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y] Estrategia CONCURSOS Aula 00 Portugués p/ TRE-PB (todos os cargos) logge Rec WWW.CON O maior RATEIO de MATERIAIS p Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 SUMARIO APRESENTACAO.. so CRONOGRAMA E OBJETIVO DO CURSO. INTRODUGAO... 1. PONTO FINAL. 2. DOIS PONTOS. 3. RETICENCIAS.. 4, PONTO E VERGULA. 5. PONTO DE INTERROGACAO.. 6 7 8 9. . PONTO DE EXCLAMACAO.. . TRAVESSAO..... . ASPAS.... . VIRGULA.. QUESTOES COMENTADAS. LISTA DE QUESTOES COMENTADAS NESTA AULA. GABARITO.. QUANDO RESUMO ORACOES... Observacao importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislacio sobre direitos autorais e dé outras providéncias. Grupos de rateio e pirataria sdo clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 1de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet roel Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 APRESENTAGAO Ola, caros alunos!! E com imensa alegria que comegaremos com esta aula © curso preparatério para o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PB), para Analista e Técnico Judicidrio! J4 temos o edital lancado!! Isso significa que: NADA DE ESPERAR MAIS! Bora estudar, galera!! Minha fungao aqui é ajuda-lo da melhor maneira possivel a alcangar 0 seu objetivo que é ser aprovado neste concurso. Esteja certo de que farei tudo para que isso aconteca, pois o seu sucesso é também o meu! Para que me conhesa, falarei brevemente sobre mim: meu nome é Rafaela Freitas, sou graduada em Letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde resido, e pés-graduada em Ensino de Lingua Portuguesa, pela mesma instituigéo (UFJF). Desde que me formei, em 2008, tenho trabalhado com a preparagéo dos alunos para os mais diversos concursos ptiblicos, em cursos presenciais, no que tenho colocado énfase em minha carreira, embora também trabalhe com turmas preparatérias para vestibulares. Sou uma apaixonada pela nossa lingua me e por ensina-la! Tenham a certeza de que o portugués, j4 neste curso, n&o serd um problema, mas sim a solucao! Vocé sabe muito mais dessa lingua do que imagine! Confie em mim e principalmente em seu potencial! Com relagéo é banca examinadora, sera a Fundagdo Carlos Chagas (FCC). Uma bance tradicional em tribunais e que tem um jeito bem especifico de cobrar 9 contetido! Conhecer a banca € fundamental para a sua aprovagao! O presente curso seré elaborado 100% focado no edital em curso para todos os cargos. As provas objetivas serao no dia 29 de navembro de 2015. As inscrigdes poder&o ser feitas, exclusivamente via Intemet, no periodo de 10:00h do dia 14/09/2015 as 14:00h do dia 13/10/2015 (horério de Brasilia). Sabendo disso, garanto um curso de qualidade e completo. Além de atendimento para cada aluno que solicitar via e-mail ou férum de duividas. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 2de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet pits Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico Judicidrie Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 OBJETIVO E CRONOGRAMA DO CURSO Este curso tem por objetivo trazer para os alunos o contetido teérico e auxilid-los na resolugéo do maior numero de questées possivel, baseado no Ultimo edital. A ideia das videoaulas é possibilitar um melhor aprendizado para aqueles estudantes que tém mais facilidade em aprender apenas com as aulas em PDF. Para que seja completo e satisfatério, proponho que © curso seja dividido da seguinte maneira, de acordo com o contetido programético do ultimo edital: CRONOGRAMA AULA MATERIA LIBERAGAO 0 Pontuacao. 08/08/2015 Ortografia oficial. Acentuagao grafica. 1 19/08/2015 Redagao (confronto e reconhecimento de frases 2 corretas ¢ incorretas). Intelecgao de texto. 28/08/2015 Flexao nominal e verbal. Emprego de tempos e 3 mrss ie 11/09/2015 modos verbais. Vozes do verbo. Pronomes: emprego, formas de tratamento e 4 colocacio. 25/09/2015 Advérbio 5 Concordancia nominal e verbal. 09/10/2015 6 Regéncia nominal e verbal. Crase. 23/10/2015 Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 3de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet = Ungua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 7 Andlise do perfodo simples e do periodo composto | 06/11/2015 Desde ja, coloco-me & disposigao para qualquer duvida ou esclarecimento, pelo e-mail: professorarafaelafreitas@gmail.com ou ainda pelo forum de davidas. Vamos comecar os nossos estudos! INTRODUCAO Queridos alunos, vamos iniciar agora o estudo de um contetdo da Lingua Portuguesa que é de extrema importéncia, sabem por qué? Vamos ver.. - Saber pontuar com adequagao um texto escrito fara com que vocé seja fiel no s6 As regras da gramatica normativa (0 que é bem importante para os concurseiros!), mas faré com que seu texto seja o mais fiel possivel ao texto falado, quando transcrito para a escrita! Isso se d& porque a pontuagao is graficos empreaados na lingua escrita a fim de tentar recuperar recursos especfficos da fala, tais como: entonagao, jogo de siléncio, pausas, expressées faciais, hesitagées, gestos, etc... s&o si - Em concursos em que questées discursivas s&o cobradas, saber usar os sinais de pontuacao é crucial! O texto deve ser coeso e coerente e um uso falho dos sinais de pontuaco deixa a desejar nesse quesito e pode até arruinar 0 seu texto! - TODAS as bancas trazem questées sobre pontuacao. Prof Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 4de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 - Nada como um texto bem pontuado para garantir ritmo e evitar ambiguidades (aquele duplo sentido indesejado que algumas frases assumem por conto de problemas de coesdo, como mé pontuago ou falta dela). Vejamos exemplos disso: Vocé viu o professor Jonas? Vocé viu 0 professor, Jonas? Na segunda frase, a virgula esté isolando 0 vocativo Jonas, alterando completamente o sentido. Na primeira frase, 0 professor chama-se Jonas, na segunda, é para Jonas que 0 locutor pergunta onde estd o professor. O mesmo vai acontecer na segunda frase a seguir, com o vocativo minha mae: Por favor, ouca minha mée. Por favor, ouca, minha mae. A virgula tem o poder de mudar o sentido de uma frase! Relembrando... VOCATIVO: palavra ou expressio usada para invocar, chamar o interlocutor. O texto que segue € de um autor desconhecido. Trata de forma bem humorada o quanto uma pontuacdo diferente pode modificar o sentido de um mesmo texto. Leia: “Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim: Deixo meus bens 4 minha irma nao a meu sobrinho jamais sera paga a conta do alfaiate nada dou aos pobres. Prof® Rafacla Freitas Www. estrategiaconcursos.com.br 5de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Morreu antes de fazer a pontuag&o. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro os possiveis contemplados. 1) O sobrinho fez a seguinte pontuacéo: Deixo meus bens a minha irm4? Nao! A meu sobrinho. Jamais sera paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 2) A irm& chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens & minha irm&, N&o a meu sobrinho. Jamais seré paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 3) 0 alfaiate pediu cépia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: Deixo meus bens & minha irm&? Nao! A meu sobrinho? Jamais! Sera paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres. 4) Ai, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretagaéo: Deixo meus bens & minha irm&? Nao! A meu sobrinho? Jamais! Serd paga a conta do alfaiate? Nada! Dou aos pobres. Assim é a vida. Nés é que colocamos a pontuacao. E isso faz a diferenga.” Cavs ais fundo Vamos seguir com os nossos estudos trabalhando cada um dos sinais de pontuagao, como usé-los e como eles so cobrados nas provas. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 6de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Es itt ra tégia Analista e Téenico Judiciério Teoria ¢ Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 qa Ponto (.) Caracteriza-se por indicar uma pausa maior no discurso, pautando-se pelas seguintes finalidades: a) _Indicar o final de uma frase declarativa: Exemplo: Fiz todo o trabalho. b) — Separar periodos entre si: Exemplo: Levantei cedo. Fiz o café bem rapido. c) Nas abreviaturas: Exemplo: Av. (avenida), V.Ex.? (vossa exeléncia) obs. (observacao), Rev.mo (reverendissimo). FIQUE atento Os simbolos referentes 4s unidades do sistema meétrico decimal e aos elementos quimicos nao sdo_— acompanhados = do-_ponto-final. Exemplos: Kg, m, cm, Hg, Au, K, Pb, dentre outros. 2. Deis pontos (:) Usamos os dois pontos para: a) Iniciar a fala de um personagem: Exemplo: Entéo o homem respondeu: - Parta agora b) Antes de apostos ou oracBes apositivas, enumeragées e sequéncia de palavras que explicam, resumem ideias anteriores. Exemplo: © material necessdrio €: lapis, borracha, caneta com corpo transparente. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 7de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Relembrando... APOSTO é um termo ou expressdo que se une a outro para explica-lo ou especific-lo. c) Antes de citac&io, para reportar um discurso alheio: Exemplo: Como ja dizia Vinicius de Moraes: "Que o amor néo seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure” d) — Demarcar uma explicag&o ou sequéncia. Ex: Eram muitos os requisitos para o pleito daquela vaga de emprego: possuir um ano de experiéncia no cargo, ter habilitagao e disponibilidade de horério. ee FIQue latento! 0 estudo da sintaxe e da morfologia da Lingua Portuguesa é a base para se compreender de maneira completa e satisfatoria a pontuacéio. Vale dar uma olhada novamente, alunos, para lembrar com mais detalhes certos contetidos como, 0 que & Um aposto, vocative, oragées coordenadas, oragdes subordinadas, ete. PARA AJUDAR, no final desta aula, vocés podem encontrar um quadro com o resumo das orages coordenadas e subordinadas. Ndo deixem de consultar! 3. Reticéncias (...) Usamos reticéncias para: a) _Indicar dividas ou hesitacao do falante. Exemplo: Sabe... é... eu queria te dizer que... esquece. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 8de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet = Ungua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 b) _Interrupg&o de uma frase deixada gramaticalmente incompleta: Exemplo: Agora néio posso te ajudar, quem sabe mais tarde... Nesse caso, como se ficasse algo por dizer propositalmente, até mesmo para evitar a repeticao. A frase ficaria completa se continuasse assim: eu possa te ajudar. c) © fim de uma frase gramaticalmente completa com a intengSo de sugerir prolongamento de ideia. Exemplo: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodao, tingia-se na face duns longes cor-de-rosa..." Cecilia Meireles © prolongamento de ideia que se da é poder-se imaginar a face rosada, por estar envergonhada. E deixar algo por imaginar ao invés de dizer! Assii sstou téo nervosa que na hora que eu te encontrar... (fica na imaginagao!). d) _Indicar supress&o de palavra(s) numa frase transcrita. Este é um recurso comum, quando o texto transcrito é muito longo e deseja-se diminui- lo. Exemplo: “Quando penso em vocé (...) menos a felicidade” (Canteiros - Raimundo Fagner) 4, Ponto e virgula (; ): Costumamos dizer que representa uma pausa maior que @ virgula e um pouco menor que o ponto-final, sem, contudo, encerrar o perfodo. O ponto e virgula é usado para: a) Separar orac3es em periodos muito extensos, principalmente se em uma delas jé houver a presenga da virgula. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 9de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Exemplo: Dos mais de cem funcionérios daquela empresa, apenas uma pequena porcentagem nao concordou com as recentes decisdes; o restante, todos aderirem as novas ideias. b) _Separar oragdes coordenadas assindéticas (que nao siio ligadas por conjungao) que exprimam relagées de sentido entre si. Exemplo: As queimadas destruiram a vegetacéo; todos os animais silvestres foram mortos. c) Substituir, de modo facultativo (ou seja, apenas se voce quiser), a virgula em oragées coordenadas sindéticas adversativas. Exemplo: N&o concordava com as opinies dos colegas; contudo, respeitava-as. d) Separar oraces coordenadas sindéticas conclusivas, sendo que as conjungdes se encontram pospostas ao verbo. Exemplo: A familia era responsdvel pela garota; precisava, portanto, de protegé-la em todas as circunstancias. ) Separar itens de uma enumeracio e artigos relacionados a decretos, sentencas, peticdes, dentre outros. Exemplo: Art. 5°. Todos séo iguais perante a lel, sem distincio de qualquer natureza, gerantindo-se aos brasileiros € eos estrangeiros residentes no Pais a Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 inviolabilidade do direito 4 vida, 4 liberdade, 4 igualdade, 4 seguranca e & propriedade, nos termos seguintes: 1 - homens e mulheres séo iguais em direitos e obrigacées, nos termos desta Constituigao; II - ninguém seré obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senao em virtude de lei; IIT - ninguém seré submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestagéo do pensamento, sendo vedado 0 anonimati [J Constituigao Federal de 1988, 5. Ponto de interrogacao ( ? ) Utilizado no final das frases interrogativas diretas, pode indicar também outros sentimentos por parte do emissor, tais como: surpresa, indignagéo ou revelando uma expectativa diante de um determinado contexto linguistico. Exemplos: © qué? Nao trouxe a encomenda que Ihe pedi? Aqui, néo se espera uma resposta para a pergunta. Quem perguntou ja sabe a resposta e se apresenta com indignacao através da pergunta Por que ndo compareceu a festa de aniversario? Aqui sim é uma pergunta direta e espera-se uma resposta. 6. Ponto de exclamagao ( ! Usado nas seguintes circunstancias: Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 11de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet és Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 a) Depois de frases que retratem ordem, indiquem espanto, admiracéo, surpresa, dentre outros sentimentos. Exemplos: Nossa! No esperava vé-lo aqui Tenha confianga! Obterés um timo resultado. b) Apés interjeigées e vocativos. Exemplos: Ah! Nao me venha com este discurso futil. (ah = vocativo) 34 sei! Foi voc, garotinho esperto! (garotinho esperto = vacativo) c) Diante de frases que exprimam desejo. Exemplos: Guarda-me Senhor! Que Deus 0 abengoe! YS, rigue \ewatento! ~ Quando © sentido proferido pelo discurso prescindir ao mesmo tempo de interrogagao e exclamago, poderao ser utilizados ambos os sinais. Ex: Eu falar com ele?! Nem pensar. d) Quando se desejar enfatizar ainda mais o sentimento de alguma palavra do Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 12de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Ungua Portuguesa p/ TRE-PB tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 texto, haveré a possibilidade de repetir o ponto de exclamacéo. Exemplo: Nao!!! Jé disse que néo irei. 7. Travessio (- ) Atribui-se a este sinal a fungdo de: a) Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudanca de interlocutor nos didlogos: Exemplo: - Quando voltarés para ca? Seu amigo respondeu: - Nao sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito na minha vida profissional. ») Enfatizar uma palavra, frase ou expresso. Exemplo: Era somente este o objetivo de Carlos - concluir sua graduagaio e seguir carreira militar. d) Separar oragées intercaladas em substituigéo a virgula ou ao parénteses. Exemplo: S&o Paulo - considerada a maior metrépole brasileira - enfrenta problemas de naturezas distintas. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 8. Aspas (“ “) Hoje em dia, as aspas tém sido muito usadas. Veja em quais situagdes: a) _Isolar palavras ou expresses que fogem & norma padrao, como girias, estrangeirismos, palavrdes, neologismos, arcaismos e expressdes populares. Exemplos: € um prazer ouvir os “causos" mineiros. (variag&o regional da fala) Conversando com o meu superior, dei a ele um “feedback” do servico a mim requerido. (estrangeirismo) Ah, isso j4 é uma questo de “queréncia"! (dialeto caipira q nealogismo) ) _Indicar uma citacao textual Exemplo: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, as pressas, bufando, com todo sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eca de Queirés) FIQUE atento! Se, dentro de um trecho j destacado por aspas, se fizer necessério a utilizag&io de novas aspas, estas serao simples (* ). Em caso de redagao: O uso mais comum das aspas em redacio é em citagées. As bancas de corregéo valorizam bastante esse recurso, pois mostra conhecimento de mundo por parte do candidato e capacidade de dialogar com outras areas Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 14de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 do conhecimento. Um texto com traz uma citag&o inteligente € coerente com © tema fica mais interessante e valorizado. Cuidado apenas com as girias, estrangeirismos, palavrées, neologismos, arcaismos e expressdes populares, ndo as utilizem em redages. Expresses assim no s&o bem-vindas em um texto dissertativo argumentativo. Deixei o mais legal e 0 que mais cai em provas de concurso para o final! Sim, as virgulas que tantos alunos temem! Vamos vencer esse desafio? 9. Virgula (,) Q sinal de pontuag&io com maior ntimero de erros e também que vai te garantir a chance de ganhar aqueles pontinhos importantissimos é a VIRGULA. Sim, pois cai sempre nas provas! £ usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oragéo, nao formam uma unidade sintatica. Por exemplo: Adelaide, esposa de Jodo, foi a ganhadora tinica da Sena. A unidade sintatica formada neste exemplo é Adelaide fof a ganhadora da Sena. © sintagma entre as virgulas apenas adiciona informaco & unidade sintdtica. Entéo... podemos concluir que, quando hé uma relacSo sintatica entre termos da oracéo, nao se pode separa-los por meio de virgula! Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Brome nota! NAO se separam por virgula: a) predicado de sujeito; b) objeto de verbo; c) adjunto adnominal de nome; d) complemento nominal de nome; e) predicativo do objeto do objeto; #) orac&o principal da subordinada substantiva (desde que esta nao seja apositiva nem apareca na ordem inversa) A virgula no interior da oragao utilizada nas seguintes situagées: a) Separar 0 vacativo Exemplos: Maria, traga-me uma xicara de café. A educagdo, meus amigos, é fundamente| para o progresso do pais. 5) Separar apostos. Exemplo: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem. c) _ Separar 0 adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Exemplos: Chegando de viagem, procurarei por vocd. As pessoas, muitas vezes, s&o falsas d) — Seperar elementos de uma enumeracéo. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Exemplo: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras. e) __Isolar expressées de carater explicativo ou corretivo. Exemplo: Amanhé, ou melhor, depois de amanha podemos nos encontrar para acertar a viagem. f) _ Separar conjungées intercaladas. Exemplo: Nao havia, porém, motivo para tanta raiva. g) _ Separar o complemento pleonéstico antecipado. Exemplo: A mim, nada me importa. h) __Isolar 0 nome de lugar na indicac&io de datas. Exemplo: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001. i) Separar termos coordenados assindéticos Exemplo: "Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso) ij) Marcar a omiss8o de um tetmo (normalmente o verbo). Exemplo: Fla prefere ler jornais e eu, revistas. (Omissdo do verbo preferir) k) Termos coordenados ligados pelas conjungSes e, ou, nem dispensam o uso da virgula. Exemplos: Conversaram sobre futebol, religidio e politica. No se falavam nem se olhavam. Ainda néo me decidi se viajarei para Bahia ou Ceara. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 17de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet < Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Anafstie Trice ka Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Entretanto, se essas conjungées aparecerem repetidas, com a finalidade de dar énfase, o uso da virgula passa a ser obrigatério. Exemplo: Néo fui nem ao velério, nem ao enterro, nem a missa de sétimo dia. A virgula entre oragées E utilizada nas seguintes situagoes: a) Separar as oracées subordinadas adjetivas explicativas. Exemplo: Meu pai, de quem guardo amargas lembrangas, mora no Rio de Janeiro. ») Separar as oracBes coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjuncao e). Exemplos: Acordei, tomei meu banho, comi algo e sai para o trabalho. Estudou muite, mas nao foi aprovado no exame. Brome nota! ATENCGAO Hé trés casos em que se usa a virgula antes da conjuncéo e: 1) quando as oragdes coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Exemplo: Os ricos esto cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres. (ricos € 0 sujeito de uma oractio e pobres da outra). 2) quando a conjunc&o e vier repetida com a finalidade de dar énfase (polissindeto). Exemplo: E chora,eri,egrita,e pula de — alegria. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 3) quando a conjuncéio e assumir valores distintos que nao seja da adicaio (adversidade, consequéncia, por exemplo) Exemplo: Coitada! Estudou muito, € ainda assim nao foi aprovada. c) Separar oragées subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se estiverem antepostas a oracdo principal. Exemplo: "No momento em que o tigre se langava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o gancho." (0 selvagem - José de Alencar) d) — Separar as oragées intercaladas. Exemplo: "- Senhor, disse 0 velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando..." e) Separar as oracdes substantivas antepostas a principal. Exemplo: Quanto custa viver, realmente néo sei. Vejamos essa questdo da FCC (FCC/TRE-AP) Esté inteiramente correta a pontuagdo do seguinte periodo: (A) Certamente, os homens cagados pelo czar prefeririam que este, como outros cagadores, tomasse como alvo apenas alguma borboleta, ou uma andorinha, ou mesmo um macaco. (B) Macacos, borboletas, e andorinhas, s&o, para muita gente, interessantes alvos de caca, mas nao para o indio jivaro, nem tampouco, para © czar naturalista. (C) Tanto Rubem Braga em sua crénica, quanto Drummond, em seu poema motivam uma ampla discusséo, acerca do que se pode ou nao classificar, como uma acéo barbara. (D) Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um indio jivaro, tivesse qualquer critério para escolher aquele, de quem reduziria a cabeca. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (E) A curiosidade do explorador Matter, ndo deixava de ser mérbida, mas por vezes, somos levados a apreciar a crueldade, sem pensar no que, esta, significa para a vitima. Comentario: A letra A é a Unica correta, pois nela a virgula empregada apés “Certamente" justifica-se pelo deslocamento desse adjunto adverbial. A expressdo "como outros cagadores" tem cardter explicativo, por essa razdo estd entre virgulas. Vamos entender por que as outras estéo erradas e aproveitar para desenvolver algumas explicagdes: Letra B. Resposta incorreta. Em "Macacos, borboletas, e andorinhas", temos ag3o, razSo pela qual se justifica 0 emprego ten da virgula. Até aqui tudo bem. Porém, 0 emprego do conectivo "e" antes de "andorinhas" torna inadequado o emprego da ultima virgula do trecho em anélise. Erro comum acontece a seguir: a virgula apés "andorinhas" separa inadequadamente 0 sujeito do predicado. O correto seria: "Macacos, borboletas e andorinhas séo, para muita gente, interessantes alvos (...)". A expressdo "para muita gente" apareceu corretamente isolada por virgulas uma vez que possui cardter explicativo. Jé a virgula apés "tampouco" foi empregada incorretamente. Nao ha justificativa para o emprego desse sinal de pontuacao. A express’o "nem tampouco” pertence & fala, e as regras gramaticais prescrevem o emprego de "“tampouco" unicamente, sem o “nem”. Reescrevendo de maneira correta, teriamos: "Macacos, borboletas ¢ andorinhas sao, para muita gente, interessantes alvos de caga, mas néo para o indio jivaro, tampouco para o czar naturalista". Letra C. Resposta incorreta. Em "Tanto Rubem Braga em sua crénica, quanto Drummond, em seu poema motivam (...)", a expresséo "em sua crénica" possui caréter explicativo, por isso deveria ter sido isolada por virgulas. O mesmo ocorre com a expressdo “em seu poema": "Tanto Rubem Braga, em sua crénica, quanto Drummond, em seu poema, motivam (...)". Por sua vez, a virgula apés "discusséio” separa- © inadequadamente de seu complemento "acerca do que se pode ou nao classificar". J a virgula empregada apés a forma verbal "classificar" foi Prof Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 empregada inadequadamente por separar esse elemento de seu complemento "como uma acéio barbara”. Letra D. Resposta incorreta. 0 periodo apresenta varios problemas. A forma verbal "ocorreu" nao pode ser separada do objeto indireto "Zo Sr. Matter": "Nunca ocorreu ao Sr. Matter (...)". Por sua vez, a expresso "que um indio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabega" desempenha a fungdo de sujeito oracional do verbo "ocorrer". A visualizagao fica melhor na ordem direta: Que um indio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduciria a cabeca nunca ocorreu ao Sr. Matter. Para facilitar ainda mais a visualizacdo, podemos substituir 0 sujeito oracional por "isso": Isso nunca ocorreu ao Sr. Matter. Logo, a virgula antes da conjungao integrante "que" foi empregada incorretamente. Na estrutura do sujeito oracional, também ha alguns erros de pontuacao, 2 saber: as virgulas que isolam o trecho "um indio jivaro" devem ser retiradas; a segunda virgula separa © sujeito "um indio jivaro" do predicado "tivesse qualquer critério"; e a virgula apés "aquele" foi empregada incorretamente, pois "de quem reduzitia a cabega" é uma oragéo subordinada adjetiva restritiva, razéo por que nao deve haver 0 emprego de virgula. O perlodo estaria corretamente pontuado da seguinte forma: "Nunca ocorreu ao Sr. Matter que um indio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabega". Letra E. Resposta incorreta. A primeira virgula, empregada apés "Matter’, separa o sujeito de seu predicado, causando erro na construg&o. Por sua vez, a expressdo "por vezes" tem caréter explicativo, razo por que deveria ter sido isolada por virgulas. Por fim, no trecho "sem pensar no que, esta, significa para a vitima.", no hé justificativa para isolar o pronome "esta" entre virgulas. Portanto, a pontuagéo estaria correta da seguinte forma: "A curiosidade do explorador Matter no deixava de ser mérbida, mas, por vezes, somos levades a apreciar a crueldade, sem pensar no que esta significa para a vitima". GABARITO: A Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 21de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet roel Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico ludiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Agora vai um dica perigosa! Rsrs! Sempre que vocé tiver divida, em uma questéo discursiva, recomenda-se como bom senso, nao usar a virgula, pois, ndo usd-la caracteriza um pecado menor do que 0 uso indevido. Se vocé nao usar a virgula onde ela é necessai coloca-la a mais é considerado desvio das normas da gramiatica. pode ter sido esquecimento, porém A partir daqui, eu proponho uma lista de exercicios para fixar as regras, compreender e praticar 0 contetide dado. Antes disso, deixo um texto sobre virgulas para demonstrar o tamanho da importancia delas. Bons estudos! O USO BEM HUMORADO DA ViRGULA Virgula pode ser uma pausa... ou ndo N&o, espere. Nao espere. Ela pode sumir com seu dinheiro. 23,4. 2,34. Pade ser autoritéria. Aceito, obrigado. Aceito obrigado. Pode criar heréis. Isso s6, ele resolve. Isso sé ele resolve. E vildes. Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz corrupto. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Ela pode ser a solucio. Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. A virgula muda uma opinigo. N&o queremos saber. No, queremos saber. Uma virgula muda tudo. QUESTOES COMENTADAS Caipiradas A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar e agir que /he pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa esté acostumada com o que & prescrito de maneira tiranica pelas modas - moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na danga, nos espetaculos, na giria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como consequéncia, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que néo mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrés € respondem a um cumprimento com certa formula desusada; que ndo saber qual 6 0 cantor da moda nem 0 novo jeito de namorar; quando entra em Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridicula. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 24de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Ungua Portuguesa p/ TRE-PB strate Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Diz, ou dizia; porque hoje a mudanga é t&o rdpida que o termo esté saindo das expressées de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivéncias teimosas ou alteradas do passado: miisicas caipiras, festas caipiras, dangas caipiras, por exemplo. Que, alias, na maioria das vezes, conhecemos n&o praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco. Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral esté mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que ndo se pode falar mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou. O que hé é impulso adquirido, resto, repetigéo - ou parddia e imitacéo deformada, mais au menos parecida. Ha, registre-se, iniciativas culturais com o fito de fixar 0 que sobra de auténtico no mundo caipira. E 0 caso do disco Caipira. Raizes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que sera altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura to especial, e 38 quase extinta, (Adaptado de Antonio Candido, Recortes) 01. (TRT/1G# REGIAO = FCC) Hé justificativa para esta seguinte alteragiio de pontuac&o, proposta para o segmento final do primeiro parégrafo: (A) 0 citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridicule. (B) 0 citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridicula. (C) 0 citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que € atrasada e, portento, meio ridicule. (D) 0 citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portento meio ridicula. (E) © citadino diz que ela € caipira querendo dizer: que € atrasada, € portanto, meio ridicula. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet és Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Comentério: 0 trecho final do primeiro parégrafo é: “quando entra em contato com gente assim, 0 citadino diz que ela € caipira, querendo dizer que 6 atrasada e portanto meio ridicula.”. A Unica possibilidade de reescrita é a da alternative C, colocando o ‘portanto” entre virgulas, Ja que é uma conjung&o intercalada. Para usar os dois pontos seria necessério fazer assim: O citadino diz: “ela & caipira”, querendo dizer: “ela é atrasada”’e portanto meio ridicula. Usando as aspas para marcar as falas e tirendo a conjunc&o que. GABARITO: C Leia: Néo hé hoje no mundo, em qualquer dominio de atividade artistica, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razéo vem de que o tipo de Carlito € uma dessas criagées que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os herdis das lendas populeres ou as personagens das velhas farses de mamulengos. Carlito é popular no sentido mais alto da palavre. No salu completo e definitive da cabeca de Chaplin: fol uma criagéo em que o artista procedeu por uma sucessao de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o ptiblico o efeito de cada detalhe. Um dos tracos mais caracteristicos da pessoa fisica de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O piblico riu; estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestudrio da personagem - fraquezinho humoristico, calcas_ lambazonas, _botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do publico. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a classica cartolinha, o publico nfo achou graga: estava desapontado. Chaplin Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o publico que ela destrula a unidade fisica do tipo. Podia ser jocosa também, mas n&o era mais Carlito. Note-se que essa indumentaria, que vem dos primeiros filmes do artista, nao contém nada de especialmente extravagante. Agrada por néo sei qué de elegante que hd no seu ridiculo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui dandismo do grotesco. Nao serd exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realizagio da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que so O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si sé atestaria em Chaplin um extraordindrio discernimento psicolégico. N&o obstante, se n&o houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criagéo @ vulgaridade dos artistas mediocres que condescendem com o facil gosto do publico. Aqui é que comega a genialidade de Chaplin. Descendo até o ptblico, no sé no se vulgarizou, mas ao contrério ganhou maior forga de emogao e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua Inteligéncia e em sua sensibilidade de exceg&o, os elementos de Irredutivel humanidade. Como se diz em linguagem matematica, pés em evidéncia o fator comum de tadas as expressées humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira, "O heroismo de Cariito”.Crénicas da provincia do Brasil, 2. ed. Sao Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 02. (SEFAZ-PE - 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - FCC) Atente para as afirmagdes sobre pontuagao feitas abaixe a partir de segmentos transcritos do texto. I. ... serfa levado por esse processo de criagdo 4 vulgaridade dos artistas mediocres que condescendem com 0 facil gosto do pdblico. Uma virgula poderia ser colocada imediatamente depois de mediocres, sem alteragio do sentido da frase Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Il. © vestudrio da personagem - fraquezinho humoristico, calcas lambazones, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do publico. Os travessées poderiam ser substituidos por parénteses, sem prejuizo para a clareza e a corregao. III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. A colocagéo de virgulas para isolar 0 segmento certa vez implicaria prejuizo para a clareza e a corresao. Est correto 0 que se afirma APENAS em (A)lell (8). (VL. (D) lel. (E) UL. Comentério: apenas a II esté correta. Vamos ver o problema das outras: 1. ... seria levado por esse processo de criagéo & vulgaridade dos artistas mediocres que condescendem=com o facil gosto do piblico. Uma virgula poderla ser colocada imediatamente depois de mediocres, sem alterag&o do sentido da frase. - Nao. Se for colocada uma virgula apés mediocres, a eragéo a seguir deixa de ser restritiva e passa a ser explicativa, alterando o sentido. IIL Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. A colocagéo de virgulas para isolar 0 segmento certa vez implicaria prejuizo para a clareza e a corregao. - Nao. Isolar certa vez com virgulas néo altera a corregHo e nem a clareza da frase, deveria ter sido feito por ser um adjunto adverbial que, antecipado ou intercalado, deve ser isolado por virgulas. GABARITO: B Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 A cultura brasileira em tempos de utopia Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos politicos que marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorizaco da cultura populer, que tentava conciliar aspectos da tradig&o com temas e formas de expresso modernas. No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclus3o social. Na literatura, GuimarSes Rosa publicou Grande sertéo: veredas (1956) e Jodo Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando tragos da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da Iiteratura erudita. Na musica popular, a Bossa Nova, langada em 1959 por Tom Jobim e Joao Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a musica passional e a interpretag&o dramética que se dava aos sambas-cancées e aos boleros que dominavam as radios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das cangées, dos arranjos instrumentais e da vocalizagéo, para melhor expressar 0 “Brasil moderno”. Jé a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre 2 vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Jé ndo se tratava mais de buscar apenas uma expresséio moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denuneiar 0 subdesenvolvimento do pais. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife € do Centro Popular de Cultura da Unio Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na cangéo engajada, base da moderna musica popular brasileira, a MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAGA, Mariana. Histéria para 0 ensino médio. Sao Paulo: Atual, 2013, p. 738) Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet és Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 03. (TRT 18 - 2014 - Anal plenamente adequada na seguinte frase: ‘a Judiciario — FCC) A pontuacgo esta (A) Ficam claras no texto, as contribuigées que a cultura e a politica dao uma outra, pelas quais, toda manifestagdo artistica pode também, ser vista como manifestacdo histérica. (B) Houve um momento, agudo na nossa histéria, em que por razdes politicas, artistas foram levados @ criago de obras que se. pretendiam engajadas, em determinadas lutas de classe. (C) Além da dramaticidade prépria de certos géneros musicais a Bossa Nova repudiava também, a interpretac&io excessivamente exaltada, de alguns cantores. (D) Assim como Jo&o Cabral, Guimaraes Rosa também adotou, em seus textos primorosos uma articulacao entre elementos da cultura popular, e da cultura cléssica ou erudita. (E) Inspirados no jazz, segundo afirmam alguns criticos musicais, Tom Jobim e Joao Gilberto criaram e difundiram, ao longo dos anos 60, 0 ritmo eas cangGes da ent&o chamada Bossa Nova. Comentario: as aitérnativas 4, 8, C e D apresentam problemas no uso das virgulas. Marquei-em.vermelho as virgulas que foram usades erradas e em verde as que eu coloquei (A)’Ficam.claras no texto, as contribuigdes que a cultura e a politica dio uma a outra, pelas quais, toda manifestagao artistica pode, também, ser vista como manifestago histérica. (B) Houve um momento, agudo na nossa histéria, em que, por razBes politicas, artistas foram levados 4 criagéo de obras que se pretendiam engajadas, em determinadas lutas de classe. (C) Além da dramaticidade prépria de certos géneros musicals, a Bossa Nova repudiava, também, a interpretac&o excessivamente exaltade, de alguns cantores. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet 5 Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico Judicidrio Teoria ¢ Questdes Comentadas Prof Rafaela Freitas — Aula 00 (D) Assim como Jo&o Cabral, Guimarées Rosa também adotou, em seus textos primorosos, uma articulacéo entre elementos da cultura popular, e da cultura classica ou erudita. GABARITO: E DEPOIMENTO Fernando Morais (jornalista) © que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infancia, nao era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario portugués recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha prépria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um mondlito branco que contrastava com 0 barroco sem violenté-lo. Era “o Hotel do Niemeyer”, diziam. Deslumbrado com a construco, eu acreditava que seu criador (que supunha chamar-se “Nei Maia") fosse mineiro - um marianense, quem sabe? ‘A suspeita aumentou quando, ainda de calgas curtas, mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele sé podia mesmo ser mineiro. No bairro de Santo Anténio ficava o Colégio Estadual (a caixa d’égua era o lapis, 0 prédio das classes tinha a forma de uma régua, o auditério era um mata- borrao) Numa das pontas da vetusta Praca da Liberdade, Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, um edificio de apartamentos cujo nome nao me vem a meméria. E, claro, tinha a Pampulha: 0 cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja. Com o tempo cresceram as calgas e a barba, e sai batendo perna pelo mundo. E néo parei de ver Niemeyer. Vi na Franga, na Italia, em Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou minha confuséo sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase meio século depois do alumbramento produzido pela viséo do “Hotel do Nei Maia”, continuo sem saber onde ele nasceu. Mesmo tendo visto um papel que Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 prova que foi na Rua Passos Manuel numero 26, no Rio de Janeiro, estou convencide de que lé pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, nao tenham dividas, é mineire. (Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecilia (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. Sao Paulo: Fundagao Memorial de América Latina, 1998. p. 29) 04. (TRF/1 - 2014 - Analista Judici pardgrefo, as aspas so utilizadas para destacar 0 = Apoio - FCC) No ultimo (A) nome indevido que na infancia o jornalista atribula ao criador do prédio (B) apelido com que o arquiteto era conhecido em sua terra de origem. (C) modo correto de se pronunciar o sobrenome do arquiteto. (D) titulo do papel que prova o local de nascimento do jornalista (E) jeito correto de escrever o nome do hotel cinquenta anos antes. Comentario: com a leitura atenta do texto, n8o sé do Ultimo parégrafo, podemos perceber que a aspas foram usadas (também no primeiro paragrafo) para marcar a forma.errada como o jornalista se referia, na infancia, a Niemeyer. GABARITO:/A QUANDO A CRASE MUDA O SENTIDO Muitos deixariam de ver @ crase como bicho-papéo se pensassem nela como uma ferramenta para evitar ambiguidade nas frases. Luiz Costa Pereira Junior O emprego da crase costuma desconcertar muita gente. A ponto de ter gerado um balaio de frases inflamadas ou espirituosas de uma turma renomada. 0 poeta Ferreira Gullar, por exemplo, é autor da sentenca “A crase Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB tégia Analista e Técnico ludiciéria Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 feita para humilhar ninguém”, marco da tolerancia gramatical ao acento gréfico. O escritor Moacyr Scliar discorda, em uma deliciosa crénica “Tropegando nos acentos”, e efirma que a crase foi feita, sim, para humilhar as pessoas; € o humorista Millor Fernandes, de forma irénica e jocosa, é taxativo: “ela ndo existe no Brasil”. O assunto é téo candente que, em 2005, 0 deputado Joao Herrmann Neto propés abolir esse acento do portugués do Brasil por meio do projeto de lei 5.154, pois 0 considerava “sinal obsoleto, que o povo jé fez morrer”. Bombardeado, na ocasiéo, por gramiaticos e linguistas que o acusavam de querer abolir um fato sintatico como quem revoga a lei da gravidade, Herrmann logo desistiu do projeto A grande utilidade do acento de crase no a, entretanto, que faz com que seja descabida a proposta de sua extincdo por decreto ou falta de uso, é: crase 6, antes de mais nada, um imperativo de clareza. Ndo raro, a ambiguidade se dissolve com a crase - em outras, sé 0 contexto resolve o impasse. Exemplos de casos em que a crase retira a divida de sentido de uma frase, lembrados por Celso Pedro Luft no hoje cléssico Decifrando a crase: cheirar @ gasolina X cheirar gasolina; a moga correu as cortinas X a moca correu as cortinas; o homem pinta 2 maquina X 0 homem pinta @ maquina; referia-se a outra mulher X referia-se & outra mulher. O contexto até se encarregaria, diz o autor, de esclarecer a mensagem; um usuério do idioma mais atento intui um acento necessério, garantido pelo contexto em que a mensagem se insere. A falta de clareza, por vezes, ocorre na fala, nao tanto na escrita. Exemplos de duvida fonética, sugeridos por Francisco Plato Savioli: “A noite chegou”; “ela cheira a rosa”; “a policia recebeu a bala”. Sem o sinal diacritico, construgdes como essas seréo sempre ambiguas. Nesse sentido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de escrita (Adaptado de: PEREIRA Jr., Luiz Costa, Revista Lingua portuguesa, ano 4, n. 48. S30 Paulo: Segmento, outubro de 2009. p. 36-38) Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet 5 Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico Judicidrio Teoria ¢ Questdes Comentadas Prof Rafaela Freitas — Aula 00 05. (TRF/1 - 2014 - Analista Judiciério - Apoio - FCC) A melhor explicacéio para 0 uso da virgula, na frase do ultimo pardgrafo “Nesse sentido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de escrita”, é: (A) “As oragdes coordenadas aditivas ligadas pela conjuncao e devem ser separadas por virgula se os sujeitos forem diferentes. Se o sujeito for o mesmo, nao ha 0 uso da virgula, presume-se". (B) “As oracdes adverbiais, desenvolvidas ou reduzidas, podem iniciar o periodo, findd-lo ou interpor-se na oracdo principal. Quase sempre aparecem separadas ou isoladas por virgula’. (C) “O vocative é um termo relacionado com a funcao fatica da linguagem; como regra, isola-se por virgula”. (D) “A datacdio que se segue 2 nomes de documentos, periddicos, atos normativos, locais etc., como regra geral, separa-se ou isola-se por virgula”. (E) “E comum vir isolado por virgula 0 vocdbulo ou expresso com valor retificativo ou explanatério, embora, as vezes, possa aparecer sem esse sinal de pontuacao”. Comentario: A expresso “nesse sentido” é explanatéria, explicativa, por tanto pode ser separada por virgula. GABARITO: EF. Lela: Anténio Vieira 6, desde 0 século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamé-lo de “Imperador da lingua portuguesa”, Em uma de suas principais obras, 0 Serm&o da Sexagésima, ensina como deve ser o estilo de um texto: “Aprendamos do céu o estilo da disposicao, e também o das palavras. Como hao de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas so muito distintas e muito claras. Assim hé de ser o estilo da pregac&io, muito distinto e Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 muito claro. E nem por isso temais que pareca o estilo baixo; as estrelas sdio muito distintas, e muito claras e altissimas. © estilo pode ser muito claro e muito alto; téo claro que o entendam os que nao sabem, e t&o alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rustico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e 0 mareante para sua navegacio, e o matemético para as suas observacées e para os seus juizos. De maneira que 0 rustico © o mareante, que nao sabem ler nem escrever, entendem as estrelas, € 0 matematico que tem lido quantos escreveram n§o alcanca a entender quanto nelas ha.” Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distingdo e a clareza. Nao sao discordantes, como muitos de nés pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparasao. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., ja considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece similaridades entre algo ja sabido pelo leitor e aquilo que se Ihe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido. (Tales Ben Daud, inédito) 06. (TRF/4 - 2014 — Analista Judiciario - Apoio - FCC) Quanto & pontuacéo, atente para as afirmages abaixo: I. No segmento No s&o discordantes, como muitos de nds pensamos: uma e outra concorrem..., 0s dois-pontos introduzem uma oposistio ao que vinha sendo dito na frase. IL. Mantendo-se a corregéo e, em linhas gerais, o sentido original, a virgula imediatamente apés "disposicéo", em Aprenda- mos do céu o estilo da disposic¢aio, e também o das palavras, no pode ser suprimida. III, No segmento ... € @ mareante para sua navegagao... uma virgula poderia ser acrescentada imediatamente apés “mareante”, uma vez que ali se subentende a expresso “acha documentos’. Esta correto o que consta APENAS em (A) I. Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 35de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (B) Ie Ill. (C)le ll. (D) Tell. (E) UL Comentario: Vamos analisar cada assertive: 1. No segmento Nao sS0 discordantes, como muitos de nés“pensamos: uma e outra concorrem..., 0 dois-pontos introduzem uma oposico a0 que vinha sendo dito na frase. - No, os dois pontos introduzem a explicacao do que foi falado anteriormente: a distingZ0e a clareza nao séo discordantes. I. Mantendo-se a correcSo e, em linhas‘gerais, 0 sentido original, a virgula imediatamente apés “disposi¢éo", em»Aprendamos do céu o estilo da disposig&o, e também o das palavras, nao pode ser suprimida. - Sim. A virgula nao pode ser suprimida, pois isola uma informagéo diferente, que funciona como aposto. IIL. No segmento ... e(o-mareante para sua navegagao... uma virgula poderla ser acrescentada.imediatamente apés "mareante”, uma vez que ali se subentende a expresso “ache documentos”. - Sim. “O rtistico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e 0 mareante (acha documentos) para sua navegagao”. GABARITO: B Vaidade do humanismo A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta pare o vazio, para © sentimento que habita o véo. Mas é possivel tratar dela com mais condescendéncia do que os moralistas rigorosos que costumam condené-la Inapelaveimente. Pode-se compreendé-la como uma contingéncla humana que talvez seja preciso antes reconhecer com naturalidade do que descartar como um vicio abomindvel. Como se sabe, a vaidade esté em todos nés em graus e Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 com naturezas diferentes, e hé uma vaidade que devemos aceitar: aquela que corresponde n&o a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente tenhamos realizado, a uma razéo objetiva que enraiza a veidade no mesmo ch&o que foi marcado pelo nosso melhor esforcgo, pelo nosso trabalho de humanistas. Ne condigéo de humanistas, temos interesse pelo estudo das formagées sociais, dos direitos constituidos e do papel dos individuos, pela liberdade do pensamento filoséfico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte literéria que projeta e dé forma em linguagem simbdlica aos desejos mais intimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam 0 homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo de vertiginoso avanco tecnolégico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um mundo mais justo - todas estas dimensdes de maior peso do que qualquer virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro cujo titulo j4 & inspiracéo para uma plataforma de trabalho - Humanismo e critica democrética - afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que partimos”; “o ato de ler é 0 ato de colocar-se na posi¢ao do autor, para quem escrever é uma série de decises e escolhas expressas em palavras”. Nesse sentido, toda leitura é 0 compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito escritor - compartilhamento justificado nao necessariamente por adeséo a um ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliagéo do ponto de vista do outro, Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja esta a nossa vaidade de humanistas. (Derval Mendes Sapucaia, inédito) 07. (TRF/4 - 2014 - Analista Judiciario - Apoio - FCC) Quanto a pontuacdo, a frase inteiramente correta é: (A) Para Edward Said, a linguagem, é 0 terreno de onde partem os humanistas ume vez que, é nela, que se estabelecem nao apenas as relagdes Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (B) Para Edward Said, 2 linguagem é © terreno de onde partem os humanistas uma vez que é nela, que se estabelecern nao apenas as relagdes de sentido, mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (C) Para Edward Said, a linguagem, é 0 terreno de onde pertem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem, n&o apenas as relagdes de sentido, mas também 0 desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor (D) Para Edward Said a linguagem é 0 terreno, de onde partem os humanistas, uma vez que € nela que se estabelecem nfo apenas as relacdes de sentido mas, também, o desafio de © leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. (E) Para Edward Said, a linquagem é © terreno de onde partem os humanistas, uma vez que € nela que se estabelecem néo apenas as relagées de sentido, mas também 6 desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. Comentério: vamos analisar cada alternativa: A - ParaEdward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que, é nela, que se estabelecem ndo apenas as relagdes de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. B - Para Edward Said, a linguagem & 0 terreno de onde partem os humanystas, uma vez que é nela, que se estabelecem n&o apenas as relagdes de sentido, mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. C - Para Edward Said, a linguagem, € o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que € nela que se estabelecem, nao apenas as relacdes Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. D - Para Edward Said, a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas, uma vez que € nele que se estabelecem no apenas as relagdes de sentido, mas, também, o desafio de o leltor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. E - Para Edward Said, a linguagem & 0 terreno de onde*partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem nSo.apenas as relacbes de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar_e\)compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor, CORRETA Cuidado! Nao se separa com virgulas sujeito do predicado, nem o verbo do complemento. GABARITO: E Da uti jade dos prefacios Li outro dia em algum lugar que os prefacios so textos intiteis, jé que em 100% dos casos 0 prefaciador é convocado com o compromisso exclusive de falar bem do autor e da obra em questao. Garantido 0 tom elogioso, 0 prefécio ainda aponte caracteristicas evidentes do texto que vird, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, 0 prefiscio adianta elementos da histéria a ser narrada (quando se trata de ficgéo), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvides (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que inutil, 0 prefdcio seria um estraga-prazeres. Pois vou na contraméo dessa critica mal-humorada aos prefacios € prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - 0 que no justifica a generalizac3o devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros que li, a melhor coisa era o prefacio - fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consisténcia das ideias defendidas, muito mais sélidas do que as expostas no texto Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 principal. Hé casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefécio de ume obra, ficando claro que o restante é desnecessério. E ninguém controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso € inteligente do que 0 amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observagao de Machado de Assis: quando o prefacio e o texto principal so ruins, 0 primeiro sempre teré sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. Hé muito tempo me deparet com o prefacio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem frequinhos de ume jovem, linda e famosa modelo. Pois 0 velho poeta tratava a moga como se fosse uma Cecilia Meireles (que, alids, além de grande escritora era também linda). N&o havia divida: 0 poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciande o poder de seducéo da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moga que o prefécio acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginag&o de um grande génio poético. (Aderbal Siqueira Justo, inédito) 08. (TRF/16 - 2014 - Analista Judici Quanto a pontuagao, a frase inteiramente correta é - contabilidade — FCC) (A) 14 pela ma fama adquiride j4 por preconceito, sempre haveré por parte de certos leitores, alguma relutancia diante da leitura de um prefacio. (B) O autor do texto n&o hesita honestamente, de recorrer a experiéncias pessoais, para demonstrar sua tese, favordvel em boa parte & existéncia mesma dos prefacios. (C) A escritora Cecilia Meireles téo talentosa quanto bonita, é citada no texto como parémetro de exceléncia, na comparagéo com uma jovem, bela e pouco inspirada poetisa. (D) Muita gente acabaré por confessar tal como fez o autor, que um preféicio pode prender nossa ateng&o, com muito mais forga, do que o texto principal de uma obra. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (E) © autor conclui, n&o sem razo, que as bibliografias que indicam apenas o prefécio de uma obra permitem deduzir, no hé duvide, que o restante do livro nao importa muito. Comentério: vamos analisar cada uma das alternativas, mascando em vermelho os erros: (A) Ja pela ma fama adquirida, jé por preconceito, sempre-Haverd, por parte de certos leitores, alguma reluténcia diante da leitura.de un prefacio. (B) O autor do texto nao hesita, honestamente, dé recorrer a experiéncias pessoais, para demonstrar sua tese, favordvel env boavparte 4 existéncia mesma dos prefacios. (C) A escritora Cecilia Melreles, to talentosa quanto bonita, é citada no texto como parémetro de exceléncia, na comparagao com uma jovem, bela € pouco inspirada, poetisa. (D) Muita gente acabaré por confessar, tal como fez o autor, que um prefécio pode prender nossa ateng&o, com muito mais forge, do que o texto principal de uma obra. (E) © autor conclu, ndo™sem raz&o, que as bibliografias que indicam apenas 0 prefacio de uma obra permitem deduzir, néo hé duvide, que o restante do livro n&o:importa muito. CORRETA. GABARITO: F 09. (TRT/16° - 2014 - Analista Judicidrio - Area Judi ja — FCC) Seria sem ddvida ingenuidade esperar que a industria farmacéutica se entregasse de corpo e alma resolugSo do problema. Seu compromisso primordial é com seus acionistas - e essa é a regra do jogo. Isso néo significa, contudo, que néo possam fazer parte do esforgo. Afirma-se com corregao sobre aspecto do trecho acima: (A) Se, em vez de resoiuc&o do problema, houvesse “resolver o problema", seria correto manter o acento indicativo da crase - "se entregasse [...] & resolver o problema". Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br Alde 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet és Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (B) A palavra primordial esté corretamente empregada, assim como esta em “E primordial para © setor, sem duivida alguma, as mudancas relativas a area de recursos humanos". (C) Justifica-se o uso do sinal de pontuagao, na linha 2 do trecho acima, assim: "No € raro 0 emprego de um sé travessiio para indicar que a parte final de um enunciado constitui um comentério marginal, de reduzida forga para o desenvolvimento do raciocinio". (D) A substituigio da conjungiio contudo por “ainda que” nfo altera a relacSo que originalmente esta estabelecida entre as frases do texto. (E) A substituig&éo da forma verbal possam fazer por "posse fazer" estaria correta e adequada ao contexto Comentario: embora esta questéo traga, conteddos diferentes do que estamos estudando, é legal aproveitar 6 que la traz sobre o uso do travesséo. Esse sinal de pontuacéo néo é usado apenas para marcar a troca de interlocutor em um diélogo, mas também para introduzir um comentério sobre o que esta sendo dito. De qualquer forma, a alternativa C esta errada, pois coloca que o travess&o. Unico destaca comentério marginal e de menor importancia pra o desenvolvimento do raciocinio, 0 que é um erro. O travessao Unico pode vir marcande, separando um comentario néo necessariamente de menor relevancia A reésposta correta para esta questéo é a alternativa E (trabalharemos verbo em uma outra oportunidade). GABARITO: E 10. (TRT/16° - 2014 - Analista Judicidrio - Area Judiciaria - FCC) Também seria desejavel envolver com maior intensidade universidades e laboratérios ptiblicos (onde os hd, como é 0 caso do Brasil). A redacéio alternativa a frase acima, que se apresenta clara, correta e fiel as ideias nela expostas, 6: Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (A) Igualmente desejével seriam universidades e laboratérios puiblicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil eles tém presenca. (8) Da mesma maneira, seria desejével que fossem envolvidos mais intensamente universidades e laboratérios publicos, em lugares, como © Brasil, em que eles existem. (C) Em lugares em que estes existem (sendo o Brasil um caso de ter universidades e laboratérios publicos), seria também desejavel seu intenso envolvimento. (D) Incl intensidade, de universidades e laboratérios aonde se encontram, como 0 caso se no raciocinio que é desejével ter-se envolvimento de maior do Brasil (E) Equivalentemente, seria envolvimento desejdvel e intenso o das universidades e laboratérios publicos (em que, como o caso do Brasil, eles existem). Comentério: analisando cada altemativa: (A) Igualmente desejévél seriam universidades e laboratérios publicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil eles tém presenca. - ERRADA. 0 verbo."seriam” deveria estar no singular. O texto original no disse que as universidades e laboratérios publicos tém presenga. (B) Da mesma’ maneira, seria desejével que fossem envolvides mais intensamente universidades e laboratérios piblicos, em lugares, como o Brasil, em que eles existem. - CORRETA. (C) Em lugares em que estes existem (sendo o Brasil um caso de ter universidades e laboratérios publicos), seria também desejdvel seu intenso envelvimento. - ERRADA. O pronome “estes” e a oragdo "seu intenso envolvimento” ficaram sem referente. (D) Inclui-se no raciocinio que & desejavel ter-se envolvimento de (em) maior intensidade, (esta virgula esté separando complemento nominal) de universidades e laboratérios aonde (onde - lugar aparado) se encontram, como o caso do Brasil. - ERRADO - TETXO INCOERENTE. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (E) Equivalentemente, serfa envolvimento desefavel e intenso o das universidades e laboratérios publicos (em que, como o caso do Brasil, eles existem). = Nao. A ondem estd invertida e a sequéncia ficou truncada. GABARITO: B Blogs ¢ Colunistas Sérgio Rodrigues Sobre palavras Nossa lingua escrita e falada numa abordagem irreverente 02/02/2012 Consult6rio "No aguardo’, isso esta certo? “Parece que virou praga: de dez e-mails de trabalho que me chegam, sete ou oito terminam dizendo ‘no aguardo de um retorno!! Qu outra frase parecida com esta, mas sempre incluindo a palavra ‘aguardo’. Isso esté certo? Que diabo de palavra é esse ‘aguardo! que no é verbo? Gostaria de conhecer suas consideragdes a respeito.” (Virgllio Mendes Neto) Virgilio tem razéo: uma praga de “no aguardo” anda infestando nossa lingua. Convém tomar cuidado, nem que seja por educagéo: antes de entrarmos nos aspectos propriamente linguisticos da questo, vale refletir por um minuto sobre o que hé de rude numa férmula de comunicagéo que poderia ser traduzida mais ou menos assim: “Estou aqui esperando, vé se responde logo!”. (Onde tera ido parar um cliché consagrado da polidez como “Agradego antecipadamente sua resposta’? Resposte possivel: foi aposentado compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais do tempo das cartas manuscritas, porque o meio digital privilegia as mensagens diretas e no tem tempo a perder com hipocrisias. 0 que equivale a dizer que, sendo o meio a mensagem, como ensinou o teérico da comunicacéo Marshall McLuhan, a internet € casca-grossa por natureza. Seré mesmo?) Quanto & quest&o da Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br Ad de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 existéncia, bem, o substantivo “aguardo” existe acima de qualquer divida. O dicionario da Academia das Ciéncias de Lisboa néio 0 reconhece, mas isso se explica: estamos diante de um regionalismo brasileiro, um termo que tem vigéncia restrita ao territério nacional. Desde que foi dicionarizado pela primeira vez, por Candido de Figueiredo, em 1899, ndo faltam lexicégrafos para Ihe conferir “foros de cidade”, como diria Machado de Assis. Trata-se de um vocabulo formado por derivagao regressiva @ partir do verbo aguarder. Tal processo, que jé era comum no latim, é 0 mesmo por meio do qual, por exemplo, do verbo fabricar se extraiu o substantivo fabrica. 11. (AL-PE - 2014 - Analista Legislativo - Direito Constitucional, Administrativo e Eleitoral - FCC) Acerca da pontuac&o empregada, é correto o seguinte comentario: (A) As aspas em “foros de cidade” assinalam que a expressdo é usada por outros, que n&o o autor, diferentemente das aspas em “no aguardo”. (B) Em Que diabo de palavra é esse ‘aguardo’ que néo € verbo?, seria mais apropriado um ponto de exclamagao, considerado o contetido da frase. (C) Considerado 0 contetido do texto, os parénteses que acolhem o segundo paragrafo da resposta justificam-se pelo carater menos central das informag&es e comentarios que contém. (D) Na primeira linha do texto citado e nas trés primeiras do texto de Sérgio Rodrigues, dado 0 sentido do que vem em seguida, os dois-pontos poderiam ser substituidos por “porque”. (E) Em foi aposentado compulsoriamente 20 lado de outros bordados verbais, a apresentagao de compulsoriamente entre virgulas alteraria o sentido original, tornando prescindivel a presenca desse advérbio na frase. Comentério: Tanto “foros da cidade” quanto "no aguardo” so expresséio que todos usam, por isso, estarem entre aspas (Alternativa A esté ERRADA). O ponto de interrogacao pode perfeitamente ser usado na frase “Que diabo de palavra & esse ‘aguardo’ que nfo & verbo?", porque, de fato, é uma indagaglo Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 feita acerca do uso da lingua (Alternativa B esté errada). Na primeira linha do texto citado e na primeira linha do texto de Sérgio, os dois pontos podem ser substituidos por porque, uma vez que introduz uma explicaggo do que foi felado anteriormente. Ja o terceiro uso dos dois pontos, na segunda linha do texto de Sérgio, n&o pode ser substituide por porque, j4 que o que vem a seguir n&o é uma explicago do por que deve-se tomar cuidade, mas esta dizendo qual cuidado deve ser tomado (Alternativa D esté errada): A palavra compulsoriamente pode ser colocada entre virgulas, ‘pols é\um adjunto adverbial e, sendo pequeno, pode ou nao vir entre virgula sém que o sentido seja alterado (Alternativa E esté errada). GABARITO: C Leia: Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E 0 inverso é mais do que verdadeiro. Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos cléssicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrou na ocasiéo uma lel antiga: a de que livro born rende filme ruim. Vinte anos depois, repetiu a faganha, novamente com Ramos, ao adaptar 0 livro Memérias do Carcere (1953). Sao os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que thes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20. Além das transposigées das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como Nelson Rodrigues e Guimaraes Rosa. F 0 Unico cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras. Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar. O cineasta viu o autor uma Unica vez, em 1952, num almogo em homenagem a Jorge Amado, mas ficou téo encabulado diante do idolo que néo teve coragem de puxer conversa. O contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar 4 Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 tela o livro S80 Bernardo (1934), de Graciliano. Queria autorizagao do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelson ficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo para ela, Mas Graciliano ndo gostou da ideia. A relagao artistica comegaria de fato ume década depois, com o escritor j4 morto. "Queria fazer um filme sobre a seca. Criei uma histéria original, mas era muito superficial. Entéo me lembrei de Vidas Secas". Durante as filmas12gtr32gens, 0 mais dificil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, a cachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literatura e do cinema nacional. (Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha de S.Paulo, 26/06/2013) 12. (SABESP - 2014 - Técnico em Gest&o - Informatica - FCC) Considere as afirmativas abaixo. I. Na frase Séo os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que hes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20 (30 paragrafo), 0 segmento grifado pode ser corretamente substituido por “serviram de base a elas”. II. No segmento a cachorra que "Interpretava” Balela (tltimo paragrafo), © uso das aspas justifica-se por se tratar da transcrigdo exata das palavras de Nelson Pereira dos Santos. III, Mantém-se a corregSo gramatical do segmento A relac&o artistica comecaria de fato uma década depois (ultimo paragrafo) substituindo-se o verbo grifado por comegou. Esta correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) Tell. (C) C) Ne lll. (D) WI. (E) Te Ill. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Estrategia "Aaa Tench Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Comentério: observe que nem sempre a FCC traz questées exclusivamente de pontuacéo, ela mistura contetidos. Nesta questéio temos pontuacdo, verbo e pronome. Vamos analisar cada uma das afirmativas: 1. Na frase Sao os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras gue lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20 (30 parégrafo), 0 segmento grifado pode ser corretamente substituido por “serviram de base 2 elas”. — Néo. A substituigao ideal seria aquela em que o pronome clas estivesse no masculino (cles), concordando com filmes. As obras serviram de base para os filmes. I, No segmento a cachorra que "interpretava" Baleia:(tltimo parégrafo), © uso das aspas justifica-se por se tratar da transctigao exata das palavras de Nelson Pereira dos Santos. - Néo. A palavra\“interpretava” esté entre aspas para mostrar que a palavra @sté sendo usada de maneira figurada. Um animal nao sabe interpretar. III. Mantém-se a correcéo gramatital do segmento A relagéo artistica comegaria de fato uma década depois (ultimo pardgrafo) substituindo-se © verbo grifade por comegou. — Sim, pois trata-se de tempo passado, pretérito perfeito. GABARITO: D Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Leia: Menino do mato Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem nomeagao. Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoethada na pedra! A Mae que ouvira a brincadeira falou: J& vem vocé com suas visdes! Porque formigas nem tém joelhos ajoelhdveis e nem hé pedras de sactistias por aqui. Isso 6 traquinagem da sua imaginagao. O menino tinha no olhar um siléncio de ch&o e na sua voz uma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisas de ver assim: eu via a manh& pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garca aberta na solidéo de uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criagao: Eu hoje vi um sapo com olhar de drvore. Entéo era preciso desver 0 mundo para sair daquele lugar imensamente € sem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abengoadas pela inocéncia. O que 2 gente aprendia naquele lugar era sé ignoréncias para a gente bem entender a voz das aguas e dos caracéis. A gente gostava das palavras quando elas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que sé os absurdos enriquecem a poesia (BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, Sao Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet x Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Téenico Judiciério Teoria ¢ Questoes Comentadas Prof Rafaela Freitas ~ Aula 00 13. (TRF - 33 REGIAO - 2013 - Analista Judiciario - Informatica — FCC) Considere as frases abaixo. I. No verso O que @ gente aprendia naquele lugar era sé ignorancias, 0 verbo destacado pode ser flexionado no plural, sem prejuizo pare @ corregdo € © sentido original. IL. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de Fontes, pode-se acrescentar uma virgula, sem prejuizo para @ correo e o sentido original. III. Sem que nenhuma outra alterac&o seja feita, no verso e nem hd pedras de sacristias por aqui, 0 verbo pode ser substituido por existe, mantendo-se a corregao e o sentido original Esta correto o que se afirma APENAS em (A) Ie Ill. (B) le ll. (©) IL. (D) HI (E)lell Comentério: questo que mistura contetidos, comum nas privas da FCC. Vejamos cada afirmagao para chegarmos a um gabarito: I. NO verso. O que e gente aprendia naquele lugar era sé tgnoréncias, 0 verbo destacado pode ser flexionado no plural, sem prejuizo pare a corregao e o sentido original. - Sim, o verbo faria concordancia com ignorancias. II. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de Fontes, pode-se acrescentar ume virgula, sem prejuizo para a corregdo e o sentido original. - Sim, A virgula estaria marcando a supressao do verbo ter: na sua voz tinha uma candura. Lingua Portuguesa p/ TRT-15 Todos os cargos Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 01 Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 III. Sem que nenhuma outra alteragéo seja feita, no verso e nem hd pedras de sacristias por aqui, 0 verbo pode ser substituido por existe, mantendo-se a corregao e o sentido original. - Nao, 0 verbo deveria ser flexionado no plural. GABARITO: E 14. (TRF - 38 REGIAO - 2013 - Analista Judiciario - Informatica - FCC) Em uma redacéo em prosa, para um segmento do poema, a pontuactio se mantém correta em: (A) A Mae, que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Jd vem vocé com suas visdes!” Porque formigas nem tém joclhos ajoclhaveis, nem ha pedras de sacristias por aqui: “Isso é traquinagem da sua imaginacdo”. (B) A Mae que tinha ouvido a brincadeira, falou: - J4 vem vocé com suas visdes! Porque formigas nem tém joelhos ajoelhéveis, nem hd pedres de sacristias por aqui: - Isso é traquinagem da sua imaginacao. (C) A Mie, que tinha ouvido a brincadeira falou: “Jé vem vocé com suas visdes!, porque formigas, nem tém joelhos ajoelhaveis, nem ha pedras de sacristias por aqui. Isso traquinagem da sua imaginacéo”. (D) A Mae que tinha ouvide a brincadeira, falou: “Ja vem, vocé com suas visdes!”; porque formigas nem tém joelhos ajoelhaveis e nem hé pedras de sacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginagao (E) A Mae que, tinha ouvido a brincadeira, falou: “Jé vem vocé com suas visdes!” Porque formigas, nem tém joelhos ajoelhaveis, nem hd pedras de sacristias por aqui. “Isso, é traquinagem da sua imaginacao”. Comentério: B - A MGe, (faltou virgula para Isolar orago intercalada) que tinha ouvido a biincadeira, falou: - J4 vem vocé com suas vis6es! Porque formigas nem tém joelhos ajoelhdvels, nem hé pedras de sacristias por aqui: - Isso é traquinagem da sue imaginagao. ~ as falas iniciadas por travessao deve iniciar Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br Side 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 um novo parégrafo. - ATENCAQ: para usar o travess&o para iniciar uma fala, é preciso fazer um novo pardgrafo. C - A Mée, que tinha ouvido a brincadeira, (faltou virgula para isolar oragdo intercalada) felou: “Jd ven vocé com suas visdes!," (faltou aspas) porque formigas, nem tém joelhos ajoelhdvels, nem hd pedras de sacristias por aqui. " (faltou espas) Isso é traquinagem da sua imaginagao”. D- A Mae, (faltou virgula para isolar oracéo intercalada) que.tifha ouvido a brincadeira, felou: “J ver, vocé com suas vis6es!”; (nfo se justifica 0 uso do ponto e virgula) porque formigas nem tém joelhos ajoelhéveis e nem hd pedras de sacristias por aqui. “Isso é traquinagem da sua imaginagao” (faltou aspas) E- A Mée, que, (tirar virgula depois de QUE € colocar antes) tinha ouvide a brincadeira, falou: "Jé vem vocé com stas»visées!” Porque formigas, (néo separa-se sujeito de predicado) nem tém joélhos ajoelhaveis, nem ha pedras de sacristias por aqui. “Isso, (nao. separa-se sujeito de predicativo) é traquinagem da sua imaginagéo”. GABARITO: A Leia: A dor, juntamente com a morte, é sem duvida a experiéncia humana mais bem repartida: nenhum privilegiado reivindica ignorancia em relagao a ela ou se vangloria de conhecé-la melhor que qualquer outro. Violéncia nascida no proprio dmago do individuo, ela dilacera sua presenga e o esgota, dissolve-o no abismo que nele se abriu, esmaga-o no sentimento de um imediato sem nenhuma perspectiva. Rompe-se a evidéncia da relag&o do individuo consigo € com 0 mundo. A dor quebra a unidade vivida do homem, transparente para si mesmo enquanto goza de boa satide, confiante em seus recursos, esquecido do enraizamento fisico de sua existéncia, desde que nenhum obstéculo se interponha entre seus projetos e o mundo. De fato, na vida cotidiana o corpo se faz invisivel, flexivel; sua espessura é apagada pelas ritualidades socials € Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 52de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 pela repetico incansdvel de situagdes préximas umas das outras. Alids, esseocultar 0 corpo da atencéo do individuo leva René Leriche a definir a satide como "a vide no siléncio dos érgdos”. Georges Canguilhem acrescenta que ela é um estado de “inconsciéncia em que 0 sujeito é de seu corpo". (Adaptado de: BRETON, David Le. Antropologia da Dor, Sao Paulo, Editora Fap- Unifesp, 2013, p. 25-6) 15. (TRF - 3 REGIAO - 2013 - Analista Judiciério - Informatica - FCC) Considere as frases abaixo. 1. Ao se suprimirem as virgulas do trecho 4 dor, juntamente com a morte, é sem diivida a experiéncia humana..., 0 verbo devera ser flexionado no plural. Il. Na frase Georges Canguilhem acrescenta que ela é um estado de “inconsciéncia em que o sujeito 6 de seu corpo”, pode-se acrescentar uma virgula imediatamente apés inconsciéncia, sem prejuizo para a correcéo. Ill. Na frase De fato, na vida cotidiana o corpo se faz invisivel, flexivel; sua espessura é apagada pelas ritualidades sociais..., 0 ponto e virgula pode ser substituido, sem prejuizo para a correcéo e o sentido original, por dois- pontos. Esta correto o que se afirma APENAS em (A) 0. (B) le Ill. (C) Mell. (D) lel. (QL Comentério: a afirmativa IT é a nica correta. Veja as outras: I. Ao se suprimirem as virgulas do trecho A dor, juntamente com a morte, é sem divida a experiéncia humana..., 0 verbo deverd ser flexionado no plural. - Informac¢do errada. As virgulas n3o podem ser suprimidas, pois separam um adjunto adverbial. O verbo sé iria para o plural se toda a Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 estrutura mudasse: a dor e a morte sio sem divida a experiéncia humana... III. Na frase De fato, na vida cotidiana © corpo se faz invisivel, flexivel; sua espessura é apagade pelas ritualidades sociais..., 0 ponto e virgula pode ser substituide, sem prejufzo para a correg#o e 0 sentido original, por dois- pontos. - Nesta frase, o ponto e virgula esté sendo usado para separar oragées coordenadas assindéticas, fungao que os dois pontos nao possui. Afirmagiio errada. GABARITO: A Viagens Viagens de aviéo e de metré podem guardar certa semelhanga. Entre nuvens carregadas, ou tendo o azu! como horizonte infinito, o passageiro no sente que esté em percurso; no interior dos tuneis, diante das velozes e uniformes paredes de concreto, 0 passageiro tampouco sabe da viagem. Em ambos os casos, vai de um ponta a outro como se alguém o levantasse de um lugar para p6-lo em outro, mais adiante. Nesses casos, praticamente se impde uma viagem interior. As nuvens, o azul ou o concreto escuro hipnotizam-nos, deixam-nos a sés com nossas imagens e nossos pensamentos, que também sabem mover-se com rapidez. Confesso que gosto desses momentos que, sendo velozes, séo, paradoxalmente, de letargia: os olhos abertos veem para dentro, nosso cinema interior se abre para uma profuséo de cenas vividas ou de expectativas abertas. Em tais viagens, estamos surpreendentemente sés - uma experiéncia rara em nossos dias, concordam? Que ninguém se socorra do celular ou de qualquer engenhoca eletrénica, por favor: que enfrente o vital desafio de um coléquio consigo mesmo, de uma viagem em que somos ao mesmo tempo passageiros e condutores, roteiristas do nosso trajeto, produtores do nosso sentido. Nao 6 pouco: nesses minutos de Intima peregrinac8o, 0 unico compromisso & 0 de no resistir 2 subita Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 54de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 liberdade que nossa imaginago ganhou. Chegando 4 nossa estagéo ou ao nosso aeroporto, retomaremos a rotina e nos curvaremos & fatalidade de que as obrigagSes mundanas rejam o nosso destino. Navegar é preciso, viver nao € preciso, diziam os antigos marinheiros. E verdade: hé viagens em que o menos importante é chegar. (Ulisses Rebonato, inédito) 16. (METRO-SP - 2014 - Analista Desenvolvimento Gestdo Junior - Administractio de Empresas - FCC) Atente para as seguintes frases: I. Numa viagem de metré, sentimos que o préprio tempo parece acelerar. IL. Ele prefere evitar o metré, por conta de sua tendancia claustrofébica. III. Ele optou pelo hordrio do metré, que Ihe parece mais conveniente A supressio da(s) virgula(s) altera o sentido do que esté APENAS em: (A) lel. (B) He lll. (Cle ll. (D) IL. (2) Comentario: O uso)da virgula é facultativo nas frases I e Il. Na Ill, se ela for suprimida, a. oraséo “que lhe parece mais conveniente” deixa de ser explicativa e passa a ser restritiva, alterando assim o sentido do perfodo. GABARITO: E Lela: A guerra dos dez anos comegou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e prociamaram a independéncia do pais em relagéo 4 metrépole espanhola. Mas a Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano e, em margo de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhdis. Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restric ao comércio, 0 governo americano apolara abertamente os revolucionérios e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial do Havana. Os trabathadores que imigraram para os Estados Unidos levaram corn eles a instituigao do “lector”. Uma ilustragio da revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de pernas cruzadas, éculos e chapéu de abas largas, um livro nas méos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que parece ser uma atengSo enlevada. O material dessas Jeituras em voz alta, decidido de antem&o pelos operarios (que pagavam o “lector” do préprio salario), ia de historias € tratados politicos a romances e colecdes de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha téo popular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse 0 nome de seu heréi para um charuto; Dumas consentiu. Segundo Mario Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em siléncio concentrado e néo eram permitides comentérios ou questées antes do final da sesso. (Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma hist6ria da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. S80 Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136) 17. (FCC - 2014 - TRF - 38 REGIAO - Analista Judicidrio - Area Judiciéria) Sem prejuizo para o sentido original e a correo gramatical, (A) uma virgula pode ser inserida imediatamente apés “revolucionérios”, no segmento... © governo americano apoiara abertamente os revolucionarios € Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. (2° pardgrafo) Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (B) 0 segmento ... que imigraram para os Estados Unidos... (3° pardgrefo) pode ser isolado por virgulas. (C) uma virgula pode ser inserida imediatamente apés “leituras”, no segmento 0 material dessas leituras em voz alta, decidido..., contanto que se suprima a virgula colecada imediatamente apés “alta” (4° paragrafo). (D) a virgula colocada imediatamente apés os parénteses que isolam o segmento ... que pagavam o “lector” do préprio salario (4° paragrafo), pode ser suprimida. (E) a virgula colocada imediatamente apés Céspedes, no segmento ... Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados... (18 paragrafo) pode ser suprimida. Comentario: (A) uma virgula pode ser inserida imediatamente apés “revolucionérios”, no segmento... 0 governo american apoiara abertamente os revoluciondrios e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga, (20 paragrafo) - Sim, pode ocorrer virgula antes da conjuncdo e neste caso para separar oragdes coordenadas com sujeitos diferentes. (B) 0 segmento.... que imigraram para os Estados Unidos... (30 paragrafo) pode ser isolado por virgulas. - Contextualizando esta oragéo temos: "Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a instituigao do ‘lector’.” A oragao “que imigraram para os Estados Unidos” é adjetiva restritiva (sem virgulas), pois restringe trabalhadores, apenas os que imigraram para os Estados Unidos, Caso tal oragde fosse colocada entre virgulas, ela deixaria de ser restritiva e passaria a ser explicativa, generalizando, como se TODOS os trabalhadores tivesses imigrado para os Estados Unidos. (C) uma virgula pode ser inserida imediatamente apés ‘leituras”, no segmento 0 material dessas leituras em voz alta, decidido..., contanto que se suprima a virgula colocada imediatamente apés “alta” (4o pardgrafo). - No Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 pode-se colocar virgula apés “leituras”, pois “leituras em voz alta” é uma dnica informac&io e no deve ser desmembrada. (D) a virgula colocada imediatamente apés os parénteses que isolam o segmento ... que pagavam o “lector” do préprio salario (40 paragrafo), pode ser suprimida. - N&o é possivel suprimir a virgula depois dos parénteses porque ela esté separando uma informagio adicional do texto. (E) @ virgula coloceda imediatamente apés Céspedes, no\segmento ... Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados... (10 parégrefo) pode ser suprimide. - no & possivel suprimir a virgula de depois do nome Céspedes. Observe: “A guerra dos dez anoS\comegou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de Céspedes;e duzentos homens mal armados tomaram a cidade” - Carlos Manuel de Céspedes é 0 nome do fazendeiro cubano e esta intercalado ao sujeito grifado, deve permanecer entre virgulas. GABARITO: A Violéncia e naturalidade Ha na ficg&o do grande Machado de Assis paginas téo admiraveis quanto duras — ou mesmo cinicas, preferem alguns. Lembremos este trecho famoso do romance Quincas Borba: "Nao ha morte. © encontro de duas expanses, ou a expansdo de duas formas, pode determinar a supressdo de uma delas; mas, rigorosamente, néo hd morte, ha vida, porque a supresséo de uma € a condigdo de sobrevivéncia de outre, ea destruigéio no atinge © principio universal e comum. Dai o carater conservador e benéfico da guerra. Supde tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forcas para transpor a montanha e ir 8 outra vertente, onde hd batatas em abundancia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas de campo, no chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanicéo. A paz, nesse caso, é a destruiggo; a guerra é a conservago. Uma das tribos extermina a Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 outra e recolhe os despojos. Dai a alegria e ousadia da vitéria, os hinos, aclamacées, recompensas piiblicas e todos os demais efeitos das agdes bélicas. Se a guerra nao fosse isso, tais demonstragées nao chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem so comemora e ama o que Ihe é aprazivel ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma acaio que virtualmente a destréi. Ao vencido, ddio ou compaixéio; ao vencedor, as batatas.” Aqui, Machado leva ao extremo a tese que chancela a lei do mais forte, a competitividade brutal que esmaga o perdedor. Parece concordar com ela, apesar do tom extremamente irénico, e talvez concorde mesmo — mas a caprichosa naturalidade com que o nosso escritor aborda as violéncias mais radicais faz desconfiar que ele também nos esteja provocando. Machado sabe que uma das formas mais eficazes de mostrar a barbérie esta em naturalizé-la. E uma operacdo sutil, em que ele prefere apresentar os atos mais selvagens como se fizessem parte da plena rotina. Os leitores mais sensiveis acusaréo 0 golpe, € teréo que enfrentar a pergunta tremenda: se tanta violéncia decorre com tamanha naturalidade, que sentido tera aquilo que os homens vém chamando de civilizag&o? (Diego Munhez, inédito) 18. (CETAM - 2014 - Analista Técnico Educacional - Economia - FCC) A pontuacdo estd plenamente adequada na frase: (A) So sutilezas desse tipo, que Machado aqui e ali, pde-se a explorar com toda a sua verve. (B) Machado aqui e ali, pde-se a explorar sutilezas como estas que se tornaram marcas suas. (C) Com a ironia, téo caracteristica, Machado vai disseminando suas sutilezas, pelo texto. (D) Machado, mestre da ironia, senhor das sutilezas, pSe 0 espirito do leitor a prova. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (E) Com toda a verve, que caracteriza Machado, articula com ironia suas sutilezas. Comentario: a virgula logo apés TIPO deve ser retirada e colocada antes de AQUI, isolando a expresso adverbial, na alternativa A. Por esse mesmo motivo, deveria ter uma virquia antes de AQUI, na alternativa B. Na alternativa G, as virgulas antes de IRONIA E SUTILEZAS devem ser retiradas. As virgulas que separam as frases “mesire da ironia" e “senhor das sutilezas" foram usadas adequadamente para marcar 0 aposto que se referé a machado. Na alternativa E, “com ironia” deveria vir entre virgulas por, ser expresséo adverbial. GABARITO: D Maias usavam sistema de agua eficiente e sustentavel Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizagéo maia da América Central tinha um método sustentavel de gerenciamento da agua. Esse sistema hidrdulico, aperfeigoade por mais de mil anos, foi pesquisado por uma equipe norte-americana. As antigas civilizagées tem muito a ensinar para as novas geracées. 0 caso do sistema de coleta e armazenamento de agua dos maias é um exemplo disso. Para chegar a esta conclusdo, os pesquisadores fizeram uma escavactio arqueolégica nas ruinas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala. Durante 0 estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista cientifica PNAS, foram descobertas a maior represa antiga da drea maia, a construgSo de uma barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatério de agua em Tikal, @ presenga de uma antiga nascente ligada ao inicio da colonizacéo da regio, em torno de 600 a.C., e 0 uso de filtragem por areia para limpar a agua dos reservatérios. No sistema havia também uma estacdo que desviava e 4gua para diversos reservatérios. Assim, os maias supriam a necessidade de égua da populacdo, Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 estimada em 80 mil em Tikal, préximo ao ano 700, além das estimativas de mais cinco milhdes de pessoas que viviam na regio das planicies maias ao sul. No final do século IX a area foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda sao questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para Scarborough é muito dificil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visdo pessoal que 0 colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altemente bem-sucedida que agiram como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa colecSo poderia té-los derrubado tao severamente”, disse o pesquisador & Folha de S. Paulo Segundo ele, a mudanga climatica contribuiu para a ruina dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatérios que eram preenchidos pela chuva. E provavel que a populacio tenha crescido muito além da capacidade do ambiente, levando em consideragéo as_ limitacdes tecnolégicas da civilizag&o. “E importante lembrar que os meias ndo esto mortos. A populacao agricola que permitiu a civilizago florescer ainda é muito viva na América Central”, lembra o pesquisador. (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, www. revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413) 19. (SABESP - 2014 - Tecnélogo - Construcdo Civil - FCC) Sem prejuizo para a corregio e a légica, uma virgula poderia ser colocada imediatamente depois de I. mostra, na frase Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizago maia... (1°paragrafo). II, abandonada, na frase No final do século IX a area foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda sao questionados e debatidos pelos pesquisadores. (5° pardgrafo) III. Scarbourough, na frase Para Scarborough é muito dificil dizer o que de fato aconteceu. (5° pardgrafo) Estd correto o que consta APENAS em (A)L Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Téenico Judiciério Teoria ¢ Questoes Comentadas Prof Rafaela Freitas ~ Aula 00 (B) Ie Ill. (C)le ll. (D) H. (E) UL Comentério: I. mostra, na frase Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizag3o mata... (19pardgrafo). - N&o, pois nao se deve separar oracéo substantiva da ora¢So principal. II, abandonada, na frase No final do século IX a rea fol abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda sSo questionados © debatidos pelos pesquisadores. (5° parégrafo) — Sim, a virgula.pode ser usada antes da conjungao e , pois ela introduz uma oragao com sujeito diferente da anterior. II. Scarbourough, na frase Para Scarborough & muito dificil dizer 0 que de feto aconteceu. (5° pardgrafo) = Sim, a virgula isolaria expresséo adverbial. GABARITO: B Pobres palavras Lendo um romance, tropecei na palavra inexorével. E uma das que mantenho desconhecidas, desde rapazola, quando peguei gosto de ler. Desconhecida porque, mesmo jé tendo lido inexoravel muitas vezes, nunca quis saber 0 sentido. Parece uma palavra em desuso, dessas que ficam ld nos velhos armazéns da lingua, coberta de poeira, até que alguém pega e coloca numa frase como uma roupa no varal, © leitor é quem recolhe essas roupas, uma por uma, menos as que, como inexordvel, a gente ndo sabe o que é, deixa lé, para que volte sozinha ao armazém e fique lé mofando até que... Bem, desta vez fiquei com pena da pobre inexorével e fui ao dicionério. E inexordvel é implacdvel. Eu j4 desconfiava disso, tantas vezes li que o destino Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 62de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 é inexoravel, e fiquel feliz porque o significado justifica a pompa da palavra. Porque a primeira vez que fui ao dicionério desvendar uma palavra, foi uma inenarravel (olha outra pomposa ai) decepsao. Era a palavra inconsutil. Em prosa e poesia, volta e meia |é vinha a inconsutil. Um dia, j4 na casa dos quarenta, a barba comesando a grisalhar, no aguentei mais as décadas de ignorancia e fui ao dicionario. E inconstttil € apenas "sem costura”. Tantos mantos inconstiteis ¢ eu néio conseguia ver algo em comum entre eles para achar o sentido da palavra, e eram apenas mantos sem costura. Fiquei acabrunhado (esta nem pomposa, ¢ atrapalhada mesmo). (PELLEGRINI, Domingos. Licdes de gramatica para quem gosta de literatura. Sdo Paulo: Panda Books, 2007, p. 40-41) 20. (TCE/PI - 2014 - Jornalista - FCC) Esta inteiramente correta a pontuagao da seguinte frase: (A) Por vezes uma palavra como inexoravel, pode levar-nos ao dicionério, quando se confirma de certo modo 0 significado de que suspeitévamos. (B) Ao consultar no diciondrio o verbete inconsutil confessa-nos © autor, que se decepcionou, pois n&o imaginava que a palavra se referisse a algo to prosaico. (C) Muitas palavras inteiramente desconhecidas podem, eventualmente, ter seu sentido indicado pela forga do contexto, mas tal néo ocorreu com o termo inconsttil. (D) Hé em qualquer lingua, expressées téo gastas, que mesmo um ou outro termo que as integra, pode parecer-nos familiar e sabido, pela forga da repetico. (E) Provavelmente ao ler @ expresso mantos inconsitteis imaginou © autor, que ao contrério do que, de fato, significa o termo, parecia apontar para uma altura mistica. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Comentério: temos, em vermelho, a marcag3o do que esté errado e, em verde, 0 que esté correto e colocado por mim. (A) Por vezes, uma palavra como inexoravel, (essa virgula deveria estar depois de VEZES para isoler 2 expressdo adverbial. Ndo se separa sujeito de predicado!) pode levar-nos ao dicfondrio, quando se confirma de certo modo o significado de que suspeitévamos. (B) Ac consultar no dicionério 0 verbete inconsitil, (deveria ter’sido usada uma virgula aqui para separar orago adverbial) confessa-nds 0) autor, (essa virgula néo deveria estar aqui, pois esté separando’ orac&o substantiva da oragéo principal) que se decepcionou, pois n&o imaginava que a palavra se referisse a algo to prosaico. (D) H4, (virgula obrigatéria para solar \a_expresséo adverbial “em qualquer lingua”) em qualquer lingua, expressées téo gastas, que mesmo um ou outro termo que as integra, (essa virgula nao deveria estar aqui, pois esté separando oracéo substantiva da oracéo principal) pode parecer-nos familiar € sabido, pela forga da repetic&o. (E) Provavelmente, ao ler a éXpresss0 mantos inconsiteis, (virgulas para Isolar orag&o intercalada) Imaginou o autor, (essa virgula n&o deverla estar aqui, pois esté separando oracao substantiva da oracao principal) que, (virgula usada para isolar-a expresso "ao contrario do que significa o termo) contraric do que, de fato,, significa o termo, parecia apontar para uma altura mistica. GABARITO:.C QUESTGES COMENTADAS NESTA AULA Caipiradas A gente que vive na cidade procurau sempre adotar modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa esté acostumada com o que & prescrito de maneira tiranica pelas modas - moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 64de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 danga, nos espetdculos, na giria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como consequéncia, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que nao mudaram tanto assim; que usam roupa como @ de dez anos atids e respondem @ um cumprimento com certa formula desusada; que no sabem qual é 0 cantor da moda nem 0 novo jeito de namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino diz que ela & caipira, querendo dizer que € atrasada e portanto meio ridicula. Diz, ou dizia; porque hoje a mudanca é téo répida que o termo estd saindo das expressées de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivéncias teimosas au alteradas do passado: misicas caipiras, festas calpiras, dangas caipiras, por exemplo. Que, alls, na maiorfa das vezes, conhecemos nao praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira € usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco. Nem podia ser de outro modo, porque 0 mundo em geral esté mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que néo se pode falar mais de criatividade cultural no universe do caipira, porque ele quase acabou. © que hé é impulso adquirido, resto, repeticao - ou parddia e Imitagdo deformada, mais ou menos parecida. Ha, registre-se, iniciativas culturais com © fito de fixar 0 que sobra de auténtico no mundo caipira. E 0 caso do disco Caipira. Raizes e frutos, do selo Fidorado, gravado em 1980, que serd altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura to especial, e Jé quase extinta. (Adaptado de Antonio Candido, Recortes) 01. (TRT/162 REGIAO - FCC) Ha justificativa para esta seguinte alterag&o de pontuagéo, propesta para o segmento final do primeiro paragrafo: (A) 0 citadino diz que ela é caipire querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridicule. (B) © citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridicule. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet 5 Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico Judicidrio Teoria ¢ Questdes Comentadas Prof Rafaela Freitas — Aula 00 (C) © citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que € atrasada e, portanto, meio ridicula. (D) 0 citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portento meio ridicula. (E) © citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridicula. Leia: Néo hé hoje no mundo, em qualquer dominio de atividade artistica, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razio vem de que o tipo de Carlito & uma dessas criagdes que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os herdis das lendas populeres ou as personagens das velhas farses de mamulengos. Carlito & popular no sentido mais alto da palavre. Néo saiu completo e definitive da cabeca de Chaplin: fol uma criagéo em que o artista procedeu por uma sucesso de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o ptiblico o efeito de cada detalhe. Um dos tracos mais caracteristicos da pessoa fisica de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O piblico riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestudrio da personagem - fraquezinho humoristico, calcas lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do publico, Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas € a cléssica cartolinha, 0 piblico no achou graca: estava desapontado. Chaplin Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o piblico que ela destrula a unidade fisica do tipo. Podia ser jocosa também, mas n&o era mais Carlito. Note-se que essa indumentéria, que vem dos primeiros filmes do artista, nao contém nada de especialmente extravagante. Agrada por néo sei qué de elegante que hd no seu ridiculo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possul dandismo do grotesco. Nao serd exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realizagio da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que so O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si sé atestaria em Chaplin um extraordindrio discernimento psicolégico. N&o obstante, se n&o houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criagéo @ vulgaridade dos artistas mediocres que condescendem com o facil gosto do publico. Aqui é que comega a genialidade de Chaplin. Descendo até o ptiblico, no sé no se vulgarizou, mas ao contrério ganhou maior forga de emogao e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Fle soube isolar em seus dados pessoais, em sua Inteligéncia e em sua sensibilidade de exceg&o, os elementos de Irredutivel humanidade. Como se diz em linguagem matematica, pés em evidéncia o fator comum de todas as expressées humanas. (Adaptado de: Manuel Bandeira, "O heroismo de Carlito”. Crénicas da provincia do Brasil, 2. ed. Sao Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 02. (SEFAZ-PE - 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - FCC) Atente para as afirmagées sobre pontuagao feitas abaixe a partir de segmentos transcritos do texto. I. ... serfa levado por esse processo de criagdo 4 vulgaridade dos artistas mediocres que condescendem com o facil gosto do pdblico. Uma virgula poderia ser colocada imediatamente depois de mediocres, sem alteragéo do sentido da frase Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Il. © vestudrio da personagem - fraquezinho humoristico, calcas lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do piiblico. Os travessdes poderiam ser substituides por parénteses, sem prejuizo para a clareza e a corregao. III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. A colocagéo de virgulas para isolar 0 segmente certa vez implicaria prejuizo para a clareza e a corresao. Est correto 0 que se afirma APENAS em (A)lell (8). (C)1 (D)lel. (E) IIL. A cultura brasileira em tempos de utopia Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos politicos que marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorizacéo da cultura popular, que tentava conciliar aspectos da tradig&o com temas e formas de expresso modernas. No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusdo social. Na literatura, Guimaraes Rosa publicou Grande sert3o: veredas (1956) e Jodo Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando tragos da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita. Na misica popular, a Bossa Nova, langada em 1959 por Tom Jobim e Joso Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a miisica passfonal e a interpretac&o dramética que se dava aos sambas-cangées e aos boleros que dominavam as radios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 das letras das cangées, dos arranjos instrumentais e da vocalizagéo, para melhor expressar o “Brasil moderno”. Jé a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Jé ndo se tratava mais de buscar apenas uma expresso moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denunciar 0 subdesenvolvimento do pais. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife € do Centro Popular de Cultura da Unigo Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na cancéo engajada, base da moderna musica popular brasileira, @ MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAGA, Mariana. Histéria para 0 ensino &dio. Séo Paulo: Atual, 2013, p. 738) Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 69de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 03. (TRT 19 - 2014 - Analista Judi plenamente adequada na seguinte frase: rio — FCC) A pontuagio esta (A) Ficam claras no texto, as contribuigSes que a cultura e a politica dao uma outra, pelas quais, toda manifestagdo artistica pode também, ser vista como manifestagao histérica (B) Houve um momento, agudo na nossa histéria, em que por razdes politicas, artistas foram levados @ criagdo de obras que se. pretendiam engajadas, em determinadas lutas de classe. (C) Além da dramaticidade prépria de certos géneros musicais a Bossa Nova repudiava também, a interpretac&io excessivamente exaltada, de alguns cantores. (D) Assim como Jo&o Cabral, Guimaraes Rosa também adotou, em seus textos primorosos uma articulacao entre elementos da cultura popular, e da cultura cléssica ou erudita. (E) Inspirados no jazz, segundo afirmam alguns criticos musicais, Tom Jobim e Joao Gilberto criaram e difundiram, ao longo dos anos 60, 0 ritmo eas cangGes da ent&o chamada Bossa Nova. DEPOIMENTO Fernando Morais (jornalista) © que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infancia, nao era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario portugués recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha prépria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um mondlito branco que contrastava com o barroco sem violentd-lo. Era “o Hotel do Niemeyer”, diziam. Deslumbrado com a construg&o, eu acreditava que seu criador (que supunha chamar-se “Nei Maia") fosse mineiro - um marianense, quem sabe? A suspeita aumentou quando, ainda de calgas curtas, mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele sé podia mesmo ser mineiro. No bairro de Santo Anténio ficava Colégio Estadual (a caixa d’égua era o lapis, 0 prédio Prof Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 das classes tinha a forma de uma régua, o auditério era um mata- borrdo). Numa das pontas da vetusta Praca da Liberdade, Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, um edificio de apartamentos cujo nome ndo me vern a meméria. E, claro, tinha a Pampulha: 0 cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja. Com © tempo cresceram as calcas e a barba, e sai batendo perna pelo mundo. E nao parei de ver Niemeyer. Vi na Franga, na Itélia, erm Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou minha confuséo sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase meio século depois do alumbramento produzido pela viséo do “Hotel do Nei Maia", continuo sem saber onde ele nasceu. Mesmo tendo visto um papel que Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 prova que foi na Rua Passos Manuel numero 26, no Rio de Janeiro, estou convencide de que lé pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, ndo tenham dividas, é mineire. (Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecilia (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. Sao Paulo: Fundagao Memorial de América Latina, 1998. p. 29) 04. (TRF/1 - 2014 - Analista Judici = Apoio - FCC) No ultimo pardgrefo, as aspas séo utilizadas para destacar 0 (A) nome indevido que na infancia o jornalista atribula ao criador do prédio (B) apelido com que o arquiteto era conhecido em sua terra de origem. (C) modo correto de se pronunciar o sobrenome do arquiteto. (D) titulo do papel que prova o local de nascimento do jornalista (E) jeito correto de escrever o nome do hotel cinquenta anos antes. QUANDO A CRASE MUDA O SENTIDO Muitos deixariam de ver a crase como bicho-papao se pensassem nela como uma ferramenta para evitar ambiguidade nas frases. Luiz Costa Pereira Junior O emprege da crase costuma desconcertar muita gente. A ponto de ter gerado um balaio de frases inflamadas ou espirituosas de uma turma renomada. O poeta Ferreira Gullar, por exemplo, é autor da sentenca “A crase nao foi feita para humilhar ninguém”, marco da toleréncia gramatical ao acento gréfico. O escritor Moacyr Scliar discorda, em uma deliciosa crénica “Tropegando nos acentos”, e afirma que a crase foi feita, sim, para humilhar as pessoas; € o humorista Millér Fernandes, de forma irénica e jocosa, é taxativo: “ela n&o existe no Brasil”. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 72de99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet 5 Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estratégia Analista e Técnico Judicidrio Teoria ¢ Questdes Comentadas Prof Rafaela Freitas — Aula 00 O assunto é to candente que, em 2005, 0 deputado Joo Herrmann Neto propés abolir esse acento do portugués do Brasil por meio do projeto de lei 5.154, pois 0 considerava “sinal obsoleto, que o povo jé fez morrer”. Bombardeado, na ocasiéo, por gramaticos e linguistas que 0 acusavam de querer abolir um fato sintdtico como quem revoga a lei da gravidade, Herrmann logo desistiu do projeto. A grande utilidade do acento de crase no a, entretanto, que faz com que seja descabida a proposta de sua extincdo por decreto ou falta de uso, é: crase é, antes de mais nada, um imperativo de clareza. N3o raro, a ambiguidade se dissolve com a crase - em outras, sé o contexto resolve o impasse. Exemplos de casos em que a crase retira a diivida de sentido de uma frase, lembrados por Celso Pedro Luft no hoje classico Decifrando a crase: cheirar a gasolina X cheirar a gasolina; a moga correu as cortinas X a moca correu as cortinas; 0 homem pinta 2 maquina X o homem pinta & maquina; referia-se a outra mulher X referia-se & outra mulher. O contexto até se encarregaria, diz o autor, de esclarecer a mensagem; um usuério do idioma mais atento intui um acento necessario, garantido pelo contexto em que 2 mensagem se insere. A falta de clareza, por vezes, ocorre na fala, nao tanto na escrita. Exemplos de diivida fonética, sugeridos por Francisco Plat&o Savioli: “A noite chegou”; “ela cheira a rosa”; “a policia recebeu a bala”. Sem o sinal diacritico, construgdes como essas serdo sempre ambiguas. Nesse sentido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de escrita. (Adaptado de: PEREIRA Jr., Luiz Costa. Revista Lingua portuguesa, ano 4, n. 48. So Paulo: Segmento, outubro de 2009. p. 36-38) Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 73de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 05. (TRF/1 - 2014 - Analista Judiciério - Apoio - FCC) A melhor explicacéio para 0 uso da virgula, na frase do ultimo pardgrafo “Nesse sentido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de escrita”, é: (A) “As oragdes coordenadas aditivas ligadas pela conjuncao e devem ser separadas por virgula se os sujeitos forem diferentes. Se o sujeito for o mesmo, nao ha 0 uso da virgula, presume-se”. (B) “As oracdes adverbiais, desenvolvidas ou reduzidas, podem iniciar o periodo, finda-lo ou interpor-se na oracdo principal. Quase sempre aparecem separadas ou isoladas por virgula’. (C) “O vocative é um termo relacionado com a funcao fatica da linguagem; como regra, isola-se por virgula”. (D) “A datacéio que se segue 2 nomes de documentos, periédicos, atos normativos, locais etc., como regra geral, separa-se ou isola-se por virgula”. (E) “E comum vir isolado por virgula 0 vocdbulo ou expresso com valor retificativo ou explanatério, embora, as vezes, possa aparecer sem esse sinal de pontuacao”. Leia: Anténio Vieira 6, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamé-lo de “Imperador da lingua portuguesa”. Em uma de suas principais obras, 0 Serm&o da Sexagésima, ensina como deve ser o estilo de um texto: “Aprendamos do céu o estilo da disposic#o, e também o des palavras. Como h&o de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas sfo muito distintas ¢ muito cleras, Assim hé de ser o estilo da pregac&o, muito distinto Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 7A de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 muito claro. E nem por isso temais que pareca o estilo baixo; as estrelas sdio muito distintas, e muito claras e altissimas. © estilo pode ser muito claro e muito alto; téo claro que o entendam os que nao sabem, e téo alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rustico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e 0 mareante para sua navegacéo, e o matemético para as suas observacées e para os seus juizos. De maneira que 0 rustico © o mareante, que nao sabem ler nem escrever, entendem 4s estrelas, € 0 matematico que tem lido quantos escreveram n§o alcanca a entender quanto nelas ha.” Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distingao e a clareza. Nao sao discordantes, como muitos de nés pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparasao. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., ja considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece similaridades entre algo ja sabido pelo leitor e aquilo que se Ihe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que € de todos conhecido. (Tales Ben Daud, inédito) 06. (TRF/4 - 2014 — Analista Judiciario - Apoio - FCC) Quanto & pontuacéo, atente para as afirmagdes abaixo: I. No segmento Nao s&o discordantes, come muitos de nds pensamos: uma e outra concorrem..., 0s dois-pontos introduzem uma oposisfio ao que vinha sendo dito na frase. IL. Mantendo-se a corregéo e, em linhas gerais, o sentido original, a virgula imediatamente apés "disposigéo", em Aprenda- mos do céu o estilo da disposic¢aio, e também o das palavras, no pode ser suprimida. III, No segmento ... € @ mareante para sua navegagao... uma virgula poderia ser acrescentada imediatamente apés “mareante”, uma vez que ali se subentende a expresso “acha documentos’. Esta correto o que consta APENAS em (A) I. Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet és Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 io (B) Ie Ill. (C)le ll. (D) Tell. (E) UL Vaidade do humanismo A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta para 0 vazio, para © sentimento que habita o vao. Mas é possivel tratar dela com mais condescendéncia do que os moralistas rigorosos que costumem condené-la inapelavelmente. Pode-se compreendé-la como uma contingéncia humana que talvez seja preciso antes reconhecer com naturalidade do que descartar como um vicio abominavel. Como se sabe, a vaidade esta em todos nds em graus e Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 com naturezas diferentes, e hé uma vaidade que devemos aceitar: aquela que corresponde n&o a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente tenhamos realizado, a uma razéo objetiva que enraiza a veidade no mesmo ch&o que foi marcado pelo nosso melhor esforco, pelo nosso trabalho de humanistas. Ne condigéo de humanistas, temos interesse pelo estudo das formagées sociais, dos direitos constituidos e do papel dos individuos, pela liberdade do pensamento filoséfico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte literéria que projeta e dé forma em linguagem simbdlica aos desejos mais intimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam 0 homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo de vertiginoso avanco tecnolégico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um mundo mais justo - todas estas dimensdes de maior peso do que qualquer virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro cujo titulo j8 é inspiracéo para uma plataforma de trabalho - Humanismo e critica democrética - afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que partimos”; “o ato de ler é 0 ato de colocar-se na posi¢ao do autor, para quem escrever é uma série de decisées e escolhas expressas em palavras”. Nesse sentido, toda leitura é 0 compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito escritor - compartilhamento justificado nao necessariamente por adeséo a um ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliagéo do ponto de vista do outro, Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja esta a nossa vaidade de humanistas. (Derval Mendes Sapucaia, inédito) 07. (TRF/4 - 2014 - Analista Judiciario - Apoio - FCC) Quanto a pontuacdo, a frase inteiramente correta é: (A) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas ume vez que, é nela, que se estabelecem nao apenas as relagdes Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (B) Para Edward Said, 2 linguagem é © terreno de onde partem os humanistas uma vez que é nela, que se estabelecern nao apenas as relagdes de sentido, mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (C) Para Edward Said, a linguagem, € © terreno de onde pertem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem, n&o apenas as relagbes de sentido, mas também 0 desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor (D) Para Edward Said a linguagem é 0 terreno, de onde partem os humanistas, uma vez que € nela que se estabelecem nfo apenas as relagées de sentido mas, também, o desafio de © leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. (E) Para Edward Said, a linquagem é © terreno de onde partem os humanistas, uma vez que € nela que se estabelecem néo apenas as relagées de sentido, mas também 6 desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. Da uti jade dos prefacios Li outro dia em algum lugar que os prefacios so textos intitels, 34 que em 100% dos casos 0 prefaciador & convocado com 0 compromisso exclusive de falar bem do autor e da obra em questo, Garantido o tom elogioso, o prefécio ainda aponta caracteristicas evidentes do texto que viré, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefécio adianta elementos da historia a ser narrada (quando se trata de ficg0), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que indtil, o prefécio seria um estraga-prazeres. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Pois vou na contraméo dessa critica mal-humorada aos prefacios € prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - 0 que n&o justifica a generalizacéo devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros que li, a melhor coisa era o prefacio - fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que 0 do autor da obra, fosse pela consisténcia das ideias defendidas, muito mais sélidas do que as expostas no texto principal. Ha casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefécio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessério. E ninguém controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso € inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observagao de Machado de Assis: quando o prefécio e o texto principal so ruins, 0 primeiro sempre teré sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. Hé muito tempo me deparei com o prefacio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de ume jovem, linda € famosa modelo. Pois 0 velho poeta tratava a moga como se fosse uma Cecilia Meireles (que, alids, além de grande escritora era também linda). N&o havi dtivida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando 0 poder de seducéo da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moga que o prefécio acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginag&o de um grande génio poético. (Aderbal Siqueira Justo, inédito) 08. (TRF/16 - 2014 - Analista Judi: Quanto & pontuaggo, a frase inteiramente correta é: - contabilidade — FCC) (A) J4 pela ma fama adquiride jé por preconceito, sempre haveré por parte de certos leitores, alguma relutdncia diante da leitura de um prefacio. (B) O autor do texto no hesita honestamente, de recorrer a experiéncias, pessoais, para demonstrar sua tese, favorével em boa parte @ existéncia mesme dos prefacios. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (C) A escritora Cecilia Meireles t&o talentosa quanto bonita, é citada no texto como parémetro de exceléncia, na comparac&o com uma jovem, bela e pouco inspirada poetisa. (D) Muita gente acabara por confessar tal como fez 0 autor, que um prefacio pode prender nossa ateng&o, com muito mais forga, do que o texto principal de uma obra. (©) © autor conclui, ndo sem razéo, que es bibliografias que indicam apenas 0 prefécio de uma obra permitem deduzir, n3o hé divide, que o restante do livro no importa muito. 09. (TRT/16° - 2014 - Analista Jue Serla sem divida ingenuidade esperar que a industria farmacéutica se entregasse de corpo e alma a resolugéo do problema. Seu compromisso primordial é com seus acionistas - e essa & a regra do jogo. Isso n&o significa, contudo, que n&o possam fazer parte do esforco Afirma-se com corregao sobre aspecto do trecho acima: (A) Se, em vez de resolugo do probleme, houvesse "resolver o problema", seria correto manter 0 acento indicativo da crase - "se entregasse [..-] a resolver o problema". (B) A palavra primordial esté corretamente empregada, assim como esté em “E primordial para o setor, sem dtivida alguma, as mudangas relativas & area de recursos humanos". (C) Justifica-se 0 uso do sinal de pontuagéo, na linha 2 do trecho acima, assim: "Nao € raro o emprego de um sé travessdo para indicar que a parte final de um enunciado constitui um comentario marginal, de reduzida forga para o desenvolvimento do raciocinio". (D) A substituiggo da conjung&o contudo por “ainda que" no altera a relacdo que originalmente esta estabelecida entre as frases do texto (E) A substituic&io da forma verbal possam fazer por "possa fazer" estaria correta e adequada ao contexto. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 10. (TRT/16° - 2014 - Analista Judiciério - Area Judiciaria - FCC) Também seria desejével envolver com maior intensidade universidades e laboratérios publicos (onde os ha, como é 0 caso do Brasil). A redago alternativa a frase acima, que se apresenta clara, correta e fiel as ideias nela expostas, é: (A) Igualmente desejével seriam universidades € laboratérios publicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil eles tém presenca. (B) Da mesma maneira, seria desejavel que fossem envolvidos mais intensamente universidades e laboratérios pliblicos, em lugares, como o Brasil, em que eles existem. (C) Em lugares em que estes existem (sendo o Brasil um caso de ter universidades laboratérios ptiblicos), seria também desejdvel seu intenso envolvimento. (D) Inc intensidade, de universidades e laboratérios aonde se encontram, como o caso se no raciocinio que é desejével ter-se envolvimento de maior do Brasil. (E) Equivalentemente, seria envolvimento desejavel e intenso o das universidades e laboratérios puiblicos (em que, como 0 caso do Brasil, eles existem). Blogs e Colunistas Sérgio Rodrigues Sobre palavras Nossa lingua escrita e falada numa abordagem irreverente 02/02/2012 Consultério 'No aguardo', isso esta certo? ™Parece que virou praga: de dez e-mails de trabalho que me chegam, sete ‘ou oito terminam dizendo ‘no aguardo de um retorno’! Ou outra frase parecida com esta, mas sempre incluindo a palavra ‘aguardo’. Isso esté certo? Que Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 81de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 diabo de palavra é esse ‘aguardo’ que no é verbo? Gostaria de conhecer suas consideragdes a respeito.” (Virgilio Mendes Neto) Virgilio tem raz: uma praga de “no aguardo” anda infestando nossa lingua. Convém tomar cuidado, nem que seja por educacéo: antes de entrarmos nos aspectos propriamente linguisticos da questo, vale refletir por um minuto sobre © que ha de rude numa formula de comunicagao que poderia ser traduzida mais ou menos assim: “Estou aqui esperando, vé sé responde logo!”. (Onde tera ido parar um cliché consagrado da polidez como “Agradeco antecipadamente sua resposta”? Resposta possivel: foi aposentado compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais do tempo das cartas manuscritas, porque o meio digital privilegia as mensagens diretas e nfo tem tempo a perder com hipocrisias. O que equivale a dizer que, sendo o meio a mensagem, como ensinou o tedrico da comunicacéo Marshall McLuhan, a internet € casca-grossa por natureza. Seré mesmo?) Quanto a questéo da existéncia, bem, o substantive “aguardo” existe acima de qualquer duvida. 0 dicionario da Academia das Ciéncias de Lisboa ndo 0 reconhece, mas isso se explica: estamos diante de um regionalismo brasileiro, um termo que tem vigéncia restrita ao-territério nacional. Desde que foi dicicnarizado pela primeira vez, por Candido de Figueiredo, em 1899, néo faltam lexicégrafos para Ihe conferir “foros de cidade", como diria Machado de Assis. Trata-se de um vocébulo formado por derivacéo regressiva a partir do verbo aguarder. Tal process, que jd era comum no latim, é © mesmo por meio do qual, por exemplo, do verbo fabricar se extraiu o substantivo fabrica. 11. (AL-PE - 2014 - Analista Legislativo - Direito Constitucional, Admi correto o seguinte comentario: trative e Eleitoral - FCC) Acerca da pontuacio empregada, é (A) As aspas em “foros de cidade” assinalam que a expresséo é usada por outros, que nao o autor, diferentemente das aspas em “no aguardo”. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 82de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (B) Em Que diabo de palavra é esse ‘aguardo’ que ndo é verbo?, seria mais apropriade um ponto de exclamacdio, considerado o contetido da frase. (C) Considerado 0 contetido do texto, os parénteses que acolhem o segundo paragrafo da resposta justificam-se pelo carater menos central das informagdes e comentarios que contém (D) Na primeira linha do texto citado e nas trés primeiras do texto de Sérgio Rodrigues, dado o sentido do que vem em seguida, os dois-pontos poderiam ser substituidos por “porque”. (E) Em foi aposentado compulsoriamente 20 lado de outros bordados verbais, a apresentagéo de compulsoriamente entre virgulas alteraria o sentido original, tornando prescindivel a presenca desse advérbio na frase Leia: Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E 0 inverso é mais do que verdadeiro. Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos cléssicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrou na ocasiéo uma lei antiga: a de que livro born rende filme ruim. Vinte anos depois, repetiu a faganha, novamente com Ramos, ao adaptar 0 livro Memérias do Carcere (1953). Sao os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que thes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20. Além das transposigées das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como Nelson Rodrigues e Guimaraes Rosa. F 0 tinico cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras. Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar. O cineasta viu o autor uma Unica vez, em 1952, num almogo em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tao encabulado diante do idolo que nao teve coragem de puxer conversa. contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar a Prof® Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 tela o livro S80 Bernardo (1934), de Graciliano. Queria autorizagao do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelson ficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo para ela, Mas Graciliano ndo gostou da ideia. A relagao artistica comegaria de fato ume década depois, com o escritor j4 morto. "Queria fazer um filme sobre 4 seca. Criei uma histéria original, mas era muito superficial. Entéo me lembrei de Vidas Secas". Durante as filmas12gtr32gens, 0 mais dificil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, a cachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literatura e do cinema nacional. (Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha de S.Paulo, 26/06/2013) 12. (SABESP - 2014 - Técnico em Gest&o - Informatica - FCC) Considere as afirmativas abaixo. I. Na frase Séo os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que hes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20 (30 paragrafo), 0 segmento grifado pode ser corretamente substituido por “serviram de base a elas”. II. No segmento a cachorra que "Interpretava” Balela (Ultimo paragrafo), © uso das aspas justifica-se por se tratar da transcrigdo exata das palavras de Nelson Pereira dos Santos. III, Mantém-se a corregSo gramatical do segmento A relac&o artistica comecaria de fato uma década depois (ultimo paragrafo) substituindo-se o verbo grifado por comegou. Esta correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) Tell. (C) C) Ne lll. (D) WI. (E) Te Ill. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 84de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Leia: Menino do mato Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem nomeagao. Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoethada na pedra! A Mae que ouvira a brincadeira falou: J& vem vocé com suas visdes! Porque formigas nem tém joelhos ajoelhdveis e nem hé pedras de sactistias por aqui. Isso 6 traquinagem da sua imaginagao. O menino tinha no olhar um siléncio de ch&o e na sua voz uma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver 0 mundo para encontrar nas palavras novas coisas de ver assim: eu via a manh& pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garca aberta na solidéo de uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criagao: Eu hoje vi um sapo com olhar de drvore. Entéo era preciso desver 0 mundo para sair daquele lugar imensamente e sem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abengoadas pela inocéncia. O que @ gente aprendia naquele lugar era sé ignoréncias para a gente bem entender a voz das aguas e dos caracéis. A gente gostava das palavras quando elas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que sé os absurdos enriquecem a poesia (BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, Sao Paulo, Leya, 2013, p. 417- 8.) Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Anafstie Trice ka Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 13. (TRF - 38 REGIAO - 2013 - Analista Judiciario - Informatica - FCC) Considere as frases abaixo. 1. No verso O que @ gente aprendia naquele lugar era s6 ignorancias, o verbo destacado pode ser flexionado no plural, sem prejuizo pare a corresao e © sentido original. IL. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de Fontes, pode-se acrescentar uma virgula, sem prejuizo para a corregao e o sentido original. II. Sem que nenhuma outra alteragéio seja feite, no verso e nem hé pedras de sacristias por aqui, o verbo pode ser substituido por existe, mantendo-se a corregao e o sentido original Esta correto o que se afirma APENAS em (A) Ie Ill. (B) le ll. (©) IL. (D) HI (E)lell 14, (TRF - 32 REGIAO - 2013 - Analista Judiciério - Informatica - FCC) Em uma redac&o em prosa, para um segmento do poema, a pontuacao se mantém correta em: (A) A Mae, que tinha ouvide a brincadeira, felou: “Jé vem vooé com suas visées!” Porque formigas nem tém joelhos ajoelhaveis, nem ha pedras de sacristias por aqui: “Isso é traquinagem da sua imaginacfio”. (B) A Mae que tinha ouvido a brincadeira, falou: - J ver vocé com suas visdes! Porque formigas nem tém joelhos ajoelhdveis, nem ha pedras de sacristias por aqui: - Isso é traquinagem da sua imaginac&o. (C) A Mae, que tinha ouvido a brincadeira falou: “Ja vem vocé com suas visées!, porque formigas, nem tém joelhos ajoelhaveis, nem ha pedras de sacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginacdo”. Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (D) A Me que tinha ouvido a brincadeira, falou: “Ja vem, vocé com suas visdes!”; porque formigas nem tém joelhos ajoelhaveis e nem hé pedras de sacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginacéo. (E) A Mae que, tina ouvido a brineadeira, falou: “Ja vem vocé com suas visdes!” Porque formigas, nem tém joelhos ajoelhaveis, nem hd pedras de sacristias por aqui. “Isso, é traquinagem da sua imaginacao". Leia: A dor, juntamente com a morte, é sem divida a experiéncia humana mais bem repartida: nenhum privilegiado reivindica ignorancia em relagéo a ela ou se vangloria de conhecé-la melhor que qualquer outro. Violéncia nascida no préprio mago do Individuo, ela dilacera sua presenga e o esgota, dissolve-o no abismo que nele se abriu, esmaga-o no sentimento de um imediato sem nenhuma perspectiva. Rompe-se a evidéncia da relag&o do individue consigo € com 0 mundo. A dor quebra a unidade vivida do homem, transparente para si mesmo enquanto goza de boa satide, confiante em seus recursos, esquecido do enraizamento fisico de sua existéncla, desde que nenhum obstéculo se interponha entre seus projetos e 0 mundo. De fato, na vida cotidiana 0 corpo se faz invisivel, flexivel; sua espessura € apagada pelas ritualidades sociais € pela repetic3o.incansdvel de situagées préximas umas das outras. Alids, esseocultar 0 corpo da atencao do individuo leva René Leriche a definir a satide come "a vida no siléncio dos érgéos”. Georges Canguilhem acrescenta que ela é um estado de "inconsciéncia em que o sujeito é de seu corpo”. (Adaptado de: BRETON, David Le. Antropologia da Dor, Sao Paulo, Editora Fap- Unifesp, 2013, p, 25-6) 15. (TRF - 34 REGIAO - 2013 - Analista Judiciario - Informatica - FCC) Considere as frases abaixo. 1. Ao se suprimirem as virgulas do trecho A dor, juntamente cam a morte, é sem divide a experiéncia humena..., 0 verbo devera ser flexionado no plural. Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet ‘ Lingua Portuguesa p/ TRE-PB E tratégia Analista e Técnico Judiciério Teoria ¢ Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Il. Na frase Georges Cangulilhem acrescenta que ela é um estado de “inconsciéncia em que o sujeito é de seu corpo”, pode-se acrescentar uma virgula imediatamente apés inconsciéncia, sem prejuizo para a correcao. III, Na frase De fato, na vida cotidiana o corpo se faz invisivel, flexivel; sua espessura é apagada pelas ritualidades sociais..., 0 ponto e virgula pode ser substituido, sem prejuizo para a correg&o eo sentido original, por dois- pontos. Estd correto 0 que se afirma APENAS em (A) IL. (B)Ie lll. (C) We In. (D) lel. (1 Viagens Viagens de avido e de metré podem guardar certa semelhanga. Entre nuvens carregadas, ou tendo o azul como horizonte Infinito, 0 passageiro nfo sente que esté em percurso; no interior dos tuneis, diante das velozes € uniformes paredes de concreto, 0 passageiro tampouco sabe da viagem. Em ambos os casos, vai de um ponto a autre como se alguém o levantasse de um lugar para pé-lo em outro, mais adiante. Nesses casos, praticamente se impée uma viagem interior. As nuvens, o azul ou o concreto escuro hipnotizam-nos, deixam-nos a sds com nossas imagens e nossos pensamentos, que também sabem mover-se com rapidez. Confesso que gosto desses momentos que, sendo velozes, séo, paradoxalmente, de letargia: os olhos abertos veem para dentro, nosso cinema interior se abre para uma profuséo de cenas vividas ou de expectativas abertas. Em tais viagens, estamos surpreendentemente sés - uma experiéncia rara em nossos dias, concordam? Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 88 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Anafstie Trice ka Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Que ninguém se socorra do celular ou de qualquer engenhoca eletrénica, por favor: que enfrente o vital desafio de um coléquie consigo mesmo, de uma viagem em que somos ao mesmo tempo passageiros e condutores, roteiristas do nosso trajeto, produtores do nosso sentido, Nao & pouco: nesses minutos de intima peregrinacio, 0 Unico compromisso & 0 de nao resistir 4 subita liberdade que nossa imaginagéo ganhou. Chegando & nossa estaglo ou a0 nosso eeroporte, retomaremos a rotine e nos curvaremos 4 fatalidade de que as obrigagSes mundanas rejam 0 nosso destino. Navegar é preciso, viver no preciso, diziam os antigos marinheiros. E verdade: hé viagens em que o menos importante é chegar. (Ulisses Rebonato, inédito) 16. (METRO-SP - 2014 - Analista Desenvolvimento Gestéo Junior - Administracgao de Empresas - FCC) Atente para as seguintes frases: I. Numa viagem de metré, sentimos que o proprio tempo parece acelerar. II. Ele prefere evitar o metré, por'conta de sua tendéncia claustrofébica. IIL. Ele optou pelo hordrio do metré, que Ihe parece mais conveniente. A supressio da(s) virgula(s) altere 0 sentido do que esta APENAS em: (A)Iell. (B) We Ill. (C)le ML (D) I. (E) IIT. Lela: A guerra dos dez anos comecou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e prociamaram a independéncia do pais em relagéo 4 metrépole espanhola. Mas a Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano e, em margo de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhdis. Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 89 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restric ao comércio, 0 governo americano apolara abertamente os revolucionérios e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial do Havana. Os trabathadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a instituigao do “lector”. Uma ilustragio da revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de pernas cruzadas, éculos e chapéu de abas largas, um livro nas méos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com 0 que parece ser uma atengSo enlevada. O material dessas Jeituras em voz alta, decidido de antem&o pelos operarios (que pagavam o “lector” do préprio salario), ia de historias € tratados politicos a romances e colecdes de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha téo popular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse 0 nome de seu heréi para um charuto; Dumas consenttu. Segundo Mario Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em siléncio concentrado e néo eram permitides comentérios ou questées antes do final da sesso. (Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma hist6ria da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. S80 Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136) 17. (FCC - 2014 - TRF - 38 REGIAO - Analista Judicidrio - Area Judiciéria) Sem prejuizo para o sentido original e a correo gramatical, (A) uma virgula pode ser inserida imediatamente apés “revoluciondrios”, no segmento... © governo americano apoiara abertamente os revolucionarios € Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. (2° pardgrafo) Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 90 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 (B) 0 segmento ... que imigraram para os Estados Unidos... (3° pardgrefo) pode ser isolado por virgulas. (C) uma virgula pode ser inserida imediatamente apés “leituras”, no segmento 0 material dessas leituras em voz alta, decidido..., contanto que se suprima a virgula colocada imediatamente apés “alta” (4° paragrafo) (D) a virgula colocada imediatamente apés os parénteses que isolam o segmento ... que pagavam o “lector” do préprio salario (4° paragrafo), pode ser suprimida (E) a virgula colocada imediatamente apés Céspedes, no segmento Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados... (18 paragrafo) pode ser suprimida. Violéncia e naturalidade Hé na fiegéo do grande Machado de Assis paginas to admirdveis quanto duras - ou mesmo cinicas, preferem alguns. Lembremos este trecho famoso do romance Quincas Borba: "Nao ha morte. 0 encontro de duas expanses, ou a expansio de duas formas, pode determinar a supressdo de uma delas; mas, rigorosamente, néo ha morte, ha vida, porque a supresséio de uma é a condigéo de sobrevivancia de outra, e a destruigio no atinge © principio universal e comum. Dai o carater conservador e benéfico da guerra. Supde tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forgas para transpor a montenha e ir outra vertente, onde hé batatas em abundancia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas de campo, n&o chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanigo. A paz, nesse caso, é a destruigéo; a guerra é a conservaciio. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daf alegria e ousadia da vitéria, os hinos, aclamagdes, recompensas pilblicas e todos os demais efeitos das acées bélicas. Se a guerra no fosse isso, tais demonstragées nao chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem sé comemora e ama o que lhe é aprazivel ou Prof? Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 91de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma acéio que virtualmente a destréi. Ao vencido, édio ou compaixdo; ao vencedor, as batatas.” Aqui, Machado leva ao extremo a tese que chancela a lei do mais forte, a competitividade brutal que esmaga o perdedor. Parece concordar com ela, apesar do tom extremamente irénico, e talvez concorde mesmo — mas a caprichosa naturalidade com que 0 nosso escritor aborda as violéncias mais radicais faz desconfiar que ele também nos esteja provocando. Machado sabe que uma das formas mais eficazes de mostrar a barbérie esté em naturalizé-la. E uma operagao sutil, em que ele prefere apresentar os atos mais selvagens como se fizessem parte da plena rotina. Os leitores mais sensiveis acusardo o golpe, e ter&o que enfrentar a pergunta tremenda: se tanta violéncia decorre com tamanha naturalidade, que sentido teré equilo que os homens vém chamando de civilizago? (Diego Munhoz, inédito) 18. (CETAM - 2014 - Analista Técnico Educacional - Economi: FCC) A pontuaggo esta plenamente adequada na frase: (A) So sutilezas desse tipo, que Machado aqui e ali, pde-se a explorar com toda a sua verve. (B) Machado aqui e ali, pée-se a explorar sutilezas como estas que se tornaram marcas suas. (C) Com a ironia, t&o caracteristica, Machado vai disseminando suas sutilezas, pelo texto. (D) Machado, mestre da ironia, senhor das sutilezas, pde o espirito do leitor & prova. (E) Com toda a verve, que caracteriza Machado, articula com ironia suas sutilezas. Prof? Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 92 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet . Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Estrategia Aniline Tid haiti Teoria e Questées Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 Maias usavam sistema de agua eficiente e sustentavel Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizagéo maia da América Central tinha um método sustentavel de gerenciamento da agua. Esse sistema hidréulico, aperfeicoado por mais de mil anos, foi pesquisado por uma equipe norte-americana. As antigas civilizagdes tém muito a ensinar para as novas geragées. O caso do sistema de coleta e armazenamento de dgua dos maias ¢ um exemplo disso. Para chegar a esta conclusdo, os pesquisadores fizeram uma escavaciio arqueolégica nas ruinas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala. Durante 0 estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado na revista cientifica PNAS, foram descobertas a maior represa antiga da area maia, a construcéo de uma barragem ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatério de agua em Tikal, a presenca de uma antiga nascente ligada ao inicio da colonizacao da regio, em torno de 600 a.C., 0 uso de filtragem por areia para limpar a Agua dos reservatérios. No sistema havia também uma estag&o que desviava @ agua para diversos reservatérios. Assim, os meias supriam a necessidade de agua da populacao, estimada em 80 mil em Tikal, préximo ao ano 700, além das estimativas de mais cinco milhdes de pessoas que viviam na regio das planicies maias ao sul No final do século IX a area foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda sao questionados € debatidos pelos pesquisadores. Para Scarborough € muito dificil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visdo pessoal & que 0 colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altemente bem-sucedida que agiram como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleco poderia té-los derrubado tao severamente”, disse o pesquisador 4 Folha de S. Paulo Segundo ele, a mudanca climatica contribuiu para a ruina dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito dos reservatérios que eram preenchidos pela chuva. E provavel que a populace tenha crescido muito além Prof Rafacla Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 93 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judic Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 da capacidade do ambiente, levando em consideragéo as_ limitagdes tecnolégicas da civilizacio. “E importante lembrar que os meias no estdo mortos. A populagdo agricola que permitiu a civilizaggo florescer ainda é muito viva na América Central”, lembra 0 pesquisador. (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413) 19. (SABESP - 2014 - Tecndélogo - Construcdo Civil - FCC) Sem prejuizo para a corregio e a légica, uma virgula poderia ser colocada imediatamente depois de I. mostra, na frase Um estudo publicado recentemente mostra que a civilizagéo maia... (19paragrafo). II. abandonada, na frase No final do século IX a area foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda séo questionados e debatidos pelos pesquisadores. (5° paragrafo) III. Scarbourough, na frase Para Scarborough é muito dificil dizer o que de fato aconteceu. (5° paragrafo) Esté correto o que consta APENAS em AL (B) Ne It. (C)lelll. (D).. (E) IIL Pobres palavras Lendo um romance, tropecei na palavra inexordvel. E uma das que mantenho desconhecides, desde rapazola, quando peguei gosto de ler. Desconhecida porque, mesmo jé tendo lido inexoravel muitas vezes, nunca quis saber 0 sentido. Parece uma palavra em desuso, dessas que ficam I4 nos velhos armazéns da lingua, coberta de poeira, até que alguém pega e coloca Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 94 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet Lingua Portuguesa p/ TRE-PB Analista e Técnico Judicidrio Teoria e Questdes Comentadas Prof? Rafaela Freitas — Aula 00 numa frase como uma roupa no varal. O leitor é quem recolhe essas roupas, uma por uma, menos as que, como inexordvel, a gente ndo sabe o que é, deixa lé, para que volte sozinha ao armazém e fique lé mofando até que... Bem, desta vez fiquei com pena da pobre inexoravel e fui ao dicionério. E inexorével é implacavel. Eu j& desconfiava disso, tantas vezes li que o destino é inexoravel, e fiquei feliz porque o significado justifica a pompa da palavra. Porque a primeira vez que fui ao diciondrio desvendar uma palavra, foi uma inenarrével (olha outra pomposa af) decepcio. Era a palavra inconsttil. Em prosa e poesia, volta e meia Id vinha a inconsutil. Um dia, j& na casa dos quarenta, a barba comecendo a grisalhar, no aguentei mais as décadas de ignorancia e fui ao diciondrio. E inconstitil & apenas “sem costura”. Tantos mantos inconstiteis e eu nao conseguia ver algo em comum entre eles para achar o sentido da palavra, e eram apenas mantos sem costura. Fiquei acabrunhado (esta nem pomposa, é atrapalhada mesmo). (PELLEGRINI, Domingos. Li¢des de gramatica para quem gosta de literatura, Sdo Paulo: Panda Books, 2007, p. 40-41) 20. (TCE/PI - 2014 - Jornalista — FCC) Esta inteiramente correta a pontuagéo da seguinte frase: (A) Por vezes uma palavra como inexoravel, pode levar-nos ao dicionério, quando se confirma de certo modo o significado de que suspeitévamos. (B) Ao consultar no dicionério 0 verbete inconsuttil confessa-nos 0 autor, que se decepcionou, pois néo imaginava que a palavra se referisse a algo tio prosaico. (C) Muitas palavras inteiramente desconhecidas podem, eventualmente, ter seu sentido indicado pela forca do contexto, mas tal no ecorreu com o termo inconsitil. (D) Ha em qualquer lingua, expressées tdo gastas, que mesmo um ou outro termo que as integra, pode parecer-nos familiar e sabido, pela forca da repeticao, Prof? Rofaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 95 de 99 WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG O maior RATEIO de MATERIAIS para CONCURSOS da internet

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