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LUNI so meNCin ‘a o. & % = % = 2 s Zz oe Q z ESTADODOPARANA 3, LEI COMPLEMENTAR N. 888. Autor: Poder Executivo. Substitui a Lei Complementar n. 331/99, que dispée sobre o Uso e Ocupacao do Solo no Municipio de Maringa e da outras providéncias. A CAMARA MUNICIPAL DE MARINGA, ESTADO DO PARANA, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte LEI COMPLEMENTAR: CAPITULO | DISPOSIGOES PRELIMINARES Segao! Dos Objetivos Art. 1.° A presente Lei regula 0 Uso e a Ocupagao do Solo no Municipio de Maringé, observadas as disposigées das legislagies federais e estaduais relativas A matéria, Art. 2.° Esta Lei tem por objetivos: | - promover 0 exercicio da fungao social da cidade e da propriedade; Il - assegurar a sustentabilidade no uso e na ocupag&o do solo urbano e rural; Ill - disciplinar a localizagao de atividades no Municipio, prevalecendo o interesse coletivo sobre o particular e observados os padrées de ‘seguranga, higiene e bem-estar da comunidade; IV - minimizar o impacto de atividades potencialmente geradoras de incémodo e efeitos nocivos sobre a vizinhanga, através da sua separagéo dos demais usos urbanos; \V - regulamentar a implantagao das edificagdes nos lotes e sua relagdo com 0 entorno; VI - estabelecer padrées adequados de densidade na ocupagao do territério; VII - ordenar o espago construido para assegurar a qualidade morfoldgica da paisagem urbana. Art. 3.° A localizacao de quaisquer usos ¢ atividades no Municipio dependera de prévio alvara de licenga da Municipalidade. § 1.° A permissao para localizago de qualquer atividade considerada como incmoda, nociva ou perigosa, dependerd, além das especificagées exigidas para cada caso, da aprovagao do projeto detalhado das instalagées para depuragao dos residuos liquidos ou gasosos, bem como dos dispositivos de protecao ambiental e de seguranga requeridos pelos érgéos pibblicos competentes. § 2° O alvaré de funcionamento somente sera concedido se forem obedecidas todas as leis e normas regulamentares pertinentes a permisséo da atividade especifica. § 3.° Serao mantidos 0s usos atuais das edificagdes, desde que licenciados pelo Municipio até a data de aprovagao desta Lei, vedando-se as modificagdes que contrariem as disposigdes nela estatuidas. § 4.° Serdo respeitados os prazos dos alvards de funcionamento ja expedidos. Segao Il Das Definicées Art. 4.° Para efeito de aplicagao da presente Lei, sao adotadas as seguintes definigoes: afastamento ou recuo: menor distancia estabelecida pelo Municipio entre a edificagéo e a divisa do lote onde se situa, a qual pode ser frontal, lateral ou de fundo; 3 £ a 5 2 ‘ ESTADO DO PARANA altura da edificagao: distancia vertical entre o nivel da soleira na entrada principal no térreo e o ponto mais alto da edificagao; alvara de funcionamento: documento expedido pelo Municipio autorizando o funcionamento de atividades; area computavel: area construida que € considerada no calculo do coeficiente de aproveitamento; 4rea nao computavel: area construida que nao é considerada no célculo do coeficiente de aproveitamento; 4tico: 4rea construida sobre a laje de cobertura do tiltimo pavimento de um edificio, na qual so permitidas: casa de maquinas, caixa d’agua, areas de circulagao comum, moradia de zelador, area comum de recreacao e parte superior de unidade duplex em edificios de habitagao coletiva; atividade produtiva primaria ou silvoagropastoril: atividade rural pela qual se utllza a fertiidade do solo para a exlracdo vegetal, a produgao de plantas ou a ctiagdo de animais, respectivamente; atividade produtiva secundaria ou industrial: atividade através da qual resulta a produgao de bens pela transformagao de insumos, a exemplo de: industria de produtos minerais nao-metalicos; metalurgia; mecAnica; eletroeletrénica; de material de transporte; de madeira, mobiliério; papel e papeldo, celulose e embalagens; de produtos plasticos e borrachas; téxtil; de vestudrio; de produtos alimentares; de bebidas; fumo; construgdo civil; quimica; farmacéutica; e de perfumaria; atividade produtiva terciaria de comércio: atividade pela qual fica definida uma relagao de troca visando lucto e estabelecendo a circulagao de mercadorias, podendo ser: a) comércio central: atividade de médio porte, de utilizagao mediata e intermitente, destinada A populacéo em geral, a exemplo de: dticas, joalherias, galerias de arte, antiquarios, livrarias, floriculturas, cafés, bares, lanchonetes, pastelarias, confeitarias, restaurantes, lojas de modveis, de departamento, de eletrodomésticos, de calgados, de roupas, de souvenirs e artesanato, de materiais de construgao, de ferragens, de acessorios para veiculos, agougues, peixarias, mercados, supermercados, centros comerciais, shopping centers e show-room: i, 10) s way, 2. a a & S ey & ESTADO DO PARANA b) comércio setorial: atividade destinada a economia e a populagao, a qual, por seu porte e natureza, exige confinamento em drea propria, e cuja adequagao a vizinhanga depende de um conjunto de fatores a serem analisados pelo Municipio, a exemplo de: revendedoras de veiculos e madquinas, comércio atacadista, hipermercados, mercados por atacado e demais atividades congéneres néo relacionadas neste item; c) comércio vicinal: atividade de pequeno porte, disseminada no interior das Zonas residenciais, de utilizagdo imediata e cotidiana, a exemplo de: mercearias, quitandas, padarias, farmacias, lojas de armarinhos, papelarias, lojas de revistas, casas lotéricas e depésitos de revenda de gas, entre outros; atividade produtiva terciaria de servigos: atividade remunerada ou nao, pela qual ficam caracterizados o préstimo de mao-de-obra ou a assisténcia de ordem intelectual ou espiritual; a) servigo central: atividade de médio porte, de utilizagao mediata e intermitente, destinada & populagdo em geral, a exemplo de: escritorios de profissionais liberais, ateliers, estabelecimentos de ensino, incubadoras tecnolégicas, de culto, clinicas e laboratérios, postos assistenciais, hospitais, casas de satide, sanat6rios, instituigdes financeiras, agéncias bancarias, de jornal, de publicidade, postos de telefonia, de correios, oficinas de eletrodomésticos, laboratérios fotograficos, imobilidrias, oficinas mecAnicas e borracharias, hotéis, lavanderias, grandes escritérios, cinemas, teatros, casas de espetaculos, museus, auditérios de teatro e televisdo, clubes e sociedades recreativas, casas de diversao noturna, saunas, postos de abastecimentos e servigos, estacionamento de veiculos e usos institucionais; b) servigo setorial: atividade destinada a economia e & populaco, que pelo seu porte ou natureza exige confinamento em area propria, e cuja adequagao a vizinhanga depende de um conjunto de fatores a serem analisados pelo Municipio, a exemplo de: grandes oficinas, oficinas de funilaria e pintura, transportadoras, armazéns gerais, depésitos, entrepostos, cooperativas, silos, campos desportivos, parques de divers6es, circos, campings, albergues, shopping centers e demais atividades congéneres nao relacionadas neste item; c) servico vicinal: atividade de pequeno porte, disseminada no interior das zonas residenciais, de utilizagdo imediata e cotidiana, a exemplo de: sapatarias, alfaiatarias, barbearias, sal6es de beleza, chaveiros, oficinas de encanadores, eletricistas, pintores e marceneiros, videolocadoras, manufaturas e artesanatos, clubes recreativos, estabelecimentos de culto, de ensino, centros de educacdo infantil e ainda atividades de profissionals liberais e autonomos nao incomodas, nocivas ou perigosas exercidas individualmente no préprio domictlio; beiral: aba do telhado que excede a prumada de uma parede externa da edificagao; coeficiente de aproveitamento: razao numérica entre a area de construgao. permitida e a area do lote; divisa: linha limitrofe de um lote; edificagao: construgao limitada por piso, paredes e teto, destinada aos usos residencial, industrial, institucional, comercial e de servigos; edificio ou prédio: comerciais; edificagao destinada a habitacdo coletiva ou unidades embasamento: construgdo nao residencial em sentido horizontal, com no maximo 2 (dois) pavimentos, podendo ou néo servir de base para edificio residencial ‘ou comercial; fundo do lote: divisa oposta a testada, sendo, nos lotes de esquina, a divisa oposta a testada menor ou, em caso de testadas iguais, a testada oposta a entrada principal da edificagao; fundo de vale: area nao edificavel compreendida entre um curso d'égua e uma via paisagistica; habitagao: edificagao destinada a moradia ou residéncia; habitacdo multifamiliar ou coletiva: edificagao destinada a servir de moradia para mais de uma familia; habitagao unifamiliar: edificagao destinada a servir de moradia para uma so familia; largura média do lote: definida pela mediatriz da linha que une os pontos médios da testada e do fundo do lote, ou os pontos médios de duas testadas y & % z, s % 2 a a . 2 ESTADO DO PARANA opostas, ou, nos lotes de esquina, os pontos médios da testada maior e da divisa oposta; logradouro pitblico: area de terra de propriedade publica e de uso comum elou especial do povo destinada as vias de circulagao e aos espagos livres; lote ou data: terreno com acesso a logradouro piiblico dotado de infraestrutura, cujas dimensées e area atendam aos parametros urbanisticos definidos em lei municipal para a zona em que se localiza; lote padrao: terreno contendo as dimensées e area minimas exigidas para a Zona em que se localiza; ocupagao bifamiliar: ocupagao com duas habitagdes unifamiliares no lote; ocupacao multifamiliar: ocupagao com habitago multifamiliar no lote; ocupagao unifamiliar: ocupacao com uma habitagao unifamiliar no lote; passeio ou calgada: parte do logradouro ou via publica destinada A circulagao de pedestres; pavimento ou andar: plano horizontal que divide a edificagao no sentido da altura, também considerado como o conjunto de dependéncias situadas em um nivel compreendido entre dois planos horizontais consecutivos; pavimento térreo: primeiro pavimento de uma edificagao, situado entre as cotas —-1,20m (menos um metro e vinte centimetros) e +1,20m (mais um metro e vinte centimetros) em relagao ao nivel do passeio na mediana da testada do lote, sendo essas cotas determinadas, nos lotes de esquina, pela média aritmética dos niveis médios das testadas; pilotis: sistema construtivo em que o pavimento térreo é vazado, contendo apenas pilares, hall de entrada e 0 bloco de circulagao vertical do prédio, podendo ser utilizado como garagem ou area de lazer, pista de rolamento: parte do logradouro ou via ptblica destinada ao trafego de veiculos; sobreloja: pavimento de uma edificagao comercial situado acima do térreo, podendo ter acesso independente; subsolo: pavimento situado abaixo do pavimento térreo; sustentabilidade: condico de uso e ocupacao do solo que assegura a justa distribuigéo dos beneficios e énus na utilizagdo dos recursos naturais e bens socicambientais; na preservacdo e recuperagdo ambiental; ¢ no desenvolvimento das atividades econémicas, para o bem-estar da populagao atual e das geragdes futuras; taxa de ocupagao: relagao entre a projegao da area computavel da edificagao sobre 0 terreno e a area deste, expressa em valores percentuais; testada: frente do lote, definida pela distancia entre suas divisas laterais, medida no alinhamento predial; torre: construgao em sentido vertical edificada no rés-do-chao ou acima do embasamento; usos incémodos: os que possam produzir perturbagées no trafego, ruidos, trepidagdes ou exalagdes que venham a incomodar a vizinhanga; usos nocivos: os que impliquem na manipulagéo de ingredientes, matérias- primas ou processos que prejudiquem a satide, ou cujos residuos liquidos, gasosos ou particulados possam poluir o solo, a atmosfera ou os recursos hidricos; usos perigosos: os que possam originar explosées, incéndios, vibragées, produgao de gases, poeiras, exalagdes e detritos que venham a pér em perigo a vida das pessoas ou as propriedades circunvizinhas; usos permissiveis: com grau de adequagao a zona a critério do Municipio; usos permitidos: adequados a zona; usos proibidos: inadequados a zona; via paisagistica: via que se desenvolve acompanhando 0 leito dos cursos d'agua, a uma distancia minima de 60,00m (sessenta metros) de suas margens e nascentes, e que delimita as areas de fundo de vale; % @ z a x, ESTADO DO PARANA vias plblicas ou de circulagado: avenidas, ruas, travessas, estradas e caminhos de uso publico. CAPITULO II DO USO DO SOLO Art. 5.° Uso do solo é o conjunto das diversas atividades consideradas para cada zona do territorio municipal, de acordo com o estabelecido no ANEXO | — TABELA DE USOS DO SOLO, que integra a presente Lei. Paragrafo nico, Entende-se por zona, para efeito desta Lei, uma area em que predominam um ou mais usos, sendo delimitada por vias, logradouros publicos, acidentes geogrdficos ou divisas de lotes. Art. 6.° Considera-se Zoneamento do Uso e Ocupagao do Solo a diviséo do territério municipal em zonas distintas, segundo os critérios de usos predominantes e de aglutinagao de usos afins e separacéo de usos conflitantes, objetivando o ordenamento do territério, o desenvolvimento urbano e o bem-estar publico. § 1.° Em cada zona havera usos permitidos e proibidos, podendo, a critério do Municipio e ouvido o Conselho Municipal de Planejamento e Gestdo Territorial — CMPGT, ser admitidos usos permissiveis. § 2.° A delimitacdo das zonas no Municipio de Maringa é a indicada no mapa do ANEXO III - ZONEAMENTO DO USO DO SOLO, que integra a presente Lei, Art. 7.° Para efeito desta Lei, o tertitério municipal fica subdividido nas seguintes zonas: | - Zona Central - ZC: em que predominam os usos de comércio e servicos centrais e vicinais, as atividades de animacao e a concentracéo de empregos, além do uso residencial com padrao de ocupacao multifamiliar; Il - Zona de Comércio e Servigos Setoriais - ZCS: em que predominam os usos de comércio e servigos especializados de atendimento & economia e a Populagdio, além do uso residencial com padrao de ocupagao multifamiliar; lll - Zonas Industriais — ZI, destinadas ao uso industrial, subdividem-se em: 01) Zona Industrial Um —- ZI: compreendendo _ atividades predominantemente industriais nao nocivas ou perigosas, compativeis com zonas urbanas de uso diversificado, permitidos o comércio € os servigos setoriais; 02) Zona Industrial Dois — ZI2: exclusivamente industrial, reservada as atividades incémodas ou nocivas, obrigatoriamente submetidas a métodos adequados de protegao, condicionadas a alvard de licenga do érgao municipal do meio ambiente; IV - Zonas Residenciais - ZR, destinadas ao uso residencial em carater exclusivo ou predominante, subdividem-se em: 01) Zona Residencial Um — ZR1: exclusivamente residencial, com padrao de ocupagao unifamiliar, permissivel a atividade individual de auténomos e profissionais liberais no préprio domicilio, desde que de modo nao incémodo, nocivo ou perigoso € se comprovada a moradia concomitante; 02) Zona Residencial Dois — ZR2: predominantemente residencial, com padrao de ocupagdo unifamiliar ou bifamiliar, 03) Zona Residencial Trés - ZR3: predominantemente residencial, com padrao de ocupagao unifamiliar, bifamiliar ou multifamiliar; 04) Zona Residencial Quatro - ZR4: predominantemente residencial, com Padréo de ocupacao unifamiliar, bifamiliar ou multifamiliar, permitidos comércio servigos centrais e vicinais; 05) Zona Residencial Cinco — ZR5: predominantemente residencial, com padrao de ocupagdo unifamiliar e bifamiliar, permitido comércio e servigos centrais € vicinais; 06) Zona Residencial Seis — ZR6: em que predominam comércio e servicos centrais e vicinais, permissiveis comércio e servigos setoriais e a ocupacdo multifamiliar mediante outorga onerosa de potencial construtivo; 07) Zona de Urbanizagao Especifica — ZUE: representada por loteamentos fechados na Zona Rural e por loteamentos para fins urbanos objeto de regularizacao fundidria; V - Zonas de Protegao Ambiental - ZP, destinadas a contribuir para a manutengao do equilibrio ecolégico e paisagistico no territério do Municipio, 5 2 oF x s a admitidas apenas edificagdes que se destinem estritamente ao apoio as fungées dos parques e reservas florestais, dividem-se em: 01) P01: 02) ZPo2: 03) ZP03: 04) ZP04: 05) ZPOS: 06) P06: 07) P07: 08) P08: 09) ZPo9: 10) ZP40: 11) ZP11: 12) ZP42: 13) ZP43: 14) ZP14: 15) ZP45: 16) ZP16: 417) ZP47: 18) P18: 19) ZP19: reas de fundo de vale localizadas nas zonas urbana e rural, Bosque |, ou Parque do Inga; Bosque II, ou Parque dos Pioneiros; Horto Florestal; Parque da Nascente do Ribeirao Paigandu; Bosque das Grevileas; Parque do Sabia; Parque Florestal Municipal das Perobas; Recanto Borba Gato; Parque Ecolégico Municipal do Guaiapo; Parque Florestal Municipal das.Palmeiras; Parque do Cinquentenario; Parque da Rua Teodoro Negri; Parque Alfredo Werner Nyffeler; Reserva do Cérrego Borba Gato; Reserva da Rua Diogo M. Esteves; Reserva do Cérrego Cleépatra; Reserva da Rua Pioneira Deolinda T. Garcia; Reserva do Cérrego Moscados; & & a a S © ESTADO DO PARANA VI - Zonas Especiais - ZE, destinadas a abrigar padroes urbanisticos especificos em areas onde haja a presenga de atividades, usos ou fungées urbanas de carater excepcional, nao enquadraveis nas zonas definidas neste artigo, dividem- seem: 01) ZE01: Novo Centro; 02) ZE02: Cemitério Municipal; 03) ZE03: Cemitério Parque; 04) ZE04: Centro Judiciario; 05) ZE05: Patio de Manobras da Rede Ferroviaria Federal S/A; 06) ZEO6: Campus da Universidade Estadual de Maringa — UEM; 07) ZE07: Estadio Regional Willie Davids; 08) ZE08: Parque de Exposigées Francisco Feio Ribeiro; 09) ZE09: Tiro-de-Guerra; 10) ZE10: Patio de Inflamaveis; 11) ZE11: Parque Tecnolégico de Maringa — TECNOPARQ; 12) ZE12: Terminal Rodovidrio (Avenida Tuiuti); 13) ZE13: Campus do Centro de Ensino Superior de Maringé - CESUMAR; 14) ZE14: Zona de Protegao do Aeroporto de Maringa; 15) ZE18: Centro Cultural; 16) ZE16: Centro Civico; 17) ZE17: Zona de Armazéns (Zona Fiscal 09); % 3 2 6 x ESTADO DO PARANA 18) ZE18: Zona de Industrias (Zona Fiscal 10); 19) ZE19: Parque do Japao; 20) ZE20: Parque do Jardim Taruma; 21) ZE21: Memorial do Trépico de Capricérnio; 22) ZE22: Zona Especial de Interesse Social — ZEIS, exclusivamente residencial, com padréo de ocupagao unifamiliar, bifamiliar ou multifamiliar, constituida por lotes de propriedade do Municipio destinados @ execugéo de programas habitacionais de interesse social; Vil - Zona Rural ~ ZRU, correspondente ao territ6rio rural do Municipio, destina-se predominantemente as atividades extrativas, agricolas, hortifrutigranjeiras e pecuérias, bem como ao uso residencial vinculado as atividades rurais, sendo permissiveis: a) os usos especificados no ANEXO | - TABELA DE USOS DO SOLO, da presente Lei; b) estabelecimentos de armazenamento de gas com capacidade de armazenamento superior a 1.560kg (um mil e quinhentos e sessenta quilogramas), desde que situados a uma distancia minima de 500,00m (quinhentos metros) dos perimetros urbanos do Municipio; ©) atividades que representem uso incémodo, mesmo depois de submetidas a métodos adequados de correcao, dependendo sua instalacdo de projetos especificos de protecao previamente aprovados pelo érgao municipal competente, e desde que sejam localizados a uma distancia minima de 500,00m (quinhentos metros) dos perimetros urbanos do Municipio; d) casas de repouso, hotéis-fazenda, resorts, parques tematicos e similares; e) escolas agricolas e estabelecimentos de ensino, desde que: e.1) tenham acesso através de rodovias constantes do Mapa Rodoviario do Municipio, excluidas as estradas vicinais; .2) obedegam a recuo frontal estabelecido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes — DNIT — ou pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Parana — DER/PR; e.3) disponham de sistemas de abastecimento de agua e de tratamento de esgoto; €.4) 0 respectivo Alvaré de Construgao seja precedido de prévia licenga do 61940 municipal do meio ambiente; f) loteamentos fechados com controle de acesso, Art. 8° Os loteamentos fechados localizados na Zona Rural serio transformados automaticamente em Zona de Urbanizagao Especifica no ato da emiss4o do respective Alvara de Licenca pelo Municipio, ai incluidas as areas externas contiguas ao loteamento a serem doadas ao Municipio ou retidas pelo empreendedor. § 1.° Os lotes em loteamento fechado na Zona Rural obedecerao aos seguintes critérios e parametros de uso do solo: |— ocupagao exclusivamente unifamiliar por lote; Il — subsolo nao computavel no coeficiente de aproveitamento, somente quando utilizado para finsde © guarda e estacionamento de veiculos e/ou recreacao; Ill - vedada a subdivisdo dos lotes sob qualquer pretexto. § 2.° Nos parcelamentos referidos no presente artigo serdo previstos espagos livres para lazer dos —_moradores e valorizacao paisagistica do empreendimento, de acordo com as classes de lotes definidas na lei de parcelamento do solo em vigor, conforme segue: | 20% (vinte por cento) da area total do empreendimento para o conjunto de lotes do loteamentopertencente a Classe I; | ~ 15% (quinze por cento) da rea total do empreendimento para o conjunto de lotes do loteamento _pertencente a Classe II. Art. 9.° Aplicam-se ao loteamento fechado na Zona Urbana os critérios ¥ Ss gs Ss 3 = =| e ~ a ESTADO DOPARANA 3, estabelecidos para o loteamento fechado na Zona Rural referidos no caput e nos incisos do § 1.° do artigo 8.° desta Lei. Art. 10. Nos empreendimentos implantados através da aplicagéo do dispositivo previsto no artigo 71 da Lei Complementar n. 632/2006, o parcelador doaré ao Municipio, no minimo, 10% (dez por cento) da Area total do mesmo para o Fundo Municipal de Habitag&o, os quais seréo gravados como Zona Especial de Interesse Social - ZEIS, sendo a area restante do empreendimento classificada como Zona Residencial Dois - ZR2. Paragrafo Unico. Para cumprimento do disposto no caput, o Municipio podera receber 5% (cinco por cento) da area total do empreendimento, desde que integralmente urbanizados e dotados da infraestrutura exigida na legislacdo de parcelamento do solo em vigor. Art. 11. Nas sedes dos distritos de Floriano e Iguatemi, na vila Jardim Sao Domingos e na Venda 200 serdo permitidos unicamente os usos e os pardmetros de ocupagao correspondentes ao zoneamento representado nos Anexos IV, V, Vie Vil, Tespectivamente, do artigo 7.° da presente Lei. Art. 12, Para efeito de complementar 0 zoneamento dos usos residenciais Gefinidos no artigo 7.° desta Lei, ficam criados Eixos Residenciais — ER -, com a finalidade de promover 0 adensamento da ocupago do solo, mediante a permisséio Para ocupagao multifamiliar e a outorga onerosa do aumento no potencial construtivo nas vias mostradas no mapa do ANEXO Ill - ZONEAMENTO DO USO DO SOLO, da presente Lei | - Eixo Residencial A - ERA: constituido pelo trecho da Avenida Colombo mostrado no mapa referido no caput, compreendendo: a) ocupagao multifamiliar de alta densidade; b) outorga onerosa do aumento no coeficiente de aproveitamento, até o limite de 4,5 (quatro inteiros e cinco décimos) vezes a area do lote, onde couber, de acordo com a formula do inciso | do artigo 3.° da Lei Complementar n. 760/2009 e suas alteragdes; c) edificagao vertical mediante outorga onerosa do aumento na altura de edificagao, até a cota de 650m (seiscentos e cinquenta metros), segundo o inciso II do artigo 3.° da Lei Complementar n. 760/2009; & % S g ‘ 5 5 a e x ESTADO DO PARANA d) outorga onerosa correspondendo a soma dos critérios referidos nas alineas “b’ e ‘c’ deste inciso, no caso de aumento no coeficiente de aproveitamento e na altura de edificagao; __€) parametros de ocupagao do solo constantes do ANEXO II — TABELA DE PARAMETROS DE OCUPACAO DO SOLO, desta Lei; Il - Eixo Residencial B - ERB: constituido pelos lotes lindeiros as vias mostradas no mapa referido no caput, compreendendo: a) ocupacao multifamiliar de alta densidade; b) outorga onerosa do aumento no coeficiente de aproveitamento, até o limite de 3,5 (trés inteiros e cinco décimos) vezes a area do lote, de acordo com a formula do inciso | do artigo 3.° da Lei Complementar n. 760/2009 e suas alteracées; ©) edificagéo vertical mediante outorga onerosa no aumento da altura de edificagao, até a cota de 650m (seiscentos e cinquenta metros), segundo o inciso II do artigo 3.° da Lei Complementar n. 760/200: ) outorga onerosa correspondendo a soma dos critérios referidos nas alineas “b” e *c” deste inciso, no caso de aumento no coeficiente de aproveitamento e na altura de edificagao; €) parametros de ocupagao do solo constantes do ANEXO II - TABELA DE PARAMETROS DE OCUPACAO DO SOLO, desta Lei; Ill - Eixo Residencial C - ERC: situado em Zona Residencial Dois - ZR2 e incidente sobre os lotes das vias paisagisticas situados do lado oposto ao fundo de vale, compreendendo: a) ocupagao multifamiliar de média densidade; b) outorga onerosa do aumento no coeficiente de aproveitamento, até o limite de 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) vezes a dtea do lote, de acordo com a formula do inciso | do artigo 3.° da Lei Complementar n. 760/2009 e suas alteragées; ©) edificagéo de térreo em pilotis mais 4 (quatro) pavimentos, mediante outorga onerosa do aumento de 3 (trés) pavimentos, calculada segundo o inciso II do jUNIC; goMUNICley, & % % NI & § 2 Ss 2 e , a ESTADODOPARANA 3, artigo 3.° da Lei Complementar n. 760/2009; d) outorga onerosa correspondendo a soma dos critérios referidos nas alineas “b” e “c" deste inciso no caso de aumento no coeficiente de aproveitamento e na altura de edificagao; ) parametros de ocupagao do solo constantes do ANEXO Il - TABELA DE PARAMETROS DE OCUPAGAO DO SOLO, desta Lei. § 1.° Os usos permissiveis no Eixo de Comércio e Servigos A - ERA - serao regulamentados através de lei especifica, devendo a proposigao ser encaminhada ao Legislativo Municipal no prazo maximo de 90 (noventa) dias, contados da aprovago da presente Lei. § 2.° Quando da edificagao em lote pertencente a Eixo Residencial “B” ou “C’, com base na utilizagao dos instrumentos referidos no presente artigo, o proprietério doar a0 Municipio a faixa de terra necessaria ao eventual alargamento e/ou prolongamento da via publica lindeira ao lote. § 3° Os parametros de uso e ocupagao do solo nos Eixos Residenciais - ER = ficardo restritos ao lote lindeiro ao logradouro classificado como tal e poderao ocupar, no maximo, 120,00m (cento e vinte metros) da profundidade do lote. § 4.° Quando a profundidade do lote atingido por Eixo Residencial for maior que 120,00m (cento e vinte metros), sem abrir para via publica, a parte Temanescente do lote que exceder essa dimensdo sera ocupada com os usos do solo permitidos ou permissiveis na zona a que pertence o lote. § 5.° Na ocorréncia da condigao descrita no § 4.° deste artigo, deverao ser respeitados os coeficientes maximos de aproveitamento referentes, respectivamente, a 4rea atingida pelo Eixo Residencial e a area remanescente do ote, independentemente da composigao relativa dos coeficientes utilizados em cada uma delas. Art. 13, Para efeito de complementar o zoneamento dos usos nao-residenciais definidos no artigo 7.° desta Lei, ficam ctiados Eixos de Comércio e Servigos - ECS, com a finalidade de abrigar usos e ocupagées diferenciados ou auxiliares aqueles estabelecidos para a zona a que pertencem, nas vias mostradas no mapa do ANEXO Ill- ZONEAMENTO DO USO DO SOLO, da presente Lei, conforme segue: e. t % Z EsTapopoParanh & | - Eixo de Comércio e Servigos A - ECSA: constituido pelos trechos urbanos das rodovias, contornos e anéis vidrios, compreendendo: a) comércio setorial e atacadista; b) servigos setoriais e vinculados ao transporte; ¢) industrias nao incémodas, nem nocivas ou perigosas; d) usos permitidos nos Eixos de Comércio e Servigos B e E; €) parametros de ocupago do solo constantes do ANEXO II - TABELA DE PARAMETROS DE OCUPACAO DO SOLO, desta Lei; I - Eixo de Comércio e Servigos B - ECSB: restrito as vias mostradas no mapa citado no caput, compreendendo: a) comércio e servigos centrais e vicinais; b) todos os usos e atividades permitidos nos Eixos de Comércio e Servigos E; ¢) ocupagao unifamiliar e bifamiliar de baixa densidade; d) permissive! a instalagéo de pequenas industrias n&o incémodas, nem nocivas ou perigosas; ©) parametros de ocupagao do solo da zona a que pertence o lote; Ill - Eixo de Comércio e Servigos C — ECSC: representado pelas avenidas Dr. Luiz Teixeira Mendes, Humaita, Independéncia, Rio Branco, Curitiba e Cidade de Leiria, compreendendo: a) comércio e servicos centrais e vicinais; b) comércio e servigos vicinais; ¢) ocupagao multifamiliar de média densidade; 4) edificagaio de 5 (cinco) pavimentos (térreo mais 4); Ss % £ %, & g 5 g € £ ESTADO DO PARANA. e) parametros de ocupagao do solo constantes do ANEXO Il — TABELA DE PARAMETROS DE OCUPAGAO DO SOLO, desta Lei; IV - Eixo de Comércio e Servigos D - ECSD: composto pelas Avenidas Laguna, Anchieta, Itororé e Nobrega, em torno do Parque do Inga e do Bosque II, respectivamente, compreendendo: a) comércio e servigos especializados em cardter restrito; b) comércio e servigos vicinais; ¢) ocupagao multifamiliar de média densidade; 4) edificagaio de 4 (quatro) pavimentos (térreo mais 3); _ ©) parametros de ocupagao do solo constantes do ANEXO Il - TABELA DE PARAMETROS DE OCUPACAO DO SOLO, desta Lei; V - Eixo de Comércio e Servicos E - ECSE: constituido por vias mostradas no mapa referido no caput, compreendendo: a) comércio € servigos vicinais de interesse cotidiano, frequente e imediato, com baixo potencial de geracao de tréfego e movimento e destinado as atividades de auténomos e profissionais liberais exercidas no proprio domictlio; b) ocupacao unifamiliar e bifamiliar de baixa densidade; ©) edificagdo com até 2 (dois) pavimentos; d) permissiveis pequenas indistrias familiares no incémodas, nem nocivas ‘ou perigosas; €) parametros de ocupagao do solo da zona a que pertence o lote. § 1.° Os parametros de uso e ocupagao do solo nos Eixos de Comércio e Servigos - ECS — ficarao restritos ao lote lindeiro ao logradouro classificado como tal @ nao poderao ultrapassar 120,00m (cento e vinte metros) da profundidade do lote. § 2.° Em via classificada simultaneamente como Eixo Residencial B- ERB-e Eixo de Comércio e Servigos - ECS — prevalecem ambas as condigées, - § 5 2 5 & ESTADO DOPARANA independentemente da categoria deste ultimo. § 3. Os lotes de esquina com frente para eixos de comércio e servigos poderao dispor na via lateral residencial unicamente de aberturas para iluminagao e ventilagao e para acesso de pedestres, ficando a frente comercial e os acessos de servigos, carga, descarga e garagens, voltados exclusivamente para a via comercial. § 42 Nos lotes de esquina com frente para eixos de comércio e servigos, deverdo ser obedecidos na via lateral os recuos do alinhamento predial exigidos nessa via para 0 uso residencial. § 5.° Os iméveis residenciais incorporados a iméveis comerciais lindeiros a Eixos de Comércio e Servigos ficam submetidos a restrigéo contida nos §§ 1.2 2° e deverao obedecer a Coeficiente de Aproveitamento e Taxa de Ocupagao do lote original. § 6.° Sera permitida nos Eixos de Comércio e Servigos A, B e C a instalagao de casas de divers4o notuma, mediante Relatério de Impacto de Vizinhanga previamente aprovado e desde que possuam isolamento actistico e vagas para estacionamento de veiculos, de acordo com a legislaco pertinente em vigor. § 7° As vias de contorno das pragas nas areas urbanas do Municipio ficam transformadas em Eixo de Comércio e Servigos E - ECSE § 8.° Somente poder ser criado novo eixo de comércio e servigos quando a via objeto da transformagao pretendida atender as seguintes condigées: | - ter largura minima de 20,00m (vinte metros) com uma pista de rolamento, no caso de rua; Il - ter largura minima de 35,00m (trinta e cinco metros), com duas pistas de rolamento, quando se tratar de avenida; Ill - guardar distancia minima de 200,00m (duzentos metros) de outro eixo criado anteriormente; IV - no constituir via paisagistica. § 9.° Excetua-se da restrigdo do inciso | do § 8.° deste artigo 0 Eixo de Comércio e Servigos E — ECSE — que, a critério do Municipio e ouvido 0 Conselho 20 % a Z a x ESTADO DO PARANA. Municipal de Planejamento e Gestao Territorial, podera ser adotado em via com largura minima de 16,00m (dezesseis metros), § 10. Quando o lote situado em Eixo Residencial e/ou Eixo de Comércio e Servigos for ocupado por comércio ou servigos e edificio residencial, e tiver fundo abrindo para via residencial, sera permissivel a utilizagao desta Ultima para acesso e saida de veiculos do edificio residencial. Art. 14. Todas as atividades no Municipio de Maringa serdo licenciadas pelo prazo determinado de 12 (doze) meses, renovavel a critério da Municipalidade, com alvara de funcionamento sujeito a cassagéo a qualquer momento em caso de ocorréncia de algum dos motivos abaixo: | - desvirtuamento da finalidade expressa no alvara; I impacto ambiental negativo § 1.° O alvaré de funcionamento para atividades industriais, comerciais e de prestagao de servigos no Municipio fica condicionado a Laudo de Viabilidade prévio favoravel & localizagéo da atividade no lote, emitido pelo érgéo municipal competente. § 2.° O alvara de funcionamento de que trata 0 § 1.° do caput nao poderd ser substituido por nenhum outro documento, seja protocolo do requerimento de licenciamento, certidao ou laudo de viabilidade. § 3° O funcionamento de qualquer atividade industrial, comercial ou de prestacao de servigos sem o necesséirio alvara de funcionamento do érgéo municipal competente constitui infrac&o @ presente Lei e sera objeto de embargo, além de multa @ razéo de RS 100,00 (cem reais) por metro quadrado de area do estabelecimento, a ser recolhida a conta do Fundo Municipal de Habitagao. § 4.° A suspensao do embargo de que trata o paragrafo anterior dependera do Pagamento da multa correspondente e da regularizacao da atividade mediante a obtengao do respectivo Alvara de Licenga. § 5.° Fica proibida a venda de bebidas alcoélicas para consumo no local, em estabelecimentos comerciais localizados a menos de 150,00m (cento e cinquenta metros) de distancia dos portées de estabelecimentos de ensino superior. a & § 2 S & ESTADO DOPARANA | Os estabelecimentos comerciais cuja localizagao conflite com o disposto no. presente paragrafo, mas que receberam Alvard de Licenga antes da instalagao do estabelecimento de ensino, nao serao atingidos pela restric&o prevista no mesmo. Il — Nao serao concedidos novos Alvaras de Licenga para funcionamento de bares e congéneres em condigdes que desatendam o contido neste paragrafo. Ill — A inobservancia das normas aqui estatuidas sujeitara o estabelecimento infrator as seguintes penalidades, aplicadas sucessivamente em caso de reincidéncia, além das demais sangées legais: a) multa no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais); b) cassagao do alvara de funcionamento. IV - Os estabelecimentos de ensino superior poderdo instalar-se a distancias inferiores aquela referida neste pardgrafo em relagéo a bares e congéneres ai localizados anteriormente. Art. 15. As atividades licenciadas antes da publicagdo desta Lei que contrariarem quaisquer dos seus dispositivos, somente poderao ser alteradas ou ampliadas caso tal desconformidade seja sanada antes da emissio do correspondente Alvara de Funcionamento. Paragrafo unico. Excetuam-se da exigéncia do caput as edificagées lindeiras @ Avenida Brasil em toda a sua extensdo, as quais serao objeto de um plano de revitalizagao urbana especifico. CAPITULO III DA OCUPAGAO DO SOLO Art. 16. Ocupagao do solo é 0 conjunto de parametros para ocupagao dos lotes em cada zona, segundo o estabelecido no ANEXO Il — TABELA DE PARAMETROS DE OCUPACAO DO SOLO, desta Lei Segao | Ocupagao Unifamiliar e Bifamiliar Art. 17. Os padrées de ocupagao unifamiliar e bifamiliar por lote s&o compostos pelas edificagdes para uso habitacional com até dois pavimentos (térreo \UNIC) onlay e % % PREFErp, Me. é ESTADODOPARANA 3, mais segundo pavimento), permitida a construgao de subsolo e o aproveitamento sob © telhado, na forma de sétao. § 1.° As dimensées e area minimas dos lotes ocupados pelas edificagdes referidas no caput serao aquelas estabelecidas para a zona a que pertencem. § 2° Nos lotes das edificagbes de que trata este artigo € obrigatoria a previsdo de espagos para a guarda de, pelo menos, 1 (um) velculo, de acordo com a legistagao em vigor. Art. 18. O padrao de ocupago unifamiliar 6 representado pela edificago de uma habitago unifamiliar no lote. Paragrafo unico. A edificagao em lote pertencente a loteamento fechado na Zona Urbana e na Zona Rural obedecera aos seguintes parametros de ocupagao do solo: | — ocupaggio exclusivamente unifamiliar por lote; ll — coeficiente maximo de aproveitamento: 1 (um); Ill - taxa maxima de ocupagao do solo: 50% (cinquenta por cento); IV — nimero maximo de pavimentos: subsolo, térreo e segundo pavimento, além de sétao; V—altura maxima de edificagao: 11,00m (onze metros). Art. 19. O padréo de ocupagdo bifamiliar é representado pela edificagéio de duas habitagdes unifamiliares no mesmo lote, observadas as seguintes condicdes: | — a ocupagdo bifamiliar somente podera ser adotada nas zonas e eixos de comércio e servicgo onde for permitida a bifamiliaridade e/ou a multifamiliaridade; |= na ocupagéo bifamiliar as residéncias deverao permanecer de propriedade de uma s6 pessoa ou em condominio; Ill - a ocupag&o bifamiliar é representada pelas seguintes modalidades: a) 2 (duas) residéncias no lote com frente para o logradouro, geminadas ou 23 b) 1 (uma) residéncia na frente e 1 (uma) no fundo do lote, com acessos independentes para o logradouro; ©) 2 (duas) residéncias sobrepostas, com 1 (um) pavimento cada, tendo ambas acessos independentes para 0 logradouro. § 1° Consideram-se residéncias geminadas as habitagdes unifamiliares contiguas com até 2 (dois) pavimentos que na divisa comum possuam paredes justapostas independentes. § 2.° No caso de 2 (duas) residéncias no mesmo lote com frente para o logradouro, geminadas ou nao, a fragao do lote na qual sera edificada cada residéncia obedecera as seguintes condig6es: a) em lote pertencente a parcelamento do solo protocolado junto a Administragao Municipal até 31 de dezembro de 2009: a.1) frago situada em meio de quadra: testada e largura média minimas de 6,00m (sels metros) e Area minima de 150,00m* (cento e cinquenta metros quadrados); a.2) fragao situada em esquina: testada e largura média minimas de 9,00m (nove metros) e area minima de 210,00m? (duzentos e dez metros quadrados); b) em lote pertencente a parcelamento do solo protocolado junto a Administragao Municipal depois de 01 de janeiro de 2010: b.1) frago situada em meio de quadra: testada e largura média minimas de 8,00m (cito metros) e area minima de 200,00m? (duzentos metros quadrados); b.2) frago situada em esquina: testada e largura média minimas de 11,00m (onze metros) e rea minima de 275,00m? (duzentos e setenta e cinco metros quadrados). § 3.° Para desmembramento de residéncias referidas no § 2.° deste artigo, cada lote resultante deverd ter as dimens6es minimas exigidas para a zona a que Pertence. 24 oMUNICipy, gi, °4, % t g a x & § a & S & ESTADO DOPARANA § 4.° Na ocupacdo bifamiliar com uma residéncia na frente e outra no fundo do lote, 0 acesso desta tiltima ao logradouro sera feito através de corredor de passagem com largura constante de, no minimo, 3,00m (trés metros). § 5.° Na ocupagdo bifamiliar com residéncias sobrepostas, as reas destinadas a recreagao e guarda de veiculos poderao ser comuns. § 6.° Em lote situado em meio de quadra na Zona Residencial Dois - ZR2 - cuja profundidade e area permitam a construgao de mais de duas residéncias, nos termos da alinea “b’, do inciso Ill, do caput, poderao ter essa Ultima condigao viabilizada desde que obedecidas as seguintes condigées: | = a propriedade do lote ficaré em nome de uma s6 pessoa, vedada a constituigo de condominio; ll — a dtea da fragdo de terreno destinada a cada residéncia devera ser equivalente a do lote-padrao residencial do Municipio; lll — a edificagao no lote obedecerd os parémetros de ocupagao do solo da ZR2. Segao Il Ocupagao Multifamiliar Art. 20. O padrao de ocupagéo multifamiliar por lote é constituido pelos edificios residenciais, permitida a construgao em subsolo e o aproveitamento sob 0 telhado, na forma de Atico. § 1.° E vedada a construgao de edificios residenciais em lotes pertencentes a zonas classificadas nesta Lei como Zona Residencial Um - ZR1 - e Zona Residencial Dois — ZR2. § 2.° Excetuam-se da vedacdo referida no § 1.° do caput os lotes da Zona Residencial Dois - ZR2 — pertencentes a Eixo Residencial, independentemente da categoria deste ultimo, mediante aquisigao de potencial construtivo. § 3.° Os edificios residenciais s6 poderao ser construidos em lotes servidos por rede publica de coleta de esgotos, ou dotados de sistema auténomo de tratamento das aguas servidas executado pelo empreendedor a suas expensas, mediante projeto especifico previamente aprovado pelo érgo municipal competente. 25 o % é 2 a x & £ 5 2 5 ESTADO DO PARANA § 4.° Os usos e os pardmetros de ocupagao do solo relativos aos edificios residenciais sao aqueles estabelecidos nos ANEXOS | e Il desta Lei, respectivamente. § 5.° Nos edificios residenciais 6 obrigatéria a previséo de espagos para recreacao dos moradores e para a guarda de, pelo menos, 1 (um) veiculo por unidade, de acordo com a legislacao pertinente em vigor. § 6.° Os edificios residenciais deverao assegurar plena acessibilidade a seus usuarios e moradores, através de rampa, plataforma, elevador ou escada rolante. Segao Ill Edificios Em Geral Art. 21. Nos edificios residenciais ou comerciais o numero maximo de pavimentos sera aquele estabelecido para a zona a que pertence o lote, conforme 0 contido no ANEXO II - TABELA DE PARAMETROS DE OCUPAGAO DO SOLO. Paragrafo tinico. Quando o edificio residencial possuir unidade duplex no ultimo pavimento, 0 recuo das divisas laterais e de fundo do piso superior desta ultima sera o mesmo daquele exigido parao piso _ inferior da mesma, Art. 22. Nos empreendimentos com mais de um edificio no mesmo lote, os recuos entre edificios obedecerao 0 que segue: | - serao considerados para todo o perimetro dos edificios; II - sero iguais ao dobro do recuo exigido para as divisas laterais na zona a que pertence 0 lote, em funcao da altura dos edificios; Ill - no caso de edificios adjacentes com alturas diferentes, sera considerado 0 recuo correspondente ao mais alto dentre eles; IV - sera dispensado o afastamento entre edificios adjacentes para formarem um tinico bloco de edificios, desde que a justaposicéo envolva no maximo 2 (dois) edificios por bloco e nao origine area enclausurada para iluminago e ventilagao natural; \V - para célculo da altura total da edificagao serao computadas as antenas de 26 Yr & é a 5 % _estaDODOPARANA telecomunicagées ou congéneres exploradas comercialmente, excetuando-se as antenas coletivas de telecomunicagdes de uso privativo da edificagao e os para- raios. Art. 23. Fica autorizada a construgéo de edificios-garagem para o estacionamento e guarda de veiculos na Zona Central — ZC, observadas a legislagéo e as normas técnicas pertinentes. § 1° Os edificios-garagem serao de uso misto, compostos dos seguintes elementos arquitet6nicos integrados: | - embasamento edificado no alinhamento predial com pé-direito minimo de 4,00m (quatro metros), destinado ao uso de comércio e servigos e aos acessos, controle de acesso e saida e estacionamento de veiculos do edificio-garagem; Il - torre de edificio-garagem destinada ao estacionamento de veiculos. § 2° Os parametros de acupagao do solo para a construgao de edificios- garagem na Cidade sao: | — coeficiente maximo de aproveitamento igual a 4,5 (quatro inteiros e cinco décimos) vezes a area do lote e de até 6,0 (seis) vezes a area do lote mediante aquisigao de coeficiente de aproveitamento; ll - altura maxima de edificagao até a cota de 610,00m (seiscentos e dez metros) de altitude e de até a cota 650,00m (seiscentos e cinquenta metros) de altitude mediante aquisigao de aumento na altura de edificagao; Ill — taxa de ocupagdo maxima do terreno igual a 90% (noventa por cento), observado o disposto na Lei de Edificagdes do Municipio quanto a permeabilidade do lote; IV — a area de permeabilidade de que trata o inciso Ill supra podera ser dispensada, desde que seja empregado dispositivo que comprovadamente assegure a infitragao da contribuigao pluvial no solo; \V = fica dispensado o recuo do alinhamento predial e das divisas laterais e de fundo do lote até a altura de 4 (quatro) pavimentos, devendo a partir do 5.° (quinto) pavimento serem respeitados os recuos das divisas laterais e de fundo estabelecidas para a zona a que pertence o lote. 27 > b is eg Zz a x @ = g = a % ESTADO DO PARANA CAPITULO IV DAS DISPOSICOES GERAIS Art. 24, Qualquer alteragao no zoneamento do uso do solo previsto nesta Lei, seja pela criagao, supressao ou alteragao de limites ou natureza de zonas, seja pela criagao, ampliagao ou mudanga de categoria de eixos residenciais ou de comeércio & servigos, somente poderé ser admitida quando tal medida for prévia e concomitantemente aprovada nas seguintes instancias: | -Conselho Municipal de Planejamento e Gestdo Territorial; II = Conferéncia Publica especialmente convocada para tal finalidade. Art. 25. Em todas as zonas urbanas do Municipio deveré ser mantida nos lotes uma Area permeavel minima de 10% (dez por cento) da sua area total, a qual ficara livre de edificagao, da projegao desta ou de avango do subsolo, nao podendo, ainda, receber nenhum tipo de pavimentagao, revestimento impermedvel ou cobertura, exceto revestimentos para piso do tipo “concregrama’, “pisograma” ou “piso drenante”. § 1.° A area permedvel direta do lote devera obedecer as seguintes condig6es: a) deverd estar localizada no rés-do-chdo quando a edificagéo nao contar com subsolo; b) deverd estar localizada a 1,50m (um metro e cinquenta centimetros) acima do piso do ultimo pavimento de garagem situado em subsolo; ¢) 50% (cinquenta por cento), no minimo, da area permedvel deverao estar contidos em uma area Unica; d) nas zonas e eixos de comércio e servigos onde for exigido recuo frontal das edificagées, exceto na ZE1, 50% (cinquenta por cento) da area permeavel, no minimo, deverao ocupar essa faixa do lote; e) em qualquer area permeavel deverd ser possivel inscrever um circulo com diametro minimo de 2,00 (dois metros); f) quando a area permeavel tiver revestimento em “concregrama” ou 28 $ s Ss § a a S| %_EsTADODO PARANA “pisograma” sua superficie ser considerada em 50% (cinquenta por cento) da area do lote para efeito de calculo da area permedvel minima; g) quando a area permedvel tiver revestimento em “piso drenante” sua superficie podera ser considerada maior que a referida na alinea ‘f’ do presente pardgrafo, desde que mediante laudo de instituto de certificagao atestando a capacidade de percolacao do piso e projeto indicando o tipo de material e os processos empregados na execugao da base de assentamento do piso. § 2.° Nas zonas especiais ZE16 e ZE18 € nos loteamentos fechados na Zona Urbana e na Zona Rural a rea permeavel devera corresponder a, no minimo, 20% (vinte por cento) da superficie total do lote. § 3.° A drea permeavel de que trata o presente artigo podera ser substituida por dispositive de captacao ¢ infiltragao no solo das Aguas pluviais, cuja capacidade de percolacao devera ser, no minimo, igual aquela proporcionada pela area permeavel exigida para a zona a que pertence o lote. § 4 A utilizagao da altemativa de que trata 0 § 3.° do caput dependera de prévia aprovagao de projeto _espectfico por parte da Municipalidade. Art. 26. O direito de construir em lote oriundo de parcelamento aprovado antes da publicagao da presente Lei e localizado na Zona Residencial Cinco — ZR5 -, prevista na Lei Complementar n. 331/1999, obedecera as seguintes condi¢ées: | = nos lotes ja edificados, reconhece-se 0 direito adquirido, porém as edificagdes nao poderao receber ampliagao a partir da vigéncia da presente Lei; II — os lotes mantidos pela loteadora em seu nome e aqueles nao edificados ou nao registrados pelos seus proprietarios serao clasificados como Zona de Protegéo Ambiental Um — ZP1 - e considerados nao edificaveis; Ill = 0 proprietario de lote enquadrado na condigao referida no inciso Il do caput podera beneficiar-se da transferéncia de potencial construtivo, calculada em até 35% (trinta e cinco por cento) da sua area total, desde que faga a doagao do mesmo para 0 Municipio. Art. 27. Sao consideradas atividades especiais, para efeito da aplicagéo da presente Lei aquelas desenvolvidas nas seguintes categorias de edificagdes: 29 % = a £ % &§ g - 5 g S a , 2 & esrapoporarans &, |- estabelecimentos de ensino; ll - edificios assistenciais de satide e de interesse da satide; Ill -teatros, cinemas, auditérios, templos religiosos e locais de reuniéo; IV = postos de abastecimento de veiculos, servicos de lavagem, lubrificagao e reparos: normas do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado do Parana. § 1.° As edificagbes referidas no caput deverao obedecer aos parametros de uso e ocupagao do solo estabelecidos nos Anexos | ¢ Il desta Lei e as exigéncias do Cédigo de Prevengao de Incéndios do Corpo de Bombeiros do Estado do Parana, das normas da Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria — ANVISA e dos demais 6rgaos federais e estaduais competentes. § 2.° No caso de divergéncia entre os parametros de uso e ocupagao do solo desta Lei e as normas dos demais érgdos publicos, em relagéo a um mesmo assunto, prevalecerd o pardmetro mais restritivo entre eles § 3.° Os postos de combustiveis, servigos de lavagem, lubrificagao e reparos obedecerdo as seguintes exigéncias: | — somente poderao ser instalados em terrenos de esquina, tendo frente de 40,00m (quarenta metros) e area de 1.200,00m? (um mil e duzentos metros quadrados); Il — recuo de 2,00m (dois metros) das divisas, dispensado no caso de escritério; Ill — os boxes de lavagem, pulverizagéo e lubrificagéo nos postos de combustiveis ou lava-jato obedecerao aos seguintes requisitos minimos: a) recuo frontal minimo de 8,00m (oito metros); b) recuos laterais e de fundo de 5,00m (cinco metros); ©) poderao ser dispensados os recuos a que se refere a alinea “b” deste inciso quando os boxes forem instalados em recintos cobertos e ventilados, contendo paredes de vedagao nas divisas em toda a altura do recinto. 30 b z, % 2 . 2 ESTADO DOPARANA 3, Art. 28. As guaritas de seguranga, nas edificagdes residenciais, comerciais ou industriais, poderao ser construidas na area destinada ao recuo frontal obrigatério, obedecidas as seguintes condigses: 1-0 escoamento das aguas pluviais sera efetuado exclusivamente para dentro dos limites do lote; ll - a projegdo dos beirais devera ficar dentro dos limites do lote; Ill - a rea construlda maxima permitida seré de 9,00m? (nove metros quadrados), com largura maxima de 2,00m (dois metros) no alinhamento predial; IV - existéncia de instalagdes sanitarias internas privativas. Art. 29. A localizagao no lote, dimensionamento e caracteristicas construtivas das centrais de gas liquefeito de petréleo - GLP - deverdo obedecer as normas e recomendagées pertinentes do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado do Parana, bem como as normas NBR 13523 e NBR 14024. § 1.° Nos edificios comerciais e de habitagao coletiva serd obrigatéria a instalagao de tanques de armazenamento de gas, localizados no pavimento térreo. § 2.° Nos edificios residenciais com mais de 100 (cem) unidades de moradia, cujo licenciamento depende de Relatério de Impacto de Vizinhanca previamente aprovado, ser obrigatéria a previséo de uma vaga de estacionamento para caminhdes de abastecimento de gas, no pavimento térreo e com acesso direto para © logradouro, dimensionada de acordo com as normas pertinentes em vigor. § 3.° Independentemente do numero de unidades de moradia de qualquer edificio residencial, o reabastecimento da central de gas do edificio devera ser feito em hordrio nao comercial nos dias uteis. Art. 30, Serao consideradas reas nao computaveis para caleulo do coeficiente de aproveitamento: | - 100% (cem por cento) da area de recreacao e lazer, a exemplo de salao de festas, sala de jogos, sala de ginastica, churrasqueira, piscina e instalagées afins, desde que de uso comum; |1- 100% (cem por cento) da area de estacionamento de veiculos em subsolo;

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