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N.® 226 — 25-9-1993 DIARIO DA REPUBLICA ~I SERIE-A 5391 ©) Inscritos maritimos da marinha do comércio de longo curso, de cabotagem, costeira ¢ das escas; ) Pilotos da aviagao civil. 2 — Sao ainda mantidos os esquemas particulares de pensOes de velhice cuja vigencia temporaria se encon- tre estabelecida em legislacéo especial em vigor & data do inicio de vigéncia deste diploma. Artigo 106.° Indices de revalortzagio da base de célculo Os indices da revalorizagéo da base de célculo refe- tidos no artido 34.° so aplicaveis até 31 de Dezem- bro de 1999, Seccao I DisposigSes fines Artigo 107.° Legislagto substiatda presente diploma substitui, nos seus precisos termos, a legislagéo anteriormente em vigor, designadamente: @) As seogdes Vv ¢ Vi do Decreto n.° 45 266, de 23 de Setembro de 1963; b) O Decreto-Lei n.° 724/74, de 18 de Dezembro; ©) A Portaria n.° 865/74, de 31 de Dezembro; @) O Decreto Regulamentar n.° 60/82, de 15 de Setembro; €) O Decreto-Lei_n.° 463-A/82, de 30 de No- vembro; J) O Decreto Regulamentar n.° 9/83, de 7 de Fe- ve 4g) O Decreto-Lei n.° 41/89, de 2 de Fevereiro; A) A Portaria n,° 470/90, de 28 de Junho. Artigo 108.° Remissho Quando disposigdes legais remeterem para preceitos de diplomas substituidos nos termos do artigo anterior, entende-se que a remissio é feita para as correspon- dentes disposigdes deste diploma. Artigo 109.° Regulamentacio 1 —A regulamentago das normas constantes do presente diploma constard de decreto regulamentar 2 — Os procedimentos administrativos a adoptar, no Ambito da aplicagao do presente diploma e dos seus regulamentos, sao aprovados por portaria do Ministro do Emprego ¢ da Seguranca Social. Artigo 110.° Conversio do suplemento 2 grande lnvélido Consideram-se convertidos em subsidios por assistén- cia de terceira pessoa, a partir da data de inicio de vi- géncia deste diploma, os suplementos a grande invd- lido atribuidos ao abrigo de anterior legislagao. Artigo 111.° Apuramento anual da gestio financeira das pensoes © Centro Nacional de Pensdes deve apurar, anual- mente, de forma autonomizada, 0 valor referido no ar- tigo 44.° ¢ inseri-lo nos dados estatistico-financeiros a remeter ao Instituto de Gestdo Financeira da Seguranga Social. Artigo 112.° Iniclo de vigtncia © presente diploma entra em vigor no dia 1 de Ja- neiro de 1994, Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 8 de Julho de 1993, — Anibal Antonio Cavaco Silva — José Luis Campos Vieira de Castro. Promulgado em 3 de Setembro de 1993. Publique-se. Presidente da Reptiblica, MARIO SOARES. Referendado em 7 de Setembro de 1993, O Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. Decreto-Lei n.° 330/93 de 25 de Setembro O Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro, es- tabelece o regime juridico do enquadramento da segu- ranga, higiene e satide no trabalho, referindo-se expres- samente, no n.° 2 do seu artigo 23.°, a regulamentagao derivada da transposigao para o direito interno das di rectivas comunitérias. Nestes termos, o presente diploma visa transpor para 0 direito interno a Directiva n.° 90/269/CEE, do Con- selho, de 29 de Maio, relativa as prescrigdes minimas de seguranca ¢ de satide respeitantes 4 movimentacdo manual de cargas que comportem riscos, nomeada- mente na regio dorso-lombar, para os trabalhadores € que constitui a quarta directiva especial, na acepcao do n.° 1 do artigo 16.° da Directiva n.° 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de Junho. Pretende-se corresponder a necessidade de fixagao de prescricdes minimas de seguranca e de saide na movi- mentagio manual de cargas, garantindo assim a me- Ihoria da prevencdo ¢ de protecedo dos trabalhadores envolvidos nessas operacdes, no quadro da dimensio social do mercado interno. © presente diploma foi apreciado em sede do Con- selho Nacional de Seguranca, Higiene e Sade no Tra- balho, reflectindo os consensos ali alcangados. Assi Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigao, 0 Governo decreta o seguinte: Artigo 1.° Objecto © presente diploma transpde para a ordem juridica interna a Directiva n.° 90/269/CEE, do Conselho, de 29 de Maio, relativa as prescrigdes minimas de segu- ranga ¢ de saide na movimentagdo manual de cargas. 5392 Artigo 2." Ambito O presente diploma tem o Ambito de aplicacao esta- belecido no artigo 2.° do Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro. Artigo 3.° Definigto Para efeitos do presente diploma, entende-se por mo- vimentagéo manual de cargas qualquer operagao de transporte e sustentagdo de uma carga, por um ou mais trabalhadores, que, devido as suas caracteristicas ou condiges ergonémicas desfavoraveis, comporte riscos para 0s mesmos, nomeadamente na regido dorso- -lombar. Artigo 4.° Medidas gerais de prevengio 1 —O empregador deve adoptar medidas de orga- nizagdo do trabalho adequadas ou utilizar os meios apropriados, nomeadamente equipamentos mecanicos, de modo a evitar a movimentagdo manual de cargas pelos trabalhadores. 2. — Sempre que ndo seja possivel evitar a movimen- tago manual de cargas, 0 empregador deve adoptar as medidas apropriadas de organiza¢do do trabalho, utilizar ou fornecer aos trabalhadores os meios adequa- dos, a fim de que essa movimentacdo seja 0 mais se- gura possivel Artigo 5.° Avaliagio de refertocin de risco 1 —O empregador deve proceder & avaliagdo dos elementos de referéncia do risco da movimentaco ma- nual das cargas e das condigdes de seguranga ¢ de saiide daquele tipo de trabalho, considerando, nomeadamente: a) As caracteristicas da carga: Carga demasiado pesada — superior a 30 ke ‘em operagdes ocasionais ¢ superior a 20 kg em operagdes frequentes; Carga muito volumosa ou dificil de agarrar; Carga em equilibrio instével ou com con- tetido sujeito a destocags Carga colocada de tal modo que deve ser mantida ou manipulada a distancia do tronco, ou com flexio ou torgio do tronco; Carga susceptivel, devido ao seu aspecto ex- terior e A sua consisténcia, de provocar Ie- s6es no trabalhador, nomeadamente em caso de choque; b) O esforco fisico exigido: Quando seja excessivo para o trabalhador; Quando apenas possa ser realizado mediante um movimento de torgao do tronco; Quando possa implicar um movimento brusco da carga; Quando seja efectuado com 0 corpo em po- sigdo instavel. DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.® 226 — 25-9-1993 2 — O empregador deve tomar as medidas apropria- das para evitar ou reduzir os riscos, nomeadamente para a regido dorso-lombar, nas seguintes situagdes: Espaco livre, nomeadamente vertical, insuficiente para o exercicio da actividade em causa; Payimento irregular que implique riscos de trope- ar ou seja escorregadio; Pavimento ou plano de trabalho com desniveis que impliquem movimentagéo manual de cargas em diversos niveis; Local ou condigdes de trabalho que nao permitam a0 trabalhador movimentar manualmente as car- gas a uma altura segura ou numa postura cor- recta; Pavimento ou ponto de apoio instaveis; Temperatura, humidade ou circulacgo de ar ina- dequadas. 3 — O empregador deve tomar, ainda, medidas apro- priadas quando a actividade implique: Esforos fisicos que solicitem, nomeadamente, a coluna vertebral ¢ sejam frequentes ou prolon- gados; Periodo insuficiente de descanso fisiolégico ou de recuperagao; Grandes disténcias de elevacao, abaixamento ou transporte; Cadéncia que ndo possa ser controlada pelo tra balhador. Artigo 6.° Reavallapio dos elementos de risco Quando as avaliagdes dos elementos de referéncia previstas no artigo anterior revelarem risco para a se- guranca e saiide dos trabalhadores, o empregador deve adoptar os seguintes procedimento: 4) Identificar as causas de risco e os factores dividuais de risco, nomeadamente a inadapti- dao fisica, e tomar rapidamente as medidas cor- rectivas apropriadas; ) Proceder a nova avaliagdo, a fim de verificar a eficdcia das medidas correctivas adoptadas. Artigo 7.° Consulta dos trabathadores Os trabalhadores, assim como os seus representan- tes na empresa ou estabelecimento, devem ser consul- tados sobre a aplicagdo das medidas previstas no pre- sente diploma. Artigo 8.° Informasio ¢ formagio dos trabalhadores 1 — O empregador deve facultar aos trabalhadores expostos, assim como aos seus representantes na em- Presa ou no estabelecimento, informagao sobre: 44) Os riscos potenciais para a saiide derivados da incorrecta movimentacéo manual de cargas; 6) O peso maximo e outras caracteristicas da carga; N.° 226 — 25-9-1993 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A __5393 ©) O centro de gravidade da carga ¢ 0 lado mais pesado da mesma, quando 0 conteiido de uma embalagem tiver uma distribuigao ndo uniforme de peso. 2 — O empregador deve providenciar no sentido de 0s trabalhadores receberem formagdo adequada e in- formagdes precisas sobre a movimentagdo correcta de careas. Artigo 9.° Fiscallzagio A fiscalizagao do cumprimento das disposigdes do presente diploma, assim como a aplicacdo das corres- pondentes sangGes, compete ao Instituto do Desenvol- vimento ¢ Inspecsdo das Condigdes de Trabalho, sem Prejuizo da competéncia fiscalizadora especifica atri- buida a outras entidades, conforme o disposto no ar- tigo 21.° do Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de No- vembro. Artigo 10.° Contra-ordenasses — Constitui contra-ordenagao, punivel com coima: 4) De 50 0008 a 200 0008, a violagio dos deveres de informacao ¢ de formacao previstos no ar- tigo 8.°, bem como do dever de consulta pre- visto no artigo 7.°; b) De 80 0008 a 250 0005, a violacdo dos deveres previstos nos n° 2 € 3 do artigo 5.° € no ar- tigo 6.° 2 — Metade do produto das coimas reverte para o Fundo de Garantia ¢ Actualizagdo de Pensdes, desti- nando-se a outra metade a entidade que as aplica, em conformidade com 0 disposto no artigo 4.° do Decreto- -Lei n.° 491/85, de 26 de Novembro, na redaccao dada pelo Decreto-Lei n.° 255/89, de 10 de Agosto. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15 de Julho de 1993. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Jorge Braga de Macedo — Luis Filipe Alves Mon- teiro — José Martins Nunes — José Albino da Silva Peneda. Promulgado em 3 de Setembro de 1993, Publique-se O Presidente da Repiiblica, MARIO SOARES. Referendado em 7 de Setembro de 1993. O Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva, Decreto-Lei n.° 331/93 de 25 de Satembro © Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro, es- tabelece o regime juridico do enquadramento da segu- ranga, higiene e satide no trabalho, referindo-se expres- samente, no n.° 2 do seu artigo 23.°, & regulamentacdo derivada da transposi¢ao para o dircito interno das rectivas comunitarias. Nestes termos, 0 presente diploma visa transpor para © direito interno a Directiva n.° 89/655/CEE, do Con- selho, de 30 de Novembro de 1989, relativa as prescri- es minimas de seguranca ¢ de satide dos trabalhado- tes na utilizagdo de equipamentos de trabalho, que constitui a segunda directiva especial, na acepgio do n.° 1 do artigo 16.° da Directiva n.° 89/391/CEE, do Consetho, de 12 de Junho de 1989. Trata-se de um instrumento de acco igualmente im- portante para orientar as actuagdes pertinentes no pr. rio processo de licenciamento e autorizacdo de lab ragdo, pois integra especificagdes adequadas a prevengdo dos riscos profissionais e a protecrao da satide enunciadas no artigo 19.° do Decreto-Lei ° 441/91, de 14 de Novembro. Corresponde-se, desta forma, a exigéncia de fixagao de prescrigdes minimas de seguranca e de satide no qu: dro da dimensao social de mercado interno, com vista & melhoria dos niveis de prevencao e de protec¢ao dos trabalhadores na utilizagdo dos equipamentos ‘te tra- balho. presente diploma foi apreciado em sede do Con- selho Nacional de Seguranca, Higiene ¢ Satide no Tra- balho, reflectindo os consensos ali alcancados. Assi Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201." da Constituigo, 0 Governo decreta 0 seguinte: Artigo 1.° Objecto © presente diploma transpde para a ordem juridica interna a Directiva n.° 89/655/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro de 1989, relativa as prescrigdes mini: mas de seguranca e de saiide para a utilizacdo pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho. Artigo 2.° Ambito As disposigées do presente diploma tém o ambito de aplicacdo estabelecido no artigo 2.° do Decreto-Lei n.° 441/91, de 14 de Novembro. Artigo 3.° Conceitor Para efeitos do presente diploma, entende-se por: 4) «Equipamento de trabalho», qualquer maquina, aparelho, ferramenta ou instalacao utilizados no trabalho; 4) «Utilizagao de um equipamento de trabalho», qualquer actividade em que o trabalhador en tre em relagdo com um equipamento de traba Tho, nomeadamente a colocagdo em servico ou fora dele, 0 uso, o transporte, a reparacdo, a tansformagdo, a manutencdo e a conservacio, incluindo a limpeza; ©) «Zona perigosa», qualquer zona dentro ou em torno de um equipamento de trabalho onde a presenga de um trabalhador exposto o submeta a riscos para a sua seguranca ou satidé

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