa (offrmat)”™ porguato 2 repetigho (oratriay € uma formula patel, E ess fungio aftiva dae. unde posto da pulararepetida concore pare modificar Frosdia do. vocdbulo, uma ‘vee. que se pronutcis dintamente a: primera, com mas ture e tase Carlos Bows, ao estar a natureza Vsstmica do sim- oto postc. toca no problema do sgnfcane (ago de sine) quando’ est afeado pelo tefor da repstigia. Tomemos der fle uma palavra qualguers 0 adjtive “pobre”. Na Tave “An 1Snio € pobre, pobre, pobre, pobre", & evident que em seu iti -enunciado-o vento “pabre™ nfo 'sigifin o mesmo gue em seu ‘Suniado inca: "al rept, I signifcacion secende hasta un rado rigurosamente supciatvo, «ya intenidadGesbondy a It EX propo alifestvo poorame?© E tpon te sanor'e tech fica ‘Fora. 0 primirosjetivo desta no segundo bos pate de seu Conteddo, 2 este, J enriqueido, plpeis por sua, ver, com Todo o seu volume aumeniado, o terete. a0 gual isu mals ainda seu caudal de quaifeaso, Besta forma “Al terminar la Sere, el adjtvo posto se fala dense, plettrico de sstncl heredada”™ Acrscenta depois que "io. gue cabamos de mostar ara el ati vale paca toda palabra pols se iguém diz aue, Ao alo, vf flores, flores, res, flores, 0" sintagma jm ad ‘agamente floret, "ino conretamente- a" ua. gran catilad Siti er se Ein ds he Lite, Ca de Ba 48 4 es, aun iment jon, Liegamos a deduct, de ete modo, ST toda seeracon ove iter ntnacadra dl sificdo™ Hitptain 200 Se sa Tela aes Exenon Poetee, Bow soto vol tar du reteraio,stindo Ine um capo especial ‘TecSeenando gue inteicie gue a oben to reese = fale ndviduieador ih foot @ parce de Toticar «ings, dando the fis pots, Pay 9 peo Bee um subituints "0 que ta "son termini simtica © Seen gee vl sua va modal lngun, puis “on sue SEER Say pow aunque a vets ios procdimienoy yeas ict’ de may arat fornas 9 pacecn, no one Ese Baie ini oe epi Aan ¢ Fotre pire, pers, pose) molnado pram moiate (& série. ‘ae pal ivras repetidas) © atua sobre um modificado (0 adje~ Be Spokes porter de una signage genes) que 0 ioe” scbrntdo (lingua em sun taniestsio comm, do Wo Angulo € pobre, "Ania & muta. pobre", “Ania pobre”, ee) ‘Asim 36 apaentemen gyi of feos de ua, pos tuyesFpelidn, pols ae ientfiesiom se tormariam viuo © Srpataram’ os limites da" possbiidade ‘etka "e relorks Gunna 0 posta ie Meus othon espa Sellador “gue marcham (AP, 70), st snpemente dndo qu set toe ei, rs ese gata Sha exam doe ma ea et are al, we mee too sue eine Pin EG edna ate oe ett Aeshna’ €nenitrtizo em a8 SB, Tt Patel ss stein mur Sendo sempre ine sian ae hs Se Sher? St ae a eo ms Tee a ec inprenio © sn go sla nea cert peso pra So ser Se en ae ee cna to pee moe cece Tia! Si cpanfer emis me pom No ide On at. w 5H » so prosus.... /Meus olhor explam.JPassam sodados)... mas as ran periax. 0 meno ocorrendo maw adant, and sie que tr oles espiam mogarDonlfs/sldados, barbudon!.» para nd- ‘mora pra brgor (AP, 30). Tambem alo sio.exatamenteIgwai fo ignficaaes ¢ Os sgniados de" uma cade de. repetio, omo a due stabamos de ver, pois se 0 fosem perdera a repe- ‘iho sua Tango estates, se trnara inepressa. Numa sere expam > expla + esplam 1 2 2 © primeira termo indica, normal ou figuradamente, © ato de fpr sale dire, obwrvar Seeetamente,espreltar ver de onge fo tepundo term, dito ou sentido noutra entonagio e movimento, Soterconia de imedito um carga afin muito male Torte que Sexe anim no primero’ temo, mar em Gi ren Jncgnclmen's 0 syyecta ineectual; 0 terelo elo da cadela Semdatica, tanto a informagio ings. como a eoloagio.afe- tka slo Tevadse @ um grau__quase superlativo, tradwindo, com Brande inensdade, ago desumbradora de quem es querend par tao e-esté se Meatiieando, Ute alegemente, com {do ov que esta vendo. Alem dio, 0 stmo circular que se Asprecnde doses ‘verso concorre pra aumentar a impressbo gral {e"movinento — movimento, dat cos © movimento, dot olhos Sscompontando.as. ands, para melhor adoquar 0 signfcente fo spnieado, Drammond bola ag virguls’ © © estlema fpreeata como um nko voeabula, tal coma’ se 0 verbo esplar tiene seo tisalmente espiehado de um vcts0 4, oto, SIRE Filo tamten pelo enjambomrent da série Tepid, donde aquela Senera demic” que Damiana Aon ttarbem& propo sito do enjombemen), via nes versa de” Garciaso Isso £ AQUILO No se aneviino sobre 4 Esiitien, Perre Gueaud desica um apts de rlaies ene Estlnien e Estate, informando que, Bem iy contoverss, Ia essen parece contr ef teens 0 de eleccdn del andi estaistico; no silo porque en él los hechos ‘e pucien obserar y eoumerar_objetivamente, sino. porque. el ‘iota es una atid ‘staiaica™ ‘Sendo o estilo dm desvio fala individual, ito € consttulndo um sjoste ou desajuste do IGioma’ as necesidades da ‘expressto individual Mergen, a Es. {sttica continua Guiraud — "et prccaumente in cieneia de lea desvios, el método que permite obierarls, medias e inte prearos. No_ pod, asl, dejar de ponerse como uno de los Misumentos mis eficaces en el estudio de exlo."? Se com ela Podemos medi, quantiativa ou, quaiativamente, a orginalidade fe um fendmeno de naturea Tingustia, como estilo, € certo {aml que as suas normals generalizes. podem conduzt-nos resultados bastante afasados da cealiade, sobretudo quando Imanejados.tendenclowmente, pois “Figures don't Tie, but Tare ‘make Tipuree"® Adem, sluando como isiramento” de” andise Estate, pode converter ©" testo em, tma. Pagina Arid, ta fomo a mudurees para 0. pot, ma “ingala cieacla”™ que 3s, ‘ers nada. pode contra ‘ue ciéncia) e nem conira 31 mesma, Porguanto © aputo olfao, (0 egudo olher, @ mao, lvre de encanton, Se destrocm no ‘sonho da existincie (CE, 236) Mas o puts se gue “ino € auio™ (LC, 351, que “0 seca isd Se ft, S's pes & a fara tiie Sie, tum cn ito Ctra gue psa a0 de seroma lb de vase nts da Compo, 15, massing taco, procera” Pat fricanloa’ poser diet ann gue Si © ca tas ISreiario Snag ede gue somos iments aoe SSS por tn oa 0 dev een unas Peal estndel pts ee fenbno pacar ema wists pottica, is ‘eee eon forma de ttamieno dace Ge for dan aSquin or Sud’ Lau ScoR@ Vivtnos 26 CALTEO. Pons de Eat, Ri, Eu de Aur, 94h 9S st A deinitgio. do valor de qualquer aspecta do estilo num auto: requer, inklalmente, 0 levantamento da. trina ¢ da Tomogeneidade ou heterogeneidade eemelhangas ¢diferengs) dos esquemas em que afva 0 fato a ser estado, Esses esqucma auardam entce si lgumas relages, que podem ser importanter fn elucidagzo da preferencla do ssritor por esta ou equta forma de expressto. Assim, no caso da repeicl, € mister conbecerhe ‘8 continuidade nio someate de verso para verso oa de poeta & poem, mas também de lvro pars livro até sbrangcr todo 0S Fino ds obra do autor © poder se, afl, extabelcer um principio de uniade cocténcis no seu uio como procedimento exilsticn, Por outro ldo, a individuattade de um server 30 se pode met ‘numa confrontaso com as obras de escritorce. represetativor lima época lterria. So através da andlse do comento de epoch fu de geragio. € possvel compreender bem” ay ligagdes de um Autor como seu tempo, as inewtaveis infuéncie' que te via {Sujito‘e” asia mator ou menor ienifeagao com as. noemas ‘sticas mais ou menos impliias em dsterminador perodos ite: Ftios Alem dis, fal estudo.poderia ampliar se por toda, uma, Iiteratura esr, talvez, objeto de uma paciente invetgaglo. na estes dainguas Nio pretendemos Jevar tho longe 0 nosso estudo. sobre. tepetisio, "0 objetivo dese twabalho € stun na obra de’ Carlos Drummond de Andrade, embors, para malor seguranga em nossa conclsbes, tenhamos estendido' a pesquisa 4 outros poctas do ‘modernism. Assim, ocovrem de Imedato. as sepuintes perguntas? 1& que ponto a repeticio. ma poesia de Drummond. so deve 8 infencias esto -esilisticas do ‘moderismo, através de sus tres ‘ou quatro fases ou. geragdes? ate que ponto te trata de un proceso comum 2 ligaagem terfris ou colguia? eae que ‘onto constitu um modo. pesso!, um “dersio” no idioma, tea eum temperamente em face da expresio? ‘Ainde que alo houvesse respostar erat para essay iaterro- sgag8es, nfo" se pode olvidar que, entte of melhores poets, €0 Ioderuisme braicir, € precimente. ma cbra. de’ Dremmond ‘que se verifca 0 maior admero de repeticio de plavra eres vetet Sepuidas, com uma e outta varlante que io destrol 0 carte Ihomopéneo des preerencia as vezss inconicente do. poeta, | | Os poctas mais importantes do modernismo no Brasil, pelo smenoe do 19224 1945) slo, a0 lado de Corlos Drummond de Andrade: Mario de' Andrade, Menuel Bandelr, Castano Ricardo, Jorge de Limo, Ceca Meier © Mula. Mendes® Meio ds ‘Rata, Jorge‘ de Lima, Cecila ¢ Bandera jf morreram; Cas. ano, tambem ecentemente falecido, se. meleu ostesivameate foe groper de vanguarda nos deu ads seenta anos um Jeremias SemChorar com grandes inovagSes de linguagem; Drummond ¢ Mario, mais. novos, continuam todavia uma evolucao estetica {jen limites ndo podem ser ainda incitamente defnidos. ‘Todas eatstanto, pomuidoes de edgier “completas” de suss obra. 1B doses efigocs™ que.nos valemor pare anotar somente Um tipo ‘de repesiSo, 0 da epceuve, 08 sje da tepetgdo da palavra duos ‘ou mais vezes segue mum mesmo verse ou segmento imo. ‘0 resultado. do Tevantamento desta case de_repetiso pode see Vito na tabela also. epurecendo a" repetigio.bindrla do ‘Spo palera, palavra (J, 120) e 4 tenévia do tipo corpo, corpo, cope (PA, 278). suas variants: inde Terndras Mirio de Andrade: coccsccoo. TH 9 Manuel Bande = .00000 49 ST Camino Ricardo 2. els Ceca Meee In 1 Forge de Lima 20000000. er 16 Marto Mendes Co i" i a EE fe Mao No (oni Com Bar eae Sea ertnn 30 gocmn or ma ro de cues Serpe aie'S Pa wy, ee Seton on stops ow ten Fi han ee 3 CrP! et i fy i ss Tal estatitica se refere apenas aor crs de repetigfo de playa (ou Test) duas tees vez regudae © somemte ace cas Iials caracterisicos day construgdes nominal (abe, e adj) e ferbal (s- adv).1 Nip se levou em conta a repetisio de tater” Jeo {Ceqdenisinay,” como tambem no fortm ‘consilerados ios exemplos em. gue a pslara, “qualquer gue ‘jas sua fstegoria, apace repsida mais dev tee wezes, como ¢ tambem ‘mais ou mcnos comm em Drummond: até no pomta da asa fe seu nas foo € Sigil fe sua alma fine fee, Frag esp tri fait as que por feigl € dp, na ta mala torte se tid ele da morte (CE, 260). No quadeo das redupicagdes, a maior amplitude de reqhéncia em cada classe (categoria) de’ palavra aio. chegou tet de Drummond (ato se land cm conta os exemples de Dolcrrpo), stvandowe esteem segundo Tugat, mo total, juatamente cont Ceca Mettles, ‘0 sustanivo repeido 34 yeas por, Marto ide Andrade 24 por Drummond; 0 adjetivo se repete 13 yeres ‘gm Danisia © 11 fm Drummond: o verbo, 33 em Forge de Lina, 236° em Mario de_ Andrade, 28 em Cectia © 33 cm Drummond, (© alkésbio € reptdo 15 vez por Cesta e 13 por Drummond, © 0s pronomes so repeidor 2 vexer por Milo € Cassano’ e 56 lima Yer por Drummond, Fixemos, de pusagem, que or indices Imai altos de reduplcagi se verfcam nas repetes de. subse {antvo, em Misio de Andrade, ¢ do vetbo ent Jorge de Lina, © qe’ cstabelece um prfeto’egulio ene. cardet Tem Sader, do_primeiro © a accitagso. da. Unguagem tradconal no Fpunde, éelro, em fermen tlatvos ‘Com ‘elogie 2 repetiio temiria, notese que a diferenga entre Drummond e of demais poctas € bastante chica. Ocor- fem 49 catos dese tipo. em Drummond, feando seus contempo. ineos numa faa media de 14 exemplos. Tal predomindnca 56 ‘em ods at clases de pala, romente colteidindg nos pro Fle SB t,o Pte Ro, Aun, 1958 rts Mand sons on rota apenas um exemple em Drumnonts Cain, sr Care de Linu, Nos aobtanivoysnaamee 21 ce SS So DR ism Mode Andre no ation, S'SIESR do puncte’ pao sand, no ino Munio Mende, TESS morse tame ti cemlos em Drammos Soe 2 PME Saind Sia ens abe apurceem 4 ekeme Sta rumen cS en Jorre de tomas abo repro Bese Prem" te epsio pronominal eve emenirase sec NE Meaney Je page, gc nas rete, Tenseelhag slic uli ee ov ides de requ Sera tt's Go eis Hendesido psdominio primar Peerage ee Brummont dem’ posta Sp Slibeles aguas Sons a had force bun Popes ere pesenapio des ocorréncis dio devido realee a comperasio. qu se etablee ene nimero de Tepetise ter Sienna obt de: Drummond 0. mesmo Tentmeno nas obras or seus prnclpus contemporineos, como at v8 no eafico Seine REPETIGORS TERNARIAS Kt “ES aida Bie oi on ea, eee a, *PeScgundo ensina Pierre Guimud, "a répétition peu dépendre: 55 style, elle peut &ce un mode ou avoir s source dan um tem ete lp ee Seo on. ue eevee Scpaio't oberagio de Gulraud’é que a redupicalo a inven pode ser tmbem Intent bs ngtagen, vericontose mals ‘a expresio orl clog! consttuindo, com se vert adn, Slementn do etre de mur poumas’ Quando 8 Tngunge itera por ququer vikstude Reera, tela’ abeherse 20 fife opus, erguccendoss oy sbstedandose nes cues icis ca expres, stor tage esc, merece, mally {ler apenss tuazado, somo fo caso do repeie, ‘Org una simples vite bre ov dados acina, nos revla Imeinamente ue repent Bora (on redapcatha)€ mals cu menos somum Todt os pct squads, poleado et eran expan como Jesordac df oda: mda, de cade 0s cto em que fol concistementeempregada como eto de esto foo sabia. que moderns Teiomaram, fomanteanene, 0 pcbiena da “igus brsleia™ © combutra {purismo eagendo dor paeasnas, que tanbls! fram wo da retupcaio,princiinene Alero de Olvei ¢ Raimundo Correa Vejese © belo cite comequido por Franca Il fuano dz ue 0 foro! escrege de mars, etorepe de mans eo clro cial do limpitoregara Procravam tenor hi fungem Mera com or temento da lngussem popular E aque Ie tras mais pcos pret ¢ da sep ergo male aisay alo junamonte os, de" satura” or, cone, rocibularo, Inodme, semantics a6, de propose, uso de ua ta {EE como baste, quando fo ana, mag vse de ver {ig reno (ou ancien do ports, sob ora de Te Bonatono,O_protcuor Sivio Lin, num capt‘ a con: Iruisto linguist Go modcensmo, di clramente gas “A Lingua foierpida to" posto. de "stra, prio. da consctaca Hagin aon 0 derecngue gram se atow fez toda avesenso 9 subconttenebrasicd"? Ee earl Pr acecenty "ue tnguagem de fom purl fovea ‘ovcor hemes om’"o portaguts de Portoral do qual nes Eeveramos de iter em nome una suspiada lngus bast eva" Postomenty In Calor Les citevera que as andes tendtocr ingles do modinime: foram “Spon Sragdo‘da Hngun esr & lingua fads Const de Tores Hes ios a0 voeabuldrio popula, consagracio de diversas pecullar Gader du Sntaxe brass, combate. stemitico’ a0. puriamo"! "Todos os poste, une mais que outros, se deitaramtlevar pot ene anpecto, principalmente na décadeinicial do modernism, tor tempor feroicor dos manifests primitiviss, quando Mari de ‘Andrade chepou 4. programar a sua "Grematiguinha da Fala Brulee”. Essa linguagem cologual, de bases populres, alia Ae inovagiee Udnico-struturals da potica moderiia, poe ex plicr b gosto mals ou menos geeraliado pelo tio de Fepetqio india gue, fora dos casos contientes de expressidade, cra uma feapecie de compsnsagso. para a tims (abel) eum sescieo iente ap vernaculsme que os novos prdcueatam. com. escontadoy oO esoy. de. smpise exigenla metric, tt mics, 0 inlencionalt propdsiton de Intcasficato, de onomatopia fe jogor de palaveas, a maioria dessa sepetigoes bina, bastante ‘comune nor poctae modernists do Bras puteceovigina-se dessa fendenci di linguagem colo, consiuindg.inilalmente, um ‘eeuso.primdrio para’ ativar a comunieagio. Asim, quando. ovo. diz. "14 jd erat em sun casa”, "ha muitos e mulion anos” Ba urabha, trabotha nfo consegue methocar avila” etd Smplesmente langando. mSo de um recurso inerente & agua! © ‘Se naprit pela intomsificaglo alta de termos.propris. ‘Na litcatura também se vetfca tal procedimento, someate ‘que af 0 exeitor procs tar maior benefico dessa intesfcagao, Gproretandora como weeulo de outros elementos da intulgdo cra Gora Sendo esa. intulgho de neturera sinaies e abiolta, como sina Carlos Bowofio, sendo 2 Tngua evencslmente anal fe enumerativa, “El pocta habrs, pues, de-privar a la lengua Su‘torpe condision_talitcnsl"dfsea expres con peoicad Ie Fealdad interior, si pretende no fasificar To que esa realidad tiene de sitar" “a‘pacia de Carlos Drummond de Andrade é, toda ela, uma tata Contra as borriae do idloma; e a epeticse’— como’ qual fuer outro clmento do estilo al se justifies como resulado fn coum ‘an pons de Aloo de Camp, begining de 3 ds dss forge que se cram: a necesidade de um peefeto eajaste da Teslidode interior a-ama repesenasso ellcent, vale Alte, pottica, ea ago cradora da Inteligeneis sobre lingua, ‘nt bisea dese tenon” E, para nlp fusir ao nivel colaguil Min eapresion cuinlo™ ob Mo. hetmetsmo om "nom presiossme aro. sus, do a2 coaluna com: as-exigencar “de ton. posts Drummond opi conscente ou inonstentement, plo empreso On repetigi.reohendo, em termor populares. a maar pare dos ctl io sua cro posicn Este to, fis, mais ou menos ae aconla coma Ova de GK, Zip, no seu luman Dehavior fond’ the Principle ‘of Least Effort, etado. por Beri Malmberg A treqicncn dems patavra © ron posse. of clase (an Tita fis rene) € sempre ima constant, que se expen pela Few fir em ue f indies a fregiéncia era clawe da pales to nimero de repegoes, sta simetia, para Ziph, € 9 Eeullvio entre dass forgas opostas: "la tendencia a, eercer ‘minim slacrro'y la acessdad de dare 9 enfender"s* "Hse ise que o ince mais silo de repetigger se com os ssantvor, © justmente ina obra de. Mario de. Andrade, 0 ‘gue se revete de importinels a confiemacso do que intenamos Procar com rslacso # linguagem moderisa, © sentido de eno aca Merrla foi nee, por assim dizer, © aspecto dominante. Eto € por acato que crea 0 considera 0 lider do movimento modernist, aquele ae, ait do que todos, procurou dar a sua Expeenio iterieia 9 mesmo. nivel da fala popular, ma tenatva (Ge tomar esrite o que ele compresndia por “line. braseia” Fee atta nice de freqhincia da redupengio em sua obra €, iniss dye ate esenciolmente estien, om deibrado.¢ ine cot onto fseado objetivo de ser coerente ante os ele Ientos da" ioma, TE nia & tamim por seaso que Miso de Andrade © Manuel Bandera to oe ave mnie se aprouimam de Drummond 0 em prego das reptisies de criter nominal o que nio & de admitar, {ina ver que slo jstamente os trex poeta os que male se iden: tifa com a. renovagio sntien Go. modernism, quando a onracio. nominal comesa & suplantar ado verbo, por ser esta {ifs mois clissico e tradicional. NMrio de Andrade, Bane ‘kia e Pramment concorrem com maior Indice de repligo. Jo Sbtantio: Casino Ricardo, Cesta, Jorge de Lima e Muti, fo contin, spretsntam. maior mémero de repetgeo verbal, 0 ‘que poderia constitu, digamos, um primeito ero pata a cas Seagto pera! desses principals potas moderitas ‘Adem nio se pode equcter uma confess influtncia de Mario de Andrade’ ‘Manuel Bandeira sobre a poesia. de Drum: ‘mond, Tacit de documentarss, sobretudo com cepeito so. tutor de Pouca Desvatrada.Unia-os um espitocomam na eider fetpressonsta ena. prescupasio. formal ainda qe apaente ou oncctualmente a deprezasem. Drummond nto esonde esa in Tueaciafou admiagio.e em diveror poomas dine tansparecer fo catinho com que se refere a seur dos amigos, Velese a emogao fom que escreve sobre ay carte de Métio™ © semiment que ple ao poema “Miri de Andrade dsce aos infernos™ onde diz fue Seu mig era ao/de tal moo extreordindra que caba numa 36 carta. Nesse mesmo poems, imaginase enirando na cas de ‘Mario, onde nunca esteve Agilent sacs, esta @ a ua Loner Choe, 5, Sirona at Freed ms eae v008 ‘Mew prsoenta Dag vinta» pera ‘experada na diivida © no cacto. a ‘tears it 20) 1 tambim o que se pisia com relagio. a Manuel Bandra, to poem "Oe 0 cigeintio deta hai (M108) , com meigo tom ede mancira realmente admirivel, no poem Sugnoe's quando esereve que Ontem, hoje, amanhas vida Inti, {eu nome é\ pare nds, Manuel, bandera (VB-1, 378). sua age in a dle fe, Bia bt be SERAE crac Sed Me pita one ‘Biker ond cn de 1926 “= chonosete "0 rmmonna ies mane fF Ee or ae ore ce Cana de 7/5/68). ° Fnuetanto, 2 repetigio do tpo binSro & bastante comum ‘os principale pottse modernising, 0. mesmo, mio ae. pode. diz (de repeiea Leméria,otitamente predominante ha ob de Carton Drummond’ de Andrade, consiuindo, assim, um ago indvidual Iertemente csrscteriaor de seu estilo. Nest aspetto, 030 poeta concore com 5% do total das repetigie € ot” outos Eom uma media: de apenas 1, Depo de asentado que 0 tipo de repetiglo bindra pertence @ tongue © € inerente a Tinguagem oral e que a estutura desta Sern para carcterar a silane. de-alguns.poctas modernist are que ustifea uma certa coinciténcia no. uso_ da. cedupl depois de vetficar que 0 tipo de repetgio teratia pettence "A porte ¢£ inerente A ets, senda muito: male falientena Sbra de Drummond, ¢ ‘posivel uma tentative para Siuat oto gue anor ox praca adgurem por ae “Antes, €prcsso também consderar ques fegiécia de uma plan ets iznda. 30" conjunto de" seus earacleresfonétcon, Inotfolpios, seminticns © chimogicos, © mio. € somnte Um fo. ccasonal do paavra ov G0 criglo pottca, “may ele eat fusion caracttre immanent de, ce mot auiant” que. st valeur Semantique™, "Por oul Tado, la tongueue des mots st Tis & Tear rang, ieur rang 2 leur fréquence, Tear fréquence 8 leur fxtension sémantique, ele" Asim, podese comprovar que 8 Imsior nimero de. palavas repetas na poesia de. Drummond rela enite as de_qutto e se fonemar, com ligero pr Jom es woetbulos de cinco o que div uma media de duss ates Siabus, também com lige predominio dor disabos Or tenmot Inaisfepetoy so, em prineiro laps. substantivor depois, verbo, (05 monossabos ¢ eas S30 poucos. que, nos primelrs, massa fondice & insuficente para taterferi no timo! 6. 908 fequndos, a0 contro, a massa fonéica chega a. contundirse om oy sermentos melddices do verso, gerando problemas dees. truturas mie, como, por exemplo, & neceidade Je aeentos Seundivos O'certo € Que or vorsbuls Je dust ¢ tes sien pssuer! massa sonore mais adeouada Sr exinénia sitiea, Pestbiltando maior mobiidageritmica, 0 que na poesia ¢ cs Ehmente importante (Bunierse ds Fuse ae Leen’ Cn © ‘Além diso, no € talvez por simples enincidéncia (e “Um pocoa sempre um complexa” de’ prodigione coinidéacias™) ‘ec nos doce livros de Drummond. of 49 casos de repeigae ter ‘irae dsitouem com mals inermiténcia nos anoe gus medeiam faire 1945 ¢ 1954, descresendo uma curva que Pode ser suber: ‘end nos. datos’ seuintess de" Agua. Povsia® (1930) a José (oy 1 exemplos: de Rosa do Povo (105) a Fucendero do Ar (i984) "22 txemplos, © de A Vida Pawate @ Lingo (0958) Veriprosa (1967) — apenas 13. ‘As preocupaper esteticntan de” 45 teriam concorrio para ‘zomentar o uso da repetigio tensa na obra de. Drummdnd? B posivel que sim. B pose! que a tendéncia natural do. posta ouse um expedient quase Univers) na expresso. da poesia, Pertencente tao a Tinguagem ealoqual como a ieriria. Da Tinguagem orl, tomada como. modelo da ierstara no, moder aismo, vem a iocinagdo geral doe excrtores Polo uso vo Bleapio, embora nalguns, como Drummond © Celi tal acideate fsuma’‘aspectos expresivor realmente specu. Ba Tiguagem Tieraria, de cunho radcional,decorre talver a exploraglo ste thea da repetigio terndia, de diversas manirayjuiiends. Depois e198, procurando dat yen poema uma tusllade formal fmdizenie com uma nova concepeso. da lnguasem, um dor Te= ‘euros que ‘mais apeoveitow for jstamente aquele ue ja vin fxplorando desde os primeior livron, repeindo. mais inde a Bakara tres vezes seguidas © aproveltenda’ a0, miximo of elliot Secorentes dessa reptito, ‘Asim como em 10S 3¢ aproximam bastante es duas linhss Gaigicas de evelugio. da erature brasileira o vniversalsmo ‘exopeu © 0 seatimtento nacionalsta — também se pole dizer que ‘duns Tinhas de repetigho esto mais ou menor em ora na ‘tual poesia brasileira, anda que — repetinos em nenbum futto poeta xe encontre I8o freqientemente como em Drummond 4 Antrade Cassiano Ricardo, na comunicasio sobre a evolugao 46 moderniemo, toca no problems dared ‘aprovetada pelos neo indinistas ou verdoamatlitor da cada dor 20", Seyendo ee, novemente posta em. vors, pelos concrete Cha tum poema nhengata de Onvald Je" Andrade eireve ue "A Feundineis, a repli de uma sb palavra varat wosen a. que foe se recorre Tgrifames], também se encontra amide nos e= (gocoes poemas inlgenas fecolhidos por Spix e Maris, Barbosa a Rodvigues outros" Fula em seaside no aspecto concrete da Tinguagem dos ports de tangustda (oes Conereta) mosis gus. plururegeligso de uma palaera, como. nos posta, cone etor area. rela ale, adeno © “Oeserto", dvare Uevore Gvore, 2 configurar “lofest) “ern um proceso ‘als Ou senas tentado desde 1902 Cassano Ricardo esceve também que uma plavra. muito temptegada pelo grupo “Anta” toda ver que te reer a0 pale ‘endo cocthoneal, ou a uma conversa sem prove, tm hen.nhen-nen, sgnicado,Nhem, I nhen enn, “nia ta, tagho™ como hau Dono tnt" Potgto de Bere, sentence Con fii mendes NAO EXISTE, PORTA 3k avoravos que 0 provesto da repetgfo decore muitas vezes a natural expresso "de nvel eologual que dominod ae dune Prinuirae fete do. molerimo ‘basic Entetamto, enquante i repetigio biniia sparece reflendo dirtamente 0 procedimento Tingutsico, a ternivis “predominance em Drummond —~ parece consiuir'um tage, pglce do elo © quae sempre se Hate fica camo tia fmposieo do canted postcode de exprimit slim do que podem compare ae evraterss tradicional a ng Prtapucte Tratontrar do om pocfa leek sue inca, come Guiles "igh die coma" 6 perfeitamene Wgico ue’ predor Frinscem ma sun ba os eementos conertor da tinguagen, poke (Poel eth Sempre em transto entre 9 ser € of colas” (CE, 34s sabe. que a eméncia € 0 nome (LC, 388) e sabe também, ome jf vimos, que foda formaynavee ona segunda vee formal Injiniemente a noscer (LC, "325)- Tem conscbncla dev que. © ‘mundo se Tepete, emborn Gompreenda que nfo. posta. bunhar-s¢ a dass vezes no mesmo rio... Sabe ademais que a poesia & ato de altura, € wadigto que se ctualaa © que, portanioy io se Tompe fom o pastado que deve ser apenas auslzado. Dal a figera pre- erenciapelas construgoes nominas, a Trequencia des repetigoes fe, coma no caro dae terdring, «| profunda.exigencin expres que rngulrtzn toda n rua obra E dat tombem 8 perma Bente alutidade de sua Tinuagem podtca, procurando resolver, {tes de_Joto Cabral 'e dor concretitan, @ confto. (euportoy ‘aire sintaxe tradicional ea contibugiopesroal noma epoce ‘onde ¢ realdade é maior do que a realdade (LC, 338) Poderimos fist na “precaiedade” do pots, #2 ele nfo cmivere coma repetigho of natives efeitn_ expression, neube luuives e por iso mesmo, mantidos © apereicoados de INo Tivo, verdsslmente. Falar de simples peefertaca artesna, Jogo ‘de palnvras,cxigincia métrica e ritmiz ou fator luca, parece ‘ontrariae es modetnosestudorexilisticnse forear uma expleagto fitidsment formal para um fentmeno complexamente plcolipies ‘como ocala. "O "undo e a forma de um terto —eserevem ‘or hermeneutns — enlagam-se tio estetamente como av facet ‘un folha” ou de uma moeda Or dois juntos formam a fobra artista; e nfo Separadamente, mas justamente quando eso fendios™ "A pastr dagul podemos justificar a nosso modo todo 0 com- exo. problems da repezao drummonians, De ut ldo, & "uta pels expresso, a busca de uma forma o mais possve! adequada caper de tadunie, em termor podtcas, a sua especial seasblie Sede-do mundo e da vids: ¢ asinn a preccupagto de Intesifiar, © feaee sensorial © emocional, vale derma fata consiente @ fobee conten as linitagSeridiomaticas. De outro lado. concom fante, 9 provocar tambm ess Tula, um fando psicadsico espe: nb elebrado sentimento de ronia de humor Que matizn ine Feveiments todo o materah potca mobiizado. ‘Tal sntimento se ‘cust cocrentemente em todte of lion, embora te fags notat €om fais evaitnea sm Usterminalor pomae ov weroe (80 sm i. rico molt nao, AP, 85), quando no ven claramente confess, amo’ nos “Verses 8 boca da note” (RP, 188) {Ld onde nao chegou minha irons, ‘nue tole de resto caregoda, fica, explizocao de minha vide, fomo os abjetosperdios na rus a Se at Ett a ‘Asim, seu grande talento criador, que © faz ver o mundo stews dg lentes Tina drone © do hamon, ugclve uma reso ties, eo posta nfo vaca em seiviay ok clementon dt oes es pe 2 pes. Mas onto ae tor flo geramente sites de reserve ei fea, Be procores ‘esera Atunndo por contraste ~~ conraieconra 0 comum, ft dite,'© preeabeeido ~~ Tanto‘s Ionia con 0 humor 0 Towns of" opsgio © podém ar vers como ny caso de Drom mond, ser levadon a um nivel entre de stcea'¢ tance FEgtinamente como atvadores da porta, Na rola, ening Boas soto, ht una violenta posgdo nie 0 Topcamente ‘do eb ets dadcramente mentade, flo qu itensticn& tperatvca 0 sen Fado a! que se rere. No omer © eiico epenl 480 ilo ‘oposo da psa e chega a ccrever qe a sombalade "hoe an frado de pollea"* enbora poea © thiste se mutta do: mesmo ‘Stheolo. "Tanto oan coma'e humor s scm, porta pel, upto lene: ‘aa primeira, alrmandose oct o gue & {ilo «abr no segunda, por forearm compuragso asain exravapane. una siacio ges, como no conbeedo hum by {inico,sbreiado em oporigto fando pllco sensu So dec tudo humor lating ou mas spcamente basic Velo a nos tive relgdo de humor’ e ona que Dimas Alonso deeabe ao analise :momsrusdade e's been a Fabula de Pofemo 9 Co lates, de Ginga, estevendo: "Crio que tera gra da in sem (@ de meifors) pode splcarse sinda aout rego" pars {Cincerpreacho do chs coneiual Jo séulo XVI. Tests sat de umm imagem absurd (oo sbrordo que se igina a cdma ‘soroporgiocomeidade que nfo quer fase ri) shure imagem lead <6 am momento es por um momento extn, uma hor ‘ofonia Goro de palava), on malcommente mostra Sob pes {ext de se tehagar por inoprtuna™® maak Dronmoat, igri fenconm como cmeston ica ¢ com a comeliade comegue. tun wee osteo Baa Ak Relea, uma Beleza as aves, pare den, que etapa gene empre os eoquemst de potas fadioniy ‘of fade ¢ decom. Gert nos conecimento Ge possi Podese ae dace que to 25a posse rela dung ut ene Tome conebdn, sya tn fama oe ess“ ome Sem ce 3 ‘evts—'o humor ‘So ss armas com que ® poeta se dsfende pare Imprimir‘ sin oiginaade "Sur Te plan pyclosqa, semi ‘ulune excesive motvaton — eesti’ repedon. anormal TGR towoo. One, p29 ee mots — correspond & ua repliement sur si-mitme, ae inro~ o> Seiden ea une ncson.™* E surge. portanto a repetio eumo HS, Zeeeniade interior de se extair 0. maximo de cada pulvrs, 08 GEvceriaypalveas em dcterminadasfunyses. Repstindo uma pale re, € coma se estivene abrinio um caminho, como aqucle sto Se -Aporo™ (RP. 15), ‘Or melhores criticos da obra de Drummond subliaharam sem pre oxcefetos da ionia do umor na tua expresio pttica. At Boe wns por cena, carve aio pa en si CGeples mecinicny a modes divergente, para indicat estados de petsoneldade. milla, que’ val_do racional Fora. 0 ‘etomitic: Hoje bein, amanh do bei, pis de amanka € domingo. Tas abet pura bac em verdad aude sia « ere, epeticts im aspect ta origina ¢ stalidade da obra de fe Andrade (Geecendo 0 lado social de nos poesia. Uma vela que, m0 Avior Seta ae tes so 6 de Broo das Almas, se transforma em aorta, pols amor & bicho Suid (© amor bate na porta, © amor bate ne art, ful rie oe contpel (BA, 85). (Que sepresenta na obra. de Drummond o emprego da repe io de palairas, de grupos de plavras ou, anda, de pares Je pe lavas tum yerioou numa etafe ea vores nm poema init? Es pariculaidade expresiva, peculiar &inguagem cologual © ‘io eomum em sun obra, send motivada pelo conteudo, ellen: f-o com mais intensade ou trata simplemente de"uma pe furedade do posta, uma ocios prefeténeia arecaal? Serk puro Jogo de palavtn,Talor lice, sbserviencin 4 metin, engene riimici om, alem iso, careard tambémr maior carga dz realee ‘sora! © emociona. Ocoere peeguatar ann se no revelard sm Temperamentotimido, Sempre insatisfelto coma propria expres: o"um_temperamentosiceralmente innico e umorsice. que frinon om ne cae € or acontecimentos como se Tulo mio pas ‘ise meamo'de tm festa do inlet oo. em termine drumme- fianoe de una deverpera fest no “oreo das alma"? "Ai€ que posto un sndlie eslstien pode pretender dar re postatsatsfatoras e/ou mais ou menos exatas bs Indagagdes cle fa, € fato que realmente pode ser dseutido. Mas € fore de di ila que 56-1 anise concomitant de fundo e Torma Hos pole Tevge a ese amplével horizonte da expessividade._ Assim, cleate 1p sbservagio de Pleee Curaud de que hi um abiomo entre onclisio e 2 observaco ini, “asl como esta ultima es. cat ‘Sempre innecesaria a ta conclsién™ e cente, com Démaso™ Alone fo, de que a "unica maneira de penetfar no recnto [de uma obra IMeriria] "um afortonado sat uma Intugao™? que € ato Ge pura simpatis'® pensamos enfrentar ese claro enigma, titulo de ‘um gos melhores lives do. poeta e que define bem toda a sua pocsia que nado tem de enigma —¢ clato (VBL, 391), mas e lfe ‘brew, como ai conve (VB, 392). Mas como penetra ee daro-icuro, © cada palava tem mil faces seeretas sob a face Mem interes pela etpota| pobre Ou er The ue the dees [Trourete a chave? (RP, 139). Ev lator ‘ido Ge vecuade oatologien bus wm metodo, ua chave: Com a chave na mao ‘qur abrr-a porta, ‘bo existe portal @, 130). (© melhor send. portato parafrasear Cassano Ricardo ¢ ima- a potas de Drummond como um 3 poems um posma Ffrativo™, por onde Teter poderé entrar “por qualquer Posto, como nua esfera olan" Ou, se nio, enecutar aque salt rte ¢ eseuro de Dumaso. Alonso e aparrarse aor acasoy d IntuigSo. Talvez 0 mnie fenalo sera segue 0 conselho do proprio posts ¢ ir penctrndo 9 seu rein, contemplando xe palates, far sem maior dnterese pela respsta. Uma viagem Se turita, Simplesmente SEGUNDA PARTE 1 / © ARMARIO CRISTALINO tee de che ARQUITETURA DE CRISTAL E ROSA Muro enone um capitulo sobre, © processo de rept strutura poeméticn emt Drummond parega escapar a0 objetivo ‘dete Tivo, sobre por serum abpeco bastante comum ne fmoderaa fossa brs ej hwer silo trtado por Antonio Hlouaiss Emanuel de Moraes ¢-Helsio Matis, dente tron, alo fre todo fora de propiito meneionatalgsmas de norsas bet ‘apies a respeito e astnalar que no € 30 0 tipo de reteragio putatica que aparece quaseobsesivamente ‘ha oesia dese Irande. posta havin evel Antono. Housis! que em Dram. fond sempre hi repeicdo © que ena base da repetigio que. "e consti. sstemdtico uO ebsesive ou 0 sugestvo mum mo- fmento™! E ja anolamos também que a repetigde const uma onstanic esiisicn na sua obra, uma daguelas formas catalsae foray" que se assemelham ay polaveaschave, ou se, aguelas felneas ou procedimentos tenicos Treqiente na estratura. do Bema e gue "por diverge motivo personal halon em esinite {21 stor una particular reronanela sea porque se"he enamorsdo fe lls: porque resultan pra el partcuarmente evocadoras por ‘estar asoiadst a especiales esiades de dnimo: 0 bien, posgue poseen un encantamfento especial, un poder dase mégico™-® na verdade sim proceo-chave que se infra flventemente por {edna sua obra pottica ¢ chega a. documentarse inlushe os sus livros de pros ou de versiprose, para usar a montgem que ‘0 ports wsou nn denominagio de um Hiro de exbnies em vero ‘Mas seo" proceso se" verfca pinclpalmente na flteraclo de alaveas ¢ frases — idles ou semelhantes —, fo. dex {de Scorer também na composio de vror pocmay, através dot 2 RRL Fosmiacaie. On ee. 194 n rss varados expedientes que vo de extelbitho, rima ¢ anttese um complexe equema enaforco sobre 0 quale funda a argu {etire de inimeros pocmas, do primeito 40 ultimo ero. Equa, tMatandose ‘de clemenios da estutura interna, a repetigSo_ pert Imedistamente uma corrente intra cuju maior signet der pende nio sO do valor semiatico da masa repli como também S"estensio ed categoria gramatcls que pettenca 0 vocdbuo. (© mesmo ocorte com a relletugio de segments meledison, cae {angio € tamem a de atuar como grupos de forsa, em mow mento, destncadcando uma consclenci ritmica em que Ttor eve lagado, como aus torvelio? ‘Os poemis de Drummond, em que ocortem tai expodientes, slgumas verse mais Icenicor que propriamente extlisticos Gegundo imaso Alonss, mesmo os valores nerativos tém at sus fungi pastvas pelo fito de serem negatives), podem Juntarse em te ses, dstinguindo-. pela ondem ©. pelos tipor das esruuras ‘rpaniadas. Assim: 1) poemas em que o primeiro verso se repete mais ou menae Fodificado aas eutras extras ') poomas que slo arqutetados através da andfora © do Sebi ©) € poctas que se expuem sobre a repstiyio de uma frase Insstente, modifies ov aio, No prineiro caso esto pocmas como “Também 8 ful bre sitio” (XP. 55), "Seca" (AP. 78), "0 psarinho dela” (BAL BD, "Poems patéico” (BA, #7), “Higo! nacoaal” (BA, 39), "Os onbros”siportam o uado™”(SM, 110), "0 boi" 12). “Anestecet” (RP, 142), “Nos dureor tempor (RP, 152), “Rola mundo” (RP, 158), "Peuntas” (CE, 263), “Ingateto” (VPL, 5313), "A bombs” (Le, 382), slém de’ outros em Viole de Bolo (Le I. Crore também de Versiprose: "Outubro (p. 7) “Destino! Bria” (p. 22). Tratase”de_um esquema. bastante ‘usual na composgioposticn e: denuncia de" imedato um forgo inistente para exprimie um estado. de esiie, uma inluglo six ular e, portant, absolute e sinttica. Mas 2 ngua € um. Tend ‘meno de" natureza eminencmente analiica © cnumerstva, E 6 n ‘an ilar ete snslimo que 0 posta brasiio, como todos ot Bovis, consseus exprimir a tua feidade interior, ainda Que, at So, tena que vollarse inimeras veres sobre la ‘Um boot exemplo para mostrar 9 sieho ohlido com exe tipo 4 repetigdo & 0 poema “Tambem ja ful brasieto™, Je Alguma Poeia e porlanto'da fue "herdien” de conssidaga dos pinch ‘lor moderisss.Nele nds estio presenter cr cnooccr de pe Bein Toe, quando, entre menifesor verde-amarelo. © antropela: {Beo, a ida’ de naconaismo ede" cica 4 poesia” pasnssane fram ingredients comuns em quase todos. os lives de. poems, ‘Mas af também [i se az sentir o tom Unico, 0 eu nico des lara, uma atitide de isolamento bem tinea do gocta © que de resto se pode spontar como ma dat caracersicas du segunda faz do. modernimo brasilico. A repetisioneseeporma toma Apecto gradative, io tee exrofes som aumero de versas ire- ipuires Na primsia se diz Eu tombe, jd fu bran nse funda, Eu vambom fd ful pocte; © na sits, Fu tab fa ie ‘meu ritmo, motivo que leva A concasio do posma uns notavel Sea! tala teteatva do tntagma adver. Netc posi, ademas, {da estrofe guards wa completa unidade de eenfuo. lerminando fom ma referencia a0 ver nicl como se poe ser ni thins fom notdvelefeto de dus Tguray rtoricas 9 epunatepuc Crt {io da mesma playa no comego no fim do meant ve) 6 alantfase que conste em enunssee 9 contin io ques pee tende diet. Este aspccto ini, anifenice. se cinema lca {de repetiio. que condicona um contexto de movimento. cio fealmente admirivel* Eu tambem ve meu rime. | Fasia ito, ‘ise aq. E meus amigos me-queriam. meus tnimigos me ‘diovar. Eu Wrénico desizeva') safe de ter met ritmo Mas ace confundind tudo Hoje no dedizn mais nao, ‘nao wo irdnioo mats na, nao tenho rma mals no (AK 58) ste esquema esratural as vees se raliza pela simples afr. smaglo, como 1 pooma.acima ou eat “Hin, nucional™ em que ‘adh eitrofe se iniia com 0 verbo *preciamos"s de tl forma Que fpenas com © verso nila do cada esrofe ae poderia formar at thom poems, como se", a sepul: Preciamup dscobrir ra a finer “tnt dotumenndo que ona not vor score n sit) Precisamos colonisar » Bra. | Precvamon educar 0 Bras | Prisms four 0 Brasil. | Preciamer edorar 0 Draw) Pré- ‘hum, preizomos esqucer 0 Brasl!”As vere, poem 3 Ons wal pea repeigio Intetrogstiva, como no cao Se "Poem pate: tico""em que cada stole comejn com 0 vers: Que. Bardo é ‘ese na esa? Outias vere, 0 alceroe do poema € 4 repelgho Exclamatva, como no pocma “0 bol O-roitio do bol moc. po. E nao deita de ser pavticolarmente express ery! ic éacia dn pslaeta “bombs” rept em cia de cada versa, sum fontexts ene leigen © homorisize, como no posma “A bembe", A bombs entero com othe nevertico © Premio Nobel yin & nusamercanenglk mes aerodem the or flivion de Pare aes | msioria dos easos, poem, eabe no segundo tipo. 0 de poe- mas tujs erutira se fonda mum sistema anafrieo vardysl © m0 {esto mustal (ou antimuscl) "de esteblhog.geralmente pare, Se queso exemplos poemas como’ “Lagoa” (AP. 60), “Nola soci” (AP, 6), "Quefe me casar™ (AP, 73), "Boca (BA, 34) "O amor bate na sora” (BA, 88), “Casidadc™ (BA, 96), “Poe rma da necessidade™ (SM, 103), “Hoxe™ (130), “Passagem do no" (RP, 148), "Com 0! russo ‘em Berlin” (RP. 201). "Noticas Espanta” (SP, 228). “O enterado vio" (FA, 28i), "Cem. Uiros V" Breante™ (PA, 282), "08 dole vigsnioe™ (LC, 335), “iso '¢ aqui” (LC, 357), “Tatimagdo™ (Pl, 361) © vtion poems de Viole de Bolo. parece também, de ver em quand em Fer: Spross,coma nagwela "Cangonela” enesiabs a pap. 16 Ti que ating todavia pelo menor eee sips Se repe- sigdo eva tegonda ordem 0 extenciamente anaférca, como, Sen: fre outros "Pooma da necesidade™ "Emterado vivo"r ode et trio, de que sio exemplos "Noticias de Espanha” © "A. Cie Pano S. Vitueia” (VBL, 38); eo da repegdo através de pares Se palveas Lal como no poema “Or Joe vigsios™ ou em "Iso & quo” ambos de Ligao de Cols Emanuel de Moraes, a0 tabalho 6 mencionado, extada 9 of- eniragiotmica do poema. “Jos”, anotando que! nele "obtém Brommond: ates da repetigho de plaveas ow grupo. de pale- veo que TS Ellt chama de desenko rico, die defuindo, ‘que etlasieament, a poesia” Mas ete poema, pela comple: ” side de seu euquema repetiv, nfo serve exatamente como mo- slo sot por de tepeticdo que ‘estudamos fo pardgrao anterior. [Nese particular o' poeta mals tipico ¢ 0 "Poema: da aecesida: 4s". Alem ver Jo dsenbo vce, aparece um sistema de clichés ‘que desevolve ums sia xa Instalada entre 0 homer e 0 mun. oy numa tensio deamdica que, dentro da enumeracdo cadicn fos fujiton, acaba por fesulverse num documento de profunda ftonin em face doe scontecimentos ou dor ultinor aconezimentos, tomo queria o porta Tratase dem poema de devalto verso, dor quais apenae dot destoam da formula, gral de andfora, mas ‘mesmo assim para enunclar de repens uma ia ionica, uma loco earrezada de humour denteo da atmostera de cotidiano que {nvolve a somposgao: & prectao cor Jodo, / € precio suportar Anianio. [6 precio odiar Melquiades, | & preciso subsitulr nde aton 7h 8 proce mivar ole] € pri ever em Deut. | B recon popor ov aividan, precio comprar wm rid, | & pres {ho engueeer fulane |] B precio estudar solopugue, | € prectsg fxar sempre Nibedo, '€ precio ler Bowiehite.°/ f preciso colher {flores | de que rezom ethos eure. E, Tnalmente: precio viver com o homens, preciso ndo assassin fos, { brecta tor mon pias Exist também um tipo de_porma em que repticso apse rece em forma de esi, comparthando velba tradgso Ht. fica galico portuguesa, Em "Com 0 russo. em Bedi’, por ‘exemple, ha devseteestrofes que teminam invarlavelmente com ‘veri que i ilo. a0: poems, Nas trés_peimeras etrofes de oticne' de Espanta” o hima verso ¢ rempre revo novela de Expanha ¢ come Ninguém as dé, como NB0 hd moiclar de Es ‘ponha, O poeta, imdvel dentro do vere, |? cana te ¥ per us, | foro de cntempode, gers Teer do pooma | do uma bomba com exsa bomba romper © muro que envolve Bopanka pnt. mods pi mbes vor ogo pote Her pedo s Endo deina de ser coinctente que outro deses poomas de cestribitho etejn deicado ao posts urugusio Cipriano $. Vural {2 autor de um liveo de poems sobre'a puerm iil espanol ‘Mites das imagens do poeta dizem respeto e lvren de Viurer, como a feferenea e Porta ¢ a Bandera © a Libro de Pour, EI'dire Undnime, Océano Suzana As qsica estotes termiaam Sempre osname veri“ no (Go) Ups” © 8 ina Canta viola, 0 ar undnime e Susana €.0.mar cceano e ar potas tudo val ‘Nem, roa florado ma ventana, ato Uragua. Em Liedo de Cols, iro que segundo Harokdo de Campos ie olden tm chein,« com alae de evans © experiencia problematca da poesia brass (e/ou Intemational) de Yang Gir apurecem dots potas cujas estruturas constitom A pare ‘novos equemas de reptigie, podendo todavia enguadrar'se no se {undo lipo que vimor estudando, A repetipio al se relia ata ‘ES de pares de. palavent ou de frases. Em "Or dole visrios™ ip. 335), todo. proceso pocmatico se resolve na base de. con- ‘Honiagdes aniticas de dof temperamentos, 0 do padre Olinplo 0 do padte Julio. um bendizendo © 0 outro foricando Para Charles Bally a teptiso serve nlo 58 para. acentuar uma dia Unica, us tamiem para subliahar 9 cosas. ents Als eis, 0 que se toma 0 sceme da amiese® tambeny um ‘esse expentes eneontradigor na rstonen © Drummond 0 ete fata obedecendo rigorosmente &igualdade dos membros efac endo pera asim Ua tensto permatente ‘et todo’ poeta. Ta fandose de um recutsd expeasivo de dsposgso bimembie da frase, oblémse com ele um sto circular’ de modo du Oy eee tenragdo, "no se complctan a lntenran en el conjunto del enthe fmiento hasta fs conclsion el period, a paso ave Ist partes Intermediriae quedan enrladas por este procedimienio orien: {das hacia el conjunto. “Ast, pues, la conclusion se hace espe- ar y se le puede prever”> "Avoniece, porém, que, Drummend, Gente © conclente de peincilo Uo tadeional, cosepue Mudie © Teo, staves da sosensios dsshe, no finl, uma rastcira'¢ ter 2 ReisthaP LAStiesa. Op ae, m 206 OF ZOERAL oF UrenLanpe smina_o porma de mincira realmente imprevsvel na_atmostera ‘Boole derive de toms moral Coals con que @ usin Beye et ‘Soutinue sinta jsulicando o senldo-de premio e cago” © lear forma a. magem de um padre Olimpic pisiovo e bone a de um faite Jalo mundane e lascio: enquamto 0. primero emogreci, Iminguava, | om ganhar Jorma de sono Seu corps se recta | propia sombre, no tio, | Padre Filo cores ra. inflae, ‘poarofeva. | Um pecava, outro popava Este contase iva im: ‘datamene 0 kitor @ presents um final, hos moldes clic, em {gee 0 virtvoto acaba trunfendo « o iio reesbendo y sus conde fagho, Ea rastera consste na inte rencia do posta (nara), ‘rund uma slusio materilsta © chocante ¢ conseguindo, pot {so mesmo, um grande efeto podtico:” Dols raion. na mesa wrote, / 09 dais padres fulminarim. | Padre Olimpi, Padre. hie of iqualsinhor se tornaram: onde 0 visio, onde ¢ vttule, | rlnguém mls 0 demarcava. | Enerrios lado e Tado } irmanados ‘onlndidos, "dos dvs patres cnsumidos Jaliotinpio em terra mewtra fim flor nascemonstona ‘que nose se até hoe (Cinaents anos se param) Se de compando diving fu diving indiforene. 4H 0 pocma “sto & aguilo” se enconta noutra dimensfo de Tinguagem’ dentro inegivelnente do experinentasmo. que define devcera maneta a alual poesia no Bras. Poa conceta. por fxcelénca, mas scm ser conerets em que ate 0 espago (na 3e- irunda parte) aparece sinooro © mGvel, nfo um cxpago vario = franco (ou proto), como queriam os represents das dus pine ‘cipais eorretes ekperimenaltas, Estamos at dints da pura em imerapio de substntivos,organiados cm sériesfoneica © 5010 {camente analogias ou anliticas © ds vezs sem nena el ‘glo aparente, de modo que uma pslavts vena, loge depois da Gains det Cloyne te Gir's Marco Litura, Rar Rogier Tenge fe os ur lots pel ibetayio em Deus a sme pret 20 tomer. ” utr, como uma sombra. Nio se tala exstamente de repetisio, tar de uma stle paroninca, de valor stmico bordejande, ‘lo, amo se pode conclu lellurn da primeira estate 0 Ill 0 fit, mia 0 fit, ane 0 ilar ° core 0 conopo 8 na 0 ferniene 4 Jace 0 fasted flee o fader 1 maid 0 208 3 awe 0 mocots 2 98 0. sambogul Na tetciraordem de rept como elemento estrutural reé- nemse poems em que aparece wma frase ou pales insstente, ‘Modifica ou alo, c-que fenciona come pontes de senovayao day fncrits do. poema. Sendo. procesio comunisimo na posit, 80 foge' encanto Se bor J Trier. Segundo o profesor slemio, as palavras que se rela: Glonam com o Scr coneeptoal do entendimento “sonstiuyen un onjontoestsctrado, ene interior del cual eadn una esa bao lt ‘ependencia de Tas otta™t Tal concepgio. seminica come’ ert natural efleise nos estudor ciiiees, coineiindn com 0 neoeti> ticismo ¢ com @ sstruuralmo que fiream do texto © da lingua: fem todo o objeto. para as mine teoriae entre forma contewJo, nr forma Interior e forma exterior do\ poems. Exempos” desta teredia, classe de. repeti(g)sbo_ os, poemas “coisa miserive™ (BA, 92), “Comite triste” (DA, 92), "A noite isoive os homens” (SM, 112), "Residue™ (RP, 163)" *O aco™ (NP, 230), "Sonho de om Sonko™ (CE, 241), “Amar” (CE, 249) "Calo para lbum de moe” (CE, 289), *Cemierios = W Eee rane” (FA, 282). “Fapecalgso em tormo da" palvrs bomen (WPL, 302)" e em muito outros, tanto em Viola de Hols como fem Versprsy Canta”, p19). Em "Residue por exemplo, a idéin que imedistamente se ingala'na mente do'Tetar €' de de De tudo fica wm pour, pol, desde 0 ini, © poem se desenvolve na enumerate. de Ease eas, mas sempre no iio e no fin das etofes ite frlares tema central emergindo Inskentee obsesivo como o Rtpotdvel mau cheiro de memdria, verso que mares © imie é& ira parte Uo poems, quaseinteirameate em atibfbes Bifinate, Eaten, ae reson dento de um equcms aitidamen te Sinfosico, porn ito. comparéo.simplesmente A Targuesn apo- {totien deine peroragao. Ketomando.seo tema cera, adver tient “May de tudo, tere, fle Wn pouco =, Tog em fequida Se Tnsnura uma siento rica, polisindtin ¢ anafo- Tian (nade menos de dee verse que se iim eom "e 106"), QUE ‘a, em crescendo, do vero de oto n0-de dezito slabs, Flor ‘ado rapiamente s um vero de ‘oto, para fechat © poema com ‘une frees inciivas, de beh e cine faba, como "nor ited ‘eran fina 6 206 as biloscas, of asior, or irae tunfantes tod tu mesmo end teus pes uros ‘¢ sob on gorzos do familia e da clase, Tea sempre tm pouco de tubo. As eter um botso As ve2e8 um Pa! ‘outro poems, ¢ um dos male belo na obra de Drummond © fandamente analisalo por Helio Martine (p49 4) se erga leaves de um par de-interopapées sob forma invardvel de Que quer..?"? Reterimo-noy a. "O arco", de. Novor Poemat. [Ene par de Interrogagies etabeloce uma cadein de petguniae ‘as_por intermédio. do arifce omhecdo” por proto iso &, 2 omissio do objeto iret que se vai fevelar ma Denpunta sepuints, rslvendo-ge em cada estofe num desejo de Enutagdo qussenitvinicn © poems s» comple de cinco estrofes em ‘edoniiha maior c, sepundo sugere o tule, quer descrever umm Daribola entre-o ser e-0. mada, araves da possia. Nas quatfo pie Ici 0 exquema da repeigio se apesenin invaravel: na. Pel [Rela o'saje. quer chamila, (a sma) ¢ ext quer perder ae: aa Segunda, 4'vox quer encanto (0 ouvide) e este quer fh ‘Gorm teecte, a nuvem quer capiato (o corpo) © ‘verse, dell memérie de vida] ¢ quanto sei meméra: en igaria, a pebtio quer dello (o pete) e este desc Techarse © fandiese na eeva. Mas a quince” itima estrfe, como em grande parte dor foemat de Drummond, apteenta ma rupture Mreperada do sistema, porguanto. 0 par de interrogates Ques fcompitavam so devia, gerando cada ua sua fsposta pacar {desaparscendo assim a omissio do objeto com 0 pronome acuse- tivo, Posaparece também a img ne "cane! fim aco pare-a etemilade. © esquema Iexce 2 poema leva o letor 4 procursr'9 promome, a “etguer”e encontra 0 reflexive se" So de ero tpogatico, tala ty do. poemna. Soa. sili ai pode sestnarar claramenie Fhomem que, setindo-e nulo, se vale Sobre 0 abismo de sua nulidade & salvar angio, verso em_ que parsce haver ‘am trolivel von metaingistica © arco ‘Que quer 0 anjo? chaméta ‘Que fuer aime? perderse Ponders em rudes puns ‘pera jomols encontrarse Que quer 0 vow? encanto, Que quer 9 ce? ember se de gros Blsfemorériay ‘16 quedr etude, Que quer a cane? erguerse fem arco sobre os abionon Que quero homem? saivarse, ‘0 primo de uma cana presso aise, porque B& experam nico insrumeno, © premio de salva homer. Todas a" cola te saben, S's eangto pals ae fm ue Se mous ‘name aca no vere ando iniaiment «ines strana. ordem ligic, headend is dea, a busca da forms incor rama > espeanga i peta, do ng. pra ‘rpucrse se no premio de tne en tml © incon Que quer a mem? raptéto, Que Guer 9 corpo? slverse, {ele memiria de vite {© quanto aja memsri Que quer a palsso? dettto, Que quer 0 pete? fochorse fonira os poder do mundo arama tree fundir se DOIS POEMAS “QUE NAO TINHA(M) ENTRADO NA HISTORIA” Who md wa urexaruns snus tanta polemics como 0 ‘alo pels "primetm vex em 1928, ta Renses 0 ae MA um poeme que tenha susitado ho" (AP, 61), pubic intropfasia, SP cee a ter 2 SS ego ¢ montagem de. ation, comentrios¢ Interpretagdes, a ‘ua biogas, onde o préprio Drummond faz uma Grex e cones oferocendo um rico documentério em que se pode Sirota nae sé nsivulgato’ do pocma como teda a propesnsso ore Wea esc, Como o do molemamo. E por af seve Satins inportinca’ do pocma como fotor ctalitien,aceleran Go eee propepnto atraves dor inimeros debates alte: moderne SES aleolenas, Amato Saraiva, que fees eprrentanso EB iheot ae que 0 poema nao provocou nenhim comentario ie Sicg"no ser gad on revit uy. 80 sone im, om Gas repuleas sendo “raros, todavia, of alagues que se The fazem ‘Sarton Barve dpe Gus " pa de qe os aa a reroques por eraio to poema da pera — como pau Tek Comumette doignado se intenificaram ou maltplicarem: Sam on lois ou referencias encomistia, sis Atal 0.8 Ge tress prncpuimente: no Tato dz oeupar © posta. por Aine crso ao Ministerio da Edseaio, 2 maior rpercusto de Sr nome ¢ 40 surgimento da "gerogto de 43% cos representa FS Reiger conta os primeitonprincpios, tics do. mde. Simo'f'acotheram Drummond como 0 mais “pergoso™ ¢ atl Heme Sadverstrom” Mas Na por certo um outro ftor. de nati Be cltva que! prece Ter escapado a0. rico pores” por TE isda inkio dn campanna poitis contra 0 Estado, Novo e, Har atta popultgao no apenas do. ome Jo posta mas de Feta mormon por ev ms, ce coves ra Wao pels Jovenspoctat em todor os Estados brass, mai Ende fasm maior onda, de reagho por parte dos vlhor posts "abe 198 para cé— contines, Arnaldo Saraiva —, aumenta sam or clgios ao pocta, mas ainda nfo despareceram, de f0d0, Srasqees‘ou amas, Agors tado parece estar dito sobre ele Sede Sone a purstins esde a anedota 4 meditaco, desde a ‘opie aliie 2o coment, Sxde' tuo da nota ov de Horo efor desde"o prtento. de ameaca Thien no de chanonem po- Wats pena, srundo eau, tem serio ot oj aa Sir bo" Brl as pesous em duny cneporss mens", como Star e"pode ver algumas da citagbes que, Armsto Sra ex a taresentagho™ pines, bobegem, poems gozado, poe: 2 Pe th ima dpe teem 196725 mainte a EIEDES PSTN Sd nate ics potas An Sav st sma futucsta, marca indelvel de uma fase de loycura da liters Tira bras, Sopa de-pedeas, Divina Comedia Go ellie, pe torescos versinhos, um instante du poesia besa, poema, mais irscteisico de “noma epoca Go promicae tho spade", mea. Sagem tao. simples Inpresionante, € formigivel, estupendos poema que ns todos desjeiamer ter escrito, «melhor cosa do ‘mundo, ete, ee. Nao tvemos a euriodade de'sther a que cate: Bras ‘mentais se refere 9. pots, mae que o seu poem cont {iam ‘consetnca exten da poesia aa épocn © uy or so mesmo, dsixou muita gente com (ou sem) “edleloe, © cou Fealmente inactive! Na verdade a fama de Drummond comesow a corts¢ mundo com o poema "No mele do caminho”, E ate hoje ainda e dseute, princintimente go interior do pat 0 valor iterurio de seu poems ‘Para muitos, no se tata de” pocma e sim Go. uon conjupto de frases em pe nem cabeea, como se-o' simples ogo verbal © hie ‘ico io" dSpertasse também vibragdes intelectual Us" poesis, © ‘sito porem que. siagucm, como. Drummond, sovbe ‘expres ‘hum poco tomads de’ conseiéacla, posi nisnda fom Semana de Arte Moderna e, em 190, 20° mew do caminho do ‘modemismo, ainda circunsrta "a setores eintamente erie, fora portnio. da consgragio. popular que vita s tere fora tuner, da opinido dos vetos entieose' de muitos Iefores afer: fados puramente aos. gotor elistico-romaticos.Atravéy do" 4s “irreverene™ de movismos ds inguagem coloqial e pela eps 0 dos sitagmas "tinha uma pedra" e “no melo do" camino”, 45 duas erteates de posin basta —-a roméntce-parasiane ¢ 2 modernista — sobresaem nit amin Tratase de um pooma de forma sparentemente. simples ¢, como dit ionicamente poets, "quem se der a0 trabalho de ex Iminarthe 0 texto rerilctrd que se trata tho somente. Ja repel 80, ito vezessepuidas, dos aubstantver meso, Comino. © pedro, Tigao por peepongoes, artigos um verbo. Nilo hi nsto forms algum, tom ‘ou'mau. Ha apenas alguns voedbulos, que podem set encontcadosfacilmente no. Pequeno Dciondio Brasicio de Lim. ‘ua Portuguesa, revisto pelo Se. Avrélio Buargue, de Holanda” 2 Tormado por sr partes bem definidas peas tes nics sais 4 pontusao enistentes, embora apareya 0b 9 forma de dues fstrofes: um enunciado repettva, de quatro versos; dois verso {Mtermedisios que server de eqlibro'e point de retour e que, A'peimeia vita, no’ pourdam maior flagocs com os primetros Yefons c outra’ pte tambem de quatto vesos, que fo GUase Integalmente os" primero, asin No. meio do cominho the uma pedra tinha uma pedra no meio do camino inka tama petra tro meio do camino tnha wna peda Nunca me exquecerei dese acontecimento hha vida” de minkat retinas to fatgodss. Kige me eget ue no mei to camino finho ua pedro tinka uo pedre no meio do caminho no meio do camino tinha uma pee 2 sept a ane sta toa tla ciple de cxagho por prt do Ion. Eva peli observano que es oot feu de ue nun exuiua © avtoorginia pola pelo, no {& pelsran mas de gupor de pelsvrn, una cds de eementon gin canst iptv sunna do Silage gue ca cemenfo comer as has swoiagea com futon siemento da lingungem, form ds intagmas, com "meio", Seaminhoy "nba "pry smanca” e exquecere™ pa 30. ameter ot todbuly gue oe reptem. Mar sem davda © Saito ite cy nlagmat no melo do cominko tah ma Plt em tornado eno sintagmaico munea'mexqucere ue rao campo Ue forgar_appors sri" Go poem. ig end Some er « conn iEumte,"o poor erie tolo 8 seu ‘nterese, resndose Asa BE said, ae poctcamenteincompit: ‘No meio do camino tina uma pedra ‘Nunes me eiquccere!dsse acontecimento, tna vide'de minhes retnae 100 fugadas. En forma des iti, forms fea, oe alernando op ds sintagmas srncnso adver o mina de seo el fantv, referénia concrtas 20 mundo ‘esl do waiver pottico do autor. Logo em sepuida, pra competar o tridngulo semba- {eo do pocma, aparece a consclncin dea “realdade™ através da Imendo momentinea do poeta no seu mando pricolagico «a vole "petna da inpreio chee. gante conincna” no Icio Uo caminho de um escrito ¢ de toda uma gerajdo iterate, ‘tem dist, a ordenacio cruzada’(qiasma) aor das prmeltes er. ‘os era tmbim a rupture lopica que se eapera de Ween cont trupdo 0s dois dkimos vers, na peimeita estrofe, motivando ‘sim o aprovstamento do espago en bronco abido com a supes. So do sinigma no meio do cominho, fat qus fee resalat mide: ‘mente a importineia de tnka ume pedro, sobretudo por vie entre dans express ietieas, como se fowsem as dts margens ds Um feaminho... Retrando 9 sintgma adverbial, 0. posts consegu fambém 0! encadeunento dindmico dor sintagmnay numa, mena. gem de express que atua coma fatortinico e Tar scontuat finds um humorismo de iberagio gue é, 30 mesmo tempo, sat fistco e deslumbrador.* Tal esquema se repte nv tercia par o pocma, no se-obtendo entretanto ox mesmos efeitos. por Mie antes do quismia © logo em sepuide & parte sbjetna, 0 exo Yo Pocma, aqucla que, segundo Haroldo de" Campos, consthul o “su Pore tauildgico no qual se engasia, como uma pela na sue adres, cnosinsurprea* lei’ de caminho toda uma nova concepezo para 0 fe- meno poctce. e a de pedra—n concepeio pernasins, fas: {ada da realidad cultural brasiiea, Se eonjogam pura dar 0 poe 1W a sentgio de Felicidade de quem, de ropete, dscobre que fa ‘iio hi mais obstculo neahum para a livre eiperimentagio. de futeas formas. pottieas. “Asim, todo 0 poema parece umm hing (ino & mancira de Drummond, € claro) 8 smplicidade des fo ras vivas, a comesar pela techie. da repetigio, © modo. mais fimpes de chamar e tenedo para o que se Quer expreser.€ beat fxpressar, ois "uma extrema fedundaacia —~ escreve Haroldo de ‘Campos, citanéo Max Bense — jd-se pode constr, por sua of {inaldade, em informasto esétca” B40). sho scene eo de Minin Losh Rowton, Gdn 20 Se ps Ere’ wenn gue! peu ¢"aeatiae esas cae a BO a Seon! 35 1 tn te Outro aspecto dessa simplicidade & o emprego do verbo ter jue Rover, nana’ saeintdminevel aati Famatica poste Feat psa de algunas abonagoes no pet clawed Hing Stone tendenca popular de sew wso ho Bras” O ate the ‘ence deste tealtnde Tingsics brosicta eo stem tinh ‘Sibem enderego ero Gaara crttcan mais preocupada com 2-eramatica uo que com a Se hana Eo como je anoames, o- poeta potcpava desc rccipesto geri do molemumo 'de svar a nie iter Mou pee menor cicrto) os sspecion mas carctersices da fala besa. "Dats senivelscinayao de Drummond, sbretudo ate {Bus pee us. decifoy tran peclare 4 Tingwasem coo qual numa ‘iflutnci taver Je Mano de Andrade mas qu eh ‘Eeron particular repereuss no teu cpio Quede (Gus € det Bp. ry cvem (ol etm RP, 165), gue nem (AP, 63), a do SEoma Sutra que snot na pain {8 conse exemploe ‘SExr'prcocupagdo ear tegbtrar ot mouismos brass, as vezes SP satreesarcavzante, tanto no Brasil como em Portugal. Actes ine der gue fo amen no goena "No mow Joc Sicho" ques posta se vale Jo brasieiomo rer por haver. No sey fo otc i ste enemp (en Bou mes. fee plgin) ue, purcem iver pando dsyperecbits no o7e ib dar dicey sve "yma dap eno al ae tadoy pot logs ® extuaionay, como "Pot Siio il sBrywcme £0 que fasram do Natal w ve. Natl 0 sno toca Bee ioce fino) Nao tem never no tem gels. | Nato! CAP, Gre o soem “Feta no brea” (AP, 66) termina oom ese ver Trojete festa no brea? ‘x‘polemics'em torno do poema "No meio do camino” dea motives qus Drummond de ver em quando se refers ale or estrcisa,srnics Ou porma memo, Em A Rove do POO, Save gue Uo pears no melo do Camino ou opens um ra io namo) En Clr Ema ors en 30) termina sabinmando uma cera mégoa oo, t Efe mstrada a'um tom de modestn, como se 40 dar um Grete compote 2 Ugas paren” “ee Mem FOr Unk Pek Sino Eun apors anbon comps fn BA. B5 BA 9S. as hatango ma pepria vida achasc que nada de importincin hava foie! De tudo quarto foi mew posto coprisiona tua vide, restar, pls 0 resto se shun, tim petra gue Havia em melo do comiiho."* Tambim em Viola de Balto — 11, no poema “Dados biog ficos" (pls), existe‘ Seguntealusio ae pocma: Mos que dieer Ao poets j mare prova exter? } Que ele & meio pasta | ¢ noo Sabo rimar?"]"(.")" Que encontrou no, caminho wma Pedra e, ‘xacondo, | muito rsa escariaho / "ft topo cercande? Outtss Feferenias podem ser vst em Uma Pedra no Meio do Cami- ‘rho: bigralia de tm poema, mensions, stro pocma que define bem lemento da argutcara-pocmsticn tem, suestvamenie, nome "Gunde" (AP, 6) Oberando’ a wertdade'8o amon, 5 frsiraes ¢ esencontron dor amantes avila tes © 8 poo: fra ds tens fin do ne mado, ocorrey 20 poc por ine Siuncia lave da "eoria mctatises de Macha de Asks ima nara via como um arande baile em que o pares se asem © Se desfusem depots de cal pega musa. "Tal tnngem, eneanto, por demais conhecida e gaia. 0. qe fepugna am expitto Srindor, como © de Drummond, to einicio de originaliade, sficdcia da repetigfo como here gel ve tro ode, io a er ‘ri ha(gnamen) «ca ome plump ti 3 aa To 86 Teva, asim, pensdo na quads, danga pie do interioe do ‘Bal que deve ter feng na sun memoria, como reminececia Infant du tempore laa ow tat Gr Teturay de Mackay fees’ quem Drummond deca um poem “oom amor” Girt Si}, Betrnat om conus process comune de asoca- {Ber sein’ ou como quer Otho’ Moseyr Guca, uy log de Sfalovn pura plas” que const em ming erly "no ence amerte de paavay, quer pen siiade ea goentno send {ee quer pew semetanga Unica (pronnin, Nomen, altera= fo, ira aterays goer ainda, pen evocnto de fat trans Eten do pcs ropraeme duo, Grucsflas,clementos foley reminucensas ify chevnsaneis. Ueto ree ioe de urn" Drste modo, a eorutra ptema do" poem Soi formando ¢ jusicando a forma, musa de ba expreso ulna dentro portant do pine cisco de que qi ‘Seas orale Somat: textes eielrece como ua me Jooelo’ do"coneddo, como umn forge concmitante dono Ear ‘sin, sec mse coeartin pri pe re sho Bs aoa ato Teva, que tem como nile, © ven Err no retro inpefa aenaatoencalamento dt ade, Tyme ealade t'o\ movimento do Poona, Eo fete a Eline depen que aprecedepte do primeira: conjto 3 eyuiaien acini a muanga etme” € unm even a hesio do wien rocurandoamargamenic, crt conte fealde comprar he print pate do poe que enretanto Fevmato Gouna, infen etrote- Toto. ef: pono. movimento (Gino ssn) ssgre compaso de una quan, 08 contre sree ewtense cocrement com 0 Ojeto Que expe Jodo que ameva Terese que amava Roimundo ‘que omova Maria que omava Toagum que omava Lill ‘que no emova ninguém ‘A estrutura dessa paste pode ser assim observada: um seg- nto minima, monovabico Jose) eu dslubo (Jodo), a ink Sar © compass, notandoe t forea do longo "do cu som pro ova umn desencadear de sltuages_ similares até perderse como tm eco no adverbio ndo.e no dtongo di de ninguém, que encerra fon primeira parte muvial, depois, acumulados, cinco segments Fenieoe de cinco sabaes / que omava Terees ue, anova Raimuiol, | gue amave Mari, fque amave Joaquim), [awe ‘ameve Li: «, fisalmente, um segmento de sete stabas que ter ‘mina com paseraoxitona, ‘al como a que imeia 0 pose. A. Sluporisto deer segment meloicos sapere perfetamente 0 ink fio" ds dang, 0 ssi ponlo” culminantey em rtm binsrio, {Embtm. 0 final, je num ritmo de abrandament Togrido com Itromissdo da adverb negative. “ide segunda pare poss! ouleo eaquema musical, Sew rime fe tora lento, expicalivo e aproximase do da vals, contrapon. ose intelumente 4 primeira parte do poems ‘oi foi para oF Exadon Unidos Teresa para 0 convento. ‘Reimundo morrew de desasre. Marg fou para ta, Joaquim sulidow se e Lit easou com J. Pinto Fernandes ‘que tinka entrado na scr Enfim, todo esse aparato de ritmo, obido pelo recurso. da repetigio'¢ motivedo pela estrulra Interior do. poems, ‘arn dle Fre azer ‘bem —~ "a verdad mals coidann. dae” frstragBes fefash ence oy somos dt vende © oy desncemos de vide interesante bservar que ob dais rcentes (em 1970) lsros sobre possa de Carlo Drummond de Andrade (0 aprezentado por Atma Siraivae o de Helio Marti) termiaam aceatuando {mesma coisa leradade do. posta, Diz Arnaldo ue 0 pe ‘queno poema da pedra vale como ta poira precion: “umn da Bedras daqele. monumentum sore. perennus Que. 0. pocta, & =| eso Se rig, gue dsaiara og Stculas, como desaiou o seu ‘eulo™ Ed Felco Martina "que 0 mais alto posta brasliro pode confarserenameate na realzagso daquees versa de “Elena” A, 310: E como ficou chat ser modern.) Agora serel eterna ‘Asin, poizramos também teeminar eile capitulo dizendo. que apes da “quadriha™ que negou © continua negando" a possia Pox rr Rio web eh. ra xem ‘oa ei [te oe 38 4e Drummond, o poeta parece nfo preocupar se muito pois através & sea armisio cistalino™ sabe: que or sresbote mugidoramente chencoam, por iso’ o que realmente desea € continue feet in 0 seu tempo Um minuto, ndo mais, que 0 tempo conse, (...) lim minuto me atte, ae minhas obras (EA, 37). ®. I / OS MATERIAIS DA VIDA © NOME BEM MAIS DO QUE NOME, Dewwoo A raere um rico. material dessa espécie em que a repetigio se verfca na estrturagio do pocma, funconando como Srremetias a uma isin og pensamento para amplarihe 5g rilesio postica, passemos a0 objetivo principal de nosso estado meno lo tio conheido por epee, ou ss, 9 repetisao de Um Folivessuidamente, sem infervalos ou, com ineralos, mas ‘entra’ do mesmo verso ou do mesmo sopuimento mel6dco, om Antes anotemos que a eepetigio de polaras em clases gra- rmaticatedieremes (corp, corpo, corpo FA, 278: duro, duro, duro NP. 23%; eipam espiam epiam — AP, 70; Quando Quondo. Quando "Lc. 332" outro, euros e outros — RP, 204) no supe ae mesnas causs e efeitos ox quals dependem, Principatmente, da eficicia’ do contest, dos aspector do sii. ante e do savticado da polavra repli. Mar € evdente que septic do wibsimivo € 3.00 verbo tio a= gue mai podem Impresionar pela carder ewatico ov dinkmico que imprimem & rage. No esto de Drummond, 0 que no dsiaa de ser cutosd Erdspertae Ue imediato a ateagio, & gm stem. repetitive em (que a plan —icjn ela sstantiv, adjetivo, vero, conjengio Su prononic "arcs tes eres sepidat mo Tes vers 08 {pita "de um esgucms mica, de erature ternin, de gue onic colherabundantes. exemple, ‘Assim, para efeito de orientagdo no desenvolvimento de nossa analise Mitmon,puimelto, a conhecida ditineso. da Lingiien Gera entre oe dos nceos significative dq Trae: 0° do nome £0. do Yerlo. a5 chamadae comsrugdes nominal © verbal. Ex isis “eencraladssima ae lnewar do mundo”, corresponde A posto levies! entze'o nome e-0 verbo ey como encina Matteo Cimaro, "S"opesigio entte's visio eeitica ea vislo dinimiea ” do mundo dos objets”. Diante do. mesmo fate, pode © nowo Spinto exolher'n_consrugio. nominal “gue. paguleamente, cor Feaponde' a umn visso evttica. do. fendmeno™ ou, a consiugto verbal, "que ds do fenémeno uma visto dnkinis ‘Ora, f jaslamente nema porsbldade de esewlher mo. fundo comum ida lingua, "mis An eponiton des wsegery qui Patsent soni bios expression gus ree ta toto de fstfo. No' momento em que e eserlor opts por wma pala of frase, sth pratcando, sada que inconsclenermens, um operas esta, pos etd "se desiando da Tigungem comum "30 ‘mesmo Icmpo, procuranda imprimir nel" sus marca; 4a par ticular mancita de exprimta, E quando eta cca @ itencional fe justicada nio s6 pela obtegio do. maior efeto como também por uma imposgdo do ato criador, o seu uso como tga earae- Kerizador do estilo assume por certo um valor que ulsapassa a simples fungSo comunicatvn, para. transformarse num agents Spline eoncido pote, A unc ingen se tnsoraa fm fungio elie, vale dizer. em funedo. pocticn Enguanto a constragio verbal (de_que fem parte 0 verbo, © adverbio'e'e_pranome’peseal) ‘conta a frase por exelenca, fguela ue" mais clarsmenteteprerenta_ox procesos em qUS frencontra o ser, dimamizdo, a eonstruglo nominal (em que 39 Sgrapam o substan, 0 aetvo, or artigos, os postesivos smonsiratvos) ¢ muito’ mate dpi © direta s, pertanto mais fdequada a certas formas de expresso do mundo contempordnce, ima & subjetiv,complexa e tradicional; out, obits sim: plese. moderna, entre as dust consragies, particpanda tanto {Trae nominal como da verbal — de ncordo Com 8 nausea da fxpresio se percaho. uma rea limite, de. transigo, em fe encontram’o infniivo, 0 partcpi. 9 gerndio, os verbox gags, alem ox conecisos ¢Peatvon® ‘AS lingust moderne tendem a subetituir © verbo pelo subse tantivo, por infuencia,talver, da Unguagem jomaliscn, da maior interference da administragdo na vida sociale, sobreado, pelo resents automatizmo. dow meloe de" informagio. o que’ ete fbjtividne e, em consegacis, muito male cconema expresive, ‘Tal preteréncia,Tnerementada pels novelat relsas «Pela im posgho da tenice impressionsins te ast, aie,'a am sentido Pcl cRIADO DE VAL. Op. cit, 911 2 ehot a eerie Oe ae Sih 0

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