Você está na página 1de 1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO

CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS


CURSO DE CINCIAS APLICADAS

TEORIA E MT. DA PESQ. EM CINCIAS SOCIAIS


DISCENTE: QUETSIA DA SILVA LIMA.
PROF.: MARIVNIA
19 AGOSTO 2015.
ALVES, Rubens. Cincia, Coisa Boa.... In: MARCELLINO, Nelson. (Org). Introduo s
Cincias Sociais. Campinas, SP: Papirus, 1994. P. 11- 17.

No texto Cincia, Coisa Boa o Doutor em Filosofia, Psicanalista e escritor


Rubens Alves trabalha o conceito de cincia e do fazer cincia como uma ao do
pensamento, e que ativado quando este se encontra em uma situao de conflito ou de
prazer. Para o autor o pensar est diretamente ligado com a busca de compreender os
fenmenos para evitar que eles se repitam ou mesmo para repeti-los.
Pensar estar doente do corpo afirma Rubens Alves parafraseando Fernando
Pessoa para o qual Pensar estar doente dos olhos. A patologia marca o lugar de
conflito, de desconforto, de incomodo. Este corpo doente, portanto, necessita de
cuidados, de remdios e de observao. Essa anlise do que possivelmente ocasionou o
conflito chamada cientificamente de hiptese, na busca de comprovar ou de
descartar estas suposies que a cincia tem seu movimento. Mas para o autor, para
alm dessa busca de compreender os fenmenos e gerar progresso, o conhecimento est
intimamente ligado com o sentimento de poder e de potncia intelectual.
Para ilustrar essa relao entre conhecimento e prazer o autor retoma ao mito
criacionista cristo, da perda do paraso pela efemeridade de descobrir o desconhecido;
pelo gozo do saber. Esse saber que para Rubens Alves s pode existir a partir do
momento em que haja uma relao de afeto entre pesquisador e objeto pesquisado. A
sensibilidade do pesquisador para perceber os fenmenos do mundo social comparada
pelo autor como o do poeta que consegue ver beleza em coisas que passam
despercebidas pela grande maioria. Logo assim como o poeta o pesquisador que no
tem empatia, fascnio, amor e entrega ao que observa tende a ter uma superficialidade
no olhar resultando numa produo medocre.
O autor conclui o texto distinguindo a vida da cincia, uma sendo a extenso da
realidade, o fluido, o amplo; e outra sendo apenas parte desta. Logo, para viver de forma
aprazvel necessrio mais do que o conhecimento, preciso sapincia. A sabedoria,
o altrusmo, as caractersticas que possibilitam a transformao deleitosa da arte de
viver; gerando indivduos tolerantes, felizes, talentosos e sbios; do contraria a cincia
pode se tornar uma ferramenta de opresso, de tirania e de autodestruio.

Você também pode gostar