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Cap. 4: O sujeito lacaniano (p.

55)
O sujeito nunca mais do que suposto
Lacan, Sem. 23
O sujeito lacaniano no o indivduo ou o sujeito consciente da
filosofia anglo-americana (p.56)
Quando, de maneira geral, nos referimos ao eu ou self ao dizermos Eu acho
que... ou Eu sou o tipo d pessoa que..., esse Eu tudo menos o sujeito
lacaniano: no mais do que o sujeito do enunciado.
O sujeito lacaniano no o sujeito do enunciado
O pronome pessoal eu designa a pessoa que identifica o seu self com uma
imagem ideal especfica. Dessa maneira, o eu aquilo que representado
pelo sujeito do enunciado. O que ento da instncia ou agncia que
interrompe os enunciados precisos do eu, ou os estraga? (p. 59)
A transitoriedade do sujeito (p.62)
O sujeito do inconsciente manifesta-se no cotidiano como uma irrupo
transitria de algo estranho ou extrnseco. Em termos temporais, o sujeito
aparece apenas como uma pulsao, um impulso ou interrupo ocasional
que imediatamente se desvanece ou se apaga, expressando-se, desta
maneira, por meio do significante.

O sujeito freudiano (p.63)


Freud x Lacan Lacan nunca faz do inconsciente uma instncia; este
permanece um discurso divorciado do consciente e do envolvimento
subjetivo o discurso do Outro mesmo quando ele interrompe o discurso
do eu que est baseado em um falso sentido de self. Ao encarar a
subjetividade no inconsciente de Freud como um furo, interrupo ou
irrupo no discurso e em outras atividades intencionais, de forma alguma
trata-se da especificidade do sujeito de Lacan.

O sujeito cartesiano e seu inverso (p.64)


O que mais notvel a respeito do sujeito freudiano que ele desponta
apenas para desaparecer quase instantaneamente.
Lacan ressalta que o sujeito de Descartes o cogito tem uma existncia
igualmente efmera. O sujeito cartesiano conclui que ele toda vez que diz
para si mesmo, Eu penso. Ele precisa repetir isso para convencer-se de
que existe. E, to logo, pare de repetir essas palavras, sua convico
inevitavelmente se evapora. Descartes capaz de assegurar uma existncia
mais permanente para o sujeito atravs da introduo de Deus a garantia

de tantas coisas no universo cartesiano mas Lacan concentra sua anlise


na natureza pontual e evanescente do sujeito cartesiano.

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