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Reflexes sobre o fazer e a subtrao da vida pelo homicida

Fernando Carvalho de Souza; Janete Higino Alves; Snia Maria Queiroz de Oliveira; Carlos
Alberto Dias (Orientador)
Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE
Palavras-chave: Homicida, Trabalho, Representaes Sociais.
rea de Conhecimento: Psicologia Social 7.07.05.00-3
Introduo: O crime de homicdio tem causado sofrimento e desestruturao de inmeras
famlias. Esta ocorrncia tem sido amplamente discutida pela mdia colocando em questo as
leis que determinam a pena, principalmente quando o infrator menor. Estudos apontam
como fatores relevantes para sua ocorrncia a baixa escolaridade, adeso ao uso de
lcool/drogas, desestruturao familiar e, existncia de bolses de pobreza. Objetivo:
Conduzir uma reflexo sobre a forma como o homicida interpreta o seu fazer que o coloca
constantemente diante da possibilidade de tirar de outrem, a vida. Metodologia: Utilizou-se
de reviso bibliogrfica e estudo de caso, tendo como referencial terico a Teoria das
Representaes Sociais (TRS). Trata-se de um recorte de dados da pesquisa Representaes
sociais em torno do crime de homicdio por apenados inseridos no sistema prisional de
Governador Valadares/MG. Projeto aprovado pelo Comit de tica, parecer CEP/UNIVALE
064/12-12. Resultados: O Mapa da Violncia do Brasil indica como crescentes as taxas de
homicdio, sobretudo entre jovens de 15 a 24 anos. Este fenmeno multifatorial embora em
termos imediatos sua ocorrncia possa ser motivada por uma nica varivel. O caso do
homicida Jhonatan de Souza Silva revela que o desejo de possuir bens o levou prtica
criminosa, sem impor limites aos seus atos. No seu entender, exterminar vidas fazia parte de
seu trabalho no lhe gerando prazer nem remorso. A vida do outro no estava acima de sua
necessidade de conquista. Para ele o importante era garantir a obteno de bens. Bens estes
que sua condio social no lhe permitia naturalmente obter. Concluso: O fazer do homicida
no desvinculado de um contexto sendo sua ao orientada por valores e representaes
construdas e compartilhadas em seu meio. Embora considerado pela sociedade de direitos
como ilegal, o homicida concebe seu fazer como trabalho. No alcance de suas metas, eliminar
o outro nada mais era do que mero acidente. Apoio: FAPEMIG; UNIVALE; UFVJM.
fernando-c16@hotmail.com

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