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1896 MINISTERIO DA AGRICULTURA Decreto-Lei n.° 64/92 de 23 de Abril © Decreto-Lei n.° 290/90, de 20 de Setembro, esta- belece o regime juridico da circulagdo de gado, carne € produtos cérneos no territério do continente, bem ‘como varios impressos que deve acompanhar essa cit- culagiio. Nos casos das carnes e dos produtos cérneos, as guias de circulagdo ou documento de transporte podem, nos termos do artigo 13.° do referido diploma, substi- tuir 0 documento de transporte previsto, para efeitos fiscais, no Decreto-Lei n.* 45/89, de 11 de Fevereiro. Dado o interesse manifestado pelas associagdes do sector, situacdo inversa deverd igualmente ser possivel, ‘mas tal sé deverd ser permitido desde que observadas determinadas condigdes. Assi ; Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigio, 0 Governo decreta 0 seguinte: ‘Artigo tinico. Os artigos 13.°, 15.° ¢ 26.° do Decreto-Lei n.° 290/90, de 20 de Setembro, passam a ter a seguinte redacgfo: Art. 132-1. eee 2—O documento de transporte previsto no Decreto-Lei n.° 45/89, de 11 de Fevereiro, pode substituir a guia de circulacdo € 0 documento de transporte previstos, respectivamente, nos n.°* 1 € 6 do artigo 3.°, desde que contenha ou permita re- ferenciar todos os elementos a que se refere 0 n.° 2 do artigo 3.° 3 — Até 31 de Dezembro de 1992, a substit cao referida no nimero anterior poderd ser feita através de aditamento ao documento de transporte dos elementos exigidos, podendo esse aditamento ser feito através de simples averbamento das res- pectivas epigrafes, as quais devem ser igualmente preenchidas pela entidade que emitir 0 documento. 4 — Os produtos cérneos devem conter as mar- cas legalmente exigiveis. Art. 15.° A violacdo dos deveres impostos pelos artigos 7.° € 8.° a 10.°, bem como a circulagio de gado, carne e produtos cdrneos em desconformi- dade com o que constar das guias de circulago nos termos do artigo 3.°, ou documento que as substi- tua nos termos do artigo 13.°, quando ao facto nao seja aplicével sangao mais grave, constitui contra- -ordenacdo punivel com coima de 500008 a 500 000$, no caso de pessoa singular, ou até 6 000 0008, no caso de pessoa colectiva. ‘Art. 26.° As guias previstas no artigo 3.° ¢ 0 documento previsto no n.° 2 do artigo 13.° substi- tuem, para todos os efeitos, em matéria de circula~ cdo de gado, carne e produtos cérneos, os documentos citados na alinea b) do § 4.° do ar- tigo 691.° do Regulamento das Alfandegas, apro- vado pelo Decreto-Lei n.° 31 730, de 15 de Dezem- bro de 1941, na redaceao que Ihe foi dada pelo Decreto-Lei n.* 21/90, de 16 de Janeiro, a guia pre- vista pelo artigo 694.° do mesmo Regulamento € as DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-A N.° 95 — 23-4-1992 guias previstas pelos artigos 19.°, 20.° € 31.° do anexo IV do Decreto-Lei n.° 261/84, de 31 de Julho. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 12 de Margo de 1992. — Anibal Antonio Cavaco Silva — Manuel Dias Loureiro — Jorge Braga de Macedo — Alvaro José Brihante Laborinho Lucio — Arlindo Marques da Cunha — Fernando Manuel Barbosa Fa- ria de Oliveira. Promulgado em 9 de Abril de 1992. Publique-se. Presidente da Republica, MARIO SOARES. Referendado em 11 de Abril de 1992. © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. Decreto-Lel n.° 65/92 0 23 de Abril Com a publicagao dos Decretos-Leis n.°* 288/84 ¢ 289/84, ambos de 24 de Agosto, foram estabelecidas ‘as bases técnicas para a liberalizagéo ¢ modernizacao do sector industrial de moagem e panificaco, bem como para a adequagdo, de forma progressiva, a res- pectiva regulamentagéo comunitéria. (© grau de evolugio técnica entretanto verificado no sector ¢ a proximidade da constituigio do mercado tinico europeu recomendam que, também nesta maté- ria, se adopte o principio da desregulamentacdo das ac- tividades econémicas, tendo em vista, por um lado, a salvaguarda da capacidade concorrencial das indistrias alimentares e, por outro, a existéncia de um elevado nivel de protecgdo ao consumidor. presente diploma visa, pois, estabelecer um novo quadro regulador para as farinhas, sémolas, po ¢ pro- dutos afins para diversos produtos utilizados no seu fabrico. Assi Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigdo, 0 Governo decreta 0 seguinte: Artigo 1.° Regulamentasio So fixadas por portaria conjunta dos Ministros da Agricultura, da Satide, do Comércio ¢ Turismo ¢ do ‘Ambiente € Recursos Naturais as normas técnicas re- lativas & definigao, caracterizagdo, composigdo, acon- dicionamento, rotulagem, métodos de andlise ¢ tolerdn- cias analiticas e comercializagdo a utilizar para os seguintes produtos: 4) Farinhas destinadas panificagdo, a outros fins industriais e a usos culinarios; +) Sémolas destinadas a0 fabrico de massas ali menticias € a usos culindrios; ©) Pao e produtos afins do pao; ) Misturas pré-embaladas de aditivos, auxiliares tecnolégicos e outros ingredientes; e) Leveduras destinadas a0 fabrico do pao e dos produtos afins do pao. Artigo 2.° Norma revogatéria Com a entrada em vigor da regulamentagdo prevista no artigo anterior, so revogados os seguintes diplomas: 4) Decreto-Lei n.° 288/84, de 24 de Agosto; b) Decreto-Lei n.° 289/84, de 24 de Agosto; ©) Portaria n.° 816/84, de 20 de Outubro; @ Portaria n.° 819/84, de 23 de Outubro; @) Portaria n.° 822/84, de 23 de Outubro; J) Decreto-Lei n.° 55/85, de 4 de Margo; 8) Decreto-Lei n.° 286/86, de 6 de Setembro; +h) Decreto-Lei n.° 404-A/86, de 4 de Dezembro; i Decreto-Lei n.° 275/87, de 4 de Julho; J) Decreto-Lei n.° 274/87, de 4 de Julho: 1) Artigo 4.° do Decreto-Lei n.° 4/90, de 3 de Ja- neiro; ‘m) Decreto-Lei_n.° 226/90, de 10 de Julho: rn) Portaria n.° 414/91, de 16 de Maio. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 20 de Fevereiro de 1992. — Anibal Anténio Cavaco Silva — Arlindo Marques da Cunha — Arlindo Gomes de Carvalho — Fernando Manuel Barbosa Faria de Oli- veira — Carlos Alberto Diogo Soares Borrego. Promulgado em 9 de Abril de 1992. Publique-se. O Presidente da Republica, MARIO SOARES. Referendado em 11 de Abril de 1992. O Primeiro-Ministro, Antbal Anténio Cavaco Silva. MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICACOES 66/92 do 23 de Abril Decreto-Lei n.' A Lei de Delimitagao de Sectores, na redaccdo dada pelo Decreto-Lei n.° 339/91, de 10'de Setembro, veio Permitir 0 acesso da iniciativa privada a actividades no sector aéteo que até a sua entrada em vigor the esta- vam vedadas. Hoje é, assim, possivel no s6 a gestéo de infra- -estruturas aeroportuarias por privados, como, igual- mente, a prestagdo de servigos de transporte aéreo re- gular internacional pelas mesmas entidades. Uma vez. removido 0 obstéculo legal que vedava 0 acesso da iniciativa privada a essas areas de actividade, urge criar os quadros normativos que regulem, de forma adequada, o exercicio de tais actividades. E esse 0 escopo do presente diploma. Por outro lado, prevendo-se para I de Janeiro de 1993 a liberalizagao do espaco comunitério, hé que criar, desde jé, as condigdes para que empresas de ban- deira portuguesa possam, atempadamente, desenvolver a sua actuacdo, ocupando novas rotas, criando novos mercados ¢ aumentando a quantidade ¢ qualidade dos servigos oferecidos ¢ a oferecer, Visa-se, pois, a criagao de um sector forte, dinémico € de qualidade, que seja capaz de aproveitar as poten- DIARIO DA REPUBLICA — 1 SERIE-A 1897 cialidades do presente e, sobretudo, as que, no futuro, se abrirao com a liberalizacao do espago aéreo comu- nitario. Assim: Nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigao, 0 Governo decreta o seguinte: CAPITULO I Artigo 1.° Objecto disposto no presente diploma regula a actividade de transporte aéreo regular internacional. Axtigo 2.° Detinigdes Para efeitos deste diploma, entende-se por @) Transporte aéreo regular — séries de voos co- merciais abertos ao puiblico © operados para transporte de passageiros, carga ¢ ou correio, entre dois ou mais pontos com uma frequéncia regular, segundo um hordrio aprovado e devi- damente publicitado; b) Transporte aéreo regular internacional — trans- porte aéreo regular, efectuado entre pontos si- tuados no territério nacional e pontos situados no territério de outro ou outros Estados; ©) Designago — 0 acto de notificagao de’ um Estado por outro Estado da empresa ou empre- sas a que sdo confiados os servigos correspon- dentes aos direitos de tréfego internacional- mente outorgados ao Estado que notifica; d) Rota —ligagdo aérea entre dois aeroportos, considerando-se como um tinico aeroporto o conjunto de aeroportos (sistema de aeroportos) gue servem 0 mesmo local; 6) Rota efectivamente explorada — rota explorada em transporte aéreo regular com uma oferta de servigo ndo inferior a uma frequéncia semanal de ida e volta. CAPITULO I Artigo 3.° Licenclamento 1 —0 exercicio da actividade de transporte aéreo re- gular internacional depende da titularidade de licenca 2—A licenga é atribuida por despacho do ministro com competéncia na area da aviagao civil. 3 — No despacho de atribuigao de uma licenca pode “a autorizagdo para a exploracao de uma rota ser con- icionada satisfagdo de requisitos impostos pelo in- teresse piblico. Artigo 4.° Processo adminisrutivo © proceso administrativo relativo a cada licencia- ‘mento sera organizado pela Direceao-Geral da Aviacdo Civil (DGAC), que 0 submeterd’a despacho ministe- rial, acompanhado do seu parecer.

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