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Municípios do Rio se unem em protesto

contra a redistribuição dos royalties


Redação SRZD | Estado do Rio | 01/03/2010 09:51

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Com o objetivo de simular como ficaria a situação dos


municípios do Rio caso haja a redistribuição de
royalties proposta por emenda constitucional, as
cidades farão uma manifestação, na próxima quinta-
feira, com o tema "Um dia sem royalties".

A emenda, que será votada no dia 10 de março, visa à


redistribuição dos royalties do petróleo, que
prejudicaria drasticamente a arrecadação dos
municípios do Estado do Rio. A proposta da simulação
é desabilitar, por um dia, os principais serviços essenciais à população e que são mantidos
através dos recursos provenientes dos royalties.

Em Quissamã, por exemplo, com a ausência da arrecadação, vários serviços básicos


simplesmente desapareceriam, causando desemprego e carências em diversos setores. Por
isso, nesta segunda, o prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, irá se reunir com todo o
seu secretariado para traçar ações de combate referentes à manifestação.

No município, a manifestação será na praça da Igreja Matriz, na quinta-feira, às 11h, com a


participação da população. Além de Quissamã, Campos e Macaé também farão ações
semelhantes no mesmo dia.

Para se ter uma ideia, com a redistribuição, o estado como um todo perderia R$ 3,754
bilhões, ou 95% da arrecadação. O conjunto dos municípios do Rio perderiam R$ 3,755
bilhões.

Em reunião com prefeitos integrantes da Organização dos Municípios Produtores de


Petróleo (Ompetro), na semana passada, Armando Carneiro comparou os ganhos que outros
municípios que não participam da produção receberiam. Segundo ele, Belo Horizonte, por
exemplo, município do relator da emenda, Humberto Souto (PPS-MG), passaria de cerca de
três milhões de arrecadação para quase trinta milhões.

"Com isso abre-se a possibilidade de, em ano eleitoral, se fazer uma bela demagogia",
ressaltou ele. Para a presidente da Ompetro e prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, na
votação do dia 10, não há chances de os municípios do Rio ganharem a votação, devido à
desproporção de votos.
"Nós chegamos a entrar com um mandado de segurança para impedir a votação, mas esse
mandado foi derrubado. Agora só temos um caminho: a Justiça. Temos que nos unir para
chamar a atenção da Justiça e do presidente Lula, que tem o poder de veto à emenda. O que
a Ompetro podia fazer juridicamente, já fez", disse ela.

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