se082015 Joaquim Barbosa a luz das étcas ullitarstae deontoligica| Artigas JusBrasil
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16 de agosto de 2015
Joaquim Barbosa a luz das éticas utilitarista e
deontoldgica
Publicado por Vitor Gugiinski - 1 ano atrés
Embora nao seja de percepgao comum, os episédios envolvendo o destempero do min. Joaquim Barbosa
desafiam uma analise sobre os dois tipos de ética debatidas pelo professor Michael Sandel, da
Universidade de Harvard (EUA).
Ha quem diga que 0 Min. Joaquim Barbosa cometeu, inclusive, improbidade administrativa, ferindo a ética
dos juizes. Pois bem, ha algum tempo Sandel, vem debatendo os dilemas humanos sob 0 prisma da
ética, apontando haver dois tipos de ética:
() a ética utilitarista;
(ii) a ética deontolégica
A ética utilitarista pode ser resumida na maxima de que os fins justificam os meios. O utilitarismo foi
pioneiramente sistematizada pelo fildsofo inglés Jeremy Bentham, segundo o qual toda agao humana
deve ser avaliada conforme sua capacidade de promover o bem-estar. & a ética do custo x beneficio.
De sua sorte, a ética deontolégica tem carater descritivo/prescritivo; prega a ética absoluta, fundada na
maxima de que, se esté etrado agir de determinado modo, pouco importa se a ago seré benéfica; sendo
a ago eticamente equivocada, 0 correto é no agir, pois estard errada de qualquer modo. E a ética do
dever ser.
Seja como for, os estudiosos afirmam nao haver uma “ética certa” a ser seguida,
Houve improbidade, falta de ética, falta de educago, o Min. Barbosa é grosseiro? Talvez tenha havido
improbidade, e, sim, ndo hé duvidas de que o ministro seja tacanho, grosseiro etc.
Contudo, a simpatia dos brasileiros pelo ministro tem muito a ver com a ética aqui praticada (a ética
utiltarista). Daf, é de se indagar se a "improbidade administrativa’ do Min. Joaquim Barbosa nao seria
preferivel as milhares de improbidades que diariamente so cometidas e afetam a todos os brasileiros.
Repita-se, considerando-se a ética utilitarista, é de se indagar se ao menos a improbidade e a falta de
ética do eminente ministro, paradoxalmente, objetivam levar o Brasil a um patamar mais elevado em
termos de moralidade.
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Sera que a polidez, a educagao, a fineza, a diplomacia nao estéo cedendo a um ideal maior?
Embora aqui ndo se esteja defendendo a grosseria, a falta de educagao, a auséncia de diplomacia, de
urbanidade etc., em meio a tantos ataques langados contra o ministro pelos defensores da mais absoluta
finesse, € algo a se refletr.
Vitor Guglinski
Advogado. Especialista em Direito do Consumidor
Advogado, Pés-graduado com especializagao em Direito do Consumidor, Membro do
Instituto Brasileiro de Politica ¢ Direito do Consumidor (BRASILCON). Ex-assessor
juridico da 2* Vara Civel de Juiz de Fora (MG). Autor colaborador dos principais
periddicos juridicos especializados do pais.
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