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Industrias culturais e desenvolvimento na Ibero-América: antecedentes para um debate Lluis Bonet ‘Atelexdo sobre papel das indstias culturais no desenvolvime te cultural tem sua origer no pensamento da Escola de Frankfurt. [No entanta, no final dos anos setenta, quando a partir do grande debate sobre « Nova Ordem Mundial da informagao e da Comuni ‘acto, que culmina com o informe McBride,’ quea Unescodecide a criagao de um Programa de Pesquisas Comparadas sobre a fungso ‘olga das indstrascultrais no desenvolvimento cultural. Com base em tal programa, no inicio dos anos oltenta, um grupo inter nacional de especalistas abe um espago para a reflexto Tratava: sede rssltar a importaneia das inddstras eulturals, como prota tonistas de uma real democratizagioe descentalizagao cultural, ¢ ‘danecessidade de inserirnelasa imervengao governamental adh clonalmente muito setrizada, como parte interante dasrespectivas palitcas cultura, "abo deta teardown eee Montes so nti rs plinent ie por eo pads pa Us. ene et 82 CConmuo, durante mais de wma década com asigaifeativa exe ‘lode FrangaeCanada? arefleo sole o papel da indistria no sen ‘olvimento cultural €defada de ado em favor de otros enfoques das polices ultras Ser necessro esperar pelo conto geado no seo ‘das negociages finals da Ronda Uruguai do GATT para que, sobrecudo {do lado europeu, se entrente a integragio deste debate no seo de sas "espectivaspoicasclturas nacional eno dmbio comunitiio. No Inilo dos anos noventa,apesar da exstncla de sens lidades nacionais hterogéneas no sei da Unio Europa, ecnem-se ‘sesforgos necessrios pra construlruma verdadeiea politica comm ‘no ibito do audiovisual, com dtetrizes, recursos eextaténspan- feuropeias entre as quas se incl por em funelonamento im ins ‘mento estatisteoeanalitico a seu servgo: 0 Observatrio Europeu do Auivisual tp://wwewobs.coeint. Alm disso, até os pees mais ‘éticos quanto a tema, como o Relno Unido, assume o papel esta- {égico das indstias cultaras no esboco de sus respectiaspoltleas calturais? De qualquer forma, nao deita de constitu pardoxo © fato de que acrescenteimportancia das politics de fomento ss ind ‘wis eulturas nacional coincida com um claro retrocesso em eas asacondosdadécada anterior. Governos europe importantes, como o tallana eo espanhol outrorafavoraveis a pogo fancesa de dete sado conceltode“exce¢ao cultural hoje defendem, junto aosbritni- 08 uma posicto muito mals stl em lags negociagdes em ci soantea OMC e uma redacao muito menos proteionsta da nova d- retin de eleviso sem fronteiras. aap qe ate or do eden teas pl Depeamenie de suanee Popcorn lowe Dap eos bor mlx ‘Sn hos teeta drs comer cms staat Undo Depa. se cin anna pn i *Aetagde um Misa de utr derimene dead gat 264 Por out lado, o debate no seio da comunidadeibero-amet cana vem matcado pela prticainexistente de poles ultras que integrem o papel etratégico das indstrias de contetido, Inclusive a {elevisto, no desenvolvimento integral da regido ¢ dos pases que a ‘comer, Esta situa explea-s ela precariedade de melosdispo- ives, plas assimetras socials e econmicas, pelo baixo nivel de ‘desenvlviment, pelo atrasoecnolgicoe pea especiciade eos- sincasia de cada pais ou sub regio. ‘existe, na maloria dos paises, de uma enrazada tra 0 protecionlsta no dmbite do cinema ou do vo, mas ndo no tere fo dafanograi, entra em cise cam acolocagio em fncionamento as politieas de iberlizagao econdmica dos anos otenta ‘Com exceio de paises como Argentina e Espanha, que adap ‘tam seus sistemas de polo hetdados do modelo auarquico edltaton lao setor cinematografico, no final dos anos oitenta a maloria dos pales da repo decompdem suas stofiadas politics de proto ao ‘ett. resulta écatastroticn pols pases como Brasou Meco tignspoténcss neste campo) véem como em pout anos se detruba uma indstria su cota de mereado ¢ volume da produgao cine rmatogria Sera necessrio esperar at meados a década de noven ta para que exes, muitos outros ples menores, etomem ou ni ‘emolicas especies de desenvolvimento do stor. resultado, loge ‘de ser espetactlar em termos de consolidago de uma indistria, per tie aemergencia de uma novel producto mals estivl ainda que ‘esequiibrada em comparagzo con o potencalindustal e demogrd- fico decada pais em escalaregonal* ‘Adnla indstria auciovsialconsolldada 6atelevisiva aGlo- bono asi «Televisa no México ou o Grupo Cisneros na Venezuela 0 verdadeiras corporagdes que, dentro do imbito audiovisual rel- ‘nal, contam com uma inegave inluéncia internacional. 265 (© conjunto de direitos gerados peo stor eleviiva, nos sete principals mereados latino-americanos (Brasil, México, Argentina, Colombia, Venemiela, Pere Chil) representa 85% do total do fat amento audiovisual 699% dofaturamento aut6ctone.Enquanto 95% ‘dos dices produzidos pelos etores do cinema video sso domina- dos pelas empresas estadunidenses, 67% dos diteltostelevisivos correspondem &produgae doméstica (Bonet yBaquet, 2000, No en "tanto, 88 empresas de televist imitam sua eposta& podugio pr pia, em serladose programas (em especial os referentes ao geero a telenovela), sem uma real partcipacdo nos projets de produgse ‘inematogrética, QUADRO 1. Evoluso da producto cinematogréea os prnelpals paises bero-americanos, 1996-2000" | re mela *Asco-paduger to conbiads como pp pte de toon oe pes Font: nog onesa pls gts mains nematgratias, ra bemedie Oserieropen de aot 200 QUADRO 2. Dieitos gerados pea industria audiovisual nos Sete principals mereadoslatino-americanos, 1997 (em ilhoes de délares) witioe | impose | sxpragae| oda] om | oes Gena | a] Fey eer 5c Te fc flaar rvetwee [roe | aie | am | sain wee | i00 | me fw not [ain | sae | aos | un Em relagdo & indstria do livo, menos dependente ds ajuda governamentaldreta apresetam-secaracteristcasespecificas que esti associadas 8 capacidade individual para manter © desenvol- ver un empreendimento empresarial em wm campo com deman- dassazonaisestreltamenteligadasaexisténcia de uma radio (tan- to empresaral como de habitos de leit), do nivel educacional da ‘populace do sistema de leicure publica de cada pat Emrelaga a dito anteriomente, destace-saexteso daque les pases que souberam reconstrur uma leysiagio etuma plitia de ‘apoio modems, como no caso da Colémbia, onde ss reiteradascr- ses econdmica, a tradicional fragildade da demands e a ineapaci- dade dos governos e agentes privadosdeizaram o camino live para ‘uma pautatina, mas ininerrupta penetagio do investment estan giro, com muita freqiéncia o espanhol. 267 Quadro 3 Comércio internacional de vrs, Jomals revista em milhares de délares) portage | importages] Sado Bepanha | s7260 | 609 [aizso | asza% colombia | e462 | aa7se | taoe7 | 27am crite | sie | sosiz | ais: | 10828 Argentina | ares | onasr | 44203 | 51.9% México | uizme | auras | stser | 50% Portugal | a44or | rsen2 | az | «55% costaRica | 602 | 16916 | 10221 | —a96% Guatemala | 1259 | aise | 2277 | 32m | Fisavador | 6 | iszx | ue | 94%, Paraguat | 726 | ue | ua | as Bolivia | os7 | 11509 | ioa2 | 6% Uruguat vw | x | 22] 50% rast | 12238 | 2aza7s |2a5297 | 49% Peru | 1s77 | a4ox7 | s2aso | 40% Venemela | 2079 | 45201 | asase | 45% Bquador | 1398 | 30309 | 20170 | 44% Nieardgua @ | 93% | 9327 | 07m Lamas 7 | was | wav | ow. Foe: nes (99) abort popin sta stop desenvolve-se em dois nivel: primelro, medi- ante oinvestimentodieto com compra de sloseditoriaisnacionas. ste serio caso da aquisgsoda Lumen eda Sudamericana pela Bet= 268 telsmann, ou da Emecé pela Planeta, s6 para fazer uma referencia 8 compras de empresas argentinas durante ano de 2000 A segunda forma de penetragio, complementae &primelra mas com menos be- ‘eficis pra o pals, hasela-e na exportaclo de publicagées. ‘A quebra dos grandes grupos argentinos e mexicanos dea nas mios das editors eepankalas boa parte da mereado do Io em espanol.’ Tl como afirma Caudio Rams, cheyads dos intresses ‘spans, durante os dkimos anos da décads de 1990, expic-se pela obreposigto de ts fatores a culminagio da processo de concen- {racao editorial na Espana a imitagoes de mercado existentes na prépria peninsula, para continuar com o ritmo expansivo do neg ‘lo editorial; a integragdo com o cada vez mals concentado setor ‘4 edo europa ama, 2000, Em termos geri, para. os préximos anos os grandes dsatios do setor editorial na América Latinas recuperat a ree de pontos: dde-vendaecomerilizagio do ist, fomenta oshabits deletura por ‘melo da escola eimpulsionar ume rede de biblioteca bem nuda € um compromisso claro, por parte dos editoresnacionase estrangel- ros, com os autores eas demands espeiieas de cada mercado local ‘Quanto§ ndsteafonogetca, mas lem de sua enorme concen twagdo mundial oredor da cineo rade majors reo representa 3%. dofatarameno musi eluindo a pratara) A proper do perro ‘domeéstco das mais clea do muna anda qe se redusa considrs- ‘elmente nos paises de menor dimensdo. A indsta est dominada plas Iajors qu gags una excelente lag com as princi stages ifonicas, detiveram bos parte dos grandes cess Prllament, mas em uma posigo maria, nameosascompanhiasindependentes isp tam ent o resto do boo, junto ative editor do Exado a ato sig por encomenda Yédic, 198; Ochoa, 2002, 260 ‘Quadro 4, Valor das vendas por nimero de fonogramas, Toes de Teper dlares doméstio Argentina 3857 2% Bolivia 5a 20% Beast | 1199.1 7% América Cental 363 ae chile ao | 13% colombia 236, 50% Bquador wor os Bspanha 599.8) 12% Mexico ana 52% Paragual ma 108 Peru 166 2s Portugal les 21% Uruguat 2 a8 Venezuela wr 49% Toul | sases some Entretantomalsalém do que estas cifras nos indica realmen- te,ndo¢ possvel consti estratgls de apoio diigidas i diferentes Indstias cultura sem contar com esatsticas contlvels aio o hecimentoanaitco sobre um eto que ecaractriza por uma gran defraglidadeestrturaleumelevado dinamismo, assim como de um: Infinidade de interdependencias ent a intervengio pli, a ag80 prvada eas eagoes dos publios, de dif percop¢z, 270 ‘Tal como afirmava Agustin Girard, no nfo dos anos oitenta, neste ambito“Abundam as obras escrtas sobre cultura de massas ensais estéticos semioldgicosoudeinsplragi humanists Tapou- «co diminuemasteorias, eas palxbes so fortes, pols esto em jogo.os ‘valores, mas até agora no se analsoupraticamente a produgio cul- ‘ural com os instrumentos da economia (Girard, 1982-6), Avangouse pouco nos times vinte ano. A mioria ds es- tudos exstentes 6 storia, centralizada fundamentalmente no au- \iossual ena indica do live, ou realizada apart de Sica doses- tudos de comunicagdo, Além disso, bos parte dos dados edashipote- ses de patidaresponde stuagao ds pases mais desenvolvidos da Europa eda América do Norte, 'Noqueconcere ao espaco hero-americano, € grave a caren cla de estatscas sobre stuacio do soto, embor se tena escrito uit parr de um discursoexcessvamente volta parareiterat a evidente dependncia das muitinacionalse a produgdo procedente os paises dominantes® Enttetanto,continya imperando anecess dade de se ealizarem andises empitica rigorosas, a paride disci plinas académicas complementares, sobre a stuago nos diferentes setores e paises verdade que a realidade a analisar Gheterogéneae complex, marcada plas intimerasdistincis existentes entre diver sas peiferias ~ os eentzos das grandes cidades em relagao com seus ‘baits marginals as pequenas cidades de provincia ouoamplo mun dorural~e um centro cada ver mais difisa! Foram realzadasalgumas aproximagdes interessante para 0 ebate, desl posigessocioantropoligiea estos de comiunicaglo, sobre o impacto da lobalizgio eeondmica nos procesos comunica ‘conte npertectl Verseon le Oc HO) spa decom et epost een as nes ‘soo ans lr Saenger Sombie deco eqns ate m ionais, sci, polticos culturais Poem, existem muito potas pes {qulsaseconémicasbaveadas em tabalhosempirios conciusivos.0 que Interfere na tarefa de contrestarhipteses sobre a ealidade expecficn regional." Ademais as conclusoes que se poderam ober darealidade ‘mexicana, argentina ou braslere dfrem radicalmente da siuagtoes- tabelecida na Republica Dominicana ou no Parag Além dso, as die ‘neas comunicacionals a que a estrutura economic se relere entre Espanha e Portugal ou entre Prtugle Brasil ao muito malores do que se podetia conjecturar. Este défct é percebido com intranglidade ‘quando, eunido propostasda OE, se tata de ele sobreo papel das Indistriasculturase sua intugncia na diversiade cultural eo desen volvimento humane dento do contexte de um debate eujo objetivo ponta para. integrago socioeconomic e cultural ero-americana. B verdade que, 20 longo da stima décade, foram relizados «sforgos para abrir o debate, tanto no émbicoacadémico, como nas diferentes organizagbes intergoveenamentas” Mas tas estorgos nd podem avanga sem um maior fax deinvestigagdes empties es ries estatisticas que nos permitam medire interpreta a evogto @ Interdependencia enue 0 modelo de desenvolvimento de nossasin- ‘dstrias cultura e sue incorporacio nas potcas governamentals de desenvolvimento cult Assim, pos, o deft de estudos neste eampo limita as eon susbes que um texto como este pode ofeecer. Contudo, existe ak: sgumas ambighidades ou quesies abertas que dever ser apresenta- das para que, a partir dlase com base em um dingnétin snttiea ‘mtr (Gaton , 1099, sin coms oat emp pee Corie ‘nde tle ive dees cnt tr tra pee cg sd ‘ein he gue com bjt pn tree pa ade ‘reo Gnwrd a in Cre m a realidade regional, possam ser apontadas algumas iéias sobre ‘comolmaginarnovas polltias deapoiosinddstrascultuais no ter reno nacional e regional. fnalidade de tal andise deve orientate ara epensaras estatégas que oferegam para nossasrespectvasso ‘edades um contexto mas eriatio e competitiv eo mesmo ten ‘po, favorecedor de um maior desenvolvimento democrtica. AMBIGUIDADES E QUESTOES A RESOLVER Unidade cultural na diversidade Sob estelema, aOrganizacaodeFstadoshero-Amercanos para ‘a Bdlucago, a Clnciae a Cultura pretende concla duasrealdades evidentes Por um ade aexcepcional (por sua amplitide) homogene! dade ligstico-cultural dominante na rei, stuagso vigente desde 19s tempos da coldnia, mas reforcada pelo posterior fuxo imigratsrio procedente.em stamaiora, da Europa meridional Naatalidade, dois ‘grandes idiomas irmtos {mas com problemas de compreensto entre ‘einem mais de quinhentos miles de pessoas na América Latina ‘ena Peninsula Ibeica lia qual cabe aerescentar a crescent pops lagaohispanica nos EstadosUnidos) Deum pontodevistaestitamente ‘econdmieo, esta ealidade determina um meteado cultural potencial de enorme dimensio, Entetanto, estes dados devem ser matizados, pela sua desigualconguragzo naescalasocioeconmieaetertitoriale ‘zexsténca de numerosos idiomas que enriquecem aeparente home _gneidadelingstico-cultual. sta diversidadeexigeanlises as sits ‘medidas especies de desenvolvimento de apoio aos respetivos espacos cultura ‘Na America Latina, aimposiga, desde o inicio da épocarepu blicana, de tma identidade nicionalidealizada por parte das res peetvas oligarquias (reqdentemente contra as nmeroses realdades ‘eplonals) nila. auma desfocada isto das respective "priag-mde am ‘no destrui um forte sentimentodecturalatina comm. Ao mes ‘tempo, osciferentes grupos que consituem asociedade oferecem ele ‘ments comuma forte identidade propria, que enriquecememesclam ‘as manifestagSes¢ 0 imaginiro com. Pr um lado, a diversas co ‘unidades indigenas apresentam, do Mésico&Patagdnia, um impor ‘ante contraponto i cosmovisdo ocidenal dominante A isso se deve omar uma infndade de sediments cultural procedentes de outeas regioeseuropélas, afeanase asics, com resultados to esplnd! fds como avariada culture affo-americana oa culniaehif-sime- sha. Partndo das vivncia epriticas cultura, o resultado & muito ‘mais mestigo divers que dscuso ofl dos qunentos milhoes. ‘Dento dos espacoslocais pode-se encontrar uma enorme var ‘dace de valores e formas de consumo entre manifesta era fnfnidades de ritmos, dancas, adgoesartesanas ou gastondmlcas, assim como nas partclaridades da fal, to que srpreende o opera. ‘dr cultural ecém-chegado do ulramar.De outro angul,o poder aqu sito da poplag est muito divide ene pesenos grapes come paeidade para adqulir as novas ofertas da nds cultural ea maloria sltuada em exensos espagos magna, cua rela com tas ofertas ¢ ‘mediada pela informao que tansmitem os meio de comunicagio e sua representags dealizada da moderidade Barbero, 199) or out lado, ns tims trinta anos, © mundo bércosoube lastar-se das vlhasentagbesuniformistas estos, paraencon: tear uma via de desenvolvimento estvel mediante suaincorporagto 8 Unido Europela. Esta visto volta paraa Europa, convencida das tsdes de sero nore do slo al do nore, permit the esquivar-se dos problemas de seus inmaos latino-americanos. No entant,cabe esperar um maior compromissoibrico com o resto da comunidade inero-americana, que se beneflla com a existéneia de um grande reread potencial sua capacdade deintarlocueto e media com Unido Européia, De qualquer forma, enquanto Espana e Portugal mm s¢ integraram, sem muitos problemas, em um mercado libealizado ‘emescala continental, em que um stor cultural dinimico pode agre- 1 valor ao desenvolvimento econdmico, resto dos paises da epito ‘no encontraram ainda um modelo de desenvolvimento sustentvel, «em que as ndustrias ultras desempentem um papel motor no eco ‘dmico e no socal. Neste context: S80 suficientes algumas linguas, guns valores ealgumas aires comuns para encararo desafo da glo. balizagdo? Até que ponto colncidem os interesee de pales e egies ‘com dindmeas nem sempre convorgentes io eficazes a estratgias Inergovernamentalscomuns em favor da industria euturl? Assincronia entre uma integraglo simbelica cultural crescente, eum desenvolvimento lecondmice falido Em 1994, Cepal publica um informe sobre o papel da indistin «utara na dinamiea de desenvolvimento modernidade latino -amer- «ana Um dos aspects psiivos quo informe resala €o papel dina mmizador da inegraao simbalcae cultural regional sabre o proceso de {negro socioscondmicaatrasado pela crise, pelo aust eeconver- sto econdmica (Copal, 19949). Oto anos depos bos parte do otimism fgetadonoineo dos anos noventa pede, sinda que nio se dispo ‘ha de alternativa fea vida sobre as espostas do model ntegraci- nist as problemas daglobalizgao eda arcenséo da modernidade. Depois da histrica reuniso do Rio (entre a Unio Européla, América Latino Caribe), realizou-seo encontro.de Mads) em maio de 2002, sem avangossignifieativos,Tampouco o pacto das Ame. «as, impulslonado por Washington, parece mula mais vive, mais além dos acordos bilaterais com Méstco e Chile "Neste conto aineyraciosimbdicaeeulturalibero-amerteana ssa por outos caminhos; as vezes, pela expansio sem barra as ‘empresas ends cultuais dos pases tas fortes— Insti ed ‘oda esponhola acaba de superarnovemente a maior taxa de cobertura 28 de comsérco exterior do mundo, ant da cise dos outosconcomten tes, Buenos Ares ¢ Mexia, Em outa oasis, pelo lento mas sepuro avango de projets reals de cooperagso culurl horizontal ene ot ‘005 0 Intergovernmentalermedia) Por outro lado aekevsio cont ua Sendo jnelacomunicativa fundamental ou set, aquela nein ‘eaqualreconhecemosandsmesmoseaosdemais,Emborto telespec: tador vejacanais diferentes tecnologia tenda a divi une, ‘0s genes de sucesso sobrevivem e, sms dos programadores de sais anais cpiam-se uns aos outos ou de um pais outro. Aexisténciade neros narratives expecificamentelatno-ame- ‘canos, muito préxims a seus homdnimos aanos ou ibéccos, ©0 seesso de anc das produgdesproprias permite abiga era «esperanga parao desenvolvimento da inetstria cultural loca Finalmente, outro proceso social com impact sobre ind teas culturais€a paulatina perda de importineia da cultura comtn téria nas ras ea substiuigao pela ofr enlatada ela carteque oe recem as novas teenologis da informacto e comunlescao. Entre as ‘causas que explicam a menorimportineia da culturanoespaco publ- co destacam-se, entre outros, o aumento da inseurana pablica nas as, oauge da oferta disponivel em casa e um modelo urbana que

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