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Reginaldo Pereira1
Resumo: O artigo trata da política pública de assistência social em Guaxupé, suas conquistas,
dilemas e desafios no horizonte dos dez anos do SUAS. A perspectiva adotada pelo texto parte da
necessidade de se fundamentar o planejamento, a execução e avaliação de toda política pública nos
crivos da legalidade e transparência, da viabilidade técnica elaborada através de metodologia
especializada e na participação popular ou controle social. Tendo como objetivo oferecer alguns
subsídios para reflexão e aprofundamento no conhecimento da temática diante da realização da
Conferência Municipal e construir uma agenda comum de reivindicações, são abordados de forma
sucinta algumas questões pontuais, polêmicas e legais, todas com base em informações disponíveis
ao público e de livre discussão, de forma a ampliar as possibilidades de se reivindicar a elaboração
de estratégias sérias para a consolidação do SUAS nos próximos dez anos.
Palavras-Chave: Política de Assistência Social; transparência pública; controle social.
O Analfabeto Político
O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
é tão burro que se orgulha
e estufa o peito dizendo
que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e o lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
Berthold Brecht
1 O autor é Assistente Social, especialista em Políticas Públicas e pesquisador de temas sociais e políticos. E-mail:
preginaldo@ymail.com . Artigo elaborado em agosto/2015.
Introdução
2 CF: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm .
3 LOAS: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/secretaria-nacional-de-assistencia-social-snas/cadernos/lei-
organica-de-assistencia-social-loas-anotada-2009/Lei%20Organica%20de%20Assistencia%20Social%20-
%20LOAS%20Anotada%202009.pdf/download .
4 CNAS: http://www.mds.gov.br/cnas/conferencias-nacionais .
5 PNAS: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/arquivo/Politica%20Nacional%20de%20Assistencia%20Social
%202013%20PNAS%202004%20e%202013%20NOBSUAS-sem%20marca.pdf .
Estado brasileiro que o efetivou, um grande protagonismo na implementação hierarquizada de um
conjunto de serviços, programas e benefícios socioassistenciais realizadas atualmente no âmbito da
Proteção Social Básica nos Centros de Referência de Assistência Social e Postos de Atendimento do
Programa Bolsa Família e no âmbito da Proteção Social Especial nos Centros de Referência
Especializado de Assistência Social (CREAS) além das entidades socioassistenciais conveniadas.
Este sistema de proteção social conta com condições de elegibilidade/seletividade definidos através
de critérios técnicos, serviços tipificados realizados por equipe multidisciplinar, controle social
através dos Conselhos Municipais de Assistência Social e cofinanciamento da gestão e dos serviços
pelos entes federados com a destinação de recursos específicos. Portanto, a tão propalada redução
da pobreza se deu através da realização conjunta de esforços (União, Estado, Municípios, Sociedade
e profissionais) e de uma notável mobilização de recursos humanos, técnicos, materiais e
financeiros em um curto período de tempo, com resultados dignos de nota.
O SUAS em Guaxupé
Nesta mobilização nacional pela consolidação de um sistema público de proteção social o
município de Guaxupé também foi responsável por importante protagonismo. Em 1995 é criado o
Conselho Municipal de Assistência Social; em 1996 é criado o Fundo Municipal de Assistência
Social; em 1998 é criado o Departamento de Ação Social (convertido em Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social em 2009); em 2000 é criado um programa municipal de transferência de
renda (Bolsa Socio-Educativa) posteriormente substituído pelo Programa Bolsa Escola (2001) e
Bolsa Família (2004); em 2007 é implantado o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)
e em 2011 é implantado o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e
aprovada a lei Municipal de Assistência Social. Junto a esta estruturação político-administrativa o
município foi recrutando e capacitando a indispensável equipe profissional multidisciplinar,
captando e destinando importante montante de recursos públicos para financiar os serviços e
mobilizando as mais variadas entidades prestadoras de serviços socioassistenciais a tipificar a oferta
dos seus serviços.
Este processo de estruturação permitiu ao município manter mais de 5,5 mil (cinco mil e
quinhentas) famílias cadastradas na Assistência Social via Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal6 (junho/2015), sendo 3,9 mil em situação de pobreza (renda por pessoa de até
meio salário mínimo – R$ 394,00). Em junho 1.725 famílias 7 foram beneficiadas pelo Programa
Gráfico 1Participação dos entes federados no financiamento da política de assistência social (mensal)
ado=MG&textoPesquisaAcao=&textoPesquisaPrograma=&textoPesquisaMunicipio=guaxupe&codigoMunicipio=4
573&Ordem=2 .
8 Bolsa Família: no período compreendido entre janeiro e junho de 2015 o valor do menor benefício foi R$ 35,00 e o
valor do maior benefício foi de R$ 772,00.
9 A informação é pública e se encontra disponível no site do MDS:
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php (Relatório de Programas e Ações MDS).
10 A informação sobre os valores dos repasses do Governo Federal é pública e se encontra disponível no site do MDS:
http://aplicacoes.mds.gov.br/suaswebcons/restrito/execute.jsf;jsessionid=D36603FFA37C0C27E3BB8B072595805
E?b=*dpotvmubsQbsdfmbtQbhbtNC&event=*fyjcjs .
11 A informação é pública e se encontra disponível do site do Município:
http://www.guaxupe.mg.gov.br:8080/portalcidadao/#075f539f0b7223f116d2c85c4ce1b1752fccb0db1fd92284312b3
3310fb199ef6050e9373e0f36365cbb7737a0e49e582e657146a648fd13d54aa9e4338df879e807578fb1eeafd79d4d27
293f964fe5e5aa3b085cbcd1ef6adf57d9d0462b4e9466b5cb51e297716e102a7519d7e3e86fa111cd9a6d0b75fcc1b83
5b66fc812 (Despesas por Estrutura Administrativa – Valores Liquidados).
Estes recursos, além de financiar programas como o Bolsa Família e o BPC, financiam os
serviços de Proteção Social Básica como o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, o
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e os Benefícios Eventuais; e os serviços de
Proteção Social Especial como o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e
Indivíduos, Serviço de Abordagem Social, Serviço de Proteção a Adolescentes em Cumprimento de
Medida Socioeducativa, Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua e Serviço de
Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias além dos Serviços
de Acolhimento para Crianças e Adolescentes, Idosos e Pessoas em Situação de Rua. Estes
programas, serviços e benefícios beneficiam milhares de famílias e indivíduos.
É importante destacar que o público-alvo da política de Assistência Social é caracterizado
justamente como o segmento social territorializado mais fragilizado pela desigualdade na
distribuição de renda. De acordo com o Censo 2010 os 20% mais ricos do município se
apropriavam de mais da metade (54,9%12) de toda a riqueza produzida aqui. Associado a este
processo de exclusão social, nosso público compreende os segmentos sociais não emancipados
pelas demais políticas: baixa escolaridade e qualificação profissional insuficiente, com recorrência
de trabalho precarizado ou desemprego e ausência de cobertura previdenciária, tendo como
consequência experiências vivenciais marcadas pela violação de direitos, baixa representatividade
política e trabalhista e expressividade cultural identitária fragmentada.
Os investimentos na política de assistência social não são de pouca monta, pois além de
beneficiar estas famílias em situação de risco e vulnerabilidade social reduzindo a pobreza,
ampliando os indicadores de desenvolvimento humano e formando novos sujeitos/cidadãos (além, é
claro, de constituir novas clientelas), injetam R$ milhões na economia do município. Os valores dos
investimentos dos entes federados em assistência social – R$ 16,5 milhões em média –
correspondem em comparação a 17% das despesas “liquidadas” do executivo municipal (R$ 93,68
milhões em 2014) se aproximando de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal e gerando mais
de 100 postos de trabalho diretos e indiretos. A título de curiosidade, o município ficou entre os 200
municípios do país com os mais altos PIBs per capita (com R$ 39 mil de PIB per capita Guaxupé
ficou em 196º lugar em 201313).
Se a política pública de assistência social mereceu tais investimentos anuais nos últimos 10
anos, ganhando status de uma das principais políticas públicas, significa que o tema deve ser tratado
com seriedade. Logo, é justificado que voltemos nossa atenção para os principais e atuais desafios
da assistência social no município de Guaxupé. Considerando a realização da Conferência
Observe como os investimentos foram se reduzindo em relação aos repasses federais. Nesta
toada poderemos ter uma taxa de desinvestimento e não sem razão, pois o município vem
reservando em conta-corrente há quase 15 meses (março/2014) mais de R$ ½ (meio) milhão dos
recursos federais transferidos. Importa saber se existe algum plano de investimento da maior parte
destes recursos ainda este ano, ou se serão investidos no ano eleitoral (2016) ou ainda se serão
deixados para o próximo gestor.
A manutenção dos recursos federais em conta, além de tornar o município vulnerável à
suspensão dos recursos (atingido pela Portaria MDS nº 36/201417 e a consequente Resolução
SEDESE nº 58/2014 - suspende o repasse por parte da União/Estado de recursos aos municípios
que os estavam mantendo em conta ao invés de investir – o município já deixou de receber valores
superiores a R$ 40 mil do Piso Mineiro a partir do segundo semestre de 2014) e pelas dificuldades
impostas pelo ajuste fiscal18 que levaram ao atraso no repasse de alguns recursos19, por bloqueio de
repasses ou suspensão, seja por decisão deliberada ou inaptidão, Guaxupé deixou de receber valores
superiores a R$ 40 mil mensais20 de acordo com informações do MDS e salvo erro de registro o
prejuízo pode chegar a mais de R$ 400 mil até o final do ano. O questionamento que se faz aqui é
que tipo de avaliação técnica e política foi realizada para respaldar a decisão de conservar os
recursos em conta ao invés de investi-los?
Enfim, é importante observar que o cofinanciamento do SUAS é constituído por um conjunto
de repasses ou pisos diferentes para custear serviços específicos21.
anual (A) somado ao saldo em conta-corrente do ano anterior (B) e o saldo em conta corrente em dezembro do ano
em questão (D). Em julho/2015 o saldo em conta era de R$ 520.547,85.
16 Tanto as informações sobre os recursos transferidos mensalmente como o saldo em conta corrente por município
estão disponíveis no site do MDS: http://aplicacoes.mds.gov.br/suaswebcons/restrito/execute.jsf?
b=*tbmepQbsdfmbtQbhbtNC&event=*fyjcjs .
17 Portaria MDS nº 36/2010: http://blog.mds.gov.br/fnas/wp-content/uploads/2014/08/Portaria-036_2014_MDS.pdf .
18 Confira também nos sites da Folha: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1636182-governo-atrasa-
repasses-de-verba-para-controle-do-bolsa-familia.shtml; e do Estadão:
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,atraso-de-5-meses-em-verba-da-uniao-a-prefeituras-ja-afeta-assistencia-
social,1689191 .
19 Confederação Nacional dos Municípios (CNM): http://www.cnm.org.br/noticias/exibe/cnm-explica-motivo-dos-
atrasos-em-repasses-para-o-cofinanciamento-dos-servicos-socioassistenciais . Acesso em 30/07/2015.
20 Considerando os pisos de financiamento do PAIF e do SCFV, do PAEFI, IGDSUAS e Piso Mineiro.
21 Quantos aos valores, periodicidades e atraso dos pisos foram considerados os valores nominais (o que está
registrado) no sítio do MDS: http://aplicacoes.mds.gov.br/suaswebcons/restrito/execute.jsf?
b=*dpotvmubsQbsdfmbtQbhbtNC&event=*fyjcjs .
Piso Valor Médio Periodicidade Última Acumulado Parcelas Parc. atraso,
Parc. Paga em Conta22 Acumuladas susp. ou bloq.
IGD-PBF23 R$ 8.838,00 Mensal 04/2015 R$ 145.798,24 16 meses R$ 27,1 mil
Existem ainda outros pisos de financiamento de serviços que o município ainda não se
credenciou. Ao todo, os repasses fundo a fundo de assistência social podem captar valores
superiores a R$ 100 mil mensais.
Tanto na captação destes recursos quanto na sua utilização o município é obrigado a observar
a legalidade (cada recurso possui uma destinação específica) e a transparência (publicação). Umas
das situações mais comuns nas autuações de municípios fiscalizados pela Controladoria Geral da
22 Referente a Julho/2015.
23 IGD-PBF: Índice de Gestão Descentralizada do PBF - repasses mensais para estruturar a seção e os serviços do
Programa Bolsa Família. Valor do repasse: média 12 meses (2014).
24 IGDSUAS: Índice de Gestão Descentralizada do SUAS - índice de avaliação do desempenho da gestão do SUAS,
com repasses mensais para estruturar a gestão do SUAS.
25 PBF: Piso Básico Fixo - repasse para cofinanciar os serviços socioassistenciais do CRAS (PAIF).
26 PBVA-SCFV - Piso Básico Variável do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - repasse mensal
para cofinanciar estes serviços do CRAS. Valor do repasse referentes à média dos primeiros 6 meses de 2014.
27 PFMC: Piso Fixo de Média Complexidade - repasse para cofinanciar os serviços do CREAS.
28 PTMC: Piso de Transição de Média Complexidade: repasse pra cofinanciar os serviços socioassistenciais de
habilitação e a reabilitação de pessoas com deficiência.
29 PAC I: Piso de Alta Complexidade I - repasse para cofinanciar os serviços do abrigos institucionais.
30 Nos Relatórios de Informações (RI MDS) da Proteção Social Básica e Especial constam os repasses do PBF,
PBV/SCVF e do PFMC como liberados até junho de 2015. No entanto, considerando os valores nominais
registrados/ausentes nos saldos e parcelas do monitoramento financeiro do MDS, não há nenhuma confirmação até
o momento.
União31 (CGU) é o desvio de finalidade da aplicação do recurso, situação passível de improbidade
administrativa. No mesmo sentido os relatórios da CGU estão recheados de autuações designadas
como “aplicação de recursos em despesas não elegíveis”, “ausência de identificação da origem dos
recursos nos comprovantes das despesas”, “bens e equipamentos adquiridos com os recursos sem
incorporação ao patrimônio público ou identificação da origem do recurso ou do programa a que se
destina”, etc..
Por lei os municípios estão obrigados a dar a devida publicidade ao receber estes recursos:
Lei nº 9.452/199732:
A Prefeitura do Município beneficiário da liberação de recursos (…) notificará os partidos
políticos, os sindicatos de trabalhadores e as entidades empresariais, com sede no Município,
da respectiva liberação, no prazo de dois dias úteis, contado da data de recebimento dos
recursos.
Outra demanda que devemos reivindicar do município seria a publicação das despesas por fonte
e natureza (identificação) dos recursos, de forma a se acompanhar periodicamente o desembolso dos
recursos e sua destinação. Por último, para se fazer uso adequado dos recursos públicos no
financiamento da política de assistência social espera-se que os municípios adotem uma sistemática
que se fundamente no respeito aos princípios de administração pública como documentar a
disponibilidade do recurso com a lei que permite utilizá-lo em tal ou tal investimento bem como
elaborar o plano de execução, emitir relatório técnico por profissional especializado sobre a
viabilidade deste investimento e submeter a proposta ao Conselho Municipal ou realizar consulta
pública.
31 A CGU fiscaliza dezenas de municípios anualmente por sorteio ou denúncia. Relatórios de municípios fiscalizados
podem ser obtidos no site da CGU: http://sistemas2.cgu.gov.br/relats/relatorios.php .
32 Lei nº 9.452/1997: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9452.htm .
outras seções/secretarias ou em desvio de função, destinando ao órgão gestor da Assistência Social
menos atenção e fragilizando a capacidade de articulação e a tomada de decisões.
Justamente este item (restruturação) constitui uma das metas ainda não alcançadas pelo
Município no Pacto de Aprimoramento do SUAS 2014-201733:
Meta 18 - Estruturar a Secretaria com a formalização de áreas essenciais: na estrutura do
órgão gestor de assistência social, constituir as divisões de Proteção Social Básica e Proteção
Social Especial (com subdivisão de Média e Alta Complexidade) além das coordenadorias de
Gestão Financeira e Orçamentária, Gestão de Benefícios Assistenciais e Transferência de
Renda e Gestão do SUAS com competência de Gestão do Trabalho, Regulação do SUAS e
Vigilância Socioassistencial. (MDS, 2015)
Observe que o Pacto de Aprimoramento do SUAS exige no mínimo duas divisões e três
coordenadorias. Bastaria ao município, em um primeiro momento, alterar a nomenclatura da
estrutura existente já há 17 anos e adequar estas funções às novas atribuições. Lembrando que o
município já teve dez anos para realizar esta estruturação.
O processo de adequação administrativa exige o reconhecimento/formalização das demais
funções do SUAS: coordenadores do CRAS e do CREAS e Gestor do Programa Bolsa Família, com
as responsabilidades e gratificações cabíveis. É necessário também criar novas ocupações/funções
necessárias à execução dos serviços da assistência social e já instituídos legalmente em âmbito
federal: além das ocupações/funções de nível superior: Assistente Social, Psicólogo e Advogado
(NOB SUAS/RH, 2006 e Resolução CNAS nº 17/2011); as ocupações/funções de nível médio:
Cuidador Social, Orientador Social (Portaria CNAS nº 9/2014) além das ocupações/funções de
Entrevistadores e Digitadores (Cadastro Único). Estas funções de nível médio, quando executadas
nesta Secretaria, estão sendo exercidas por estagiários e jovens aprendizes quando não por agentes
de administração.
Além da necessidade de ampliar o quadro de Assistentes Sociais (7 postos vagos) e de
Psicólogos (5 postos vagos) em todo o município, a Secretaria precisa contratar um advogado(a)
permanente para a Assistência Social (o que já foi reivindicado na Conferência de Assistencial de
2013) e criando os novos postos de trabalho, recrutar e capacitar cuidadores, orientadores e
entrevistadores/digitadores para o Cadastro Único (para se adequar à lei o município precisaria
contratar no mínimo uma dezena de novos servidores de nível médio). Um município que valoriza a
política de Assistência Social se esforça para dotá-la dos recursos humanos e técnicos necessários.
Somente esta adequação permite o desenvolvimento de um ambiente saudável para os trabalhadores
do SUAS e com garantia de cobertura e qualidade dos serviços prestados à população usuária.
Uma outra demanda urgente para o município é ampliar a cobertura de serviço da Proteção
33 A informação sobre as metas alcançadas e ainda não alcançadas é pública e está disponível no site do MDS:
http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/relatorio.php .
Básica ofertando novas unidades de atendimento. Um município com mais de 50 mil habitantes e
com a área territorial de Guaxupé precisa de no mínimo dois CRAS com as respectivas equipes
constituídas. Afinal, o Pacto de Aprimoramento prevê dentre as prioridades: acompanhar mais de
10% das 5,5 mil famílias cadastradas no Cadastro Único e 10% das 955 famílias com membros
beneficiários do BPC, além das cerca de 916 famílias que declararam viver em situação de absoluta
pobreza (renda per capita inferior a R$ 2,55 por dia), dentre outras. Do mesmo modo a seção do
Cadastro Único que atualmente oferta atendimento em um único posto de atendimento no
município, com mais de 5,5 mil famílias cadastradas e já mudou de lugar 5 vezes nos últimos 5
anos, precisa diversificar territorialmente seu atendimento.
3. Controle Social: o Controle Social da política pública de Assistência Social é realizado de forma
permanente pelos Conselhos Municipais de Assistência Social, além da realização bianual das
Conferências Municipais e outros eventos: fóruns, audiências públicas, etc.. Cabe aos conselhos
apoiar o município no planejamento, fiscalizar a execução e realizar a avaliação dos serviços
socioassistenciais desenvolvidos. O processo de fiscalização exige por parte dos conselheiros a
realização de visitas técnicas, vistorias e autuações, elaboração de relatórios de inspeção, atas e
encaminhamentos, entrevistas com trabalhadores do SUAS e famílias usuárias, etc.. É justamente a
inoperância dos conselhos municipais uma das situações mais autuadas pela CGU nos municípios:
são relatos de “inoperância das Instâncias de Controle Social (ICS)”, com “ausência de atas e de
relatórios de visitas e inspeção”, “atuação deficiente com ausência de visitas técnicas e relatórios de
inspeção”, “ausência de capacitação dos integrantes do órgão de controle social” e o “não
acompanhamento da execução dos programas assistenciais no Município”, só para destacar os mais
comuns.
Alguém já comparou a atuação deficiente de um conselho municipal que se atém a realizar
uma única reunião mensal apenas com secretários e diretores, respeitadas as diferenças, a um fiscal
do trabalho que ao fiscalizar um empresa, se atém a entrevistar o empresário e o gerente, sem
avaliar as reais condições de trabalho na empresa: qual o crédito que este fiscal teria diante dos
trabalhadores? E, falando por experiência própria, a política de assistência social constitui uma das
politicas em que mais ocorre violação dos princípios de administração pública, seja pela novidade
desta política, seja pela “insignificância” dos valores da maioria dos benefícios considerados
individualmente, seja pela falta de capacitação dos gestores e fiscalização das instâncias
fiscalizatórias.
Assim, sendo uma das funções mais importantes da política de Assistência Social, é necessário
que o protagonismo da participação social seja valorizado e encarado como umas das principais
propostas do voluntariado e da militância social hoje. Há que se criar meios de articulação e escuta
tanto dos usuários dos serviços quanto dos trabalhadores. E destacando que o Conselho
Municipal representa a sociedade, jamais permitir que o processo decisório sobre uma política
pública seja realizado entre quatro paredes, mas garantir a devida legalidade, moralidade,
eficiência e publicidade do processo de tomada de decisão, execução e avaliação. Sendo assim,
é possível exigir a publicação das atas das reuniões do conselho, suas deliberações e resoluções. Do
mesmo modo, tomar conhecimento do conteúdo destes documentos e levá-los ao debate público
seria um procedimento básico para todo vereador.
Outra questão que o Conselho deve ficar atento é o respeito pelas suas Resoluções na execução
dos serviços. Por exemplo: há cerca de 4 anos o Conselho aprovou uma Resolução (Resolução nº
01/2011) estabelecendo critérios para o atendimento das solicitações de isenção do Imposto de
Transmissão de Bens Imóveis Inter-vivos (ITBI), questão que já gerou polêmica nesta gestão que
resolveu ignorar a Resolução e estabelecer novos critérios sem o crivo do Conselho e reforma da
Resolução anterior. E se os cidadãos suja solicitação foi indeferida resolverem recorrer da decisão
com base na Resolução do Conselho? Uma situação no mínimo curiosa!
Enfim, duas das metas ainda não alcançadas pelo município no Pacto de Aprimoramento do
SUAS:
A. Regularizar o Conselho Municipal como a Instância de Controle Social do Programa Bolsa
Família (a legislação anterior preconizava uma instância própria);
B. Possuir na representação do Conselho Municipal, dentre os representantes da sociedade civil, 1/3
de usuários do SUAS e 1/3 de trabalhadores do SUAS (proporcionalidade).
Além disso, os conselheiros devem ser devidamente capacitados e assistidos pela secretaria.
Lembrando que por lei - NOB SUAS 2012, art. 121 – VII - o município se obriga a investir no
mínimo 3% dos recursos do IGD- PBF e do IGD-SUAS no Conselho Municipal, o que, atualmente,
com os mais de R$ 140,8 mil em caixa, o Conselho deteria acesso a mais de R$ 4,2 mil34).
Lei nº 13.019/2014
Art. 9º. No início de cada ano civil, a administração pública fará publicar, nos meios oficiais
de divulgação, os valores aprovados na lei orçamentária anual vigente para execução de
programas e ações do plano plurianual em vigor, que poderão ser executados por meio de
parcerias previstas nesta Lei.
Art. 10º. A administração pública deverá manter, em seu sítio oficial na internet, a relação
das parcerias celebradas, em ordem alfabética, pelo nome da organização da sociedade civil,
por prazo não inferior a 5 (cinco) anos, contado da apreciação da prestação de contas final da
parceria.
Art. 23 – Parágrafo Único - Sempre que possível, a administração pública estabelecerá
critérios e indicadores padronizados a serem seguidos, especialmente quanto às seguintes
características: objetos, metas, métodos, custos, plano de trabalho e indicadores quantitativos
e qualitativos de avaliação de resultados.
Como podemos constatar a nova lei, com o objetivo de ampliar a legalidade, a transparência e
a eficiência financeira na execução dos serviços através das parcerias, estabeleceu novos
instrumentos de trabalho com um grau considerável de complexidade. E reconhecendo a
importância do trabalho das entidades para o município, o prazo que resta para as adequações (5
Conclusões
Recapitulando os mais importantes pontos analisados podemos elencar algumas reivindicações
mais pontuais (agenda):
1. Gestão Financeira:
1. Planejar a ampliação dos investimentos municipais em assistência social a médio prazo
(10 anos) rumo aos 5% das despesas orçamentárias (reivindicação já presente na
Conferência anterior);
2. Dar a devida publicidade à captação dos recursos socioassistenciais contabilizando a
identificação do repasse e informando o desembolso (investimento) por repasse;
3. Planejar a execução financeira dos recursos com avaliações de resultados trimestrais ou
quadrimestrais, observando a legalidade, a apresentação de estudo técnico sobre a
viabilidade dos investimentos e o controle social;
4. Cobrar a fiscalização in loco por parte do Conselho Municipal do uso dos recursos para
prevenir o “desvio de finalidade” do recurso;
3. Controle Social:
1. Exigir do município que a composição do Conselho Municipal atenda as exigências legais
e pactuais com membros representantes dos trabalhadores do SUAS e dos usuários bem
como a realização das diligências necessárias aos procedimentos de apoio e fiscalização;
2. Exigir do município a realização de investimentos necessários e obrigatórios no Conselho
Municipal (estrutura, recursos humanos, técnicos e financeiros, oferta de atendimento,
formação continuada, etc.);
3. Exigir do município a publicação das deliberações, Resoluções ou mesmo as Atas das
reuniões do Conselho;
4. Exigir que todos os Benefícios Eventuais concedidos pelo município sejam
fundamentados em Resoluções aprovadas pelo Conselho bem como a prestação de contas
mensais e cobrar o devido respeito às Resoluções;
5. Exigir a criação e estimular outras formas de participação popular como fóruns locais e
regionais, eventos, audiências, comitês, consultas populares, etc. (já reivindicado na última
Conferência);
6. Exigir do município a adoção permanente de uma sistemática de legalidade,
transparência, eficiência e controle social permanentes;
4. Entidades Socioassistenciais:
1. Exigir do município a apresentação de um plano de trabalho sobre as adaptações
necessárias (formalização, estrutura e recursos humanos e técnicos e cronograma de
execução) quanto à lei das entidades;
2. Propor o desenvolvimento de indicadores de desempenho da gestão e da qualidade dos
serviços prestados através das parcerias;
5. Vigilância Socioassistencial:
1. Formalizar e implementar a área de Vigilância Socioassistencial, dotando-a dos recursos
humanos, técnicos, materiais e financeiros necessários;
2. Elaborar, apresentar e divulgar Diagnósticos Municipais anuais (já reivindicado na última
Conferência);
3. Elaborar estudos e apresentar planos de trabalho sobre as adaptações necessárias à
melhoria dos indicadores de desempenho;
4. Elaborar novos indicadores de desempenho e avaliação;
5. Apresentar informações em tempo real, relatórios mensais e pareceres eventuais ao
Conselho Municipal;
Obs.: qualquer erro identificado no artigo, quando não de responsabilidade das fontes
pesquisadas deve ser atribuído unicamente ao autor.
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 19/02/2014 800466 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 18/03/2014 800857 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 11/04/2014 801395 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801667 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 12/06/2014 802136 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 15/08/2014 803030 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 30/01/2015 800277 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 30/01/2015 800304 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 27/01/2015 800078 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 26/02/2015 800834 6.500,00 0,00 0,00 6.500,00
MUNICIPAL 38
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 19/02/2014 800542 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 01/04/2014 801019 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 23/04/2014 801536 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801688 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 12/06/2014 802076 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 04/08/2014 802718 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 10/10/2014 803315 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803894 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 18/11/2014 804536 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 15/12/2014 805464 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805874 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 12/2014 MUNICIPAL 25/02/2015 800698 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 04/08/2014 802609 15.000,00 0,00 0,00 15.000,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 18/11/2014 804801 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 10/12/2014 805349 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 10/11/2014 804236 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 14/08/2015 809964 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 12/2014 MUNICIPAL 13/08/2015 809812 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 13/02/2014 800298 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 14/03/2014 800790 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 11/04/2014 801192 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 15/05/2014 801960 4.271,25 0,00 0,00 4.271,25
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 04/08/2014 802573 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 14/08/2014 802960 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 10/10/2014 803346 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803950 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 07/11/2014 803981 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 10/12/2014 805061 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805625 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 12/2014 MUNICIPAL 26/02/2015 801001 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003240
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 10/02/2014 800114 54.000,00 0,00 0,00 54.000,00
MUNICIPAL 43
FUNDO 000647/00003240
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 03/07/2014 802205 18.300,00 0,00 0,00 18.300,00
MUNICIPAL 43
FUNDO 000647/00003240
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 13/10/2014 803378 36.900,00 0,00 0,00 36.900,00
MUNICIPAL 43
FUNDO 000647/00003240
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805846 13.400,00 0,00 0,00 13.400,00
MUNICIPAL 43
FUNDO 000647/00003240
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 13/08/2015 808602 26.800,00 0,00 0,00 26.800,00
MUNICIPAL 43
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 21/02/2014 800601 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 18/03/2014 800828 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 15/04/2014 801454 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801813 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 10/07/2014 802340 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 07/11/2014 804034 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 29/01/2015 800226 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 29/01/2015 800251 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 28/01/2015 800151 8.400,00 0,00 0,00 8.400,00
MUNICIPAL 2X
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003070
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 23/04/2014 801509 240,00 0,00 0,00 240,00
MUNICIPAL 68
FUNDO 000647/00003070
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 19/05/2014 801982 1.360,00 0,00 0,00 1.360,00
MUNICIPAL 68
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 10/02/2014 800060 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 12/03/2014 800716 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 11/04/2014 801241 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801609 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 24/07/2014 802418 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803684 985,23 0,00 0,00 985,23
MUNICIPAL 03
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 06/11/2014 803736 1.019,00 0,00 0,00 1.019,00
MUNICIPAL 03
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 27/01/2015 800052 1.019,00 0,00 0,00 1.019,00
MUNICIPAL 03
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 01/2014 MUNICIPAL 24/03/2014 800915 8.654,78 0,00 0,00 8.654,78
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 02/2014 MUNICIPAL 09/05/2014 801841 8.538,08 0,00 0,00 8.538,08
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 03/2014 MUNICIPAL 04/07/2014 802257 8.452,08 0,00 0,00 8.452,08
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 440891 4.321,84 0,00 0,00 4.321,84
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 04/2014 MUNICIPAL 11/08/2014 802874 8.375,30 0,00 0,00 8.375,30
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 05/2014 MUNICIPAL 14/10/2014 803465 9.195,19 0,00 0,00 9.195,19
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 06/2014 MUNICIPAL 07/11/2014 804102 9.114,10 0,00 0,00 9.114,10
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 07/2014 MUNICIPAL 10/11/2014 804391 9.019,45 0,00 0,00 9.019,45
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 08/2014 MUNICIPAL 09/12/2014 804953 8.912,56 0,00 0,00 8.912,56
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 09/2014 MUNICIPAL 31/12/2014 805707 8.989,75 0,00 0,00 8.989,75
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 10/2014 MUNICIPAL 24/02/2015 800485 8.921,47 0,00 0,00 8.921,47
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 11/2014 MUNICIPAL 02/06/2015 803242 8.868,02 0,00 0,00 8.868,02
MUNICIPAL 9X
Totagl Geral - Grupo 612.061,80 0,00 0,00 612.061,80
Demonstrativo Parcelas Pagas - Por Grupo
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 07/05/2015 801983 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 07/05/2015 802331 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 05/06/2015 803523 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 04/2015 MUNICIPAL 05/06/2015 803501 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 05/2015 MUNICIPAL 26/06/2015 804790 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 06/2015 MUNICIPAL 03/08/2015 807632 11.865,40 0,00 0,00 11.865,40
MUNICIPAL 54
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 04/08/2015 807923 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 809571 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 808540 5.000,00 0,00 0,00 5.000,00
MUNICIPAL 11
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 03/08/2015 807743 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 809794 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
FUNDO 000647/00003004
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 13/08/2015 809831 1.460,00 0,00 0,00 1.460,00
MUNICIPAL 11
Prefeitura/
Nª da Agência/ Valor Valor Valor Líquido OBS OBS
Governo/ CNPJ Parcela Canal Data da Ordem Valor Bruto
Ordem Conta Desconto Bloqueio Desconto Bloqueio
Fundo
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 01/2015 MUNICIPAL 01/06/2015 803071 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 02/2015 MUNICIPAL 06/07/2015 806067 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 03/2015 MUNICIPAL 27/07/2015 807245 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X
FUNDO 000647/00003003
15588042000162 04/2015 MUNICIPAL 17/08/2015 809989 9.138,71 0,00 0,00 9.138,71
MUNICIPAL 9X
Totagl Geral - Grupo 127.127,24 0,00 0,00 127.127,24
IBGE: 312870 População: 49.491
TEREZA CAMPELLO
RESOLUÇÃO SEDESE Nº 58, DE 27 DE OUTUBRO DE 2014.
Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados
no âmbito do Sistema Único de Assistência Social
do Estado de Minas Gerais, decorrentes do
monitoramento da execução financeira realizado
pelo Fundo Estadual de Assistência Social,
e dá outras providências.
Art. 1º Dispor acerca dos procedimentos a serem adotados no âmbito do Sistema Único da
Assistência Social (SUAS) decorrentes do monitoramento da execução financeira realizado pelo
Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS) e dos Fundos Municipais de Assistência Social
(FMAS) e disciplinar a suspensão temporária do repasse de recursos do cofinanciamento estadual
transferido para a execução dos serviços socioassistenciais pelos Municípios.
Art. 2º O Fundo Estadual de Assistência Social, ao monitorar a execução financeira dos recursos
estaduais alocados nos Fundos Municipais de Assistência Social, adotará os seguintes
procedimentos:
§1º Suspensão temporária do repasse de recursos estaduais do Piso Mineiro de Assistência
Social ao(s) município(s) nos casos em que forem constatadas que o somatório dos saldos
constantes nas contas bancárias municipais, vinculadas ao Piso Mineiro de Assistência
Social, for maior ou igual a oito meses de repasse (oito parcelas );
§ 2º Suspensão temporária do repasse de recursos estaduais do Piso Mineiro de Assistência
Social ao(s) município(s) nos casos em que forem constatadas pendências no preenchimento
por parte do município do Demonstrativo do Sistema Informação e Monitoramento do
SUAS – SIM SUAS, conforme disposto no parágrafo 1º, Art. 4º, da Resolução SEDESE nº
34, de 22 de abril de 2009 e Art. 2º da Resolução CIB Nº 07, de 23 de agosto de 2013.
Art.3º - O repasse de recursos do Piso Mineiro de Assistência Social ao(s) município(s) por meio do
Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS), ocorrerá nos casos em que for constatado o
somatório dos saldos constantes nas contas bancárias municipais, vinculadas Piso Mineiro de
Assistência Social, de valor menor a oito (8) meses de repasse, sendo o repasse correspondente ao
período de janeiro a agosto de 2014.
Paragrafo Único - O valor do repasse será calculado com base no valor das oito (8) parcelas dos
meses de janeiro a agosto de 2014, deduzido o valor constatado do somatório dos saldos constantes
nas contas bancárias municipais, vinculadas ao Piso Mineiro de Assistência Social, conforme
informado pelos municípios no SIM SUAS no mês de junho de 2014.
Art. 4º O FEAS restabelecerá o repasse de recursos de que trata esta Resolução nas seguintes
situações:
I - quando o município regularizar o preenchimento do Sistema de Informação e
Monitoramento - SIM SUAS;
II - quando o município comprovar a inexistência de saldo em contas.
Art.6º No caso do não preenchimento do Demonstrativo Anual Físico Financeiro, que comprova a
utilização dos recursos, conforme Decreto 44.687/2007, alterado pelo Decreto nº 45.300/2010,
aplicar-se-á o bloqueio imediato do repasse, até que se resolva a irregularidade.
Art.7º Para efeito desta resolução compreende-se:
I - saldo: o somatório dos recursos disponíveis na conta corrente e nas contas de aplicação
vinculadas ao Piso Mineiro de Assistência Social informados no Sistema de Informação e
Monitoramento – SIM SUAS;
II - repasse: os valores efetivamente creditados nas contas específicas dos Municípios;
III - suspensão temporária de recursos: a interrupção do repasse de recursos, que, a partir da
regularização das situações que lhe deram ensejo, impõe ao Fundo Estadual de Assistência
Social (FEAS) o seu restabelecimento, sem transferência retroativa de recursos.
IV - a suspensão e o restabelecimento serão aplicados apenas ao repasse de recursos do Piso
Mineiro de Assistência Social.
EDUARDO BERNIS
Secretário de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social