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PREFEITURA MUNICIPAL DE _ARARAS {ESTADO DE KO PAULO REGISTRO DE LEIS 064 LEI COMPLEMENTAR N? 3.901, DE 06 DE OUTUBRO DE 2006 DISPOE SOBRE O PLANO DIRETOR DO MUNICIPIO DE ARARAS, SUAS NORMAS DISCIPLINADORAS E DA OUTRAS PROVIDENCIAS, LUIZ CARLOS MENEGHETT, Prefeito Municipal de Araras, Estado de Sao Paulo, no uso de suas atribuigdes legais faz saber que a Camara Municipal aprovou e é sancionada e promulgada a seguinte Lei: TiTULO! DOS PRINCIPIOS E OBJETIVOS CAPITULO | DOS PRINCIPIOS BASICOS Art. 1°). — Em atendimento as disposigdes dos artigos 182 e 183 da Constituiggo da Republica Federativa do Brasil, 20 capitulo Ill da Lei Federat 10.257, de 10 de julho de 2001 ~ Estatuto da Cidade, @ do artigo 144 da Lei Organica do Municipio de Araras, fica instituido o' PLANO DIRETOR DO MUNICIPIO DE ARARAS, consubstanciado nas disposigdes desta Lei ‘Complementar, devendo suas regras serem observadas pelos agentes puiblicos privados, queratuam no Municipio de Araras, na construgao e gestao da cidade. Art. 2°) — O Plano Diretor do Municipio é o instrumento bésico da politica de desenvolvimento e expansdo urbana, para ordenar o desenvolvimento fisico- territorial do Municipio, direcionar suas. fungSes sociais, econémicas e administrativas, assim como garantir 0 bem-estar de seus habitantes © a preservacdo do meio ambiente. Art. 3°) - As transformagées urbanas promovidas pelo poder publica e pela iniciativa privada deverdo obedecer objetivos, diretrizes, programas e metas estabelecidos pela lei do Plano Diretor e pelas normas da legisiagao ‘complementar. Paragrafo Unico - O planejamento @ a execugao de obras e servigos publicos municipais sero expressos no Orcamento Plurianual de Investimentos, de acordo com as diretrizes, programas e prioridades estabelecidas pela Administragao Municipal f PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS ESTADO DESO PAULO REGISTRO DE LEIS 065 CAPITULO I |ETIVOS Art. 4°) - O Plano Diretor do Municipio de Araras tem como objetivos: |. Promover 0 desenvolvimento sustentavel que harmonize as atividades econémicas com a qualidade de vida da populagdo e a preservacao do ambiente natural e cultural; Promover as politicas setoriais, compatibilizando 0 desenvolvimento urbano com a protedo do meio ambiente, através de sua utilizagdo racional, voltada 4 conservacao e recuperagao do patriménio natural, em beneficio das atuais e futuras geracées; Promover 0 ordenamento territorial ¢ a implantagao de éstruturas urbanas adequadas as fungSes sociais e ao atendimento das necessidades da populagao; Promover a distribuicéo justa @ equilibrada da infra-estrutura e dos servigos piblicos, repartindo as vantagens e énus decorrentes da urbanizagao; Promover programas de inclusdo e de atendimento a pessoas com deficiéncia; Dar continuidade ao processo de planejamento e controle, que ‘acompanha o desenvolvimento urbano de Araras, compreendendo 0 parcelamento, 0 uso e a ocupaco do sole urbano, |. Proteger os recursos naturais da atmosfera, das Aguas superficiais e subterréneas, do solo, da flora e da fauna; Racionalizar 0 emprego dos recursos publicos municipais; IX. Fomentar a satide, educacao, cultura, turismo, esporte e lazer; X.. Estimular a populagdo para a defesa dos inleresses coletivos, reforgando 0 sentimento de cidadania e 0 reencontro do habitante com a cidade; XI. Estimular 0 desenvolvimento industrial, sem prejuizo de politicas especificas de incentivo & agropecuaria tradicional do Municipio; XII. Democratizar a gestéo do Municipio, criando instancias para a Participago da sociedade civil e dos cidadaos nas decisdes sobre as transformagées urbanas; e XII. Garantir mecanismos | de participago da comunidade no planejamento urbano e na fiscalizagao de sua execugdo. ar. 5°) — So partes integrantes desta lei os seguintes Anexos: Divis&o Territorial em Areas Integradas (escala 1:50.00); i Quadro do Sistema Vidrio Municipal; itl, Caracteristicas Geométricas das Vias; IV. Eixos Vidrios Estruturais (escala 1:10.000); V. Planta do Sistema de Estradas Municipais (escala 1:50.00); VI. Planta do Sistema Vidrio Urbano e de Expansao Urbana (escala 1:20.000); Vil. Planta do Perimetro Urbano (escala 1:10.00); Vill. Planta de Expansao Urbana (escala 1:25.00); IX. Plantas das Zonas Especiais de Nucleos Rurbanos ~ ZENUR (escala 1:2.000); X. Glossério de palavras, siglas e termos utilizados nesta lei PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAS {ESTADO DE sO PAULO aoe REGISTRO OE LEIS 066 L § 1°) ~ Todos os anexos ficaréo arquivados na Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente e as cépias terdo validade com a rubrica do Secretario da referida pasta. § 2) - Fica inserido no Anexo |, as localizagées dos seguintes equipamentos: a) nova Cadeia Publica, Centro de Ressocializagao — C.R. ou Centro de Detencao Proviséria - C.D.P., préxima da divisa com Rio Claro, lado direito da Rodovia Wilson Finardi (SP-191), sentido Araras/Rio Claro; b) ampliagéo do cemitério municipal e estudos sobre a viabilidade de construgao de crematério municipal, entre a Rua dos Tupis e Av. Camille Flamarion; ©) novo aterro sanitério, entre a Usina de Reciclagem e Compostagem de 1ixo, estrada municipal Luiz Segundo D'Alessandri e a Via Novela. ) terminal intermodal préximo da Estrada Municipal ARR-272 e 0 antigo Ieito da estrada de ferro, zona sudoeste. § 3°) - Fica inserido no Anexo Vill, a zona de protegao de mananciais para a nascente localizada entre a Rodovia Wilson Finardi (SP-191) e Via Novela, faixa de 500 metros de cada lado do sistema viario existente. Art. 6°) — Os anexos citados no artigo anterior seréo atualizados periodicamente, para que se tenha a Visdo exata da situagdo fisica do Municipio de Araras. TITULO II DO DESENVOLVIMENTO E POLITICA MUNICIPAL CAPITULO DAS DISPOSIGOES GERAIS Art. 7°) — O Plano Diretor do Municipio de Araras tem como finalidade assegurar a organizaco racional das estruturas urbana, de expans&o urbana e tural, capacitando-as a atender plenamente as fungdes de habitar, trabalhar, recrear e circular. | Pardgrafo tinico.— Sao principios fundamentais deste Plano Diretor: 1. Elevar a qualidade do ambiente urbano e rural, através da preservapo dos recursos naturais e da protegao do patriménio hist6rico, artistico, cultural, urbanistico e paisagistico; Promover e tomar eficientes, em termos sociais, ambientais, urbanisticos e econémicos, os investimentos dos setores piblicos e privados; Prevenir’ abusos no aproveitamento econémico da propriedade urbana e rural, impedindo o uso especulativo da terra, assegurando a fungdo social da propriedade; | Possibilitar a participagdo da iniciativa privada em agées relativas 20. processo de urbaniza¢ao, mediante o uso de_ instrumentos urbanisticos; PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS {ESTADO DE AKO PAULO REGISTRO DE LEIS 067 Implantar legislagao urbanistica baseada no interesse pablico; Diversificados, quando de interesse publico e compativeis com os objetivos das fungées sociais do Municipio. Art. 8°) - Para atender as suas finalidades, sao sistematizados os ‘elementos componentes da estrutura fisica do Municipio, da seguinte forma: |. Politica de Preservagao; HI, Diviséo Territorial em Areas Integradas; Ill. Sistema Vidrio Municipal; Art. 9°) — A localizago de qualquer equipamento comunitério, como unidade escolar ou infantil, sadde, seguranga, pragas, area de recreago e esporte, seguird as diretrizes dadas pela Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente, ouvidos os demais érgdos componentes da Prefeitura. CAPITULO I DA DIVISAO TERRITORIAL EM AREAS INTEGRADAS SEGAO! DO MACROZONEAMENTO Art. 10) — O Macrozoneamento fixa as regras fundamentais de ‘ordenamento do territério, tendo como referéncia as caracteristicas dos ambientes natural e construido. Art. 11) ~ Para faciltar 0 planejamento © a execugéo dos servicos e das obras necessarias ao bem-estar da comunidade, 0 Municipio de Araras fica ido em trés macrozonas de fungSes complementares: Macrozona de Preservagao Ambiental Permanente (area rural); Macrozona de Adensamento Urbano e Preservagdo do Patriménio Histérico (érea urbana); e Macrozona de Expansao Urbana. § 1°) — A delimitagao das 4reas a que so refere o caput deste ‘tiga é apresentada no conjunto de plantas e mapas definidos no artigo 5° desta lei. § 2°) - Em todas as macrozonas seréo preservados os Patriménios Histérico e Cultural, bem como o Ambiental Permanente. Art. 12) — A rea rural compreende todos os terrenos do Municipio, ‘exciuindo-se as areas urbanas e de expansdo urbana. Art. 13) ~ A area urbana é aquela compreendida dentro dos limites do perimetro urbano @ especificada na planta referente a divis&o territorial em areas integradas, considerando-se as delimitagdes expostas nesta lei, em especial o Anexo Vil - Planta do Perimetro Urbano (escala 1:10.000). Paragrafo unico — As alteragdes dos limites da érea urbana, qu necessério, serdo efetuadas mediante lei especifica. PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS {ESTADO DE EAD PAULO REGISTRO DE LEIS 068 Art. 14) — As areas de expanséo urbana compreendem os) terrenos destinados ao crescimento normal do aglomerado urbano a serem ocupados por edificagées continuas, em vazios urbanos ou em faixas de terras que contoram a linha limitrofe do perimetro urbano, de acordo com 0 Anexo Vill desta lei. Pardgrafo Unico - Os terrenos destinados a Chédcaras e Sitios de Recreio, os terrenos regularizados e os destinados regularizagéo dos parcetamentos na faixa de 1 (um) km ao longo do Rio Mogi-Guagu e os Nucleos Rurbanos e Industriais teréo caracteristicas de éreas de expansdo urbana Art. 15) — As macrozonas previstas no artigo 11, ficam divididas nas seguintes zonas: § 1°) — A Macrozona de Preservagéo Ambiental Permanente — ZONA RURAL, fica assim subdivicida: a. Zona de Preservagao Permanente - ZOPP; b. Zona de Uso Sustentavel - ZUS; ©. Zona de Protegao de Atividades Agricolas ~ ZOPAG; e ¢. Zona de Protegao de Mananciais - ZPM. § 2) ~ A Macrozona de Adensamento Urbano e Presérvagao do Patriménio Histérico - ZONA URBANA, fica assim subdividida a._Zona Especial de Preservagdo do Patriménio Arquiteténico e Cultural — ZEPAC (ZEPAC1, ZEPAC2 e ZEPAC3, b. Zona Exclusivamente Residencial — ZER (ZER1 e ZER2); ¢. Zona Predominantemente Residencial — ZPR; 4. Zona Mista - ZM (ZMC - central e ZMG - geral); e. Zona Industrial, Comercial e de Prestago de Servicos — ZI; f. Zona Urbana de Preservago Permanente — ZUPP; 9g. Zona Especial de Protecdo Permanente — ZEPP; h. Zona Especial de Interesse Social - ZEIS; i. Zona Especial de Transporte — ZETR; e i. Zona institucional - Zinst; § 3°) — A Macrozona de Expansdo Urbana fica assim subdividida: a. Zona de Expansdo Urbana —ZEU; b. Zona Especial do Aer6dromo — ZEA; e ¢. Zona Especial de Nucleos Rurbanos - ZENUR. § 4°) ~ Lei especifica definird o uso e a ocupagao em cada zona. ‘SECAO I MACROZONA DE EXPANSAO URBANA SUBSECAO! f DA ZONA DE EXPANSAO URBANA ~ ZEU Art, 16) - A Zona de Expansdo Urbana é poreo territorial do Municipio destinada 20 crescimento normal do aglomerado urbano a ser ocupado por PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS. {ESTADO DE $KO PAULO REGISTRO DE LEIS 069 ‘edificagées continuas, nos termos do artigo 14. Anexo Vill desta lei SUBSEGAO II DAS ZONAS ESPECIAIS DE NUCLEOS RURBANOS — ZENUR Art. 17) ~ Sao Zonas Especiais de protegdo aos Nucleos Rurbanos do Municipio de Araras, conforme termos do Anexo IX, os seguintes locais: 1 Nucla S20 Bento, com raio de 500,00 (quinhentos) m a partir. do centro da Igreja Sao Bento — Anexo IX-A; 1 Nucleo Elihu Root, com raio de 500,00 (quinhentos) m a partir do centro da Igreja Sao Sebastiao — Anexo IX-B; Ncleo Morro Grande, com raio de 500,00 (quinhentos) m a partir do centro da Igreja Santa Luzia ~ Anexo IX-C; Nuicleo Marimbondo, com raio de 500,00 (quinhentos) m a partir do centro da Igreja Sao José — Anexo IX-D; e Nucleo Caio Prado, com raio de 500,00 (quinhentos) m a partir do centro da Igreja Nossa Senhora Aparecida — Anexo IX-E. Art. 18) - Nas Zonas Especiais de protegdo aos Nucleos Rurbanos do Municipio de Araras, com caracteristicas de area de expanséo urbana, lei municipal especifica definiré o Parcelamento, Uso e Ocupacao do Solo. CAPITULO Ill DO SISTEMA VIARIO MUNICIPAL. SEGAOI DA HIERARQUIA Art. 19) - O sistema viério municipal compreende a seguinte hierarquia de Via de Conexdo Regional - representada pela Rodovia Anhanguera (SP-330); Via de Conexéo Sub-Regional - representada pela Rodovia Wilson Finardi (SP-191); Vias Rurais - representadas pelas rodovias municipais que servem & Zona Rural: categorias G-12 (18,00 metros) e G-13 (28,00 metros); Vias Perimetrais - representadas pelas vias coletorase distribuidoras, que se fecham em circulo em relagéo ad Centro urbano: categorias G-8 (37,00 metros) e G-11 (60,00 metros); Vias Perimetrais Marginais - representadas pelas vias colétoras e distribuidoras, que se fecham em circulo em relagéo ao Centro urbano: categorias G-9 (50,00 metros) e G-10 (92,00 metros — excluido 0 Ribeiro das Araras); . Vias Radiais - representadas pelas vias que cortam as perimetrais em diregdo & Zona Rural: categorias G-5 (15,00 metros), G-6 (18,00 metros) © G-7 (28,00 metros); Vias Urbanas Principais - representadas por todas as demais vias existentes na malha vidria urbana, categoria G-4 (14,00 metros), excetuando-se aquelas dos nuicleos habitacionais, PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS 'E5TADO DE sho PAULO == REGISTRO DE LEIS 070 Vias Urbanas Secundérias - representadas pelas vias que compéem a malha urbana dos nticleos habitacionais e loteamentos fechados, categorias G-2 (11,40 metros) e G-3 (12,70 metros); Vias Urbanas de Pedestres - representadas pelas vias destinadas exclusivamente ao tréfego de pedestres: categoria G-1 (4,00 metros); Ciclovias - vias destinadas ao uso exclusivo por bicicietas,|de duas m&os de direcdo, separadas das vias destinadas a0 tréfego motorizado, na largura minima de 2,50 (dois virgula cinquenta) m; Ciclofaixas - faixas contiguas as faixas de tréfego motorizado destinadas a0 uso exclusivo por bicicletas, em unica m&o de diregao, demarcadas na largura minima de 1,20 (um virgula vinte) m; Paragrafo tnico - A critério da Administragao Publica Municipal poderao ser desenvoividas larguras de avenidas e ruas diferentes das acima citadas, para acomodar situagées existentes ou especi . |. Faixa exclusiva para tréfego de veiculcs de transportes coletivos conforme as caracteristicas técnicas adequadas determinarem, SEGAO A NOMENCLATURA Art. 20) — O sistema vidrio urbano, composto pelas vias relacionadas na seco anterior, recebera denominacao individualizada, cbedecende ao seguinte critério: |.__ Tomando-se como centro geométrico do nticleo urbano 0 marco do IBGE existente na Praca Bardo de Araras, procede-se a divisdo da cidade em 4 (quatro) quadrantes, limitados pelos pontos cardeais-da rosa-dos- ventos, sendo: a. Norte - Quadrante NO e NE; b. Sul - Quadrante SE e SO; c. Leste - Quadrante NE e SE; d. Oeste - Quadrante NO e SO. Paragrafo Unico — Priorizar um formato de denominagao de cédigos de nominagao de vias adotados para identificagao de ruas, avenidas, estradas, alamedas, etc, contendo as seguintes informagdes a partir da Praga Bardo de Araras, marco zero. ° Art. 21) - As vias perimatrais, antes da sua denominagao oficial, serao denominadas pela letra "P", acrescentando-se um algarismo romano de ordem crescente, partindo do centro para a periferia. Pardgrafo Gnico — Quando uma mesma via perimetral der continuidade a parte de outra via perimetral, sua denominagao sera acrescida por urha letra maitiscula. Art. 22) — As vias radiais, antes da sua denominagao oficial, ad denominadas pela letra “R" mais 0 nome do ponto cardeal correspondente ao PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS "ESTADO DE.AKO PAULO = REGISTRO DE LEIS 071 quadrante em que se encontrarem, acrescentando-se um algarismo ardbico de fordem crescente, partindo do Centro para a periferiae o gabarito das mesmas. Paragrafo tnico - Quando uma mesma via radial atravessar mais de um quadrante, sua denominagao corresponded ao quadrante em que estiver 0 seu maior trecho. SEGAO Ii DO SISTEMA VIARIO RURAL Art, 23) - O sistema vidrio rural é constituido pelas vias de categoria G-12 G-13, constantes da planta oficial a que faz mengao 0 Anexo V do artigo 5° desta lei. | Paragrafo tnico — A critério da Administragao Publica Municipal poderéo ser desenvolvidas larguras de vias ou estradas diferentes das acima citadas, para acomodar situagées existentes ou especiais Art. 24) - Para abertura de estrada de uso piiblico no territério deste Municipio, constituindo no futuro frente de glebas ou terrenos, 6 obrigatéria a solicitagao de Certidao de Diretrizes. § 1°) - A Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo|e Meio ‘Ambiente fomecera as diretrizes para abertura de estrada ou no, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, a partir do protocolo do pedido do interessado. § 2*) - O pedido de abertura serd feito por meio de requerimento dirigido 20 Prefeito, instruido com os seguintes documentos: 1. Certidao de Diretrizes autorizando a abertura de estrada; IL Titulo de propriedade dos iméveis marginais a estrada; Planta da faixa de dominio da estrada projetada, escala |1:2.000, contendo levantamento planiaitimétrico, com curvas de nivel de 5 (cinco) em § (cinco) metros, suas divisas e suas inlersegdes, com as vias existentes, além de indicagao. dos acidentes geograficos e demais elementos que identifiquem e caracterizem a referida faixa, ‘com localizag&o da retirada técnica das aguas pluviais; Perfis longitudinal e transversal da estrada projetada, nas escalas 1:1.000 e 1:100, respectivamente; e ‘Termo de consentimento de todos os proprietarios de terras por onde passara a estrada. § 3°) - A planta 6 os perfis a que se referem os incisos do parégrafo anterior sero assinados por profissional legaimente habiltado. § 4°} — Apés exame do projeto pelas Secretarias Municipais de Infra- Estrutura e Agricultura e de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente, a tramitagao obedecera a seguinte ordem: a. —_Expedigao do alvara de construgao da estrada; PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAS ‘TADO DEMO PAUIO == REGISTRO DE LEIS 072 Conellidas as obras, 08 interessados darBo ciéncia de sou término mediante requerimento; Apés vistoria e aceite pela Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Agricultura, a Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente expedird a aprovacdo definitiva na planta respective; ‘Ap6s a aprovago definitiva, os proprietérios dos terrenos: indeiros faréo — doagéo & Municipalidade da érea utiizada e das obras executadas. 1 § 5° - Fica reservado & Municipalidade o direito de exercer tite dos servigos e obras de construgo da estrada projetada. § 6° — A doagdo seré formaiizada em documento publico devidamente transcrito no Registio de Iméveis, sem que haja qualquer indenizago por parte da Prefeitura, § 7° - O planejamento para construigéo de estradas rurais deverd contemplar 0 escoamento das Aguas pluviais ao longo do leito carrogavel de forma técnica, nos témos da legislagao vigente. Art, 28) — Para aceitacdo © oficializagéo, por parte da Prefeitura, de estradas ja existentes, 6 indispensavel que as mesmas preencham ou tenham condigSes de preencher ‘as exigéncias técnicas estabelecidas nesta lei. Paragrafo injco - A doagdo da faixa de que trata o presente artigo sera feita pelos proprietérios das glebas ou terrenos majginais & estrada, mediante documento piiblico Hevidamente transcrito no Registro de Iméveis, sem énus Para Municipio, | | Art. 26) ~ As|estradas ou caminhos dentro de estabelecimento agricola, Pecuaric ou agroindustrial, que forem abertos ao transite pliblico, obedeckrao aos Fequisitos técnicos jcomespondentes sua fungo no sistema de estradas mmunicipais, havendolobnigaloriedade de comunicagao a Prefeltura, para efeito de aceitagao e oficializagao, § 1° — A esttada ou caminho a que se refere o presente artigo sera gravada pelo propritario como servidéo publica, mediante instruments’ publico devidamente ransento no Registo de iméveis, § 2° A serviddo publica de que trata 0 pardgrafo anterior s6 potleré ser extinta, cancelada oy alterada, mediante lei especifica §3°-Os carinnos abertos dentro de estabelecimento agricola, pecudrio ou agroindustrial, quando. utilizados exclusivamente para escoamento dos bens que produzem, nao! esto sujeitos as exigéncias deste artigo, a menos que ganhem destinago publica e como tais sejam reconhecidos pelo poder piblico. Art. 27) — as especificagées técnicas das estradas: municipais; sio as constantes do Anexo II, denominado Quadro do Sistema Vidrio Municipal e do Anexo Ill, denominado Caracteristicas Geométricas das Vias. PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS ESTADO DE SKO PAULO REGISTRO DE LEIS 073 Art. 28) — As obras-de-arte serdo projetadas e executadas de acordo com as prescrigSes da ABNT e da Prefeitura. Pardgrafo tnico - Nas obras de vao inferior a 5 (cinco) metros, a largura da obra-de-arte deverd corresponder & da pista acrescida do acostamento. Art. 29) ~ As obras necessérias para garantir 0 escoamento das aguas Pluviais sero executadas exclusivamente dentro da faixa de dominio da estrada. § 1° — Nos casos de comprovada impossibilidade de cumprimento do disposto no caput deste artigo, a utilizagao de terrenos particulares lindeiros a estrada dependeré da aquiescéncia de seus proprietarios, ouvida a Secretaria Municipal de infra-Estrutura e Agricultura § 2° - Fica 0 Poder Publico autorizado, nos termos da législaggo ‘especifica, a constituir servidéo para escoamento de aguas pluviais,| quando necessérias pata manutengdo das estradas municipais, indenizando| quando houver prejuizo devidamente comprovado. SECAO IV DO SISTEMA VIARIO URBANO E DE EXPANSAO URBANA Art. 30) ~ O sistema vidrio urbano 6 formado pelas vias de categoria G-1a G-11, representadas @ indicadas na planta oficial escala 1:20.000, denominada Planta do Sistema Vidrio Urbano e de Expansao Urbana, inserida no Anexo VI do artigo 5°. ! § 1°) — As vias de circulacao publica que forem tracadas nos pianos de urbanizag¢éo, apés sua aprovagdo pela Prefeitura e sua inclusio na correspondents planta oficial, passardo a integrar o sistema vidrio urbano. § 2°) — Em qualquer parte da drea urbana e de expansao urbana é proibida a abertura de vias de circulagao publica, sem prévia autorizagao da Prefeitura Art, 31) — As especificagbes técnicas das vias citadas no artigo anterior ‘so as constantes do Anexo II, denominado Quadro do Sistema Vidrio Municipal edo Anexo Ill, denominado Caracteristicas Geométricas das Vias. | Art, 32) - As vias dos projetos de loteamentos devergo articular-se com vias adjacentes oficiais, existentes ou aprovadas de acordo com 0 Anexo Ill, denominado Caracteristicas Geométricas das Vias, e respectiva hierarquia vidria, harmonizando-se com a topografia local, salvo quando as diretrizes permitirem ou ‘exigirem outra solucao. § 1°) — A velocidade maxima permitida para cada via serd indicada por meio de sinalizagao, obedecidas suas caracteristicas técnicas e as condigdes de transito, § 2°) — As vias dos loteamentos seréo classificadas quanto ao tipo de trafego para efeito de dimensionamento do pavimento asféltico e para uma vida Util de 10 (dez) anos sem necessidade de manutengao corretiva em: PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS "ESTADO. DE KO PAULO REGISTRO DE LEIS 074 Muito leve; Leve; Médio; Pesado, Muito pesado; Parada de énibus. § 3°) — As normas procedimentos para o dimensionamento do que trata o pardgrafo anterior sero regulamentados por ato do Chefe do Executive. SEGAOV DOS RECUOS Art. 33) — Toda e qualquer construgdo em terreno lindeiro aos Eixos Vidrios Estruturais, nos termos do Anexo 1V do artigo 5°, tera recuo frontal minimo de 5,00 (cinco) m, ressalvado 0 disposto no artigo 34 desta lei. § 1°) ~ Na faixa do recuo 6 admitida a construgdo de abrigo térreo coberto. para veiculos, desde que tenha estrutura e cobertura independentes de qualquer outra edificagao. 1 § 2°) - Na planta dos Eixos Vidrios Estruturais estéo inserdos os corredores comerciais e de prestacao de servigos, com os recuos devidamente indicados, prevalecendo-se os usos indicados em lei especifica, Art. 34) — No caso de lote de esquina, quando o recuo frontal nao tiver 0 Propésito de alargamento futuro da via, 0 recuo poderd ser dispensado, desde que © veiculo tenha acesso ao imével através de via que nao seja eixo viério estrutural. § 1*) — Para todos os efeitos, neste caso, serd considerada como frente do imével a divisa voltada para a rua utilizada como acesso, medida até o ponto de jungo da curva da esquina com o alinhamento do Eixo Vidrio Estrutural. § 2°) - Eventual mudanga posterior do movimento de acesso de veiculos para o Eixo Vidrio Estrutural ensejaré aplicagdo de sangbes sequentes, culminando na interdigao do imével. § 3°) — Nos lotes de esquina da Zona Industrial, Comercial e de Prestacao de Servigos - ZI, quando se optar pelo recuo no lado maior do terreno, este recuo poderd ser ccupado até o Finite de 50% (cinquenta por cento) do comprimento total. Art, 35) — As dimensdes citadas no Anexo Ill s4o as seguintes: § 1°) — Para os raios das esquinas: a. Angulo de 0° a 60° (sessenta graus) - raio de 5,00 (cinco) m; PREFEITURA MUNICIPAL DE _ARARAS "ESTADO DE so PAULO ast REGISTRO DE LEIS 075 Angulo maior que 60° (sessenta graus) até 90° (noventa graus) - raio de 9,00 (nove) m; Angulo maior que 90° (noventa graus) até 120° (cento e viele graus) -raio de 15,00 (quinze) m; Angulo maior que 120° (cento @ vinte graus) até 150° (conto e cinquenta graus) - raio de 30,00 (trinta) m. § 2° — Para os raios internos das rotatérias, no minimo de: Raio de 10,00 (dez) m quando a via de maior gabarito for uma G-6; Raio de 20,00 (vinte) m quando a via de maior gabarito for uma G-7; Raio de 25,00 (vinte e cinco) m quando a via de maior gabarito for uma 6-8; Caberé a Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente determinar valores maiores quando a situagdo assim 0 exigir. THTULO It DOS INSTRUMENTOS DA POLITICA URBANA CAPITULO | DOS INSTRUMENTOS JURIDICO-URBANISTICOS SEGAOI . 00 PARCELAMENTO, = EDIFICAGAO = OU_—sUTILIZAGAO COMPULSORIOS Art. 36) - So passiveis de parcelamento, edificagao ou. utlizagéo compulsérios, nos termos do artigo 182 da Constituigéo Federal e dos artigos 5° @ 6° da Lei Federal n.° 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, os iméveis nao edificados, subutilizados cu nao utlizados localizados na Macrozona de Adensamento Urbano e Preservagéo do Patriménio Historico — ZONA URBANA, distribuidos na Zona Mista — ZM (ZMC — Central e ZMG ~ Geral), na Zona Predominantemente Residencial - ZPR e na Zona Especial de interesse Social - ZEIS, que se enquadrarem nas condigées seguintes: |. Poder ser realizado 0 parcelamento compulsério em glebas com area igual ou superior a 10,000,00 (dez mil) m?, quando 0 coeficiente de aproveitamente utilizado for igual a zero; Poderd haver edificagéio compulséria nos lotes vagos com dred! igual ou superior a 400,00 (quatrocentos) m, incluindo reas contiguas pertencentes ao mesmo titular do imével, ainda que tenham inscrigdes municipais distintas, desde que no seja o Unico. bem imével do proprietario € © coeficiente de aproveitamento no atingir 0 minimo de 25% da sua area, excetuando: PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAS wTeDO DEMO RMD REGISTRO DE LEIS 076 a. iméveis utilizados como instalagées de atividades econémidas e que do necessitam de edificagdes para exercerem suas finalidades; 'b. iméveis utilizados como postos de abastecimente de veiculos; ¢. iméveis utilizados como estacionamento de veiculos. WW Poderé ser promovida a utilizagio compulséria dos iméveis desocupados hé mais de 2 (dois) anos ou que tenham area edificada menor que 10% (dez por cento) nos terrenos com area maior ou igual 2 1.000,00 (um mil) m#, desde que no seja 0 nico bem imével do proprietario; ' E considerado néo utilizado todo tipo de construgo no perimetro urbano que tenha, no minimo, 80% (oitenta por cento) de sua drea construida desocupada ha mais de cinco anos, ressalvados os casos em que a desocupacao decorra de pendéncias judiciais incidentes sobre 0 imével. Paragrafo Gnico — A forma de utilizago, edificagdo e parcelamenio compulsérios dos iméveis mencionados no caput deste artigo sera definida por lei municipal especifica, que fixara as condigdes e os prazos para a implementagao da referida obrigagao. Art. 37) — Ficam excluidos da obrigagdo estabelecida no artigo anterior ‘somente os iméveis: |. Que exercem fungo ambiental essencial, tecnicamente comprovada pela Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente; e Il. De interesse do patriménio cultural e histérico. Art, 38) ~ Os iméveis nas condigdes a que se refere 0 artigo 36 serao identificados e seus proprietérios notificados, garantida a averbagao no Cartorio de Registros de Iméveis. § 1°) - A notificagao far-se-4 nos termos do pardgrafo terceiro do artigo quinto do Estatuto da Cidade, § 2°) - As edificacées definidas pelos incisos III e IV do artigo 36 desta lei deverdo estar ocupadas no prazo maximo de 1 (um) ano, a partir do recebimento da notificacao, § 3°) — Os empreendimentos de grande porte localizados em |terrenos objeto da notificago prevista no inciso | do artigo 36 desta lei, excepcionaimente poderdo ser executados em etapas em prazo. superior ao previsio, desde que o projeto seja aprovado na integra, juntamente com 0 cronograma de execugao de todas as etapas. § 4°) - A paralisagao das obras ou 0 ndo atendimento do cronograma de ‘obras previsto no pardgrafo anterior, sem justificativa aceita pelo Poder Publico Municipal, implicaré na imediata caracterizagao do imével como n&o edificado, subutilizado, no utilizado ou do parcelado, sujeitando o proprietério as cominagées legais aplicdveis & espécie, nos termos do disposto nesta’ lei ¢.na legislac&o federal pertinente. PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS ‘ESTADO DE AKO PAULO == REGISTRO DE LEIS Art. 39) - A transmissdo do imével por ato inter vivos ou causa mortis, posterior & data da notificagao, transfere as obrigagdes de parcelamento, edificagao ou utilizagao previstas neste Capitulo, sem interrupgdo de quaisquer prazos. Art. 40) - Fica facultado aos proprietarios dos iméveis de que trata este Capitulo, proporem ao Executivo o estabelecimento do Consércio Imobilidrio, conforme disposigdes do artigo 46 do Estatuto da Cidade. SECAO DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO E DA DESAPROPRIAGAO COM PAGAMENTO EM TITULOS DA DIVIDA PUBLICA Art. 41) - Em caso de descumprimento das etapas e prazos estabelecidos no artigo 38 desta Lei, o Municipio aplicara aliquotas progressivas do Imposto Predial e Territorial Urbano — IPTU, majoradas anualmente, pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos, até que o proprietério cumpra a obrigago de parcelar, ‘edificar ou utilizar, conforme o caso. § 1°) — O valor da aliquota a ser aplicado a cada ano serd fixado em lei especifica e ndo excedera a 2 (duas) vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a aliquota maxima de 15% (quinze por cento). § 2°) — E vedada a concessdo de isengdes ou de anistia relativas a tributagao progressiva de que trata este artigo. Art, 42) ~ Decorridos § (cinco) anos de cobranga do IPTU progressivo, ‘sem que © proprietério tenha cumprido a obrigagao de parcelamento, edificago ou utlizagao, 0 Municipio podera proceder & desapropriagao do imével, com pagamento em titulos da divida publica, nos termos do previsto no artigo citavo do Estatuto da Cidade. ‘SECAO Ill DO DIREITO DE SUPERFICIE Art. 43) — O Municipio poderd receber e conceder diretamente ou por meio de seus érgos, empresas ou autarquias, o direito de superficie, nos tetmos do artigo 21 da Lei Federal n.° 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, para viabilizar a implementagao de diretrizes constantes desta lei, inclusive mediante a utilizagao do espaco aéreo e subterraneo. Paragrafo unico — O direito de superficie poderd ser utiizado em todo 0 tertit6rio do Municipio. SEGAO IV j f DO DIREITO DE PREEMPGAO | Art. 44) - O Poder Publico Municipal poderé exercer o Direito de Preempgo para aquisi¢ao de imével urbano objeto de alienacao onerosa PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS ‘ESTADO DE sD PAULO REGISTRO DE LEIS 078 particulares, conforme disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal n° 10.257/2001 - Estatuto da Cidade. Art, 45) - 0 Direito de Preempgdo sera exercido sempre que o Poder Publico necessitar de areas para: { 1. Regularizagdo fundiéria; Il Execugo de programas e projetos habitacionais de interesse social; MW Constituigao de reserva fundiaria; 1V. _ Ordenamento e direcionamento da expansao urbana; V. __ Implantagao de equipamentos urbanos e comunitérios; VI. Criago de espagos puiblicos de lazer e areas verdes; Vil. Criagéo de unidades de conservago ou protecdo de outras areas de interesse ambiental; e Vill. Protegao de areas de interesse histérico, cultural ou paisagistico Art. 48) - As areas em que incidiré 0 Direito de Preempgéo seréo delimitadas em lei municipal especifica, que deveré enquadra-las nas finalidades enumeradas no artigo anterior. Art. 47) — Os iméveis colocados a venda nas reas mencionadas no artigo 46 deverdo ser necessariamente oferecidos a0 Municipio, que tera preferéncia para aquisig20 pelo prazo de 5 (cinco) anos, renovavel a partir de um ano apés 0 decurso do prazo inicial de vigéncia Art. 48) — O proprietério devera notificar sua intengo de alienar @ imével para que 0 Municipio, no prazo maximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse em compré-lo. § 1°) - A notificagdo mencionada no caput sera anexada proposia de compra assinada por terceiro interessado na aquisi¢éo do imével, na qual constardo prego, condigées de pagamento e prazo de validade. § 2°) - A declaracdo de intengao de alienar onerosamente o iméyel deve ser apresentada nos termos do parégrafo primeiro do artigo 27 do Estatuto da Cidade. ' SEGAOV DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR, DE USOS DO ‘SOLO, SUBSOLO E ESPAGO AEREO Art. 49) — © Poder Piiblico Municipal poderé exercer a faculdade de outorgar onerosamente 0 direito de construir, de usos do solo, subsolo e espaco aéreo, mediante contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiério, conforme disposigdes dos artigos 28, 29, 30 e 31 da Lei Federal n° 10.267, de 10 de julho de 2001 — Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos nesta lei. § 1°) — Lei, especifica deverd reguiamentar e disciplinar novos ‘empreendimentos em areas de macrozoneamento estabelecidas no Capitulo Il o Titulo It desta lei, que impliquem na alterago de usos e atividades do “p PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS {ESTADO De KO PAULO REGISTRO DE LEIS estabelecendo critérios contrapartidas por meio da Outorga Onerosa de usos do solo; e | § 2) — Lei especifica devera regulamentar e disciplinar novos empreendimentos em areas de macrozoneamento estabelecidas no Capitulo Il do Titulo II desta lei, que impliquem na utilizago do solo, subsolo e espago aéreo de propriedade publica, mediante critérios e contrapartidas por meio da Outorga Onerosa do Direito de Construir e usos do solo, subsolo e espago aéreo. Art. 60) ~ As areas passiveis de receber a Outorga Onerosa so aquelas localizadas na Macrozona de Adensamento Urbano e Preservacao do Patrimonio Histérico ~ ZONA URBANA, distribuidas na Zona Especial de Preservacdo do Patrim6nio Arquitet6nico © Cultural - ZEPAC (ZEPAC1, ZEPAC2 e ZEPAGS), na Zona Predominantemente Residencial - ZPR_e na Zona Mista - ZM (ZMC - Central e ZMG — Geral), onde 0 direito de construir poderé ser exercido acima do permitido pela aplicagzio do coeficiente de aproveitamento basico até o limite estabelecido pelo uso do coeficiente de aproveitamento maximo. Pardgrafo Unico - A concesséo da Qutorga Onerosa para a Zona Especial de Preservagao do Patriménio Arquiteténico e Cultural — ZEPAC (ZEPAC1, ZEPAC2 e ZEPAC3), devera respeitar as normas e os gabaritos de altura do COMPHAC @ CONDEPHAAT, conforme o caso. Art. 51} — Lei especifica estabelecerd condigdes a serem observadas para a Outorga Onerosa do direito de construir e alteragao de uso, nos termos do artigo 30 do Estatuto da Cidade. Art. 62) - A contrapartida poder ser substituida por obras de infra- estrutura nas ZEIS, nos termos da legislagao especrfica SEGAO VI DAS OPERAGOES URBANAS CONSORCIADAS Art. 63) ~ Considera-se Operagao Urbana Consorciada 0 conjunto de intervengées @ medidas coordenadas pelo Poder Publico Municipal, com a Participag&o dos proprietérios, moradores, usuarios permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcangar em uma area especifica transformagdes urbanisticas estruturais, melhorias sociais e valorizagao ambiental. Paragrafo dnico - Poderéo ser previstas nas Operagées Urbanas Consorciadas, entre outras medidas, a modificago de coeficientes e caracieristicas de parcelamento, uso @ ocupagao do solo e subsolo, bem como alteragées das normas edilicias, considerado o impacto ambiental delas decorrente. - Art. 54) — A Operaco Urbana Consorciada com o perimetro devidamente delimitado na Macrozona de Adensamento Urbano e Preservagao do Patriménio Histérico - Zona Urbana, seré criada por lei_municipal especifica, atendendo todos og requisitos do artigo 33 do Estatuto da Cidade. SEGAO vit PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS ‘ESTADO DE &K9 PAULO ae REGISTRO DE LEIS DA TRANSFERENCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR Art. 55) - O proprietério de imével localizado na Macrozona Urbana poderé exercer em cutro local, passivel de receber o potencial construtivo, ou alienar, total ou parcialmente, o que néo foi utilizado no proprio lote, mediante prévia autorizagao do Poder Executivo Municipal. Art. 56) — As condigées relativas aplicacdo da transféréncia do direito de construir sero estabelecidas em lei municipal especifica, atendendo todos os Fequisitos do artigo 35 do Estatuto da Cidade. SEGAO Vill DO CONSORCIO IMOBILIARIO Art. 57) — O Poder Puiblico Municipal poderé aplicar o instrumento do cons6rcio imobiliério além das situagdes previstas no artigo 46 da Lei Federal n° 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, para viabilizar empreendimentos habitacionais Ge interesse social (HIS) na Macrozona de Adensamento Urbano e Preservaco do Patriménio Histérico - ZONA URBANA, distribuidos nas Zona Mista — 7M (2MC — Central e ZMG — Geral), Zona Predominantemente Residencial — ZPR e Zona Especial de Interesse Social - ZEIS. § 1°) — Considera-se consércio imobiliério @ forma de viabilizagdo de planos de urbanizagdo ou edificagao, por meio do qual o proprietério transfere ao Poder PUblico Municipal 0 seu imével e, apés @ realizagdo das obras, recebe como pagamento unidades imobilidrias devidamente urbanizades ou edificadas. § 2°) - © proprietério que tansferir seu imével para a Prefeitura nos termos deste artigo receberé, como pagamento, unidades imobilidrias devidamente urbanizadas ou edificadas. Art, 58) - O valor das unidades imobiliérias a serem entregues ao proprietario serd correspondente ao valor do imével antes da execugao das obras @ deverd: |. Refletir 0 valor da base de céiculo do IPTU, descontado o montante incorporado em fungao das obras realizadas pelo Poder Publico no local; e |. Nao ‘computar expectativas de ganhos, lucros cessantes |e juros compensatérios. SEGAO 1K DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANCA. Art. 58) — Os empreendimentos que causam grande impacto urbanistico e ambiental, adicionalmente ao cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislacao urbanistica, teréo. sua aprovagao condicionada & apresentagdo do Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV) ao Poder Executivo. § 1°) — No caso de empreendimentos privados, 0 EiV devera ser elaborado pelo empreendedor. f PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS "ESTADO DE AKO PAULO REGISTRO DE LEIS 081 § 2) ~ 0 EIV seré analisado pela Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente, ouvidos o Grupo Interdisciplinar de Andlise ~ GIA demais érgéos da Administragao envolvidos. § 3°) — Poderéo ser dispensados de elaborago do EIV os empreendimentos sujeitos a elaboragao de Estudo de Impacto Ambiental - EIA, Nos termos da legislago ambiental pertinente. § 4°) ~ Relatorio de Impacto de Vizinnanga — RIV 6 0 relatorio sobre as Tepercussées significativas dos empreendimentos sobre o ambiente urbano, apresentado através de documento objetivo e sintético dos resultados do ElV, em linguagem adequada e acessivel & compreensdo dos diversos segmentos sociais. § 5°) — Dacreto do Poder Executive Municipal regulamentard as formas de apresentacao, processo de tramitacdo e prazos de validade, elaboracéo e apresentagéo do Estudo de Impacto de Vizinhanga — EIV e seu Relatério de Impacto de Vizinhanga - RIV. Art. 60) - O Relatério.de Impacto de Vizinhanca — RIV deve atender, no minimo, 08 seguintes requisitos: 1. Cépia das Anotagdes de Responsabilidade Técnica (ARTs) dos responséveis técnicos habilitados; I Relatério do uso especifico a que se destina o imével; i WI. Descrigéo das areas, vagas de veiculos e nimero de pessoas esperadas; WV. _Situagao do sistema viario; V. _ Destinago final dos residuos sélidos; Vi. Proximidade dos cursos d'agua; Vil. Forma de infiltragao e destinagdo das éguas pluviais. Vill, Area construida; IX. Projeto de urbanizagao; X. _Estimativa do consumo de agua, energia elétrica e geragao de residuos; XI. Previsao de impacto sobre a paisagem ambiental, | Xil. Previs&o de tipos de poluigao (ambiental, sonora e visual) e outros, Xill, Projeto de acessibilidade a portadores de necessidades especiai XIV. Previsdo de servigos piblicos comunitérios. Pardgrafo nico - Caso o imével esteja situado em via principal do sistema vidrio, devera o empreendedor apresentar opg&o principal de entrada por vias adjacentes. Art. 61) - Para efeito desta lei, consideram-se empreendimentos de impacto aqueles que apresentarem uma das seguintes caracteristicas: | 1. Area construida superior a 1.500.00 (um mil e quinhentos) m#, exceto templo religioso, situada na Macrozona de Adensamento Urbano @ Preservago do Patriménio Histérico - Zona Urbana, distribuida nas Zonas Especiais de Preservacéo do Patriménio Arqtetenico e C PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS ESTADO DE SKO PAULO = REGISTRO DE LEIS 082 Cultural - ZEPAC (ZEPAC 1, ZAPAC2 e ZAPAC3) @ na Zona Mista Central - ZMC. II. Projetos de parcelamento do solo que ‘esultem em mais de 200 (duzentos) lotes; : lll, Empreendimentos resultantes da aplicagéo dos _instrumentos urbanisticos como Transferéncia do Direito de Construir, Outorgas Onerosas e OperagSes Urbanas Consorciadas; IV. Empreendimentos com dimens&o de testada de quarteiréo ou area maior que 5.000,00 (cinco mil) m?, situados na Macrozona de ‘Adensamento Urbano e Preservagao do Patriménio Histérico — ZONA URBANA, distribuidos nas Zonas: Mista Geral ~ ZMG, Prodominantemente Residencial — ZPR e Especial de Interesse Social ~ZEIS; V. Empreendimentos com guarda de veiculos que comportem mais de 100 (cem) vagas ou garagens comerciais com mais de 50 (cinqiienta) vagas; VI, Empreendimentos que apresentem relevancia para o interesse puiblico @ que demandem alterar o perimetro urbano, delimitagdes das zonas, modalidades diferentes de coeficientes ou que apresentem normas préprias de uso do solo; e VIEmpreendimentos que coloquem em risco a integridade dos recursos naturals, podendo afetar a fauna, a flora, os recursos hidricos @ comprometer 0 sistema e 0 controle de drenagem. Art. 62) — Para efeito desta lei, além das caracteristicas relacionadas no artigo anterior sero considerados de impacto aqueles que envolvem a implementagao dos seguintes equipamentos urbanos: 1. Aulédromos e Hipédromos; Nl. Cemitérios e Necrotérios; ll, Complexos esportivos, chibes recreativos ou desportivos, com quadras cobertas ou ndo, e similares, com horario de funcionamento que se estenda apés as 22 horas; \ IV. Estabelecimentos de lazer e diversdo com atividade de musica 20 vivo ou mecnica que se estenda apés as 22 horas; V. Matadouros e Abatedouros; Vi. Presidios, Quartéis e Corpo de Bombeiros; VIl.. Terminais Rodoviarios, Ferroviérios e Aerovidrios; @ Vill. Terminais de Carga. Pardgrafo Unico — Poderdo ser definidos, através de lei municipal, outros empreendimentos e atividades que dependerao de elaboragao do EIV para obter licengas ou autorizacdes de construgo, ampliagéo ou funcionamentto. | Art. 63) - O EIV deveré contemplar os aspectos positivos e negativos do empreendimento sobre a qualidade de vida da populagao residente ou usuaria da &rea em questéo e seu entomo, devendo inciuir, no que couber, andlise proposigao de solugdo para as seguintes questées: I Adensamento populacional, 1 Equipamentos urbanos e comunitérios; Ill, Uso @ ocupagao do solo; IV. Valorizacdo imobiliéria; A : i PREFEITURA MUNICIPAL DE_ARARAS 'ESTADO_DE KO PAULO REGISTRO DE LEIS 083 V. Gerago de trafego e demanda por transporte public; Vi. Ventilagao e iluminacao; Vil. Paisagem urbana e patriménio natural e cultural; Vill. Capacidade de infra-estrutura de saneamento § 1° - Também poderdo ser analisadas e proposias solugdes de impactos referentes a: a. Equipamento urbano:. especialmente 0 consumo de aqua e de energia elétrica, bem como geragao de residuos sélidos, liquidos efiuentes de drenagem de aguas pluviais, Equipamentos comunitérios, especialmente os de sauide e educagao; Sistema de circulagao e transporte, incluindo, entre outros, trafego gerado, acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque @ desembarque; d. — Poluig&o sonora; @. Gerago de residuos sélidos. os § 2°— Devero ser definidas no EIV as medidas mitigadoras dos impactos negativs, bem como aquelas intenscadoras dos impacios positvos. | Art. 64) — O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos negativos a serem gerados pelo empreendimento, podera solicitar como condigao para aprovacdo do projeto alteragSes e complementacées no mesmo, bem como a execugao de melhorias na infra-estrutura urbana e de equipamentos comunitarios, tais como: |. Melhoria ou ampliagao das redes de infra-estrutura urbana; ll. Area de terreno ou drea edificada para instalago de equipamentos ‘comunitérios em percentual compativel com 0 necessario para o atendimento da demanda a ser gerada pelo empreendimento} UL Ampliagéo e adequagao do sistema vidrio com a: aqui implantagao de equipamentos e sinalizagao de transito; IV. Protegée actistica, usos de filtros e outros procedimentos que minimizem incémodos da atividade; V. _Percentual de habitagdo de interesse social no empreendimento; VL. Possibilidade de construgao de equipamentos sociais, comunitarios mobilidrios urbanos em locais a serem definidos pelo Poder Publico Municipal; Vil. Drenagem das éguas pluviais acumuladas em funcdo do ‘empreendimento, ico e § 1°— A aprovagao do empreendimento ficaré condicionada a assinatura, ‘em conjunto com 0 Poder Publica Municipal, de Termo de Compromisso em que este se compromete a arcar integralmente com as. despesas decorrentes das obras e@ servicos necessérios @ minimizagdo dos impactos decorrentes da implantagéo do empreendimento e demais exigéncias apontadas pelo Poder Executivo Municipal, executando-as concomitantemente e entregando-as antes da finalizagao do empreendimento, f § 2° - O “Habite-se’, “Aceite” ou Alvard de Funcionamento s6 seréo emitides mediante comprovaco da conclusdo das obras previstas no pardgrafo

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