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Direito Previdencidrio p/ INSS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 AULA 00 Tema: AULA DEMONSTRATIVA. Assuntos Abordados: 1. Seguridade Social. 1.1. Origem e Evolucéo Legislativa no Brasil. 1.2. Conceituacdo. 1.3. Organizacdo e Principios Constitucionais. 2. Legislagdo Previdencidria. 2.1. Contetido, Fontes, Autonomia. 2.2. Aplicagéo das Normas Previdenciarias. 2.2.1. Vigéncia, Hierarquia, Interpretacéo e Integracao. Sumario Pagina Saudag6es Iniciais. von 01. Direito Previdenciario - Conceito. = 02. Origem e Evolugao da Seguridade Social no Mundo e no = Brasil. 03. Evolucdo Legislativa no Brasil. (04. Seguridade Social. 05. Financiamento da Seguridade Social - Parte ne Constitucional. 06. Satide. 07. Previdéncia Social. 08. Assisténcia Social. 09. Competéncia Legislativa da Seguridade Social e da — Previdéncia Social. 10. Legislagdo Previdenciaria e suas Caracteristicas. a 11. Resumex da Aula. se 12. Questdes Comentadas. 13. Questées Sem Comentarios. 14. Gabarito das Questées. = Observacéo importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.° 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislacdo sobre direitos autorais e da outras providéncias. Grupos de rateio e pirataria séo clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. =) Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 1de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet 35 Ag]. Direito Previdencidrio p/ INSS Es! cuR tegia 4.4 Turma — 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 2 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estr. égi a Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 ‘Apresentagao. Olé Concurseiro! Meu nome é Ali Mohamad Jaha, Engenheiro Civil de formac&o, Especialista em Administracéo Tributaria e em Gestaéo de Politicas Publicas. Sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) aprovado no concurso de 2010. Venho ministrando cursos de Direito Previdencidrio, Legislacéo Previdenciéria, Legislacio da Satde, Legislacio Especifica e/ou Discursivas desde 2011 neste respeitado e conceituado site de preparacéo para carreiras publicas, no qual se encontrou ou ainda se encontram disponiveis os seguintes cursos: 04. Direito Previdenciario p/ RFB; 02. Direito Previdenciario p/ Analista Judiciario (STJ); 03. Questées Comentadas de Direito Previdenciario p/ ATA/MF; p/ AFRFB, ATREB e ATA - 2.# Turma - 2012/2012; 05. Legislacao Previdenciaria p/ AFT - 1.8 Turma - 2012/2012; 06, Direito Prey rio p/ AJAI/TRF-5; 07. Técnicas e Temas para as Provas Discursivas - RFB/2012; 08. Legislacao Previdenciaria p/ ATPS-MPOG; ‘4ncia Social p/ ATPS-MPOG; D/ AFRFB e ATRFB - 3.4 Turma - 2013/2013; 12. Legislago Previdenciaria p/ AFT - 2.® Turma - 2013/2013; 13. Vigilancia Sanitaria p/ ANVISA (Nocées); 14, Legislacéo Previdenciaria p/ SERPRO; ncia Sanitaria p/ ANVISA (Curso Complementar p/ Especialistas); 16. Politicas de Satide e Satide Piblica p/ ANVISA; 17. Legislagao Previdenciaria p/ APOFP/SEFAZ-SP; 18. Legislacao do SUS p/ Ministério da Satide; 19. Direito Previdenciario p/ Delegado de Policia Federal; 20. Direito Previdenciario e Legislagao Previdenciaria p/ TCE-MS; 21. Seguridade Social e Legislacdo Previdenciaria p/ AFT - 3.° Turma - 2013/2013; 22. Seguridade Social_e Legislagdo Previdenciaria_p/ AFT — Questées ‘Comentadas - 2013/2013; 23. Direito Previdenciario p/ AJAA/TRT-8; 24, Direito Previdenciario p/ Analista do INSS; 25. Histérico, Fundamentos e Legislaco Especifica do Audiovisual p/ ANCINE; Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 3 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet 35 Ag]. Direito Previdencidrio p/INSS Estrategia ti rma 01572015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 26. Financiamento © Regulagao do Setor Audiovisual no Brasil p/ Especialista em Regulacao da ANCINE (Area 1); 27. Direito Previdenciario p/ AJAJ e OJAF/TRT-5; 28. Legislacao sobre Seguridade Social p/ Procurador Federal (AGU); 29. Direito Previdenciario p/ AJAJ e OJAF/TRT-17;, 30. Legislacao da FUNASA (Especialidade 3); jo p/ AJA} e OJAF/TRT-15; 32. Direito Pres rio p/ TRF-3 (AJAJ, OJAF e TIAA); 33. Direito Previdenciario p/ TRT-2 (AJA) e OJAF);, 34, Direito Previdenciario p/ TCDF (ACE e AAP - Cargo 7); 35. Legislacao do MTE; 36. Direito Previdenciario p/ Receita Federal do Brasi 2014/2014; 37. Legislagao da CAIXA; e Previdéncia Social p/ RioPREV; 39. Direito Previdencidrio p/ TRT-16 (AJAJ e OJAF); 40. Curso Regular de 0 Previdenciario ~ 1.* Turma - 2014/2014; ‘41. Direito Previdenciario - Questées Comentadas p/ AFRFB 2014; ‘42. Curso de Técnicas e de Temas para a Receita Federal 2014; 43. Direito Previdenciario p/ INSS - 2.9 Turma - 2014/2014; 45. Legislacao da SEP; 46. Legislagao da CONAB; 47. Direito Previdenciario p/ TRF-4 (AJAA e TIAA); 48. Seguridade Social e Legislacao Previdenciaria p/ AFT - 4.° Turma - 2014/2014; 49. Direito Previdenciario p/ TRF-4 - Técnicas e Temas para o Estudo de Caso; 50. Legislacao do Setor de Telecomunicagoes - ANATEL/2014; 51, Direito da Seguridade Social p/ PFN; 53. Direito Previdenciario p/ TCE-GO; 54. Direito Previdenciario p/ Defensor Ptiblico (DPE-CE); 55. Propriedade Industrial p/ Pesquisador (INPI); 56. Direito Empresarial p/ Tecnologista Area 22 (NPI); 57. Direito Previdencidrio p/ CGE-PI; 58. Legislacao Social p/ Bacharel e Técnico (Exame CFC 2015); 60. Direito Previdenciario e da Assisténcia Social p/ Defensor Publico da Uniao (DPU), 61. Direito Previdenciario p/ Auditor de Controle Externo (TCM-GO); 62. Legislacao aplicada ao SUS (EBSERH); ada & EBSERH; 64. Direito Previdenciério p/ Receita Federal do Brasil - 5. Turma - Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 4 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estr. égi a Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 2015/2015; 65. Questdes Comentadas — Reta Final p/ Receita Federal do Brasil - 5.8 Turma = 2015/2015; 66. Direito Previdenciario p/ INSS = 3.8 Turma ~ 2015/2015; ‘67. Questées Comentadas - Reta Final p/ INSS - 3.9 Turma ~ 2015/2015; 68. Legislacao Previdenciaria p/ APOFP/SEFAZ-SP 2015; 69. Seguridade Social e Legislagao Previdenciaria p/ AFT - 5.* Turma - 2015/2015, e; 70. Curso Regular de Direito Previdenciario - 2.* Turma ~ 2015/2015; 71. Curso Regular de Direito Previdenciario — 2.* Turma — Questoes Comentadas ~ 2015/2015; 72. Legislacdo da Seguridade Social p/ Advogado da Unido (AGU); 73. Direito Previdenciario p/ Delegado (DPF) - 2015; 74. Questdes Comentadas ~ Reta Final p/ AFT - 5.8 Turma - 2015/2015; 75. Direito Previdenciario p/ Analista de Controle Externo (TCE/CE); lenciario p/ Analista Técnico-Administrativo (DPU); 77. Legislagao Social p/ Bacharel (Exame CFC 02/2015); 78. Técnicas € Temas para as Provas Discursivas - RFB/2015, e; 79. Direito Previdenciario p/ INSS - 4.¢ Turma ~ 2015/2015. Ainda sobre minha carreira no servigo publico, meu primeiro contato com © mundo dos concursos foi de forma muito amadora e sem grandes pretensdes. No ano de 2003, quando ainda cursava Engenharia na Universidade Estadual de Maringé/PR (UEM), prestei o concurso para Escriturario do Banco do Brasil, sem estudar absolutamente nada, sendo aprovado e convocado algum tempo depois. Em 2005, ano em que conclui minha graduagao, fui aprovado no concurso para Técnico Judicidrio do Tribunal de Justiga do Parana, sendo convocado logo em seguida. Neste ano, ainda, fui aprovado para Técnico Administrativo da Secretaria de Administraggo e Previdéncia do Estado do PR (SEAP/PR) para Engenheiro Civil do municipio de Paranavai/PR (minha cidade natal). No ano seguinte, 2006, fui aprovado e convocado para Analista e Técnico de Infraestruturas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Embora tenha galgado tantas aprovacées, decidi ndo tomar posse em nenhum desses cargos e prossegui no ramo da Engenharia (meu erro...). Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 5 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 No final de 2007 esbocei um planejamento de estudos para o préximo concurso de AFRFB, iniciando-os para valer somente em meados de 2008. © final do ano de 2008 e 0 ano de 2009 foram os mais pesados da minha vida. Foi a fase de Concurseiro Profissional, em que trabalhava entre 8 e 9 horas por dia em canteiro de obras (com sol, chuva, vento, frio, areia, terra, cimento, etc.) e era antipatizado na instituicéo em que trabalhava (pois a geréncia descobriu que eu estudava para RFB e, desde entdo, minha vida profissional ficou prejudicada). Muitos amigos ou conhecidos meus também se queixam da mesma perseguic&o sofrida ao longo de sua vida laboral por parte de chefes e patrées assim que esses tomam conhecimento da intengéio do empregado em sair da empresa. Isso é comum! Quando chegava em casa era preciso abdicar de tudo que gostava (familia, amigos e diversdo) para estudar as disciplinas do ultimo edital de AFREB (2005), até altas madrugadas. Mas enfim, gracas a Deus, no concurso de AFRFB/2010, fui um dos grandes vitoriosos, nomeado e lotado inicialmente na Inspetoria de Ponta Por8/MS, (fronteira com Pedro Juan Caballero - Paraguai), posteriormente na Inspetoria de Corumba/MS (fronteira com Puerto Quijarro ~ Bolivia), e, atualmente, na Delegacia de Cascavel/PR, 5.4 maior cidade do meu querido e estimado Estado, com aproximadamente 305.000 habitantes. Em 2010 ainda, prestei concurso do MPU por considera-lo bastante interessante, conquistando 0 3.° lugar do cargo de Analista de Orcamento no estado do Mato Grosso do Sul. Nao obstante, nesse mesmo ano, realizei 0 concurso para Analista Judiciério do Tribunal Regional do Trabalho (8.8 Regiéo Judicidria), e embora tenha sido meu primeiro contato com Direito do Trabalho, fui um dos aprovados e convocados pelo egrégio Tribunal. Agora que jé me apresentei e falei brevemente da minha jornada de concurseiro, apresentarei o trabalho que irei realizar no site Estratégia Concursos para 0 seu concurso. =) O Curso, Apés 0 grande sucesso que foram as trés turmas anteriores do curso de Direito Previdencidrio p/ INSS, voltamos agora, em meados de Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 6 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet 35 Agi Direito Previdencidrio p/INSS Estrategia ti rma 01572015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 2015, com a novissima 4.® Turma, completamente revisada, ampliada e atualizadissima com todas as alteragées_ legislativas e jurisprudenciais ocorridas no 1.° semestre de 2015. =) Como € de conhecimento da maioria, no Didrio Oficial do dia 29/06/2015 foi publicada a famigerada Portaria MPOG n.° 251 que autorizou 0 INSS a realizar 0 concurso para o provimento dos cargos de Técnico do INSS (nivel médio) e de Analista do INSS (nivel superior com formacéo em Servico Social), com os seguintes quantitativos iniciais: 800 vagas para Técnico. 150 vagas para Analista. Entretanto, acredito que esse quantitativo sofrera um acréscimo de 100% no decorrer do prazo de validade do concurso, como ocorreu na selec&o de 2012. Sendo assim, espero o seguinte quantitativo: 800 + 800 = 1.600 vagas para Técnico 150 + 150 = 300 vagas para Analista Isso mesmo, 1.900 nomeacées! E uma excelente oportunidade chance de ingressar para o servico puiblico federal. =) Para constar, essa serd a remuneraso (vencimento + gratificagdes + auxilio alimentagao + auxilio sauide para o servidor e um dependente) para 2015 (valores aproximados): Inicial Final Técnico R$ 5.400,00 R$ 8.700,00 Analista R$ 8.000,00| R$ 12.200,00 Além da remuneraggo muito boa, o INSS apresenta como grande vantagem a LOTACAO! Geralmente, os concursos s&o realizados por municipio, ou seja, vocé escolhe a cidade em que ird disputar a sua vaga. Além disso, 0 INSS & uma instituigio que goza de grande capilaridade, ou seja, praticamente todas as cidades do Brasil contam com uma agéncia do INSS ou em alguma cidade vizinha muito préxima (a 50 km no maximo). Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 7 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Em resumo, prezado(a) aluno(a), trabalhando no INSS vocé tem uma excelente oportunidade de continuar vivendo em sua cidade ou, na pior das hipéteses, numa cidade vizinha por algum tempo até conseguir ser transferido para a sua cidade. Para quem preza por morar na sua terra natal, o concurso do INSS é uma chance de ouro! =) Dando continuidade, neste ano, vocé teré MILHARES de oportunidades de entrar para os quadros do INSS. E sem duvida, a DISCIPLINA CHEFE do concurso do INSS é o DIREITO PREVIDENCIARIO! Além de ser a disciplina de maior relevancia no concurso (EM 2012, 67% DA NOTA FINAL ERA DIREITO PREVIDENCIARIO) e, em regra, critério de desempate, seré uma matéria que estaré muito presente no seu cotidiano apés sua aprovacdo neste concurso. Dedique-se a esta disciplina, pois ela sera seu diferencial na prova e sua ferramenta de trabalho no dia-a-dia do INSS. =) Muitos alunos se dedicam ao estudo do Direito Previdencidrio somente com a leitura da legislacdo seca. No entanto, a mera leitura nao nada é recomendadvel, pois leva 0 concursando a erréneas conclusées sobre a disciplina. Por qué? 0 Direito Previdenciario tem como leis fundamentais a Lei n.° 8.212 (Parte de Custeio) e a Lei n.° 8.213 (Parte de Beneficios), ambas publicadas em 1991, sendo que em 1999 foi publicado o Decreto n.° 3.048 (Regulamento da Previdéncia Social), que veio compilar as duas leis em um documento infralegal com maior detalhamento sobre o Direito Previdencidrio. Ent&o, é melhor ler o Regulamento? Nao! O Regulamento é muito extenso, com quase 400 artigos e 5 anexos, e o pior, n&o esta devidamente atualizado com as leis fundamentais do Direito Previdencidrio Brasileiro. E para complicar mais um pouco, a Lei n.° 8.212 e Lei n.° 8.213 passaram por atualizagdes recentes que nao foram incorporadas ao Regulamento, que por sua vez, também sofreu algumas alteragdes ha alguns anos, e também nao foram suprimidas das duas leis. =( Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 8 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Além de todo exposto, o 1.9 semestre de 2015 foi o mais conturbado dos tiltimos 20 anos para o Direito Previdenciério! Tivemos inumeras alteragdes que alteraram profundamente a topografia da nossa disciplina. Esse momento de mudaneas foi o estopim para a revisio completa do curso e lancamento dessa nova 4.2 Turma. Mantenha a calma concurseiro e futuro servidor do INSS! =) 0 objetivo deste curso € realizar o cotejo entre essas trés normas essenciais (as duas leis fundamentais e 0 Regulamento), outras normas que tratam de assuntos previdencidrios e a jurisprudéncia patria, para trazer a vocé a posic&o correta e atualizada sobre cada assunto a ser cobrado em sua prova. E quando no houver um posicionamento pacificado, vou the mostrar 0 posicionamento mais seguro a ser adotado nas provas do concurso. O curso contaré com a resolug&o de muitas questdes recentes e comentadas do CESPE, da ESAF, da FCC, da FGV, da Funrio, da Cesgranrio, e quando o assunto néo for abordado pelas questdes disponiveis, irei elaborar algumas Por fim, ressalto que 0 objetivo do meu curso é fazer com que vocé, caro concurseiro, realize uma excelente prova de Di 0 Previdenciario no préximo concurso do INSS. Esse material esta sendo elaborado para ser o seu UNICO MATERIAL DE ESTUDOS! Pois eu sei o quao estressante € pouco eficiente é ter que estudar mais de um material por disciplina, afinal ja fui um concurseiro. =) Edital x Cronograma das Aulas. Como ainda nao temos o edital na praca, vamos utilizar o edital do iltimo concurso de TSS realizado em 2012, pela Fundacdo Carlos Chagas (FCC), que trouxe os seguintes tépicos: 1. Seguridade Social. 1.1. Origem e Evolucao Legislativa no Brasil. 1.2. Conceituagao. 1.3. Organizagéo e Principios Constitucionais. 2. Legislacao Previdenciaria. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 9 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Prof. Ali Mohamad Jaha _www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet tégi a Direito Previdencidrio p/INSS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 2.1. Conteido, Fontes, Autonomia. 2.2. Aplicagéo das Normas Previdenciarias. 2.2.1. Vigéncia, Hierarquia, —Interpretagéo e Integracéo. 3. Regime Geral de Previdéncia Social (RGPS). 3.1. Segurados Obrigatérios. 3.2. Filiagao e Inscric&o. 3.3. Conceito, Caracteristicas e Abrangéncia: Empregado Doméstico, Contribuinte Indi Avulso e Segurado Especial. Empregado, Trabalhador 3.4, Segurado Facultativo: Conceito, Caracteristicas, Filiacdo e Inscrigéo. 3.5. Trabalhadores excluidos do:Regime Geral (RGPS). 4, Empresa e Empregador Doméstico:’Conceito Previdencidrio. 5. Financiamento da Seguridade Social. 5.1. Receitas da Unio. 5.2. Receitas \das\Contribuic6es Sociais: dos Segurados, das Empresas, do Empregador Doméstico, do Produtor Rural, do Clube de Futebol Profissional, sobre a Receita de Concursos de Prognésticos, Receitas de Qutras Fontes. 5:3, Saldrio de Contribuigao (SC). 5.3.1. Conceito. 5.3.2, Parcelas Integrantes e Parcelas Néo Integrantes. 5.3.3. Limites Minimo e Maximo. 5.3.4. Proporcionalidade. 5.3.5. Reajustamento. 5.4. Arrecadacéo e Recolhimento das Contribuicées destinadas a Seguridade Social. www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 10 de 48 35 Ag]. Direito Previdencidrio p/ INSS Estrategia ti rma 01572015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 5.4.1. Competéncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB). 5.4.2. Obrigagées da Empresa e demais Contribuintes. 5.4.3. Prazo de Recolhimento. 5.4.4, Recolhimento Fora do Prazo: Juros, Multa»e Atualizacao Monetaria. 6. Decadéncia e Prescricao. 7. Crimes contra a Seguridade Social. 8. Recurso das Decisdes Administrativas. 9. Plano de Beneficios da Previdéncia “Social: Beneficiarios, Espécies de Prestacdes, Beneficios, Disposicées Gerais e Especificas, Periodos de Caréncia (PC), Salario de Beneficio (SB), Renda Mensal do Beneficio (RMB);Reajustamento do Valor dos Beneficios. 10. Manutengdo, Perda e Restabelecimento da Qualidade de Segurado. 11. Lei n.° 8.212/1991. 12, Lein.° 8,213/1991, 13, Decreto\n.° 3,048/1999. 14. Lei de “Assisténcia Social - LOAS: Contetido, Fontes Autonomia\(Lei n.° 8.742/1993 e Decreto n.° 6.214/2007). Considero edital supracitado muito completo, entretanto, caso o edital 2015 traga alguma novidade, realizaremos as alteracées necessérias. Por sua vez, esse seré o cronograma do curso: Prof. All Mohamad Jaha Pagina 11 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 ‘Aula 00 [Aula Demonstrative 29/06/2015 Tema: Seguridade Sociale Legislag&o Previdencidria. Assuntos Abordades: 1. Seguridade Social. 1.1. Origem ¢ Evolucéo Legislativa no Brasil. 1.2. Conceituacio. 1.3. Organizagéo e _Principios |°4#/07/2045 Constitucionais. 2. Legislacéo Previdenciéria, 2.1. Contetido, Fontes, Autonomia. 2.2. Aplicacao das Normas Previdencisrias. 2.2.1. Vigéncia, Hierarquia, Interpretacio e Integracio. Tema: Previdéncia Social e seus Beneficiarios Aula 04 Assuntos Abordados: 3. Regime Geral de Previdéncia Social (RGPS). 3.1. Segurados Obrigatérios. 3.3. Conceito, Caracteristicas | Abrangéncia: Empregado, Empregado Doméstico, Contribuinte Individual, Trabalhador Avulso e Aula 02 |Segurado Especial. 3.4. Segurado Facultative: |09/07/2015 Conceito, Caracteristicas, Filiaggo e Inscricdo. 3.5. Trabalhadores excluidos do Regime Geral (RGPS). 4. Empresa _e Empregador Doméstico: Conceito Previdenciério. 10. Manutencao, Perda Restabelecimento da Qualidade de Segurado. 11. Lei n.0 8.212/1991. 12. Lei n.o 8.213/1991. 13. Decreto n.° 3.048/1999. Tema: Financiamento da Seguridade Social. Assuntos Abordados: 5. Financiamento da Seguridade Social. 5.1. Receitas da Unido. 5.2. Receitas das Contribuicées Sociais: dos Segurados, Aula 03 |das Empresas, do Empregador Doméstico, do|14/07/2015 Produtor Rural, do Clube de Futebol Profissional, sobre a Receita de Concursos de Progndsticos, Receitas de Outras Fontes. 11. Lei n.° 8.212/1991. 12. Lei n.0 8.213/1991. 13. Decreto 1.0 3048/1999. Tema: Salario de Contribuicao. Assuntos Abordados: 5.3. Salério de Contribuicéo (SC). 5.3.1. Conceito. 5.3.2, Parcelas Integrantes e Parcelas Nao Integrantes. 5.3.3. Limites Minimo e|19/07/2045) Maximo. 5.3.4. Proporcionalidade. 5.3.5. Reajustamento. 11. Lei n.9 8.212/1991. 12. Lei n. 8.213/1991, 13. Decreto n.© 3.048/1999. Aula 04 Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 12 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Aula 05 Direito Previdencidrio p/ INSS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha ~ Aula 00 Tema: Arrecadag3o e Recolhimento das Contribuiges destinadas 4 Seguridade Social Assuntos Abordados: 5.4. Arrecadagdo Recolhimento das Contribuicdes destinadas a Seguridade Social. 5.4.1. Competéncia do INSS e da Receita Federal do Brasil (RFB). 5.4.2. Obrigacées da Empresa e demais Contribuintes. 5.4.3. Prazo de Recolhimento. 5.4.4. Recolhimento Fora do Prazo: Juros, Multa e Atualizacéo Monetéria. 6. Decadéncia e Prescricao. 11. Lei n.? 8.212/1991. 12. Lei n.° 8.213/1991. 13. Decreto n.° 3.048/1999. 24/07/2015 Aula 06 Tema: Filiag3o, Inscric&o e Periodo de Caréncia. Assuntos Abordados: 3.2. Filiagéo e Inscri¢éo. 9. Plano de Beneficios da Previdéncia Social: Periodos de Caréncia (PC). 11. Lei n.° 8.212/1991. 12. Lei 1.9 8,213/1991. 13. Decreto n.? 3.048/1999. 29/07/2015) Aula 07 Tema: Espécies de Beneficios e Prestacées. Assuntos Abordados: 9. Plano de Beneficios da Previdéncia Social: Beneficidrios, Espécies de Prestacées, Beneficios, Disposicées Gerais Especificas. 11. Lei n.° 8.212/1991. 12. Lei n.° 8.213/1991. 13. Decreto n.° 3.048/1999. 03/08/2015 | Aula 08 Tema: Calcul do Valor do Beneficio, Legislac&o de Acidente do Trabalho e Outras Disposicées Legais. Assuntos Abordados: 9. Plano de Beneficios da Previdéncia Social: Salario de Beneficio (SB), Renda Mensal do Beneficio (RMB), Reajustamento do Valor dos Beneficios. 7. Crimes contra a Seguridade Social. 8. Recurso das Decisdes Administrativas. 11. Lei n.0 8.212/1991. 12. Lei n.0 8.213/1991. 13. Decreto n.© 3.048/1999. 08/08/2015) Aula 09 Tema: Reformas Constitucionais da Previdencia Social. Assuntos Abordados: Normas Constitucionais e Legais atinentes a Inativagées e Pensées dos Militares e Servidores Pdblicos Civis: Emenda Constitucional n.° 20/1998, Emenda Constitucional 1.9 41/2003 e Emenda Constitucional n.° 47/2005: Alteracées, Regras de Transicio e Direito Intertemporal 13/08/2015| Aula 10 Tema: Assisténcia Social. Assuntos Abordados: 14. Lei de Assisténcia Social ~ LOAS: Contetido, Fontes e Autonomia (Lei n.° 8.742/1993 e Decreto n.° 6.214/2007). 18/08/2015) Prof. All Mohamad Jaha www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 13 de 48 www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet fa Estratégia Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Tema: Resumex Completo. Aula 11 23/08/2015 Assuntos Abordados: Revisio Geral do Curso. Tema: Lei n.9 8.212/1991 | Atualizada_e Esquematizada. Aula 12 28/08/2015) Assuntos Abordados: Legislacdo Basica de Custeio Atualizada e Esquematizada. Tema: Lei n.° §,213/1991 _Atualizada_e Esquematizada. Aula 13 02/09/2015 Assuntos Abordados: Legislagdo Basica de Beneficios Atualizada e Esquematizada. Apés essa explanagao inicial, vamos iniciar 0 nosso curso propriamente dito. Bons Estudos! =) AULA DEMONSTRATIVA. Prezado aluno, essa Aula Demonstrativa apresentara apenas| algumas paginas da Aula 01, que trataré do tema Seguridade| Social e Legislacdo Previdencidria. Por sua vez, a Aula 01 contar4 com aproximadamente 200 paginas de contetido e mais de 180 questées comentadas. =) Por fim, tudo que for apresentado nessa aula sera repetido} na Aula 01. =) 01. Direito Previdenciario - Conceito. Direito Previdencidrio é 0 ramo do direito publico que estuda a organizag&o e o funcionamento da Seguridade Social. Especificamente, no Brasil, a Seguridade Social é tratada na Constituigéo Federal de 1988 em capitulo préprio, entre os artigos 194 e 204, o que demonstra grande preocupagao do constituinte origindrio quanto @ previdéncia social, a assisténcia social e a sade. 02. Origem e Evolucdo da Seguridade Social no Mundo e no Brasil. Ao iniciar 0 estudo da origem da Seguridade Social, é inevitavel o conhecimento da expressdo “Proteg&o Social”, que assim é definida pela maioria dos doutrinadores previdenciarios patrios e por este professor: Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 14 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 A Protegao Social é a garantia de incluséo a todos os cidadéos que se encontram em situacdo de vulnerabilidade ou em situacéo de risco. Essa protecdo se exterioriza por mecanismos criados pela sociedade, ao longo do tempo, para atender aos infortiinios da vida, como doenga, idade avangada, acidente, reclusao, maternidade entre outros, que impecam a pessoa de obter seu sustento. Nos primérdios da sociedade até meados do século XIX, a Protesao Social era ofertada ao desabastado por sua prépria familia, sem 0 auxilio do Estado. Por exemplo, um homem com 75 anos de idade que nao apresentasse mais condicées fisicas para 0 trabalho, teria seu sustento provido diretamente por sua familia (filhos e netos, provavelmente), pelo resto da vida que Ihe restasse. Outro mecanismo protetivo rudimentar é a assisténcia voluntaria, quando pessoas estranhas a familia auxiliam os necessitados, como no caso das casas de assisténcia aos idosos ou mesmo das esmolas dadas a estes nas ruas. Apesar de antigas, as protecées da familia e da assisténcia voluntaria esto presentes até os dias de hoje. Nos primérdios da Protegdo Social, os Montepios foram as manifestagdes mais antigas de Previdéncia Social no mundo. Eram institutos, onde, mediante pagamento de cotas por seus membros, esses adquiriam o direito, por ocasido de seu falecimento, de deixar pensdo pecuniaria para uma pessoa de sua escolha (esposa e/ou filhos, geralmente). Para constar, o referido instituto foi o precursor da Pens&o por Morte. Por seu turno, no Brasil, o primeiro Montepio surgiu em 1835, 0 Montepio Geral do Servidores do Estado (Mongeral), sendo que seu funcionamento se deu por meio de uma sistematica mutualista. Em outras palavras, um grupo de pessoas contribuiam com o objetivo de formar um fundo que seria utilizado na cobertura de determinado infortunios da vida de seus associados. Do exposto, podemos perceber que até meados do século XIX, praticamente no existia nenhuma participacdo estatal no auxilio das pessoas desabastadas por alguma vulnerabilidade que Ihes impedisse de trabalhar e obter o seu sustento. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 15 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Mas esse cenario liberal, onde nao existia a m&o do Estado, comegou a mudar no final do século XIX (entre 1880 e 1900), quando em varias partes do mundo os governos comegaram a elaborar normas protetivas aos trabalhadores. Essa protegdo se deu, a principio, de forma muito timida e com pouca extensdo de trabalhadores abarcados. Todavia, a protegdo social estatal foi evoluindo com o passar das décadas em todo 0 mundo, ressaltando que essa evolugao foi impulsionada, entre outros fatores, pela Revoluc&o Industrial iniciada no século XVIII na Inglaterra e expandida para o resto do mundo no século seguinte. A Proteg&o Social em seu contexto histérico apresenta basicamente trés grandes fases: v Fase Inicial (Até 1920) - Suri protegao social (ou previdéncia). ento dos primeiros regimes de v Fase Intermediaria (Entre 1920 e 1945) - Expanséo da previdéncia por varias nacdes ao redor do mundo. v Fase Contemporanea (De 1945 até os dias atuais) - Expanséo das pessoas abarcadas pelos regimes previdenciarios. Desde o seu inicio até os dias atuais, é possivel ver claramente a assungéo da protegéo social por parte do Estado, que até entdo apresentava um posicionamento liberal. Essa evolugéo do liberalismo para o “Welfare State” (Estado do Bem-Estar Social) iniciou-se nas primeiras décadas do século XX e foi evoluindo de forma lenta e gradual, desde a auséncia do Estado na protec&o social até a sua participacao plena como nés conhecemos hoje, inclusive em nosso pais. Na Histéria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes da Protegdo Social: v 1601 - “Poor Relief Act” (Leis dos Pobres): Primeira manifestagéo estatal quanto a protegéo social. Era um mecanismo, presente na Inglaterra, de proteco social as pessoas carentes e necessitadas. Ndo era um mecanismo Previdenciério, mas sim um mecanismo assistencial. Foi o marco inicial da Assisténcia Social no mundo. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 16 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégia Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 ¥ 1883 - Lei de Bismark: £ o surgimento da Previdéncia Social no mundo. O Chanceler alemao Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituido um seguro doenga em favor dos trabalhadores industriais. Esse seguro seria patrocinado pelo préprio trabalhador e por seu empregador, que deveriam contribuir para o Estado. Por sua vez, este manteria um sistema protetivo em relacdo a esses trabalhadores. A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situacées de protecdo como os acidentes do trabalho e os beneficios em decorréncia de invalidez. O sistema previdencidrio de Bismark é muito parecido com 0 adotado atualmente pelos paises, inclusive pelo Brasil. ¥ 1917 - Constituicdo do México: Foi a primeira constituig&o do mundo a adotar a expressao Previdéncia Social. Isso é um claro reflexo da evolugéo do Estado Liberal para o Estado Social (‘Welfare State”). v 1919 — Constituicéo de Weimar: Constituicgo que vigeu na curta reptblica de Weimar da Alemanha (1919 - 1933). A Alemanha, como bergo da Previdéncia Social, seguiu os passos da Constituig’o do México e¢ abarcou o tema em seu texto constitucional. v 1935 - “Social Security Act”: Institui nos Estados Unidos o sistema previdenciério nacional, com uma grande margem de atuagao. E uma evoluc&io do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco décadas antes. vy 1942 - Plano Beveridge (Inglaterra): Foi a reformulacéo completa do sistema previdenciério briténico. Como se falava na &poca, os britdnicos estariam protegidos do berco ao timulo. Em suma, qualquer pessoa em qualquer idade teria ampla protec&o social estatal. Foi o ponto alto do “Welfare State” (Estado Social). Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje, como algo mais abrangente que Previdéncia Social e Assisténcia Social. Fique tranquilo, pois em t6pico futuro vocé vera exatamente o que é Seguridade, Previdéncia, Assisténcia e Saude. Posso Ihe adiantar que sdo conceitos bem tranquilos. N&o esquente com isso agora! =) Prof. All Mohamad Jaha Pagina 17 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 2) 04. Seguridade Social. A priori, devo informar, sem divida alguma, que para as bancas de concursos plblicos, a melhor definiggéo de Seguridade Social é aquela presente na CF/1988, em seu Art. 194: A segurida social compreende um conjunto integrado de asées de iniciativa dos Poderes Publicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos 4 Sadde, 4 Previdéncia e 4 Assisténcia Social. Partindo da redagao do artigo, podemos entender que a Seguridade Social é exercida pelo Poder Piiblico e pela Sociedade. Em principio, muitos podem pensar de forma errénea, que a Seguridade é um dever exclusivo do Estado. O Estado deve agir sim! Deve proporcional satide, assisténcia e previdéncia @ sua populaco, mas a sociedade deve conjuntamente, participar dessas agdes sob forma de contribuigo, ou seja, custeando as agées implementadas no ambito da Seguridade. Portanto, a Seguridade Social é esse conjunto integrado de agées publicas (Estado) e privadas (Sociedade). Um segundo aspecto a ser extraido do artigo, é que a Seguridade Social se desmembra em trés areas: Satide, Previdéncia e Assisténcia Social. De forma esquematica: tome nota! Seguridade Social = Previdéncia + Assisténcia Social + Satide Em resumo, ter Seguridade Social = ter PAS (com "s” mesmo). =) Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 18 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 A organizac&o da Seguridade Social é dever do Estado, nos termos da lei, especificamente a Lei n.° 8.212/1991, e deve obedecer aos seguintes Princ{pios Constitucionais (ou Objetivos, como cita o texto da CF/1988): 01. Universalidade da cobertura e do atendimento (UCA): Esse principio garante dois aspectos da Seguridade Social: universalidade da cobertura e universalidade do atendimento. ‘A Universalidade da Cobertura demonstra que a Seguridade Social tem como objetivo cobrir toda e qualquer necessidade de protecdo social da sociedade em geral, como a velhice, a maternidade, casos de doenga, invalidez e morte. Jé a Universalidade do Atendimento demonstra que a Seguridade Social tem como objetivo atender todas as pessoas, pelo menos em regra. Deve-se ressalvar que a Satide € direito de todos, a Previdéncia é direito apenas das pessoas que contribuiram por meio das contribuigées sociais, e a Assisténcia Social é direito de quem dela _necessitar, independentemente de contribuigo a Seguridade Social. Como pode ser observade do supracitado, a UCA tem dimensées plenas na area da Satide e dimensGes mitigadas na area da Previdéncia e da Assisténcia. Fique tranquilo, iremos aprofundar esses conceitos em momento oportuno. =) 02. Uniformidade e equivaléncia dos beneficios e servicos as populacées urbanas e rurais (UEBS): Esse principio segue o alinhamento do Direito do Trabalho, presente na CF/1988, e prevé que n&o deve haver diferenca entre trabalhadores urbanos e rurais. A prestacéo do beneficio ou do servico ao segurado deve ser o mesmo, independentemente de ser ele um trabalhador do campo ou da cidade. © beneficio de aposentadoria, por exemplo, ndo pode ser de valor inferior aos trabalhadores rurais, bem como o atendimento médico posto & Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 19 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet fa Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 disposicgo do mesmo, de qualidade inferior aos prestados aos trabalhadores urbanos. Numa interpretagéo mais ampla, constata-se que o principio da Uniformidade e Equivaléncia dos Beneficios tem inspiragéio no principio constitucional da igualdade (“todos sao iguais perante a lei, sem distingdo de qualquer natureza” ~ CF/1988, Art. 5.°, caput). 03. Seletividade e servicos (SDBS. tributin lade na prestacdo dos beneficios ¢ Esse principio traz conceitos do glorioso Direito Tributario, a saber: Seletividade e Distributividade. A prestacdo de beneficios e servicos & sociedade nao pode ser infinita. Convenhamos, por mais que 0 governo fiscalize e arrecade as contribuigées sociais, nunca haveré orgamento. suficiente para atender toda a sociedade. Diante dessa constatac&o, deve-se lancar mao da Seletividade, que nada mais é do que fornecer beneficios e servicos em razéio das condigées de cada um, fazendo de certa forma uma selecio de quem sera beneficiado. Como exemplos claros, temos 0 Salério Familia, que é devido apenas aos segurados de baixa renda. Nao adianta ter 7 filhos e uma remuneragéo de R$ 30.000,00 por més. Para receber Saldrio Familia, é necessario comprovar que vocé € um segurado de baixa renda. Isso é Seletividade. O mesmo vale para 0 Auxilio Reclusa&o. E Distributividade? E uma consequéncia da Seletividade, pois ao se selecionar os mais necessitados para receberem os beneficios da Seguridade Social, automaticamente estaré ocorrendo uma redistribuigdo de renda aos mais pobres. Isso é distributividade. Por fim, considero importante citar a seguinte passagem do ilustre autor Frederico Amado (Direito e Processo Previdencidrio Sistematizado, Editora JusPodivm, 6. Edigéo, 2015): “A seletividade deveré lastrear a escolha feita pelo legislador dos beneficios e servicos integrantes da seguridade social, bem como 08 requisites para a sua concesséo, conforme as necessidades es ‘bil We acordo com o interesse publico.” Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 20 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet fa Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 04. Irredut idade do valor dos beneficios (IRRVB) Quando foi escrito esse principio constitucional, no longinquo ano de 1988, 0 Brasil passava por uma década conturbada, sendo que o principal problema da época era a inflagdo galopante dos presos. Um litro de leite custava 1.200,00 unidades monetdrias no més de janeiro, j4 no més seguinte, 2.000,00 unidades monetarias. O constituinte origindrio no teve dividas, e decidiu proteger os usuarios da Seguridade Social contra @ desvalorizagao do beneficio. Atualmente, a irredutibilidade do valor dos beneficios é garantida por meio de reajuste anual, geralmente em valor igual ou superior ao da inflag&o do mesmo perfodo. Imagine 0 absurdo de um beneficio de aposentadoria nunca ser reajustado? No primeiro ano, o beneficio seria razodvel, compativel com as necessidades do aposentado. No segundo ano, iria apertar um pouco 0 cinto. No quinto ano o aposentado ja estaria mendigando no seméforo. E se esse aposentado vivesse até préximo aos 90 anos? Nao gosto nem de imaginar. Quanto a esse principio constitucional é bom frisar que 0 mesmo apresenta duas vertentes a serem observadas: v Aos beneficios da Seguridade Social (Satide e Assisténcia) est@o garantidos a preservacao do valor nominal, que é aquele definido na concesséo de determinado beneficio e nunca é& reajustado, mantendo sempre o mesmo valor de face. Esse dispositive trata de forma genérica a Sequridade Social, e; Y Aos beneficios da Previdéncia Social estéo garantidos a preservacdo do valor real, que é aquele que tem o seu valor definido na concessao do beneficio, mas é reajustado anualmente (em regra), para manter o seu poder de compra atualizado. Do supracitado, entendo que a Seguridade Social (de forma genérica) deve seguir a preservacéo do valor nominal ao passo que a Previdéncia Social (de forma especifica) deve seguir a preservagao do valor real. Fazendo um contraponto, podemos afirmar que a Saude e a Assisténcia Social no tém a obrigago constitucional ou legal de garantir Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 21 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 a preservacéio real dos seus beneficios, garantindo somente o valor nominal dos beneficios, ao contrario do que ocorre com a Previdéncia Social. Observe que apenas os beneficios da Previdéncia Social sao assegurados a preservacéo do valor real (poder de compra). Em suma, com o passar do tempo, os beneficios n’o poder&o perder © seu poder de compra. Imagine que um aposentado receba R$ 1.100,00 em 2013, e que esse beneficio tenha um poder de compra de 1 cesta basica. Passado um ano, 0 beneficio é reajustado para R$ 1.110,00, mas o seu poder de compra cai para o equivalente a 0,85 cesta basica. Nesse caso nao houve a preservacao do valor real do beneficio. Para contar, o Art. 201, § 4.° da CF/1988 é apenas mera aplicaggo do Principio da Irredutibilidade: E assegurado 0 reajustamento dos beneficios (previdenciérios) para preservar-lhes, em caréter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. N&o obstante, devo ressaltar que o STF, em consonancia com o texto constitucional, defende a manutenc&o do valor real dos beneficios previdenciérios. Sendo assim, nao resta duvida quanto ao posicionamento do STF: "Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o disposto no Art. 201, § 4.°, da Constituic&o do Brasil, assegura a reviséo dos beneficios previdencisrios conforme critérios definidos em lei, ou seja, compete ao legislador ordinério definir as diretrizes para conservacio do VALOR REAL do _beneficio. Precedentes.” (AI 668,444-AgR, Rel, Min. Eros Grau, julgamento em 13-11-2007, Segunda Turma, DJ de 7-12-2007.) No mesmo sentido: AI 689.077-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009. Outro aspecto interessante sobre o tema é possibilidade, conforme a jurisprudéncia do Superior Tribunal de Justica (STJ), da aplicagéo de indices negativos de correc&o monetaria (deflagdo) aos beneficios previdencidrios, desde que preservado 0 valor nominal do montante principal. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 22 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 A légica adotada pelo ST) € a de que os indices negativos acabam se compensando com indices positivos supervenientes de inflagdo. Para exemplificar, imagine um beneficio no valor de R$ 4.000,00 e os seguintes indices ficticios de correcao: indice (01/20x1|_ 1,00% 02/20X1| -3,00% 03/20X1|_2,00% 04/20X1| 1,50% Logo, temos que: Valor Nominal: R$ 4.000,00 01/20X1 | 1,00% | R$ 4.000,40 02/20X1 | -3,00% | R$ 3.999,20 03/20X1 | _2,00% | R$ 4.000,00 04/20X1| 1,50% | R$ 4.000,60 Historicamente, os indices de deflacdo so raros, ou seja, em médio e em longo prazo o valor do beneficio corrigido sempre tende a superar 0 valor nominal do mesmo. Por fim, apresento a redacéo do Recurso Especial (Resp) n.° 1.265.580/RS de 2011: Processual Civil _e Econémico. Execucéo de Sentenca que determinou Correcao Monetéria pelo IGP-M. Indices de Deflacao. Aplicabilidade, preservando-se o Valor Nominal da Obrigacao. 1. A correg&o monetéria nada mais é do que um mecanismo de manutencéo do poder aquisitivo da moeda, nao devendo representar, consequentemente, por si sé, nem um “plus” nem um “minus” em sua substancia. Corrigir 0 valor nominal da obrigagao representa, portanto, manter, no tempo, o seu poder de compra original, alterado pelas oscilacées _inflaciondrias positivas e negativas ocorridas no periodo. Atualizar a obrigacéo levando em conta apenas oscilacdes positivas importaria distorcer @ realidade econémica produzindo um resultado que nao representa a simples manuten¢ao do primitivo poder aquisitivo, mas um indevido acréscimo no valor real. Nessa linha, estabelece 0 Manual de Orientacéo de Procedimento de Célculos aprovedo pelo Conselho da Justica Federal que, néo havendo deciséo Judicial em contrério, “os indices negativos de correcso Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 23 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 monetdria (deflagéo) seréo considerados no célculo de atualizac&o”, com a ressalva de que, se, no célculo final, “a atualizacao implicar reducao do principal, deve prevalecer 0 valor nominal”. 2. Recurso especial provido. 05. Equidade na forma de participacao no custeio (EFPC): A Seguridade Social é financiada pelas contribuigées sociais, isso é fato, mas como é realizada essa arrecadacéo? De cara, devemos ter 0 cuidado de nao confundir equidade com igualdade. Equidade quer dizer que pessoas com o mesmo potencial contributivo devem contribuir de forma semelhante, enquanto que pessoas com menor potencial contributivo devem contribuir com valores menores. Estamos diante, novamente, de outro principio do Direito Tributario, © Principio da Capacidade Contributiva. A Lei n.9 8.212/1991, além de dispor sobre a organizacéo da Seguridade Social, instituiu 0 Plano de Custeio da propria Seguridade Social, e traz diversas formas de participacéio no custeio. Com isso, 0 empregado e o empregado doméstico, por exemplo, contribuem com 8%, 9% ou 11% sobre as suas respectivas remuneragées, sendo que o valor maximo de remuneragao € o teto do RGPS (Regime Geral da Previdéncia Social), atualmente no valor de R$ 4.663,75. J4 as empresas, por exemplo, contribuem com 20% sobre a folha de pagamento, sem respeito a teto nenhum. Como se percebe, a empresa tem um énus muito maior que um empregado, isso é equidade: quem pode mais, paga mais! 06. iversidade da base de financiamento (DBF): A base de financiamento da Seguridade Social deve ser a mais ampla e variada possivel. A Seguridade tem como base a folha de pagamento das empresas, 0 lucro das empresas, a remuneracdo dos empregados, os valores Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 24 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 declarados pelos contribuintes facultativos, entre outras fontes de arrecadacao. Essa diversidade é necesséria para que em caso de crise econdmica em qualquer dos setores, que essa nao venha a prejudicar a arrecadacao das contribuigées, e por consequéncia, comprometer a prestagéo dos beneficios & populacdo. A manutengao da Seguridade Social € téo importante, que a propria CF/1988 admite uma ampliacio da base de financiamento, conforme podemos extrair da primeira parte do Art. 195, § 4. A lei poderé instituir outras fontes destinadas a garantir a manutencao ou expansao da seguridade social. 07. Carater democratico e descentralizado da administracao, mediante gestéo quadripartite, com participagdo dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos 6rgdos colegiados (DDQ): Esse principio visa a participaco da sociedade, em geral, na gest&o da Seguridade Social. A gestéo da Seguridade é democratica (participa quem tem interesse), descentralizada (pessoas de varios _setores diferentes podem participar) e quadripartite. E 0 que isso significa ser quadripartite? Quer dizer que é obrigatéria a participaggo de 4 classes, sendo, trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo, nas instancias gestoras da Seguridade Social, que so: Conselho Nacional da Previdéncia Social (CNPS) e Conselho de Recursos da Previdéncia Social (CRPS). Ga) 05. Financiamento da Seguridade Social — Parte Constitucional. Adentrando & parte constitucional relativa ao Financiamento da Seguridade Social, vamos continuar nossa explanacéo com base especificamente no caput do Art. 195: A Seguridade Social seré financiada por toda a sociedade, de forma direta (contribuigdes socials) e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orgamentos da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, e das contribuicgées sociais. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 25 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Como se pode observar, o dispositive constitucional dividiu o dever de contribuir para a Seguridade Social entre o Estado (Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios) e a Sociedade (Contribuicdes Sociais). Imaginou o Estado tendo que arcar com todo o énus? Néo existiria nenhum servico public além da Seguridade Social, seria um caos total. Conforme entendimento majoritario da doutrina, o financiamento direto € aquele consubstanciado pelo o produto da arrecadagéo das contribuigées sociais, ao passo que o financiamento indireto é aquele oriundo dos recursos provenientes dos orgamentos dos entes politicos. E as receitas do Estado? Como estardo dispostas? De que forma? Em qual orgamento? A resposta esta no Art. 195, § 1.0: As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios destinadas a seguridade social constarao dos respectivos orcamentos, néo integrando o orcamento da Unido. Como se depreende da literalidade do dispositive, no orgamento da Unido, constaré apenas receitas da Unido destinadas a Seguridade Social. N&o haverd captura das receitas estaduais, distritais e municipais, em prol da Seguridade Social. Em resumo, todo ente politico (Unido, Estados, Distrito Federal e Municipios) deve contribuir com a Seguridade, mas com orgamentos separados. Nada de juntar tudo no caixa da Unido! Ga) Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 26 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Direito Previdencidrio p/ INSS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 PRESTE 1. A criaco das Contribuiges Sociais Residuais se dara por meio de Lei Complementar; 2. As contribuicdes deverdo ser nao cumulativas; 3. O fato gerador (FG) ou a base de cAlculo (BC) dessas novas contribuigdes deverao ser diferentes do FG e da BC das contribuigdes sociais existentes, e; 4. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem o entendimento que as contribuigées sociais residuais podem ter o mesmo FG ou a mesma BC dos impostos existente Esse entendimento é importante! § 5.° Nenhum beneficio ou servigo da seguridade Social podera ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Estamos diante do famoso Principio da Preexisténcia do Custeio em Relacéo aos Beneficios e servicos! Com certeza, esse principio demonstra uma atitude prudente do constituinte originario. Imagine o Estado criando novos beneficios sem uma fonte para custed-los. A fonte de custeio dos beneficios j4 existentes seria prejudicada, implicando prejuizo consequente a seus beneficiérios. Por sua vez, a CF/1988 é clara ao afirmar que para criacéo ou majoragéo de beneficios ou servigos da Seguridade Social, deve-se apresentar a Fonte de Custeio Total que ira financiar essa expansao. Fique atento & palavra “total”, no caia na conversa de que pode ser fonte de custeio parcial, esta errado! A fonte de custeio deve ser TOTAL. Sobre © principio, considero importante destacar que esse ndo se aplica as Entidades de Previdéncia Complementar (Previdéncia Privada), conforme dispde a jurisprudéncia consolidada do Supremo Tribunal Federal (STF), esse principio é aplicado somente 4 Sequridade Social Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 27 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 financiada por toda a sociedade, qual seja, as agdes promovidas pelo Poder Publico (Recurso Extraordindrio 596637 AgR, de 08/09/2009). § 6.° As contribuigdes sociais de que trata este artigo (Contribuigées Sociais para a Seguridade Social) sé poderao ser exigidas apés decorridos 90 dias da data da publicacao da lei que as houver instituido ou modificado, néo se hes aplicando o disposto no Art. 150, inciso II, alinea “b” (Anterioridade Anual), Estamos diante de uma regra de producdo de efeitos financeiros. Em outras palavras, apés a publicacao da lei que criou a contribuicdo social, a partir de quando ela poderd ser exigida pelo Estado? No caso das contribuigdes sociais, 0 Estado, por meio da Receita Federal do Brasil, deve aguardar 90 dias para iniciar a exigéncia dessa nova contribuigdo (Anterioridade Nonagesimal ou Mitigada). Como se extrai da norma constitucional, 0 dispositive afastou a Anterioridade Anual (CF/1988, Art. 150, inciso III, alinea “b"), cuja esséncia diz que 0 tributo sé sera exigido no exercicio financeiro seguinte ao daquele em que a lei de instituic&o (ou de majoracdo) do tributo foi publicada. Em suma, as contribuigdes sociais podem ser exigidas em 90 dias, apés a publicacdo da lei_instituidora, sem a necessidade de aquardar o ici cio fi a | A Anterioridade Anual e a Anterioridade Nonagesimal sao corolarios (decorréncias) do Principio Constitucional da N&o surpresa (CF/1988, Art. 150, inciso III, alineas “a”, "b" e “c”). Esse principio, presente no Direito Tributario, visa garantir a seguranga juridica do contribuinte perante a sede arrecadatéria do Estado. Sem o referido principio, 0 Governo poderia instituir e cobrar tributos do cidadao de forma imediata, surpreendendo os contribuintes de tal forma que esses, ndo teriam tempo para se programar quanto ao aumento de despesas tributarias, sendo apanhados desprevenidos. Por isso, a Carta Magna prevé de forma expressa os periods da anterioridade, protegendo 0 cidaddo pagador de tributos de surpresas repentinas em seus orgamentos mensais. () Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 28 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 07. Previdéncia Social. Vamos abordar a segunda drea da Seguridade Social, e a mais importante para os nossos estudos, a Previdéncia Social. Recorremos mais uma vez aos dispositivos constitucionais: Art. 201. A Previdéncia Social seré organizada sob a forma de regime geral (Regime Geral da Previdéncia Social - RGPS), de carter contributivo e de filia¢do obrigatéria, observados critérios que preservem o equilibrio financeiro e atuarial, e atenderé, nos termos da lel, a: I - Cobertura dos eventos de doenca, invalidez, morte e idade avancada; II - Protecao 4 maternidade, especialmente 4 gestante; III - Protegéo ao trabalhador em situagfo de desemprego involuntario; IV - Salério Familia e Auxilio Recluséo para os dependentes dos segurados de baixa renda, e; V - Penséo por Morte do segurado, homem ou mulher, ao cénjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2. (beneficio que substitui_o rendimento do sequrado tera como valor mensal minimo o salario minimo nacional). Do caput do artigo exprime-se que a Previdéncia Social é contributiva! Ao contrério da Satide, onde qualquer pessoa pode dela usufruir, na Previdéncia, para o cidadao gozar dos beneficios previdenciarios, 0 mesmo deverdé estar obrigatoriamente filiado e contribuindo regularmente para o Regime Geral da Previdéncia Social (RGPS). Nao existe, em regra, beneficio sem custeio. A ideia da Previdéncia Social é equivalente a de uma contratacéio de seguro comum, como o de veiculos, por exemplo. Vocé compra um veiculo e faz o seguro! Vocé paga um valor estipulade por ano, e caso sofra algum sinistro, 0 seguro “cobre” essa ocorréncia. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 29 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Quando o segurado contribui para a Previdéncia, ele esté contratando um seguro. Logo, quando ocorrer algum sinistro (idade avancada, invalidez ou morte, por exemplo), estard coberto pelos beneficios previdencidrios. Essa € a ideia! Para constar, os sinistros supracitados também recebem o nome de riscos ou riscos sociais. =) Os incisos tratam dos beneficios previdenciérios de forma geral, sem entrar nas nuances previstas na legislacao infralegal. Por enquanto, farei breves comentarios: I - Cobertura dos eventos de doenca, invalidez, morte e idade avancada; A cobertura dos eventos sera realizada por meio das seguintes formas de protecdo previstas na Previdéncia Social: Cobertura de Eventos de: [Beneficio: 1. Doenca: ‘Auxilio Doenga € Auxilio Acidente. : ‘Aposentadoria por Invalidez. Pensdo por Morte. ‘Aposentadoria por Idade e por Tempo de Contribuigéo. 4, Idade Avangada: II - Protecao 4 maternidade, especialmente a gestante; A protegéo a maternidade, principalmente & gestante, se dé através do Salério Maternidade, que passa a ter o direito com nascimento da crianca, ou mesmo por meio de adocéio, conforme disposicées legais. HI - Protecéo ao trabalhador em situacéo de desemprego involuntario; Nesse ponto da disciplina, muitos bons alunos se confundem! 0 Seguro Desemprego é um benéficio de natureza previdenciai Entretanto esse beneficio é administrado e concedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e nao pelo INSS. Por sua vez, 0 Seguro Desemprego nio é a protecdo ao trabalhador em situaggo dé desemprego involuntério assegurada pelo texto constitucional! Muito bem, ent&o qual é a manutenc&o garantida pela Previdéncia Social aos seus beneficidrios nesses casos? E o Periodo de Graca (PG), Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 30 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet fa Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 que nada mais é do que um prazo no qual o desempregado néo contribui para_a_previdéncia Social, mas mantém a sua qualidade de sequrado, inclusive podendo gozar dos beneficios previdenciarios. Diante do exposto, o segurado, quando desempregado de forma involuntaria, tem direito as seguintes protecées: v Previdenciaria: 0 Periodo de Graca (PG), que é 0 prazo onde o cidad&o nao contribui para o RGPS, mas mantem a sua condicdo de sequrado, inclusive podendo usufruir de todos os beneficios previdenciarios por um determinado periodo de tempo previsto em legislacio, e; v Trabalhista: 0 cidaddo tem direito a receber algumas parcelas de Seguro Desemprego, com o valor definido em fungdo do salario que recebia enquanto trabalhava. E um beneficio pago pelo MTE. Apesar de estar na érbita trabalhista, o beneficio tem natureza previdencidria, como ja foi exposto anteriormente. Sendo assim, n&o confunda! Sao protegdes sociais distintas (previdenciéria e trabalhista). =) IV - Salério Familia e Auxilio Reclusio para os dependentes dos segurados de baixa renda; 0 Salério familia e 0 Auxilio Recluséo so devidos somente para o segurado baixa renda, conforme disposicées legais. Nao adianta ir ao INSS reclamar que a vida esta dificil, pois o critério é objetivo! E baixa renda, tem direito! Nao é baixa renda, sinto muito! V - Pensao por Morte do segurado, homem ou mulher, ao cénjuge ‘ou companheiro e dependentes, observado 0 disposto no § 2.0 (beneficio que substitui_o rendimento do seaurado teré como valor mensal minimo o salério minimo nacional). A Pens&o por Morte nao exige nenhum comentario adicional. O segurado morre e deixa pensdo para a esposa, marido, companheiro ou equiparado, filhos. Enfim, 0 beneficidrio néo sera o préprio segurado, mas seus dependentes. Sendo que a Penséo por Morte ser de no minimo um salario minimo mensal. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 31 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 () 08. As: Vamos iniciar agora o estudo na terceira area da Seguridade Social, a Assisténcia Social. Esse campo, ao contrério da Previdéncia que é contributiva (sé usufrui dos beneficios quem contribui ou contribuiu), e da Satide que é disponibilizada a qualquer pessoa (pobre ou rico, independentemente de contribuic&o), é uma area que somente os necessitados podem utilizar! Sim, a Assisténcia Social € somente aos _necessitados, independentemente de contribuicées 4 Seguridade Social. Em Ultima instancia, é uma forma de o governo tentar reduzir o sofrimento das camadas mais pobres da sociedade. O Art. 203 da CF/1988 define Assisténcia Social, bem como cita seus objetivos: Art. 203. A Assisténcia Social seré prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuicéo 4 Seguridade Social, e tem por objetivos: I - A protecao 4 familia, 4 maternidade, 4 infancia, 4 adolescéncia e 4 velhice; II - O amparo as criangas e adolescentes carentes; IIT - A promogao da integracao ao mercado de trabalho; IV - A habilitagao e reabilitago das pessoas portadoras de deficiéncia e a promocéo de sua integracéo 4 vida comunitéria, e; V - A garantia de um salério minimo de beneficio mensal 4 pessoa portadora de deficiéncia e 20 idoso que comprovem nao possuir meios de prover & prépria manutengao ou de té-la provida por sua familia, conforme dispuser a lei. © inciso IV referente & habilitacéo © reabilitagio das pessoas portadoras de deficiéncia, trata de um set nao da Previdéncia Social, como as provas tentam enganar 0 candidato. Preste atencdo a esse detalhe! Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 32 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Da mesma forma, o inciso V que versa sobre garantia de um salério minimo de beneficio mensal a pessoa portadora de deficiéncia e ao idoso, trata de um beneficio da Assisténcia Social e nao da Previdéncia Social. Tome cuidado também com essa diferenca! A Assisténcia Social é tratada apenas na CF/1988? Nao, ela é tratada em lei prdpria, a Lei n.° 8.742/1993, conhecida como Lei Organica da Assisténcia Social (LOAS). Ge) 09. Competéncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdéncia Social. C5 04, Competéncia Legislativa da Seguridade Social e da Previdéncia Social (CF/1988). Dando continuidade, uma vez observado os conceitos de competéncias supracitados, vamos observar o que dispée a Carta Magna em relagéo & Seguridade Social e a Previdéncia Social: Art. 22. Compete privativamente a Unido legislar sobre: XXII - Sequridade Social; Pardgrafo Unico. Lei complementar poderé autorizar os Estados a legislar sobre questées especificas das matérias relacionadas neste artigo. Como podemos observar, a Unido é 0 ente politico responsavel por legislar privativamente sobre a Seguridade Social, lembrando que essa é composta por 3 ramos: Previdéncia Social, Assisténcia Social e Satide. Sendo assim, a Unido responsével pelas normas basicas e pelas regras gerais da Seguridade Social em seus 3 ramos, bem como pela estrutura da Seguridade Social no pais. © paragrafo unico é bem claro ao afirmar que, por meio de Lei Complementar, a Unido poderé autorizar os Estados a legislar apenas sobre questdes especificas de Seguridade Social. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 33 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Art. 24. Compete 4 Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: XII - Previdéncia Social, Protecao e Defesa da Satide; § 1.9 No 4mbito da legislagéo concorrente, a competéncia da Unido limitar-se-é a estabelecer normas gerais. § 2.° A competéncia da Unido para legislar sobre normas gerais nao exclui a competéncia suplementar dos Estados, § 3.9 Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerao a competéncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4.° A superveniéncia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficdcia da lei estadual, no que lhe for contrdrio. Conforme dispSe o Art. 24 da CF/1988, compete a Unido, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre a Previdéncia Social. Sendo assim, cabe a unido editar as normas gerais sobre a Previdéncia Social. A edigio de normas gerais de Previdéncia Social pela unio néo afasta a competéncia suplementar dos Estados, de editar normas que tratem de assuntos néo presentes nas normas gerais federais. Por seu turno, a falta de normas gerais por parte da unio, autoriza os Estados a exercerem a sua competéncia legislativa plena, ou seja, os Estados poderao editar normas gerais sobre Previdéncia Social. Por fim, caso a Unido venha, supervenientemente, editar lei que trate de normas gerais de Previdéncia Social, as normas gerais editadas pelos Estados terdo sua eficdcia suspensa imediatamente, no que for contrario a nova lei federal. 10. Legislagéo Previdenciaria e suas Caracteris' () Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 34 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet 06. Estratégia Direito Previdencidrio p/ INSS ToweuRsos 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha ~ Aula 00 Hierarquia. As normas que compéem o ordenamento juridico patrio guardam hierarquia entre si, ou seja, existem normas superiores que devem ser respeitadas pelas normas inferiores. infer Em suma, a norma superior sempre prevalece sobre a norma rior, Nesse’ sentido, podemos dividir as normas em 4 niveis decrescentes de hierarquia: Prof. 1._Normas Constitucionais: Estamos falando da Constituigéo Federal e de suas Emendas Constitucionais. Devo ressaltar que também recebem status constitucional os Tratados. Internacionais sobre Direitos Humanos votados pelo rito de Emenda Constitucional (3/5 - 60% — dos votos para aprovagao, em 2 turnos de votacdo, tanto na Camara dos Deputados quanto no Senado Federal). Essas normas est%o no topo da hierarquia devendo ser respeitadas por todos os outros atos normativos presentes no ordenamento juridico, sob pena de serem julgadas inconstitucionais. 2. Normas Supralegais: Saéo os Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos incorporados ao ordenamento juridico patrio por meio do mesmo processo legislativo das Leis Ordinérias. Esses Tratados, conforme dispde 0 STF, estdo acima de todas as leis e a abaixo da Constituigéio e suas emendas; 3. Normas Legais: So as Leis Complementares, Leis Ordindrias, Leis Delegadas,. Medidas Provisérias, Decretos _Legislativos, Resolugées da Camara dos Deputados, Resolugdes do Senado Federal e os Tratados Internacionais recepcionados com forga de Lei Ordindtia. Nesse ponto considero importante citar que no existe hierarquia entre as Normas Legais, ou seja, ao contrario de que muitos pensam, as Leis Complementares nao so superiores as Leis Ordindrias. As normas Legais devem respeitar a Constituigéo, as Emendas Constitucionais, bem como as Normas Supralegais, sob pena de serem declaradas inconstitucionais ou ilegais, e; 4, Normas Infraleaais: Decretos, Portarias, Instrugdes Normativas e outros atos infralegais. Esses atos estéo no patamar mais baixo, devendo respeitar as Normas Constitucionais, Normas Supralegais e as Normas Legais, sob pena de serem considerados inconstitucionais ou ilegais. Ali Mohamad Jaha Pagina 35 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet 35 Agi Direito Previdencidrio p/INSS Es! cur tegia 4.4 Turma - 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 Com base nos 4 niveis apresentados, podemos montar a famosa Piramide de Kelsen, que nada mais é do que a representacao gréfica da Teoria da Hierarquia das Normas Juridicas proposta pelo notério jurista austriaco Hans Kelsen (1881-1973). Observe: dl. ne a as 12. Quest6es Comentadas. 01. (Consultor Legislativo/Camara dos Deputados/CESPE/2014): A Constituicéo Federal de 1934 inovou a ordem constitucional brasileira no que se refere a fonte do custeio previdenciario, que passou a ser triplice, provinda de contribuicdes do Estado, do trabalhador e do empregador. Entre 1930 e 1960 tivemos trés constituigées federais vigentes, e sobre elas, acho importante saber: CF/1934: Pela primeira vez uma carta magna nos trouxe que 0 custeio da previdéncia ocorreria de forma triplice, com contribuigéo dos empregadores, dos trabalhadores e do Estado. Apesar da participagéo do Estado no custeio, essa constituicao adotou 0 termo “Previdéncia” sem o adjetivo “Social”. CE/1937: Néo traz nenhuma novidade, mas adota o termo “Seguro Social” como sinénimo de “Previdéncia Social”, que sob a égide da Constituicéo atual é um erro. Como jé disse, fique calmo, sem ansiedade, vocé conheceré esses termos nos préximos tépicos. =) CF/1946: Foi a primeira Constituigéo a adotar o termo “Previdéncia Social” de forma expressa em substituigS0 a Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 36 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 expresséo “Seguridade Social”. Nao traz nenhuma novidade relevante. Certo. 02. (Analista do Seguro Social — Direito/ INSS/Funrio/2014): A primeira norma legal a instituir a previdéncia social no Brasil foi a Constituigdo de 1946. Em 24/01/1923, surge o marco inicial da Previdéncia Social no Brasil: A Lei Eloy Chaves (LEC). O entdo Deputado Federal por Sao Paulo, Eloy Marcondes de Miranda Chaves, a pedidos dos trabalhadores ferroviarios estaduais, redigiu 0 Decreto Legislativo n.° 4.682, que criava para esses trabalhadores a Caixa de Aposentadoria e Pensao (CAP). Esse ato normativo fol inspirado em um projeto de lei argentino, com as devidas adaptacées 4 realidade nacional da época, que dispunha sobre a criagéo das CAP. A LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua prépria CAP em favor de seus trabalhadores. Além disso, deveria prever quais beneficios seriam concedidos e quais seriam as contribuigdes da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP. Como podemos perceber, a previdéncia nasceu no Brasil sem a participagéo do Estado, pois as CAP eram patrocinadas pela empresa e pelos empregados. Errado. 03. (Analista Executivo/SEGER-ES/CESPE/2013): Acerca do conceito, da origem e da evolucao legislativa da seguridade social brasileira, é correto afirmar que a Constituicio de 1937 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdéncia, realizada com contribuigées do Estado, do empregado e do empregador. A Constituicao Federal de 1934 nos trouxe pela primeira que, © custeio da previdéncia ocorreria de forma triplice, com contribuicéo dos empregadores, dos trabalhadores e do Estado. Apesar da participagéo do Estado no custeio, essa constituigéo adotou 0 termo “Previdéncia” sem o adjetivo “Social”. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 37 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Errado. 04. (Analista Judiciario - Area Administrativa/TRT- 8/CESPE/2013): Acerca da evolugao histérica do direito previdencidrio brasileiro, ¢ correto afirmar que ocorreram indmeras modificagdes na organizagao administrativa previdenciéria brasileira ao longo de seu desenvolvimento, tais como a transformag&o do Fundo de Assisténcia e Previdéncia do Trabalhador Rural em INPS e, em seguida, mediante a CF, a transformagao deste em INSS. Em 1963, por meio da Lei n.° 4.214, foi instituido o Fundo de Assisténcia e Previdéncia do Trabalhador Rural (FUNRURAL). Esse fundo era financiado pelos produtores rurais que ao comercializarem sua produg&o, eram obrigados a recolher um percentual da receita para a previdéncia mediante guia prépria. O FUNRURAL foi extinto com 0 advento do SINPAS em 1977. Por sua vez, em 1966, foi publicado 0 Decreto-Lei n.° 72, que unificou todos os IAPs existentes, criando o Instituto Nacional da Previdéncia Social (NPS), perdurando até a criag&o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por meio da Lei n.° 8.029/1990 (1 ano e meio apés a promulgagao da CF/1988), sendo que o INSS nasceu da fuséo do INPS com o Instituto de Administragéo Financeira da Previdéncia e Assisténcia Social (JAPAS). Errado. 05. (Defensor Piblico/ DPU/CESPE/2010): A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n.° 4.682/1923), considerada o marco da Previdéncia Social no Brasil, criou as caixas de aposentadoria e pensdes das empresas de estradas de ferro, sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado. A Lei Eloy Chaves (LEC) previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua prépria CAP em favor de seus trabalhadores, além de prever quais beneficios seriam concedidos e quais seriam as contribuigées da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 38 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Como podemos perceber, a previdéncia nasce no Brasil sem a participag3o do Estado, pois as CAP sao patrocinadas pela empresa e pelos empregados. Errado. 06. (Consultor Legislativo/C4mara dos Deputados/CESPE/2014): Embora a Lei Eloy Chaves, de 1923, seja considerada, na doutrina majoritéria, 0 marco da previdéncia social no Brasil, apenas em 1960, com a aprovacéo da Lei Organica da Previdéncia Social, houve a uniformizagao do regramento de concess&o dos beneficios pelos diversos institutos de aposentadoria e pensdo ent&o existentes. Em 1960, a Lei n.° 3.807 unificou toda a legislag&o securitaria (7 IAP existentes) e ficou conhecida como Lei Organica da Previdéncia Social (LOPS). Os IAP continuaram existindo, mas a legislago foi unificada, 0 que fol um grande avanco para os trabalhadores, além da simplificag&o no entendimento da legislacéo. Certo. 07. (Procurador/TCE-BA/CESPE/2010): Na evolugao da previdéncia social brasileira, 0 modelo dos institutos de aposentadoria e penséio, que abrangiam determinadas categorias profissionais, foi posteriormente substituido pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensdo, que eram criadas na estrutura de cada empresa. Foi exatamente 0 contrario: As Caixa de Aposentadoria e Pens&o (CAP) foram substituidas pelos Instituto de Aposentadoria e Pensao (IAP). Na década de 30, 0 governo unificou as CAP em IAP, que néo seriam organizadas por empresas, mas sim por Categoria Profissional. Os IAP tinham natureza de autarquia e eram subordinadas ao recém-criado Ministério do Trabalho (1930). Essa unificacao foi lenta e durou quase trés décadas, sendo o IAP dos Maritimos 0 primeiro a ser criado (1933) e 0 IAP dos Ferrovidrios (1960), o ultimo. Errado. 08. (Analista Judiciério - Area Administrativa/TRT- 8/CESPE/2013): Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 39 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Acerca da evolugdo histérica do direito previdenciério brasileiro, é correto afirmar que o ordenamento juridico brasileiro coexistiu com inimeros regimes previdencidrios especificos até a edicio do Decreto-Lei n.° 72/1966, mediante o qual foram unificados os institutos de aposentadorias e centralizada a organizac&io previdencidria no INPS. Em 1960, a Lei n.° 3.807 unificou toda a legislag&o securitaria (unificagao da legislagao dos 07 IAPs existentes) e ficou conhecida como Lei Organica da Previdéncia Social (LOPS). Os IAPs continuaram existindo, mas a legislagao foi unificada, © que foi um grande avango para os trabalhadores, além da simplificag&o no entendimento da legislacao. Em 1965 foi incluido um dispositivo na CF/1946 no qual se proibia a prestaco de beneficio sem a correspondente fonte de custeio. O legislador deu um passo a mais na evolugdo do sistema previdenciério patrio. Finalmente, em 1966, foi publicado 0 Decreto-Lei n.° 72 que unificava os IAP, criando 0 Instituto Nacional da Previdéncia Social (INPS), 6rg&o publico de natureza autarquica. Um ano depois, em 1967, com o advento da Lei n.° 5.316, 0 governo integrou 0 Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) 4 Previdéncia Social e, finalmente, esse beneficio deixou de ser uma prestacao privada para se tornar um beneficio publico. A partir de 1967, tanto os beneficios comuns quanto os acidentérios ficaram abarcados pelo INPS, que passou a ser o érgéo responsével pela concesséo dos mesmos Certo. 09. (Procurador Municipal /PGM-Aracaju/CESPE/2008): A positivagao do modelo de seguridade social na ordem juridica nacional ocorreu a partir da Constituigéo de 1937, seguindo o modelo do Bem- Estar Social, em voga na Europa naquele momento. No caso brasileiro, as areas representativas dessa forma de atuac&o sao satide, assisténcia e previdéncia social. A CF/1937 nao trouxe 0 modelo de seguridade social 4 ordem juridica nacional. A propésito, a “Polaca” néo trouxe nenhuma Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 40 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 novidade securitéria, apenas o fato de adotar o termo “Seguro Social” como sinénimo de “Previdéncia Social”. Cinco décadas depois, em 1988, a Constituicéo Cidadé finalmente positivou a Seguridade Social em nosso ordenamento juridico, definindo-a como um conjunto de acées nas dreas de Previdéncia, Assisténcia e Saude. Errado. 10, (Defensor Pablico/ DPE-AM/IC/2011): A constituic&o do sistema de protecao social no Brasil, a exemplo do que ocorreu na Europa, deu-se em razéo de longo e vagaroso processo de superacio dos postulados do liberalismo classico, passando o sistema da total auséncia de regulacdo estatal para uma intervencao cada vez mais ativa do Estado que culminou com os atuais sistemas de protecdo previdenciéria. No Brasil, a evolugao previdenciéria se deu de forma andloga a mundial: um lento processo de transformacao de Estado Liberal (sem intervengéo Estatal) para Estado Social (com total intervengéo estatal). Até 1923, apenas alguns servidores ptiblicos possuiam a protecéo social, n&o existindo uma protecéo extensiva aos trabalhadores da iniciativa privada. Apés a criacéo da Lei Eloy Chaves — marco inicial da Previdéncia Social no Brasil, 0 sistema securitério brasileiro evoluiu lentamente até o moderno sistema atualmente adotado por nossa CF/1988, Certo. 11. (Defensor Publico/DPE-AM/IC/2011): A Carta constitucional de 1937 previa, como forma de atuac&o do estado, as dreas de satide, assisténcia e previdéncia social, além de inimeras outras inovagdes na drea da seguridade social. A CF/1937 no trouxe 0 modelo de seguridade social 4 ordem juridica nacional. Foi a CF/1988 que trouxe o conceito de Seguridade Social como sendo um conjunto de agées integradas nas areas de Previdéncia, Assisténcia e Saude. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 41 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Errado. 12. (Analista. Judiciério - Area Administrativa/TRT- 8/CESPE/2013): Acerca da evolugao histérica do direito previdenciério brasileiro, é correto afirmar que o Decreto Legislativo n.° 4.682/1923, também conhecido como Lei Eloy Chaves, € considerado um marco do direito previdenciario brasileiro, devido ao fato de, por meio dele, ter sido criado o Ministério da Previdéncia e Assisténcia Social. A Lei Eloy Chaves (LEC), sem ddvida alguma, foi 0 marco inicial da Previdéncia Social no Brasil, no por ter criado o Ministério da Previdéncia e Assisténcia Social, mas por ter criado as Caixas de Aposentadoria e Penséo (CAP). No caso, a LEC previa que cada empresa de estradas de ferro no Brasil deveria criar e custear parcialmente a sua prépria CAP em favor de seus trabalhadores. Além disso, deveria prever quais beneficios seriam concedidos e quais seriam as contribuigdes da empresa e dos trabalhadores para a respectiva CAP. Como podemos perceber, a previdéncia nasceu no Brasil sem @ participagao do Estado, pois as CAP eram patrocinadas apenas pela empresa e pelos empregados. Errado. 13. (Técnico do Seguro Social/INSS/FCC/2012): © INSS, autarquia federal, resultou da fuséio das seguintes autarquias: TAPAS e INAMPS. A Lei n.° 8.029/1990 criou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) através da fusao do Instituto Nacional de Previdéncia Social (INPS) com o Instituto de Administracéo Financeira da Previdéncia e Assisténcia Social (IAPAS). Errado. 14. (Consultor Legislativo/CAmara dos Deputados/CESPE/2014): Entre os principais marcos legislativos referentes & seguridade social incluem-se a edico do “Poor Relief Act” (Lei dos Pobres), em 1601, na Inglaterra, e a criag&o do seguro-doenca, em 1883, na Alemanha. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 42 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégia Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 Na Histéria Mundial podemos destacar os seguintes fatos marcantes da Protegao Social: 1601 - “Poor Relief Act” (Leis dos Pobres): Primeira manifestagéo estatal quanto a protegéo social. Era um mecanismo, presente na Inglaterra, de protec&o social as pessoas carentes e necessitadas. N30 era um mecanismo previdenciario, mas sim um mecanismo assistencial. Foi 0 marco inicial da Assisténcia Social no mundo. 1883 — Lei de Bismark: E 0 surgimento da Previdéncia Social no mundo. O Chanceler alem&o Bismark instituiu para seu povo uma norma na qual rezava que seria instituido um seguro doenga em favor dos trabalhadores industrials. Esse seguro seria patrocinado pelo préprio trabalhador e por seu empregador, que deveriam contribuir para o Estado. Por sua vez, este manteria um sistema protetivo em relacéo a esses trabalhadores. A Lei de Bismark foi evoluindo com os anos e abarcando novas situagées de protec&o como os acidentes do trabalho e os beneficios em decorréncia de invalidez. O sistema previdenciério de Bismark é muito parecido com 0 adotado atualmente pelos paises, inclusive pelo Brasil. 1917 - Constituic&o do México: Foj a primeira constituiggo do mundo a adotar a expressao Previdéncia Social. Isso 6 um claro reflexo da evolucgéo do Estado Liberal para o Estado Social (“Welfare State”). 1919 - Constituic#o de Weimar: Constituicao que vigeu na curta republica de Weimar da Alemanha (1919 - 1933). A Alemanha, como bergo da Previdéncia Social, seguiu os passos da Constituigéo do México e abarcou o tema em seu texto constitucional. 1935 - "Social Security Act”: Institui nos Estados Unidos 0 sistema previdencidrio nacional, com uma grande margem de atuagao. E uma evolugao do sistema elaborado por Bismark na Alemanha cinco décadas antes. 1942 — Plano Beveridge (Inglaterra): Foi a reformulag&o completa do sistema previdenciario briténico. Como se falava na época, os briténicos estariam protegidos do berco 20 tmulo. Em suma, qualquer pessoa em qualquer idade teria Prof. All Mohamad Jaha Pagina 43 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 ampla protecao social estatal. Foi 0 ponto alto do “Welfare State” (Estado Social). Esse plano serviu de base para delinear a Seguridade Social da forma que conhecemos nos dias de hoje, como algo mais abrangente que Previdéncia Social e Assisténcia Social. Certo. 15. (Defensor Ptiblico/ DPE-AM/IC/2011): A Carta de 1934 foi pioneira em prever a forma tripartite de custeio, ou seja, a contribuigo dos trabalhadores, a dos empregadores e a do poder publico. A CF/1934 inovou ao estabelecer pela primeira vez a forma triplice da fonte de custefo, com contribuigées do Empregador, Trabalhador e do Estado. Além disso, utilizou a expressdo "Previdéncia” sem 0 adjetivo “Social”. Certo. 16. (Técnico do Seguro Social/INSS/CESPE/2008): A fus&o da Secretaria da Receita Federal com a Secretaria da Receita Previdenciéria centralizou em apenas um érg&o a arrecadac&o da maioria dos tributos federais. Contudo, a fiscalizacéo e a arrecadagao das contribuigées sociais destinadas aos chamados terceiros — SESC, SENAC, SESI, SENAI e outros — permanecem a cargo do INSS. Desde 2007, com a criag&o da Receita Federal do Brasil, 0 INSS no. esté encarregado de fiscalizar e arrecadar nenhuma contribuigao social ou outra espécie de tributo. Atualmente, cabe ao INSS apenas a concesséo de beneficios previdenciérios. Errado. 17. (Defensor Puiblico/DPE-AM/IC/2011): E entendimento doutrindrio dominante que o marco inicial da previdéncia social brasileira foi a publicagao do Decreto Legislative n.° 4.682/1923, Lei Eloy Chaves, que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensées nas empresas de estradas de ferro existentes, sendo que tal instrumento normativo foi pioneiro na criag&o do Instituto da Aposentadoria e Pensao. A Lei Eloy Chaves (LEC) determinou que fosse criada uma Caixa de Aposentadoria e Pensdo (CAP) por empresa de estrada de ferro. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 44 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 Na década de 30, quando as CAP foram substituidas pelos Institutos de Aposentadoria e Penséo (IAP), cada instituto foi criado por um ato normativo distinto e n&o pela propria LEC como afirma a questo. Errado. rio - Area Administrativa/TRT- 18. (Analista. Ju 8/CESPE/2013): Acerca da evolucao histérica do direito previdenciario brasileiro, é correto afirmar que ao longo de décadas, o Estado brasileiro deixou de conceder diversos direitos sociais a seus cidados, tendo sido instituidos beneficios previdencidrios ao trabalhador apenas com a promulgagdo da CF. Pelo contrario! Com o passar do tempo, os direitos sociais foram sempre se expandindo até chegarmos na Constituigéo de 1988, conhecida como Constituigéo Cidada. Tal apelido deriva da enorme quantidade de direitos e garantias fundamentais previstas em seu texto. Apds um longo periodo sofrendo nas méos dos militares, os parlamentares constituintes tentaram garantir todos os direitos e protecdes posstvels aos cidadaos brasileiros. Por sua vez, desde o surgimento da Previdéncia Social no pais, por meio da Lei Eloy Chaves (1923), os trabalhadores sempre contaram com beneficios previdenciérios. Errado. 19. (Analista Executivo/SEGER-ES/CESPE/2013): Acerca do conceito, da origem e da evolucao legislativa da seguridade social brasileira, é correto afirmar que apesar de nao ser a primeira norma a tratar de seguridade social, a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislative n.° 4.682/1923) € considerada pela doutrina majoritéria o marco inicial da previdéncia social brasileira. A Lei Eloy Chaves é considerada o marco da Previdéncia Social no Brasil. Ela determinava a criago de Caixas de Aposentadoria e Pensées para os empregados ferrovidrios. Previa os beneficios de aposentadoria por invalidez, ordindria (equivalente 4 aposentadoria por tempo de contribuigao), penséo por morte e assisténcia médica. Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 45 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégia Direito Previdencidrio p/ INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 Certo. 20. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2014): O entendimento do Supremo Tribunal Federal, no que toca a imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assisténcia social, é no sentido de que se entendem por servicos assistenciais as atividades continuadas que visem a melhoria de vida da populagao e cujas acdes, voltadas para as necessidades bdsicas, observem os objetivos, os principios e as diretrizes estabelecidos em lei. Questo muito maldosa, exigindo conhecimento do entendimento do STF sobre um dispositivo com redac&o revogada de um ato normativo no previsto expressamente no edital (Lei n.° 8.742/1993 - Lei Organica da assisténcia Social, a famosa LOAS). Observe o seguinte enunciado: RECURSO EM MANDADO DE SEGURANGA N.° 23729/DF, DE 14/02/2006: ENTIDADE BENEFICENTE DE _ASSISTENCIA SOCIAL. CERTIFICADO DE ENTIDADE DE FINS FILANTROPICOS. 1. Entendem-se por servicos assistenciais as atividades continuadas que visem 4 melhoria de vida da populacao e cujas ages, voltadas para as necessidades basicas, observem os objetivos, os principios e as diretrizes estabelecidos em lei. 2. Do confronto entre os objetivos estatutdrios do impetrante e a definicéo de entidade beneficente de assisténcia social da legislacéo (Art. 23 da Lei n.° 8.742/1993, Art. 55 da Lei n.° 8.212/1991 e Decreto n.° 752/1993), verifica-se que o recorrente no faz jus ao Certificado de Entidade de Fins Filantrépicos, pois, muito embora as elevadas finalidades de estreitamento das relac6es culturais entre paises irméos, nao esta voltado precipuamente para as necessidades basicas da populac&o e nao é entidade beneficente de assisténcia social. 4. Provimento negado. Como observamos, a deciséo do STF faz referéncia ao Art. 23 da LOAS com a sua reda¢ao original e revogada ("‘servicos assistenciais”), ao passo que o referido dispositivo fol alterado pela Lei n.° 12.435/2011, apresentado, atualmente, a seguinte redagao: Art. 23. Entendem-se por servicos socioassistenciais as atividades continuadas que visem & melhoria de vida da Prof. All Mohamad Jaha Pagina 46 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet Estratégi. la Direito Previdencidrio p/INSS TON CURSOS 4.2 Turma ~ 2015/2015 Teoria e Questdes Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha - Aula 00 populacao e cujas acées, voltadas para as necessidades basicas, observem os objetivos, principios e diretrizes estabelecidos nesta Lei Em resumo, a assertiva fez referéncia uma jurisprudéncia que faz meng&o @ um artigo que foi alterado, de uma lei nao prevista em edital. No meu entendimento, de forma “um pouco forcada”, cabe anulacSo, pois 0 termo correto atualmente é “servicos socioassistenciais” e no "servicos assistenciais”, como é sugerido. Certo, 21. (Auditor-Fiscal/RFB/ESAF/2012): A sociedade financia a seguridade social, de forma indireta, entre outras formas, por meio das contribuigées para a seguridade social incidentes sobre a folha de salarios. A Sociedade financia a Seguridade Social de forma direta e indireta, inclusive por meio das contribuicdes sobre a folhas de saldérios. Essa afirmagao esta clara no Art. 195, inciso I, alinea a: Art. 195. A Seguridade Social seré financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orcamentos da Uniéo, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, e das seguintes contribuig6es soci I - Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lel, incidentes sobre: a) A folha de salérios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer titulo, 4 pessoa fisica que he preste servico, mesmo sem vinculo empregaticio; Cuidado com esses detalhes da literalidade! =) Errado. (..-) Acabamos aqui a Aula Demonstrativa. Espero que vocé tenha gostado © que possamos finalizar juntos esse curso, rumo a sua Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 47 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet 35 Ag]. Direito Previdencidrio p/INSS Es! cur tegia 4.4 Turma - 2015/2015 Teoria e Questées Comentadas Prof. Ali Mohamad Jaha — Aula 00 Fique com Deus. Forte Abrago. ALI MOHAMAD JAHA ali.previdenciario@gmail.com www.facebook.com/amjaha (adicione-me) www.facebook.com/amjahafp (curta a pagina) Prof. Ali Mohamad Jaha Pagina 48 de 48 www.estrategiaconcursos.com.br www.concurseirosunidos.org - 0 maior rateio de materiais da internet ESSA LE TODO MUNDO CONT CE: LESCAUT UO UCN Rm OTTO Sr De Ler Pirata divulgailcitamente (grupos derateio),utlizando-se Professorinveste seu tempo A doamonimato,nomesfalsos ou | | para elaboraros cursos¢0 oe laranjas(geraimenteo pirata se Reem sites colocaavenda ¢ anuncia coma formador de ‘grupos solidarios”derateio ‘que néo visa lucro), Pirata cria alunos fake praticanda falsidade Pirata compra, muitas vezes, ideoligica, comprando clonando cartbes de erédito cursos do site emnome de (porvezes osistema anti fraude pessoas aleatérias (usando ‘do consegue identificar nome, CPEendereco etelefone ogolpea tempo. de terceros sem autorizag) Piratafereos Termas de Uso, adulteraas aulas eretiraa a Pirata revende as aulas cach protegidas por direitos autorais, eI Moorea Cl naa praticando concorréncia desleal A e-em flagrante desrespeitoa = ol £ Leice Direitos Autoras sojam identificados) (Lei 9.610798). Concurseira(a) desinformado Oprofessor que elaborau o participa de rateio, achando curso nio ganha nada, o site quenada dissoesté acontecendo no recebe nada, ea pessoa eesperando setornar servidor {que praticou todos os ilicitos piiblice para exigir 0 cumprimento das leis anteriores (pirata) fica com oluero, Deixando de lado esse mar de sujeira, aproveitamos para agradecer a todos 38.0rg= 6 maior ratio dé Materials dalinternet |

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