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Algebra A) Produtos especiais (ou notiveis) ©) Expoentes fracionsrios (radicais) 1 (a+b)? =a? + Jab + bt 1. Va- Vab 2 (ab)? =a* ~2ab + 3 la+b)}a~b) =a? 4 (a+b) (at —ab+ bP) = ah +b 3 5 [a~b) (a + ab+ ot 6 (ab) =a" +3a% + Bab + 7 (ab) =a ~3a%+ Bab — D) Logaritmos 1 log, (MIN) = lop, M+ lots N M 2 top, (5) = logs M— log, N B) Expoentes inteiras 3 log, M? = P tog, M 1 oats ateann ) Formula quadrética (oquagio do 2.° grau) 1 Seast+or+e=0, a #0, entao + (2'-£ oro po bea a Senet ero Trigonometria (cis tanvim pigs. 35, 6 ¢ 37 F) Identidades fandamentais G) Formulas para o dobro do angulo 1 sent +cost r= 1 1 sen 21 =2senrcos ¢ 2 1+ tan 1 seer 2 cos r= 2cost 11 = 1—2sen? 3 1+ cot! r= eset y, _ = cos? 1- sent 7 4 3 cost + =4(1 + cos 2r) 4 sent ¢ =4(1— cos 21) s ae Os onde tte 7 sentcser=1 A sens cos r= 4t[sen(s +1) +sen (s— 19] 8 cOsrsecr=1 2 cos s cos t= }[cos (s +1) + cos (s—r1) 3 senssens=4[cos (s—1) — cos(s+1)) Geometria ier: my MUNN Calculo 1) Férmulas basicas de diferenciagao 1 Dw = nu Daw 2 D,(ute)=Du+ Dv 3 Dy (ur) =uD,0+0Deu 4 v.(*) Baccus Dz senu = cos w Dw Dz cos u senu Deu Dztan u= sec? u Du Dz col u=— ese! u Dau Dy sec u~ sec u tan u Diu Dz cseu=~cse ucotu Dat D. D,serty J) Formulas baésicas da integragio 1 fdim 240 wry 2 [emure 3 [oem udu = -cosu+c 4 feosudumsenu +e os fsetudu=tanutc fest udum cot ute fseoutan w dem secu + 8 [ese woot du~ ese. +C 2 eee Dz secu 16 Dz cscw 7 def si d= sud.u 10 f cot wd In senu| +€ M1 f secu du~ In secu + tan ul +¢ 12 [ese wdu~n ose u— cot u| + C 13 [sent u du~ fu ~4 sen2u+e 14 [cos u du tu 4 sen2u+C du » Ia oa Wt [sth dem cot +0 “4c a 20 D.a* InaD,w 2 Detag, «= Det 22 Dz senhu= cosh uv D.u 23D, cosh w= senhu Dw 2D, tanh w= sech* u Dew 28D, coth w= —escht u Daw %6 Dz sech w=—sech u tanh u Diu 27 Dy csch u =~¢sch u coth u Diu 19 [ cooh u dum senna +c 20 [ secht ude tanh u +c a1 ff esch? w du = —coth w+. c a2 [ sech wtanh u du=—sech w+ C 23 [ sch u coth v du =—csch u+C ” fuacmurfodu+e as fedumesec “+e a are Calculo GniFOA Centro Universitario ‘de Volta Redonda BIBLIOTECA CENTRAL 43446 H G3 = . py AQ62 i a VA (. 20 Cag er Lei 9.610 de 19/0298 CALCULO Mustafa A. Munem Macomb County Community College David J. Foulis University of Massachusens ‘Traduzido por André Lima Cordeiro André Vidal Pessoa fies de Almeida Filho José Miranda Formigli Filho Sob a supervisio de Mario Ferreira Sobrinho Todos do Instituto Militar de Engenharia Volume 1 ENG,* AMBIENTAL No interesse de difusdo da cultura ¢ do conhecimento, os autores sos editores envidaram 0 idxime esforge para localizar os detentor=s dos direitos autovais de qualquer material Utlizado. dispondo-se a possfveis avertos posteriores caso, inadvevtidamente, aidentificago de algum deles tenn sido omitida, Catcutus swith Analytic Geometry Copyright © 1978 by ‘Worth Publishers, ne. 444 Park Avemue Saath Now York. New York 10016— USA Direitos exciusivos para a lingua portuguesa Copyright © 1982 by LIC — Liveos Técnicos e Cientificos Faitora S.A. ‘Travessa do Ouyidor, Rio de Janciro, RJ — CEP 20040404} Tel: 21=2221-9621 Fax: 21-2921-3202 Reservacos todos os cirvites.£ proibida a dupicasio cu reprod.ao deste volume, ro loca av em parte, sob quaisquer formas ou por qusisquer meios (eletrOnieo, mecinico, gravacio, fotocépia, ssibuiedo na Web ou outros), sein permissio expressa da Ector onrenvo PRE-REQUISITOS onerivos ASPECTOS ESPECIALS PREFACIO Este livro-texto destina-se aoy cursos de graduagao normais em calculo. © oferece o fundamento indispensdvel em célculo ¢ geometria analitica para os estudantes de matemética, engenharia, fisica, quimica, economia e cién- cias bioligicas. Os estudantes usudrios deste livro devem ter conhecimento dos prin pios basicos de dlgebra, de geometria e de trigonometria apresentados nos ‘cursos usuais de formacéio em matemdtica, Nao é necessario o estudo prévio de geomettia analitica, que € introduzida, 4 medida do conveniente, durante o curso. O livrofoi escrito tendoem vistadois objetivos principais: primeiro,ade expor todas as explicagdes com a clareza ¢ acessibilidade apropriadas, de ‘modo que os alunos nao tivessem qualquer dificuldade na leitura e no apren- izado do livro; segundo, o de possibilitar que os estudantes aplicassem os principios apreendidos i resoluyio de problemas praticos, gracas & facilidade adquirida mediante o estudo do livro, Para conseguir estes objetivos, foram introduzidos novos tépicos, em linguagem informal e quotidiana, com ilus- tragées de exemplos simples ¢ familiares, As definigdes formais ¢ 0s teore ‘mas técnicos foram intcoduzidos somente depois de os alunos terem tido a oportunidade de compreender os novos conceitos ¢ apreciar a respectiva ullfidade. Alguns teoremas sio provados rigorosamente, mas a razoabilidade de outros aparece mediante apeloa intuigao geométrica, Algumas definisées. teoremas ¢ provas formais, que se julgam estar dentro do aleance dos est dantes motivados, mas que podem desencaminhar ou confundir 9 aluno, sio introduzidas em subsegdes separadas, no final de cada segdo, ou entio sio relegadas a uma segdo Separada, no término do capitulo. Com esta dispos- ‘¢a0, 0 professor pode introduzir ou omitir certas demonstracoes, sem inter Fomper o fluxo da matéria que é critico em cada capitulo, ‘Sdo especialmente relevantes as seguintes caracteristicas do livre: [. A mnatéria é desenvolvida sistematicamente por intermédio de exe plos resalvidos e questdes geométricas, seguidos por definigoes <. CONTELIDO ras, por demonstracées seqtienciadas, pelo enunciado preciso dos teoremas ¢ peius demonstragdes gerais. O livro tem cerca de 950 ‘exemplos resolvidos € mais de 850 figuras e grificos. Os procedi- mentos detalhudos dus demonstracoes ajudam oaluno a compreender técnicas importantes que cansam, com freqdéncia, bastante dificul- dade (por exemplo, trugado de gréficos, mudanga de varidveis integracao por partes). 2. Em vitude de o aprendizado de boa parte do célculo se fazer por intermédio da resolugao de probiemas, dedicou-se especial atengao 498 conjuntas de problemas no final de catla seco e aos conjuntos de problemas de revisio no final de cada capitulo. Existem para mais de 6.300 problemas, incluindo aplicagées a uma grande diversidade de campos ¢ que esti cuidadosamente organizados, de modo que aluno possa avangar dos problemas mais simples para os problemas mais dificultosos. Os problemas de niimero impar sio, em geral, do tipo “‘repetigio”” ¢ visam a consolidar o nivel de entendimento dese- Jado pela maior parte dos usudrios. Ox problemas resolvides no texto ‘io semethantes aos problemas fmmpares, e as respostas a estes pro- blemas aparecem no final do livro. Alguns dos problemas pares, ‘especialmente os que esto no final dos conjuntos de problemas, ‘exigem compreensdo consideravelmente maior ¢ constituem material suficiente para atender as exigéncias dos profesvores mais dedicados e dos estuduntes com a maior motivagdo. Com esta disposigio do conjunto de problemas ficu simplificada a tarefia de se organizarem listas de exetvicios. ‘Os conjuntos de problemas de revisdo, no final de cada capitulo, focalizum 0 material essencial do capitulo. Estes problemas adicio- ais ajucam o aluno a conquistar confianga sobre a comprecasio da ‘miatéria exposta e indicart-lhe as areas onde talvez seja preciso um estudo adicional. 3, Opoder ea ciegincia do cétculo sic umplamente demonstrados pelas aplicagées abundantes, ndo apenas da geometria, da engenharia, da fisica € da quimica, mas também du economia, de finangas, de biolo- gia, ecologia, sociologia e medicins. 4. Os conceitos ¢ 0s instrumentos necessitios wos estudantes de enge- nihatia ¢ de ciéneia — de derivadas, de integrais e as equacées dife- renciais — sio desenvolvidos no inicio da exposigao do texto. 5. Nao é um pré-requisito para o estudo 0 acesso a uma calculadora manual, No entanto, se este acesso for vidvel. é possivel resolver e verificur, com maior facilidade, muitos exemplos e problemas numé- ricos. 6. Para realgar diferencas, usa-se cor diferente — para acentuar defini es, teoremas, propriedades, regras. procedimentos priticos, enuin- siados importantes ¢ partes de figuras. 7. Afimde oferecer comodidade aos estudantes, as formulas dadlgebra, da geometria, da trigonometria e do cétculo esti listadas nas contra. eapas do livro, 8, Todo 0 manuserito foi usado em classe, diversas vezes, durante um periodo de dois anos, pelo autor ou por alguns colezas, O livro€ apresentado em vin volume nico ou dividido em duas partes: a parte | vai de Capitulo 0 até 0 13, e 4 parte 2.do Capitulo 1? ao 17.* Embora o Indice dé indicagao adequada da ordem em que 0 material é ‘apresentado, os seguintes comentarios podem ser ttels para o usuario poten- cial do livro. © Cupitulo 0 fornece uma revisdo da matemaitica basica que precede o céteulo, incluindo desigualdades, coordenadtas carvesianas, trigonometria © fungoes. O material sobre as fungdes compostas e as fungoes inversus esti no final do Capitulo 0, para facilitar as referencias O caleulo propriamente dito principia no Capitulo 1, com os limites ¢ a = Nesta ego brasileira optou-se pee divisio da obra em dos volumes. O volume | compée-se dos caoftuios0aI2;ovolume2 dascapituins 417 Procedet-sessstmeim tuitode melhnrstender ao confide programatico Gos dversos cursos da dsciplina nas oniverailes brass, ANDAMENTO DO CURSO GUIA DE ESTUDO continuidade de fungdes. As formulas de diferenciagdo, parn as funcdes trigonométricas, so introduzidas informalmente no Capitulo 2, de modo a Setem acessiveis ao aluno que ni vai seguir todo o curso de calcul, € para facititar o estudo dos alunos de engenhatia ¢ de fisica, que precisam destas formulas to cedo quanto possivel. Os professores que prefericem um trata- mento formal antecipade da derivagao das fungées trigonométricas pode abordar as Segies | ¢ 2 do Capitulo 8 imediatamente depois da Segao 4 do Capitulo 2 e depois retornar & Seedo $ do Capitulo 2, scm perda de cominui- dade. Asaproximagées lineares aparecem no Capitulo 2¢ siousadas para se ter unta prova rigorosa da regra da cadcia. ‘O Capitulo 4 apresenta uma exposigao resumida, mas razoavelmente completa, sobre as segées eGnicas e respectivas propriedades — no Capitulo {1 aparece mnais matéria sobre us conicas (formas polares ¢ rotacéo de eixos). ‘As equagées diferencias simples constituem o tema principal do Capi- tulo 5, Inieialmente trata-se do problema de determinar a area sob umacurva como um problema de armar e resolver uma equagie diferencial, Com esta abordagem nao sé se mostra como as equagées diferenciais podem apurecer ‘em conexda coma resolugao de problemas priticos, may também se temuma primeira visio informal sobre as integrais definidas e sobre o teorema funda- mental do ealculo. No Capitulo 6 apareee a definigio corrente da integral definida como um limite de somas de Riemann, ‘Durante tado 0 decorrer do tivro, 0 leitor é estimulado continuamente & visualizar as relagoes analiticas em forma geométrica. Nos Cupftulos 14 15 Formulagdo geométrica direta das diversoy problemas € realyada pela intro- duedo de vetores. Todos 05 conceitos que envolvem vetores sao introduzi- dos, inicialmente, de forma geomética. Depois. deduz-se 0 tratamento “analitico™ dos vetores em termos dos componentes escalares a partir de cansideracées geométticas simples. O Capitulo 14 aborda somente os veto~ resino plano, de modo que o aluno pode familiarizar-se sem maior dificuldade ‘com 2s configuragdes planas, mais faceis de visualizar. antes de estudar os velores no espace tridimensional, © que aparece no Capitulo 15. (© Capitulo 17 inclui trés segdes (9. 10 ¢ 11) sobre integrais de linha, iegraisde superticie, teoremade Green, teoremada divergéncia, de Gauss, fe teorema de Stokes. Esta matéria deve ser especialmente benéfica para 0S ‘alunos que néo estudario tépicos mais avancados de calculo e de andlise nos cursos subsequentes. ‘Também hi um capitulo sobre equagées diferenciais. Neste cupitulo suplementar os autores cobrem as técnicas de resolusio de equagdes diferen- cuis homogéneas, exutas, lineares de primeira e de segunda ordem € equa ‘ces de Bernoulli, Também se expe sucintamente o emprego de séries de poléncias para resolver equagées diferenciais. CO andamento do curso, ¢ também a escolha des tépicas a abordar ou a tealgar, serao diferentes de escola para escola, de acordo com as exigéncias do euriculo, com 0 calendario académico ¢ com as predilegdes individuals dos professores. Com estudantes adequadamente preparados. 0 liveo todo, pode ser abordado em rés semestres on em cinco quadrimestres. ‘Em geral, os Cupitulos de 0 até 5 incluem materia) suficiente para um curso de primeiro semestre, os Capitulo de 6 até 13 sao apropriades para segundo semesire e os capitnlos restantes podem ser cobertos no terceiro Semestre. Os professores que desejarem relegar os Capitulos 12 ¢ 13 para o terceiro semestre podem substituf-los pelo Capitulo 14 O livro esta escrito, deliberadamente, para ter « méxima flexibilidade: existe muitas formas de dispor coerentemente a matéia para acomodar se ‘a uma ampla variedade de situaySes possiveis. Para os estuduntes que precisam de maiorauxilio ov de maior repeticto em qualquer topico, existe um Guia de Estudo. Este Guia de Estudo esta escrito em forma semiprogramada e ajusta-se a disposigio dos tépicos deste livro, contendo um nimera uvultado de afirmagdes para serem completadas. cuidadosamente ordenadus, e de problemas desmembrados em unidades ais simples. Os objetivas de estudo e os ensuios esto também expostos propésito de cada capitulo. As respostas de todas os problemas aparecem no Guia de Estudo a fim de estimular o auto-estudo ¢ a autoverificacio doaluno. no ritmo que Ihe for propri AGRADECIMENTOS Desejamos agradecer as seguintes pessoas, que revisatam o munuscrito © contribuiram com muitas sugestées valiosus: Protessores Gerald L. Bradley, Claremont Men's College Richard Dahlke, University of Michigan, Dearborn Garret. Etgen, University of Houston Frank D. Farmer, Arizona State University Brauch Fugate, University of ‘Kentucky Douglas W. Hall, Michigan State University Franz X. Hiergeist, West Virginia University Frank E. Higginbotham, Universi of Puerto Rico Laurence 1D. Hoffman, Claremont Men's College George W. Johnson, University of ‘South Carolina. Kenneth Kalmanson, Montclair State College Joseph F. Krebs, Boston Collexe Lymn C. Kurtz, Avizona'State University Stanley M. Lukawecki, Clemson University George E. Mitchell, University of Alabama Barbara Price, Wayne State University Russell J, Rowlett, University of Tennessee, Knoxville David Ryebum, Simon Fraser University ‘Nevin Savage, Arizona Stare University David A. Schedler, Virginia Commonwealth University Jeiry Silver, Ohio Stare University Harold T. Slaby, Wayne State Universiry Gilbert Steiner, Fairleigh Dickinson University, Teaneck Donald G. Stewart, Arizona State University Neil A. Weiss, Arizona State University Desejamos também exprimir © nosso reconhecimento aos professores Donald Catin, Thurlow Cook, Chatles Randall e Karen Zak, da Universi- dade de Massachusetts pela especial ajuda que nos deram Desejamos, especialmente, agradecer aos alunos que usaram versies preliminares deste livro. Cada idéia didatica que aparece neste livro Justifica-se por ter funcionado em classe. Algumas idéias, a primeira vista, areciam boas, mas foram: abandonadas, pois nao ajudavam aos alunos. ‘Somos gratos aos nossos alunos por nos assinalarem cudla frustracio e por concordarem em experimentar novas idéias. Devem-se agradecimentos especiais ao professor Steve Fasbinder, da Universidade Estadual de Wayne, pela revisio do manuserito, pela leitura das provas de pagina e pelu resolugac de muitos problemas, Também somos devedores te Hyla Gold Foulis pela revisao do manuscrito, pela leitura das Provas de pagina e peta resolugio de todos os problemas do livro. Final- mente, desejumos exprimir nosso sincero agrastecimento a Paula Fasulo pela hhabil Watifografia de todo o manuscrito, ¢ a0 corpo editorial da Worth Publis- hers pela ajuda ¢ encorajamento consiantes. Mustafa A. Munem David J. Fouli INDICE Volume 1 0 Revisio, 1 Niimeros Reais, 1 Solusiio de Inequagées, Intervalos.¢ Valor Absoluto, 4 O Sistema de Coondenadas Cartesianas, 10 Retas e Coeficiente Angular, 13 FungGes e seus Grificos, 20 Tipos de Fungées, 28 Eungdes Trigonomeétricas, 34 Algebra de FungSes © Composigées de Fungies, 39 FungSes Inversas, 43 wragurens 1 Limites © Continuidades de Fungies, 51 “I Limite e Continuidade, 51 2 Proptiedades dos Limites de FungGes, $7 3 Continuidade — Limites Laterais, 61 4 Propriedades de Fungdes Continuas, 67 5 Limites Envolvendo Infinito, 71 6 Assiniotas Horizontais e Yerticais, 78 7 Demonstragio das Propriedades Busicas de Limites e de Fungées Continuas, 82 2A Derivada, 90 1 Taxade Variugiio e Coeficientes Angularesdas Retas Tungentes, % ~ 2 Derivada de uma Fungio. 97 ~3 Regras Basicas para a Diferenciagdo, 104 ~4 A Regra da Cadeia, 115 5 A Regia da Fungdo Inversa e Regra da Poténcia Racional. 12° 3 ~ 6 As Equagoes de Retas ¢ Tangentes Normais, 127 7 © Uso de Derivadas para Valores Aproximados de Fungées, 130 Aplicagées da Derivada, 143 1 OTeorema do Valor Intermediirio eo Tearemado Valor Médio, 143 ~ 2 Derivadas de Ontem Superior, 151 3 Propriedades Geoméiricas dos Graficos ¢ Fungdes — Fungies ~ Crescentes ¢ Decrescentes ¢ Concavidade dos Grificos, 157 4 Valores de Maximo e Minimo Relativos de Fungoes. 167 5 Extremos Absolutos, 175 6 Maximos ¢ Minimos— Aplicagdes a Geometria, 181 7 Maximos e Minimos — Aplicagées a Fisicu, Engenharia, Comércio ¢ Economia, 186 8 Fungées Implicitas ¢ Diferenciagio Implicita, 194 9 Taxas Relacionadas, 200 Geometria Analitiea e us Cénicas, 212 1 © Circulo ¢ 2 Translagéo de Kixos, 212 2 Elipse, 218 3 Parébola, 226 4 Hipérbole. 234 5 As Segdes Conicas, 242 Antidiferenciagao, Equagdes Diferenciais e Area, 251 1 Diferenciais, 251 2 Antigerivadas, 256 3 Equagdes Diferenciais Simples e suas Solugdes, 265 4 Aplicacaes das Equacdes Diferenciais. 273 5 Areas de Regides do Plano pelo Métoda de Fracionamento, 282 6 Area sob o Grafico de uma Fungao — A Integral Definida, 286 A Integral Definida ou de Riemann, 297 1 Notagao Sigma para Somas. 297 2 A Integral Definida (de Riemann) — Definigdo Analitica, 303 3 Propriedudes Basicas da integral Definida, 311 4 0 Teorema Fundamental do Ciiteulo, 322 5 Aproximagao de Iniegrais Definidas — Regras de Simpson Trape- zoidal, 331 6 Areas de Regides Planas, 338 Aplicagées du Integral Definida, 349 | Volumes de Sélidos de Revohussio, 349 2 0 Método das Camadas Cilindricas, 358 3 Volumes pelo Método de Divisio em Fatias, 361 4 Comprimento do Arco e Area de Superficie, 369 $ Aplicagées as Ciencius Econ6micas e Biologicas, 378 6 Forga, Trabalho ¢ Energia, 361 Fungdes Trigonométricas e suas Inversas, 392 1 Limites © Continuidade das Fungdes Trigonométricas, 392 2 Derivadas dies Fungdes Trigonomeétricas, 397 3 Aplicagdes de Derivadas das Fungdes Trigonométricas, 402 4 Integragao de Fungoes Trigonométricas, 406 5 Fungoes Trigonometricas Inversas, 410 6 Diferenciagao de Fungdes Trigonométricas Inversas, 416 7 Integrais que Produzem Fungoes Trigonométricus Inversas, 421 10 n 2 B ‘Fungées Logaritmicas, Exponenciais e Hiperbolicas. 42~ 1 A Fungio Logaritmiea Natural, 427 2 Propriedades da Funcio Logaritmica Natural. 433 3A Fungao Exponencial, 438 4 Funcoes Exponenciais ¢ Logasitinicas com Bases , 444 5 Fungées Hiperbolicas, 452 6 As FungSes Hiperbolicas Inversas, 458 7 Crescimento Bxponencial, 464 8 Qutras Aplicagdes dos Logaritmos e das Exponenciais, 469 ‘Técnicas de Integragio, 479 1 Integrais que Envolvem Produtos de Poténcins de Senos e Co senos, 479 2 Integrais que Envolvem Produtos de Poténcias de Funcées Trigo- ‘nomeétiicas Diferentes de Seno e Co-seno, 485 3 Integragao por Substituicao Trigonométrica, 491 4 Integragao por Partes, 496 5 Integragio de Fungdes Racionais por Fragdes Parciais — Caso ‘Linear, 504 6 Integragdo de Fungdes Racionais por Fragées Parciais — Caso Quadrratico, $12 7 Integragao por Substituiges Especiais, $20 Coordenadas Polares e Rotacao de Eixos, 529 1 Coordenadas Polares, 520 2 Eshogo de Grificos Polares, 536 3 Cénicas na Forma Polar e Intersecdo de Curvas Polares, 544 4 Area © Comprimento de Arcos em Coordenadas Polares, $50 5 Rotagio de Eixos, 556 6 A Equagdo Geral do Segundo Grau e Invariantes por Rotacao, 561 Formas Indeterminadas, Integrais Impréprias ¢ Férmulas de Taylor, $70 1A Forma Indeterminada 0/0, 570 2 Outras Formas Indeterminadas, 577 3 Integrais Impréprias com Limites Infinitos, 582 4 Integrais Impréprias com Integrandos Hlimitados, 588 5 Formulas de Taylor, 594 Apéndice — Tabelas, Ata A@ Respostas dus Problemas Scleciouades, P 1 a P 44 Indice Alfahético, 11.01 6 Volume 2 Séries Infinitas, 606 1 Seqiigncias, 606 2 Séries Infinitas, 616 3 Propriedades de Séries Tnfinitas, 625 4 Séries de Termos Nao-negativos, 633 $ Séties Cujos Termos Mudam de Sinal, 643 6 Séries de Poténcias, 653 7 Continuidade. Integragao ¢ Diferenciagdo de Séries de Pote= as, 659 sea cen RAL G4 ANE WENT AR 8 Séties de Taylor e Maclaurin, 668 9 A Série Binomial, 676 i by 4 18 7 Vetores no Plano, 686 1 Velores ¢ Adicio de Verores, 686 2 Muitiplicagao de Vetores por Escalaces, 689 3 Produto EScular, Comprimento © Angulos, 697 4 Equacoes na Forma Vetorial, 705 5 Equagdes Parametiicas, 711 & Fungdes de Valor Verorial de um Escala, 718 : 7 Velocidade, Aceleragio e Comprimento de Atco, 726 8 Vetores Normaise Curvatura, 731 Sistemas de Coordenadas e Vetores no Espace Tridimensional, 748 | Sistema de Coordenadas Cartesianus no Bspago Tridimensional, 748 2 Vetores no Espugo Tridimensional. 756 3 Produto Vetorial e Produto Mista de Vetores no Fspayo, 763 4 Identidades Algcbricas e Aplicagaes Geométricas para Produto Veiorial e Misto, 770 $ Equagdes de Retas e Planos no Espago, 725 6 Geometnia de Retas e Planos no Espago. 784 7 Fungoes Vetoriais ¢ Curvas no Espago, 795 8 Esferus, Cilindros © Superficies de Revoluyio, 806 9 Superficies Quadnicas, 812 19 Coordenadas Cilindricas e Esféricas, 822 Fungoes de Varias Varidveis e Deri das Parciais, 837 Fungdes de Vsiias Varidveis, 837 Limites e Continuidade, 844 Denvadas Parciais, 833 Aplicagdes Elementares das Derivadas Parciais, 859 Apreximagao Linear e Fungdes Diferencidveis, 863, As Regras da Cadeia. 872 Denvadas Direcionais, Gradientes, Retas Normais ¢ Planos Tan- gentes, 883 Derivacas Parciais de Ordem Superior. 896 Extremo para Fungdes de Mais de Uma Variavel, 905 Multiplicudores de'Lagrange, 914 Integracao Muiltipla, 927 1 lotegrais Repetidus, 927 2A Integral Dupia. 932 3 Cilculo de Lotegrais Duplas por Iteragdo, 942 4 Aplicagdes Elementares das Integrais Duplas, 952 5 Integesis Dupas em Coordenadas Polares, 964 6 Integrais Triplas, 972 7 A Integral Tripla em Coordenadas Cilindricas € Esféricus. 981 8 Aplicacdes Elementares de Integrais Triplas, 990) 9 Integnuis de Linhas © Teorema de Green, 997 10 Area de Superficie e Integrais de Superficie, 1010 1 O Teovema da Divergencia ¢ o Teorema de Stokes. 102) Apéndice — Tabelas, Ata As Respostas dos Problemay Selecionados, P 1.4 P 19 Indice AMabéticn, 11.016 Calculo REVISAO 0 objetivo deste capitulo é fornecer a base matemtica necessiria para a boa compreensio do calculo. Inicia-se pela apresentagao de algumas pro- Priedades do conjunto dos niimeros reais, sem no entanto se deter demais, neste tépica. Desenyolvem-se também alguns \épicos da keometria analitica basica; expoe-se a nogda de fungdo e se introduz a Algebra de fungdes. Através de um tratamento conciso. incluimos aqui as fungoes trigonométr- cas. Embora grande parte da materia abordada neste capitulo ja deva ser familiar a muitos dos leitores, € preciso advertir que ela deve Ser revista, ainda que rapidamente, a fim de proporcionar uma melhor compreensio dos capitulos seguintes. Numeros Reai Talvez a aproximagao mais intwitiva da nocao do conjunto de nimeros reais seja considers-los como correspondendo a pontos situados ac longo de uma rela infinita, Suponha gue um ponta fixo O, chamado de urigem, € um outro ponto fixo U, chamado, fe, sejam escolhidos na linha retaZ, (Fig. 1), A distincia entre O e Ui é chamada distancia jritaria, que pode ser de [ polegada, | centimetro, | milha. | parsee. ou qualquer outra unidade de medida desejada. Se a linha reta L ¢ horizontal, € costume tomar U a direita de 0. Dit atara Fig. 1 sS o @ Fig. 2 bob he he Fis. 3 faa "hh fa” & A cada ponto P na linha reta L é agora asséeiada uma coordenada x representando suadisidncia oriendacda daorigem 0. Assim, x = +d, onded é distancia de O aP medida em termos da unidade adotada (Fig. 2). 0 sinal + € usado quando P esta a direita de O, ¢ 0 sinal ~ € usado quando P esti & esquerda de 0. A origem 0 ¢ associada & coordenada 0, € 0 ponto unidade, & coordenada | Fig. 4 CALCULO, Quando @ cada ponto na linha reta /. tiver sido associada uma coorde- nada, de acordo com o que foi deserito acima, alinha é chamada uma escale nwnérica, uma reta munérica ou ainda um ¢ixo de coordencdus. Tal eixo de coordenadas aparece na Fig, 3, onde as coordenadas numericas de alguns Poucos pontos selecionados sao mostradis explicitamente. F conveniente colocar-se uma penta de seta no eixo de coordenadas a fim de indicat direcdo (paraa direita na Fig. 3) na qual crescem as coordenadas numéricas, Nao € possivel mostrar as coordenadas de todos os pontos na escala numérica de modo explicito, ja que eles sao em ntimero infinitamente grande € em breve esgotariamos todo 0 espaco. a inta e a paciéncia disponiveis. No entanto, é conveniente imaginar todas essas coordenadas dispostas de uma 86 vez ao longo da feta L.. Chamaremos 0 canjunto de todas essas coordens das de canjunto dos minieros reais, e representaremas esse Conjunto infinite pelo simbolo R. Dois niimeros reais x € y de ® podem ser combinados através das ‘operagdes aritméticas usuais a fim de se obierem novos nlimeros reais.x + ¥, 2Y, — ye (desde que y + 0) x + y. (No estudo de algebra e do calculo € geralmente mais adequado utilizar + ou x/y do que x + y). E possivel tam- bém comparar x ¢ y para observar qual é o maior. Por exemplo, sey é maior gues, escrevemosy > x (oux <3), UmaproposieSo da formay > x (oux 0. neste caso dizemos que.x € win nimero real postive; ou x = 0. neste caso x nao & nem positive nem negativo, 1 3 ‘Numa escala numérica horizontal, os nlimeros positives sio coordena- das de pontos situados a direita da origem, e os mimeros negatives sio coordenadas de pontos situados a esquerda da origem (Fig. 5). ma 6 [Numeros negatives Niimeros positivos As seguintes regras para se trabalhar com desigualdades devem ser familiares ao leitor. Regras para se trabalhar com desigualdades Suponha que a,b, ¢ ed sejam nimeros reais, 1Se aOjenioaccbee Te EXEMPLO REVISAO, 3 4Seabe € S Seach © b He, ou Sea —¥e < feo As vezes torna-se necessério trabalhar com afirmativas que asseguram a niio-validade decertas desigualdades. Assim, pelo principia datricotomia, se adesigualdadea <6 nio & verdadeira, entao oua >> ou a =b. Neste caso, dizemos quea € maior ow igtal ab ¢ escrevemas a =. Por definigio b 3,cntaox cy. (e) Sex = y, emtao ~5x = —S5. () Sex? = 9, entaoy = 3 (e) Sex =2ey >a, entioy > 0. 2 Prove que sex # Gemiao x* > 0. (Sugestdo: Polo principio da tricotomia, se x #0. entio x > Dou x <0, Considere os dois casos x = 0-ex <0 separadamente) 3 Mostre que ‘as < an 4 Prove que se 0 <4 <5, entio Hix Uy: 5 (a) Sob que condiydes x > 0? Explique tb) Sob que condi 0? Fxplique. (©) Sob que condigoes —1 = 0? Exphque. 6 Suponha quea > Oxb > 0, > Oed >°0, Prove emtio ue sea 0, entio Ii > 0. 16 Prove que sex > 1, entio 0 < Ix <1 2 Solucéo de Inequacées, Intervalos e Valor Absoluto Se alguém é requisitado para resolver uma equagio, geralmente é pedido que se ache o valor (ou 0s valores) da varidvel (ou variaveis) que tornem a ‘equagio verdadeira. Analogamente, para resolver uma inequagao é neces tio determinar todos os valores da variavel (ou varisiveis) que tornam verda deira a desigualdade, Este conjunto de valores € denominado coninnto-salie- Go da inequagio. EXEMPLO — Resolva a inequagio.x + 3<5x—1 SoLugao, x43<5x-1 3.<4x— 1 somando-se —x a ambos os lados 4<4x —_adicionando-se 1 a ambos os lados lex dividindo ambos os lados por 4 o 1 a | nfo pertence 20 Fig 1 conjunto-solugao Portanto, a solugo € 0 conjunto de todos nlimeros reais que so mi 1 (Fig. 1). Na Fig. 1, observe que © conjunto solugdo consiste em um trecho continuo da linha reta L. Tais conjuntos, denominados invervcios, sempre surgem como conjunto-solugao de inequagdes. Os intervalos sito classifica: dos da seguinte Forma res que Intervalos limitados 1 0 intervato aberto de a até b, denotado (a,b), € 0 conjunto de todos os nmiimeros reais taisx quea a (Fig. 6). 2 Oiniervalo aberto de —= atéa, denotado (—=,a), €0 conjunto de todos os mimeros reais.x tal que x < a (Fig. 7) 3 Ointervalo fechado dea até +, denotado |a,+=),éoconjuntode todos vs rnimeros reais « tal que x = a (Fig. 8). 4 Ofntervaio fechado de —watéa, denotado (—»,a], € oconjuntode todos os, ‘umeros reais x tal que x = a (Fig. 9), $ A notagio de intervalo (—, +) € utilizada para denotar 0 conjunto = de todos 05 timers reais. SS Fe. 6 “zoimeralo Hig. 7 “Bicone Se 4 perience Fig. 8 aointervalo Fig. 9 EXEMPLOS: DEFINICAO 1 CALCULO Deve ser ressaltado que +, ¢ = sido apenas simbolos convenientes ¢ 1a numeros reais. Quando estes simbalos sao utilizados pars descrever os incervalos nao-limitados conforme foi visto acima, geralmente se escreve spenis =, a0 inves de +2. Por exemplo, (5.2) representa 0 conjunte de todos ‘0s numeros reais que si maiares que 5. Resolva a inequagiio abaixo e mostre © conjunto-solugdo na escala de mime- ros. xP 43e+2>0 SoLucao Visto que x* + 3x + 2 = (x +1) (x + 2), a condiggo x? + 3x +2206 equivalente a(x + 1) (x + 2) = 0. Aqui a igualdade ocorre somente sex = —1 ou x= ~2, Pode-se afirmar também que a desigualdade estrita (x + 1) (x +2) > 0 acorre se € somente se x + 1e x + 2 tem o mesmo sinal alge! Primeiro, consideremos a situagao em que x + 1€.x + 2s4o ambos pos ou seja, x > —1e x > =2. Note que se x > —I, entao x > ~2 ocorre automaticamente; portantox + 1e x + 2 serao ambos positivos precisamente quando x > —1. Finalmente, consideremos a situacdo em que x + Le x + 2 sa0 ambos negativos, ou seja,.x< —I € x <—2. Observe que sex < —2, entdo.x < —1 ocorre automaticamente: portanto x + Le x + 2 serio ambos negativos precisamente quando x < —2. As consideragées acima mostra que x? 43x4220 facontece precisamente quando x= —2 ou x = 1. Portanto, asd los (~#,—2] e [=1,2) constituem o conjunto-solugao (Fig. 10). 2 4 Fig. 10 pe ax+5 = <0 SoLUgAO A inequagao seri verdadeira se 0 numerador 3x + 5.¢ 0 denominador x apresentarem sinais algébricos opostos. Primeiro. consideremos i situa em que 3x + 5€ positivo e x — SE negative, ou seja, x > —Mse.x <5. Esta sitiacao é obtida precisamente quando x pertence ao intervalo aberto (2,5). Observe que a situaeao oposta, na gual 3x + 5é negative ex — positivo, nao pode ser obtida nunca, jd que isto obrigariaa x < —%/s€ x> Sao mesmo tempo. Portanto 0 conjunto-solugao dainequacao Gx +5)/(x ~ 5) <0 € 0 intervalo aberto (—%2,5) (Fig. 11). Fig. 1 a oe 1 Valor absoluto A nogo de valor absoluto desempenha um importante papel na geome- tria analitica e no cileulo. especialmente em expresses que apresentem a stdncia entre dois pontos numa teta. A definicao de valor absolute € bem. simples. Valor absoluto Sex éum mimero real, entao.0 valor absoluto de.x, representady por € definido a seguir sex>0 sex <0, Fig. 13 EXEMPLO ‘TEOREMA 1 EXEMPLO, REVISAO 7 Porexemplo,|7/= 7 porque 7 = 0, (0 porque ~3 <0. Observe que:a valorabsoluroueum namero real exempre nau negativa. Relembrando a definicao de raiz quadrada (principal), vimos que x =. = Evidentemente, |x|? = x, Geometricamente, © valor absoluto de um nuimero real x € a distancia entre o ponto P cuja coordenadaé.x ea origem O, néo importando se P esta a direita ou esquerda de O (Fig. 12). Mais genericamente, se P e Q sio dois pontos de ret numérica com coordenadas a ¢ 6, respectivamente, entio a distincia enire P eQ é dada por |a ~ b) (Fig. 13). A titulo de simplificacao, os referimos.@ esta distancia como ‘a distancia entre dois nimeros « eb". Porexemplo, adistincia entre 4¢7¢ [4 ~ 7|=|=3)=3,adistanciaentre -2¢2 6|-2— 2) = |-4] = 4, assim por diante. Oporque 0=0e|~3) Fig. 12 Muitas das propriedades do valor absoluto podem ser estabelecidas considerand-se todas os casos possiveis nos quais as quantidades em ques- tio sto positivas, negativas ou iguais & zero. Mostre que ~| = x= |x| € verdadeiro para qualquer mimero real x. SoLucAo Se x= 0, entao |r| = x, ussim x = |x| € verdadeiro, Também se x = Dentio — “x0< x, assim —[a| = 6 verdadeiro. Logo, —[x| 5.x = |x| € verdadeiro sex=0. Por outro lado, se x < 0, entio |x| = —x, assim —fx| = <0 < —x = |r, portanto —|x| =x = |x| € verdadeiro se x < 0. ‘Uma das mais importantes propriedades do valor absoluto é a desiguai- dade triangular mostrada no seguinte teorema: Desigualdade triangular Sea eb sto ndmeros reais, entao a+ 6) = lal + Prova Do exemplo imediatamente anterior, ~|al < a < ja] ¢ —[b| = b= bl. Somando-se estas desigualdades, obtemos ~(\a| + |b) )). Sea +h =0,entio |a + 6| a + b= (lal + |A)). Se, por outro lado, a + b= 0, entao |a + 5) =(a + b) (Jal + |b). Em ambos as casos a + 6 = [al + |b) Use a desigualdade triangular para mostrar que ‘quaisquer nimeros reais a € 6. — bl < fal + [6 para SoLucao Utiizando a desigualdade triangular e 0 fato elementar de que |~b) = |b), temos: Ja—b| = a+ (—8)] sla] + [3] Jal + [bl Para futuros cilculos em que se apresenta o valor absoluto, tem-se a seguinte lista de propriedades baisicas: 8 CALCULO, Propriedades do valor absolute ‘Suponha que x € y sd0 nuimeros reais. Entao: 5 [xl = |p| se, e somente se x= +) 6 |x| ) ou a (—,0). fe) Todos 08 niimeros.x que pertencem a ambos 0s intervalos (02) ¢ (3.2) simulta- neamente, (®) Todos 0s tiimeros x que pertencem a ambos 0s intervalos (~ simultaneamente, 2. Use a notagéo de intervalos para representar cuca conjunto assinalado na Fig. 14 De (2,5) REVISAO ’ pe « 2 © (©). +4. > + 4 + + 0 2 ’ 7 MO —— ye ys gs o 3 3.exchuido 7 fee Gree ea ee aR 3 Fig. 4 Nos problemas 3 21, ache todos os niimeros reais que satisfazem a desigualdade, Expresse a solugo com i notaglo de intervalos ¢ represente-a na reta dos reais. 3 10x < 18 + 4x 4i
-4—de > -8 g2-43 x1 2 32 (9—2x| 2 [7x] 33 [3x +5] < 241] 34 [x2 24x41 35 |5— Us| <2 [36 Suponha quea eb sioniimerosreaiscoma ——— I ttt —taoe Ov tos 3) 0m nice FS etyco sS0yee Agora, seja P um ponto genérico ao plano, Trace perpendiculares por? aos eixos ‘x’ e “'y"" (Fig. 4) Sejam os pontos P,¢ P, aqueles em que estas perpendicularesencontram oseixos “x” e'"y" respectivamente. A coordenada x deP, no eixo horizontal € denominada dscissa de P, enquanto que a coordenada y de Pz no eixo vertical é denominada erdenid de P. Os nimeros reais "x" €"y" sao as coordenadus do ponto P. Geralmente estas coordenadas sao representadas por um par ordeitude (x,y) com a abscissa em primeiro lugar e a ordenada em segundo, entre parénteses, (Infelizmente esta € a mesma simbologia ulllizada para denotar um intervalo aberto: contudo, no contexto em questo nao haverd possibilidade de dupla interpretac3o.) Um sistema de coordenadas cartesianas estabelece uma correspondén- cia binumériea entre os pontos P no plano e os pares ordenados (x,y) de ntimeros reais. Se o ponto geométrico P corresponde ao par ordenado (x.y), indicamos P ~ (x,x). Assim, o conjunto de todos os pares ordenados de rnimeros reais € denominado plano cartestano, plano xy ou plano coorde- nado. @-um par ordenado (x,¥) € referido como um porto. Os eins “x e"'y”” dividem o plano em quatro regides disjuntas denominadas qiscrantes, denotadas por Oy Qu Om € Ory € denominadas de priineiro, segunda, rerceiro e quarto quadrantes, respectivamente (Fig. 5) 3.1 A formula da distincia Uma das propriedades mais notiveis do sistema de cvordenadas carte- sianas é.a facilidade com a qual a distancia entre dois pontos?,¢P; pode ser calculada em fungao de suas coordenadas, Simboliza-se o seamento de reta entre P, ¢P. por P,P, e uiliza-se a notacao |P;Ps| para o comprimento deste segmento, de tal modo que d = (FP,). Assim podemos enunciar seguinte teorema: 2 cALCULO TeOREMA 1A férmula da distancia SePy = (xy) ) 6; 21¥2) Sav Uois panies no plano cart no, endo IPR) = GP + A formula da distincia é simplesmente consegiiéncia do teorema de Pitigoras, o que pode ser comprovado pela Fig. 6 Y Fig. 6 Observe que PP; € hipotenusa do tridngulo retanguloP QP2, onde Q = (ayy), entio IPiQi=|xa-x.) © [QP] = [v2 vals portanto, pelo teorema de Pitdgoras, |PiP2 |sa— mal + |y2— 4 = (2m) + Ga — yi) Considerando a raiz quadrada de ambos os membros da iltima equagao, ‘obtemos a formula da distancia do Teorema | EXEMPLO Determine adistincia d = [PVP,|seP = (— P, no plano cartesiano. 2)eP, = (3,-2). Represente Pe Sovugao 4=V/B Dp + ( y = FE AP DAV Usa-se um sinal de igual estilizado ~, significande aproximadamente igual a; sto é, na Fig. 7 temos d= 4/2 ~ 5.657 unidades de comprimento Fig. 7 REVISAO, B Conjunto de Problemas 3 Nos problemas 1 €2, representeo ponto M no plane eartesiano e dé as coordena- das N, Re S tais que: (a) O Segmento de reta MI € perpendicular ao eixo x ¢ & dividido ao meio por este {b) O segmento de reta AFR € perpendicular ao eixo y e & dividido ao meio por este. (6) O sexmento de reta M15 ¢ dividido a0 meio pela origem. 1 M=(3,2) 2 M=(~4,-3) Nos problemas 3.7, ache a distncia entre os dois pontos dados. 3 (-2-4) € (-3-7) 4 (-47) e QAI S$ (.-1) © (7.3) 6 (4) © (4,0) 7 0.0) © (-8,-6) 4 Verifique a vabidade da formula 6a distincia para o aso em que um ponto est no terceiro €-0 outro.no segundo qudrante 'Nos problemas 9 até 12, utilize a formula da distancia e a aplicagio do teorema de Pitagoras para mostrar que 0 trangulocomos vértices dados é um triangulo retangulo, 9 GILG). @ 15.7) 10 (0.0) (43, © (22) WL =, -2) © (HL) 12 (-4.-4, 0.0), & (5-5) 13. Mostre que a distancia entre 08 pontos (xi) (rays € igual distancia entre 0 fame he gt) ee ore , 14 SeP. Py'c Py sig trés pontos no plan, ento P, pertence a0 segmento de reta ettabelecido por ePsse,esomente se, P,P = [EE] + [GPa lustre geomet Samonte este fata cons diagrams, Nos prblenas 13s 17 determin se, pevtencerd ao segméiio de feta esabele. cia em P, e Ps. verieundo se [PxPy = P| + (PP3. (Wein o problema 18), 15 P, = (12) Pp = (0.3). Py 17 Py = (23, Pp = 0.3 1.3) 16 P= (- (-1,5) Ps = 11) Nos problemas 18. 19, use a formula da disténcia para determinar se o tridngulo ABC € on ni isdsceles, 18 4=(-S1). B=(-6, 2,4) 19 4= (6-13), B= (8-2, C= (21-5) (x,y) pertence 4 reta passando por P, = (~3,5) ¢ P. P,P). Utilize a formula da dis de P. (Hit duas solugoes.) =12,eP part scharas coordenadas 4 Retas e Coeficiente Angular Aslinhasretas, num plano, tém equacées muito simples, relativamente a tum sistema de coordenadas cartesianas. Estas equagoes podem ser deduci das utilizando-se 0 conceito de ficfinacdo, ‘Considere 0 segmento de reta inclinado AB na Fig. | A distancia horizontal entre eB é chamada pas‘o, eadistancia vertical entre A eB € denominada elevacdo. A razao entre a elevacao € 0 passe 4 chamada de inclinacdo ou cocficiente angular do segmento de reta ¢ 1? tadicionsimente denotado pela simboto m, Portanto, por definisae: Elevusio: inclinagao de AB = mr : ig 4 Se girarmos 0 segmento de reta AB de modo que este se aproxime Sz vertical, aumentaremos a inclinagio © conseqientemente o passo dimina aumentando-se indefinidamente a inclinagao, Quando o seemente de reta s 4 EXEMPLO CALCULO, evapo neva Fig. 2 tora vertical, a inclinagdo m = elevactio/passo torna-se indefinida. ja que o denominador € zero. Neste caso algumas ve7es dizemos que o coeficiente angular € infiniyoe denota-se m = 2, / SearetaAB ¢ horizontal, sua elevacao € zero, € assim a inelinagao m = clevasio/passe ¢ zero. Se AB apont para baixo e para.a direita, como na Fig 2, sua elevagio € considerada negativa, ¢ portanto sua inclinagio m elevacio/passo € negativa. (O passo € sempre considerado nao-negativo.) Agora seja um sistema de coordenadas cartesianas ¢ o segmento de reta AB, onde A= (yy) € B= (20 (Fig. 3). Nesse caso aclevacio€ ys yy.e (© passo € ¥, ~ x,, € assim o coeficiente angular m & dado por dao X2—%y E claro que a Fig, 3 representa uma situago particular na qual B esta situado acima e's direita de A: contuco.o leitor pode verificar os outros cases possiveis ¢ ver que a inclinacéo nt de AB é sempre dada pela formula acima. Isso nos conduz ao seguinte teorema Fig. 3 A frmuta da inclinagio SejamA = (rays) eB = (rv) dois pontos do plano cartesiano. Entito. visto que x, 4.12, 0 cocticiente angular m do segmento de reta AB ¢ dado por m X— xy Sea (8,-2) e B = (3,7) determine o cveficiente angular m de AB. SoLucao Considerando os tidngulos semelhantes na Fig, 4. observa-se que dois segmentos de reta paralelos AB e CD tém o mesmo coeficienie angular Analogamente. se dois segmentosderetaAB eCD estio subrea mesma rela, ‘TEOREMA 2 EXEMPLO. REVISAO 18 Fig. § ‘como na Fig. 5, eles tém © mesmo coeficiente angular. A inclinagio comum @ todos os segmentos ve eta 1 € denominada de inclinacao ou coslcient angular de Como dois segmentos de reta paralelos tém o mesmo coeficiente angu- lar, conelui-se que duas retas paralelas tém o mesmo coeficiente angular. Consegiientemente. é facil ver que duas retas que possuem o mesmo coefi- ciente angular sao paralelas, © que conduz ao seguinte teorema: Condigéo de paralelismo Buas retas ndo-verticais, distintas, sito paralelas se. e somente sc, pos- suem o mesmo coeficiente angular vertical, com inelinagao m ¢ contendo um xy) € um outro ponto em Z, entao, pelo y)/ xy); portanto x,,¥;) (Fig. 6). Se P Teorema |, m = (y — Voy = mls — x). Observe que a equacdo é vilida mesmo quando P = A, quando ela se reduz a0 = 0, De fato, afirma-se que esta € a equacdo da eta L, entenden- do-se que tal equacao é satisfeita pelos pontos (x,y) em L. Reciprocamente, qualquer ponto(x,3) que satisfaca a essa equacdo pertence aretaL. (A dltima afirmagao € conseqiencia do Teorema 2.) A equagao yyy = mlx — x1) € chamada de forme do porto cugfiviente angielar para a equagio de L. Seja Za reta de coeficiente angular 5 contendo o ponto (3.4), Represente a eguagio de L sob a forma do ponto coeficiente angular, determine onde Z, intercepta o eixo dos y, desenhe um grafico mostrandoL ¢ os eixos coordena: dos ¢ décida se 0 ponto (4.9) pertence ou nao a L. SoLUcAo A forma de ponto coeficiente angular da equagao daretaL éy ~ 4 = Slr ~3). Esta equacao pode ser colocada na forma y = 5x~ 11.SeL intercepta 0 eixoy a ponto (0.8), entas b = S{0) — 11 = 11. Visto que (11) e 3.4) pertencem aL, ¢ facil tragar L unindo-se estes dois pontos por uma reta (Fig, 16 CALCULO 7), Se fizermos x = 4e y = 9 na equacdo para L, obteremos 9 = S{4)— 11, 0 que € verdadeiro. Logo (4,9) pertence a Suponha que £ seja uma reta genérica ndo-vertical com coeficiente angular m. Visto que L nio € paralela ao eixo “'y”, ela deve intercepté-lo em. algum ponto (0.) (Fig. 8). A ordenadab deste ponte de intersecao ¢ denomi- ada ordenada d origem ou coeficiente linear. Visto que (0.5) pertence aL, pode-se representar a equacao sob a forma ponto coeficiente angular como y ‘m(x = 0) para ZL, que simplificada da yome th, que € chamada de forma do ponto coeficiente angular da equagio para L. 0.09 L EXEMPLO Em 1977 Solar Electric Company obteve um lucro de Cr$ 3,17 por agao ese espera que este aumente de Cr 0.24 por ano por acao. Contando-se 08 anos de modo que 1977 corresponda a x = Oe os sucessivos anos. eassim por diante. ache a equagaoy = mx + bdalinhareta que habilita a companhiaa predizer seus lucras nos proximos anos. Esboce um grifico mostrando esta Tela e estime seu lucro por agav no ano de 1985, SoLvcao Quando x=0,y = 3,17:10g03,17 = ni) +b, eassim b = 3,17. Ora.entao mx + 3,17, Quando x aumenta de 1, y aumenta de 0.24, logo m= 0.24. A equacio portanto é y = 0,24x + 3,17. Em 1985,.x= Be y ~ (0,248) + 3.1 5,09. O lucto previsto por ago em 1985 € C15 5,09 (Fig. 9) Uma reta horizontal tem inelinagao zero: portanto tal reta tema equagaio ¥ = Ox) +b, ou mais simplesmente y = ), na forma reduzida (Fig. 10). A ‘equacdo y ='b néo impde nenhuma restricdo & abscissa x do ponto (x,y) na rela horizontal mas exige que todas as ordenadasy tenham 0 mesmo valor b. y y= 024 +3417

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