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Epcar Mon oO FIUGMA Homem. Tratugso de FFessasvo be Casto Fento | Le Povoioms Porde: La Nate Henaina,pabead ooh 197 pot sions de Seu, 2, Hoe Jacob, Pern Vie — Franca Coneriokt © 1978 by BAltace de Seal Velo um animal menos forte do que alguns, ‘menos agli do que outros, mas, levando Tuas fem consideracto, ORGANIZADO mais vantar Josamente do que todos | (ena de { Enrce Juoetoques Roose 1 Devualade eve ot omens 1 1979 COCECILEUUUEEEMY YEE ee Dieios para a edigio brasiera adquiron por ZAHAR EDITORES (Cute Postal 207. 26-00, Rio de Janeiro sue ke reserva 2 propiedad des veto 0-0-0.6. “Sapiens-Demens” 4 Exa no cnanne cinento comeca com 0 homem de Neaz- Gertal, ja sapiens, que dd lugar, em segulds, ao. homem Staal, nico e ultimo representan‘e da familia ‘os hom hidas edo género homer na torra. Quando o taplons sur. fe, 0 homem Ja 6 sootus, Jaber, loquens.. A novidade que © sapiens trax a0 mundo nao estd, portanto, canforme se hava pensado, na Sociedade, na tecnica, na idgica, na cal tira, Bneontrase, por ours lado, nagilo que até 0 Dre. Sento fora considerado epitenomienal ou ridiewiamente onsiderado indicio de espirituaidade: na sepultura © na. pintura 0 que & Sepultura Dix (Os mais antigos timulos que conhecemos so neanderta Jences' Essas sepulturas indicam-nos bem mals € algo rmuito diferente do que um simples enterro para proveger (vivos da decomposiguo (0 cadaver poderia ser, Dara ‘Sse efeto, abandonado ao longo ou laneado no mar}.-O ‘orto enedntrese numa posigao fetal (o que sugere uma renga mia sua renascengs), por vezes ste dellado sobre {ima cama ce lores, conforme o indicam os vestigios de olen numa sepultura neandertalense descoberta no Tra uo (o que sugere uma cerimonia fnebre); os Oss0s, por ‘eves, estio Pincolados com ocre (0 que sugere um uno. Fal apde consumo canfbelesco, sqja um segundo funeral ands a decomposisio da cadiver); be pedras que prot fem os espojos , mais tarde, armas e alimento keon- Faia HOw Carole (40m aon); & Chaaleass Sasa (46,000. 46.000 ta), Smt hee” mae | WOU RUPE RUE E EE eee EEE KEEL EUULEVCow 12 © Ema no Houme fo morto (0 que sugero a sobrevivéncis do morto E5p forma de espeniro corporal com as mesmas necessh ‘aces dos vivos Sfauilo que a iepultura neandertalense testemunha no ¢ sombnte ma irrupedo da morte na ida humana, ™as fambem modificacsesantropotogicas que. permitiram € [provocarans essa irrupeao, 1, Uma Nova Consciéncia ‘Para comesar, Sncontestavelmente, um progresso do conhecimento ebjetiva, A morte lo 56 é roconhectda Como fato, canforme a reconhocem os animals (que, lm ‘do mais, 4 sho capazes de se “fazerem de mortos” para ‘enganar’o inimigo), 1do € somente sentida como perda, Geeaparecimento, 1sio trrepardvel (coisas que 0 macaco, 6 elefante, 0 of, 0 passero podem sentir), 5 morte tam ‘ein € conoebida como transformacéo de um estado em ‘tro estado. Thiem disso, a morte, provavelmente, j4 & pensada, nko, 6 carta, como Uma “il” da natureza, mas sim come Jum sujeigho quase inevitdvel que pesa sobre todos os vivo. ‘De todos os mods, seja pola presenca dos mortos ou pela presenga ida da morte fora de seu scontecimen- { fimediato, ja te pode detectar no homer de Neandertal lum pensameato que nfo € totalmente investi no ato pre- Sento, 0 qu significa quo se pode detectar a presenga do tempo no seio da conseiénsia. A essociagdo de ums cons: Ciencia do transformagbes, de uma consciéncia de sue ‘es, de uma conselénola do tempo j4 indica no sapiens Semergéncla de um grat mais complexo © de uma nova ‘qualidade do conheotmento consciente. eS ieee et Bo Rinves oecge cuenta ae Einnane i eleweerectrecs: ce eee Eine Saber Set “Samm Dns” 103 2. O Mito € a Magia Juntamente oom a consciéncia realista da transforms fo, a crenga de quo ossa transformagia resulta numa ou ‘is 'vide na qual se mantém a identicade do-transformado (Genascimento ou gobrevivencia do “duplo") indict nos, Gere tacinicio tsrompe na, pereepeao Go real e que © fifo ierompe na visio do mundo. A partir de enti, am bos pessariem a Ser, no mesmo temvo, os produtos’€ os coprodiitores do destino humane. = "do mesmo tempo ea quo © cepultura nos assinals s ‘precenga © & forge do mito, os funerals, na realidade, s8o Bios que contvibuem pare Operar a passage para a Gutra ida de modo convaniene, into €, protegendo os vivos da Emitegio do morto. (de onde, tavez, Ja-0 eulto dos-mor- os) 2 a decomposigho. da morte (do onde, tlvee, ja 0 {ute que isola os parentes do defunto). Asim, € todo un arelho mitolgqaomigico que emerge no sapiens © se fheontra moblimado pare enfrontar a morte. 8. A Brecha Antropolégica ‘Tudo nos indica, portanto, que a consciéacia da, morte ‘que emerge no sopiens ¢ constculda pela interacto de uma Gonselénais objetiva quo reconneces mortalidade ede {uma consciéneia subfetva qua afirma senio a imortalldar ‘Se, polo menos uma tansmariaidade.. Os rifos da morte ‘exprmem, reabsorvam © exoreizam, a0 mesino tempo, um ffrauma que provoca # idols de ablaullamento. Os fune- fale — ¢ ist em todas as sooiedades sopientais eonhec {Gas — ‘raduzem, go mesmo tempo, uma crise © und Ul {Sspesearem dein cris, por tm lado, eiseraptg e ¢ ‘sajustia, por outro lado, a esperanga e'@epnsolagto. Tudo Fos ndi&a, por conseguinte, que o hom sapiens aiingido ‘pele morte como se por una cabistrofe iremedisvel, que fle val lovar em si uma ansiedade-ecpecifica, s angistis fou o horror da morte, qua.a presengs da morte se tors lim probiema vive, isto 6, quo sfeta sua vida, ‘Tudo. nos Indica, igualmente- que eise-homem nao-s6-recusa essa forte, mas também que a rejelte, que-8-vence, GUE a 50- Ielona no mito e na magia (Ora, 0 gue € profundo e fundamental nio é spenas 8 coexistinein dessas dus conscltncas, ¢ si, sus, Uni80 fhurve numa dupia conscléncta; ainda que a combinagso tre casas das consciéncias sofa multD variével segundo 104 (© Esxous v0 Hovast 0s individues @ as sociedades (bem como @ impregacio 88 vida pola mora), nonhuma anula verdadeiramonte a Sutra @ fudo so passa como so 0 homem fossa um sim Iador sincero com respelto a si proprio, um histérico se fudo s antiga detinigeo clinica, transformmando em sto. Bas bistros aque que proven ce sum perurbeqio "Ente a visho objetiva e a visio subjetiva, hé, por- tanto, uma brecha, que a morte abre alé h dlisceragho © Que. enchida cor os maitos'e os tos da cobrevivencla, c todas as religides © flosotias tentariam transpor ou spro Tundar. ‘Ovhomem J4 desassoctava, entio, de fato, sou des tino do destino natural, ainda que estivesse convencido, ha realldade, de que sus sobrevivencia obedece fs leis ner Earals do désdobramenta e da metamerfose. Assn, hd Interferinclas ole, entre uma objetvidade mals rica’ © tune subjetvidade’tembem mais nea, e sso po? ambas ‘corresponderem 8 4, Um Progresso da Individuatidade om tet, ¢ preciso que baie uma forte presenea pessoal para que a individualidade de’ urn tt Wi Junto dos vive, ¢ precio gus ala nena Tigngbes iva e intersubjetivas Para que eles pexmanogam vivos ‘lem da morte € proviso que hala desenvolvimento desse ovo epicentzo que 6 a conscléncia de si proprio No Mur fo para que haja conseloncie ca btecha moral, confiuen ta entre a almmagdo objetiva da-morie-e a alimaqlo ‘Subjetiva da amartlidede individual Assim, a irrupedo da morte, no sapiens, é, a mesmo tempo, a irrupeao de uma verdade ede ura iusto, & irrupeio de uma elucidagto e do malt, a terupgio de uma ‘nsledade e de ume seguranca, a irrupcéo de um conhe Ginunto objetivo de uma nove subjedvidade e, princl Delimente, de sua ligagdo ambigua, ‘Trstess de um novo Sesenvelvimento da individualidade e ca sbertura de ma brecha antropolégis. an, ANTE Reundelalense, Bé $6 mito tempo verte thas totalmente desarmada sntropolosieamente pela ‘Yisio"Unieimensional do homem recionalyconetital Sea “Sura Dawes” 10s formidével revelagfo gue sponta uma lus singulsr para a ‘iferonca entre o sapiens e seus antecessores oma uz per ‘manente para a naturesa do pomem, no sectide em quo One ertmuordindrio de significagtes que desatamos ests liga Go desenvolvimento ultimo do cerebro do hominiga ob propria eoustituigso do cerebro do. sapiens 0 que a Pintura Diz Podemos supor que 0 oere vermelho, no homem de Nean- ‘eral, ao @ usedo unicamonie para pintar as ossadas dos ‘mortes, mas também para efetuar pinfuras no corpo he ‘iano, pare deeeshar simbolos ol sinals em dversos oble- fas. De todos os modos, € certo ql, no magdalesno, a Diniura parietal, a core € a preto de miangants, 6, ds mes Era forma como a gravura na rocha ou no 0580, uma arte ‘muito desenvalvida e que os simolos, os sinais'e gralitos Sio utlizados correntemente. “© Durante muito tempo, lmitemonos a admirer, nesses fendmenos, o aparceimenio da arte, om ver de ler neles 8 segunda hascanga do homer isto 6, nasoanga do homO sapiens. ‘Para comegar, o campo grifico da humanidade pré ‘lstGrice @ muito vacto @ muito varisdo: pele, 680 Vist ‘hos © sinal conrencional, o simbolo mals ou menos ans- Toglco, a figuracio extremamente precisa das formas vivas finalmente, a representagao do seres quiméricos (0a reais. "Nao se trata, pois, de nos interrogermas sobre Juma atte, a pinture, mas sim de tentarmos a gratoogia 0 sapiens. 1, | Num certo sentido, a extbiedo grética constitul 2 guise de um novo modo de expressio © de comunica. te tote’ a5" Messi, “Smit ge eam cars Breese el sae ce EEriins Gere fro Soltge anruptaele daa reuse go one), &) por sue Soe Seach Secale fe clive (omens mara So mene uve ns 106 (© wove vo Hone es ee ee Soe a taal eat tate oe eis a noone rece Mf enrages SS di Semel osteoma, a ee ses ee ee Sl bee obach 2 ana sac ee eace tia: ers ammo er agama co Tor eto ado x, ro ce tation predic, te ote tie seit, rete te ne oe sa, re Bla sve sees aes So eee Se eee Se ha Su tl drt ne eel ae tals Sees ance ee ge a a cpa ne eet en un reaee Manns ara inesme cee anh iG sm ei ce sce te eran cut Snir naar {eeee ee ae ae a Pe eeeceeiaes eee ee ee ee Da Sie els mle Be see see As. contorme 2 sepultura nos revelou, = magis teeters, Bete erase td Spies mone sure 9 noo. a fe a Peter rma eo Pea ore per ed ag pe oad ones tee a a see? seein SE abe Pres ome A existéncia do duplo é atestada pela sombra mével que pt seri ee peter cetera ae toe SS ce See eee imaaes nae a Ses se armen se sea a emer SoS at Seer eee oe *Surmss Dass" 107 ‘ela imagem, rto de invocagio & imagem, rto de posses ‘Sho da imagem (encantamento) ‘Aqui, podemos apreender 0 lo entre a imagem,'o ima indo, & magia, 0 ito "A etologia fa nos Tevelou a existncla de rituals an ‘mais, que s80. sequéncias de comportamento simbélico, {endo Por finalidade desencadear uma Fesposte por penis Ge um receptor exterior. © proprio do ritual magico, no Romo sapiens, cimgirse nlo £6 Gretamente aos serer dos (Gunis espera uma resposta, mas também ds lmogers OU ‘imboios, qu se supbe localizarem nolo, de ceria mancira, (dup ber representado, ‘Para compreender mais profundamente como uma smagern pode far aceseo a existincia como "duplo", € re ‘iso conpreender que-rodo objeto tem, @ partir de entlo, ‘para o sapiens, uma dupla existinia, Por melo da palavra, o sinal, da inserigao- do desenho,esce objeto adqure und ‘eisténcia mental aid mesmo fora de sua presenta Assi, S'linguagem J abriu a porta & magia: desde 0 momento fia que fods qualquer colsetraz imedistamente a0 esp to's palavra que a identifica, esse palavra procs imodie. Eemente a imager mental da'colsa que ela evoca e conto. role presenca, ainda que susente ‘Beste modo, 0 mundo exterior, os geres ¢ os objetos do malo smblenia auguiriram, com 0 homo sapiens, uma Segunda existincia, a exislincia de sus prosenga no expt ip fora da percapgso empiric, sob a forma de imagem ental, semathante & imagem que forms 8 pereepelo, 18 {quo ela nl @ mais do quo esta imagem recordada. A par Ur de entdo, todo sigificanta, incuindo 0 sinal conven: ‘lonal,foré potencialmente em sl a presenca do significado (Gmagem mental) « este poder confundirse com o "vets fente", ito ¢, 0 objeto emiirica designado, Bvidentemente, Sio.0 desenho oa pintura “realista" quo levam & sun per {ele a adequacdo ent 0 significante, um bisto pintado, or exemplo, © imagem mental do bisso recordado 0 Bisko empirico. © mito. do duplo opera a racionalizacto que permite explicar tanto a presenea quanto a auséncta animal na imagem. A parir de eniéo, o ritual bumano assard a consttuir, da mesma forma como o ritual Enimal, um ‘comportamento que tem por fim obter res ostas ‘adequadas do melo ambiente exterior, mas, desta ‘ez, jf nao dletamenta sobre os obfetos e Os seres, mas im Sobre sous duplos, isto, na verdade, sobre as mae TTT TIT 108 (© Ex vo Howe es niyo, ho semua oe sor intone ue ob cee ete Baki See ie eee cs eerie ote eens coum, ches ie Ua oe temo es estes unre pebaoa ta se eames ee comes» comer a pe op eres Pu Toes Bi eerie ns SRN ales eft Ser een tab wat nace Soe aan ae eee ceraes piece Goa meters Sat Se oe Sn Set ee ances Sr i Shen ne ls Se ie ees Gi ae Bee at eee aarp, Sedan Ss BE SoS 8 Mee aca ands iin pw lass gas ets ORL ay meas mela ae Sa tadsr iss Semen fee ieee anne ainsen wen aces mares S cia Shas ote So Bit Sina pte as Ss SRE, Siete Ber eon, on Sect ets Pete a Beta, pas omer wu Seas G Se & Ei eget S See Pa oe ss pe pas fal open ates Seale tas Raa th Tat SoAtrinat ipa covte Seat Staats Saree aan ees Se 2 See ae ie oe cae STi BG Tee eee St eosin a Pees en See Tana Perce as ee 2 SRE ee ee cg Woe Ss Sena GaSe aot eee Sse ied "Bets poaele ator, Bohs cet arated Teas BSOLSCTEN ed anal B de ~Sanexs Desess™ 109 ritologia © magia serio complementares ¢ estar asso- ‘ladas todas os coisas humatts, até mesmo as taais bio logicas (morte, nascimento) Oa as mais tenteas (a care, trabalho); elas vio colonar © morte e arrancdls, do ade ‘4, _Amagia nem por isso esgota a sigticag sntro poligica taaulo que, 2 outro Sspecto, ambam € 8 fe ‘as como aprender esdice? Por ves, el pare conos coma @ frato final éa ultra, que desabrocka Ges ‘chndoSe dis fnaidades migicovetginas, man, ours ‘eses, sures como ume quaicece unitesallgada & Pro Dri cribertncn vido, Gesabrochando tatlo nos fo- Feacimentos veaetais quanto fas carapacas, fas ramagens, ngs adomacr das mas vsnds ee ey ag, ue ver mais, vamos procrar gar —~ © io epor dois ipes de interpreta. Tanto no cpa Bio. Toplee quanto be umpo anifopelonco, € auase ipocsiel Sie to evads ‘usc’ um fnomen ences, Boge ‘Bente, um ll fendmeno ests spre lgedo 0 AR smo. fica, © que significa que formas, sores sons constuem Srpensagens” de chamados sexinr-te_intmidaglo, de aneaga ste. Antropologicamente, semen tem esiado Giuase sempre ligata A, magia e'&religiio, endo sada Sultas'yeses para a Sedugto,o prestigo. # nos desenvot ‘imentos cultdrals mais evolidos que dasabrocha de modo Telatvamante autonomoy ainda qu sempre de toedo i aro‘ fag eststion “pura”, pare © prose das formas, Sis core, de sons, da eazria’ a are pin ale or outro indo énas suas caracterstns radicals que 4 esti cas formas vitan cess te se Cobar Toousir at fungoes eeases, adaplativas e eletives, aparecendo tra Bente h apio nguenropicn da vise, que 6 combinagio, teresting, proliferagio inventive dng forma Asi Sito scan ‘de vice na sua fonts ea ag8o hance da Ci {Sr no seu dessbrocnamenta pocem Jantaren, ‘Mae 9 homam tambem trauma Rove cractristica ‘as eapéiesvegeals ou amas, 0 fenmeno eseico ext {sonita genelieamente e 0 indigo ¢ poriodor ¢ nso pro ator dos desenhes © cores, No sapiens, tratase de ta Produgio tncvidua, de inspranto cobra, exeotada por Eins Zenica una arte. A partir de endo, 0 cerebro hur Thano spodacese de'um novo campo. de competi ©, ‘isin, Je hio S80 apenas a imagem perempgio © a imagem ter rer www www www ww wer ee no © Esra 20 Howse secordagio que se vio disseminar @ tradunie fore, do oé- Tebro nus obras figurativas;¢, sim, uma proliferagio cas dora de imagens que so val manifestar na inventao. do ‘novas formas e de seres fantéstioos, Ao apazecimento Go ‘homer imagindrio, acreseontose indissoluvelments 0 aps Focumento de homém imaginante. ‘A arte, portanto, val aplearse, por um lado, a repro- sium format por outro a brine doivent formas, Esta reprodupio e esta invenedo vio, repetimos, inscrever: ‘se no Embito da magia, da religio e” mais geraimenta, das vidades soca tas ao sisacer um praer «mm ‘emogdo propriamente estéticos. Pousmos supor que 0 homo sapiens prétlstérico co- ime a Darn o priser csi” A pat Go amen en {ue toda ‘e quaiguer coisa tom ume existencia dupa, ue elas objetiva e lizada as operagbes braticas, e outra Sub Jetva mental, le pode, endo, sala dissocia, seja com: binar, por um lado o aspecto ullitaro © pratico dae colsas Spo out © sntimenio aradaye Gua uns formas podem suscitar, Mas isso tambem $6 ¢ possi 0 e's juvenilizagio humane se ter tradusido, no adlto, pela ‘conservagdo de una sensibiidade infantil e Nive, oar samento © o enriquecimento de sun afetividade. Bese clrrumento e eso eiriatecimentosftivos-vio tradurirse, igusimente, om sensibildade 80 fora des for ‘mas reais ot imagindrlas, isto ¢, em sensibidade ete Hon — "A sonsibilidade ts formas visuals ulrapaisa ample- mente © campo propriamente arietice da pintars, Go de: seth @ da escultura, estendendo-se também As formas ‘turns; @‘sensibiidade estllca, em si, utrepases empia Biante 0 campo das formas visuals ¢ abrose sos aromas os perfumes, us formas sonores (tmos, iisica, cer!=) 3 expressio corporal (danga). Os chimpanads, os seus “camavais", [é tinham Sredescoberto 0 ritmo € & ance, ‘endo provdvel que o canto, a misica e a cance tenhaty ‘do sua origem, ‘mas sim vordadelramente sa destbro- chamento e realizagdo no homo sapiens ‘Aqu, podemos tenlar considerar, etravés da ininita fiversidaie de suas manitestagies, 0 canter comum G0 {enémeno esttico. Saja contemplativa, sea eva, seja I ‘ila imagem, soja trancbordando das imagens, seja Te ferindo-se exclusivamente ao eérebro, saia pondo em acho todo o organismo (danca), a estética € uma Telaglo que "Seems Devers" m 2 estabelece entro 0 ser humano e ume certa com de formas. Aqui, podemos, por anslogia e talver no's ‘Por analogis, propor 0 tere ressondacla, no sentido, co (gue ele designa um fenomeno pelo qual un sisterna fisico fem sibragies pode atingir uma amplitude muito grande, quando vibragio extiiadora se sproxima de wea tre Gitnota natural desso sistema. A sensiblidede estetca Sem duvida, uma aptidio para entrar em ressosiancia, emt ‘harmania”, em sincronia com sons, aromas, formas, ine fens, cores, produidos em profusbo no 6 pelo universe, ‘ag lamba. 4 ent, pelo homo saplens. Aa, vollamos 4 ocontrar © grande misterio que liga ine feigho face fundamentat propria a todos os sistemas wivos (0 caraice osellatrio dos sistemas metastévels), sté mesmo a haste 82a ondulatria da physis, aqullo que existe de mais aut: ante “vibratério” no cerebro do. sapiens. f, portant, ssn sensibilidade, cujas fontes sio fisioas © neguenttopt (as, que a cultura val, a partir de entio e 20 mesmo tengoy, equintar e atrofiar, estendar a todos ou limilat # seag brivilogiados. ‘Mas nés podemes, pelo menos, aprecnier ue a estetica se desenvalve subitamente altm'de asa fale Dioldgica © passa a ser um cariter fundamental de sensi, Dilidade e da arte do homo sapiens 8. Assim, da mesma forma como sucede no caso a Sepultura, uma primeira interrogasio dos sinais © negens Dreéhistéricos revelanos uma aglutinagso de significass ntropolégicas te fundamentals ¢ 8 grefolo fia desses sinals farnos deseguar, bem sem Go proprio fendmeno grifico, na natureea original do homo sapiens ‘Assim como no easo da sepultura, vemnos a realzagis 2.9 cumprimento, num nivel superior, das sptidses dase. wolvidas "pela ‘hominizacto, também’ vemos, ao mst tempo, surgitem os elemenios de un universo antropors ico com a5 emergéncias magioas, miticas, risnin ete ‘leas, BURR TRER EEE dS m (0 Bau 20 HoMa A lerapgio do Erro ‘Aqullo que, n0 sapiens, se torma subitamente crucial é a ‘eerie e's amibigisdide da relagio entre 0 cérebro © 0 ‘Polo arblenie, Bata inceress vem, primetramente da Te Fressto. Gos. programas genélces’ nos comporiamentes ‘emnanos e da progrestio das aplldes euisioas,estraté eas" (competdacies), pars resolver os problemas. de co- Shecimento'e de deotso, & preciso, entio,inerpretar as ensigns ambiguas quo cheyam ao cérebro e redszic 8 eons por melo de operagoes emplricoleeas. © pre io enfrentar e oposigao das solugies para tim mesmo problema ou a oponigso dos comportamentos tendo em ‘ine a mesma finaldade. © precio opiar,escolher, acid. Neste sentido, 2 prépria agio que permite fexbiidade ¢ nvemtva implica 0 isco de erros eo homo sapiens 6 con denado 20 metodo chamado, precisamente, “de tentativas Ge crear, ate mesmo e sobretudo s for fel a0 metodo ‘empircolteo "Gra lem do mais, « 20na de incerteca entre o cére ‘roe mcio ambiente também 6 a zone de incereca entre 1 subjetividade e a objetividade, entre o imaginario © 0 Seale sun fend esta aberta, mantida pela brech antro- igjen da morte © pela arrcbentagio do imeginério a Riusivas. Z noses aons que se desencoern 0 milo © Tnapin, € nessa sons que cieuam fantasras e fantasies, Zhe paisa o sina a Tepreseniagio se impéetn com & (Madneia da Cola, que o Tito pede s resposla de tm 20 Siptorinterlosstor Soagindrio, B pelo flo de haver ea Srecha, (qu, conform veremos, também est aberta) cue O'veino do sapiens corresponde’ a um aumento macigo dO frre no seo do sistema ovo. © homo sapiens invention & {ister o ensbordamenta €o telverso fantastico na via ‘Ge vighla as extraorindvias velagdas que se tecer entre ‘umaginrio ea percepeto do Fea, tudo aqull que, como ‘Yeremos, consti a font das “verdades ontolggios €o Tepiens e, 20 mesmo tempo, a fonte de inimeros eros. idis "amplamente, mais protindarments, 6 incertexs das Telapdes entre 0 melo ambiente e 0 explo, entre o ind ‘Siduo e'0 objeto, entroo Teal © 0 Smaginario (insilndo @ Incersra sobre s iaureta de cada tum) € @ fone perma: Henle dos erros supleniain O erro grass na relaga0. dO [aplens corto tio eblento, na mia Telag8o consi DC “SemeDaees" Po Ho, com outrem, na relagto de grupo com grupo’ 6 Sociedade com sociedad Sec ee TNio se trata, aqul, de nos colocarmos num ponto ée vista voltariano crn que a inorivel prolieracto Gas erencas hhumanas-no espaco e no tempo aparece como uma lament ‘vel scumutaguo de rres. Nao se trata de Tedusir a ero © malio ou religito cujas rain se situam squem © aes fo erro e da verdace. Hecusamornos a considerar erro tudo ‘quo que no dependa do approbatur do sibio rations, dlgenpinco modemo, Srocuaremos vies ontlogar 8 hnogio de erro quo sd faz sentido em telagies sistemas ‘nformacionas dadas e A qual volaremos mals adiania E'nosse incapacidade de manter umm ponto de vista onto Idgico ¢ universal de Verdade far om due‘ més propeion ‘no possamos escapar ao eardter incerta @errutico da aver fara’ seplental. Mas’ pretendemos, por isso. mesmo {edn por nossa prUpria incerta revel a valdads cstabeleido recentemente, 0 iso e.a0-I6 frimas nes sto coisas inaias CEIbLEibestelde, 1070, ¢ no Prelo). ‘Tratase de Une carectarstica.profunda, const ‘tiiva a natures humana, sobre @ qual es cultiras bor tra Su Geran sues, seo frais tere coe Seguldo anlar suas es antropologicas prmesres io saberemes dizer se 0 S010, 0 7is0 OW as lagrimas fmerpiram antes do sapiens, mas proprio 20 homo sapiens Elprovavelmente, a intensidade e © mslablidade que & le: hla e a tristexs causam. Rises e dgrimas sto eolados vio fEnos eonmsvon. expands) ruptras abalone ce resto, encontramss e permutamse: Tree aié‘hs lagrimas 0 choro pote tratsformarse em sos. “dementes 4A ctiange sapiens exprime o que nenhuma outra crianga de qualquer especie viva armais exprimiu com tants inten. Sidade: uma fraquera, um desespero surpreendente’ nos seus berrelros e un contentamento incrivel no espermea? {ele de snus ermbros. Fste Srufniente do derespero Verrante 20 rlso beato. O sapiens acklto. pode Ser ca delta sun ligrimay Ge conter soa isi ma 8 inte o iso © das lagrimas, nel, continua existindo e é ‘Precso colocar esta caracerstica’em relagho com outras Gcructeristicss.poleoatetivas de caruter eruptivo sing OOO R RRR RUS Fed UHHH KEK EEE eedddY m4 (© Ewa 90 Hose Jarmente esquecidas na, antropologia raclonalistica do homo sapiens; sua sptidio, por ula lado, para 0 prazer, 4 embriaguez, 0 €xtase; por Outro lado: a ralva, @ Turia, © eat, ° ‘Primetramente, embora hejs, neste aspecto, variagées sndividuats muito grandes, talver éioieas, 9 ongasiao €, 20 ‘sapiens, mulio mais violesto; convusivo, do” que eats OS ‘Primatas em gera a mulher, o contrario das femeas ate Fropoldes, conhooe um prazet muito profando © espasmo. aie ‘0 prazer que © sepiens procura, nio s6 no orgasmo, ‘mas em todos es carmpos, nio poe reduzirse co estado Go satistaqao, isto €, 4 realizagio do um deseo, de anuls- fo de urna tensto. Bie tambem existe, am do simples ‘raze, em estados de exaltagio de todo'0 ser, que chegam 2 aleahcar o limite da eatalepsin ou da eplepsia. Nas so- Giedades arcaleas, tal como nts sociedades lustricas, por ‘melo das ervas e/ou do dlcool, da danga e/ou do to, €0 Drofano e/ou do sagrado, ha Busta, espera de estados de fembriaguez, de paroxismo, de éxtase que, pOr ve2es, Dat fecem uni a desordem excrema no. espesno ous con ‘fulsto e a ordem suprema na plenitude de uma integragio com 0 outro, a comumidade, o'universo. Bests estados par Socem expurgar as ansiedaies, transformar as violencia fem brineadelras e em alogras, as alegrias em Gelrios © om beatitudes, Essos estadoe caracteristcos, precdris, i. ‘etios, aleatériose, contudo, fundamentals slo vividos pelo Sapiens como seus estados’ctimos ou supremos. NAO se trata, agul, de elucidar tes fendmects, mas sim de reco. ihecerihes a importancia, desdennads pela antropologia {tradicional Muito raros sto aqueles que, como Georges ‘Bataille (1949) e Roger Calllols (1950), vam que a "cor ‘sumagdo", a vertigem, 0 excesso.solicitavam um lugar ‘central na cléncia do homem. Multo raros suo agueles que fefletiam sobre o carater sismico do prazer humano. To. Gavia, plo seria possvel conesber Uma anteopologia fun ‘damenfal que no desse sea lugar festa, a Ganga, a0 TIs0, |S convulsoes, ao prazer, & embriaguer, 20 éxtase ‘Quando reunimos todas eszas eavacteristicas, que tém todas, por certo, uma origem hominidea e até mesmo Dr ‘aética, mas que, no homem de grande cerebro, se dia ‘am, so intensficam, convergem, concorrem, vemos Det fetamente que aquilo que caracteriza 0 sapiens ndo é uma edugio da afeividade em Deneficio da inteligineta, mas, “Serene Denes” ns 40 contnirio, uma verdadeira erupeio psicoafetiva e até © aparecimento da hibris, ito ¢ 0 descorediment, tico Ti Seezomodimento'ambésh sera ete Ho sap as fur, do asatsinio, da desirugio. & parte de ‘Netndertal, mutipicamse ind‘los, nao somato de asses silos, mas fembam de massacres'e carnifcins. Podece Suor qUe o erescimento demognafco da especie; amatipi Gaido Os contatos asim, as soncoréncis ¢ rvaidates tte grupos, multicou, por isso mesmo, as ocasbes Ge confltes, de combates, A capa, por oulze indo, eau as Stmas que ‘permitem a guerre e que dio amore, Mas {mien devemos ver nas primetras earmiicinas ‘neander tales ¢ nas qu so copula se torariam alors 9 joe ¢ 8 manifestagao ae um controle mal assogurade da agressividade, bem como de uta hibris que 86 dasmnce esrla bas tas, nos Gtles, nos delste: © homo sapiens {em muito mais Yendéncis a se incinar parm’ © excesso ‘Ge seus anteassorese asim, sou reinaco Comeapones ‘sim transbordamento do onirlamo, do eres, da alec, ade, da violencia © oniriemo, entre os prithtas. ania ermiansce circunscrito no sono: profes, no homens, 208 ormas de fantasias, do imagindsto, da imaeinacio. O eros, entre os primatas, permanece circunserito a0 perioue a zo e ektravasa pouco para o campo aa somusidade, ‘ade, no homem, todas as estagbes do an, 1ouas te Peres o corpo, as fantasia, iriga até mesmo as tas Sub ‘es aividades intelecbuas, A wolenea, Coeuncerita nes Snimais, 4 defesa 9 & procagio alimeatat, desancadea se 4a homiem, fora de necesiiage A aftttad ane ot ‘Brimatas e, principalmente, entre os & , forsee rofuse, mas € ao homem quo sia toma um carter ora, tivo, instvel, intense, desordensdo, A Irupsio da Desordem © reinado do sapiens correspond a uma maciga introduc dda desordem ‘no mundo. © sonho notumo do home je 9 diferencia daquele dos gnimais pelo sell cardter desor Sensdo, Jouvet. (no prelo) ™mostrashos que os sonhos dos gstos slo extrememente estersatipados e so reprodusemn 6s grandes esquemas gencticos da espécie (SMe de sonhos de predagio sobre pequenos animals, 10% de sonhos de efesa contra inimigos poderosos, 10% de sonhos alimen: fares). O-sonho lnumang, se bem’ que polarizado e oer. ‘ edddddd BHsbsaaaeaeE eesa SEODDEDIETD 16 (0 ras no Hove tado por obsessSes permancntes, prolifera de modo exp mhoso io "Aldon do mais, todas as fontes de desregramento i assinaladas (regressio dos programas genéticos, ambigi Gade eatre real e imagindrio, proieragbes fantasticas, ins. {olidade psleosfetiva, ubris consiituem, por si mesmas, {ontes permancntes do desordens. ‘A odor estd na culture, na sociedade. E, por corto, 1 desprogramagio genctica esta ligeda & dospropramacks Sectocultural, 20 sistema de normas ede inerdites, As {ogres Go organieacao da sociedad, que repress ® decor. ‘Gem ¢ the saber dar Tepouso, expectalmente nos dis de {esta bas, logo que eatramos'na ‘era das sociedades iat" {vets isto 6 2 ora aii, sim, assistimas a0 de- Senadeamento da hibris © da desotdems, dos entagonisms {nteros, das lutas polo poder, dos cOaflitos extariores, das. dosirulgés, suplicios, chacinas, exterminagéos, a tal onto que 9 "ruldo e firs” consituer uma caractoris. {ea primordial da historia humana. Assim, as desordens.historicas surgem, a0 mesmo tempo, come expres o 9 reaulado de una desordem ‘eplentel origindriaContrarlamaente h ofenga corrente, Ba ‘menos. desordem na natures do que na fumanidade ‘ ordem natural € dominada muito fortemente pela No. ‘ncostasia, a vegulacdo, a programagio, # 8 ordem humana (quo oo desenvolve so o pigmo da desordem, “Sapiens-Demens” ‘Surge, entio, a faco do homem escondido pelo conceito tranatilizader » emolieio do sapiens. Tratace de tm ser ide uma afetividade imense e instdvel, que soft, H, chor, ‘um ser ansiogo ¢ angustiado, um ser gouador, embriagado, ‘etatico, violento, furioso, amante, um ser invadido pelo Smagindrio, um sor que sdnnece a morve e nao pode acre ‘tar ola, im ser que segrega o mito e a magia um ser pos- ‘sudo palos espinitos © pelos deuses, umn ser que se all ‘enta de iusdes e do quimerss, um_ser-subjetvo cujss| Felagées com o raundo objetivo so sempre incertes, um er submcido a0 erro, 20 dovanolo, um ser hibrico* que prods a desordem. como chamamos ioveura A can % Wesggano sornda ante «eee bytris, decameinen oe Sy “Swans Dace” uw funslo da dusto; do desoomedimento, da instaildade, Jeariera entre real © tmaginario, dx confusto entre soe Jetivo © objetivo, do erro, Ga desosdean, somes Cheque fee 9 oma splene ctzo homo demens © poder ter goontecido gue o tema evidente da toute humana, tema de meditagao don Cicsofose tt Buldade, dos sabios do. Onentes dos postas de teen ss Bates, dos moralstes claston, de Macalgns as Seecoh Holst Se ena volcan, do tm acoag et Fea'do humanism, justfcads tha jeatcsumneate oe tee quista‘do mundo polo grands” sapiens, mas taints Spinto dos antrepologas? O rasionalsing namanine ee {Slonta'e expira na etsologia do Lucien Levy Bruni oe olelay, devolver As ‘origens, como debilcase tastes Gclirio do sapiens: 0 henstmologins, admurendes ae ye Silo, #'matevhows sabodoria do Morne areaico, Que laneet a loucura sobre o nomen comamporines: see ‘como lm ilsertvel deviado, quando, anal, Gis © ‘tro ttm sua sapicin sun dena ‘Todo © qualquer animal dotado desis taras deren ciais, teria, Sem duvies, edo eliminate’ inpatosseiaes Dela 'selosio darwinana. Fare 0 bologismns Po sateen Bsmo, ¢inconcobivel @ie um animal que omsegne ae de Sit tres go preervb embrace, que pice ae ‘olerrando fous mors, eatiindo Hog assess ecorando, to mal ajustado no sel Telaconamene ey © melo anibiene © consigo propo, ene podica nie ea ‘llpticogao’ dos erroe e's proses orton, lenge’ de fren sido desvantojnas pare 0 homer sepier, <2tlo, a0 coniréro, gadas a seus prodigiosos desenvotet 7, Aida dopa ox ent a ee His ie. ote Sere a GS SRE Be # ost 2, A scaleracio 0 a complexitiongSo téenioas $6 com ‘slderdveis deste © magdsleano; amos aqui, como indi 18 (© Exo 20 Hose cagio, uma extrapolagio de LeroiGourhan: "Se tivésse S385 Continutdo © estar na presenca do una humanidace Moseplente, teriamos posite prever 0 ponto de emer Gincia da cia tdonica do magdsleano depois da, nossa Sire nao dez mil anos antes” (LerarGourhan, 1964, p, 195) 3. 0 desenvolvimento de um pensemento empiric: -lowiee, um desdabramenta multo ampio das aplisces ine jectuals para a organlzacio, 0 conhecimento, @ invenséo, a eriagéo. ‘6. A-constituigio de uma sociedade mais complexa do quo a paleossociedade, apia a vir © ser uma unidade no Scio de ‘um conjunto social tals amplo e, mais tarde, a Sonsttuigao Ge grandes socledades, Estados e cidades. Somos, por conseguinte, chamados a procurar slguma tigugio eonsubstancial entre 9 homo faber e o homem mito. {igco; entre o pensamento cbjetivotéenicologico-empirica 2b pensamenta,subjetivofantdstico miticomagion; entre Socem raclonal,apio a0 controle de si proprio, a duvidar, Qverificar, a construit, 2 organlzar, « realizar ou seabar {to achiase) e, por outro lado, o homem irraciona, incons- Gente de st pidprio, incontrolado, inacabado, destruidor fiuminado por quiméres, temerario; entre, enfim, « expan. ‘do conqustadora do sapiens,» socledade cada’ ver mais ‘Somplosa, ©, Dor out lado, & prolileracto das desordens og elirios, “js nao se pode mais tmputar desordens ¢ erros &s in ssuiciénclas ingéntss, a5 ncompetenelas ca. humanidade Slintiva, que seviain reduriaae progressivemente ela Elder polidada e pela verdade clvilzada. O processo ¢, fa verdade, att hoje, imerso. Ja no so pode opor substan Gmente, abstratamente, Taso e loucura, Precisamos, 20 Eontrario, sobrepor ao rosto sério, trabathsdor, splicaco Go homo sapiens 0 rosto ao mesmo tempo diverso © den: tico do homo demens. O homem ¢ loucosiblo. A verdad= ‘humana comporta o er70: A order humana comporta a de Sordem, rates, entdo, de perguntar se os progressos da Somplecidade, dé invengdo, da Inteligencia, da sociedad se seallearim apesar, com ou por causa da desordem, d0 er70, fo fantsstica, Ee responderemos, 20 mesmo tempo, Por ‘Sausa de com e apesar de, com a resposia cera 86 podendo Ser complexa e contraaiioria, A Hipereomplexidade 1 fine par tower aor te sored mom expit® Rom AQUI, VAMOS TENTAR DEMONSTEAR que a eriatividade, @ ork ginalidede, 5 emintncia do’ homo sapiens ttm mesma fonte que'o desregramento, 0 devaneto e a desordem do Thomo ‘demens e que tudo tem origem no prodigioso si ‘mento de complexidade gue nos Zot dado pelo cerebro de 1500 cm’, 10 bases de heurdnios e 10% sinapses, Ordem-Desordem ee Ziclonal dos sistemas vvos, aie podem ser ‘chamados de enone ates mene me se Se uhgen see ee ian: ace atlas cas emarencns © eee ame cine anan eae HESS iced pls steers ae aac Sees cect eee read sta, my eo we eearhe wegen See fo-meciniea das forcaa segundo o& fsquemas prefaces de orgenisigio—O. “rule

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