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DESCOMPLICANDO A VENTILAGAO MECANICA Prof. Rodrigo Queiroz “A tarefa nao é tanto ver o que ninguém viu ainda, mas pensar 0 que ninguém pensou sobre algo que todos véem”. Arthur Schopenhauer - filésofo alemdo (1788-1860). Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuneional blogspot.com Material didatico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgio, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. Prefacio ou um Predificil Com os avangos na rea da sate, houve uma dréstica mudanga no perfil epidemioligico dos pacientes que nds assistimos. Cada vez sto mais complexos os casos, nijo falo isso somente no ambiente hospitalar ndio, mas em todos os niveis de atengdo. Comumente os pacientes sio descarregados da UTIs para as enfermarias ainda necessitando de suporte ventilatério, hemodindmico, monitorizago multiparamétrica, ete. Mas sera que os setores que nao lidam com tecnologia de ponta esto preparados para tal? ‘Tem pessoal treinado? Tem pessoal suficiente? O certo & que precisamos de uma linguagem mais clara para aproximar a tecnologia daqueles que realmente cuidam... Na minha rotina vejo pacientes em ventilagdo mecdnica profongada onde os proprios acompanhantes que ajustam a FIO2 ¢ a presséio de suporte! Sera porque isso acontece? Ja pensou se 0 odontélogo fosse reponsdvel por prescrever ¢ executar a escovagdo dos dentes, de todos os seus pacientes? Assim é 0 caso da aspirago e mesmo de algusns ajustes no aparelho de ventilagdo meciinica. Seré que estamos evohuindo para pensar neste sentido? O certo é que sera impossivel (ou melhor ja é!) manter estes procedimentos centrados entre uma ou outra disciplinas da area da sade. Pense répido, quantos pacientes temos ventilados na emergéncia agora? Quantos na UTI? Quantos nas enférmarias? Quantos desses jd poderiam estar em casa e estio internados esperando por uma infeccZo, acentuagdo da fiaqueza adquirida, ulcera de pressZo, depressao, delirium...” Sera que nio precisamos melhorar nosso treinamento em sade? Que bixo é esse? Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz wuwmobilidadefuncional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. Cada capitulo serd desenvolvido no sentido de favorecer o entendimento seja voe’ um kiigo ou um “PHD” na drea. Como tudo na vida, vamos comegar do comeco. A definigio de ventilago mecinica aqui no Brasil, ests no maior documento, ou pelo menos 0 mais citado, mais referenciado, que é 0 III_consenso de Ventilagio Mecanica da Associagao de Medicina Intensiva (AMIB): A ventilagdo mecdnica é um método de suporte de vida em que um aparelho movimenta gases para dentro dos pulmdes, promovendo oxigenasao e ventilagao (CARVALHO et al, 2007). Obviamente que precisamos aproximar/situar mais o leitor agora, pois caso contrério ‘vocé estaria lendo o III Consenso, no é verdade? Brincadeiras a parte, perceba que dentro do conceito mencionado, temos uma bomba que movimenta um gas ¢ promove ventilagao e oxigenagio, Vamos li, pense nestes t6pivos que destaquei em negrito, vamos conversar um pouco sobre eles agora, Entendendo a ventilagao sem ajuda de aparelhos Em nosso dia 4 dia nem lembramos que estamos respirando, Mas antes de entrar no assunto vamos entender a diferenga entre respiragio © ventiago, Respiragdo tem uma conotagao rotineira de inalar e exalr o ar dos pulmdes, porém cientificamente 0 termo respiragdo envolve aspectos fisiolégicos também a nivel celular. Entio, para 0 ato de renovagdo do Gas dos nossos pulmées, a nomeclatura mais correta seria ventilaco, ventilar, ventiado... Mas como iamos conversando, nem kembramos que estamos ventilando, j& um cliché nos cursos da drea, (- Vocé, antes dessa passagem, estava ventilando e nem se deu conta). Talvez agora vocé esteja percebendo isso enquanto 1é este que vos escreve. Pense que vocé agora esta voluntariamente movimentando uma massa de Gas para dentro do seu peito, e isso voce pode fazer voluntariamente, ou seja, como esta fazendo agora (Fala a verdade, vocé acabou de puxar o ar fundo e perceber que estava ventilando...) Antes de puxar o ar fundo (voluntariamente), voc estava, de maneira involuntéria, ventilando do mesmo modo. Sao area cerebrais diferentes que so capazes de controlar um mesmo processo, O controle voluntirio & mediado pelo cértex e o involuntario por regides especializadas do tronco cerebral localizadas no bulbo e da ponte (centro respiratitio), © centro respiratério é dotado de sensores capazes de identificar alteragSes ma Pressiio Parcial de Diéxido de Carbono (Paco2) € no PH sanguineo, Aim desse sensor central, existem outros localizados na aorta e carétidas. Resumindo, sistema nervoso central (SNC) comanda uma bomba capaz de moviemntar uma massa de gas para dentro e para fora de nosso peito. Uma bomba de ventilagdo que no é mecdnica, no ¢ artificial, ¢ isiolbgica, natural e & muscular. Observem a figura 1, tem um resuminho do que discutimos sobre 0 processo de ventilago até agora, Quando puxamos o ar (impirago) seja volmtariamente ou involuntariamente, foi porque o SNC mandou, ai os musculos se contrairam (principalmente 0 diafagma) aumentou o espago dentro da caixa tordcica. Onde tem mais espago tem menos pressdo (gradiente de press4o), logo o ar do ambiente tende a se deslocar (fhuxo) para dentro do peito, mais especicamente para os alvéolos (ventilgdo alveolar). Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz vow mpbilidadefuncional blogspot.com Material didatico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgao. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. INTRODUGAO Repercussao Muscular Esquelética bole TIT cy Pressérico TURNOVERDO GAS ALVEOLAR 02 ———+ co2 Fluxo Qa (WEST, 2002) Figura 1. Introdugdo a biotisica da ventilagao alveolar Agora, quando paramos de inspirar, ou seja, o misculo para de contrair ¢ comega a relaxar, 0 espago comega a dimimur, ¢ como ele esté cheio de ar, a presio no interior do pulmo esté maior, logo ar tende a sair. Fiz um video, nio esti to profissional assim, porém permite um melhor entendimento desta arate inicial. Eisioterapia respiratria biofisica da respiracdo - video aula Entrando 02 (oxigenagiio) e saindo CO2 (ventilasao) Como estudamos desde as nossas séries iniciais, o ar ambiente ¢ rico em 02 (oxigénio), assim, durante a inspiragiio levamos uma grande quantidade deste gis para dentro dos alvéolos. Também fisiologia basica, os alveolos s4o envotos por capilares que contém contetido sanguineo pobre em oxigénio, logo, a pressio deste gis é maior nos alvéolos, Por diferenga de pressiio, o oxigénio adentra no capilar ¢ & bombeado até as eéhilas. Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www. mobilidadefuncionaL blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocss. EnTenDenbo um PouauINHoO malis.. um Continuo CICLO, QUe Deve ser PreservabDo a TODO CuSTO. Por diferenga de concentragio 0 oxigénio que chegou até o alvéolo passa para 0 capilar pulmonar, 0 diéxido de carbono (CO2) sai do capilar para o alvéolo, Num continuo ciclo, que deve ser preservado todo custo. Observem na figura abaixo como a quantidade de oxigénio & maio dentro do alvéok, isso gera uma presso do gis em diego ao capilar. Figuza2 - Exempliicando o mecanismo de difisio de gases Como surge 0 CO2 As ceinlas liberam CO2 (didxido de carbono ou gis carbénico) na corrente sanguinea, que é um subprobuto (lixo) do seu metabolismo. NAD 2anesaP Nae, ane Fermentagao ‘Alcodlica ©, (enon) (enon, sm bg. com Figura 3 - Representagio da reagées durante o metabolismo delular. Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz wuwmobilidadefuncional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocss. Esse proceso ocome continuamente, ¢ a ventilagao pulmonar é 0 proceso que controle a quantidade deste gis de maneira ideal dentro do organism. Isso ¢ bem basiquinho. Caso tenha interesse, seguem mais algumas linha sé para clarear um pouco mais 0 processo. Acho que vale apena, caso contrario, pule para 0 quadro azul e boal eitura. Continuar lendo ou pular para o Quadro azul A fermentagio alcoolica ou glicdlise & um processo biokgico no qual acticares, entre eles a glicose, so convertidos em energia celular. Essa fase € denominada anaerdbia pois no necesita da presenga de oxigénio. Nesta fase temos 0 didxido de carbono como um dos residuos metabélicos. Essa reagdo apresentada & mediada por enzimas livres no citosol, na qual a glicose & oxidada produzindo duas mokculas de pirwvato, duas mokculas de ATP e dois equivakentes reduzidos de NADH", que serdo introduzidos na cadeia respiratoria. ENTeNDeNDO UM POUQUINHO mais... REGULAGAO Da VenTILacao aLveotar. PrenDa O ar.. E SINTa! ‘Um grupo disperso de neurénios localizados no bulbo (Centro Respiratorio — CR) fica inativo durante alguns segundos apés a expiragdo, isso varia de pessoa para pessoa 0 disparo do CR é ocasionado pelo excesso de gis carbinico ¢ de ions hidrogenio que causam um efeito direto excitatério neuronal Ocorre entio uma siibita e automética descarga elétrica que faz a musculatura inspiratéria se contrair, acarretando um aumento do didmetro toricico, fazendo cair rapidamente a pressdo intra-pulmonar (ponto de inflexdo inferior da figura 4), gerando um influxo de gas para os afvéolos (0 diafragma é responsével por até 60 % dessa atividade). 0 oxigénio ndo exerce efeito direto significativo sobre 0 CR, Pelo contrério, atua quase exclusivamente sobre as quimiorreceptores da carétida ¢ aorta transmitindo sinais neuronais adequando ao centro respiratério para o controle da ventilasdo. Como tem mais CO2. dentro dos capilares do que no alvéolo, 0 CO2 passa para 0 alvéolo e é climinado durante a expirago. Essa renovaco do gis alveolar entrando e saindo 02 e CO2 é chamada de ventilagao alveolar! Entendendo a ventilagao com ajuda de aparelhos Mas essa bomba muscular, entremeada por aspectos humorais pode falhar. Imagine uma pessoa que tenha sua fingdo cerebral alterada. Bebeu, sem capacete, caiu de moto e Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuncional blogspot.com Material didético Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. pumm, bateu a cabega, Owum vaso ¢ obstruido, ou rompido ¢ 0 tecido é cerebral ¢ lesado. ‘Ou mesmo durante uma cirurgia, onde € preciso sedar o paciente, Lembre-se 0 SNC controls a ventilagdo, se ele ndo estiver legal ela no vai ocorrer de forma satisfatéria, Diversas so as causas de dificuldade ventilatéria que podem evoluir para a necessidade de instituigdo de meios artificiais que sejam capazes de promover a oxigenagio & a ventilagdo do paciente, ou seja, entrada de 02 e saida de CO2. InDIca¢ées comuns De vo... cerramente estarao presentes em seu bia a Dia Prorisionau * Reanimagio devido 4 parada cardiorrespiratéria © Hipoventilacao e apnéia * Insuficiéncia respiratéria devido a doenca pulmonar intrinseca e hipoxemia * Faléncia mecénica do aparelho respiratorio © Fraqueza muscular / Doencas neuromusculares / Paralisia * Comando respiratério instavel (trauma craniano, acidente vascular cerebral, intoxicacao exdgena e abuso de drogas). * revencao de complicacées respiratérias * Restabelecimento no pés-operatério de cirurgia de abdome superior, tordcica de grande porte, deformidade toracica, obesidade mérbida * Parede tordcica instdvel. * Redugao do trabalho muscular respiratério e fadiga muscular ‘Vamos fazer uma pequena correlagio com os Grificos Em geral os autores deixam esta parte por iikimo, comegam explicando os modos, parimetros, porém, vou pedir licenga postica, Lembre-se, temos que controlar a saida e entrada de gases (CO2 e 02), e muitas vezes este ajuste deve ser fino. Entio temos que compreender as informagSes que transmitidas pela Méquina, Imagine uma linha reta, acima dela a pressio ¢ alta, abaixo dela a pressdo tende a diminuir gradualmente, Como falamos anteriormente, quando estamos ventilando e puxamos 0 ar (inspiramos), existe um disparo neuronal que excita a nossa musculatura, principalmente o diafiagma, Uma vez excitado o diafiagma se contrai e desce, aumentando o espago dentro da caixa toracica. Com © aumento do espago ocome uma queda de presso. Agora, se 0 sistema respiratorio estiver conectado 4 um sensor que seja capaz de expressar isso graficamente, o que voc8 acha que aconteceria com a linha reta que nos falamos antes? Vamos pensar’??? ‘Num ciclo espontineo de um paciente em ventilagao mecdnica a primeira fase ocorre Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuncional blogspot.com Material didstico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. justamente isso que voc® acabou de desvendar, 0 grafico vai para baixo! A pressio 6 CO2 + 6 H20 + 36 ATP Acidemia e acidose’ Pesquisem, estudem mais sobre isso! Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz vow mpbildadefuncional blogspot.com Material didatico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgao. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 10 Ventilando o paciente ‘O que é? Consiste em um método de suporte ventilatério (total ou parcial) para o tratamento de pacientes com insuficitneia respiratéria aguda ou crdnica agudizada. Para que serve? 1. Manutengdo das trocas gasosas - corregao da hipoxemia ¢ da acidose respiratéria associada & hipereapnia, Aliviar o trabalho da musculatura respirat6ria Reverter ou evilar a fidiga da musculatura respiratéria Diminuir 0 consumo de oxigénio Reduzir o desconforto respiratério Permit a aplicagdo de terapCuticas especifieas. Pra eN Como se faz? Através da utlizagao de aparethos (ventiladores mecanicos) que, devido a geragiio de um gradiente de pressdo, intermitentemente, insuflam as vias respiratérias com volumes de ar (volume corrente - VT). Utilise uma prétese introduzida na via aérea, isto é, um tubo oro ou nasotraqueal (menos comum) ou uma cénula de traqueostomia. 2. Ventilagio mecdnica nao invasiva. Utiliza-se uma miseara (pronga nasal em neo-pediatria) como interface entre o paciente & © ventilador artificial, © interessante € que o paciente pode estar entregue (chamados de ciclos controlados) participando (ciclos assistidos) ou a maquina sé oférece uma ajudinha, como se fosse um pezinho para subir num muro — como (ciclos espontineos), Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz vow pbilidadefuncional blogspot.com Material didatico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgao, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 1 Entendendo mais um pouquinho: Ajustando 0 equipamento. © volume de ar é entio enviado pela maquina (fase inspiratéria). Apés o fim da fase inspiratéria a maquina para de enviar volume de gis ¢ abre a vilvula para a saida passiva de at dos pulmbes — seria uma forma de recuo elistico (fise expiratoria) ‘Neste ar, podemos controlar a: ~ Concentragiio de oxigénio (FIO:) necessdria para obter-se uma taxa arterial de nio (pressio parcial de oxigénio no sangue arterial- PaO.) adequada - Controla-se ainda, a velocidade com que 0 ar sera administrado (fluxo inspiratério - ). - © nimero de ciclos respiratérios que os pacientes realizam em um minuto (Geqiiéncia respiratéria - = Tempo da fase inspiratéria (TI). ~ Volume de ar que deve ser administrado (VT — volume corrente) ou a pressio mixima a ser atingida (PT). - Controlamos também qual deve ser a presstio que deve permanecer nos pulmies apés o fim da fase expiratéria (PEEP), Avangando mais um pouquinho, Logicamente que nao é tio simples assim, akim de existitem outros controks, temos que kembrar da uma relacio fisica imposta ai o recipiente que ird receber 0 volume de gis é 0 pulmo de uma pessoa. Assim, no podemos esquecer que os tecidos so vivos (epitélio brénquico, alveolar, capilares...), elisticos, e que ofereceriio resisténcia. Alguns célculos sao importantes, como: 1. O volume ideal de gas a ser administrado — volume corrente 2. Resisténcia 3. Complacéncia Quando esté indicada Em situagdes de urgéncia, especialmente quando o risco de vida néio permite boa avaliagdo da fingdo respiratéria, a impressdo clinica é 0 ponto mais importante na indicagdo de VM, auxiliada por alguns pardmetros de laboratério, Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuneional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. ADMITINDO UM PACIENTE EM VENTILAGAO MECANICA Vocé sabe realmente indicar? INSUFICIENCIA RESPIRATORIA AGUDA (OU CRONICA AGUDIZADA. Problemas cHOQLE TCE+AVE PO VENTILAGAO RAPIDA ESUPERFICIAL Perfil do pacientes internados na UTI do HGPY sob uso de suporte ventilatério invasivo.* 12 PERIODO DE ANALISE 11/08/10 a 10/09/10 55, 5% homens, com idade média de 57,4 anos (Méx 92 / Min 19 anos). Diagnéstico principal 44% AVE Modo mais utiizado: PCV 55%, PSV 44% Sinais clinicos mais evidenciados na ficha médica da emergéncia: Redugiio do NC (27%), Aumento do WOB (38%). *Dados parciais do livro de registro de atendimentos do Estigio Supervisionado em Fisioterapia — Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB. Obs 1. Critérios mais freqiientemente utilizados Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuneional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgao. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 13 NC, WOB, CIANOSE FRe Pao2 P/F Obs 2. Oxigenagio tecidual - CHOQUE A.concentragio de hemoghbina (Hb), o débito cardiaco (DC), 0 contetido arterial de oxigénio (Ca02) ¢ as variagdes do pH sangiifneo Obs 3. Faléncia mecanica do aparelho respiratorio - TCEPAVE ~ Fraqueza muscular / Doengas neuromusculares / Paralisia; & ~ Comando respiratério instivel (trauma craniano, acidente vascular cerebral, intoxicago exégena ¢ abuso de drogas). Obs 4. Prevengdo de complicagdes respiratérias - PO — Restabelecimento no pés-operatério de cirurgia de abdome superior, tordcica de grande porte, deformidade tordcica, obesidade mérbida; e — Parede toracica instavel Obs 5. Redugdo do trabalho muscular respiratorio e fadiga muscular. VENTILAGAO RAPIDA/SUPERFICIAL ”ARAMETRAGEM BASICA DO VENTILADOR MODO Mais comumente admitimos em PCV. PARAMETROS PROGRAMAVEIS 1° PL (p/ VC = 8mlikg) 2° PEEP 3°FR 4°11 5° FIO2 6° SENSIBILIDADE PARAMETROS APRESENTADOS reve 2° FRa 3°1E Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuneional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 14 PARAMETRAGEM VENTILATORIA PARAMETROS PROGRAMAVEIS O AMBU substitui a VM, nio precisa pressa, nem grito!! Lembre-se do DODO (Desobstrucio, oxigenagao, dectibito, oximetria) -MODO 1.PCV 2. PSV sempre que o paciente estiver interagindo, c/ou queremos estinnilar sua participagio, usado ainda como método de desmame. - PRESSAO INSPIRATORIA (PI) Manter expansibilidade e entrada de ar adequada, inicial de 20 a 25 emH20, sendo ajustada para mais ou para menos, mantendo VC adequado, entre 5- 8mlkg, evitando hiperdistensfo, cuidado ao ultrapassar pico de 35 cmh20. - PEEP Adequada para manter oxigenagdo Sio > 90%, Pao2 > 6Ommbg, P/F > 250. Evitando Pressio média maior que 15 cmh20. Iniciando em 5 cmH120, elevando quando necessétio, Sua redugdo deve ser bem discutida, evitando o desreerutamento. Acima de 10 cuidados na aspiragio (répida e evitar desconexao desne sistema fechado, - FREQUENCIA RESPIRATORIA Iniciar de 12 —20 ipm Contgir de acordo coma pco2, ea LE. - SENSIBILIDADE Priorizar fhixo Adequar para evitar esforgo excessivo e nem auto-ciclagem (0,5 — 2V/min) -FIO2 Iniciar com 100% reduzir gradualmente para SPO2 > 90, priorizamdo valores inferiores & 60%. -PS Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuneional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 15 Quando niio desejamos esforgo do paciente, titular para Ve do espontineo igual ao assistido. Ps> 7-10 emH20 para vencer resisténcia do tubo. Avaliar broncoespasme, dieta, febre, agitacio. Hipereapnia permissiva, Normocapnia obrigatéria. Peep Fio2 Ti Avaliar DC, BH, Agitagao, SVO2. CUIDADOS GERAIS COM O PACIENTE EM VENTILAGAO MECANICA © Responsabilidade do Fisioterapeuta Mecénica Terapia de Higiene Bronquica - THB Terapia de Expansdo Pulmonar — TEP Recrutamento Alveolar - RA Desmame da Ventilagdo Mecdnica Treinamento Muscular Ventilatério — TMV. © Responsabilidade da equipe Rigor na avaliagaio das trocas Conforto ventilatério Reduso do consumo de 02. Adequada PCo2 Adequado PH J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):5 54-5 70 Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz wuwmobilidadefuncional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 16 Pritica Vocé deverd se dirigir 4 Unidade de Terapia intensiva, e realizard as etapas solicitadas abaixo, 1. Uso do Jaleco 2. Apenas 3 componentes por vez 3. Higienizago das mos conforme seqiiéncia da ANVISA 4. Uso de hwva de procedimento 5. Preencha os campos abaixo para cada ventikador diferente que estiver em fimcionamento na unidade. ‘Ventilador Modo PI Peep FRp TI Fi02 FRa IB SENS ve ‘Alarme Ppico ‘Alarme apnéia| ‘Alarme FR Ventilador Modo PI Peep FRp TI Fi02 FRa IE SENS VC ‘Alarme Ppico ‘Alarme apnéia ‘Alarme FR Ventilador Modo PI Peep FRp TI Fi02 FRa IE SENS ve ‘Alarme Ppico ‘Alarme apnéia ‘Alarme FR ‘Ventilador Modo PI Peep FRp TI Fi02 FRa 1B SENS ve ‘Alarme Ppico ‘Alarme apnéia| ‘Alarme FR Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz wuwmobilidadefuncional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgao. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 17 Escolha um paciente em ventilagdo mecdnica, Preencha os campos abaixo, e envie para 0 professor Rodrigo Queiroz através do e-mail iofsio@enaileom. Tega um breve comentirio se concorda ou discorda da estratégia ventilatéria implementada, Leto: ) Sinopse do caso (procedéncia, fatores preciptantes da JOT, complicagdes e demais aspectos gerais da HDA\ Diagnéstico principal GlasgowRamsey | RX Data/hora SSVV:FC() FRp/a ( ) PA C_s = —) — Spo2 ( ) PIC ( ) PVC ( ) TCC ) . Tubo |TOT( )TQT( ) Respiratério Carina Fixado(__) Expansibilidade SIMETRICA ( ) DEC ) EDC) Tinterago ‘Ausculta Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz wuwmobilidadefuncional blogspot.com Material didético Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. Secregio DVAs(_) Corado(_) Hemodinimico Pulso radial palpavel ( ) Perfisio < 3s(_) Renal BH() | GASO Data/hora Infeccioso Leuco Bt PH Dectibito > 45° PcO2 Pico =35, HCO32 Cuff plats = 30 PaO2 PIF $a02 Resutado: Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz wuwmobilidadefuncional blogspot.com Material didético Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. ANEXOS Caleular VCideal— Peso ideal Peso ideal = altura ~ 152,4 x 0,91 + (52,5 Homem e 45,5 Mulher) Reprogramar a FiO2 necessaria para uma PaO2 satisfatoria PaQ2 ideal = 109-idade x 0,42 Fi02 ideal = PaQ2 ideal x Fi02 enc /PaO2 ene Relagdo entre a pressao arterial de oxigénio ¢ a fragio inspirada de oxigénio (PaO /Fi0,, Valor Normal (VN) acima de 200), sendo: PaO: pressio arterial de oxigénio; FiO, : fragdo inspirada de oxigénio. Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz wuwmobilidadefuncional blogspot.com 19 Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgao. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. 20 Gradiente alvéolo-arterial de oxig¢nio (GA-a0,), calculado através da seguinte formula: GA-a0,= PAO, - PaO, Sendo: PAO, = pressiio alveolar de oxigénio; PaO, = pressio arterial de oxigénio. A pressio alveolar de oxigénio (PAO,) é calculada pela formula: PAO, = {(PB- PH,O) xFiO,} - PaCO, Sendo: PB = pressdo barométriea; PH,O = pressio de vapor de dg FiO, = fiago inspirada de oxigénio; PaCO, = pressio parcial de CO, no sangue arterial. Valores normais para FiO, de 21%: 10 a 15 mmHg. ‘Valores normais para FiO, de 100%: 10 a 65 mmilg. ‘Shunt pulmonar (valores normais de 3% a 5%), ealeulado através da seguinte formula: Shunt = (CeO, - CaO, (CeO, - CvO,) Sendo: CcO, = contetido capilar de oxigénio; CaO, = conteiido arterial de oxigénio: CvO, = conteiido venoso de oxigénio, contetido capilar de oxigénio é caleulado pela seguinte formula: CeO, = (Hb x1,34) + (PAO, x 0,0031) Sendo: Hb = hemoglobina; PAO, = pressio parcial de oxigénio no alvéolo. A pressio parcial de oxig@nio no alvéolo (PAO,) é calculada pela formula: PAO, = {(PB- PH,O) x Fi0,} - Paco, Sendo: PB = pressfo barométrica; PH,O = pressio de vapor de gua; FiO, = fiago inspirada de oxigénio; PaCO, = pressio parcial de CO, no sangue arterial. contetido arterial de oxig@nio (CaQ,, VN = 17 a 20 mi/dl) foi caleulado pela seguinte formula: CaO, = (1,34 x Hb x Sa0,/100) + (PaO, x 0,0031) Sendo: Hb = hemoglobina; ‘SaO, = saturagiio arterial de oxigénio; PaQ, = pressdio parcial de oxigénio no sangue arterial =12.a 15 mi/d), foi calculado pela O contetido venoso de oxigenio (CvO,, VN seguinte formula: CvO,= (1,34 x Hb x SvO,/100) + (PvO, x 0,0031) Sendo: Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuncional blogspot.com Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgdo, Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces. Hb = hemoglobina; SvO, = saturago venosa de oxigénio; PvO, = pressfio venosa de oxigénio. Diferenga arteriovenosa de oxigénio (DavO,, VN = 4 a 5 mild), DavO,=CaO,-CvO, Material produzido pelo Prof. Rodrigo Queiroz www mobilidadefuncional blogspot.com 21 Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construgao. Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com voces.

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