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Pe, G. COURTOIS A ARTE DE EDUCAR AS CRIANCAS DE HOJE AOS PES DO SENHOR EDUCAR CON BxITO (sam) PAUEO LOPES DOS SANTOS httpv/alexandriacatolica. blogspot.com 1966 Livraria AGIR Evitira Coparigkt de ARTES GRAPICAS INDUSTRIAS REUNIDAS (AGTR) WARD D'BLEVER LBS ENFANTS DAUIOURDHUL Pontizado pele EDITIONS FLEURUS — Rae de Floaas, 1-38 — Paws ibs oben Rio de Janene, 28 de fever de 1961 PAL Negromante odo inprimir-se io, 26 de forereleo de 1967 Mons. Carano Livraria AGIR Editéra INDICE DAS MATERIAS emacs 1 Vvossa m1ssx0 Vous mise 6 bela u ‘CONDIGORS DE sxITO CConbeccr © ompreender & psslogia do vse filha Crier ui lia de confiangn rine am lin de afeto vi Grier im elina eviatio CConesvar u can 6 9 daminie de of oxo Dar © excmnle Mostrar constinca. ¢ costinuidede "Ter medida ponderacie Ser « parecer unidos, EXERGICIO DA EDUCAGKO 1A arts do farer dheecer 16 A arto de puntr AT, A arte decnsorajar © de recampensas 18 A edacagio de conseiéncia 20 edcapio do sen religion 20, A edueasio da vontude 21, A edueagio du bow-hussor 2. A edueapin da lenade 25, A edueagle do vemo ds Sortie BA. A cdwnpte do reapelto 6 da paises 25. A edoeagbo de ortom PRA edaragio da carded W ALGUNS PROBLEMAS PRATICOS 2 © expitito de fomba 38, A erga amuade 2A Laser 6 alten SB, Adelsctneia 28, Broluglo d> amor doe pals pees Abas Coweta 85 a 5 mt 1% wo ra 159 16 18 ae 1 INTRODUGAO. Beie loro no 6 pretensioso. Nao é tratado erudito. Nao 4& tecte de puicoloyia. Nao € dissertapio de pesquisa cient. fica. Vojo dagui-o ar de pouco caso de alguns amigoe que fregientam aseidvamente os laboratérios de psicalogia expe- ‘rimuntal ¢'08 circulos herméticos em que iniciados elatorain fas conclusies possiveis de wn teste. de Rorschach ow de Murray. 0s trabattos déeses amigos possuem o maize intoréese € longe de mim 0 pensamento de Thes deeprezar a ciénctn Alpimas destas paginas muito thes devon. Mas éate tivrinho deve mate ainaia 2 observagio do come ortanento des pais relativamente aoe fthos, & verificagdo tie mattiplas erros de que os fillos, ¢ tarnbéim os pais, 660 vitinas fregientes, Este livro se epresente, pois, sob a forma de pequenos consethoe, eujo mérito outro nto 4 tendo 0 de terem sido ex~ perimentados positiva ¢ nenativamente por mumerosts fori lias pertencentes aow mate divertor met. He, feiemente, pais que possuem intuicto admirével do (que é precieo ser e do que € precigo fazer "para ter éxito com 4s fithoe”. Muitos, entretanto, ndo tém éese dom inato, € 30 batiafazem com win empirismo elementar ave amiide euimina no deednimo e x0 absieagio da autoridade. Hi, ainda, 08 que nem sequer pensam no problema ¢, durante vin dia inteiro, Draticam a contra-eduencdo sem que mismo disso se aper- cebam, A eduearis 6 arte dificil 0 dotieada, foita wm poweo de citnciae de experiéncia, de muito bosons ¢, sobretudo, do mito emer. 10 (A As SDUAR AS QRANGAS BE HOE Bate Livro ndo 6 simples eoletinca de reocitas eomo 0 de ue vos servis, minka Senhora, pare cosinkar um bom prato de domingo; nem edidiyo coma 0 de que vos utilizes, mew caro Senhor, para conhecer vossos dirsitos o deveres em face “ta tet Bate Tivro no & para ser Wido de wn 26 fétego como um romance, Sut epresentagao em frases séltas visou a factitar: the « meditagdo, “Abri-o ao coaan e encontrereis quase sem. re wm pensomento que vos obrigard « aprofunday tm problema que até entdo spenas aflorastec, "A arte de educar ae criangas do hoje!” Muitea méximas 4 consetios valem para todos oe tempos. Mae, 6 preciso reeo- mhecor que 0 erinnga atual est, mate do que noutras €p0cas, ‘marcada por um eontato prematuro com as vealidades mene elas do mundo que a.cerea. ‘Cartacts, cinema, ridin, telere ‘so, “slogans” publicitérins, ezemplos’ da rua e dos Jardins iGiooe, itustrados com vislentas eéres, se imprimem no 81a fata. Sua curiosidade se embota, sua eonfianga se perturba, seu copirito de independéncta sé manifesta de mancira andr. ico, 08 val6res capitis tradusidos pelas pelavras lealdade, Gutoridade, consciéncia, caridade, perdem « forea, e chegan ‘mesmo a 80 envilecer dolorosamente em muitos. Bas, depende, precisamente, de edweadores, e sobretudo de vie, pais, resiourar no expirito das eriangas ot valéree capitais que esas velkas palavras exprimeyn, De vée igual. mente depende guiar, através das evoluedes aceleradas de wm mando fregentemente enlouquecido, 0 pequena ser que rida que, hoje como em todos o¢ tempos, tras consigo tantas possibiidades, quer para o Dem, quer para 0 thal. ‘A crianga de hoje, como a de sempre, no continua a ser imensa esperanga? # por isso que, em vez de desencorajar, éste lero & re- soluamente otimista. Posse dle ajudar @ todas que o leven ‘no sentito de methor eiuearem os filhos, © que aude tanihém educor os pois; poraus, aeguitdo 0 conheeido: pensamento de RENE BENJAMIN, 0 seprédo da arte de eduear consiste, antes ide tudo, em elevar-se para que tanbént ee eleven 02 ‘que esto sob oe noesov eniados. I VOSSA MISSAO 1 VOSSA MISSAO F BELA No pensamento de Deus, uma erlangs & um santo em flor, Querenddo ou née, sola s8 colsboradores de Devs. Vos © fistes na obra admivavel da “erlagio” dos vessos ilhos, Devels sévlo também na obra de sua “educacio”, que nao € menos bel, © Educar vem de duas palavras latinas: ex duceve, trae de, fazer brotar de. E extrair de uma erlang, tanto quanto Dossfvel, com a sua colahoragia cada ver mais conseiente, 4 medida que cresce, um homem, um cristao, um santo; 6 outros tdrmes, fazer resplandecer, com « grage do Senhor, 2 efigie do Cristo no seu tosto de homem. © _ Nao se fale de utopia. Se tivéssemos a 1é como um rio de mostarda.... Lembremo-nos das palavras de S40, Paulo sdbre o ideal cristo: Vivo, mas ndo sou mais que vivo, 4 0 Cristo que vive em min, +e de afirmagao deslumbrants ae Sho Joao! Chamamnos filhes te Deune 0 somos. Os pais nunea devem ser oxguthosos: © orgulho esterilicn, « desorienta; mas, Stes tom o direitg eo dever de ser ambie closos, de possuir a ambigso mais nobre que existe: ajudar seus filhos a realizar o que, 20 Sen plano de amor, Deus ‘espera do cada um deles © Cada erfanga nao realizaré 9 mesmo papel. Cada uma, als, nfo recebou 0 mosmo nimero ol « mosma natures Mu A save me eavean As CHARAN Be az do tslentos do seu frmo, Pouco importa. 0 essencial é que feada uma desenvolva os seus préprios dons. Nao eonsistiré 4 educagio, em primeito lugar, na aprendizagem dessa valo- Flzagio dos tslentos reeebidos? © A crisnga € um “valor” de prego Infinito confindo por Deus ao esprito, ao coragio e as mos des pais, valor huma- no... valor divino..- valor eterno. © Tota aban que se eleva, eleva 0 mando. Grandeca © Doleza do vosso papel? Proparar os fermentos quo erguem ‘o'mundo eo ajudam a tornar-se melhor e mais fel © Ha ums gengo expeetticn dos pais para a edueseko dos ‘hhoe, e € normalmente por éles que Dour passa primetro para hes modelar 0 coragho eo eepirito, © Hé uma ago comum, inaubstituivel, do pai e da. mie na educagdo dos filhos. ‘Sto possivels os suplementos de de- ieagbes semivivois. Qualquer, porém, que seja o valor ov ‘8 competincia dessus dedieagSes, nfo ullrapassario 0 papel fuplementar, néo valerdo a influéneia conjugada do pate da mde para aquéle que ¢ earne de sua carne e no qual x su Unidade se encarn © Nada pode substituir a edueagSe inicial dada pela ta- mills, i em grande yarte porque os pais foram postos em tminoris, durante o ditimo meio-séeulo, que les proprios per orem 2 confianes na tia misao © nos seus diraltos do bau adores. “ também porque muitos deixaram diaipar-te nnogdo de uma doutrina moral, que aflnal se debilitaram na suit misssio educadora, © | Nio hi acio mais salutar do que a que consiste em dar sos pals nogdo clara do esplendor fe sha misedo, 2 VOSSA TAREFA F DIFICIL Vossa tarefa € difiell poryue a erianga & possibilidade tanto para o bem coma para o mal. Nela, como em todo omen, hii tendénelus mas que 6 preciso nentral'zar, ¢ ten- dneias boas que 6 precisa descobrir, euster, encorajer. © Vousa tarefa € ditteil porque se realiza muitas vexet em dura candigées.. Para indmeros pals a exigdidade de aloja- mento, as diffeuldades de encontyar ainda, os horérios do frabalho externo, complicam singularmenie a tarefa ¢ bam freylentemente o tempo de pensar cam ealma ros pro- Dlemas que tOds educagio suscita. lee se reduzem a auir 0b influéncia dios impulsos ow ds rotina, deieam do su. preenderse quando perdem povco pauce a avtoridade © ‘eam — sem que se epereebam — a coxfianga dos {Thos © Vossa tarofs 2 dificil porque nao hi método nem re ceita infalivel que sirva para tudo. Decerto, hi prineipios ide bom-senso e de experignela que é precise eenhoeer (tantos pals os ignoram!), mas cada erlunga € um cao izolado Ainda mais, @ eeiahea & um continua transformur-s, © por ‘onsexuinte, para @ mesma erlang, ao nlmero du anos eorres- ponds o de outros tanias comportamentos dlverscs. © Vossa tarefa 6 dificil porque nem sempre € facil com: preender a crianca, saber exatimente o que se passa dentro ela. As reagdes infantis nem sempre sfo Imedlatas, algu- mas se fezem sentir retardadamente. De quando em quando ns sarpreendeming com At repenetsaGes limgietiae de am, 6 | An De uoveAN AB emANGAS OE HOE gosto, do uma palavra, de um incidente aos quis 26) Abs se le dar importincis, cada porque os desvios de rota, im- -ameagam, se ndo Ines imprimimos, .gbes oportunas, transformarse em raduzen por obstrugies da conflanga 10 expledirio hoje ou amanha cic aS ca a rw a sil ie a atoneic, alargarse-f multo depressa es. AS priprias palavras correm 0 vest Renti. ueagio & dificil ¢ delicada, cumpre, {mimo e 0 pessimismo. Deverto nao do mesmo modo que ndo ha eriangas ie seja, hé prinefpios gerais cajo licapdo evitamm numerosos equlvocos. onhecer esses principios, frntos da co, mas Tamm de tm extudo ageo™ coldgea da crianga atraves dos dife- volugho, t coloear problemas... Conhecemos uando lal da satde fisica dos muazn questoes quando se trate de sua formagio moral io ainda os pais que se preoeupam jengao. Algune nem sequer thes sus ros os recolveram por antecipasio, ja pela abdicagdo erigita em sistema, we vaseve © oEhied'Gafal'vRrtneA= leitor amigo —‘que eentem muita bem « recessidade. de aprender. 9 A educngio ni onsite om fazer dleurion aoe noses lho ‘em trae, comm a enbogedeneuneeda (versie neva tas fe a dles nos Tinitdscros, como sarin Inautiiente). EdvengSo tos sesso host” Maa ela ord toa nont atte coliiann em face 4s almentagio, dy vesur, do taba e do repos, em face do sos iment don outros Jos acontsimentos ees” Attude ‘aan que se newton fii teva ao gue o prorat fic rie thos i vid Tete, forte © dedlenda. A edacaplo “seprecntadn” 6 un curicature do educagbo. SS we die coves imi cn gt a ai Foe frta-se arguments an que apes’ tio Pads, enteant, for thes hiaflstnca do une tide roe Ww MOSTRAR CONSTANCIA E CONTINUIDADE, A educagdo exige continuidade, Se mudals de ou de humor. cada instante, deseoncertareis a erianga, ‘Se. melhantemente, se, por feltas idéntiens, mostrats ors indal- néncia, ora severidade, a erianea, que pecs uae Iigien riro- rosa, £¢ perturba, e, cedo, perde & eabegs © nos primeiros anos, sobretudo, que se adgulrem os hébites. Qualquer que seja o temperamento da evianga, quais- ‘quer que sejam os seus wlaviemos, ¢ fill orfentar a “plane nha tenra”” no eaminke do bom-senso, Seja pela orden, pelo respeito, pela higiene, pela polidens seja pela lealdade, pela aceitagdo alegre das pequenas dificuldades da vide, pela aan igo dos reflexos da earidade — nada vale mais do. que & constiincls para eriae habitor que, 20 xe Yornarem suténticos ‘rages psicofisioldgicos, tudo faeiftario, Mas, enquanto nio so criar o hébito, & preciso no largar a pres Sao casa constancia e essa continuidede que exigem o maior esfOrgo do educador, Nao seri, talvez, necessiio fazer tudo ao mesmo fempo, mas sori por exforgos repetidos hno mesmo sentido, com dogara e firme, que se Uberta a crianga de sua fendéneia arralgade & preguiga e a0 els, _Asix, castigar ou recompensar as tontas, sem raze pro- porcional, dé mats ou menos ¥agamente & erianga a impressdo dde que “nko € sério”. Dai ao "toma ld, dA c&", ha apents lum Passo. 86 | ARDED HOUCAN AB ERANGAS DE HOST © "Se mamge esta nervosa ¢ tem eaprichos, por aue no terei direto de fazer o mesmo? O que menos se pode exigir a autoridade € a coeréncla. Nao hd nade pior' do que ae ordens contraditérias e a falta de logica na apreciagio de lum mesmo ato para levar a erlanga i Incerteza do ie ten fo direito de fazer oto dever de nie fazer © Quando nifo se manda on castiga em estado de agitagho, & provavel que ce tenha Tienda no Justo térmo. Salvo fate nove, no he como voltar atrés da desisko tomads, Sem perseveranga, o educador perde poues a pouco sua autoridade oral, com grave riseo ta formagdo ‘da erianga que tanto precisa oinr sua Franquera e-sian hittin sore uma © Hi, por vézes, indulgénelas que sto traigies © Aqui temos uma mame que achou dover privar da s0- Dbremesa o seu filho de 8 anos, Que nio Vé, pols, terminedo © jantar, comover-se com a fisionomia detfeite do “‘elin- siento” ¢ declarar: “Va It, perdéo-te por este ver... Toms © doce, mas nfo repitas a raga!” Isto seria um érro a re percutir no futuro, pois ou a erlanga niio merecia a punigho, © nosso caco nfo the daveria aer imposta; ou a merecia de ato e, portanto, que a sofreese. Se a mae perdoa “por esta vex", 0 filho no compreenderd que nile 0 perdoe “cada vez”. '® _Mfesmo se tiverdes a mao pesada, so a sangio aplicada fr excessiva, é melhor manter, no proprio interésse do vosso {ilho, a sentenea proferida, jd com 0 espirito preparado a tor mals moderagho do outra vez. Do contrivio, a exiancs info Tevard mals a sério as vossas amexgas ou reprimendas © 0 segrédo da autoridade moral dos puis em religio aos filhos 6 a estubilidade na serenidade. fe Sejas orden: que dale ans sostesfihas, a2 ag reorimondes aoe Tew recoded inputs do. momento, de movioentoe te Impaciencia, da imeginagto,bu de setimenter copes ce mal pond ade, emo impediv que nfo pare, ha malria dag Wis, ait. sESeeent tates ti © rans t , o Som os pobren lite Novia sepuint, deeats ue fag wa. Co DowsnaecONSTANCIA cosresemmanE a smegis por thes rocuaas uma cis isinifcarte, que ogo em sei Fatigue deans qucass «eros hee concedes com doneusragee 1S ermuray annonce par mesa, dna ‘yer por tiaa, sum setaaee tes ites nervee, Por qu, snd, no aprendcle a daisy co mow ‘enter do nese hiner, Sree wonea"fentai, quale or sinpets ‘m eentao doo vscr fost” Sey em certn momenta, No wou ents 2° Wao fenton te. yor mormon adles pare Mais tere, pars ome ‘oes moth, reprienda Gu Sisatno eevee Tee tle, one ala ‘als edacativa Nao vos csqvegais do que as eran, mest paquenae, tty thos fara sbervae © repatans sum rear sin peeve vonens mane smot.”"Desde 0 tego, mel chegees a Asngu ne ene ae tran melhtre,ripicamace govvbrn a fénga qe a caprich? oe i gQeica poder exter s0bre ge Dele, mio Se privy Ra Se ulcivinks inoeate; de thaans dese re, Eviti, mein, tad quanta zosm diinsir rosa autora Sore slag, Rat 0 enervamonio Jisa aatoridade plo so habtal pele Ipslstncia‘farticen de ecomendagoes © obeerragaen Ox oud ta {anis cabarso por habtustse 8 ato © an lhe daria wai Qual" Siporsiecia™ 12 TER MEDIDA E PONDERAGAO. Evitai na crianea 9 tonalo nervora, « eatafa fisien @ moral. Para assimilar tudo 0 que se the diz ou ensina, & trlangs tem necossidade de perfodos de tranqiilidade. E pre lao que possa viver um ponco & vontade, 4, Winat woos hon, mas nko estejss sempre = epi © Bitar toda tempo “ated” de uma erianga 56 serve para fatigi-ta sem resultado e impedicta de ser ela propria, © Serial os esforgos petides & erianca. Seu ponto de s2- ‘turagio é depreesa alcangado. Nao o ultrapsssois. prosico deixi-la vespirar. MONTAGNE diz que & atengio da erianga € de pequena capacldade: & preciso no enché-la com muita, coisa ao mesmo tempo. © Compre evitar todo exaséro com as eriangas, porate las tomam ao pé da letra o que thes dizemos. Um excess de elogics pode ser tio funesto quanto um excesso de cen: © Nio procurels amedrontar ums erlanga. Seu organism» ainda 6 frigil o nfo se sabe nunca que sepercussio profanda pode produzir um temor irracional. Evital as historias de ondidos, fantesmas, “loblsomens”. Evita as ameacas ri- dieslas: “Se no fiearen quletinhe, o papi vem te comer!” Com maiores razées, nfio aeenels com o Inferno oa com 9 eminia por tm pecadilho, Sobretede, nunca adotels 9 re Mesa = ronmEssgKo 8 ‘mentével melo que aquela pobre mulher usava, vendo passa tim padre, a fim de fazer cessar (1) 0 ehéro do filho: “Se ho parares de cherar, aquele homem de pret que all ves, ‘9 senhor Padre, val te lever..." Nadie mais indieado paral Fazer com que ima criangs evi, talver para sempre, ojerisn so padre e-& rellgito. © Grave éero palcoligico 6 apresentar Deus como umm Pai Ae-palmatéria: "Estas vendo? Foi hem feito! Devobedeceste Papal do Céu te castigon...”" A crlanga nfo tardaré & pereeber que Deus nom sempre sancions, de imediato, nossa Faltes, © por outro lado, havers algo de mais falso e Je mals perigeso para a sua fé do que apresentar o Deus de amor om um despota sempro pronto a vingarse? © Condicionemos sempre o esfrgo 20 efeito que desejamos bter. A farea de encolerizarsee, €e fazer “censs” por eoleas Insignificantes, de cumular uma erianea de gritos, censarss, Mgrimas ou ciscarsos, o educador perde capucldade de Influenciar. ice “queimado”... e paz as suas cinzas! A trianga disso logo se aprovelta @ aeaba por opor a indiferenga tin forga de Inércia, quando nfo a do desprézo interior. © A gritaria temerdria © ordinérin so transforma em hhabito e faz com que cada um a despreze” (MONTAIONE). © 6 prejudicial submerge a atengéo da erianga com dis. Carsos Intermindves Como uma mamie terminasse uma “filipiea" veemente « longa contra o filho, éste The disse com impertindncia, mas om ma simpatia quase astnstada: "Coitada da mamaezi he, como deve ter séde!” © Exigi somente colsas rizodvels, ao aleance da erlanga; Se pedirdes um esforgo excepeional, devels eriar antes um lima Zevoravel. Mostral-vos animador e tende culdado em niin estiear demasiadamente « corda, Por exeraplo, nil pesaia habituslmente a una exiange para fear slonclosa ¢ imovel. Mas, eis que papal volta do fratislho com ima forte enxaquece, Mambe afastard o filho oo ‘A Ae De EDUCAR AS cuANGAS BE HOR « the diré afetuosamente: “Papal est com dor de eabega. Vou te pedir esta noite um estore maior de que és capa, porque }é és um repazinho: vals fazer o menor barulko Dossivel; tenta-te neste canto e pega o tow livro de grave as...” E que, de ver em quando, tm beljo vena fecom. pensar 0 repezinho ajulsado, Nilo, shuseis de cerins palavras com, por exemple, “mau? “6 edo, emo és mn por estarescerpre melons o eto no nari! Joanna como & mi por ears sempre tmexendo nea cordinas!” Em presnga de Renate ds es mnie uma mien: Ah, te soubeas como te & ma Tango foramen a al © auaiicativo “mau” serve pars ay oon mals tes f para as menores faltas. Come exigir que Pedro, Joana e ‘Renato — agraciados com o nome de “maus”, durante 0 dia inteiro, por fulilidades que nfo tém « menor relugho com uum desvio moral ou um vieio de eardter — possam ter ume ‘nogko razoivelmente equilibrada da verdadeita maldade? ¢ A crianca atribui as colaas o valor ¢ a importineis que thes dio os pais. Assim, € necessirlo que os pais tetham © senso das proporgéas c néo atribuam ao aceswrlo ait portineia do prinelpal © Certas aprovagses demasiado vivas podem falsear inte- rlormente a perepectiva moral de dres demasiado. Jovens Dara que estabeleram a prépria escala de valores Por exemplo: néo se dove dar importineis maior & um braio quebrado, uma calga rasgada, uma porta mal fechada, 2 gue uma dctordem mca como a mean, «tess, © Ainda muito jovens, as orlangas tém o sentimento da propria dignidade. B presivo respeltila, Certas humilhagées Dblicas podem dar origem # complexos de inibigio ou de misantropia que perseguirdo a crlanes a vida intelra, Hii mites que tém o habito de dizer aos filhos: "Todo 0 mundo std te olhando, deveis ter vergonha” Disso pode resultar uma timidez exagerada, um temor de enrubescer, tit recelo ‘on Manne & roNEERAGKO a 4a opinido piblica, que no deixardo de repercutir finest monte mais tarde, quando a erianga erescer. '* Doig complexos ao igualmente porigosos: o sentimeate de superioridade ¢ 0 sontimonto de inferioridade ox {navi lanela, “0 gro gerado désses dois comptexos, que desem. penham papel importante na germinacdo de pertarhagSes Doiquices & semeudo desde » primoira infancla. Sea cvianca ‘uve sempre dizer que é superiormente inieligenie e divin Imente Dela, que tem disposigaes excepeionals, um desenvolvi mento superior go de sua idade — tornar-se-é de ume sufi. Ciencia insuportivel, acreditar-se-l algo de extraordinario « ferire-a, delorceamenta, mais tarde, em face das duras res- Tidades da vida, Quando, pelo contrarfo, queixamo-nos continuamente de ‘que uma erlanga € dlestjeitada e estipida, desenvolye-se mole tum sentimento de inferioridade que a torna, antecipadamen- ‘te, veneida e deseaperads, © Evita tudo quanto projudique o “natural” da erianga. A frescura da sua alma é uma planta delicads demals para ‘gue no se preserve das admirages erroness que smeagam amolect-la, senso falsedla Que dizer de convites no cabotinismo como éste? "Mos tra aqui a dete senhor como sabes fazer carctas| © Regra de ouro: nao faleis nanca de vossos fithos na presenga déles. ‘Se falals bem, correis o risco de torné-los Yvldosos; te falaia mal, humilkd-los-eie periyosamente 3 SER E PARECER UNIDOS. Um dos problemas mais graves da eduenglo ¢ 0 do bor entendimento. entre os edueadores. A erianga comege por desconvertar-se quando Se choea com a desiateligencia entre fos que t2m por misséo guid-la. Depois, tendo peroebido a falha em que sea capricho possa infiltrar-re, disso se ape0- ‘ella ao méximo com enormes riscos para sua formagie, © Se é verdade que os educadores em geral (familia, es cola, cero) deveriam, no interésse da erlanga, assinalar po- sitivamente um mutio acordo, 0 principio & mais valloso ainda para o entendimento sem fhssura que deve existir ‘entre papals e mamas, pois aqut se aerescenta um elemento afetivo de alta voltagem, @ todo sinal de dissensto entre (es pais reage dolorosamente no corado do filko, mesmo que af encontze uma vantagem Imediats ‘© Bis slgumas regras vitals que os jorens exposoe jamais deverisn infringir: 1. Nunca discutiremes diante dos nossos filhos. Se, como fem todos 08 lares (6 preciso ser realisia), hé mo. Imentos — que esperamox sejam of mosis’ rarea © mais reves! possivels — em que nos entendemes menos bem, busearemos wos expliear a 86s, munca diante de testemanhas. 2. Jamais trocaremos censuras diante das erlang, 8. Jamais nos contradivemos diante dss eriangas, 60: bretudo a respeito delas. aor panscam estos 6 4. Jamals um autorizaré as escon roth. 5. Jamaiz tomaremes um dos nossos fidhos por contf Genta de nossos desgostos mituos 15 0 que 0 eubre 5, Jamals faremos slusio 208 defeitos ¢, com mais raaio ainda, is faltas, um do outro. 1. Jamais um divé slguma coisa que venha a ser pre- Jndicial 20 respsito © ao afeto das criancas relativa- ‘mente a um ou outro. 8. Jamais diremos a uma erianga: “Sobretudo no con- ‘asa mamaet™ ou "Ney digas mada ao papal 9. Teremos positivamente o culdado de reforgar a nossa aantoridade mitna em todas as clreunstancias © Guardsi-vos de deivar transpirar © menor sinal de de. suniio entre vis, a meuor divergencia no modo de tratar ‘ossos filhos; cedo, éles se aperceberdc que podem servir-se ia autoridade da mie contra a do pal, e vice-versa; resistirao difieimente & tentagio de se aproveltarem dessa dispariiade ara a satisfaglo do tides as suas fantasia.” 9.0 pelyge a mie ov a mie scm o po, quando ambos exten, Saigo de atpictstl” Das ine autriiades, aqula que ve sbetim, fu gue no ee mostensoatn pave injec, mle, aeaiear, ornarse ‘apresivl pars a clan fxensorius a cateaoahra, Nao hd stuorso trate fala c male podetoce Fase Qrodusi iocetavlnents tisha Por igual, nunca pude aovir — som lamenticbe « corae por tien, que coor todos ota pals aera uma etianga “Se RO raves Jong, cantare a 2 pel” 9a ovatus pion det "Copter sve rine’ Sineyqacm soi me os pal ndeln,gue aly fala? io reccestes deDes nen ‘hee aulesdade a exter? Nao {ints enerepnda ds dae conta do Queso Pants bona eine 04 20 Wowo mario! EE que falone © Tupestas mob inrotinis aa ot A an De EoveAa AB OMANGAE BE KOE © © pai, as véeos, com um ripido olhar ox um dar de ‘ombres, pode reduzir a nada todo 0 esforco educative da mie junto ao filbo. Uina olhadela de eumpliedads ao fhe quem a mde far uma oensura justificada, © elo sea aliado na Inia contra a mde; uma leve eariela sébre a mio da #2. rotinha np momento em que 2 me ralhar fortiflearh tanto Imais a crianca contra as justas tazdes que a mile Ihe apr entar dal em diante, Uma mening de 14 anos dizia: “Quando quero ter ou favor agua coisa, marae in véner nfo quer Papa eta sempre comigo. Somos dols contra im, 0 que significa que son ev a vencedora.” 2, Nada mais contre-Indicado do que dizer # ama eriangs: ‘Vou contar a papai, esta nolte, como féste tat. Val ver © que te acontece..” Se aes olkos das eriangasy favels passar 0 papal por um bieho-papdo, como quereis ‘que tle Dossa tor a conflangs 0 afeto dos filhos? @ | Accrianga é um ser que lem necossidade, para se desen- volver em todos cs sentidos, de viver numa atmostern de par, de amor e de serenidade. A cegueanga dat resultante © para ela condigto de desenvolvimento, © His um fato que as estatistions nio cessam de confirmar: a quase tolalidade das erlancas desequilibratis, associals ou deingaentes prtence a fhmfas em gue pal ca 8 fe no © Contradizer-se diante de uma crianga a eu respeito, & nels falsear a nogio do bem e do mal, pols que para ela — Dor isso mesmo erianga — 0 que & bem 6 0 quo os pals por. imitem, © 0 que & mal € 0 que profbem. Nao hé nada como ‘sso para dosorientar ume conscléneia infantil © Nada mais ridiculo © mais pernicioso do que procurar tornarse popular s custaa de um ou de outro — un ‘mando, enquanto 0 outro d& ordens ot exstiza, ® Nada mais artificioso ou mals antipsiceldgico do que fazer perguntas como cstas: “De quem gostna mais, 2 papal sexe rarecen UNtts 65 ou da mamie?... Quem 6 mais severo, papal oa mamio?..." ‘A veriadeira resposta de uma erlanga normal num lar Zee imal sera esta: "Gosto tanto de papal como da mamée com todo o meu eoragho, ¢ os dois gostam iguaiments ée rim” Quando infelizmente a uniko do conagies entre pale nfo existe mais, 6 preciso ter a coragem de dissimalio ‘20 maximo em beneficlo da crlanga. Dalthe tanto tempo ‘quanto porsfval um lar normal. © Se a concep da eranga deve ses, no plane clving, = come: ‘Bian SSS at! ons cy Sema a Se ‘sts an dnito eve perltie durance ee anon de formagio. Ela ot ‘orem eas vor mais nomsaria Aredia oe s ering erne © chops "estado de julgar ta goa a cram. Se o fato Ge act eonecbldo ‘mat ‘oucizacia, “O meno aio seorre b medida que a aia personalidad Droporgio en qe dela tea conteldnea, « ¢ Tesutads ert'o de proe eek Sv seuaSeniinents Plcaea de que esd freatcmente Th “urante'o rete da vida Saltrenga. oo Junta Best {rucldade encontrado ma eranga um Uareeno 14 preparady. Porat ‘Shun pes depute consantiments em on presina a hare ree, fia mentearae'd por seu Tuono host e beguenta as as Felugsee Av ating sdoeicinsia, tendo de enfrentar gor sua_pripria conts'e Droblema. dy amor, ovexempo doo pala secike com time ‘tna the impedir x deveoberta das lon mareiz Nao poten imaginar {te 0 verdadero enor psau difese doe fagos que ure a ley Fer ec mpalica band cond « precurard mom falzn suites bale ‘loque a sus Infinsi e adblesctncia foram prieadns As conseqnelss da desunito doa pals sede tal ordem avo goas0 sempre a des. doveroa ateDulr ag falta da lacie culpadn Ha Corsino eatrta smate mtepleago de distor, ona conse ‘linen da Sesulto do pla, 08 devios de eonduta dy alesénsa, 9 66 4 a on rovean a8 omens De ee, mt sala pormltide inaitiratbro 9 enicndisenty que deve (tabelcerae gtr oe exponen quanto de aitadee« emat cont tease ‘ts los, Neo ments, come € Sov, ses no dovum cathe ee, Detsals de acuedannerdespersind in gure outro probe, com evem Boxee sa verdadeen eolaboragie, penta em ain fiemars 4 tamuia parm eprecae o-que conv ao tardler de cade oot dt ‘hos: "se fomn uma dee*minacie ben: pened tema deve ‘alle sen Unto eagrada se ecorgor que comsing & Begs {lve de ron suoricades Ae erangse i “vergincas pois ns ats fon palsy tho mtdices deeaehs bara experi’ em bencfivo de ots’ Pepin. eopicnon,“Deeesoy Be de wlan ser Deoua para © pai tue olin h case spot uun in ae {Esa "par ieee ala da cn 8d rt eam propria fig vioando seta 4 “fasts dake” de tcagin, om ver Gee eneensaren on of espe ou ie spent ec gusians peuouin Mas fee aquecinento de Ht came ¢ potadoe te ‘it prone resopensn do ott tle appt par, ner» mi son ds one ey sun afelggo patra © matead. “Aten asus 8 abe 8 {Eoradn Pela funéagie dolar « bdo aceno dda; coleboran ha ne Sradore e feentora de Deas) ao meso Wamp ve elas ‘mbtusmente."Srabathands paca farmer Romar cise, 5 plo entrant Incusantements me sjute muti Que ler emhposta ‘Sarnia aceita com tm 26‘trapSo 8 tssta comam, casi de “ire tal estroftament, com ame aor mala decinloncendey als ‘Sevado @'mats eo porae mais erunde & tints crise, malian here penetredo de tarliadeaivina © © De passagem, um pequeno conselho: Mies, que os vossos ovores maternals no vos fagam jamais eaquecer vossos de- vores de espdsa. Pais, compreendel os euidados de vosse Tt Iher, o sen trabalho para que tude carea bem, as difleuldades ‘que encontea; daicne vosto apoio © vosso estimula, De quando em veo, reencontral-vos fora de vosses filhos, Refazei uma eurta viagem de mipeias; ao menos um passelo, ‘Juntos, vosso amor reeneontraré uma nova juventie para ‘o maior bem de voseos filhas, I EXERCICIO DA EDUCACAO http://alexandriacatolica, blogspot.com 4 A ARTE DE SE FAZER OBEDECER Golsboradores de Deus, tendes sabre vossos {hes sina autozidade que ndo se origina da Lai, nem do Estado, nem da ‘Tradigdo, mas no proprio Deus. Eése autoridade assursira luma expressdo diferente 4 medida quo x erlanga creseer podeis mesmo delegi-a, mas nfo podels renunciar totalmente fala etiguanto @ etlanga nao atingir a idade adalta © preciso sustentar com oncapin que faser @ educsto Jo om fhio 6 pecsnbrinmeate exerceradbee ly anna gutoidade 8 eigi-ihe (ear belogas Ea cranga n guam re dinars “faze fol 10 Bes tSwio de respliar an Uberdade,corrria oie, de wraete un ‘Sinfonia Sept vrai crop oe bat Sime defen, Ste sese'oBrogo.a pagar. Hato tomar de nn tgaletar ‘SQ! eo suber vo conven! dacr_quy a natarea boa on 20 conven ‘Sher gue © mi.” Verieamon spans, como sm ito, que ao eraagae tin sho sapontineuente ego ae'tvmam sen aie as ajuda — Creu dven sr conan dn, Garon sr veal rv © Se Deus vos dou auteridade sdbre os fllhor, fol para ‘exerci-la visando a0 seu maior bem e va medida désse malor bem: © Quereis que vossos filhos vos obedegam? Ensinal-thes, deede a mais tenra idade, que uma ordem ou um desejo de ‘papal ou de mame no devam sofver qualquer retardamento ha respectiva execugéo, 70 | Ape eave 49 CRANGAS ne Hoar © Quands um #tho pequeno nko cbedece, maditai que a falta ndo € do fitho, mas dos pais. © Uma crianga que se tiver habituado & primeira injungiio no teri sequer x ldGia de que se pasea deeabedecer aos pais. 4 Repeti daus vézes a mesma ordem 6 prova de fraquera @ Inicio de demissio de vossa autoridade. a © Hi tdda vantogem om que os pais afirmem desde cedo f sua autoridade, notadamente @ mie que esti. cm relagao fquase continua com os thos. Bla no deinaré, ascii, que fs suas ordens eaiam no esquecimento, nem os filhos Ike resistiréo abertamente. Bla nfo tolerard nunca na hea dos filhos alavras desagradgeels como “Eu quero”, “Bu no quero", ou "Nao, nfo e nio” — como as ouvi promuneiadas, do uma felta, por um garotinho de dois anos cuja mie ria.” Que teria entio feito ume mie consciente do seu papel de educadora? Teria posto em sua Trente 9 homensinhy revol- tado e, em seguids, assumindo ar grave, te-lo-ia olhsdo com calma, mas tao fria, tio sovera, to diferente de sua ternura hhubitaal, que o jovem “delingiente” nao tandarla em com preender. Nads impressiona mais uma erlanga ameross do. que ver sua mie, sempre boa e bonita aos seus olhos exta: sdos, assumir dma fisionomis austere e conservé-ia tento ‘tempo quanto for necessério, ¢ Em pedagogia como em estratégle familiar, & melhor travar uma tafaha definitive de quo vecomegar ineessan temente escaramugas sem resultado, © Sea coisa for grave e importante, enidal de que a eriange hedea logo sem murmurar, sem fazer caretae, sem estas lentiddes e eseapatirias a que tantos pais deixem ot fihos se habituarem pouco a poueo, ¢ que oferecem tantas dif ‘eldades m vencor na lade de 14 04 15 anos, '# Sea erlanga resiste as vossas ordens, dadas com bondade © dogura; se faz owvidos de mercador quando, reunindo tid 4 vonsa energia, fais com finmeaa e decisio, adatal, enti, fo meios quo julgandes de maior Inflvincia ebbre 0 éepiclto ‘da om ab raze onsneces m a erianga, mas de qualquer maneira fazei com que ela vas obedera. © Na crisnea, a eonviecdo de que nada lovari oa pais & vansigéncia poseui uma efiedcia exlmante, muito malor do ue a esperanga de fa28-os abdienr A forga de bater com @ p © Mais impressionivels do quo os pals, as mamfen tém yor vézes a tendénels de modifiear muito depressa as erdens Gada. preciso, entretanta, que as eriangas alo se aperee- ham que as autorizagses ou as reensas dependem eum capricho ou do uma else de humor. © uerendo impor a vontads, quase thlas as mées, um dia ou outro, encontrarso resistineia: evitem contivlo esp Teatatosamente ao eireulo mais au menos extenso da familie, es vizinhos e des amigos. Quem Ji ni ouvi frases como estas: "Vai ver que éle ndo cede!.... O que eu digo ou nada a mesma coisa!... Aposto que nunca viu uma cabesa dura como a déle...” A autoridade materna nfo gankaré coisa alyuma com tats recrlminagbes, A crlanga sente Ai véres luma sttiefagéo vaidosa em nfo obedecer, sobretudo quanda vé que esté Sendo olhada. Se teima, 6 pars afirmar a ste aos outros a sus independéncia; dat, exibir em piblico seus tea {908 de desobodiéncla, Tonge de humilhisla serve para Tison- Jei-la, para fazorlhe um pouco de “carta2”. 4 também importante que ax mamdes ni julyuem fazer prova de autoriéade afirmando a quslaner propdsito que pretendem ver obedecidas: "Suberet coma dobrar-te... Vax ‘mos ver quem tem a ttima palevra.... Vais fazer 0 que te digo..." Besa eepéele de fantarrohidas ma) dissinula. 8 fraqueza de um poder modioeremente seguro de si mesmo, © Caso verifiquels que uma leve resistincia foi vencida, rio deveis considerd-lo camo um éxito pessoal otido aa eustss eum adversavio: "Eu bem sabia que cederias final! io penses que é mais forte do que ea!... Ora vejam v6 19” que nko quer onvir nada...” Cresce aparece pars fazer 0 que desejas!..” A crianga que cabe gozar a vitiria quo tenha obtido contra St mestia; io deve’ er spoquentadsy hamilnadn Dor R | ARSED ODCAR AB CRANGAS DB nose hhaver obedecido; ao contrérfo, deve encontrar na vossa apro- vagio afeluosa ¢ na satistacio de sua consciéneia a recom pensa de sua docilidade ¢ o encorajamenta a novos eeforgot © A cfiedeia de uma ondem depende mena do motivo pro- posto do que da auteridade de quem ordena. A docilidade @ filha do respeito, que por sua vez se inspira na autoridade, © Até a idado de dois anos, a obediéncin da criange 5 pode ser passivs, Cabe & mAe esforgar-se para preparar a do {iho, formando néle bons eutcmatiamos « fellzes sosoclagées ‘gue fardo naseer bons comportamentos, © A partir dos trée anos, ou mesmo antes, de acdrdo com © desenvolvimento intelectual, a obediénela deve comegar ser ativa; mas uma cols 6 certa: de um a sete anos, a cerlangs passa por trés etapas de obeditnela: obedecer porgue se quer — saber obedecer porque 6 preciso -~ querer ebede- ‘eer por necessidade e por interésse. Ags sele aon, todo 0 subconsciente da erianea deve estar ricamente aparellad® com todos os seus automatism fisiees, intelectuais mora ‘ou por ontras palavras, o jogo deve ter sido felto, © bem feito. © De trés a sete ance, a formagio dos automatiames eon. ‘tinus sob outra forma: nfo se trate mais de “domesticar”, rianga (os educadores nfo so domadores de feras), mas despertar-Ine o senso da dbediéneia e fazer oom que nels exerca essa faculdade. Sou primeiro esforgo deve Tixar = ponto: obedecer, Que a crianca saiba que existem na a nocessidades iniludiveis, porque & “assim mesmo”. 0 jer de sugestio de um “6 assim mezmo”, dito com calms, suasio e firmezs, € imenso; 0 garotinho deve sentir qué nisso uma espécle de falalismo maravilhoso, que tudo plifiearé se acsito. Se nos zangamos para dizor a frasezi- | tdo importante, se nos enervamos, tudo estard perdido resultado serio oposto do que esperamos. A medida que a erianea erescer, 6 methor sgir sob a ma de sugesties do que sob a forma de ordens imperatix : "Acho que farias melhor assim... Nao achas que deves ‘ave ve rates oseotere B fazer isto no te préprio interésse?... Acho que no teu Inga agieia désee modo.” © A imaginagdo pode facilitar o cumprimente de certos Aeveres fastidionos: ela distrai as teimostas e € preservative contra choques bruials, um garotinho se recusa desesperad mente a largar um tinteiro de que se apoderau; ordens © oes. exasperam sus oposigio; catastrofe iminente;_m alguém baixa 0 tom de vor, péo um dedo nos Lsbios ¢ mi mura? “Psu, nada de barulho. Isso fez. ‘dods?” no tt tire...” Com mil preeaugies, « erlangn faselonta poe novo 0 objeto em sea lugar; o deama esta eonjurado. (Outro ‘exemplo: a mamae, enjo filho chore, finge que dé volts & have na altura da testa: “Cric, eraci “Vamos fechar 2 tor- nefeina das Idgeimas!") © A rjanga gosta do emprestar earitor magico a0 seu luniverso: tudo quanto pensa ter éece cardter a seduz, Uma mie utilizou 0 segulnte proceso: “Que palavre preciso pronunciar para ‘que vecés fiquem imediatamente segundo "To-Ki também sem sent sey aunta'pyOses noises Fa cONSeRUIE calms, vencer uma crise, obter uma docilidade perfelta, surpreendente, © vital dar ordens a torto e « dizelto, ordens que nada signiticam ¢ nada mais exprimem do quo uma necessidade e desearreyar os nervos: “Vamos, despachs-tel.... Do- pressa!... Segura-te bem!... Olka para a fronte!... Pres. ta atengio!..."" A multiplieagdo de ordens desurruzoadas cenfraguece @ autorldade, © Por que ordenar coisas que as priprias erlangas fi es ‘tavam dispostas a fazer? © 0 educador deve comproender a necessidade de agio de Iiberdade da erianga, A fOrga de intevir sem cesar Oresuttaco {oj verdadelramente miraculaso. I muito tempo depois, bas “ | ARTE De roveAN AS CRANGAS ne wore pars impedi-ta do agir um pouea & sua vontade, aceba-se dor tomar « autoridade insuportivel. A exemplo daquela ‘mame neryoea que de uma fetta dau B emprevada a sepuinte, ordem: “Maria, va ver o que as eriangat estio fazendo no Jardim, ¢ profba qu © Nio confundir autoridade e sutoritarismo. Néo sejais, ‘como éstes pais que difo ordens a torto ea ditsito pelo prazer de di-las, © que acabam por simente enervar os filhos sem serum proveite. Limitai ao essenctal vossas exigéncies ¢ vossas ordens. Nio disais sem necessidade: “Puzo istol.. nko fagas as im!... Deves agir dessa mancira'’.. Quase todos os pals Dessam a vida a der ordens aoe filhos. “Resultado: muita dlelas permanecem letra-morta. Refleti antes de dar ordens. ‘Vereis que a grande meloria dessas ordene aio inttels. Quando determinardes alguma colsa a0 vosso fitho, fa- zeiso sérlamente © com firmera, sem vos mosteardes duro feu dessgradavel. Dat-he a enteniler que desejais ser obe- Acido ¢, om eoguida, providenclai slo. As vezes, nfo bast falar emi tom persuasivo ou mostrer cara sangar se © Basta que a erianga eo habitue docemente fexigGncias da sabedoria; quase nunca 6 itil que ela ceda pela fOrga. © Uma ordem nunca deve ser dada em tom de siplica; nfo tendes que mendigar 2 submissio. Uma ordem nunca deve ser dada em tom dlessbrido; nfo deveis tornar odiosa a obe- in mio ¢ objeto de barganhe, Nada mae dtioso do que discusses como, por exemple, « queso travon entre uma mae e seu filho de'® anos que’ havia apannado ‘a Tou qulaver objeto sijo: “ames, soga to Tors = Ni! Soya isto Torn on te dou umn “ascudo"! — No! crianga to pea correr. Entie, ame num apli Haal: “Dé te isto te dare! 5 cruvenea”” Resposta que bem Taostra Ie onde pode Te-a Inpertignela quando» autoridade fr “Derm primelro os 5 eruselres, ¢ depois et Vou pensar...” Se duis ordons a uma eranga com a certera do que no ‘sereis obedesido, no Vale a pena ter o inedmedo, A exem- plo. daquela me pouco habil que se Tamentava: “Sou uma © Pesci com que as erionas repitam com as préprias pa: lavas o que Thes tiverdes pedido para fazer: désee modo te relsa certexa de quo ouviram e compreendoram voseas orden; por outro lato, 0 fato de elas prépriss explicarem o que ¥&O Fazer az predispse a agir no sentido indieedo. © A nogto que possuimos do tempo nfo & a mesma das criongas, Elsa se deixardo sbeorver por um bringuedo até © momento em que nfo tiverom mais tempo para srrumar Pera isso 0 romédio é simples: dai sempre um aviso prévio. “No tempo devido, dizet ao vosso filho: “Ja esta chegando a hors do slmdge, Yai te properar. .."" Caso nao festzja pronto ao apélo, voasa censura se justificcra; « culpa serd déle e nfo vorsa, como é comurn, © Ja reparastes como estas ordens que formulamos sio smal interpretadas pelos sossos filhos? Suas olagdes sho por vézas tho bizarras e to desconcertantes para ¢ adulto! Pedrinho (sels anos ¢ meio) fez seu dover ¢ escreve letras menses.” Papal observa com sazcasmo: “Sera. que no sabes fezer letras maiores ainda?” Qual foi o resiltado? Ume pagina eserite com 88 e ZZ gigantescos © No Instanto de sair, mame pedo a Denise, de 8 anos meio: “Val ver se minhas lavas eto no quarto.” A garoti- faha vai e volta para dizer que estio, sem... trazésias, A crianca, oom efeito, 6 realista ¢ objetiva. Sua inteli- sroncia mal formada no compreende todos os matizes da noses inguagem de adultor. Além disso, menos osporta do ‘que n6s, toma ao pé da letra o que the dizemos, e io transige com sentido das palavras. Para ela, € sim. ou nfo, proto ‘ou branco, grande ou pequeno, e jamais admitiré que quereis Gizer “sim quando pronunetils “no”. Dovemes, pols, ter o euldado de exprimir exatamente © neseo pansamento, sobretido quando se trata de oréens Jmportantes, Digo: “Nao se vai mals ao jardim quando sscurece.” E preciso que verdadeiramenty a obscuridade | aa up 9 ramen commer 1 raha eaido, sendo a erianga aehard que ainda esta claro. Mals Ge uma tem desabedeeido assim, de boo/é, e durante muito tempo ruminaré o que hé de injusto e ineompreensivel na unig. Dusqucmos, enti, ensinar noe ion a verdedira ei. ‘nifieagio de ume palavrs. As vézes nos expantamos verifi= ‘cando que tm térmo, mesmo corrente, € mal compreendido ‘por uma erlanga. © As criancas intorpretam textualmente as proibigées. ‘Um garotinho a quem so proibira de vir 2 sala, durante a noite, em eamisa, all apareceu de uma feita inteiramente espido, em presenge de visitas, e Justificou sue conduta ola roibigso que recobora do ie a sala “em linko (3 anos) adorava laranjas. Davam-lhe por ves licenga de irao vendelro B... ¢ pir uma laranja na con- tade mamae, Um dia em que jd havia comido duas, pedi “Poseo ira quitenda de B... buscar uma laranja?” Res posta da mfe: “Nao, nfo podes ir & quitanda de B....1” ‘Algung Instantes depois, ela deseobriu 0 garotinho seniado ‘no Jardim, comendo uma laranjs. Censurou-o, lembrando- Ihe ‘a proibledo recente, ao que responden prontamente a criange? "Nio ful A quitanda de B... o sim a de L...” (O-qultandelro vizinko.) © Dai ordens em poucas palavras: evitai os discursos ‘recomendagies complicadaa. ‘Uma vez dado o avis, nil vol- teis a cle cem vizes; obrigal a crlanca a conformarse com © vosso desejo sem respontier os seus “porques” « 808 seus “como?” muleiplicados, © Podoria ser imprudente explicar sempre & erianga a ral dat ordens que The dais: seria expor vossa autorldade favser incessantemente diccutida, julgada ,.. muitas vires condeneda. Todaviz, é util que, de tempos em tempos, 2 IGulo de exemple, Zagais com quo cla compreenda o pordué a imposigho de tal ou qual coisa. Apelando, asim, para o seu julyamento e seu corasio, tncendo-a eomipreender por que deve ser obedient, vas Tie @ | ARTE POUCAN AB CMUNGAS Be HOE facilitareis essa virtude. No dia em que conslderardes ni, ser oportuno dar razies 6 provavel que « erlanga se submeta youscu Wb quasuuer forma, sabendo que vorses re etumam see boas: jo faleis como um déspota; nfo tenhals continusmente ‘“Quero, ordeno, que a minha vontade valha, mais qualquer motivo..." As vezes Isto constitul prova, 4; com malor froqiéneia, enizetanto, & um sinal de aque nfo etiana a evlanga por muto tempo, na ordem nito poder ter bom efeito se exprioir uma , um sentimento do eélera ou uma veprimenda snte- ‘como se & orem, antes mesmo de ser formulads, ‘mal exceutada, determinacoes mal foitas que sugerem simulténen- . possibilidade de ums resistdnela e o sentimento. de imento inerente ao ato que sem essa interveneao ter eentado automiticamente, sem resisténela nem shot. to, rece que a vontade da matoria dos pais e dos edueado- de dar, entes de tudo, a erlanga, o conieeimento & ade do mal. Depois do que The proibem ésse mal e & nse 0 praileat sde os primelros anos, em vez de afastar dela as de fazer tolices, fazemos com que viva no melo de ltdo de objetos que, a sen aleance, exeitam-lhe = ade, ¢ rcérea dos quais Ihe repetimos sem eessar — amo que a idéia Iho surja — “Nao toques isso!” ar de ocupar 0 espirito © as misos da erianga, de todo fastar a prépris idéla de fazer uma tole, deixamo-la nultiplicamos-the as proibigbes, "NG faras isto, lo | coisa, ete..." K nem pereebemos que propris jo fax nascer a idélx 0 desefo da calsu que lo se sim val av longo de téda a edueagto. Em ver de diante da crianea o bem, a helezs, a justica, » bon- rs de com ésses valéves alimentarthe a imaginagdo, ” Sezer com que ela 08 ame @ admire, apenas a entretemos com o mal, os atasta-ia. ism luge” do Ghtusiasmo Delo beri, que a ternerin forte, née a saturamos com o temor do tal, que 8 torna pusilanime, senio hipderite, © 0 verdadeiro modo de proservar uma erianga, & formar ‘0 seu discornimento, dandorthe oeati8o de exercé-o. Ao di- ‘2er-the, por exemple: “Vals ter frlo, val resérisr-te... Vals ter una indigestto.... Vals te machucar...Vais car... formulam-se afirmagGes peremptérias quo tandem a se rea licar por st mesmas, gragas ao seu potencial evoestivo. Os ‘temores dos pais ganham eorpo: o perio se acrercenta em vez de aumentar, como & preciso, « resistancia de crianea A-uma pedimos quo tire a mesa. Instintivamente Ihe dizels “Cuidado! Vals deixar eair alguma coisa...” Basta essa afirmagio para tornar a erianga docjeitada. © Cumpre suavizar vossos imperatives. Procural dar 3 cerlanga alimpressfo de que a coisa a fazer vem mais de seu proprio pensamento do quo de uma yontade estranha: "Acho ‘que tens raxlo so queres fazer isto assim... B inteligente, de tua parte agir dessa mancira.” Nao é nem necossirio nnem desejdvel que uma ordem produra impressio desayrn- dive. © 0 argumento pessosl: “preciso fazer isto” age mais, sabre a erianea do que © fGrmula do derpotismo pessoal: "Quero que fagas isto!" © Quando « erianga cresee, nfo he mostreis nunca & obe- ‘iénela como uma diminuigho de sua personalidad, mss to fantrio como um cio de mostrar aie cla postal ma bela Sate eter O'hefe 0 gue ae obieor ates de saber tas e coisas felas 2 pretexto de que delas deve- curiosi antes 1 Em lo dela ‘ctosa, dirs interdi Heve fs E dade, © 45 A ARTE DE REPREENDER Por dofinledo, felta experiencia as eviangas. & papel dos psis alerté:las sobre os perigos que podem corer. ‘Mas, fs brados de alerts Incescantes e despreporcionados eabam Dor embotsr a atencio en sensibidade; « quando houver perigo real a prevenir, @ intervengdo dos pais nio sara ento evade & sérlo © Ha dots exceesos a evitar em matéria de educagio: © 4gue eonsiste em jamais intervir —o “delxa-fazer”, 0 "dobea- passar” — ou & politica dos olhos fechados: "Fano o que te agrada @ deixa-me em paz”, politica de demissio que pode culminar em consequtneias ealasiréficas; ow entdo, o excesso que consiste em intervir a cada inatante por bagstelaa, A. verdade, como sempre, esté no melo-térmo, A erianga preci a ajuda do adulto e mesmo, quando & pequens, essa ajuda pote consistir numa espécie de adestramento incessante: Tembeanga de uma dor’ (palmada ou ralho) relativa # om esto oun uma atitude repreensive © Os bons exemplas e os eatimulos 20 hem nem sempre Duastam em edueagio. A erianga nfo nasce perfeita. H& nela tendéncins anirquiens e As vexes, quando menos s¢ espera, pode manifestar um caréter ciumento, autoritiri, indepen. ttente, associal, ete... 8, por conseguinte, normal que papai ¢ manrieeanaizem,orfenter no bom vendo av jovens for- ‘gas vivas, por uma’ repreensio que, bem dosada, bem adap- fads, splieads a tempo, conteibuira para que a erlanga toque com @ dedo as frontsiras do bem ¢ do mal, do justo e do Injusto, numa palaves, para formar o seu julgamento moral | saree anpaersnen st © Uma acverténcia, para ser efieaz, deve sor breve e rar, Se assume o ar de cena, de gritos intervelados ol stperagt dos, pede todo o efeite. A principio amendrontads, mas, logo indiferante, a erlanga deixaré passer a tempestade.& usta de nossa autoridede, mas também a custe da formagao fle sua eonseitneis, porque uma conseldnela no se forma sbainha, #2 de too interésco que a8 vossas intervengies se ofe- {tem com serenidade ¢ ee revistam de um earéter pacificador ‘Terfo, asim, podeie estar eovtea, um aleanee salutar; mesmo ‘que contrariem, momenténeamente, as defesas instintivas da crlanga, ajudé-iao por fim a dominé-las, © A maioria dos pais nfo imagina até que ponto usa de fautoridado por enxurradas de cbzervagSes Invels e sccundé- vias, por insistencia de recomendagées acessiriaa, por ex- ‘cesses de solicitude «ute vio de encontro ao bem objetivade, Por pouco que so observe num jardim, num trem ou num Jar, uma mf com o filko, & de espanter o niimere de adver- ‘onelas por vdzes contraditirias e do repreeniGes por vanes © injustificedas ane chovem slbre os pobres peaue nos: “Henrique, nfo corras mis, vals sentir muito calor...” E. einen minutos depois: “Nao fiques af plantado como wn rvore, vai brinear... Nao te chegues to perto da égua.. Cuidado com os sapatos, vais sujécios’.. Vaie ainda deso- bedecersme, como sempre... Que fol que te disse, Honri- que?... Hf terrivel ter eriangas eomo sta! No ha nada a ager contigo, nio serves para nada!” F ainda & bom quando ‘2 pobre mie, inconsciente do aleance de suas palavras, no scraseenta: "Vena bem que tens 0 génio de teu pai! '* A solicttude maternal s6 deve exoreer-se no easo em que for verdadeiramente necesséria. Fazer censuras sem fue mento 6 arvisear-se a faleear 4 eonselénela da crizne2, que nfo aprende a atribuir as ordens e as interdigbot impor lancia relativa que merecem; a erlanga no se desenvaive como deve, nlo reallan a sun propria experiénela, suportando as conseqiéneias de suas tolices ou de suse imprudéncing (oaturalmente, onde néo houver grave perigo). a2 A. ms HDUCAR AB CHANGAS IE HOME (© Susre at vantagens ofereidse goto stems das reuse natura, Srgramos ne ro ape forse no tn, en mate 3 {SSuue ects eluate bm edo mal gos rere da expertncla Sey oa taeda, eo aoe ant deve recoonecer nis op menen lagzente a Justia Sa penal” TERE,“GQ lec tocar que = ustga a penald sendh swoon ‘ine pealtde fens in plain ns tt deren no Bats “alts iaendo tnan corprt'@ dover rdatvomenia fasive Fee ee iinae © uefvimente produsrse reise Was natural, {mere unm rates em auartaInen oy anim erred Srretrucin mien, slashes mess suave mals fcunday em Yoss {nfncecias passe a wlsbe entre pals fon te com a cabsgn an mea see ‘oved ia acta ke toe Barta Oc feo dr fort se pesen'e mio ta Chae de una fo ‘Be rove ou ple ue get ‘do den fervete, a quemadura ge zene ef Thcimetieeeteoria’ Uira cane habibinds S"BaSias' perder uno, ome erlanca nesiente ae Dende 3 Mee Ste Be uravan ou sjcen de eu tm eva oe pla 8 reuea Me aktale “S.%cbjcies perdides ou guibradon. Mais tarde, uma erin clade nian toupee yes privada de sain oom 8 SASHES SRS Sia Ceeureta ou paen uma vsia @ peoas amigas. Male fale Pict cin rapen decusdade ow imativo ato ten Un Iuga, © Sunt bs ys rt rags matron © A-fim de ensinar o Joser com que a crlanga adauiea Sonseiéneia conersta do alesnce do que diz ow do que faz, iin des meios. mala efieszes canalte, sempre que possive, fom levi-la @ reparar material ou moralmente o mal que © quando = tom de repreniier sma exanga ¢ mehr “a aime Et tea iio) fae em partie © Gen eee ou ass Se amma ena a, ea re a cer ean ge pk oe Se es ‘ante ob mnpavoxnen ct aivinhae 0 que nfo dizela, Os argumentos quo procuraris em Tngar dos vossos adquirirdo — porque éle os teré retirado dp sea propio intima — 1m valdr gue os vosvos ndo terlam. (eae deveis excie sgmpre das erianeas que recomeran mete. iment ev sus coven tui ite cem sel, para las nds Sims oe seta mal, “Seldchem de seit Een ao icon je una erande eaias, porque ness momento, em SJ nr oe rcnbrere pos dem © 0 que é proviso evitar a todo custo quando se faz, uma Soservagio uma eriangs, € compari-la aume outra: “OMha fcomo 0 teu irmio.é bonzinho... — Ah, se fésses sempre ‘como 0 Jaimerinho”, ete. N80 hé nada plor do que isso para friar entre a erianea e 0 modélo proposto cies e até mesmo Tnimizades implacavets ¢ Nunes ressuscltar, » propésito de um aeidente qualquer, thidas as velhss mégoat, “Uma vex perdocda, a falte passada nfo deve ser mais lembrada. Vollar a ela & mostrar que hada fol eequecido ¢ que se tem sempre em reserva. ama carta histdria humilhante prestas a ser eontada de novo, Hi hiseo algo eapaa de desenorajar para sempre wm crisnga fem seus esforgos. © Um dos ensos ane, em geral, suscita a Intervencio t= ‘multaosa dos pals Go de ume dispata entre irmaos ¢ irmis. Habitualmente, verifiease que, depois de 4 ou 8 minutes de ‘seuss, ume das erlangas cede, seja porque se sente mals fract, seja porque te mostra mais razcavel do que a outra. Por que intervir quando o caso pode solucionar-se por si ‘mesmo de manelra satlsfathria?’ Nao desperdicemos nossa fautoridade a propésito de Seltas insignfieantes. Se ha abuso Ge poder por parte de um "déspota', sempre ha tempo para The dar uma eoncepedo mals exate’ da justica distributiva e'da caridade fraterna © Contego dois meninne que dormem no mesmo quarto. Natural ‘ants Bese de quando ewer com may frelnetn bi Dei (Chm aa hora de doris” Potloce dito‘que-devinm sslarse Iogo 096 4 | ARTE Op EDUCA AS CRANCAR BE OIE 20 dace, mao Ino te eervie para xtarde cise, Quando 4 Ine {een namée’ so elie a alegre 2 tapanliee ae dust, na hele, mie rheen. pel tegument talbar com on dese elias Used ice te pg, el fnternesida peo... sina v8 hos Tindor rostnta tule" if" ebedeco-? "AD mabe sen uo teabltnitel trancs eormar meniion desobedientr cm humane bos « lain Coma toa cami in cen" No ena she © ena” tase ‘tlomn simpterobservato e a mame nis Joga artesipaaans com ‘sowpetas mis, de sito" 6 menorinho des fararoe “homens bane seis blame werden edie com vosinha eavergonfaca? "Es pen fei também que dove ser teste para e tea earagao genni ni some 16 A ARTE DE PUNIR A. simples repreensio as véres nfo basta. £ preciso sauncionar ume desobedicneia earacterlaada, wma mentise Iie ida, um furto desavergonhado, he elo om aos ing et ctantonents ebay ene {qa ce soa cauberdacin, » cance’ fe avert baer ‘esa co 4 brineadsira; estendendo a mio, dird ealia distintaments: “Nao Sele er Soe emt} Naan ico ms eetrrcumento © repatind «pried ma Imperative. ‘Ser dovto, nacemnsrp remmeesr ian Je ‘Hae; mete, pov que sla prec sepeit cam nist ‘igo no pode fartarse x mada sm prende dara.r= Quando chica tempo ge levar a crinen a uo pages, 9 "mio fades fer ata formar‘ mie aeceaaess ainda, "Qvente msl Rveen fords no ‘Sante tents de senorar vosseprobictes, "Me, ¢ borit es fdtde, a crinnga comecers a ve mostrar rule; ar a ene, orton tly ager stodse; quando s elanga Fete ‘t bau um objeto do mode algam t'dusting sane uy Ve" proba pode sucner gue sa seccmoce 0 gent com det a, thando-tn tens no esto Soo "ny podes Tozer into” seven. sie prota trae tl sine abe chat Tare fim tepinfaqabre = mio’ ted dhcerta ito maior 40" qbe palavras, ‘Nao so evntrtio «ese als, Ae ena, ae @ etm Sapo Poms, Shamat-es ae shar ‘© Nao hd nuda mais falco © mals ernel para a propria crianga do que essa errOnea sensibilidade que consiste. em Inelinar-se diante dos caprichos e faltas, sob o pretexto de 86 A are a eovcan AY cuAseNs BE HOSE ‘que se trata apenas de uma erianga. # claro que nfo se cogita de brutallsi-te; mas, erigir em principio ser preciso “no {impor as eriangee qualquer sofrimento, mesmo leve”, é Url ‘sbsurdo «ue levard' # erlanga a se tormar o nosso proprio ‘rane. © A-crionga 6 uma anarquia de tendéncias. Néo é de e& Dentar que subltamente surja una tendéncla perversa. Des Confierses das perfeicées prematuras. © papel do edueador ftervir por vézes energicamente para assovlar no exptrito e ‘mesmo na carne da erianca & hdéia de uma dor fisiea & trans grresedo de uma interdlet. © A. punicdo, para ser educativa, isto é para formar & Consciéncie, deve sempre ser doseda, ou melhor, adaptada 2idede da crianga, ao seu earéter, a0 seu temperamento, ‘hem ‘como a clreunstanclas da falta, mau jello & uma coisa, a maldade, outra. Uma evisa é uma irreflexio, outra uma falta de respeito. © Um bom corretive pode produzir uma cura radical ¢ Gefinitive nos eases om que as adverténcias e us punigées loves repetidas s6 fazem enervar sem proveit. (© i um Grro castigar uma crianga por am malfelto do Gusl lo havia adivinhado 0 carter repreensivel, Antes de bunir, convém veriticar se a erianga sabia da profbigho, © 0 educader deve-se apagar o mais possivel, « fim 4° liminar qualquer aspeeto de futa ou de vingangs, pessoal, © {ator sentir 40 culpado que éle 6a causa primelra dos aborre- flmentos que the eaicem sobre os ombros. Podese mesmo tentar delxi-lo medir sdsinho a duragio do castigo, fieando ‘bem entendido que a crianca s6 Tho pord térmo quando re conhecer seus eftos e estiver resolvida a corrigl-os, © Todas as punigées devem ter, tanto quanto possivel, um cerdter pueifieador. Decerto, a8 vézee, sobretado para os ricnores, tim tapinka na mo ou uma boa palmada constituem a solugao mais cilular. Quese sempre, porém, a sangko 36 tera vantagem se obrigar o culpao a wma pequena cara de alms. @ ratte A an be Poxa st * Quem bem ama bem castign, diz.o provérbio. No mesmo Sentido, todo castigo, pare ser Tegitimo, deve proceder do mor: de um smor mals forte do que 0 amor renaivel.. No precise pisar 0 coragso de carne para punir um ser fraqil fefernamonte emado? Mas & por vézes o melhor testemunko {de afeto profundo que The podemos dar. A crianca, aliés, fio se enzana. -Distingue com seguranga as punigdes mere fldas das que nfo o sia. Jamais uma saneto Justa, apliceda ‘com calma, © mesmo firmemente, pode diminuir o respeito ‘on a efeleio para com 08 pais © 0 etundor conainta de nun torte. ase nia quer sbandonar S edancas't al senna nem sabjer lan tahaformanss em Ie omen sen’ come cue’ entendo cam cay de tal edo. eo SEU ignordio, as acne tone Salas peat abe come 2 fhsen rune‘ Grn se dlas hae reponatve!: de tal modo ue, Seriind.de por vee, e mio para exter um Gre tlre com Suncom te"eciean'cocrgiads si propa pen tuniice sao iter antige © por sbrgon que Ines pede" maroc ese ke Se nim le ate a sarc i omen nt 0 fede cota meetin sea Par a mea, se enbrera de mein form cnn Oia ey Sipo‘e fun pgs, 900m roprind.e @ depen» eoarae. = @ & preciso que munce se castigue com um ar de triunfo, ‘como se se tratasee de um ajuste de contas: “Vais ver quem fo mais forte!... Vou te ensinar a mo dosobodeceres.” A. fdueagao no 6 im combate em que hi vencedor e vencido, tas ume colaborago tanto mais eficaz quanto é feita de contianga ede afeiedo, © Quebrar uma vontade 6 sempre asterilizar o ser e nem sempre é aniquilar a revolta. © Bvitese dar A criangs a Idéia de que foi para sempre repelide da socledade normal, quer pola sua falta, quer pela ppunigéo em que incorren, © Ascerlangas punidas com muita freqiéneis terminam por Suportar alegremente os eastigos, como suporiam os raros momentos desagradavels de suaa existencias. 88 | ARTO BovcAR AB GRUNGAS DE NOE © Quo fazer quando a uma sano a erlanga rosponde: sme importa"? 1. Nito responder ao pé de letra: ““Também ex", ou fentdo: “Tanto melhor 50 nao te importast” 2. Néo ameagar com uma sanglo mais forte: “Uma vez ae no te importa, estd"provado que nfo te a © suficiente, 8. Dizer simplesmente: “Meu fim mio é 0 de te ser desagradavel, mas o de te dar ocasido de refletir, de teacalmar ou de te impedir que inoomodes os outros,” Na msioria dss vézes, » dogura ap6s a correedo far com que a erianga compreenda o fim verdadero to. vossa Iimaginagao © Reflcti antes de proferir ums ameaga. Se ameagais com freaiéneia sem execuiardes vossas ameacas, estas co torna- ‘rho para a crlanga uma brineadelra sem importinela ou um auténtico j0go. Um dia, dois meninos, iritudos com as ameagas rolte radas da mie, continuavam a se conduzir mal ¢ confessaram: “Quisemos ver até quando podlamos contiruar @ nos eon ddurir mal sem que nos eastigasses...” © Evital as punicses humilhentes, absurdas on antiedu- eativas, Humilhantes como as “orelhas de burro”; absurdas como a de privar a evienge de ir & miasa ou & reunido de escotelros, entieducativas como a de obrigi-la a copisr vinte vézes: “Desobedecl a mamas” (a menos que The fagamos opiar uma frase positiva: “Quero cbedeczr cada vez mais") © Um repasino era ausito a sis tsimosins gue os pis 26 heviam Tbitundo a fechao mom gunrn wt6 que selene,” A principio © Dal In de vez em sande aber 'e porta da" prnte para perguntar com ‘or tangada: "Acstaste? Presa angio.” ge nie comes sin, Yale fear al o dia Imei, see presna.”” fay ietamn de intnae so gr. Oabede nao necpondia, ow "esponie ‘a tener se prolongavn Indetinldaoente Pearavam intder Ge todo. "Coninuaren se 6 ast op rosin 8 ide, a gnoeran a jovem obatinade no, memo Iigat, ts seo ferter Jahns Vale retnr um poo sibs dera hx, "Wale pecarar ‘ata grane oe fey sbretad. um a St enre Se cote a gle it, {eines “Rigone minutos mats eae, vita a Se, oes on der false‘ ‘eeioes » pal se content tn merourer’ mum tom pon Jador © Geruasive Goanto Dovsrels “Atal efette? iva ‘apra ato train serpent fair, O resultado fo imediato, Acree fevmicoy cme por enesato (e Gidee wo que ae soguvam, fora reslviag' de foro andl, 1 fe epacactm & deaparececem compictamente). Bam entendi, earjoure pia snenen unw voll fenvevar te pbde reoeupar ae iger ents seta como entimento recotoriante de una vite tutros. "0 edueador, obrigado seer severo, nfo deve wumes. perder ta'usia tm pencpio errata "de que Gove gman atagie wo enue Teter eslnldr semapee © bea com tune Tspretaio de talto fn conrrlo, una inprestio de vaegonb {ol emote um oreo yecagée, eijas consoglincas. Ho Themen Sudveln © Nunce se deve aplicar o castigo de uma maneira imp cdvel @ sem remlssio, E procito delxar & erlanga a possilli fede de reparar a falta’ pela contissio e pelo esforgo. A aingdo irrevogivel desestimala a vontade de reparagto, © Quanto mais cresce a erfanga, mals 6 preciso obter sen consentimento interior a uma punigo mereeida. A execuga material de uma sentenca de nada vale se a vontade, socre- tamente, a contradiz. precico que a eriangs eompreenda fem que € passivel de repreensio, Néo abusels, porém, da fords eensivel au dramitiea: "Vals me fauer morret de fdesgdsto....” ou “Acabaras na fOrea!"; menos ainda da ames- ga: "Vou te mandar para uma easa-de-corregio!” & sempre preciso nfo volter atrés de ume sangio Justa Suspender levianamonte uma puniglo merecida 6 dar antes prova de fraqueza do que de perspiedcla. Lembremo-nos de 4quo-a vontade da erianga precisa apoiar-ee numa autoridade to ligiea quanto firme. * 4 ARTE a ROGEAR AB CRUANGAS BE ORE © Quando vosso filho age mal, deveis eair sbbre éle como time dgula sobre a présa. Ble so curvard A saraivada e fugirs. E nesse caso; nio Imitels aquela pobre mulher nervosa, que perseguia o fitho gritando: “Marcelo, Marcelo, vem cf para ‘que eu te dé um tapal” ‘© Procursi eompreender a razio das faltas de voseosfilhos Eis que, na tua, lim déles atira podras. Chamaio com um tom natural ¢ mostrai-lne que se arrisca a quebrar o vidro de uma janela ou a ferir tm trenseunte. Mas, oriental o seu ‘esejo de jorar alguma coise. Estimulat-o ao tenis, 20 tiro- aoalvo, a fazer, com as préprias pedras, rieochetes mums piscina, © preciso nfo punir tudo, Hi pecadlihos que devemos As vézes fingir quo no vemos, sobretudo se nio tam conse ‘aiencias morsis ov sociais. "Mas, quando se proite uma ‘oiss, que aeja para todos os dias, enquanto nao mudarem as eireunstincias. 7 A ARTE DE ENCORAJAR E DE RECOMPENSAR Ax evianpas procisam mais de encorajamento do que de punigdes (FENTLON). © Acreditar na realidade das bows diapostgbes 6 crid-las ‘e aumenti-las, © A jidala do julgamento ou da opinio que fazemos da trianga desempeba um papel importante na confoceto dessa tela peicoldgien sSbre a qual os seus stas e pensamentos bor- ddario dia a dia um poueo de sus vida, © Quem quer aue se persuada da ineapacidade de faer ‘uma coisa, dela se torna realmente incapaz. © Nao é mau que a erianga confie em si propria. Em de- finitivo, € melhor tum pogueno excoaco do gue falte de auto- confiangs. 0 "posso mela” & um estimulante mais forte do tw 0 ido evo para nada” ot 0 "nun conerueel essa alums’ © A-crianga 6 essencialmente sugettondvelDizermes sem cessar que ela é desajeitads, egoista, mentirosa, ete... & feonduzi-ls a um atoietre de onde no mais poder sal © Quio mals sadia 6 a sugestéo inversa que consiste em repeti com abstinagio a uma erfanga com tal ou qual de- feito, que ela pode aprosentar algumas manifestagses de fra- ‘queza mat que, precisamente, esté em vias de curar-se 92 2 ARTE EDUCAN AS CWANGAS ME HOE © Nada desestimula mais do que a indiferenga: “Atinal de contas, nao fizeste mais do que o feu dever; se no te ‘digo nada, € que eeté bem.” A erianga precisa de algo mais; 6 feliz. quando £0 gente cihada e aprovada pelos que estims © A contianga facilita a ago; a deseontianca suseita 0 esejo de agie mal. © Nao tenhemos méto de mostrar as eriangas nosea con. fianga em suas possibilidades, o que seri mesino, por vézes, fo melhor meio de despertarhes certas qualidades ainda dormecidas. Lembremo-nos das observagies de GOETH, aue vale tanto para as eriangas como para os adultos: “Othar ‘os homens como éles silo 6 tornéclos piores; traté-los como se f6ssem 0 que deveriam ser, & eonduzi-los aonde devent Ser conduridos.” '# Nos elogios como nas reprimendas, nas recompensas ¢0- mo nas punighes, € preciso ter medida, 1dgiea e justiga. Me- dds, porque’o exeesso acaba por dasconcertar e mesmo por fazer davidar do julzemento de quem detém © autoridade Logica, porque nada significe felleltar hoje por uma ago que ontem imereccu uma eritica, Juctiga, porque uma recompense Imerecida perde 0 interéase @ a forge. © preciso encorajar a erianga mais pelo esforso prati ado do que pelo resultado oblido, “0 objetivo é fazer com ‘que a aprovacéo dos ais tenha mais importancia do que tum forrao de agidear ou do que am doce ‘© Ha casos em que € Iicito servir-se do amor-préprio, como por exemplo: "Procura fazer Este esforgo, difiell mas ereio ‘awe podes consezui-o.” © preciso evitar as lsonjas que lovem a exianca a so comparar vantajosumente as outras. O melhor é fazer com ‘que veritlgee os progressos resliaados sdhre si mestrs, dan docite @ pereeber que pode fazer melhor sinda, © Um dos meios de ostimular 2 erlanga € teabalhir com la para a realizugho de tal on qual prajeto, sobretude 26 4 ae eoRAzAR © He RECOMEENAR 98 ce projeto comporta, para seu Exito, um segrédo a guardar, como por exemplo 05 preparativos para o aniversario de © A crianga toma gésto pelo esfirgo que The vale a nossa wrovagte. HA impalsos que so mats simples dosojos de Impulse, @ néo ultrapassariam esa fase caso fGscem apoia- ‘dea polos eiveunstantac. Uma agulescéneia epertina imprims coragem e confianga nos que ainda tem passod hesitantes, ‘Nada encorajara mais uma erlanga do que dizerlbe, no ov: la exprimir um pensamento Justo: “Sim, tens razio", e de lombrar habilmeste na oporfimdade: "Coma aeatias le ale zer", ou “Como hi poueo dislas © Fazer com quo ume exfanga veritique os seus progressos 6 encorajicla a progredir néles. © Soa crianga fracassa, nada de rigor desde que howve de sua parte um estOrgo Tel © Cumpre evitar fazer elogies sem reserva as eriangss. A diseriedo & quase sempre necessiria. # claro que testemi- mkamos nossa estima: "Sempre gereditel que eras capa2 disso fede mals ainda.” Betimalemios mise nfo testemos a crlanga, ‘como se ela {0sso ume porfeicio confirmada em grags. A. erlanga, a quem exprimimos sem eautela o sem medida todo ‘© bem que dela pansames, corre o risco de tornay-se imedis- tamente gabola ou um pavdozinho infatuado dos seus pr6- pros meritos, © 0 cstimulo » uma crianea poierd ax vézes traduzir-se ‘numa recompensé material: doces, brinquedos, aguas mece- fdas. Mas ndo abusemos: ha nisso’ wma rolagio de faclldede ‘Um dos perigos désse método é 0 de laxur e comercializar 08 esforgas do onfem mioral que, essencialmente, devent et: contrar solugio na aprovagio sfetiva dos circursiantes, © s- tisfagdo nu propria conselencia, Alem disco, ha ainda outro perigo: & medida que a crianga erescer, € previeo recorrer a recompensas cada vez maiores. Nao’ é comum ver pals ‘que imprudentemento promoters ume bieisleta ou um manto de peles com risco de comprometerem 0 orgamento fame Mae? oa ‘A da ot moveAR 48 cmANGAS 3E HOE © Pode suceder as vézes que os resultados no teuham fstudo & altura da hoa vontade © dos esforgos sinceros da frianga,, Evitemos acsbranhé-las e até mesmo, para que no Elque acb uma impresso deprimente de fracasso, prociremos por em relevo a qualidade demonstrada. © Arita (4 anos) o Hereacde (6 anos e meio) veltan de um Posse “od efile Sa feminhn ‘Agneta gotta a pee Eednr Bernardo sr oferece genilpente para ir buscise. Babe ‘Sivrende een» oll trignéene, trancedy tn pur do ehigloe au, {stale al enw de aia verde alae co Beary ‘eclnrbe! “Que bebop bam ue potlas prestar mais stegaoy el SS ends feces e pressive dirt sFoece mito gel que ‘ord isaac ou shinelon de tam smaaiahal 0 por gos trouseie & ‘nce io anvedo com o- dea que dl para for confess pera, ‘is tex novantete @ ntiea te, A crangacomprenderd de. Presa e nulirs de sovors scoala ‘com legen, Guplenndo sn © ‘loro 2 esto festera 18 A EDUCACAO DA CONSCIENCIA 56 ha verdadeira educagio onde ha edueagio da tibor~ ade e, portanto, educagio da conselénela © Praticamente, yora a erianga de tenra idade, bem e mal ‘slo o quo os pais assim chamam, f Téeil imaginar, entio, © perigo representado pelo arbitrério, polo exagéro ou pelos erros de apreciagdo. © Até que a crianga atinja a idade de tor uma concepedo pessoal da vida moral e de suas exigéneias, os pais eho como sua coneeitneia viva, Nesso sentido, ocupam verdadeira- mente 0 lngar de Deus. Grandeza » responsabilidad, eates! Pols que toda érro de “chaves” ou tida falsa manobrs con ‘uziré mais tarde e desregulagens no mocanisme ds conse la, e ser ume das cansas ocultas de muitos deerearamentos. © Todos os julgamentos de valor emiitidos pelos pais, s0- bretuio se dsses Julgamentos slo freqientemente repatidos, confirmados por ‘exemplos « sangées, so inserevem bem ot mal na considelaprofunda ch eianga ¢ a6 mesmo tos #2 preciso dar & eriangs nio apenas 0 conhecimenta como © wésio do bem. A virtnde que no for mais do que Virtude, {ria, arrise-se a cansar pela sua propria eusteridade? quan- do se adorna de beleza, enche a lms de uma alegria esti rmulante, atrai e fa2 desabrochar. Nao digais simente: "Esti From", “® mau”, mas: “E belo” ou " felo” 96 Ame HOGAN AB ERANEAS HE HOSE 4 suito,mais do gue om tes express do moral @ ns cqenos {ator dn vide eotidiana que o mais des vézts Se Drerece oe pais ocasifo de formar Jalgamentos retes © a prepisio de todo ou nada ge a conelncla se forme © den Sena? STR asta ne Hv Gig, Tanenrne-s quae seme Foc ledo tnsrsioEosiar entnan lear sogundpetedpon sees tn pone cerratn ba fet 0 melbor mo de aentat Sea's solease em be sli." gebornmc's worse bee oe iin Sevan nes iiomresy os She consléne sorel tere eallmado ema ere © Por si mesms, a erlangs possut a tendéncia de julgar © valor moral de um ato segundo o seu aspecto exterior © seu | roveago 9x conseatwet 7 moral é de fazerse apreciar. Arriscar-seda do mesmo modo 2 fazé-le escrava da opinilo. “ pretiso, ao contrézo, que 2 criangs adquira uma conseidnela surieientemente formada, para nfo confundir 6 hem com o que se aprova, 9 pat intervention dp cucador devem, sar do mado a ave sempre nm per eonseguéaca deopertae na erlanca © wnse de Fes Tidade "da, coneclencia penn. Vie, cam efatoy cm dia cin aoe 8 Igulatoeia do elgendordeverd ser suet pee sntimenta do dover Sera entio Brcko que'a Te meral ~qae eu ae certo malo eteror ‘erlang «Ihe fra lmposta pala vente do edteadoe —"se he verte Teterioe nto tenka outrages seni” ae sta eonatGeasd © Para formar gradativamente » conscignein da erianga, preciso julgar diante dela, © com ela, a8 agdes de que 86 é{festemunha ou que 50 eneontram so aeaso do wma leitsra “esse menino que brigou eom um des seus eamaradas, fez bbem ou mal? Por qué? Que terias feito em seu lugar?” A. noite, sugeritthe fezer um exame de corseiénela €, £0 ne Pesultado moral. Pare formar-the a conerie ucbraste extn xicats, por qué? Por falta de jelto? rio? Por célera?. Por Vinganca?... — Denun- camarada que “colava” na classe, por que? Por Delo prazer de vé-lo castigado? Por que no era "Por amor & jusiiga Para que as composigoes legitimaa? Pata que éle nio repita s fraude?. tientiste? Por brineadeira? Para te desculpares! Tuma punigfo? ara te gabares?”...— Por que te? Por que nio escutacte? Por que nfo com- que te pediam? Por quo to crés mals astucfoso outros? Por que julsas estar bastante ereseido cor? Por ae te padiamn algo muito dificil? ete n no dar & erianga coma nico motivo de aga: fe winte.” A erianga ve muito bem se dé ou nilo ‘que a amity, o& quale tém o direito de mostrar sno contentes ccm ela, Mas hi um escolho @ | aeja o de doixi-ta acreditar que o nico prinefpio re fos he ate der Parents, a 3 (Bd. ae) ageelae RS ees cesséric, ajudi-la nisso, evitando, contude, yer apenas os aspectos negativos do stu dia. Nin delxar de conduaila. a E01 Ba. noite 6 wm tomar uma. resahielig. vara, 0 A, ‘momento particularmente fevorével em que a alira disten- dida se oferece mals A vontade A andllse do sf mesma (© A medida que a erianga eresee, 6 preciso ajudé-la a for- Jar um ideal, a achar uma dlvisa, a eseofher um ponto de fesférgo, a tomar conseléncia de sts responsabilidad, © Pouco a poueo deixé-la em liberdade nara exeolher por si mesma as suas decisées, 20 contratio de sugeri-las por meio de frases camo estar Se eativesse no teu lugar, Scho (que agiria assim...” © Nao tenbamos ilusses: nossos filhos vive atuatmente num mundo impregnado de elas falsas ee méximas duvi- dlosas. Nao temer, por conseguinte, demonstrar o soflemo de “slogans perntelesos como: “ presise aproveitar a juven- tude” — “Otho por alho, dente: por dento” — “E molhor roubar do que ser roubado.” “0 éxito pertence aos «sper foe." “Para o que ganho, 6 demais 0 aie fng0.” tum sto. Por irrefl caste dase rmaldade? teu amigo io ear por aue Para celta decoedoe preendeste fio que os para bed © cones Déeme & pruzer a0 fe antl « evitar, au 98 | anes De ROUCAR AB cUANGAS me HONE © _Nio & preciso dizer que os pala devem evitar tda con- ‘tradigio entre es contelhos que dio e'03 atos que exigem. (© Parg formar homens de conscigncia convém gpelar pera ‘8 conseiénela da erianga e levé-la a sério. (© posivel quebrar ums vontade cao so patte wana mo ‘funlente posivel produit um elle dh corelencln. ou mcs UESRir pany’ sempre’ tu tur benfacja:soortteinc a conarenes Seoal de rang Jor dna consis de ceri. Anicaormes Tclen so, pend Yr ser 0, hun mech Teetwas, portanto, em definitive, de wna seio Hociva porgue dey er comcencaea, au venfcr que waa oval ‘ao sta quabildade dexpresves* thssstamente http://alexandriacatolica. blogspot.com 19 A EDUCACAO DO SENSO RELIGIOSO Uma mie cristd se preccupa com a alma do seu fitho ‘muito antes que éle nasea. Durante ésse perfodo dnieo em lillzar para éle as bénglor dlvinas. © No instante do nascimento, as mies ¢ pals erist2os nfo eixam de consagrar ao Senhor o serzinho queride que Deus Thes dew, on melhor, hes confioa. O que sera ésse filho mais tarde? De qualquer modo, nao se destine x se tornar om lete? Eva missRo mais importante dos pals nfo 6 a de ‘sjudé-to 4 realisar sa voragao sobrenstural ée filho ou ha’ de Deus? © Tio cedo quanto possivel, batizal vosso fitho. Que 0 ccxidado com s8 legitimas alegrias familiares néo\diminua fem vosso pensamento a grandeza do primeiro sacramento ‘que © recGm-naseldo vai reeeber. Pensai que no momento fin que # Gyua se derrama na sti fronte enquanto sio Dre- huneiadas as palavras sacramentais, vosso filho se torna 0 tabernacalo vivo da Santissima Trindade, e que forcas ocul- tas — germes das virtndes teologsis — néle se depositam imleteriosamente. © aos pais que cabom a honra @ a alegria da primeira ‘educaglo religioaa dos flhos. ‘Mas 6 precico tudo prover. O. padrinho e a madrinha recebem da Tyreja & missio de “su- plementa” © “complemento”. i neste espirito que cumpre 100 [A anne moUCAR AS eRANGAS BE Home eseothé-los, @ nido tendo tmicamente em conta eonvengées mundanas’ ou suscotibilidades familiares, © nog primeiros meses que a crianga — que registra ‘multo mais to que se pansa — pode receber a felix influsnela ‘de _mamie orando ao pé do seu ergo, A eriangs, olkando ‘apenas, Imitard por si mesma os gestos da mae e sprenderd fsseim, pouco & pouco, @ juntar as mios e a. enviar um beijo imagem de Jesus e de Maria, eujos nomes, juntamente com o# do pal eda mile, serdo 0% primelros qu balbuciars ‘© Logo que a crinnga comega a falar, a mame pode faze Ta repetir algunas curtas invocseies na soa linguagem de reesm-naseldo. Muito depressa, aids, ela se mostrara eapaz Se falar eepoineamente a0 Bom Devs, por menor ue see o estimulo mater, ‘© Do motto pele qual os pais fazom os filhos rezar depende fem grande parte x concepsdo de oraede quo hio de guardar ida a vida. Se a oraglo é feita sem gésto, som entusiasmo, de tal maneira que se entediam ao foz6-a, uo erescerem forrem @ riseo de astociar a iuéia de remédio x todo ato religioso, © 0 idesl & que a oragho se tome para a erlanga como cave tima necessidade 6, a mesmo tempo, uma alogria. Em cortos momentos, ela povlerd exigir-Ihe um esfOrgo, como por exemple & noite, f6r grande o sono; contudo, € un esfOrgo aque deve ser geuerosamente aceito, © A partir do momento em que a erianga nowver com. ppreendido e saboresdo 2 oragho pessoal, torna-se eapan de lima voedaeira vida de unio com Deus, do conversagho com Ble, © Desenvolver 0 espirito de £6 na erlanga & habituéla a ver Deus e a levil0 em conia nx vida catidiana. ‘Compete Ame impregnar da Divina Presenca os diaa do filho. Cum- pre evitar que a8 relagies com Deus sejam relegadas Unlea zmonte 20 comégo eo fim do dia, mas aproveitar as eirenne tAncias, bem eamo as disposigies do filho, para clevar-ihe a alma naturalmente @ Deus, para provarshe e fizilo sentir 4 roveaglo no senso necro 101 ‘0 amor de seu coraggozinho por Aquéle que o ¥é sem eossa feo ama com tanta terns, ¢ 5 bom niio abusar da oxpressio “Menino Jesus”. De: corto, © Senhor o fol; lembra-Se de télo sido; mas no o & ais’ “Se Ele gosta do ser tern com as erlanger, ndo & © scucarado porsonagem de eachos louras camisa ebe de rosa, ‘gue uma magistiea do tipe “bondon” tem vulgarizado. Ble Ge continua a ser © SENHOn © De uma parte, no se dave tratar o Bom Deus como num camaradioha, o que levaria multo depressa a falia de respeita © i abeligao do senso do tagrsdo, De outra parte, nunca #6 deve apresentar Deus como um ser remoto, ina. fassivel, ecpido das fraquezas humanas, sempre pronto & sur preender as delingtigneias, pequenas oy grandes. Isto seria tims caricature, uma verdadeira traigeo. Quanto mal pode sor feito por melo de frases como a que assimila Deus « um “apo” ou a um “Papul-de-chicole”: “Desobedecoste e por Ingo to machnesste; & bom felto, 0 Bom Deus te eastigon™ © Nao apresentar feualmente Deus como um rico comer dante cam 0 qual se negocia. Néio é aqui necassério refutar Tongamente 2 aszertiva erimnosa de cortos pals inconselentes ‘que esperam até que os filhos atinjam a idade de 21 anos, pata deixar que escolham “livremente” a sua religiio. Como fe faze preciso eaperar 21 anos para Thes dar um nome de familia, ma pitria! Como se (0 que & mais grave) aos 21 ‘anos um omem j& nko estlvesee moralmente orientade! Por ‘que privar esracrianen de tédas as riquezas que uma f6 ‘elatociia the trara durante a existincia? Por que privar Deus do amor dessa erianca? O que importa nfo € ajndé-la ss adquiri, com a grage do Senhor, eonvieg’es e uma piedade pessoal de nedrdo com 0 plano divino # seu respeito? © Alga, argumentando com 9 chasado dzeito “de ttbendade de Semel Eotaran gue oe pis fest mn nig = el. aay sn eo rents. em funedo de Fea is se mimctie ‘alana, al recone Rao iim ie pe Pain trata com eft, — met tai "a sttiner? "None cacibe ne noe deve aime te 102 ‘A ANTE om BoUCAN a8 CRIANGAS 36 HOE ines ou cunes suing; & naturata J6 egos por oe. Trea {ngs de “tompremi Taslonaiberdaie ar eto ou Ieee {Ende eign’ "onda sitiie resmese Fnsoilne eae Be fsima © teto, bora dot meuha’ Ge volar ds Zones de Son fe Sem gte ea” etetato taides Com idade retested ik ren ora Tn din‘ de en xa tela, ranks ‘convinentn para cena al isto ain progres ‘ents deans Darn aerecre, po fms sue polpa sabooun Goss {Stara siracada'a homasnds’ nom cada, gernelordaveste sor ‘pene comeya de tarp Eraoheudn e-em fino. ni gore ‘Tovmoe resicar tau cm frien,” Seria onto poilen soya Unidade,'e cominoidae¢-aaniersldnde da conselems humo. © Assim que a erfonga puder, ensinar-Ihe as prineipais, foragies da Tyreja: 0 Padre-Nosso, a Avo.Maria, "Explicar the 0 sentido dessus oracées, mas caidar de que sejam reel fades corretamente, sem atropelos. Ainda a, prestemos aten- io ao senso do segrado ¢ fsgamas orar “em belesa”: belo Sinal da cruz, genuflesdo bem feita, oragio bem dita, com toddo 0 eoragi, © Jamais considerar as oragéeo como exereicias declama- ‘6rios. Que érro, por exemplo, aproveltar a visita de uma pessoa amiga pare fazer com gie a crianga resite as suas oragies & maneira de uma fabuta: “Mostra a asta mga como sabes tezar tuas oragies.” Tals formulas 6 tém valor #0 exprimirom am sentimenta interior, e pera ajuda essa ex Dressfo nada ¢ indiferente ou scent, «Nie limitar a orecio ts formulas eficais, A metida ‘que. crlanga eroccor,estimali-la também A oragio eleneloas, no segrédo da alma para com Deus. © Convém orfentar 4 erianga no sentido de uma grande conflanga pura com a Santa Virgem, por quem nos fol dado Jesus, € em quem sempre encontramos o caminho que » Ble © Excelente 6 inculear a crisnga uma devoeio prétiea pra com 0 go anjo-de guards, cuja {Orgs protetora € tanto Imais efleaz (e Deus coshece a¢ necessidaes dos nossos que dos filhinhos!) quite mais freqdentemente fOr Invoeada. 1 Entins fentes e mote tne — Rawwovrk 8 | roveagio mo enseo nEEoI 103 © A crianca & gulosa de histérias, Nao convird que, 0 ‘mais eedo pissivel, mame The conte a mais bela de todas: 8 de Jesus? Nao também a mals emocionante? Mas, 26 eagdo do senso religioso, & preciso, sem insist@neis, ajuda ‘ erlanga a exprimir sue emogio numa reza— uma’ atltude, ttma resolugho, © Com as erlanas as preeaugies nunca so bastantes. Por- (que nao hes souberam contar tida a histérla de Jeeus, clusive Sua ressurreieio, ha erlangat que permanecem quer no estigio do presdpio, quer na fave da erur.. Para as Drie imeiras, Jesus 6 uma exianga como elas, qUo name ereace para as segundas, 6 um Deus mort @ Meu inmto de 4 gran — conta ema sduendora — seapre ap int : alate dos asa cn ono tmrnho,» Menino Jesus guehorar" Seu temdcinby olla. spon tale ehyoou os ombron: "Ble nia pode chorar porque atl mete!” © Um ponto em que 6 féeil formar o espitito religioso da crianga €'0 do mistério da morte: em ver de sprecentar-lie ‘8 morte como um pogo negrp e fatal em que eda 4 human ade vem cair, par que nip The fazer compreender que morte no 6 um fim, mas, um comégo e, como diz a Iereia, @ nascimento para uma vide nova incitaparavelmente bela, boa, feliz eterna; que o “nia sel qa” do imnslo nada tert ‘que’ deva perturar, uma vez que pense um invélucro material quo a alma, sempre viva, repele como a borboleta, repele a crisilide de que se serve para ee langar no aral primaveril; que sdmento os maus devem temer o Além, que ‘8 bons 86 podem deeejé-lo? © A excelente revista L’Annenu d'Or? interroxou um dia, ‘seus Teitores: “Como ajudar as erianeas a Tazer a deseo- berta da morto? Dentre a2 respostas roevbidns, destacamos ‘estas duas exporiéncias: Sand imate de eran dlente da mort, cin a experiencia de 108 presence dos ma to eviances, entre € 6 7 anos, mame Santo de slguan de sa relages noe ‘od'Se SE aba de morte San alo rg money eto, nécrmeeon more ava oeasigo pare fela-nes aire a de ue penetra mul simpleny» props ever! ee nos conta como hie ivi sree, Fastmos perguntas de euanges Sere eat at eters ene amadon, note dor nborn ged, rmevvabe oe eres aaulos stem r opera de apendicite, Bu queria que os ports fist aesita.” Dissehe v= mornisee ma tua operagio? ada (ancrsiade), nto pensarie nica 2 uming, els magna bam as moresse no sere nada mat, ex Ia am tom alegre, Em seguid,tomada mil, que fara Tembrar aa paleras ‘a Deus nto acher gus’ tonho multor ‘Todos o estar: indefinidesonte sob o pectexto eae mpremfanae ae erargas. A ca ver € um tro Chega serk ‘multo'malg vntento @uasde © prilto morte que alas vitan for Om 4 roveag mses matctosy 105 prepara Jantar: “im, seis fom fr'parao Ce, at pmo gle fecavie de one winds ui poue contig mama.” Mae, nerd rome © Seré preciso, um dia, faler do deménto, pois é uma triste ealidade.” Mas, stanglo, nada de dramstizar! Rvitemos as Jinagons modicvaia ou e2 represontagses terrificantos de dia hos com chifres, pés de exbra e caldoiras ferventes. Com Ineo, arriscar-nos-mos simplesmente w falsesr para sempre © equilfbrio do senso religioso da eriangs. ‘Certo, o inferno eterno 6 uma verdade: Nosto Senbor afirmou-o com veemen- fla no Evangelho. Mas, evitemas os pormenores que nla 26 Daseiam em qualquer fandamento, ¢ que s servem para im= pressfonar a Imaginagio, wo ponto de eriar, em algumas riangas, verdadeiras fobias que se traduairao, na puberdade, por erlses de escrdpulot. Evltemes, eobretudo, axteagar com 6 inferno as crlangas por simples pecadilios. ‘Apresentemos 4 religiéo na sua luz yerdadelra: uma ealorosa vida de aml- rade com Deis que nos ama ¢ nos chama a uma espléndida obra de amor, eada um de nds tendo o dever insubstituivel © a forma de servigo que simente Ble pode dar no srande fonjunte euje harmonda veremas a Tuz da eternidade, © Quando a crianga erescer, 6 preciso nfo hesitar em dar- The o sentido da comunidad esta de que faz parte. Contar~ Ihe & historia dos apéatalos, dos mrtires e dor santos; 2 bela istéria, também, das missbes,” Falar-the do Soberano Pon- ice, do Bispo, e Ihe insplrar pelo exemplo e pela palerra, fem relagao aos padres, um grande respelto pelo set minis trio sagrado, © Mostromos isualmente, por fatos ¢ exemplos, como a 16 frist erobruce o ser humaio: grandes homens, siblos, herGis ‘cristo. Depol, 2etomande ta « sua casuranga: “Moa, cevcamente, inet sire tp Cdt ge morver na opera, Porgus Mo eri fhlpa, Se fole Bost Deus que me fal ve ag Bi te levaed Gonsin, Qenado ainda éumos nia tesa em learns Poste Go'sed etrpoy Pa de Br mamie’ovitavs acre Ga ovtze sapere ibid {ne inka» alba te So"aiaie“e now sean Maig tarde, quando Ds Mien (2 anes) va 1, por aca, la erro, — Ora, cu estarla dee sada] Baird quo senha = Ni, no vale =O, mus sere fo Ora, De repante, © sto do cola — Mas, mame, s6 ex para’ o Ce int at cons enti yuma uta sinory Berne won to com ‘Snide: posed 106 ann nm roUeAR As CHANCAS ns Hore © Inspirar a erianga 0 orgulho de sou titulo de batizad: sem desprézo slgum, & claro, pelas que nio 0 so, Mas ensi nar-the que pode, pela oragio, pelo sacrificio pela oferends, de suns menores Redes, exercer mt influéacta feliz sobre mundo inteiro: “Senhior, fazei com que tado © mundo vos © _Advertir a erlanga de que nfo se espante se vir sombras, contradigdes, horas dificeis na histrla da Tereja. A barca de Pedro é freqientemente assaltada pela tempesiade, Per~ seguigdes e abandonos foram, alids, peeditos, Maa 0 Cristo So elero Vencedor, é Ble que terd altima palevra © Além de uma £8 pesscal tio ardente e luminosa qunto, possivel, munir a erianga de uma boa bagegem ce respostas apologéticas que The servieso de arma para quslquer sca sido, * Porque « erianga que nto sibe responder & uma obje- fo corre o riseo do adquirir um compleso de inferioridade ‘ue, segundo os temperamentos, poderd agit em comtriiio s0- bre'o sentimento do valor de sua roligiio, Sugerit-Ihe, no ‘caso em que ndo posse responder de imediato, que pega 40 Interlocator para escrover objegaa formalad, fim de que, se informe a respeito com alguém de maior competénca, © eames shox nto otto a 4 mandarcnton de "gusten rutioo" to eto aca shige ela lade,’ abetinfnca, kee donnie 8 cman pacels macs er Thess did‘ aver Fundnswentai da relgtio Intrion, seas quel stir de reg yale: inde vou fiw 1 etl crn, 0 tnin, polo Coatoy ab thew rertay A medida que ogredemy de Solver bua rligito pelo exctelia ext ‘utes este consertam, separand & vide Pesta in ities {io de ebranca. © san Meals elena Sees eaeisae aits pre tse tte ae paint sv poe PST SSG Past em A rcoapho no ans mrctos) 107 © A partir de que lade se dove levar as eriangas & missa? Tepende de enda uma doles @ de um certo mimero de cir ccunstdncias externas. O gue & proviso evitar é que 2 crianga, ‘slo se aborrega na cevimdnia ao ponto de detestaa: m0 esquegamos qué uma presenga prolengada, imével ¢ slencioss Scontra & sun natureze. ‘Mas, co oe pais The explicarem, de modo adaptado & sua inteliganeia, a signiffeagdo da missa, 0s gestos do padre, as diferentes partes do Santo Sacrifico, fe guiarem sua oragio, suse atitndes « intengSes, a erlang de 7 ands, ou mesmo de menos idade, pode assisiir A missa ‘com bons frutos, © 0 ponto delicado ¢ 0 do sermao. Confersemoa: raros, sto os vermées compreensiveis para # mente infantil. De lum modo geral, alias, uma crianga mio € capa de seguir © encadeamento do idéias de um discarso, antes da puber~ dade. Que doixar que ela fuga durante ére tempo? Se nfo puder aair ¢ tomar parte numa reunlso expeelal para erlan- a5, como se pratiea om certas pardquias, o mals simples & ddar-the um livro de gravuras religionas que possa ccupar sett espirito seu coracd. © A primeira contissdo é um scontecimento espital na vida religiosa de uma erlange. Cumpre ter em mente nlo apre- senti-lo como algo capaz de asststar. Nada mais ingbil do ‘que dizer frases como a que segue: "Verds a peniténela que © Padre val te dar quanto te confessares!” preciso, 20 contririo, encorajar a3 criaueas e ter eonflanga e insistir na alegria de reeeber 0 perdio do Bom Deus. © papel da mame deve permanecer multo disereto, ‘Ela pode sjudar a erianga a preparar o seu primeito exame de consciéneia; mas, que nao vi contar no confessor, antes da confissdo, os defeites do filko “para ter eerteza de que tao seri dito”. Deixo o confessor preencher a sta missao: tem setaga de estado pars isso © Nio esquecals também que o confessor esti préso. ao segréio sacramental, tanto para as eriangss eomo para os adultos. “Nao Ino pergunter depois da confiseto: “Quo fol ‘que meu fitho disse?” 208 ARTE Dw RUEAR Ae eMANCA me HOE © Leval o respeito & conseldnela do vosso fino a0 pont de no interrogé-lo: “Que fot que te disse o Padre? Qu ppenltdnela to deu, ete...” ste é um campo em que ¢ preciso tor revarva a todo cavio. As erlangas perderiem depressa 2 confianes ‘mos seus confestores, como nos seus pais, se ppudessem suspeilar, Justa ou Injustamente, uma combinagho entre ees. © Onde o entendimento com 0 padre & desejGvel é no que toca A primeira comunhao. Normalmente, 2 erianga deveria poder comungar desde que fase eapas de dar um testernanho forreto de f6 na Presenga real, Certo devels encorajéla, com as vossas palavras, 2 que comungue; mas) o importante € que va espontdneamente a santa Mesa. Nunce intervir ara impedir-ihe a comunhao a pretexio de que nio se portou como devia: a comanhio um remédie, nda uma recampensa © Buseai suxilio para essa tarefa de formacio religiose do vosso Tho nos agrupamentos apropriados como a “For mmagio Crista dos Pequeninos” ou a "Cruzada Rucarlstiea Ai encontraré 2 erianga, ao lado de uma graga especiticn Dropria désses movimentes aprovados pla Tgreja, © forga de lumd comunidad crista & sua medida e dimensio, 20 A EDUCACAO DA VONTADE ‘Um padre que exercen profunda iaflugnela na sun pa réquia —"o Padre Mare, vigario de Saint-Nivolas de Troyes ~—esereveu um iia aos pais ¢ mies de familia uina carta aborts que comecavs. por estas Palavrss "ee mutnpin efe euplam fase “galuer ge de seu Fi Vel inn mln engn"Gonkegeas” Sete {Gin tae oho do aan” Nia eeberam org Sse Pe ee iret de stn bow they felony denag-oe vers.” Nao eae Si. al dade fabian ran © Bum feto. Lim numerosas familias tem-se médo de pedir esforgos a erianga, e Ista sob os mals fatels pretextoa: receio tie contrarii-la, do f228.ln sofrer, médo de complicagses, de ‘vila amuada. 8 uma edueagio mosquitha e, mesmo, a8 aves 6; poraue ds eriangas que no saben dominar-se, renun- iar, preocupar-se cam os outros de um modo mais ou menos fdaptedo & sua idade, serio mals tarde vencidas pela vides ‘quando ndo se tornam: os carrascns dos que Thee ensinarant ‘se transformer em tiranos. © ume dirigente de colonia de férias eserevia em seul re latérlet ao Em, mua fambn ox rang ope, madam « oikam 9 rade oma ‘uma ‘lines a {oleae quand Ther aie dita 25 yale, ¢ 6 nrestn fms, pare ‘Stuer mo fine No tonto, ato hi‘por" one ae Inew Hee“ Tere 110 A ARTE ve mucaR AS emNGAS ne HE se: quer beberfadiatasente; tna tne: qucem comer quale ora; tuto eansuias" acaioe-e” impose ada, ee Yl scham fade toro mata mairal'w fo ceagem: rabsniciente Strtas dea terpondem “Ful eras cn sevcridade, no" aoem> ‘qe dc sofra come ea tle yor som 9 ei © Outra diviyente, mae de ume xarotinhs, reapondew roan do te felaram de der a filha elueacio fisiea: “Ise0 no! Aousthe fortifioantes, mas nko queto que ela fage ostorge © A wid 6 fete para ser conelta, disso RENE BATIN, Sons dace em que ce formam os habitos a evianga, dlante de im cesfOrgo, adquire o complexe de Vencer si mesma, enciqusce as reservas de energia. que ajudarso, mais tarde, a dominar as difieuldades da exietencia, © Para desenvolver 2 energis e a vontade nas eviangas, & preciso que as pais ddem o exemplo, e 6 neste ponto aue crianga te torna, sem que 0 percebe, um dos’ educadores, rmais exigentes dos pals. -£ preciso que ox pals selem pel estado fisico e moral dos filhos. & preciso que se esforeem pars nunea se quelxar diante délos, munca ter 9 ar triste, morn, abatido, desanimad, © Nao tenhals médo de pedir aos vosso® filhos coisas um {tanto dificeis, Mas é bom preveni-los ¢encorajicios: "Vamo= ferer um trabelhinho pesado, vais ver, porém, que chegamos ‘bom térmo” © Nao ter médo de apelar para o desejo instintivo de cres- cer, carnctoriaties de idas 44 erlangns: "Se queres tomnar-te uum rapazinha, mostra que tent coragem. Vamos, é uma ‘mocinha enérgica; e quando se tem eoragem, im pequeniny inedmodo no’ é rade pars quelxis.” © No momento oportuno, fazer com que uma criangs se ongulhe de sua firmeza. “Um menino de 4 anos 2 quem 0 pal felieiava pela sua resisténcia & fadiga, apds uma eamiahada lum pouico mais Tonga do que a prevista, vespendeu: “Oh, pai, estou cansndo, sim, mas nko digo! © Apelar igualmonte para a tendGnets infantil de preeura saber & opinio que os outres tm a seu respite, ‘Tratase, sliés, de-um Iegitime procesco de pedegoxts 4 apueagto oa vosane an Contes) um homem que havia pratcnde mamerosas agin bows «uma santdade considera de apes deplorévels — eaceeve DU Sessa La Powe te Mond, Una uns vt ndsisn ete sas ‘o'ecabon re Gea, acontece que face hon tr “epent ilt tom are norman aera aunt feo ribuda, "Se, no contd, eu Ihe tiveae cham ston pare setae Ue enester,Se-eeia, tli tnnaformae nat be © & tio importante desenvelver na erianga a coragem ¢ 0 ospirito de sacrificic, quanto oe habitoe morals pavecem mals feels de adquirir antes do quo depois dz puberdads, Ora, Sum fato que se pode gozar mais livre ¢ profundamante as alegrias sis © santas da Vida 2 medida que nos sentimos ‘apazes de renunciar a eli esganvicmie oF pois de una alistede mei em fasta: semasiadarente a vide 4 erlanea © ‘Sib aa ‘thes, h'mesida qa sm. concale pola propria engin a trenspor as df deren Se neranjar come # & preciso educar virilmente as erianges. ® normal que por vézes recebam pancadas, arranhes, pequenos ferimentos tem gravidade, Claro que nio se trata de delxar a8 feridas infecciorem; 6 als, preciso ensinar as eriangas a se trata rem por sua propria iniciativa. Como quer que seja, 0 que 6 preciso evitar € 0 papel ridicalo dos pais demasiadamente sensivels: “Al, minha florzinha, em que estado fieaste! Que coisa horrivel!.... Como sangras... que desgraga! Avcrianga quo se senie objeto de uma solletude exagerada, imagina que acaba de ser vitims de um terrivel ackdents, ¢ instintivemente procuraré tornar-se eantro do interésse ge ral, ianlo mais quanto a sugestio aumente as sensugses do- Jorosas que se originama dus Teridas mais insignificantes, Os ‘ais eorrem simplesmente o riseo de fazer do filho um in- Auieto que se observa, reesia qualquer sofrimento, transforma ‘© menor ineémodo em catéstrofe, espreita o funeionamento Go seu organiemo e perde a eabega com qualquer cols 2 | ARTE De Boca AS eMANGAS UE HOE ‘© _Evitemoz também as intorrogagées inquistas, os ares de pena, 8 solicitudes excessivas: “Esta doendo’ muito’. Dize-uos oque sentes...” Os pals chegam a convencer os fithoa de que sao frageis, ineapazes do certos eaforgos on de ‘certos Exitos; dat, a timldez, os tiques, as foblas ou, por ago de ricochete, a atracio pelas aventures. © 05 pais devem dar aoa filhos © exemplo da corazon Quando conhecemes 0 desinimo ou 0 cansago, ocultemo-nos dag erlongas até que possamos de ndvo aparecer na prezensa elas como devemos.. E como poderia ser de outro modo? Blas devem se apolar eo: nés; poleriam apeiar-se em sires © Quando o desrbsto nos submerge, no contemos com as crisngas para que nos apazigdem; no é éste 0 seu papel. Tesamos decopeloné-las ¢eausae-Ihes mal. Devemas ser gra: des na prova, sem dissimular o seu eariter doloroso as crian- ‘us, mas m feaquers diants delas nf nos 6 permitide. © vitemos eduear as exlangas numa “calra de algodat E claro que podemos dar-Ines gulodices de quando em ver faz parte da ‘ade © 0 que contém agdcar Ihes ¢ atil. Mas, € preciso evitar tedo exeesso. Cumpro ensinar-Ihes a que ppossam passar sem doves, déles se privando mesmo, volunta- Flamente, uma vez ou outrs, © Um dos melhores servigos a prestar is crianges é acosta mé-lag no esfOrgo @ ats mesmo leviclas a sofrer sem que ae tuobsens, Conn une mia imine, Quay eating havin etd os proletne do edooagio. Sabin como agit para deopertat oa seus \fssion © gto e a prison do exorgo, © snon do bo, Mbito da Fruniwora, da ordom, das orapiesregulves do bom humor... Ped ow fied que oe wafrgeeem eae masa, detarveanenes mh Shjeivo elev, prion eapas de crmiocslo Pani om que ee {nisresaseem pole dent, pelos perc db inttor, pelos agonizntes ‘tue necsitasen de eragan "por cm revo. de almelade eucesy Snaizorsva oe lies com om “fine Depts, thes eaia’ “| Drevan ie 0 thogar a mole vanes tenbam flto ages". Ac Engages tenant estimuladay vigtyam, Iutatan, A nelly w me fain sentir as alogine qo posnman queecb patiainos 0 em, AS Caress nresovacn aban Observavasn quote al tne gente 1 soneagio Dx YoNrane ua ntti, que pelo contedle,algriag sublinee no enmprimento do fever: Gonflavay en eesian © faa a pope eomuatay ne © Um dos methores melos de dasenvolver a vontade da crianga 60 de proceder por atirmagées que serio articuladas sempre que se oferever a ocasido ce tim esforgo a realizar: “Trabatho pesado! Tsto me agrada, — sto val custar, mas vou fazer. — dificil, tanto melhor!” ‘Tornamo-nos fortes Beusta do esforvos Um Fouts da wida rudy & ricondn aude tanto fsen como poral "Nada de bone de elo se fet aqil tbo sem cbf. Oretorie eure efron a arte exige eaforca. 2 etnda caine eotOum deve ceria "fervor gue nfo 80 ‘mens honasto sno tral bem fo daze," Een qualquer ida cpreco.um pouco de herogme’ algsean ves € merengue hal fall. “Bevo ‘grave © ox © Ha no amago do eadu erianga um heroismo Tatonto a0 ‘qual devemos recorrer freqlentemente se desejamos que ela se edaque. © _Tenhamos realiemo a0 mesmo tempo cristo ¢ humano. Seria enganar gravemente nossos filhos dar-thes & entender ‘que na terra eles tém um direito absoluto, incondicional, Felicidade a satisfacto Imediate de seus capriches ou ‘de suas fantasizs, -B precko que saibam que na vida nada se ‘obtém gem Iuta, sem pacigneia, sem esfOrgo. preciso tam- bm que, como eristéos, venham a colaborur na redengio do ‘mundo, 6 isto nfo se consegue sem o encontro com 2 cruz, ‘Todavia, nko se trata absolutamente de afobi-los. A cada diay cada pena; a cada pena, sua graga. Deus mede as eruzes de ‘achrdo com 08 nostos ombros e Ble proprio ee oferece para Teva-las conesea, a tim de realizar em nosse carne 0 que falta & sua Palxao, m4 A ARra oe MOLAR AB cUANcAS 86 HOIE 48 por melo da luta, © por vézes mestno do sofeimento, que © homem digno désse nome encontra a alegria mais fstavel © mals profunda. “Dureh Leiden Freude”, dizia ‘BEErHovE. ‘ase spit de ating sre a vst quer lee, em define, ‘aoeks do Crit Plo a’ Carpe, Que 2 8 eatde da dor 0 exnhgee sca Gr compreeadanfistimcte: lesa. A roveagho ok sane 15 © preciso aprender a ver o de que ndo se gusta, para se hubituar a 6 gostar do que se deve querer. © As grandes vitbrine morais nfo ee improvisam. Sho 0 ‘fruto de uma multfdo de pequonas vitérias ebtidas nas mi idle da vida eotidians, © Um dos papéis da edueagao € o de eonteibuir para foriar caracteres, conferir & erlanga, eomo se dizia na Idade Média, omuior das “Senhorias": 9 de ai mesmo. a A EDUCAGAO DO BOM-HUMOR A. fim do que as energias da erianga nfo corram 0 risco de fraquejar, uma edueagio forte deve ser a0 mesmo ‘tempo uma educagio alegre. © Para transformar a vida em algo de belo, € preciso, com » grage de Deus: 1, Ser uma conseidne 2. Ser um carster, 8. Possuir uma boa dase de otimismo ave permitiré, ‘em qualquer cireunstancia, encarar homens © coisas pelo seu Indo, bam, 0 otimismo, e bom-humor, o cardter alegre sfv expresstes semelhantes —vessalvados certox matizes — de uma reall= dade preciosa que permite afrontar a vide com © maximo ‘de possibilidades de éxito psra sl proprio, e de feltelaade para os outros © Uma stitude positive em taco do uma situacko dificil permite conservar a lucides eo sangue fla nevesedtios para encontrar a5 aolugser male vantajocns. A. atitode negativa ‘86 pode aumontar os riseas do fracasto © do sniquilamente, © Desde os primeitos anos, & preciso habituar a erfanga fer um sorriso para tudo: para os pals, sem ddvida, para os amiges, para as visilas; mas também para a vida com 8s Suas contreriodades, suse dificaldades, sens obstécules. A roveagio no pow-atenos ut © Nto € cerrando os punhos e batendo numa rocha que obstralo eaminho que conseguiremos.afasté-la. Usamos ‘nutitmente as nervos e os museulos.” Olhar 0 ohsticulo com fim sorviso farnoma deseabrir mais fcilmente © elo de contoenélo © Desnimo é uma palavra que deveria ser banida pars sempre do vocabulirio de um eristao ou de uma exleta dipnos esse nome. -E por isso é preciso que @ propria gia dessa, Dalavra nem soquer sflore' 20 espiito © 0 clime da fama preciso aerescentar, do pr prio quadro em que a crianga evolui = eontrIbut poderoea- mente para orlentar’ uma aima em busca de uma atitude positive ou negative. Onde ot pais ago fazem nutra eats endo gemer, eriticer, queixarse de tindo e de todos, onde 9 sol munes’peneits, onde tanto as paredes eomo 03 dias ‘lo elizentos, como espantar-se da que a erlanga s6 encare 4 vida sob 0! seu aspect mais scmbrio, e que mais tarde, mesmo nos diss felizes em que a alegria se Imponhe, els 6 reeute a desfruta-la ea extraitihe novas eneyglas sob 0 pretexto de “isto nfo dura”? © Por que faine ar erlangas com uum rosto severo? Nao conseguiremos mais com a propria firmeza quando se torna amével e sorridente? © A. maioria dos pais deseonhoce as riquezas que perem, ara si mesmos ¢ para as eriancas, nfo Thes sorrinda. 0. orriso suaviza, acalma, pacifiea, encoraja, estimula, ton fica. B como um raio de col ‘sem o qual as coisas néo Seriam © que io”. E, depols, & tdo facil quando so compreende ‘sua importdneia, mesmo que easte um pouco! Os resultados Sho do grandes!” Que pena privarmo-nos désse bem! © Uma eriangs que nfo corr, uma erfanes que nfo canta, 6 uma erlanga votada 4 infeicidade e & densa, ¢ Para der um caréter feliz a uma erfanca, nada melhor, cm primero tugar, do que atitue alegre © torrdeste dom pals que se esforcam para mostrar-Ihe o lado bom das coisas. €©4dos acontecimentos, mesmo dos mais aborrecidos, sem e3- 8 ‘A aRTz of HOUCAR 45 CRANDAS 9B Node quecer gualiéade das pessoa com as anni se tem de liar. Exemplo: marste projetar um. paselo, mts chove. Ou fntio salir anesar isso, mostrando com 0-s0rrb0 que no Se sem modo da ches © que se fin 0 ol em si mesmo? on and 20 chove ae tal mane ave plo se posse saacivel ments sai alnerar-ae pels improvisegao te’ uma tarde do ivertimenta dentro de Ca Quance o pale t2m o dom dy faxor com aut oe files sean stegasunnte date ds improvise, roapan oo tovtraredades toe dat ‘oltre dit, aproveiam scm penaamanto culo se menore eels Uiefelestnde fo ambiente farliar sk ompr igminae: Diese muita Ber at {Ave oon recomprnen & Sorte merenda, pongue sift 0 deserpéry ratio no uv qe rospeanoa assim, deve Elmente ee oran de nls aor gun dgvrem os marinas © purfcas ‘Se"guniger Soom n vida em comin pely eeaspa espn # (© Nao temamos conflar aos nossos fllhos as nosses admi- ragSes @ 09 nosso entusiasmos. Ha tantas eoftan bolas no ‘mundo, na obra dos homens como na obrs de Deus, que Aecerlo é uma pens nao faver delas um trampolim pars subir até Ble, que 6 2 supreme Casa da Alegria © Os pais verdsdeiramente educadores devem renunciar A eulinra. mérbida do descontentamento que envenena tmosfera familiar, que leva mieantropia © to desinimo, © cria nos jovens quer uma impressio de asfixia, quer o médo de viver © Cumpre nao oferocer as criangas uma imagem demasia- do sombria de si meamas, Por muito inslatir sdbre 0 que 48 separa da perfeigho, a6 fazemos cumentar os obsticulos ‘ante delas. A maior perte dos educadores eontinaa a exile Qquase tudo da vontade das erlaneus, ndo se preoeupando em faciitarthes 0 exforgo ao agit a0bre a sua imaginagéo. Quando se diz. a uma erianga: “Es mau, torna-te bom", 4 proposigio “és man” eomesa a inerastar no pensamento cm cade por Gems on Oust Fan ys. A soveagdo mt no. oMoR na o interessado conviegto da sua maldade congénits, abso- Tata, incurdvel; dlante do que o “Tormate bom’ reduz-se antcefpatamente 2 Impoténeia. © A Felicidade 6 antes de tudo um modo de ver as coisas ‘9 wma arte de adaptar-ce n clas. Sendo Deus a Felicidade Suprema, ver as colsae como sfo vistas por Dens, é adaptar-se felts A sameira de Debs © Contemos sos nossos filhos os apélogos das dues ris, da rose ou da garrata quebrada: Daas im roe came canto cam pote et A sna Geeaperad, Fonaneis Het ccastanda: "Sbcoree! Atom”, ‘Marre aefisads.” A sogua Tuta comm saergie do desesperm bate "lao com ge eFnat.- fue tranafoenn ote ent mantten © concep ‘Shrenadar Dante de aos, i dea atiudes poste « do pescimiste ‘que ao drs de gae ap coe tenbam apn # ado fina que ‘Seta degen soplnow posse scar ose. Dianle de ona garrata qusbrada hi die gritos possvee: “Que deggie cevsouce le mete = "Qe are intrest 8 ee ¢ Bix o que esereve uma excelente educadora: “0 srico Seon livia, alexa noe, 6 dada com a vida, soretud, com reqs ‘Tica'atna em wtndo de raga, pot ‘ey cave, € cme ‘uae esta de fez, Mow a nla tub, deve se eopale= {ida saisenay, poi conosinar some lcgiae' de tana, albums Srmir"aoe recto ftbos para theo cainar a sorts Nia ae Ja Pratcastcy © J9¢0 dr orsre: Cn ioge diveride © ali ote ‘Spat a om rio saan ane ef tu geal ‘ivioee passerine Um sermao: om lugar slic, Ike series: 6 cleo Junto i eas do secritérle, estrego am mies de conterte edie 2 Ermean: SQ fldade! "Vans tenbalar onal” ‘Toa op sintenas do podapopia ee misardwin ants dows frm ee. "HR Giclee Gue'se Wim aio’ sos slanos © pb ao 320 1 am be yovcan As cuaNgas Be OaE Yomumoc: talver towresse mala align eon couse lath £0 hls ‘f'mestias puessem for © peimaivo prima de aoerie. anton Be we gue wlio comiga sae quand fuses {e toubarmion fazer vibrae cade corda do Bapleio Sento, notsoe files ‘ibrar pm unesone a case mn diles, ganda cou ase 8 Gls ‘Deus, fard ques ha aja-um lenge elatie Ge aleria® © Para criur um clima favordvel a educacio nada melhor do que a participagio ativa dos pais na vida alagre dea filhos Por que nao entorajar-Ihes a inivativa na escola dos diver- Limentas e das distragies, sobretudo na preparagio das Tes tinhas familiares, aniind-ios cuando dos Exitos obtidos, exe ‘mes bem feitos, volta de viagens? © Nas refeigies, papel ¢ mame devem dar trégua aus ceuldades @ animay slegremente conversa. De um modo sera, as eriancas aprendem com oz pals a azte de leva pelo Indo mais divertido ne pequenas contrariedades da existéncia, © As criancas tim necessidnde de calma: a agitagho ¢ 0 norvosismo agem adbre elas como o vento sabre as dunas Onde ha forseao es arbustes néw crescem. © Ha na vide muito aborrecimento e difienldades, nada porém é mais funesto para 0 equilibria hermoniozo da’ erian- 42 do que exibi-los a todo inslante. Arriscamo.nos a eriar Taeias fixas que néo deixam de ser perigosae, © Como as plantas, ‘erlang precisa de sol © 4 edueagio triste corta as asas, a eiuesgdo alegre du pliea'o impalco de voor. © 0 aue € preciso a todo prego & impedir que no expirito dus erlaneas a familia aeje um lager fastidioso, monétono © penaso, “Tugar onde nos aborrecemos”, 22 A EDUCACAO DA LEALDADE «tam ratio, porque x partir do momento em que a dupli- cidade se insinuar no coragio de um fllho ou de ume filhs, nenhum clima de conflanga serd mals poseivel, » atmosfera tornar-se-d logo irrespirivel. Com demasiada fregiéncia, en- tretanto, os pals esquecem que thes cabe primeito dit’ a0: 4lhes o exemplo a mais essrupulose Teale © Torna-se tanto mais preciso formar as eriangas rely tivamente a franqueza, quanto & mentira. Sendo tm melo fieil de defoen para o sor fraco, logo se transforma era ‘entagio permanente para a erlanga, cujo julgamento, 10 estanio ainda formado, pode levé-la pouco a poueo a se deixar emaranher nas prépriae mentiras. Ora, quem nfo sabe wisis distinguir 0 verdadeiro do falso, esti’ perto de nio poder ais disoernir 0 bom do mal ange on is an paclrmete ageik ea tater fundamentie’ dt elueigo moral: nie supertar smear, Fepattin impletocamentey perdasr a cringe que confines 0 flee en et de nega _desmaceararse eo vel insta 23 Inco de hebit-ta &linpenn am, toa propria constnsia © mac coat ‘ages com ngs © 08 Rowen.” © Num meio familiar escolar onde a frangueza. sempre Fiver euidadosamente observada, a mentira da erlanga teria Aiklus 14 probabilidades de permanceer acidental, sem nunca Aygenera em fai

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