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De observatione mandatorum, deque

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A observância dos mandamentos e

sua necessidade e possibilidade


illius necessitate et possibilitate
Nemo autem, quantumvis iustificatus, liberum se esse Ninguém, embora justificado, deve-se
julgar livre da observância dos
ab observatione mandatorum putare debet; nemo 2
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mandamentos , ninguém deve fazer sua
aquela temerária expressão cominada
temeraria illa et a Patribus sub anathemate prohibita pelos Padres com o anátema, segundo a
voce uti, Dei praecepta homini iustificato ad qual é impossível ao homem justificado
a observância dos mandamentos de
observandum esse impossibilia . “Nam Deus 3 Deus 3 . “Pois Deus não manda o

impossibilia non iubet, sed iubendo monet, et facere impossível; mas quando
adverte de fazer aquilo que podes e
manda, te

quod possis, et petere quod non possis” , et adiuvat 4 pedir aquilo que não podes”4, e te

ut possis; “cuius mandata gravia non sunt” , cuius 5


ajuda para que o possas, pois seus
“mandamentos não são pesados”5 e seu
“iugum suave est et onus leve” . Qui enim sunt filii 6 “jugo é suave e o fardo, leve”6. Com
efeito, os que são filhos de Deus amam
Dei, Christum diligunt: qui autem diligunt eum, (ut o Cristo, e aqueles que o amam (como
ipsemet testatur) servant sermones eius , quod utique 7
ele mesmo testemunha) observam as suas
palavras7, o que, com o auxílio de
cum divino auxilio praestare possunt. Deus, certamente são capazes de fazer.
*1536
1520-1583: Sessão 6ª, 13 jan. 1547: Decreto sobre a justificação
A discussão sobre a justificação começou a 22 jun. 1546 (SGTr 5, 261 / TheiTr 1, 159). Em 24 jul., 23 set. e 5 nov. foi apresentado um esquema de
decreto (SGTr 5, 384 420 634-641 / Thei Tr 1, 203-209 220-225 280-285). Misteriosas modificações ajuntaram-se mais tarde. No decreto são afastadas
sobretudo as doutrinas de Lutero sobre a justificação e sobre a cooperação do homem com a graça, além dos conceitos de João Calvino sobre a
predestinação (cf. cân. 6 17), mas também os erros contrários de Joviniano e Pelágio, que negaram a necessidade da graça para obter e conservar a
justificação (cf. cân. 1-3 22s). Ed.: SGTr 5, 791-799 / RiTr 23-33 / MaC 33, 32D-43E / COeD3 671-681.
1 Cap. 11. 2 can. 20 3 can. 18 et 22; cf. *397 4 Agostinho, De natura et gratia 43, n. 50 (CSEL 60, 270 / PL 44, 271).
5 1 Io 5,3 6 Mt 11,30 7 cf. Io 14,23
Denzinger (0373-0482).p65 [p. 406]

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