Pela sua aparncia e pela estrutura das clulas atacadas por ele. O tumor justamente a alterao gentica dessas clulas, que no caso dos malignos se multiplicam descontroladamente. Para entender a formao de um cncer preciso considerar que existe, em nosso organismo, um ciclo de vida e morte cujo equilbrio mantido pelos genes: a reciclagem das clulas. Algumas delas, como as do crebro, duram praticamente a vida inteira. Outras, como as hemcias do sangue, vivem apenas alguns dias. Os chamados oncogenes ativadores servem para promover sua multiplicao, enquanto os supressores fazem o contrrio: regulam o crescimento e a morte da clula. Em um tumor benigno, h uma leve mutao na estrutura gentica da clula mas no chega a prejudic-la a ponto de se tornar degenerativa. Porm, se o tumor for maligno, os oncogenes ativadores se descontrolam, fazendo a clula se multiplicar mais do que deveria. Ao mesmo tempo, os oncogenes supressores perdem sua capacidade de regular o crescimento, e a clula, que deveria ser substituda, permanece viva. Como se no bastasse, o processo rompe a estrutura que as mantm unidas e coesas, diz o oncologista Andr Murad, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Isso leva a um aumento descontrolado das clulas, que deveriam ocupar um lugar especfico no corpo. Como elas acabam penetrando em estruturas vizinhas, como ossos e tecidos, os mdicos as chamam de clulas invasivas. Para piorar ainda mais a situao, os tumores malignos rompem a membrana dos vasos, fazendo com que elas caiam na corrente sangunea. Uma vez no sangue, ocorre a metstase como chamado o processo pelo qual as clulas alteradas viajam pelo corpo, atacando outros rgos. Essas mutaes genticas podem ser herdadas ou adquiridas durante a vida. Nesse caso, so causadas por um dos trs tipos de agentes cancergenos: biolgicos (um vrus, por exemplo), qumicos (como o cigarro) ou fsicos (como exposio excessiva luz solar). Fonte: Como se diferencia o tumor benigno do maligno? Mundo Estranho. Disponvel em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-sediferencia-o-tumor-benigno-do-maligno>. Acesso em: 18 ago. 2011.