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Anexo CONSELHO FEDERAL DE SERVI¢O SOCIAL (CFESS) CODIGO DE ETICA PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL [Aprovado em 13 de mareo de 1993, com as alteragdes introduzidas pelas Resolugies CHESS N 20094 e 293/94 20 INDICE Icodusto Peis Fundamentals ‘Thal t — Dispose Gnas ‘Thal 1 — Dos Dis « dt Responses Gr ‘Talo Ill — Das Reases Proisionas Cap. 1 — Das Reiss com or Usiton Ca. — Das Reagies co 2 Tauinigs Empregndras © Outs Cap. — Das Relgses com Asistates Sess © our Cup. 1V — Das Retates cum Eatotes de Cucpuie © demsis Granizages Sa Sosndae Ch ‘Cap, V — Do Siglo Prfsson ‘Cap, VI — as Relates do Asizente Soci com a Jose ‘Thulo TV — Da Obseriaca, Peles, Apicagio © Cunpeinenn Ey ns 26 26 aun RESOLUGAO CFESS N° 273/93 DE 13 DE MARCO 93 Inala 0 Cte de in Pisin ey Aan Basie aso A Presidente do Consetho Federal de Servign Social — CESS, no uso de suas aribuigdes legais © regimentis, ¢ de ‘acordo com a deliberagdo de Conselho Pieno, em reuniso ordinsti, realizada em Brasfia, em 13 do. margo de’ 1993, Considerando 1 avatiago da cstegoria ¢ das entidades do Servigo Social de que © Cédigo homotogado em 1986 apresonta insufeieneias; CConsiderando as exigéncias de normatizagio especticas de lum Cédigo de Etica Profisional e sun real operacionalizacio Considerando 0 compromisto da gestio 90193 do CFESS ‘quanto A necessidade de revisho do Cédigo de Exica; Considerando a posigo amplamente assumida pela categoria de que a8 conguistas poliicas expressas no Cadigo de 1986 ever ser preservadas: Considerando 0s avangos os uitimos anos oeorridos nos bates © produgses sobre 2 questio tics, bem como 0 acimula de reflexses exisentes sobre a m Considerando a necetsidade de criagto de novos valores Gticos, fundamentados na definigio sais abrangente, de compro- a3 ‘isso com os usuirios. com base na liberdade, democraci, idadania, jutica © igualdade social Considerando que 0 XI Encontto Nacional CFESS/CRESS: Teferendou a proposta de reformulagao apresentada pelo Conselho. Federal de Serviga Social; RESOLVE: LAr FF — natin © Cligo de ica Profsonal do ‘An. 2 ~ 0 Conselho Fedral de Servigo Socal — CFESS dover nla nas Caras de leniéade Pofsional lnteite teor do Cotigo de Een res 2 gee eo Const Fee eos Cones sions de Sevigo Socal prosedam imeditac anpladivtgapso do Cédigo de Btica, i es me At. 4° — A preset Resoligioenirré em vigor na data de ses. publicagao no Dido Ofte! da Unig, Teresa sa disposigbes cm contrrio, em especial, a Resolugaey CFESS n 198785, de 0908 86, Brasflia, 13 de margo de 1993 Marlise Vinagre Silva A. S. CRESS N° 3578 — 7" Regido/RJ Presidente do CFESS 214 INTRODUCAO, [A histrin recente da soiedade braicira, polarizada pela tua dos stores democrticos conta a dtadra ©, em feguida, pla cosoldagte das Wberdads politics, propiciou tina ica eapenncia ara todos or suetes soci Valores prices id entio tecundaizados (a defesa dot dteiios {nfs orecohosinente postive dis peclaindesndviais © soctls, 0 respet B-dversidade ete) adit novos xintuto,adeneando 0 clenco de reivindicages da cidaania Paricularmente para as estegoriae profisionss, xa expe ftncia ressvou a6 questdes Jo seu compromisco €ico-po- itico e da avallgto' da qualidade dos seut srvigos Nesta cada, 0 Serigo Social experiment no Brat tm profundo process de renovagdo, Na inererrncia de mmudangas ocrigas na sciedade brasileira com © proprio “mule pofsuonal, 0 Serigo Social te desnvolve tien peaictent,leiourse”dferencot-e ema ena dos Since 90 apesetirxe coma prefisdoreconhesia aeadem amen © estimada Socalmente A dinsiica deste procesio — que conduziv & conso- dag pation do Serigo Soil" matali ey conquisas leticas © ganhor priicos que revelaram Versumente no univene profisonal, No plano du flo da noninizagao ei, © Codigo de Eiiea rofisionl de 1986 fo uma expresso daielas congusias¢ganhos,auavés de dols precedents: nego da bate floss radeon, nitidamente conservadora, que norteava a “étien da ncut lidade”, e afirmago de um novo petit da téonico, no mais lum agente subalterno apenas executive, mas um profesional competentetesrca, tenia © polticament, De fato, constnta-se um peojto prafissional que, vin- cculado a um projeto social radicalmente democrdtic, red ‘mensionava a insergio do Servigo Social na vida brsvilera, ompromissando-o com os interests histrices da massa di opulagao trabathadora. O amadurecimento. deste. projet Profissional, mais as alteagSes ocorrentes na sociedade bras sileira (Com destaque para a ordenagio juridiea consagrada fa Constituigéo de. 1988), passou a éxigit_uma._melhor explicitagio do sentido imanente do Cédigo de 1886. Tr. taveese de objetivar com mais rigor as implicagSes don principios conquistados e plasmados naqusle documento, {ante para fundar mais adequadamente os seus pardimettos Sicos quanto para permitic uma melhor instrumenializagso deles na pritica coudiana do exericio profissional. A necessidade da revisto do Cédigo de 1986 vinha sendo, senda nos organismos profissionais desde fins dos ‘anos 80. Foi agendada na plataforma programica dh gestio 1990/1993 do. CFESS. Enon na ordem do dia com of Seminario Nacional de Btica (agosto de 1991), perpassou 7 CBAS (maio de 1992) © culminou no Il Seminio Nacional de Btica (novembro de 1992), envolvendo, além do conjunto CFESSICRESS, a ABESS, a ANAS © a SES- SUNE, © grat de ativa paricipagio de assistenes soc de todo 0 pals assegura que este novo Cédizo, produzida no marco do mais abrangente debate da categoria, expressa as aspiragdes coletivas dos profissionis brasileiro, A reviso do texto de 1986 processourse em dois ives, Reafirmando os seus valores fundantes — a lberdade © @ justiga social —, anticuloues a partir da exigencia sdemoerétien: a democracia €tomada como valor stico- politico ‘central, na medida em que & 0 snico padra de organizagSo poltico-social eapar de assegurar a explicitagdo dos valores fessencinis da liberdade e da eqiidade, E ela, ademais, que tg dee Pint an favorece a ultrapassagem des limitagées reais que a orden burguesa impée ao desenvolvimento pleno da cidadania, dos direitos e garantias individuais « sociis, © das tendBncias 8 autonomia e 2 autogestio. social. Em segunda. lugar, euiou-se de precisara normatizgio do exercico profissional, de modo a permitir que aqueles valores sejam retraduzidos no eelagionamento entre assstentes socials, instiuiges/org nizagBes & populagi, preservando-se os direitos © deveres| profissionais, a qualidade dos servigas © a responsabilidade diante do uswsrio, A reviso a que se procedeu, compativel coma o espiito o texto de 1986, pari da compreensio de que a ética eve ter como suporte uma ontologia. do ser social: os valores so determinagtes da pritica social, resllantes da atividade criadora tipifieada no. processo. de trabalho. E mediante o processo de trabalho que 0 ser social se consti s instaura como distinto do ser natural, dispondo de capa. cidade teleoligica, projetiva, consciente: € por esta social ago que ele se poe como ser capiz de’ liberdade, Esta concepeio ji contém, cm si mesma, uma projegio de s0- ciedade — aguela em que se propicte aos trabalhadores ary pleno desenvolvimento para a invengio € vivéncia de novos valores, © que, evidentemente, supde a erradicagio de todos (8 processos ‘de exploragio, opressio e alienagio, E a0 projeto social af implicade que 82 conecta 0 projeto profis- sional do. Servigo Social — e abe pensar a Stica como pressuposto ceGrico-poitico que remete para o enfrentament das contradigSes postas & profissio, a partir de uma visio critica, e fundamentada teorieamente, das derivagtes.éico- polticas do agir profissional PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS — Reconhecimento da tberdade como valor ético central © das demandas poltcas a ela inerentes — atonomia, ‘emaneipagao e plena expansio das individuos sccis — Defesa intransigente dos divwtos humanos © recust do atbtrio © do autortaisme: — Ampliagio e consolidacdo da eidadania, considerada taefa primordial de toda sociedade, com vistas & garantia dos Aireits civis, socials e politicos das classes trablhadora; — Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto s0- cializagéo da partcipagdo politica eda riqueza socialiments produzidas — Posicionamento em favor da eaiidade e jusica social, ‘que assegure universaldade de acesso aos bens © servigos relativos aos programas e politicas sociais, bem como sua gestio democritica; — Empenho na eliminaso de todas as formas de preconceito, incentivando 0 respeite & diversidade, & participagio de grupos socialmente diseriminados © & disoussto das’ di ferengas; — Garantia do plaratisme, através do respeito as comrentes profissionais demoeriticas existentes e suas expressdes 'e6ricas, © compromisso com o constante aprimoramento intelectual: — Opsio por um projeto profissional vineulado so processo de construgio de uma nova ordem societiia, sem do mminagio-exploragia de classe, etna © generor — Articulasio com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos prineipios deste Codigo {© com a futa geral dos trabalmadores; — Compromisso com a qualidade dos servigos prestados & popalagio © com o aprimoramento intelectual, na pers pectiva da competéncia profissional; — Buereicio do Servigo Social som ser discriminado, nem diseriminar, por quest6es de insergio de classe socal, ‘ginero, emia, eligito, nacionalidads, opglo sexual dade © condi fsia Thule 1 DISPOSIGOES GERAIS Art. 1° — Compete ao Conselho Federal de Servigo Social 8) zelar pela observincia dos prinefpios © diretrizes deste Cédigo, fiscalizando as a¢02 dos Conselhos Regionals a pritica exercida pelos profssionas, intituigbes © ‘organizagoes na diva do Servigo Social ) introcuzir steragdo neste Cédigo, através de uma amp participssio_ da categoria, num ‘processo.desenggivida fem agao conjunta com of Consetios Regional ©) come ‘Tribunal Superior do Ftica Profissional, fin jursprudéncia na observancia deste Césigo © nos casos Parégrafo Gnico: compete aos Conselhos Regionas, nas dreas de suas respoctivas jurisdigées, zelar pela observincia dos principios e diretrizes deste Codigo, ¢ funcionar como desi0 joleador de primeira instncia ‘Titulo HL DOS DIREITOS DAS RESPONSABILIDADES GERAIS DO ASSISTENTE SOCIAL Art 2° — Constiem direitos do assistente social 8) garaniia © defesa de. suas atribuigSes & prerrogativas, tstubelecidas na Lei de Regulamentagio da Profisslo, © dos princpios firmades nesie Codigo; ') live exereicio das atividades inerentes & Profisso; ©) partcipasio na elaborapso e gerenciamento das politicas Socials, © na formulagio implementasio de programas 4) inviolabitidade do local de trabalho ¢ respectivas azquivos| «© documentagao, garantindo o sigilo profissional; ©) desagravo piiblico por ofensa que atinja a sua honra rofissional; 9) sprimoramento profssional de forma continua, colocan- doo a servico dos prinetpios deste Cédige: 48) pronunciamento em matéria de sua especalidade, sobre- fwdo quando se tratar de assunios de interesse da po- polagie: ‘hy ampla autonomia no exerefcio da profissio, nto sendo obrigado a prestar servigos profissionais incompativeis ‘Com as suas atrbuigies, argos ou fungSes; ') iberdade na realizagto de seus estudos © pesuisas, resguardados os direitos de paricipagia de indivfduos ‘ou grupos envolvidos em seus traalhos. Art. 3° — Sio doveres do assistente social: 4) desempenhar suas atividades profissionsis, com eficiéncta © responsabildade, observando a legislaglo em vigor; ') utilizar seu mimero de registro no Consetho Regional no exercicio da Profi: ©) absterse, no exercicio da Profissio, de préticas que ccaracterizem a censura, 0 cerceamento da liberdade, © Policiamento dos eomporamentos, densnciando sua ocor. réncia aos Greios competentes; ) pantcipar de programas de socoro 4 populagio em sitwagio de calamidade publica, no atendimento e defesa de sous interesses © necessidades, Art. 4" — ff vedado ap acsistente social: 4) transgredir qualquer precsito deste Cédigo, bem como a Lei de Regulamentagao da Profssio; by. praticar e ser conivente com condutat anti-éicas, crimes ou coniravengées penais na prestigzo de servigos pro fissionais, com base nos peincipios deste Céaigo, mesino ue estes sejam praticados por outres profisionais; ©) acaiar determinacio institucional que fira 0s principios © ditettizes deste Cédizo 4) compactuar com o exereeioilegal da profissio, inclusive os e280s de estagisios que exereart attibuigSes espe=

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