Algumas Consideraes a respeito do tempo vivido, de Jos Newton
Garcia de Arajo. Luisa Abdo
O texto demonstrou novas nomeaes para os trs tempos do tempo
(o tempo, ento, se temporaliza?): o futuro (por-vir), o passado (sersido) e o presente (ser-a). A hiptese de pensar o tempo como algo constituinte da essncia do homem (que no est exterior, assim como a angstia) que ao mesmo tempo que aprisiona, liberta e d possibilidades que cura e que mata. O tempo seria, ento, a revelao da dicotomia existencial. Se somos constitudos pelo tempo, podemos considerar o tempo formador da essncia da existncia (tanto do homem quanto dos entes)? Seria o tempo interno, como sugere Santo Agostinho, ou externo e independente do sujeito, como sugerem os fsicos em geral? Para Heidegger, no tempo que e deve buscar o horizonte de toda compreenso do ser, ao compreender o tempo como horizonte do ser, ele o situa numa trama em que o agora est estruturalmente entrelaado com um antes e um depois. Assim, o tempo se desenvolve na unidade de seus trs momentos, numa trama que, na ontologia heideggeriana, escapa ao sentido ordinrio de futuro, passado e presente. Assim, se torna possvel pensar na construo do tempo sendo mais abrangente que a concepo do mesmo na essncia e no interior do homem, podendo abranger-se levando em considerao o conceito e a percepo cultural, de localidade, de sade e at de adoecimento. Qual seria, ento, a essncia do tempo? No poderia este, assim como o homem, gerar alteraes nos entes? Qual o ser do tempo?