oja que mal vejo o tempo passar. Levantei da cadeira e peguei meu casaco que est ava pendurado nela. Caminho at a sada passando a mo pelos discos antigos que esto a mais tempo nessa loja do que eu posso imaginar. Sai pela porta da frente, tranqu ei a porta. Estiquei-me para alcanar a grade, quase fiquei na ponta dos dedos do p, mas enfim consegui. Desci a grade e coloquei o cadeado na fechadura rente ao c ho. Olho pra frente e posso ver de relance as luzes que indicam o nome falhando a cima de mim. Fechei o casaco e coloquei meus fones de ouvido. As ruas esto glidas e vazias, par ece que apenas eu tenho coragem de andar na rua a essa hora. Comeo a andar mais rp ido, sinto que a rua e sua escurido vai me engolir de alguma forma. Corro. Olho p ara trs e no vejo nada. Recomponha-se garota penso comigo mesma no h nada de errado, t dos os dias voc anda nessa rua, e nada de ruim te acontece diminuo um pouco a velo cidade dos passos, mas continuo caminhando ligeiro. Vejo virar a esquina logo a frente, um rapaz bonito que me encara muito, cruzo os braos e abaixo a cabea, mas assim que o vejo passar ao meu lado, olho para ele por um breve tempo e viro a e squina. ... Entro em casa e deito no sof. Comeo a relembrar a noite, especificamente aquele mo mento. Virei a esquina e l estava ela. Ela no era do tipo que quando passa atrai todos os olhares, era do tipo em que para perceber seus traos de beleza voc tem que ser be m perceptivo. Cabelos loiros com um azul desbotado nas pontas estavam bagunados p or seu rosto como se ela tivesse corrido. Sai do cabelo e fui para o rosto. Sua expresso era de um mistrio que no pude deixar de notar. Os olhos, ah! Aqueles olhos , aqueles grandes que me olharam de repente quando passei ao lado dela, olhos qu e hipnotizam, bastou uma pequena olhadinha e pronto, eu queria ir atrs dela, esta r perto dela. Eu no sei o que ela fazia completamente sozinha na rua to tarde da noite. Me pergu nto se vou v-la novamente.