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Paulo Leminski (Brasil)

Surra

Viver podre
aquele que em mim quis ser limpo
aquilo no pode
Viver suja
suja a roupa suja
a loua suja boca
suja sobretudo
a maldita dita cuja
que no para de dizer
que s para pra dizer
viver podre
o cime suja o amor
como o amor de dio se suja
fuja fuja fuja
que l vem a vida
fuja fuja fuja
que l vem a suja
limpa limpa limpa
nem vem que l vem
a dita cuja a dita suja
a dita

(in O Carioca n 4, p. 25, 1997 - letra indita musicada pelo compositor Edvaldo
Santana)

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