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J no tempo da bizavo, antes de eu me chamar
Amaro Leite, estava na flor
f da idade, era muito rico em ouro e
pertencia ao Julgado de Traras.
Era um belo dia de sol de 1742, os primeiros raios
brotavam incandescentes no alto da colina e vinham aos
poucos cortando a fios por
entre as folhas da virgem
mata densa de minhas terras,
perfurando as gretas para
testemunhar

que

meu

povo primitivo heroicamente

se sucumbiu diante da fora
opressora

dass

baionetas

empunhadas pela gloriosa

Bandeira

servio

da

Capitania de Gois, comandada pelo bravo e destemido

jovem Amaro Moreira Leite,
Leite que chegou altivo e varonil
montado em seu cavalo baio de crinas longas, chapu de
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abas largas e botas de couro at os joelhos, fortemente

armado e com muitos escravos negros e, depois da rdua
luta, escravizou os filhos da floresta, e vinham descendo
tranquilo pelas margens do rio que banha minhas terras - hoje
Rio do Ouro -, quando reluziu uma grande quantidade de
ouro nas margens e no seu leito, descoberta que anunciou
um novo tempo.

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