Linguagem
sobre Gramática Por Robson Moura
profrobsonmou@yahoo.com.br
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Todo texto apresenta várias possibilidades de leitura, as funções tem como objetivo levar o
leitor a compreender determinado efeito, para determinado objetivo. Daí o fato de enfatizar
algum recurso ficar a cargo da capacidade criativa do autor ou emissor da mensagem.
Assim podemos apresentar o emissor – que emite, codifica a mensagem; receptor – que
recebe, decodifica a mensagem; canal - meio pelo qual circula a mensagem; código -
conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem; referente - contexto
relacionado a emissor e receptor; mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor.
• Função referencial;
• Função emotiva;
• Função conativa;
• Função fática;
• Função metalinguistica;
• Função poética;
Por outro lado, a denotação tenta uma relação e uma aproximação mais diretas entre o
termo e o objeto. O pé do animal, o pé do ser humano seriam signos denotativos,
linguagem correlacionada a um real, que responderia sempre à pergunta “que é tal
objeto?” com o nome do objeto, sem figuração ou intermediários.Observemos, então, que
referente, objeto, denotação são termos que se relacionam por semelhança, embora não
sejam sinônimos. Referente e contexto respondem a um do que se fala? Fala-se sobre um
objeto referido ao mundo extralingüístico, mundo fenomênico das coisas — coisas essas
sempre designadas por expressões referenciais, denotativas. A idéia aqui é de
transparência entre o nome e a coisa (entre o signo e o objeto), de equivalência, de
colagem: a linguagem denotativa referencial reflete o mundo. Seria, assim, tão simples?”.
É aquela centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela prevalece a
primeira pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias,
memórias, poesias líricas e cartas de amor. Primeira pessoa do singular (eu), Emoções,
Interjeições; Exclamações; Blog; Autobiografia; Cartas de amor.
4. Função Fática
É aquela centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o
receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e
similares. Interjeições, Lugar comum, Saudações, Comentários sobre o clima.
5. Função poética
É aquelacentralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo
emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas
combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música,
em algumas propagandas. Subjetividade,Figuras de linguagem, Brincadeiras com o
código, Poesia, Letras de música.
6. Função metalingüística
É aquela centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que
fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto.
Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem. Referência ao próprio
código, Poesia sobre poesia, Propaganda sobre propaganda, Dicionário.
Assim podemos dizer que a linguagem não é aparente, ela depende de um conjunto de
fatores que permeiam os variados grupos sociais que compomos em nossa vida diária.
Desde de criança aprendendo com a Fala até o aprimoramento da escrita e da linguagem
falada atingindo o nível culto de sua língua. Chalhub, reflete sobre isso,1990, p.10:
“Não nos alongaremos aqui na discussão sobre linguagem e realidade: ela permeia toda a
questão da filosofia, da arte, da religião, da psicanálise; é uma questão ancestral. No
entanto, é possível desde já, desconfiar dessa relação ingênua entre signo e realidade
como algo direto, sem intermediários. A partir da afirmação de Saussure acerca da
arbitrariedade do signo em relação ao objeto, podemos perceber como não é fácil fazer
afirmações categóricas e absolutas a respeito da representação da realidade através do
signo. Porque se convencionou nomear “árvore” o objeto que conhecemos como tal, e não
por outro signo? Portanto, levemos em conta que, apenas por necessidade didática,
enviamos a essa cisão — linguagem legível, denotativa e linguagem figurada,
conotativa.”.
Referência Bibliográfica:
CHALHUB, Samira., Professora da Pontifícia, Universidade Católica de São Paulo,
FUNÇÕES DA LINGUAGEM - Série Princípios – 1990 - Editora Ática.