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9. Trabalha-sena simplicidade ou na complexidadle da formagéo? A tarefa docente sempre foi complexa, mas nas gitimas décadas tal complexidade aumentou muito. A forma- ‘gdo deve deixar de trabalhar a partir de uma perspectiva linear, uniforme e simplista para se introdwzir na andlise ‘educativa a partir de um pensamento complexo, a fim de revelar as quest6es ocultas que nos afetam e, assim, tomar decisdes adequadas. 10, Ser frio e distante ow agir e demonstrar emogbes? ‘A cultura profissional dos professores, caracterizadla pelo distanciamento, pela frieza ¢ pelo ocultamento das emo: des e da naturalidade do ser humano, se refletiu no tra- balho conjunto dos mesmos com os alunos. A formacio deve ser mais dinmica no seu processo € na sua meto- dologia, permitindo mostrar as diferentes emogées, para que 0s docentes possam melhorar a comunicacio, convi- ver nas instituigoes educactonais e transmitir essa educa- io aos alunos. Entendese, ao longo de todo este livro, que 0 conceito de “pratica formadora” é a atividade de producio e reprodugio de formas de entender a formagio, na qual 0 professor esta- belece relagées mutuas e formas de interpretar a educagao. 2, Todos os termos que aparecem em negrito podem ser en contrados no glossério deste livro. E necessario conhecer de onde viemos para saber aonde vamos 4 necessirio conhecer os elementos da heranca formacora que nos permitam contimur construindo e ofereeerniternativas de inovagiio e mudanga as politieas e priieas dle formagéio. Ninguém pode neger ‘que a realidade social, o ensino, a instituigéo eduenelonal e as finall- dados do sistema educacional evoluiram © que, como eonsequéncin, (8 professores devem sofrer uma mudanga radical em suia forma de ‘exeteer a profissiio © em sex processo de incoxporagéo © formagio. “A histéria € unm processo sem sujeito nem fins. (Louis Althusser) Caracteriza, em minha opinido, a nossa época a perfeiiio de meios e a confusdo de fins. (Albert Binstein) ‘Houve um avanco no conhecimento teérico na pritica da for- ico. continuada do professor, nfo podemos negar, ¢ levamos cos anos (comparado com outras disciplinas ou teméticas ‘cativas) analisando, pesquisando e escrevendo sobre isso." Re- -me tanto as andlises tedricas quanto as prdticas de formacao. possfvel argumentar que a preocupacio de formar professo- formacéo inicial, ¢ muito mais antiga. Assim, a formacao ‘de professores foi exercida, de uma forma ou de outra, des- ide, desde o momento em que alguém de: ‘0 seus filhos e esses outros tiveram que se preo- inguietagao de saber como (na formacéo cla), de que maneira, com quais ss (Sch6n, 1992), além de uma indagacdo constante sobre a formagio do professor, seja inicial ou continuada. £ nesse Ambito uegem os problemas, uma vez que é mais fécil yectos antigos, mesmo funcionando bem ou apresentagio de temas novos, embora necessérios. ‘Se analisarmos a maioria dos estudos sobre a formagéo continia- da, constataremos que esses foram se movendo de uma fase descri- tiva, com muitos texios sobre a temaitica, para uma mais experi- mental, sobretuclo devido ao auge e & difusao dos cursos de forma- ‘20 ou similares e ao interesse politico (ou intervencionista) sobre 0 tema, que fol aumentando e que sereflete nas politicasinsttucionais, nas pesquisas e nas publicagées. Durante os anos de 1980, 1990 2000, realizaram-se centenas de programas de formacdo continta- dda de professor, cuja andlise rigorosa desqualifica alguns, mas mos- tra que outros apresentam novas propostas ¢ Teflexdes que podem ajudar a construir 0 futuro dessa formacio. No entanto, jé nao estamos nos tltimos 30 anos do século XX, pperfodo em que muito se avancou, mas, sim, no século XXI. So tem- pos diferentes para a educagao e para a formagio. Com a chegada do séeulo XX, é como se faltasse algo que fizesse voltar a tomar impulso, mas isso também pode ser a minha perspectiva. Quando olho em volta dos patios das escolas, dos insttutos ou dos cafés das universi- dades, vejo pouca mudanga, uma maior clesmobilizagao do setor edu- ak: as revistas educativas vendem menos e reduzem tiragens, im como outras publicacées de carter pedagdgico. Esses fatos levam a pensar que muitos dos que se dedicam ao nobte oficio do ‘ina_niio Ieem, pelo menos nao o Suficiente. Além disso, muitos icadores que formam professores e formadores de opiniéo desa- pareceram clo mapa profissionalizante e divulgador: atos, jornadas, ssos, debates, entre outros. Alguns, é/em idade avancada, acre iltima reforma, a da década de 1990, e cansados de mos- desorientam, e tal desorientacdo (ao menos sofrida sm sua causa no fato de que, buscando alternativas, "i108 pouco no terreno das ideias e nas praticas politicas, vo de compreender o que significa una formacio ba- ico predominan- , formagtio ‘que se transmite spretar a realidade. A educacéo e a formagao do- sper essa forma de pensar que leva a analisar is formas de ensinar, de aprender, de se organizar, de ver les sociais e manifestagées culturais, de se escutar es, sejam marginalizadas ou néo. Mais adian- 108 levam os tempos passados? vressa-me fazer uma reflexdo que ajude a compreen- auge da técnica na 10 Imbemén Até 08 anos de 1970: inicio Embora consciente da superficatidade e da falta de rigor que supée situar qualquer temaética em tio longo periodo, porque em qualquer época sempre se produzem muitas idas ¢ vindas histéri- ~ eas e educacionais, 0 que pretendo propor é que, na maioria dos paises latinos, a andlise da formagio do professor como campo de conhecimento néo comeca a se desenvolver até por volta da déca- da de 1970, quando se realizou toda uma série de estudos para determinar as atitudes dos professores em relacao ao: de formagéo continuada. Na matoria dos estudos, ani ‘importdncia da participacdo docente nos processos de pl 10 das atividades de formagio. Comesava 0 que Sparks ¢ Loucks da’, que culminaria nos anos de 1980. 0 esforgos anteriores, protagonizados por algum grupo ou ins- tituigdo, sao fatos esporddicos, renovadores ou conservadores, que no tiveram uma repercussio institucional na profissao, embora ti- ‘vessem, sim, um impacto importante, o qual seré tratado adiante. No entanto, nem por isso podemos dizer que qualquer época passa- da foi pio As experiéncias e as contribuicées de Dewey, Freinet, ‘Montessori e dos professores seguidores de sua pedagogia eram pra- idas em muitas escolas. Os cursos, semindrios, as oficinas que de rma quiase Clandestina se organizavam sobre sua filosofia educativa ou sobre suas técnicas, os movimentos sindic ticos e de reno- vvagao pedagégica, alguns pedagogos.locais, a influéncia de algu- mas revistas pedagégicas, a fungio assumida por determinadas ins- tituigdes educacionais, etc., ressaltaram a importancia e a twanseendéncia da formacio do professor para uma verdadeira mu- o echicacional, que ainda estava presa a posigdes istas, uniformizadoras e seletivas. Anecessidade entes daquelas que eram propos- jue nasceu pobre ¢ desvalida mais de wm. amente (professores e pro- Formagio contiauada de professores 17 por ser um procesco no qual os mesmos professores “se planejavam” seguiam as atividades de formaclo quie acreditavain qué Ihes pode- ‘iam facilitar algum aprendizado. Foi uma época na qual inquietos estudantes e professores liam velhos e novos autores, alguns proibides e publicados no exterior, de movimentos espontineos de professores, de escolas de verso io clandestinas e do nascimento de instituigGes, a maioria delas equeno saber que durava toda a sua vida profission to, temos de valorizar 0 esforgo desses grupos ren revivem ou foram a semente de frutos posteriores Anos de 1980: paracioxo da formagéo. O auge da técnica na formacao e a resisténcla pratica e critica No inicio dos anos de 1980, a sociedade espanh em relagio a outros pafses, consegue 2 escolar lagi, fato que sucede em um contexto de desenvolvimento ¢ de emigracdo para as grandes cidades. Este ¢ outros sociolégicos sugerem uma mudanga na escola, jd que as la se enchem e os professores assumem ¥ pine doe ange do facilitar a obtengao de dados pelo docente, os quais geram reflextio <¢ andlise a fim de favorecer a aprendizagem dos alunos. Mesmo «assim, a racionalidade que vai existir por tras ¢ a dirigente. Trata-se de uma época predominantemente técnica e de ripido avango do autoritarismo sem alternativa e com. racionalistas. Epoca na qual o paradigma da rac nos invade e contamina, na qual a busea das competéncias do bom. professor para serem incorporadas a uma formagio eficaz é o prinei- pal t6pico de pesquisa na formagio continuada docente, Mas tam- ‘bém é um periodo paradoxal, de crise de valores (também se fala de ‘rise ecoldgica e politica), que anuncia uma nova época que vai che- sgando pouco a pouco, mediante vozes e leituras altemativas: » Na sociedade nas escolas, vao se introduzindo elementos da pés-modernidade, como € 0 caso da discussio dos gran- des metarrelatos, que até esse momento haviam permaneci- do inalterados (liberdade, fraternidade, solidariedade, igual dade, ete.).A ide? ia avangando com seus com- ponentes negativos ¢ positivos. ‘Aumenta 0 compromisso de educar a todos em uma escola- rizagio total da populacao. DAs administracées educacionais comecam a considerar a edu- cacéo em termos de custo-beneficio, examinando a rentabili- dade do gasto piblico em educacao sob um modelo tecnocrata. Existe muitas diferencas sociais, desigualdades crescentes € uum maior abandono na eduéacao por parte da populagéo escolarizada. : Comega-se a questionar a “autoridade” do professor e seu “mno- nopélio do saber’, mas nfo pelas novas tecnologia, que so ainda incipientes na educacio, mas, sim, pelo acess massivo da populagéo a cultura, B A teoria do capital humano esta em crise, e 0 ensino ja no resolve os problemas de desemprego. } Aparecem leituras e movimentos criticos que abrem uma por- taa outra forma de ver a educagao e a formacio. para tudo ¢ para todos. Acreditaram nisso para depois colocar tudo em quarentena. xaram isso. introdugao da mudanca, apesar de ti Iguns paises, a formacéo continuada chegou a instt se durante a reforma anterior, a qual apareceu por volta dos de 1970, e no resto dos paises a partir da reforma da década 180. Segundo o discurso daquela época, a institucionalizagao rmacio continuada nasce com a intengao de adequar os pro- res aos tempos atuais, faciitando um constante aperfeico: to de sua pritiea educativa e social, para assim adapt esentes ¢ futuras. A propria expressio, “aperfeicoan- rricamente envolvida por uma premise he jonalidade técnica, com io determinista e uniforme da refa dos professores € reforcada pelos processos de pesquisa as ¢ quantitativos que eram realizados, potencializou um de treinamento mediante cursos padronizados que ainda perdura. Tal modelo de treinamento € considerado sindnimo de formagao continuada e se configura como tm modelo que leva os professores a adquirirem conhecimentos ou habilidades, por meio strucio individual ou grupal que nasce a partir da formagéo ia por outros. Em um curso ou em uma sessio de “treine: mento", os objetivos e os resultados almejacios sé claramente es- pecificados por alguém e costumam ser propostos em termos de conhecimentos ou do desenvolvimento de habilidades. Um dos re- ssultados esperaclos, hipoteticamente e sem comprovacio posterios, 6 que se produzam mudancas nas atitudes e que estas passem para a sala de aula, Neste modelo, o formador ou o administrador na ‘ocasitio é quem seleciona as atividades formadoras, supostas como dos, No entanto, ha muitos anos sabe-se que isso ¢ algo que ndo fun- ciona completamente ou, ao menos, no na maioria das paises. Se 0 processo de cursos implica algum retorno da prética docente, uma ‘vez quese volta sala de aula e, posterionmente, se realiza tm acompa- nhamento dos professores, é possivel que tal modelo funcione me- Thor. Mas, se uma vez realizado 0 curso, confia'se ¢ deixa-se 0 professor fazer 0 esforco de contextualizar 0 que recebeu, embora seja de forma magistral por parte de um bom especialista, a trans- feréncia para a prética é mais que disc uma tarefa demasiado grande e muitas vezes impossivel na realidade da pré- tica do ensino. Entretanto, também nessa época comecaram a se desenvolver aspectos positivos: a preoeupagio do Ambito universitério com estudos teérieos, uma consciéncia maior dos professores compro- metidos, que demandava uma formacio na qual os professores e5- vessem mais implicados, o desenvolvimento de modelos de for- magéo alternativos, como 0 questionamento da prética mediante projetos de pesquisa-acdo, a aproximacéo da formacio dos cursos de formagao de professores, 0 aparecimento de grande quantidade de textos, traduzidos ¢ locais, com anélises tedticas, experiéncias, Bes, assim como a celebragéo de encontros, jornadas, ares. © campo de conhecimento da formacao dos certa confustio satura distante de nosso coniexto, por uma parte, permitiu que se comegassem a jonar aspectos que durante muito tempo tinham permaneci- mente comentavamos, a dependéncia dos professores de pessoas ou de algo que Ihes era alheio Caniversidade, especialistas, con: jas ou administragdo) ¢ que lhes ensinasse a ensinar ~ 0 que em Por outro lado, tal campo de conhecimento da izou 0 aparecimento de elementos novos Formagéo continusda de professores. 2 jetos, a triangulagio ¢ a reflexo na formacéo, sendo que esta apa- rece tim pouco mais tarde com as obras de Schdn—~ninguém recor i dava 05 cléssicos nem Dewey, que jé era citado fazia tempo. Schon tem suas ideias difundidas téo rapidamente, que elas aleangam 0 mesmo patemar dos conceitos mais eonhecicos anteriormente. As- sim, cria-se uma ilusdo de mudanga: a ilusdo ce que se abandonam ccertas politicas técnicas e de que se avanga por caminhos mais pro sressistas.* As mudancas politicas e sociais ajudam, Também € certo ‘muitas das novas ideias so assumidas como modismos, ¢ hi jomentos em que nfio se pode distinguir quem as pratica de quem. ‘mente fala sobre elas, nem os que antes defendiam tenazmen- jgismo e suas derivagies dos que agora se convertem a essa religido e saem em sua defesa, centracos em suas ideias, ‘em silas priticas. Tembém é certo que a colegialidade arti- jal, na elaboragio de projetos educativos e curiculares, fa ‘06 professores desencantem-se e vejam isso mais como wn ar pedagégico que como uma inovacio. foi uma época fértil na formacéo continuada d {que os cursos de formacio de professores consolidaram-se la Espanha, e com denominagées semelh ies latino-americanos, aparecetam novas m ‘acio em escolas ou em seminérios permanentes e a figura Em relagio a este fendmeno, é importante ressaltar ieles momentos essas tarefas foram assumidas pelos pro es que provinham da renovacio pedagégica ¢ do combate ivo que a ditadura originou, 0 que dex: um aspecto diferen- de enfocar os temas de formacso. le ser um perfodo produtivo, também foi uma época de confusées, de discursos simbéticos, de um modelo de 0” dos professores mediante 0s jma época de ascensio dos mo- ai lados no ae Ovens wean M. erry 22 Francisca Imbemén Definitivamente, esta foi uma época frutifera, mas também de grande confusto. Epoca de grandes mudangas, na qual comegamos a ser conscientes da evolugdo acelerada da sociedade em suas fais, institucionais e formas de organizagao da con- vivéncia, bem como em seus modelos de producio e distribuicio. ima época criativa e muito importante na formagéo continta- da, cujas contribuigées ¢ reflexdes ainda vivemos assimilando. A mis- tura do modelo de treinamento com os planos de formacio, omode- nto e melhoria, surgido a partir da reforma introduzida pelas leis, ao se estabelecerem 03 projetos educativos ¢ curriculares, 0 modelo questionador, com a forte ineorporagdo do conceito “paraguas de professor investigador”,” a pesquisa-acio, t80 divulgada e conhecida, porém pouco praticada por stias necessirias condigées de desenvolvimento, ¢ a maioria dos textos sobre o campo de conhecimento fazem com que agora seja a época em que se inicia ‘uma nova maneira de enfocar, de analisar e de praticar a formacéo dos professores. Mesmo que ainda haja o predominio de um discur- so excessivamente simbélico e de uma continuagao da perpétua se- paracdo entre a teorla e a pratica. Anos 2000 até a atualidade: busca de novas alternativas Embora fizesse tempo que os contextos iam mudando vert nosamente, é nesta época, quando os contextos sociais que cont cionam a formagao refletem uma série de forgas em conflito, que aparece a nova economia, que a tecnologia desembarca com gran- de forca na cultura, que a mundializacao se faz visivel, que muitos daqueles professores e professoras combativos jé tem certa ete. Comeca, ento, a surgir uma.crise da profissio de ‘Temese a percepc: de que os sistemas anteriores néo func para educar a populagio deste novo século, de que as instalagées escolares nio sio adequadas a uma nova forma de ver mporténcia a formacio emocion: as redes de intercémbio, a com: Formagiio continuada de professores. 23 Nesse contexto surge a crise institucional da formacio. Como se considera o sistema educacional co século passado obsoleto, sente- © 0 papel dos professores e do alunos. Uma longa pausa incémo 5, de now a necessidade de e participativos na pratica da ro que. aprendemos ¢.0 que nos falia aprender. into, & certo que nos iiltimos anos, principalmente na- leles paises governados por uma direita conservaclora, que aplica n neoconservadorismo profundo na educagio, aparecca um “de- inimo” ou talvez. um desconserto no apenas entre o grupo de rofessores, mas também entre todos que, de uma forma ou de ou- |, se preocupar com a formagio, Desinimo, desconserto ou cons- nagio dificil de expressar, fruto de um aciimulo de varidveis que mvergem, entre as quais podemos citar: o aumento de exigéncias 1m a consequente intensificagao do trabalho educacional; a ma- jo de velhas verdades que nao funcionam, a desprofis- alizagio originada por uma falta de delimitacéo clara das fan- dos professores, a répida mudanga social e, possivelmente, um po de formagio continuada que parece inclinar-se de novo para mn modelo aplicativo-transmissivo (de volta ao passado ou de “vol- ”, de ligées-modelo, de nogées, de ortodoxia, de profes- 1 e bom, de competéncias que devem ser assumidas para m professor, etc.). Ou seja, a ado do formador se dd em da solugao dos problemas dos professores, em vez de se wdar em um modelo mais regulador e reflexivo, mxia, modelos variados, res- idtica criativa. Nesse caso, 0 for- lor de obstéculos a forma- Anos professores, protessores Metiforas Uma informagéo, Um produto ‘etifora do produto assimilével de forma que se deve apicar Individual, mediante nas sas de aula. conferBncias ou Epoca de busca de reestas. Aformagio "eave ao"). O desenvolvimento Umprocesso de Wefora do. Je conhecimentcs, _assiniar estratégies, _proowsso. Eoca habidades, pasa mada os ‘curricular que estrezas ¢ alludes eaquemaspessoalse funda tub. e paticipacio da ‘comunidad. Nem todo pasado foi melhor, embora muitas das coisas que sabemos na atualidade foram se consolidando nos tiltimos 30 anos. Avangamos muito, talvez no tanto como desejariamos, mas fo- ‘mos assentando pequenos conhecimentos tedricos € préticos que, as a muitas pessoas, foram sendo postos em pritica. Agora, no io do século XXI, quando tudo é mutdvel, modificado e mais importante mudanga que rodeia a ins- do seu contexto interno quanto do externo. , as vezes, certos professores sao resistentes em. ‘mudanga foi vertiginosa e que isso comporta outra inar (0 que se verifica desde uma andlise da sociedade imento, pés-industrial ou também pés-moderna), ou que, to representantes de uma determinada geracéo de eciucado- hes aceitar tal mucdanca do mundo social, como por exern- -enofobia de alguns professores. ‘Sempre é bom e necesséito refletir e buscar novos caminhos que ‘conduzam a novos destinos, mas, atwalmente, quando a maio- ncia uma nova sociedade baseada no conhecimento ou na formacio, é possivel que seja ainda mais um bom momento. E do me ponho a pensar nos anos dedicados & teoria e a pritica mago, tenho a sensaco de que a formaciio dos professores 10 campo de conhecimento esté estancada hi muito tempo. faz, anos que se vem dizendo o mesmo, out sou eu que Teio € ‘quase o mesmo. Diante desse fato que leva ao tédio, talvez necessério ver 0 que aprendemos ¢ comecar a buscar novas mnativas neste mundo tao diferente e baseaclo na incerteza de ‘io saber o que amanha acontecerd. Talvez, devamos nos introdu- | zir na teoria e na pratica da formacdo em novas perspectiva relagbes entre 0s professores, as emogoes e atiudes, a dade docente, a mudanga de relagées de poder nos professores, a antoformaco, a comunicagdo, as em magao na comunidade, ¢ se separar da formagio disciplinar tio ‘comum nos planos e nas priticas de formagio. NOTAS 1. Poderiamos dizer que a situagao atual é similar & dos anos de 1980 com a questo do ensino ¢ do currfculo, mas exis tem matizes, j& que as origens e a situagéo atual sao dife- rentes. . Quero lembrar aqui o poeta Bertold Brecht, ao qual se atri- ui o conceito. Pricologa CRP-6ASE 26 Francisco Imbemén 3. Hargreaves (1998) did que a p6s-modemidade pode pro- vocar relagées interpessoais, quando estas care- cem de sujeigdes externas, de tradigo ou de obrigagio. 4, Entendemos aqui por progressista 0 contrério de conserva- dor. Progressista seria aquele individuo que considera os va- lores morais como uma eriagdo cultural que deve ser esti- rmulada ativamente, no sentido de liberar os seres hhumanos de seus condicionamentos naturais, a fim de melhorar a Aprendemos muito, mas ainda ha muito para avangar capacidade de convivencia e modificar 0 estado atual das coisas, para também melhorar a situag&o das pessoas. 5. A palavra paraguas, ou “guarda-chuva”, pode referir-se & pessoa ou coisa que serve de protego. O sentido aqui é 0 ‘mesmo empregado por Stenhouse (1987), quando descre- via o professor-pesquisador como aquele que questiona sua prética, compromete-se com 0 trabalho e a reflexio e usa estratégias de methoria, junto com seus colegas, no traba- tho educativo. innada de professores. Conhect-as implica analisar os acertos € 03 ‘ros e atentar para tudo agallo que nos resta conficcer e avangan. tos ¢ ndo corrigitos & 0 verdadeiro erro. (Confiicio, Livro XV) [Ass MUDANGAS SOCIAIS NOS INDICAM © CAMINHO ipitulo anterior eu fazia uma anélise introdutéria do ‘que neste novo século a formacao deve assumir idanca ¢ inovacéo, 6 neste contexto que quero 1a avaliagao e verificar a possibilidade de reali- tas para 0 futuro. O desafio, segundo meu ponto de ‘ar o que funciona, 0 que deve ser abandonado, construido de novo ou reconstrafdo a partir da~ iho. i possivel modificar as politicas e as préticas iar alternativas. Se analisamos esse con- iportantes elementos que influenciam na ‘professores. re eles destacamos:

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