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2.1 INTRODUÇÃO
Os revestimentos para paramentos exteriores de paredes devem proteger o tosco da parede das
acções dos diversos agentes agressivos, resistindo eles próprios a esses agentes, contribuir para
a estanquidade à água da parede, conferir à parede características aceitáveis de planeza,
verticalidade e regularidade superficial e proporcionar à parede ao efeito decorativo pretendido,
mantendo-se limpos ou pelo menos tornem fácil a sua limpeza.
Para isso deverão satisfazer as exigências funcionais relativas a revestimentos de paredes.
As exigências funcionais dos revestimentos de parede são indissociáveis das exigências
funcionais das paredes, pois as funções atribuíveis ao conjunto tosco da parede-revestimento
podem ser exercidas com maior ou menor contributo de cada um desses componentes.
Há, no entanto, funções que competem em exclusivo, ou quase, a apenas um desses
componentes. É o caso, por exemplo, das exigências de estabilidade, de resistência estrutural, de
conforto higrométrico ou de conforto acústico, cuja satisfação em situações correntes competirá
praticamente em exclusivo ao tosco das paredes. Por outro lado, a satisfação das exigências de
segurança no contacto, de aspecto, de regularidade superficial, de conforto visual, de conforto
táctil é, no caso geral, de exclusiva responsabilidade dos revestimentos de paredes.
É no entanto, o conjunto tosco da parede-revestimento, que deverá satisfazer as exigências de
segurança contra riscos de incêndio, de estanquidade à água, de resistência aos choques, de
resistência à água, de durabilidade, etc.
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REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DE PAREDES CAP. 2 - 1/42
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A maior dimensão dos elementos considerados de reduzidas dimensões não ultrapassa 1 metro
e a relação entre as duas dimensões faciais é inferior a três. Estes elementos são em geral de
barro vermelho, madeira, fibrocimento, betão e pedra natural ou artificial.
A menor dimensão dos elementos em forma de lâminas é quase sempre inferior a 0,30 m. Há
lâminas de madeira, aço, alumínio ou plástico.
A menor dimensão facial dos elementos considerados de grandes dimensões é superior a
1metro. É o que acontece com as placas de fibrocimento de plástico e metálicas.
A durabilidade dos revestimentos por elementos descontínuos deve ser comparável à da própria
parede; essa durabilidade deve ser atingida não só pelos elementos de revestimento, mas
também pelas fixações. Estas devem ser bem tratadas contra a corrosão ou qualquer outro
processo de deterioração pois, por não serem acessíveis, não podem ser submetidas a
manutenção periódica.
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REVESTIMENTOS PARA PARAMENTOS EXTERIORES DE PAREDES CAP. 2 - 2/42
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2.2.1.2 Revestimentos independentes por elementos descontínuos de placas de pedras
naturais
As placas de pedra são geralmente de forma rectangular, embora possam apresentar outras
formas, como por exemplo, os soletos de ardósia, tradicionais na nossa arquitectura autóctone,
em forma de escama.
A escolha de determinado tipo de pedra deve ser condicionada, para além das razões estéticas,
pelo estudo da localização do revestimento no imóvel e da situação do imóvel no contexto
geográfico, e pela determinação das características físicas da rocha e sua resposta às diversas
solicitações.
Relativamente à situação do revestimento no imóvel deverá ser tido em conta, entre outros
factores, os seguintes condicionantes: inclinação do revestimento relativamente à vertical,
existência ou não de saliências próximas que intensifiquem escorrências, localização do
revestimento em zonas especialmente sujeitas a choques, ou a acções horizontais, como
embasamentos, cunhais, orientação e exposição solar, exposição a ventos fortes dominantes, etc.
Pedras muito porosas são desaconselhadas em zonas em que facilmente se acumulem lixos e
poeiras, pedras muito frágeis são desaconselhadas em locais sujeitos facilmente a choques.
Em referência à localização do imóvel no contexto geográfico deve-se atender ao seguinte:
situação ou não em envolvente fortemente urbana (entenda-se poluída); clima dominante,
temperatura, pluviosidade, regime de ventos, regimes de gelo e degelo; proximidade de
elementos fortemente poluidores.
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As características das pedras que mais facilmente e fortemente condicionaram a sua
durabilidade e qualidade de envelhecimento são a capilaridade, a resistência ao gelo e a sua
resistência mecânica.
As pedras utilizadas usualmente em revestimentos exteriores são fundamentalmente os granitos,
os mármores, os calcários, os xistos e os basaltos.
O acabamento superficial das placas de pedra pode ser de diversos tipos, consoante a natureza
da pedra, a utilização futura e necessariamente considerações estéticas. Assim poderemos ter
pedras com acabamento bruto, obtido pela fendilhação da rocha, acabamento serrado, obtido
pelo corte da pedra, ou com acabamentos tratados, como o amaciado, o polido, o bujardado ou o
flamejado.
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pedra, e pela distância ao ponto de suporte, pelo que se tenta, no compromisso possível entre
efeito estético, resistência à flexão e ao choque, economia, conforto e segurança do conjunto,
conseguir a menor espessura, quer da pedra, quer da camada intermédia.
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estabelece um quadro de compatibilidades entre diversos tipos de suportes, e de fixações, com e
sem sub-camada isolante (Quadro 1).
Processo de Fixação
Blocos de betão de
agregados correntes ou (3) não (3) não SIM (4)
leves
Estabelece ainda condições limites para a utilização de fixação por agrafos e pontos de
argamassa, designadamente no que refere à altura do edifício, (edifícios de altura não superior a
28 metros), às dimensões da placa, (placas com um máximo de 1 m2 de área em que a maior
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dimensão não poderá exceder o 1,40 m) e ao afastamento das placas ao suporte ( distância entre
o tardoz da placa e o suporte compreendida entre 20 mm e 50 mm). Estas restrições são ainda
aplicáveis ao sistema de fixação por gatos, desde que o conjunto das placas funcione de forma
única, quer pelo emprego de materiais não deformáveis nas juntas das placas, quer pela
utilização de gatos rígidos ou colocação de pontos de argamassa conjuntamente com os gatos.
Figura 2 – Agrafos aplicados em topos verticais das placas de pedra e chumbados com
argamassa na parede
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Nos sistemas de fixação directa ao suporte são usualmente utilizada 4 fixações por placa, duas
fixações de suspensão e duas fixações de posicionamento.
No topo horizontal inferior são colocadas as fixações de suspensão, e nas zonas superiores dos
topos laterais são aplicadas as fixações de posicionamento.
Quando se utilizam grampos ou gatos com fixação mecânica ao suporte, as cavilhas devem ser o
mesmo material que os gatos ou agrafos, para evitar a corrosão.
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Figura 10 – Pormenor da colmatagem do estilete do gato nos furos de fixação das placas
LEGENDA
A - Fixações de Posicionamento
B - Fixações de Suspensão
a - ¼ c a 1/5 c
b - ¼ d a 1/5 d
Dimensionamento de agrafos
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- Dimensões planimétricas
As placas correntemente usadas no revestimento de paredes são de forma rectangular, com uma
área média de 0,30 m2, isto é, a colocação de cerca de 3 placas por m2 de superfície de parede. A
relação entre as duas dimensões não deverá exceder uma proporção de 1 para 3 .
2.2.2.7 Materiais dos agrafos
Os agrafos não deverão reagir nem com as argamassas, nem com o ambiente atmosférico pelo
que deverão ser executados num dos materiais seguintes:
- Cobre, com ¼ de dureza;
- Latão ( liga cobre-zinco) 60/40
- Aço inoxidável
- Bronze
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Contudo, nunca deverão ser impedimento à fácil recondução ao exterior da agua infiltrada pelas
juntas das placas, pelo que os "pontos" de argamassa contínuos não são aceitáveis.
Deverão ser tomados os cuidados necessários para que não ocorram escorrências de argamassas
para o interior da lâmina de ar.
2.2.2.9 Fixações
Na fixação das placas deverá ser atendido o seguinte:
Uma placa nunca deverá ser colocada sobre dois suportes diferentes, isto é, ser submetida a
esforços pelo comportamento diferencial dos dois suportes:
As fixações podem ser por chumbadouro ou por sistema de fixação mecânica.
Os orifícios para o chumbadouro dos agrafos deverão ser executados em condições tais que
garantam a aderência e a solidarização entre o suporte e os pontos de argamassa. Deverá ser tida
em atenção a densidade da armadura para que a localização e a execução do orifício não
impliquem diminuição da capacidade resistente do suporte.
No caso da fixação mecânica os materiais das cavilhas e dos agrafos deverão ser de natureza
semelhante, não podendo existir a possibilidade de corrosão por electrólise entre os dois.
Na colocação das placas próximo das zonas de cunhais deverão ser utilizados orifícios ou
fixações orientadas segundo o plano bissector do diedro formado pelas duas paredes, ou
paralelas a este, para que não se assista ao descolamento de parte da parede.
Os orifícios deverão ter profundidade mínima de 6 cm, para permitir uma ancoragem mínima de
5 cm do agrafo.
O chumbadouro dos agrafos deverá ser feito com argamassa de cimento com uma dosagem de
400 Kg de cimento, isto á, argamassa ao traço 1:2 ou 1:3, ou em alternativa com argamassa
bastarda, dom uma parte de cimento, para uma parte de cal, para 5 a 6 partes de areia.
Os inertes deverão estar limpos de poeiras
Os agrafos deverão ser fixos às placas através de orifícios executados nestas, com um mínimo
de 30 mm de profundidade, o que permite uma fixação mínima do agrafo de 25 mm, ficando
livres 5 mm para variações térmicas ou outros esforços dos agrafos. Deverão ter um diâmetro
superior em 1 cm ao diâmetro dos agrafos. O eixo dos orifícios deverá encontrar-se sobre o eixo
da espessura da placa.
Estes orifícios deverão ser executados, sempre que possível na oficina do marmorista.
No caso de peças junto a cunhais, e onde não é possível aplicar os agrafos normais, colocam-se
agrafos em cotovelo, ocultos sob a placa de pedra.
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2.2.3 EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS DE PEDRA NATURAL
1- Marcação dos locais onde serão executados os chumbadouros dos agrafos à parede e os
pontos de argamassa.
2- Abertura dos furos na parede. Os furos para chumbadouro deverão ter no mínimo 60 mm de
profundidade, de modo a permitir uma penetração do agrafo de pelo menos 50 mm, e 40 mm de
diâmetro, para que se efectua uma verdadeira solidarização do agrafo ao suporte.
3- Limpeza e humedecimento dos furos para melhor aderência das argamassas
4- Preenchimento dos furos com argamassa e execução simultânea dos pontos de argamassa. A
argamassa deverá ser do traço volumétrico 1 : 2 a 3 (cimento Portland : areia) ou 0,5:0,5: 2 a 3
(cimento Portland : cal apagada em pó: areia), devendo a areia estar limpa e apresentar
granulometria entre 0,08 mm e 2 ou 3 mm.
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Figura 15 - Pormenor da fixação dos agrafos e dos pontos de argamassa - Junta elástica
5- As placas deverão ser perfuradas nos seus topos para colocação dos agrafos. Os furos deverão
exceder em cerca de 5 mm o comprimento do agrafo e diâmetro ser superior em 1 mm o
diâmetro do agrafo. O espaço entre os agrafos devera ser preenchido por um mastique elástico
que absorva os movimentos relativos do revestimento e do suporte.
6- Colocação das placas no local, encostando-as ao suporte, de modo a inserir os agrafos,
previamente fixados às placas, no interior dos chumbadouros e de encontro aos pontos de
argamassa. Os pontos de argamassa deverão embeber completamente os agrafos, ficando, após a
compressão com um diâmetro de aproximadamente 100 mm. As placas devem ser previamente
humedecidas para aumento de aderência aos pontos de argamassa.
7- Alinhamento e aprumo das placas, com recurso a cunhas de madeira ou PVC que serão
introduzidas nas juntas horizontais e verticais entre placas.
8- Após a presa dos chumbadouros e dos pontos de argamassa, serão retiradas todas as cunhas.
9- Preenchimento das juntas entre as placas, se for desejado.
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- Gatos Chumbados
1- Marcação dos locais onde serão executados os chumbadouros dos gatos à parede
2- Abertura dos furos na parede. Os furos para chumbadouro deverão ter no mínimo 60 mm de
profundidade, de modo a permitir uma penetração do gato de pelo menos 50 mm, e 40 mm de
diâmetro, para que se efectua uma verdadeira solidarização do gato ao suporte.
3- Limpeza e humedecimento dos furos para melhor aderência das argamassas
4- Preenchimento dos furos com argamassa. A argamassa deverá ser do traço volumétrico 1 : 2
a 3 (cimento Portland : areia) ou 0,5:0,5: 2 a 3 (cimento Portland : cal apagada em pó: areia),
devendo a areia estar limpa e apresentar granulometria entre 0,08 mm e 2 ou 3 mm.
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5- As placas deverão ser perfuradas nos seus topos para colocação dos gatos. Os furos deverão
ser cilíndricos, ter profundidade superior em 5 mm ao comprimento do estilete (com um mínimo
de 30 mm) e diâmetro superior em 1 mm ao diâmetro do estilete.
6- Colocação das placas no local, encostando-as ao suporte, de modo a inserir os gatos,
previamente fixados às placas, no interior dos chumbadouros.
7- Alinhamento e aprumo das placas, com recurso a cunhas de madeira ou PVC que serão
introduzidas nas juntas horizontais e verticais entre placas.
8- Após a presa dos chumbadouros serão retiradas todas as cunhas.
9- Preenchimento das juntas entre as placas, se for desejado.
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Idêntico à fixação por gatos chumbados. O sistema de fixação mecânica deverá ser testado
previamente.
Existem no mercado várias marcas que comercializam diversos tipos de suportes de fixação, que
estão homologados por Organismos Nacionais e Internacionais.
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A armadura deve comportar uma folha de papel na sua face interior, para reter o revestimento
no momento em que ele é aplicado, evitando que atinja a parede.
Estes revestimentos não devem ser aplicados em superfícies horizontais, ou pouco inclinadas,
expostas à acção da chuva. Devem ser interrompidos pelo menos a 10 cm do solo e ficar com os
seus bordos inferior e superior protegidos com perfis adequados.
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estanquidade no caso de evolução (limitada) da largura ou extensão das fissuras. São aplicados
em mais de que uma demão, em demãos cruzadas para melhor cobertura do suporte. Entre as
duas primeiras demãos é incorporada uma armadura de rede de fibra de vidro, resistente aos
álcalis. A espessura total do revestimento depois de seco deve ser da ordem dos 0,7 mm.
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Se o revestimento for menos rico em ligante, as tensões instaladas nunca chegam a atingir níveis
elevados porque a fissuração ocorre cedo e dissipa as tensões. As fissuras são finas, embora
pouco espaçadas entre si, e em geral não atravessam toda a espessura do revestimento.
O que se referiu sobre a aderência do revestimento ao suporte é também válido para a aderência
das diversas camadas do revestimento entre si; o que foi referido para o revestimento deve ser
entendido como sendo também aplicável a cada camada do revestimento.
Cada camada do revestimento deve, portanto ser menos rica em ligante do que a camada
subjacente para que não a deteriore por retracção e para que seja cada vez menor a tendência
para a fissuração – regra de degressividade do teor em ligante.
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Camada de base – à camada de base competirá garantir a planeza, verticalidade e regularidade
superficial dos paramentos e fornecer o principal contributo para a impermeabilização das
paredes. das paredes. Para ser impermeável deve ser homogénea, compacta e tanto quanto
possível, não fissurável.
A espessura desta camada será praticamente uniforme, estará compreendida entre 10 mm e 15
mm. Em nenhum ponto pode ser inferior a 8 mm.
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desenvolvido para evitar transferências de calor para um exterior frio, também funciona
adequadamente para evitar transferências de calor a partir de um exterior demasiado quente,
sendo ao fim e ao cabo um isolamento, isto é, uma barreira às transferências de calor.
Neste sistema, o reboco acaba por desempenhar também um papel estrutural pois, ao contrário
da aplicação tradicional, assenta sobre uma superfície com baixa compacidade e elástica.
Daí que tenha de ter a tenacidade suficiente para proteger o isolamento contra as acções do
exterior, assegurando a estanquidade do paramento. Para assumir este papel, o reboco tem de ter
boa aderência ao isolamento, tem de ser hidrofugo e tem de estar armado, pois é a armadura que
lhe vai conferir a resistência e assegurar a integridade do sistema. Refira-se que a espessura
normal deste reboco se encontra entre os 5 e 7 mm, de modo a diminuir as tensões originadas
pela retracção plástica das argamassas.
O isolamento exterior das paredes é a melhor forma de manter a temperatura a níveis adequados
e impede, indirectamente, a condensação de vapor nas paredes devido a temperaturas demasiado
baixas.A aplicação do material isolante pelo exterior da parede consegue menores amplitudes
térmicas na parede e consequentemente uma menor deterioração do material que a constitui e
ainda uma maior massa de acumulação térmica interior.
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Outro aspecto importante é que a caixa-de-ar das paredes tradicionais não impedem a formação
de pontes térmicas (superfícies nas quais se formam condensações de vapores) como também
reduzem a massa de acumulação térmica interior, o que já não se verifica com a aplicação de
material isolante pelo exterior (Fig.24).
Fig. 24 - Comparação da parede dupla com a parede simples isolada pelo exterior
Os edifícios também estão sujeitos a perdas térmicas para o terreno, ainda que de forma
diferente das que se efectuam para o meio atmosférico: porque no terreno as amplitudes
térmicas são menores, as perdas térmicas também o são, mas, em contrapartida, são mais
constantes (dia e noite).
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Por isso, a utilização de isolante térmico na estrutura do edifício e em todo o seu perímetro
enterrado no solo é vantajosa, particularmente se o terreno é muito húmido (factor que origina
uma elevada condutibilidade térmica do solo).
Os compartimentos subterrâneos, como as caves, quando devidamente isoladas, não precisam
praticamente de aquecimento. Por exemplo, na Fig.26 pode-se observar a diferença de
temperatura de uma cave sem (A) e com isolamento (B).
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Há vários sistemas de isolamento térmico pelo exterior:
Estas diversas técnicas de isolamento térmico pelo exterior podem classificar-se em dois
grandes grupos:
Na Tabela 1 apresenta-se uma comparação das características dos dois grupos de sistemas de
isolamento térmico pelo exterior.
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Tabela 1 – Comparação de características dos sistemas de isolamento térmico pelo exterior com
ou sem lâmina de ar
As placas do isolamento deverão ter ranhuras na face a revestir a fim de melhorar a aderência do
revestimento.
A armadura do revestimento, em geral de aço galvanizado, deverá ter ligações pontuais de
natureza mecânica ao suporte –cavilhas ou grampos.
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Figura 29 - Solução corrente de sistema de isolamento térmico pelo exterior de fachadas por
revestimento delgado sobre isolante
Para se dar início à aplicação do isolamento térmico pelo exterior é preciso que as paredes
estejam alinhadas com as vigas e pilares. A aplicação das placas de poliestireno expandido auto
extinguível pode-se fazer directamente sobre o tijolo, vigas e pilares sem que estes tenham sido
rebocados. As fases da aplicação são:
- colagem das placas de poliestireno expandido auto extinguível às paredes;
- fixação mecânica das placas (fig. 30);
- colocação de cola-reboco por cima das juntas das placas e das fixações mecânicas;
- espalhar a primeira demão da camada de base juntamente com a rede de fibra de vidro;
- espalhar a segunda demão da camada de base;
- aplicar o revestimento (acabamento) (Fig 31)
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Acabamento constituído por pequenos grãos de mármore, de uma ou mais cores, ligados por
resinas especiais
Acabamento tipo "raiado" com quartzo e acabamento do tipo "areado" também com quartzo.
Figura 31 - Exemplos de acabamentos
Estes sistemas exigem um número considerável de acessórios para a sua protecção, para a
execução das ligações com outros elementos das construções e para a resolução das soluções de
continuidade. As figuras seguintes exemplificam a aplicação desses acessórios.
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Figura 33 – Perfis de protecção das extremidades inferiores dos sistemas de isolamento térmico
por revestimento delgado sobre isolante
Figura 34 – Perfis de protecção das extremidades inferiores dos sistemas de isolamento térmico
por revestimento delgado sobre isolante
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Figura 38 - Soluções possíveis para aplicação da cola no verso das placas de isolante
– por pontos, por bandas ou em toda a superfície
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técnicas de isolamento térmico pelo exterior das fachadas. Apresentam, no entanto, algumas
dificuldades de adaptação a pontos singulares das fachadas, como por exemplo o caso dos vãos,
que obrigam a cortes dos elementos em obra , conveniente dificuldade de tratamento das zonas
cortadas.
Os dispositivos de fixação do sistema ao suporte devem atravessar toda a espessura do conjunto
revestimento-isolante para manterem esse conjunto solidário.
Para além do problema da adaptação aos pontos singulares dos suportes, na concepção de uma
“vêture” devem também ser resolvidos correctamente dois outros aspectos: configuração das
juntas entre elementos e limitações do risco de condensações no interior do isolante.
Ao nível das juntas devem ser adoptadas disposições que as tornem suficientemente estanques
e que permitam uma certa movimentação entre elementos devida a ajustes de posição ou a
variações dimensionais por acção da temperatura.
As juntas horizontais são, em geral, de recobrimento, e portanto estanques à água. As juntas
verticais são concebidas de modo a que a água da chuva que as atinja ou a humidade de
condensação sejam por elas conduzidas ao exterior.
2.2.8.5 Sistemas de isolamento térmico obtidos por projecção “in situ” de isolante
Esta técnica de execução de isolantes consiste na projecção sobre as paredes de produtos que
expandindo-se adquirem características significativas de isolamento térmico.
O material expansível mais empregue é o poliuretano. A aplicação é efectuada por demãos
sucessivas, resultando de cada uma delas uma camada de espessura da ordem dos 10 mm.
São ainda muitos os inconvenientes dos sistemas de espuma de poliuretano, o que tem
impedido a sua generalização: custo elevado, toxicidade dos produtos durante a aplicação,
condicionantes de ordem climatérica e de secura dos suportes, dificuldade de obtenção de
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espuma homogénea e de adequada regularidade superficial dos paramentos revestidos,
necessidade de protecção mecânica dos paramentos.
Uma execução deficiente em obras, destes sistemas de isolamento pode conduzir a degradações
de tipologia diversa. Os tipos de degradações mais frequentes, estão resumidas no Quadro ,
onde também são referidas as respectivas causas.
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Na selecção do método de fixação dos ladrilhos é importante atender aos seguintes aspectos:
• O tipo de ambiente em que se insere o sistema de revestimento e as solicitações e
desempenho esperados, atendendo: à posição da superfície a revestir (horizontal ou
vertical); à sua localização (interior ou exterior); ao uso previsto para o espaço; à
existência de condições climáticas severas (ciclos de gelo/degelo, temperaturas
elevadas, etc.) e ao desempenho esperado em função do tipo de utilização dos edifícios
(residenciais, comerciais, industriais, etc.)
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• O tipo de suporte e as suas características mecânicas, geométricas, químicas, etc.,
prestando atenção a intersecções entre diferentes superfícies
• A calendarização da obra, com particular importância para os tempos de cura/secagem
dos diferentes componentes.
As juntas entre ladrilhos deverão ser definidas pelo fabricante em função do tipo de aplicação
prevista, atendendo às características dos ladrilhos, nomeadamente a sua deformabilidade face
às diferentes solicitações, em particular de carácter higrotérmico.
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A aplicação com junta não superior a 1 mm é específica de produtos rectificados.
As juntas entre ladrilhos devem ser preenchidas com um produto adequado, cuja selecção
deverá ser feita em função de vários factores, nomeadamente a impermeabilidade, a resistência
à água, ao calor, aos agentes de limpeza e aos ataques químicos, a resistência ao
desenvolvimento de microorganismos e a resiliência e compressibilidade.
Para limitar os riscos de fissuração ou destacamento dos revestimentos cerâmicos, devido às
tensões originadas pelas deformações de natureza higrotérmica, é necessário prever juntas de
fraccionamento adequadas.
Nas juntas entre ladrilhos cerâmicos e caixilharias deve ser aplicado um mastique elastómero.
No entanto a estanquidade ao longo do contorno da caixilharia deve ser assegurada
independentemente desta junta.
No topo das superfícies de fachada revestidas com ladrilhos cerâmicos deverá existir uma
protecção com pingadeira adequada, conforme a figura.
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2.3 BIBLIOGRAFIA
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