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MINISTERIO DOS DESBRAVADORES = . : a rca M Dy a) ASTRONOMIA BASICA & AVANCADA MUNDO as C ceeeel yaS kerma [da Ch ie) to) oY RO Esta é mais uma publicagao do site, MUNDO FSPECIALIDADES GUIA > ESPECIALIDADES Guias de estudo para as especialidade do Clube de Desbravadores Volume 30 ASTRONOMIA BASICA E AVANGADA 18 Edic&o: Disponivel em www.mundodasespecialidades.com.br Diagramacao e Edicdo: Khelven Klay de A. Lemos Coordenagao: Aénio Rodrigues Autor: José Luiz Xavier Filho DIREITOS RESERVADOS. A reprodugao deste material seja de forma total ou parcial de seus textos ou imagens 6 permitida, desde que seja referenciado o Mundo das Especialidades e seus autores pela nova autoria ao fim de seu material. Todos os direitos reservados para Mundo das Especialidades Uniao Nordeste Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia Ministério dos Desbravadores Estemateria estar registrado nos seguintes éraos @wars © Natal, RN, Maio de 2014 O que vem por ai mundodasespecialidades@hotmail.com en apéhas ver sttrelas "HE Jor que estudar Astronomia? Nosso objetivo 6 Sopa so utilizar 0 Universo como laboratério, deduzin- See do de sua observacio as leis fisicas que po- Be derdo ser utilizadas em coisas muito praticas, desde prever as marés e estudar a queda de astercides sobre nossas cabegas, até como construir reatores nucleares, analisar o aquecimento da atmosfera por efeito estufa causado pela poluigao, necessdrios pa- aa sobrevivéncia e desenvolvimento da raca huma- na. Vv Peete) eee eos Pope rogue prévio de Astronomia, Em uma noite sem nuvens, em um local dis- tante das luzes da cidade, o céu noturno pode ser visto em todo 0 seu esplendor, e é facil entender porque desperta o interesse das pessoas. Depois do Sol, necessario @ vida, a Lua é o objeto celeste mais importante, continuamente mudando de fase. As es- trelas aparecem como uma miriade cle pontos bri- ihantes no céu. Entre elas, os planetas se destacam por seu brilho e por se moverem entre as demais. Astronomia é fascinante, instigante, harménica e be~ lissima. A ciéncia mais antiga da humanidade e aquela que impulsionou os maiores avangos tecno- légicos. Também porque é aquela ciéncia que quan- to mais respostas conseguimos para nossas pergun- tas, mais perguntas surgem, e possui uma quantida- de to grande de mistérios que talvez nunca conse- guiremos desvendar. OYOVINISI Um Abrago! José Luiz Xavier Filho O autor Zé Luiz 5 upira ~ yy Cupira - PE [ , E q Queremos contar com seu apoio para montar as nossas 7 especialidades. Con- & te para nés sua expe- rigncia, envie sua fo- Historiador e Desbravador in walmente to, desenho, texto ou apelxonado, Existe uma frase que me define: Eu nao conhecimento, voc snsino @ nao mando. Ensinando sai cépia, mandando Sera sempre Bem sei eserevo. Eu transmito meu espiito. (Kan-Tche Sato) vindo neste mundo. —A4% ESTUDO DA NATUREZA stronomia, que etimologicamente significa ‘lei das estrelas’ com ori- gem grega: (doTpo + voHos) povos que acreditavam existir um ensinamento vindo das estrelas, é hoje uma ciéncia que se abre num leque de categorias complementares aos interesses da fisica, da matematica e da biologia. Envolve diver- sas observacées procurando respostas aos fend- menos fisicos que ocorrem dentro e fora da Terra bem como em sua atmosfera e estuda as origens evolugao e propriedades fisicas e quimicas de to- dos os objetos que podem ser observados no céu (€ estao além da Terra), bem como todos os pro- cessos que os envolvem. Observacées astronomi- cas nao sao relevantes apenas para a astronomia, mas também fornecem informagées essenciais pa- ra a verificacéo de teorias fundamentais da fisica, tais como a teoria da relatividade geral. A origem da astronomia se baseia na antiga, (hoje considerada pseudociéncia) astrologia, prati cada desde tempos remotos. Todos os povos de- senvolveram, ao observar 0 oéu, um ou outro tipo de calendario, para medir as variagdes do clima no decorrer do ano. A fungao primordial destes calen- darios era prever eventos ciclicos dos quais depen- dia a sobrevivéncia humana, como a chegada das chuvas ou do frio. Esse conhecimento empirico foi a base de classificagées variadas dos corpos celes- tes. As primeiras idéias de constelagao surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento dos planetas contra um quadro de referéncia fixo. A Astronomia é uma das poucas ciéncias onde observadores independentes possuem um papel ativo, especialmente na descoberta e monito- ragao de fenémenos temporérios. Muito embora seja a sua origem, a astronomia nao deve ser con- fundida com Astrologia, o segmento de um estudo tedrico que associava os fendmenos celestes com as coisas na terra (marés), mas que apresenta-se falho ao generalizar o comportamento e o destino da humanidade com as estrelas planetas. Embo- ra os dois casos compartihem uma origem co- mum, seus segmentos hoje sao bastante diferen- tes; a astronomia incorpora 0 método cientifico & associa observacées cientificas extraterrestres para confirmar algumas teorias terrenas (0 hélio foi des- coberto assim), enquanto a Unica base cientifica da astrologia foi correlacionar a posigao dos principais astros da abdboda celeste (como o Sol e a Lua) com alguns fenémenos terrestres, como _o movi- mento das marés, o clima oua —_alternancia de estagdes. j ASTRONOMIA _BASICA E a S~ = tomb ESTUDO DA NATUREZA De todas as galaxias, a mais importante para nés 6 a Via Lactea. A Via Lactea 6 a galaxia onde esta localizado o Sistema Solar da Terra. E uma estrutura constituida por cerca de duzer tos bilhdes de estrelas (algumas estimativas colocam esse nti- mero no dobro, em tomo de quatrocentos bilhdes) e tem uma massa de cerca de 1 trilhao e 750 bilhdes de massas solares. Sua idade esta calculada entre 13 bilhdes ¢ 800 milhoes de anos, embora alguns autores afirmem estar na faixa de quatorze bilhdes de anos. Daqui da Terra, portanto do interior da galaxia, a Via Lactea € vista, em noites limpidas, como uma extensa faixa esbranquicada que atravessa o céu Vio Lactea quer dizer “caminho de le eee eee eer eee ey Beer TR ae aT Cd ma espiral, como um denso bojo cen: por quatro bracos que se espirolam para fore. a eee re Peete te ee. Localizado em um dos bragos da nossa galiuia, 0 Sol reine em torno de si varios corpos celestes: planetas (como a Terra, Marte, Saturo), satélites naturais (como a Lua), aster: des, cometas e meteordides. HA também gas @ poeira nesse conjunto, 0 conjunto de corpos celestes “liderados” pelo Sol rece. be onome de Sistema Solar. Os componentes do Sistema Solar se mantém reunidos porque gravitam em tomo do Sol. Ou seja, a forca de gravidade exercida pelo Sol os atrai e faz com que eles sigam 0 seu trajeto dentro cla sua galaxia, a Via Lactea. A forca da gravicade existe sempre entre dois corpos. Quanto maior a massa, maior a forca de atracéo: quanto maior a distan- cia entre os corpos, menor a forca de atracao. A Terra e a Lua atraem-se mutuamente. ASTRONOMIA - BASICA E AVANCADA hae ESTUDO DA NATUREZA ORBITA: TRAJETORIA DOS CORPOS CELESTES Qualquer trajetéria que um astro descreve em toro de outro é chamado de érbita. Todos os corpos do Sistema Solar descrevem uma érbita eliptica em tomo do Sol, A elipse 6 uma curva fechada, ovalada, que tem dois focos. No Sistema Solar, o Sol ocupa um dos focos. No entanto, nese caso a distancia entre os focos é tho pequena que a érbita dos planetas ¢, prati camente, circular. Veja a érbita eliptica de um planeta. Peridlio: & ponto da érbita de um corpo. seja ele planeta. planetéide, asterdide ou cometa, que esta mais préximo do Sol. Afélio: 6 0 ponto da étbita em que o planeta, ou planetdide, esta mais afastado do Sol. O SOL: MAIS MASSA QUE TODOS OS AS- TROS DO SISTEMA SOLAR JUNTOS Quando 0 Sol € observado com os fittros ‘apropriados, as caracteristicas mais imediatamente visiveis so. geralmente suas manchas, areas bem definidas na superficie solar que aparentam ser mais escuras do que a regio ao seu redor pelo fato de possuirem temperaturas mais baixas. Manchas sola- es sao regides de intensa atividade magnética onde convecgao ¢ inibida por fortes campos magnéticos, teduzindo transporte de energia do interior quente do Sol, fazendo que estas regides possuam uma tempe- ratura mais baixa do que ao redor. O campo magnéti- co gera intenso aquecimento da coroa solar, forman- do regides ativas que sao as fontes de erupgdes sola- tes € ejecao de massa coronal. As maiores manchas solares podem possuir dezenas de quilémetros de diametro. 7 ASTRONOMIA - BASICAE AVANCADA Wey 5 rn Qs astros do Sistema Solar diferenciam-se sobretudo pelas suas dimensbes. O Sol 0 maior de todos, Em sequida, vém os plonetas, 0 satélites naturais, os asterbides, os come. tas e os meteordides. O Sol € a estrela central do Sistema Solar. To- dos 0s outros corpos do Sistema Solar. como plane- tas, planetas andes, astercices, cometas € poeira, bem todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsavel por 99,86% da massa do Siste ma Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes mai or que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que 0 do nosso planeta. A distancia da Terra ao Sol de cerca de 150 mihées de quilémetros. A luz solar demora aproximadamente 8 minu- tos © 18 segundos para chegar a Terra. Energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos vivos através da fotossintese, proceso do qual, direta ou indiretamente, dependem todos os se- res vivos que habitam nosso planeta. A energia do Sol também € responsavel pelos fendmenos meteorolégi cos eo climana Terra E composto primariamente de hidrogénio (74% de sua massa, ou 92% de seu volume) ¢ hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), com tracos de ou- tros elementos, incluindo ferro, niquel, oxigénio, silicio, enxofte, magnésio, néon, calcio # crémio, Os principais elementos celestes que orbitam em tomo do Sol sao os oito planetas principais conhe- cidos atualmente cujas dimensées vao do gigante de gas Jipiter até ao pequeno e rochoso Mercurio, que possui menos da metacle do tamanho da Terra. Vamos conhéce-los pela ordem de afastamento do Sol ESTUDO DA NATUREZA MERCURIO: é o planeta VENUS: € 0 segundo mais mais préximo do Sol. Esta préximo do Sol. Esté a 108 a. uma distancia média de milhées de quilémetros do 58 milhdes de quilométros ‘Sol (em média) e descreve do Sol e descreve uma um ano que dura 255 dias Grbita completa a cada 88 terrestres. Recebe seu no- dias terrestres. Sua massa_-—«'me_em honra da deusa 6 igual a 5.5% da massa romana do amor Vénus. da Terra. Nao possui agua Sua massa é igual a 81% nem atmostera. Sua da massa da Terra. Nao temperatura 6 possui agua. E conhecido extramamenio oscilante como planeta das nuvens, Csoromanras grammer, oie Sarina Sa ais C; de noite, a temperatura +a, composta basicamente chega a atingir -170°C. de gas carbénico. E um Os planetas do Sistema Solar sao os ~_‘Mereiirio teve © seu nome planeta muito quente, sua cito astros que tradicionalmente sao conhe- _ttibuido pelos romanos temperatura chega a 480° cidos como tal: Mercurio (2), Vénus (9), baseado no mensageito C. Depois do Sol e da Lua, Terra (3), Marte (:), Jupiter (24), Satumo dos deuses, de asas nos © planeta venus é 0 corpo (2), Urano (if) @ Netuno (¥2). Todos os pla- és, porqule parecia mover mais brihante que avista- netas receberam nomes de deuses e deu- se mais depressa do que mos no Céu, porque sua sas da mitologia greco-romana. Fazendo qualquer outro planeta. atmosfera refiete intensa- mente a luz solar. Aborda- rei mais sobre o planeta Vénus no tépico sobre es- trelas parte do Sistema Solar, esses citos planetas Tecebem a luz e 0 calor do Sol, ou seja, a energia emitida pelo nosso astro-rei, en quanto giram em torno dele Os planetas do Sistema Solar estao divididos em dois grupos: Planetos interiores — Mercirio, Vé. nus, Terra e Marte, Plonetas exteriores ~ Japiter, Setur no, Urano e Netuno. Lembrando que, planeta, como def. ido pela Unido Astronomica Internacional (UA, € um corpo celeste orbitando uma estrela ou restos estelares que tem massa suficiente para haver rotacao em tomo de si (através da gravidade) ©, nao tem massa suficiente para causar fusao termonuclear, ou seja, nao tendo luz propria. Os planetas se diferenciam principalmente pela massa, por suas dimensées © por sua composicao quimica, TERRA: terceiro planeta do Sistema Solar. Esta, em média, a 150 milhées de quilémetros do Sol. Entre os planetas do Terra tem MARIE: quarto planeta do Sistema Solar. De noite, aparece como uma estrela vermelha, razao por que os antigos romanos the deram 0 nome de Marte, 0 deus da guerra, Esta uma distancia média mantém grandes quantidades de agua em estado liquido, tem placas de 228 mithées de quilémetros do Sol e tectonicas © um forte descreve uma érbita que dura 1,88 ano . campo magnético. A terrestre. Por estar mais distante do Sol, atmosfera interage com os possui temperaturas mais baixas. entre 20° sistemas vivos. A ciéncia CG e -150°C. Sua atmosfera contém x. modema coloca a Terra principalmente gas carbénico, mas em como tinico corpo quentidade bem inferior ao de Vérus. Marte thre. planetario conhecido que tem calotas polares que contém Agua e aie’ possui vida da forma a didxido de carbono gelados, a maior qual conhecemos. montanha do sistema solar - 0 Olympus Mons, um desfiladeiro imenso. “|ASTRONOMIA - BASIC EAVANCADA WL So Cet, VES Ss I JUPITER: € 0 quinto pla SATURNO: sexto plane- ESTUDO DA NATUREZA neta em distancia do ta do Sistema Solar Sol. Esté, em média, a Esta, em média, a 1.4 URANO: é 0 sétimo _NETUNO: citavo e iit 778 mihoss de quils- _—‘blhtaes de quilémetwos planeta. Esta a uma mo planeta do Sistema metros de distancia. Um do Sol. E quase téo distancia média de 28 Solar desde a reclassi jane. de) sonar enue cede :avemt ste bihoes de quilémetros. —‘fcaco de Plutéo para 2 quase 12 anos terres- Sua massa ecuivale a do Sol. Descreve uma _a categoria de planeta- Gemeente $= 29 vores & mamcen da Grbita completa em nao. Sua _cistancia vezes maior que a da Fei gare) cerca de 84 anos ter- média do Sol é de 4.5 Terra. E um planeta ga- planeta gasoso, com restres. Sua massa é bilhoes de quiléme: soso, composto por 94% de hidrogénio. Sua de 14,5 vezes maior tros. Um ano de Netu 90% de hidrogénio. E o caracteristica mais nota. que a Tera, Tem a no’ equivale! a Giaae maior planeta do siste vel € um sistema de Superfcie a mais uni «165 anos_ terrestres, ma solar. E conhecido _anéis que tem mil quilé- fone de todos os pla. -—=«ssua masea 6 17 veses pela grande mancha metros de espessura © —netas por sua caracte maior que a macca da semana o\poee) ue es eevee Por ois 20 ristica cor azul Terra, Netuno recebeu quatro grandes satéli mil quilémetros além da esverdeada, produzida 0 nome do deus roma- tes: Ganimedes, Euro da superficie do pl TM so doetaiea pa, lo e Calisto. Jipiter ta. Seu_ nome _provém Cassecer tia amos: € 0 planeta do do deus romano Satur- ia solar que mais tém luas: no. Satumo tem 48 luas. possui 62 de- las, ‘SATELITES NATURAIS: NEM TODOS OS PLANETAS TEM Por ordem de afastamento do Sol temos: Satélite natural é um corpo celeste que gravita em tomo de | Merctrio, Vénus, Terra, Morte, Jupiter, Satur tum planeta, Veja como se distribuem os satélites em nosso Sistema Solar: no, Urano e Netune. Em tamanho a ordem JOpiter, Saturno, Netuno, Urano, Terra, Marte, Vénus @ Mercério. Podemos identificar a olho nu os planetas: Mercirio, Vénus, Marte, Jupi- © Saturne, O planeta do nas: ercitio e do pér-do-sol é Venus Merctirio e Venus — nao possuem satélites. Terra —possui um satélite, a Lua. Marte — tem dois satélites, Fobos e Deimos. siipiter — possui 62, sendo os principais: Ganimedes, Calisto, loe Europa. ‘Satumo — possui 48, sendo os princi mas, Tétis e Dione. Urano — possui 27 satélites. Netuno - possui 13 satélites 1 do sal & Pence pee ears COIR oo TC INIA OUI WWW.MUNDODASESPECIALIDADES.COM.BR NEBULOSA, ASTEROIDES, COMETAS E METEOROIDES ESTUDO DA NATUREZA Asterdides, cometas e meteordides tim em comum a composicao de sua matéria. Sao fragmentos que se originaram da nebulosa. NEBULOSA: nuvem estelar; condensagao local de gas, posira e moléculas interestelares; pode dar ofigem a novas estrelas ou ser consequéncia da morte de uma estrela de pequena massa, séo nuvens de poeira, hidrogénio e plasma. OS ASTERGIDES, também chamados de plane: téides, sao astros que giram em tomo do Sol, predomi- nantemente entre as drbitas de Marte @ Jipiter. Sao corpos celestes rachosos, de formato irregular, meno- res que Merctrio, que ¢ o menor planeta do Sistema Solar. Os asterdides tem um brilho muito fraco; por isso, 6 podem ser vistos com aunilio cle lunetas e te- lescépios. ‘OS COMETAS sio corpos celestes, em geral pequenos. que giram em tomo clo Sol em érbitas eclip- icas alongadas. Possuem um niicleo sélido muito ge- lado, que costumam medir alguns quilémetros e é composto por gelo de aguae poeira. A cauda de um cometa chega a atingir centenas de mihares de quilé- metros. A velocidade de um cometa pode atingir 196 mil quilémetros por horas (km/h) quando esta mais préximo do Sol; medida que se afasta, sua velocida- de diminui, chegando a 3,3 mil km/h. Geralmente po- demos enxergar os cometas no céu apenas se usar- mos telescépio. Sem esse instrumento, sé os enxerga- mos quando estao perto do Sol. METEOROIDES sao fragmentos de material que vagueiam pelo espaco e que, segundo a Intemational Meteor Organization (Organizagao Intemacional de Metecros), possuem dimensées signifcativamente me- [eae nores que um asterdide e significativamente maiores que um atomo ou molécula, distinguinclo-nos dos aste- rides - objetos maiores, ou da poeira interestelar - ob jetos micrométricos ou menores Meteoro designa 0 fenémeno luminoso obser vade quando da passagem de um meteordide pela atmosfera terrestre. Este fendmeno que pode apresen- tar varias cores, que sao dependentes da velocidade da composicao do meteoréide, um rastro, que pode ser designado por persistente, se tiver durac&o apreci- vel no tempo, e pode apresentar também registro de sons. Um meteoro é também por vezes designacio de estrela cadente. Sobre esse fenémeno, “estrela caden- te”, darei maior énfase no tépico sobre estrelas. ‘Aatmostera nos protege dos meteordides. Mas alguns fragmentos ~ os de dimensdes maiores ~ con seguem atingir a superficie terrestre, Esses fragmentos sao denominados meteoritos @ muitas vezes podem causar danos enormes, dependendo da regiao terre tre onde caem. Pocle ser um aerdlito (rochosc), (metalico) ou siderdlto (metalico-rochoso) ere eect ASTRONOMIA - BASICA E AVANCADA. eos EO Im Soe oN, ES ESTUDO DA NATUREZA Uma estrela é um corpo. ‘ celeste luminoso. Por é eee es causa de sua pressao " We yi) interna, produz energia por fusdo nuclear, trans. : 5 P formando moléculas de ee roe er hidrogénio em hélio. A eee energia gerada é emit a See eee da através do espaco 5 a ete ce sob a forma de radiacao eee eeu ca eletromagnética (luz). A A eee ous estrela mais préxima da ; GCC tee Terra é 0 Sol : ’ ee eee Centers Peers cer ert Serr See re ee ee ect ety Lembrando que, esse movimento ndo acontece diariamente, e muito menos em um tempo de 20 cu 40h. E am lempo muito longo, décadas ov séculos. O movimento eporente que observames daqui da Terra 6 cavsade pelo movimento de rotordo ¢ translagdo da Terral AS CORES DAS ESTRELAS Quando olhamos para o céu numa noite limpa e sem luar, longe das luzes da cidade, facilmente constatamos que muitas estrelas tém uma cor peculiar. Sirius e Vega, por exemplo, cintilam como diamantes branco- azulados. Capella tem um brilho amarelo, como um sol distante. enquanto Arcturus é levemente alaranjaca, Betelgeuse, Aldebaran e principalmente Ar- fares exibem um tom vermelho como um rubi. Ao telescépio, essas cores atingem tons de elevada pureza. Nao ¢ difcil analisar as cores de uma luz. Basta fazé-la passar por uma fenda deigada e atravessar um prisma de vidro, Com isso obtemos 0 espectro da luz. O espectro das estrelas geralmente se apresenta como uma faixa luminosa e continua, contendo todas as cores do arco-iris. Por exemplo, quando a luz do Sol atravessa um prisma, obtemos as mais vatiacas cores conforme 0 desenho. ‘As cores das estrelas também informam sobre sua temperatura, se é uma estrela quente ou fia. Estrelas quentes possuem cor azul, ja as estrelas frias possuem cor vermelha, aA ies = Basice Ed AVANCADA Tea Toi 2 fe ESTUDO DA NATUREZA CONSTELACOES: PURA IMAGINACAO HUMANA? Pao eae Bee ae a STM LG mma VCMT Muses a COV CS aD a CMTE eye aL aor eo RINA, PISCIS RUSTRINUS, ANTLIA, VOLANS, VE- MOM eS oa ee a OMe aL Peace ee Se Se een cE A mS rigs arto MEDA, AURIGA, CANES VENATICI E CYGNUS. eh we es Par a ar ace ate Pirate me eae yy Sea Cet de CAMELOPARDALIS E URSA MINOR PLT e Geum Ue ak DSS) Sem esc Mm NOR, CANIS MAJOR, SEXTANS, SERPENS, SCU- Ue eS Li Mea CSS STA Ua aya Ae Ca Ce Om Lae Soa aa ee nes | Constelagao de Virgem, de Escorpiéo, 0 Cruzeiro do Sul, a Gonstelacao de Centauro e tantas outras, 0 que 540? Sao estrelas que, embora muito distantes entre si, ao homem aqui da agrupadas, formando um desenho, As figuras cria das pela imaginacao humana a partir de agrupa- mentos de estrelas da-se o nome de constelacéo. As estrelas que compéem constelacdes se encon- tram tao distantes entre si que praticamente nao exercem atracio de gravidade umas sobre as ou tras, Durante todo 0 ano é possivel ver varias, constelagdes, das quais duas so mais conhecidas Cruzeiro do Sul e Centauro, No hemisfério sul, podemos ver durante to: da a noite, em céu limpo, as seguintes constela ges: Cruzeiro do Sul, Centauro, Navio, Mosca ¢ Triangulo. Ainda podemos encontrar no hemisfério sul, constelagdes que 880 visiveis entre 0 pér-do-sol ¢ meianoite, no verao € no invemno, sao as seguin- tes: Verdo - Cancer. Leao, Gémeos, Cruzeiro do Sul, Folso. Inverno - Cruzeiro do Sul, Folso, Escorpiao, Peixes, Touros, Pléiades. AS CONSTELAQOES E OS SIGNOS DO ZODIACO Desde a antigtiidade ohomem, levantando a sua cabega para 0 céu, comegou a indagar 0 que signifcavam todos aqueles pontos brilhantes que apareciam desde o momento que o Sol se punha. E. para guia-los nanoite. os homens das primeiras civi- lizacées abriram mao de um artifcio. A humanidade que desde sua origem, sentiu anecessidade de per- petuar imagens de seu cotidiano, assim deixou gra- vados os primeiros desenhos de animais que 380 Vistos nas cavemas paleoliticas. Movidos por sua de de se guiarem durante a noite escura (0, os povos da antigiiidade - especialmen. 08 rios Tigre eo Eutrates, - acharam conveniente ligar entre si aqueles pontos luminosos representados pelas estrelas fixas © que, aparentemente, poderiam tomar formas de animais ‘ou mesmo de seres legendarios. De fato, elas so “desenhadas” sobre a abé- bada celeste, que ¢ representada como um grande globo estelar imaginario em volta da Terra. Das 88 constelaces, somente doze sa0 tocadas pelo Sol fem seu caminho aparente em volta da Terra PROJECAO DO LF ies SOLNAESFERA CELESTE MAGNITUDE Quando observamos o fimamento estrelado, uma das pri- meiras coisas que notamos € que as estrelas possuem brilhos dife rentes. Algumas estrelas chamam a nossa atencao devido ao seu britho intenso, existem aquelas de brilho intermediario, e outras 380 to palidas que mal podemos enxerga-las. Tamanha diversidade chamou atencao dos antigos observadores da Gi de teve origem o primeiro sistema de classificagao das estrelas se. gundo 0 seu brilho, e que acabou originando o modemo sistema ‘que usamos até os dias de hoje. Utiizando apenas a vista desarmada e demonstrando uma grande acuidade visual, eles agruparam as estrelas em seis classes de brilho, que chamaram de grandezas. Atualmente, o termo “grandeza” esta obsoleto e foi substituido por magnitude. O quadro a0 lado mostra as 50 estrelas mais brilhantes por orcem de magni tude NOME DAS ESTRELAS. Em Astronomia, 0 alfabeto grego é muito usado, pois é par- te integrante dos mapas e cartas celestes, nomeadamente, na iden- tificagao das estrelas pela designagao de Bayer. Existe uma légica para essa classificacao e existem também outros sistemas de ide ficagao de estrelas, mas nesta seccao abordamos a designacao de Bayer e 0 tema do alfabeto grego (minusculas, pois as maitisculas, nao sao usadas). Assim, podem consultar todas as letras do mesmo alfabeto, vendo a sua representacao e como se devem ler cacia uma delas. Podem, também, encontrar uma pequena explicacao do sistema do alfabeto grego, usado na nomenclatura de estrelas, E aqui est o quadro com 0 alfabeto grego completo na pa- gina ao lado. A estrela mais brilhante recebe 0 nome Alfa, depois Beta, Gama, Delta, até Omega. Se eal GUEADAS ES |ALIDADES, ESTUDO DA NATUREZA Estas constelacées estao colocadas no caminhe apa- rente do Sol, ou seja. por causa do movimento e da inclinagao da Terra no seu eixo, © Sol descreve em volta desta um caminho aparente, chamado elipti formando um circulo que é chamado pelos astrénomos € astréloges de circulo z0- diacal. Ao associar as cons- telacées zodiacais com os mitos © arquétipos da anti- gilidade, especialmente aqueles ligados & mitologia grega. EV Nath Miaplacidus Alnilan AINa‘ir iI Kentaurus 90 Alioth Mirfak Dubhe Précion Wazen ‘Achemar Betelgeuse Hadar Altair Aldebaran Antares. ‘Spica Pollux Fomathaut Mimosa Den Alphard Acrux Regulus Hamal Polaris Adhara Nunki Gacrux SS SNS SESS 5/5 8 8/8 Bele sislssisis ya Shaula Bellatrix —_ Deneb Kaitos ASTRONOMIA - BASICA E AVANCADA “B... ta ON TRELAS FIXA, CMake) ESIREASEXAS: ‘As estrelas fixas — termo utilzado em contraposicao a es trelas errantes, ou planetas — ja eram conhecidas pelos gregos como um recurso de interpretacao. Nao ha nenhuma “explicagio cientifica’ por que néo ha nenhum ‘mistério cientifico’ neste fendmeno simples: as estre- las fixas sao ‘fixas' porque estao muito longe, entao © movimento delas nao perceptivel a um ob servador terraqueo que vive ape nas algumas décadas. Seriam ne cessarias centenas de milhares de anos de observacao para perceber alteracdes nas posigées das estre las fixas. Por isto elas so chama- das de fixas: na nossa escala de tempo, ainda nao houve observa- goes sufcientes para perceber qualquer alteragao de posicao destas estrelas. Ja os planetas esto em constante movimento. ESTUDO DA NATUREZA ESTRELA DA MANHA E ESTRELA VESPERTINA. © planeta Vénus era muito observado pelos indios brasileiros por ser, depois do Sol e da Lua, 0 objeto mais brilhante do céu e era utilizado principalmente para orien tage, por ser visto pouco antes do nascer ou logo apés o pér-do- sol, sempre préximo a0 Sol. Eles pensavam que se tratava de duas estrelas que apareciam em perio- dos diferentes: a estrela matutina (que chamamos Dalva) e a estrela vespertina (que chamamos Vés per), cada uma delas ficando visi vel cerca de 263 dias. A primeira aparigéo de Venus como estrela ESTRELA CADENTE ——da_manha ocorre no lado leste, antes do nascer do sol. Nesse dia, Muitas vezes meteorsides proporcionam um fenémeno sempre & medida que o tempo passa. 0 admirado, que ¢ 0 da “estrela cadente”."Estrelas cadentes” se formam céu fica cada vez mais brilhante e, quando esses corpos celestes, vindos do espaco desviados da sua érbi- quando a titima estrela desapare- ta, penetram na atmosfera terrestre, ali se fragmentando devido ao calor —_ce de vista, Vénus surge como um gerado pelo atrito do meteoréide com 0 ar. Caindo em fragmentos bri ponto brilhante no horizonte, proxi- Ihantes, cortam 0 céu e parecem estrelas que caem, esse fenémeno & mo do local onde o Sol nascera. chamado cientificamente de meteoro. “Estrelas cadentes” so, pois, fra Entao, rapidamente, ele desapare gmentos de meteordides. ce, ofuscado pelo avanco da luz solar. ASTRONOMIA - BASICA E AVANCADA hie Se ONES | lee Orion, Orion, Orion ou Ori conte, © cacador Orion, ¢ uma constelagao do equador celeste. As estrelas que compoem esta constelacdo podem ter como el mento do seu nome o genitivo *Orionis* Orion 6 uma constelagao reconhecicla em todo o mundo, por incluir estrelas brilhantes e Visiveis de ambos os hemisférios. A constelacao tem a forma de um trapézio formado por quatro estre las: Betelgeuse (Alfa de Orion) Rigel (Beta de Orion), Bellatrix (Gama de Orion) e Saiph (Kapa de Orion). E uma constelacao facil de © CRIADOR E SUA CRIACAO_ Cae er ees Pearse Oe! eee ee ee eee cee ae oe) Cee eee? er Renee eee Ce ace os Congo nd ROS Cee eee ore —Procurai aquele que oo Pee en eee Cee eet ee Paneer ence nae errno = “Tm Y ser enxergada pois, dentre as es trelas que a compoem, destaca'se a presenea de trés, Mintaka (Delta de Orion), Alnilam (Epsilon de Orion) e Alnitak (Zeta de Orion), popularmente conhecidas como "As Trés Marias', que formam o cinturao de Orion e esta localizado no centro desta. Nesta constelacio também encontra'se uma das raras nebu losas que podem ser vistas a olho nu, a Nebulosa de Orion que é uma regiao de intensa formagio de estrelas. A constelacao de Orion pode ser melhor vista, no hemisfério sul, em abril e maio. ELLEN G. WHITE — PRIMEIROS ESCRITOS “A 16 de dezemlro de 1848, 0 Senhor me deu uma visao acerca do abalo das potesta- des do céu. Vi que quando 0 Senhor desse céu, a0 dar os sinais registrados por S. Ma- teus, Marcos e Lucas, Ele queria dizer céu, e quando disse Terra’, queria dizer terra, As Potestades do céu sao 0 sol, Lua e estrelas. Seu governo é no firmamento. As potestades da terra so 0s que governam sobre a terra. As potestades do céu serao abaladas com a voz de Deus . Entao o sol, lua as estrelas se moverao de lugares. Nao passarao, mas se- Ay rao abalacos pela voz de Deus. Nuvens ne- gras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se @ recuou: aonde vi- nha a voz de Deus. A santa cidade descera por aquele espaco aberto. Vi que as potesta- des da Terra estéio sendo abalados agora, e que os acontecimentos ocorrem em ordem. Guerra e rumores de guerra, espada, fome e pestiléncia devem primeiramente abalar as potestades da Terra, e entao a voz de Deus abalara o sol, a lua e as estelas como tam- bém a terra’ STRONONA PRAGA AVANSADA: TER Tokay 8 Esfera Celeste: 0 céu é considerado uma esfera enorme, infinita, sobre o observador, com esses objetos na superficie intema desta esfera. Polo Celeste: Sao os pontos (Norte © Sul) ‘em que 0 eixo se encontrana esfera. Equador Celeste: E 0 circulo resuitante da intersegao da esfera celeste do plano que passa pelo centro da Terra e perpendicular ao eixo. Horizonte: E 0 circulo que resulta da inter- ‘seco com a esfera celeste do plano cue passa por nossos pés ¢ na vertical que também passa por nossos pés. Horizonte é aquilo que esta ao alcance de nossas vistas. “Ascensao Reta: E quando um corpo ce leste faz sua Grbita no equadior celeste sendo que este entra no 0° : -Declinagao: E quando o Sol declina para mais ou menos. -Transito: E 0 deslocamento em ascenso ‘eta e, declinacao pela revolugao da terra. -Conjungao e Ecliptica: E 0 plano de érbi- ta tracado pela terra em tomo do Sol. Durante um ano. Em astronomia, zénite é 0 ponto superior da esfera celeste, segundo a perspectiva de um observador estacio nado num plano sobre a Terra, 0 exato ponto acima de sua cabeca projetado na abdboda celeste, ou a intersecao da vertical superior do lugar com a esfera celeste. O zénite é lum marco referencial de localizagao da rosa dos ventos em relacao a posicao do observacior © os objetos celestes a sua volta. O zénite também denominado auge, apogeu. cul- opée-se a nadir outro importante referencial de orientagao. Este termo foi criado pelos gregos na antiguida minanci de. Em astronomia, nadir é 0 ponto inferior da esfera celeste, segundo a perspectiva de um observador na super. ficie da do planeta ¢ a projegao do alinhamento vertical que esta sob os pés do observador a esfera celeste superior, localizacia do outro lado da planeta e o oposto ao Zénite, ponto em que o sol fica perpendicular a regido subtropical em pleno solsticio, ASTRONOMIA - BASICA E AVAN way Para colcular a dist€ncia entre os astros os cientistas baseiom-se na velocidade da luz no vacuo, A unidade de medida que os cien fista usom para medir a enorme disténcia en fro 08 astros 6 denominada ano-luz. Um ano-luz equivale @ distancia que aluz percorre, no vacuo, em um ono. Um raio de luz percorre aproximadamente trezentos mil quildmetros em um segundo (300 000 km/s); | entdo, em um ano, esse raio atravessa cerca de dez trilhdes de quilémetros. at PONE) ee ESTUDO DA NATUREZA A Terra, nosso pla- neta, € 0 terceiro em dis tancia a partir do Sol. Pos. sui as seguintes condigoes que favorecem o apareci mento, o desenvolvimento a manutecao da vida tal como a conhecemos: Temperatura ade- quada, com média em tomo de 15°C: uma tempe- ratura muito elevada desi drataria os seres vivos, uma temperatura muito baixa impediria que eles se de Terra dos meteordides, contém ozénio, nosso fitro solar de radiacoes ultravio- leta da luz solar. A Terra executa dois movimentos principais: 0 movimento em volta do Sol. chamado translagdo, que dura 365 , Ou, mais especifica- mente, 365 dias. Shoras 48 minutos e 46 segun dos. o movimento em tor no de si mesma, chamado rotacao, que dura 24h ou um dia, ou, mais especif camente, 23 horas, 56 mi nutos e 4 segundos Esta- go do ano 6 uma das quatro subdivisées do ano baseadas em padiées maticos. Sao elas: Prima- vera, Verao, Outono e In- verno. agua em estado liquido; Atmosfera contendo gas oxigénio - que ¢ utilizado nna respiracao da maioria dos seres vivo. Atmosfera que, alm de proteger a EQUINOCIO Em _ astronomia, equindcio é definide co- mo um dos dois mo- mentos em que o Sol, em sua érbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equa- dor celeste (a linha do equador terrestre proje- tada na esfera celeste) Mais precisamente é 0 ponto onde a ecliptica cruza o equador celeste. A palavra equinécio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa noites iguais’, ocasides em que o dia e a noite duram 0 mesmo tempo. ‘Ao medir a duragao do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou diliculo) é 0 instante em que metace do cit- culo solar esta acima do horizonte e o pér de Sol (crepisculo ou ocaso) 0 instante em que o cfrou- lo solar encontra-se me- tade abaixo do horizon- te. Com esta definicao, o dia e a noite durante os equindcios tém igual- mente 12 horas de dura- Gao. Os equinécios ocorrem nos meses de margo e setembro e defi- nem as mudangas de estacéo. No hemistério norte a primavera inicia em margo @ o outono em setembro. No hemis- fério sul 6 0 contario, a primavera inicia em se- tembro e 0 outono em marco. © equindcio ver- nal 6 21 de margo e o equindcio outonal é no dia 28 de setembro. Decors Translogée da Terra Ay STRONONA PRAGA AVANSADA: TER Tokay 8 ES Co UMN fa Verte ESTUDO DA NATUREZA Nosso Unico satél astro mais brilhante da n a mais brilhante para nés porque mais préxima da Terra do que os outros corpos celestes. A.Lua brifha sem luz prépria; é ilumina- da, refletindo a luz que recebe do Sol. Situa'se a uma distancia de cerea de 384.405 km do nosso planeta. A Lua nao tem atmosfera e apresenta, embora muito escassa, Agua no estado sélido (em forma de cristais de gelo). Nao ten- do atmosfera, nao ha ficie da Lua mantém-se intacta durante milhdes de anos. E apenas afetada pe- las colisées com meteoritos. A_Lua da um volta em tomo de si mesma em aproximadamente 28 dias. Nesse mesmo periodo, a Lua da uma volta completa em tomo da Terra. As- sim, mantém sempre a mesma face vol. tada pra Terra. O movimento que a Lua ECLIPSE faz em torno da Terra chama-se revolu- 40. a principal responsavel pelos efei- tos de maré que ocorrem na Terra, em seguida vem o Sol, com uma patticipa- ‘cao menor. Contudo, a forca de atragao que 0 Sol e a Lua exercem sobre a Ter ra influencia 0 movimento de subida e descida da agua dos oceanos. Durante um més, a maré € mais forte nas fases, de lua cheia e nova, Pode-se dizer do efeito de maré aqui na Terra como sen. do a tendéncia de os oceanos acompa nharem © movimento orbital da Lua. A maré alta ocorre quando a Terra, a Lua ¢ 0 Sol se encontram em conjungao ou oposicao. E a maré baixa, quando a Terra, a Lua € 0 Sol se encontram em quadratura, formando um angulo de 90°. A ocoréncia desse fenémeno se da duas vezes por dia, aproximadamen. te a cada 12 horas. ipse & um evento celeste que mais tem atraido a curiosidade humana com respeito a mecani- ca celeste. Um eclipse é quando um corpo celeste se sobrepée a outro formando um cone de sombra que no caso risca a superficie terrestre formando uma zo- nna de ocultagao. Existem dois tipos: lunares e sola- res. UM ECLIPSE LUNAR é um fenémeno celeste que ocorre quando a Lua penetra totalmente ou parci Eclipse Lunar Toy ASTRONOMIA - BASICA E AVANCADA almente 0 cone de sombra projetado pela Terra, em geral sendo visivel a nu. Isto ocore sempre que 0 Sol, a Terra e a Lua se encontram préximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio deste: outros dois corpos. UM ECLIPSE SOLAR assim chamado, é um rarissimo fenémeno de alinhamentos que ocore quando a Lua se interpée entre 0 Sol ocultando com- pletamente a sua luz numa estreita faixa terrestre. H& quatro tipos de eclipses solares: solar parcial, solar total, anular (anelar ou em anel) € eclipse hibrido. O exemple acima ¢ um eclipse solar total aI DA NATUREZA A aurora polar é um bro a outubro e de marco fenémeno éptico compos- a abril. Em latitudes do to de um brifho observado hemisfério sul é conhecida, nos céus notumos em re- como aurora austral, nome gides préximas a zonas batizado por James Cook, polares, em decorréncia uma referéncia direta ao do impacto de particulas fato de estar ao Sul de vento solar no campo O fendmeno nao é exclu magnético terrestre. Em vo somente a Terra, sendo latitudes do hemistério também observavel em norte € conhecida como outros planetas do sistema aurora boreal, nome bati- solar como Jipiter, Satur- zado por Galileu Galilei, no, Marte e Vénus. Da em referéncia & deusa ro- mesma maneira, o fend- mana do amanhecer Auro- meno nao é exclusivo da rae ao seu filho Boreas, natureza, sendo tami representante dos ventos reproduzivel articialmente nortes. Ocorre normalmen- através de exlosées nu- [COME te nas épocas de setem- cleares ou em laboratorio Foguete: € um veiculo préprio para lancar instru mentos de pesquisa ou mesmo outros veiculos es- paciais, como os satélites artificiais. E também uma Abordarei apenas alguns aparelhos quem tém _ terrivel arma de guerra, possibilitado ao ser humano realizar suas pesquisas es- paciais: luneta, telescépio, foguete, satélite artifcial. son- _Satélite artificial: é um veiculo espacial, tripulado ou da espacial, Gnibus espacial, estacao espacial teleguiado, que é levado ao espaco para ficar giran- do em tomo da Terra ou de outro corpo celeste. Sonda espacial: € um veiculo sem tripulantes, tele Luneta: é.um instrumento _Teleseépio: é um instru- Guiado e utiizado em voos para a coleta de informa. @ptico que possui, basi mento importante para os Ces sobre 0 espaco. Pode passat proxmo a um camente, dois conjuntos _astrénomos. Entre on va Soveg crete, cream sus biota on moana peu dle lentes que ampliam a ios tipos, os mais eficien- SorPO°S imagem para o observa. te sao: Ot telescépios lor, Mesmo sendo um refratores — constituldos Gnibus espacial: o Coliimbia, primeiro énibus espa instrumento bastante anti por dois _conjuntos ce cial, revolucionou a astronautics, por se tratar de um go, as lunetas ainda s4o lentes; Os teleecopios Veicuo de lancamento reaproven uitlizadas para observar 0 refletores ~ que Possuem dos foguetes endo existentes. Como o proprio nome céu e acompanhar certos um conjunto de lentes © fir. tatarse de uma espace de Snibus, que val ¢ fenémencs. tm sistema de espelhos. : volta. Sao capazes de transportar um nimero maior de tripulantes que os demais veiculos espaciais. “ye Estagao espacial: é um engenho montado para per- manecer numa Grbita em tomno do astro. Assemelha- se a uma “casa espacial’, com acomodagdes para c\\ 9 astronautas locais apropriados para az real gdes dos estudos cientificos e experiéncias. Pode / s servir de posto de combustivel para outros aparelhos espaciais TERN Toke ~ ESTUDO DA NATUREZA Atividades RELOGIO SOLAR © relégio de sol ¢, provavelmente, a forma mais antiga de se medir o tempo. Ele utiliza 0 movimento aparente do Sol que surge pela manha no Leste e desaparece, & tarde, no Ceste. Nessa verséo super simples, ele sera apenas uma haste vertical sobre uma prancha horizontal. A ponta da sombra da haste seve para indicar a hora do dia. Vamos descrever dois projetos de relégio solar, o primeiro bem simples e 0 outro um pouco mais elaborado preciso. 1) Esse relogio ¢ feito com uma base plana no centro da qual é fixada uma haste fina e vert cal. Leve 0 conjunto para um local ensolarado use um nivel ¢ uma linha de prumo para ga- rantir que 2 haste esta na vertical. As dimen- sées da base ¢ da haste ficam a seu critero. Uma haste de 30 centimetros € sufciente, tamanho da base deve ser tal que contenha a sombra completa ca haste para todas as ho ras do dia, de preferéncia de 6 &s 18 horas. Use um relégio comum para calibrar seu relégio de Sol. Ajuste esse relégio pela hora oficial. Comece cedo e marque a posicao da ponta da sombra da haste para cada hora completa. No exemplo da figura, foram marca dos os pontos de 7 as 17 horas pois as som- bras das 6 e 18 horas foram longas cemais para o tamanho da base. Observe que a som- bra é minima perto do meio dia. A direcao des- sa sombra minima indica a dire¢ao do meridia no do local, isto é, a direcao Norte Sul. Nao & exatamente ao meio dia porque a hora ofcial nao coincide exatamente com a hora solar. Esse relégio 6 muito facil de fazer e calibrar mas é limitado pois sé serve para uns poucos dias depois da calibracao. Alguns dias depois, as linhas das horas vao mudar de direcao # 0 relégio vai marcar horas erracas. A figura ilus- tra como a linha das 13 horas muda de Junho a Dezembro, por exemplo. Esse problema po- de ser resohicio, como veremos na descricao do relégio mais elaborado, descrito a seguir. PyA_ASTRONOMIA - BASICA E AVANCADA mA\ fT i/ wastes BARROS, Carlos & PAULINO, Wilson Roberto. Ciéncias: O meio ambiente, 60. ed., Sao Paulo: Atica, 1999. SAMPAIO, Francisco Coelho. Geografia do século XI, Redescobrindo o Planeta Azul: a Terra pede ajuda. 2 ed. Curitiba: Positive, 2005. SOUZA, Kepler de & SARAIVA, Maria de Fatima. Astro- nomia e Astrofisica. FARIA, Romildo Pévoa. Visio para o Universo: Uma iniciagao @ Astronomia. 4a ed., Sao Paulo: Papirus, 1994. FARIA, Romildo Pévoa. Fundamentos da Astronomia, 2a ed., Sdo Paulo: Papirus, 1994 NICOLINI, Jean. Manual do astrénomo amador. 1a e 2a ed., Sao Paulo: Papirus, 1985. Clich Sir

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