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DIREITO Culpabilidade por vulnerabilidade EUGENIO RAUL ZAFFARONI* culpabilidade pela vulnerabilidade 1. Marco tedrico geral _gramagdo da contengo ¢ reducdo jurk 0, @ inclusive quanto a sua importancia ¢ locagio: sem remontar-nos a t desuso, basta dizer que ma do tempordnea, enquanto uns consideram que sda por cutras agéncias__pratcamente todo o delito & culpabi ), sendo que somen- de e 0 injusto & uma construgdo que s6 serve de pressupostot, outros praticamente poem & margem da teoria do delitc” ito penal tam sigur teria do dteto bet 7 tabelecer de alguma maneira a co dlio com sun eorseqhen- Com esse bind ode-pena fai -a a dasimetria da conseqhén- Conforme a exposicio convencional do Panorama da culpabilidade, esta se desen- volvew no cur sponder (que alguns ocupa- idade © outros com els conceitos de 0 Estado de direito desapareceria Convertido em puro Estado de pol vizado para passar sucess - Dado que o direito penal somente pee. _tiva com 9 neoks (com 0 conteide imagao da contencao. depurado do finalismo welzeliano} a do exercicio do poder pur coma exigéncia do func! ‘nko ser entendic mao. Em alguma medida podem itérios em grande part te & norma. ntidade da pena, porquepres- verdadeico py blema que coloca a culpabilidade © « ‘methor compreensdo requer ampliar 6 m. 0 referencial até abarcara velha -m enormes disparidades concei ‘denominagdes comuns, senda ne- la que seja provisoria. © sem pretensao de inventar novos linear um programa racional, fem cuja elaboragito sio imeres Mas, quando o diteito penal deve cons- twuir a conexdo punitiva, 6 faz vinculado, intimamente, a0 concelto de pena que sus- tenta e, como & uma construgio exclu - 6 ribura- e cconservando © qual, em fungdo disso, nos properciona esta seu nome ou ainda mudander a chave da erte pela qual atravessa nosso tro que amenize seu sentido penvor ‘aber hd muito tempo e que parece acen- _tamente a referencia « 2, Nao somente existom formidaveis dota de unidade conte ferencas quanto a seu conceito e conted~ uma teoiia do idico. Na teoria do in porém quan- ste desaparece, fica sem guia para cons- a conexao punitiva, Beatrice nto ch 82, © &s vezes parece que inverte 0 cami hho da Commedia e entra no inferno. justo © acompanha d 32 IM. As diversas construgées da conexio punitiva fa pode ser construida fe sua consequente construgio na teo pena". No comeco do século passado op- fava-se por esta segunda variante: von Liszt colégica da culpal pols esta pa- Javea, tanto em castelhano e nas outras line ‘guas de origem latina quanto em alemio, invoca uma dvida, algo que deve se pago' coisas, 05 reincidentes e os habituais sf0 ‘menos culpaveis (reprovaveis) que os pri iio. Por isso, procurou-se construir uma ‘conexdo punitiva a partir da teoria do deli ‘ou diretamente a personalidade do agen- te, nao sendo significativas as variéveis menores destas tees, ‘Aapelagte a Eoidaga6 di vid era um recurso para escquivar a Objecdo de que a ulpabilidade de caréter ou de personal dade pretendia reprovar as caractersticas sia tampouco a lei alernz dos anos tint, tendo em vista que nega o principio da Jegalidade a0 repro ‘Com isso logra construir uma co- ‘nexo punitiva a partir do delito em forma de periculosidade espiritualizada: substi- tuio estado perigoso pelo estado de peca do penal ™ valoragées do julgador ou do grupo dor ante, sem nenhuma verificagao. O ‘um dado veri do perigoso pretendia cével; 0 estado de pecado peral era mero produto de valoragao subjetiva, Nao faltou a tentativa de desdobrar a (Gtrafzumessungss dadeira conexio pt posto que a culpabilida ava de ser um pressupasto, {da culpabilidade de ato pura: menor repro vabilidade a quem maior esforgo requeres- se para controlar a tenso (novamente rein com © normativismo de lianismo® constr6i a conexio punitiva no elit, tendo em vista que nio leva em con- 1a. agente concreto, salvo nas eximentes, ‘que excluf em razdo de que no expressam ‘uma atitude refratéria. A conexéo punitiva ‘conforme 05 principfos da prevencio geral itiva®, através de um conceite de culpa ide que pretende ser descritivo” A disparidade de critérios de constru- ‘$80 da conexo punitiva, sua diferente loca- os rin er aconenemvigncane tne con ams most eres ae re dem conce qo aos ego er pO, es das citncias sociais partir da prevencao especial ique reduzia todas as penas a medi- las, até a prevengio geral positive funcio- nalista (que 58 aproxima 2 razdo de Esta- do), pasando ple neakantismo su-ociden- tno ontologismo etizante, com suas con- penal a um grau do sin que 2 leva a ad Tal fato provoca um esvaziamento ti o-penal. AS proprias provagio perde legitimidade éica quando € dirigida somente 2 uns poucos selecionados centre os mais vulnersveis © grosseiros, , ‘A opsio entre regar esses dados ou aceitar que seve 2 lum poder, que somente & dtil a0 prestigio que con rmitia a empresa globalizadora pi penal sobre a base certa. do direito penal como saber radica em sua ‘capacidade limitadore do poder put cessidade da fungéo penal para preservar 0 uma teoria agndstica da pena, ‘rico da expressdo agndftica ;porém sem apartar-se ndonar as formas da dtica tradicional, © abardno destas formas cond 6 de acabar desivindo 0 prepro con ceito de pessoa, Nio cabecechacar es tando at ot [Néo resta dvida de que na culpabil. dade pelo ato também $9 lea .personalidade, porém em diferente einverso, pols serepcovard aque, fez em fungko de seu caéiogo de posive's substancialmento de seus elementos. A. autor € reprovado 0 que do injusta, fo, uma culpabilidade de ato, conclastes dispares € opastas pabilidade de autor, no legitima 0 exercicio do poder punitivae tamgouco tem contetdo ético, porque & derrubado pelo. daclode selevidade ‘Como a.culpabilidade de ato somente indica, us Maxime, nao pode Sultar deta-a quantidade de poder vo que em cada caso se propor que as agen- por completo a fa ) 0 terceito pom. to que, seja abastado ou pobre o se nado, sempre'o ser com bastante a Tiedade, como qual esta tese nto logra fazer cargo da seletividade estrutural do poder punitivo, com a mera culpabil us ino tomé-lo em conta, somerte indica 0 Timite maximo tolerado por um Estado de direito, que nunca pode pretender sancionar fa seus habitantes pelo que sio, sob pena de de seus julzes. Todavia a dialétice Estado de diretoide policia no se esgota com a exclusio da Porém, as pulsbes do «clo 0 cami- jo punitivafundada nape ‘no caso de se rofugiarem na cule DO stado de policia perdida. uma pos Ato capi deta Leics a cine Kcobbdeponan abet mento em situagao de nautrigio. das € conhecida a sistema penal Fica claro, pois, que 0s tipos penzis Assim, o sistema penal apresenta dite rentes gr de periculosidade para 0s ha- segundo seu status social e sues as pessoais. A sobre-representa- habitantes de bairras margi todos dados verificéveis. A Nos paises periféricos, como os americanos, devido & crescente pol G0 da riqueza™, a maioria da pop. encontra-se em estado de vul 0 a cle. so significa que o mego sats ou es ste wulnerabilidade ni detetmina.a feaido. Nio se seleciona urna pos $24 puro estado de vulnerabiidade, ‘mas poraue se.encontra.em.uma.situacio (Serta de vulperabiidade Farina de mn, deve concarter ng so ee de. $6..é pasivel_o, ) para aleangar a, ind rio até alcancar'a situagdo cancreta de vulnerabilidade. Nao sempre, mas em ‘muitas oportunidades, ag esforgos obede ‘cem & perda de cobertura precedidas por lutas de poder. ) Também sio menos frequentes os ‘2505 de pessoas que, por partirem de urs estado ato, cus a pouco alcangar a sitvagéo de vuinerabilidade, mas mesmo 38 Cabe esclarecer que, em alguns mo- ‘mentos, a selegao criminalizante & da (porque no & mais que sua a ‘onal ¢ também possivel. feréncia a quem menos faz paca ado pelo poder pu er '2-um pequeno esforco iar realidade 0 perige Também & razoavel que nao fique ti ‘mitado 0 poder juridico de contencao a ‘quem fez um esiorgo considerivel pare sa sitvaho cones nsisimos em ee a deus logs de pretrerta Moga 9 de slvago de nav and a salvo razoes de Bu “Slogel que ve de para 0 Stendaam 0 nav ‘Ao considerar que 0 esforgo jurdico en- freata de modo permanente 0 Estado de po- liga, racional que o dreito penal reprove aleanger a situagao le, porque eta in- dena medida em que a pessoa operou con- ta a funglo redutora do poder punitvo do to penal. O esforso pela fae sua contibuigzo pessoal ntes do poder punt 20 esforgo redutor ‘penal Também & verifcavel que as agencias juriticas disptiem de mator espago de con- tengo quando 0 esforgo & menor e vice- 2 Nomar is ep er oferece mata jetar que a cul de ¢ culpabi ‘autos, embora sem Ss ge de que em nenhuim caso to infima que determine a nio-culpal dade penal, Poderos pensar em casos nce) 0 resultado da ide formal, mas nao material- © direito penal programa o ico red Sea conexio punitiva impée a elabora- 0 de um vinculo personalizado entie © 3, entendemos que a resposta mais ‘completa & proporcionada por um concei- to.que respeita a culpabilidade pelo ato e, ‘20 mesmo tempo,-encarrega-se do dado ‘mais destegitimant ‘A conexo punitiva, em uma ‘va penal bascada no concelo agt pena, resulta da sintese de um reprovabilidade baseado no amit {odeterminagao da pessoa no momento do {ato tformulado conforme elementos formais proporcionados pela ética adicional” com © juizo de reprovagao pelo esforgo do agen- tepara aleangar asiuagio de lade de au- sintetiza final da especial quando se trata de um saber to vinculado ao poder. € sabido que 0 dis- ‘curso penal separado da ética deixou & his- ‘ria da humanidade, nos éltimas oitocen- radar de pe © ju passou a serum histo utnos confit, opeando conorme uma mmetodologa tos anos, uma praga de horrores e cadve- Fes. Precisamente por isso, quando evoca- ‘mos nossos peasadores ilustres, nto fem. bramos de Torquemada, today Lardizabal; nunca de quem legitimou com discursos abe senocida yueles que qui fa se sabe bem o que se en tadon., Descartada esta pos fe resta entender que on importam critérios de vaToraea0 eho vale qu cosa Tudo isto requer que Ree ee: SE juiz nfo pode deixar de va ‘caminhos.de.eticizagio nia. sio.transiti= tissimas tens6es inquis Segunda_parte: Algumas notas e esp I, Podem os juizes deixar de valorar? Fa culpabilidade da forma que colacamos. Nos tempos em que a verdade pr As veres se consideram valora diferentes teorias notmativas da ci dade, 20 ponio que se consideram losidade, a causacto psicol ide psicol6gica de von idade do funcionalismo extremo alemio (0 chamado conceito nor. tivo puro} um fato passado © ‘ador, deve valorar. sigdes enunciadas, somente merece aten- 0 8 segunda, ume vee que a insustentavel em nossos . im consticionl que Seto modern izes da fungao impde 0 Estado de No hi vida do que €indefvel a interferénci a lores subjetivos do juiz trod Cceitos pretendidamente desc concei unitive®, se por um lado tangllizam tan. ‘0 05 bonapantstas quanto os garantisias © Proporcionam aos jufzes a ilusdo de seu A seguranga daclisputatio, intengoes de seus cultores, fazem outra coisa seni0 mas. Ccarar a valoragao judicial, No fundo, nao ‘existom.nem. existizam, construgses pexdo, pur Pretendiam que ificasse o grau de probabilidade cconceito que serviu para encobrir aa riedade valorativa do juiz ou do especi lista que produzia o diagnéstico e 0 prog. 42 ‘stico em que o juiz se fundava detegan, do a jurisdicto, Entretanto, cabe pe tabelecer o gray de probabilidade de uma conduta ftura (prog. _éstico). Ainda que dispondo destes dados que nunca foram manipulados® 0 juiz sua funcao vak dado que os percentuats de proba luzise no caso conereto em uma quantidade de pena e essa operacio sempre € valorativa, pois nio se trata dk dove © maxi- ‘mo da pena por com ¢ estabelecenda uma unidade de pena E certo que se teria supri- 10 entanto com nas fixes. Eo mesmo que estbelecer agra. vantes eatenuantes encerradas uma por. contagem para ocdleulo da pena como no Céstgo Criminal do império do Bras! de is que imporiaria em mui 59s particular, Dado que ndo & aceitivel sua deforma- tuitva (encabi IW.A conexto punitiva & sempre valorativa Tanto a culpabilidade nosmiativa quan- to a periculosidade sao val ros dois casos a conexac lidade na de caréter, da exper anterior ou na condugio da vid ‘que devem sor provatlos, além de toda di se dos contetdos ma- modos de consiruga0 3. Nio menos valors daconexio a conexio pul te a defraudagao do pape! de bom dio, entendida como expressio de uma do perigasismo do funcionalismo. Q pri mmeiro tem rechacado o carstervalo mito maior énfase e, por ser tempo, fica mais evidente a seu empenho neste segundo sent (© velho potitivismo nao fazia mals que cocultar a ceprovabilidade do agente. € sdade como um organismo ma) nem que 0 poucos in -cionados sejam seus entes pa Qu 03 que ponham em perigo ratificador da vigencia das normas). Ta se de metéforas que ccultam um juizo de ‘eprovabilidade por enquadrar-s fade’pola condugao da vida. Parindo \cepedo orgénica de sociedade, com- atender suas condighes individu Tanto a construgdo da ct va pola periculosidade como pela culpa lidade de autor séo igualmente valorativas. posta de dados passados ¢ presen seviriam de fundamento a esse ‘Ambas s40 sintomaticas, como a pi {$80 de que 0s que nao se enquadram em tuma causa de inculpabilia ide do esforso, sempre que no Pere o indicado pela culpe icon eat een a toca adugdo de Daniel Andrés Raizman e é Fernanda Frel Xe trabalho & uma versio ampli di "Lectio Doctoralis" apresentada na Uni idade de Macerata om 3 de abil de 2003, Ja das rflexBes que mativaram as in neutraliza a débil gar bresentar uma eventual aplicagao esrta ou cis sidade'e, a0 mesmo te iii seoet ou aude um fato que g13u de probabilgatie. C diva (um tao o _ ta somente ume pr e a 0b) funda na necessidade de confirmer a vi. ‘nea da norma). Di por certo queos com Ponentes do esteredtipo sdo socialmente danosos e di ela vulnerabilidade também é valorativa Tratando-se de Conecioe diver fo, mas nam tanta levarmos om conta gue labelece a dosimetna 0 convene ul deem um conc Porque 26 serve para Seal do agente pr fal mative, nia deveservalorade, come somp comsrugio ds conexta de autod {$80 (catlogo de possiveis conduras dap s0ana constelada stuacional concretd coh que atuou) em uma mag Yagio e, em conseqtene! vel habilitagio de poder pu Ge const ed icamente, Sua antitese, ov seja, a pabilidade pela vulnerabilidade constats__Em sIatee: a constupio « 2 estado de vunrabilidade do sujeto © culpablidede, come entra ncrnsica rge que ese eliza para aleangar asi. leto pra a dvbulgto eqdtatis fa tuagio conereta em que foi der de contengdo e redcio das aganding poder punitvo, ¢ logo proc juries, resutante da sntese da tose ds Gocdo valerate pablidade do ato com a anise da ca pabildade do esorco pessoal por alcancar a acto contreta de vulnerabilidade, con de falos que s80 valorados nos do's me. inteseserd uma traducdo que se pro- jetaré sobre a pena até 0 limite da repro. rete penal devon List peste mesmo sentido. en un derecho ponsl ‘modeono, em “Probleme actuals de los Genel pe " antolise, Francesco, Manuae d i Pare Genera Praventi des de LA. Re trad dols6 MS, de Teja, Barcel p. 102. * Frank, Reinhart von, Ober dem Aufbau des Schuldbegi Freudenthal, Bethold, Schuld und Vorwur in ‘bektenden Stfech, Tebingen, 1322. * Fundamentalmente se apt em Asis, tam btm em Loe “Desde o fina da Segunda Guatra fo parece har ‘ver oto camino para fundar a responsable " Jokebs, Gonther, Strafrech, A Grundlagen uad * Cootua esta normativizasto exrems, en 195, KOpper, Crenzen der norma Stalrechsdogmatik, Berm, 1990, lbs, G, Socteda, norma y persona, i "esa consrugio, 20 meso i de que gotender a saciedade como con) {ode pssoasresponsiveis CF. Gril, A dmund,Svafcchy in Levbuch, 194 Sobre este também Engich, Karl, Zur Idee de Twerschuld, em Z5tW, 1942, p. 170, do que nfo considereo poder pun tm meio para mane a ideidade ‘lo com esta mesma idonicade (em, o.#, Jos, Psicologia dea conduct, Buenos ™ poi determinants exte respite 0 argo de felertncis & cidncis penal que surge do luminsmo diz: “Ciencia sublime ah dhs por Henry Leyrt, Made, 189), cee cna * 0 preconceto, de alguna Careara, rate, fa, Alessanire, ep. et foe. Yoed,, 2002 “Nese seid nots a longa rete de Cisappe ‘ica particular 2 ida do “nimigo” Neste aumento fundavam se avores detodosos se trata de luna habiliagie do poder punitivo de aay, sas de reassert lo ov riméts, Scere isto conecd ara de Sigh, Elmastaren 1a globalize, 2002; embora completamente iealsa ¢dadutva. O agente * io manifesta nenhurs projeto de mundo prs ‘ro, comparilha existent em amos se socais. O Estado tampouco express com chngbena do seco ‘ahoportleenore Shelton Glueck bre suse ‘incl culpa “Ch, supe, 2° pane, uidocontemparanean Kehler Michael, Sualrecht, Ale. 197, p. 348, * Gi thor, Ginposlo, Cento af unaetica dele ‘copeolezs em Sus slacelewiera" sere iL. Mazza, Tein, 1990, p. 149, FLORILEGIO Brevemente, novo crime omissivo ‘Amanhii serd discutido na Cémara dos Deputados um projeto de lei divertido. A deputada Laura Carneiro (PEL-Rio) quer obvigar que ‘as imagens de sexo explicito exibidas no Pas sej2 obrigatério ‘0.uso de camisina Jornal © Dia, coluna Informe do Dia, 1 1.03, p. 4,

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