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3 0 triunfo do Conceieo. de Cultura 2 Seq ¢oticeité ou 20 menos a idéia de cuk fara ge impe, a pesquisa sistemética sobre 0 funcionamento da cultura em geral ou das cil igual em todos os paises em que a etnologia co: ‘mega a progredir. O conceito recebe sua melhor acolhida nos Estados Unidos e na antropologia tropologia cultural” € praticamente 0 nyesmi@ A consagracio cientifica de € tanta hos Estados Unidos que o termo € adotado rapids- mente em seu sentido antropoligico pelas Aisciplinas vizinhas, sobretudo a psicologia e a sociolog somal americano € bem espe- cifico, comparado aos contextos nacionais euro- 65 umericano; segundo 0 dania € quase ligada Almigracio- o americano € um imigrante ou um descendente de delo de integra iio reconhecida em uma esta € a rario pela qual ‘chamada por al- *Etnicas. Os soci6iogos da Universidade de Jicago, primeiro centro de ensino e de divul centro de st trangeitos na cidade, contribuindo assim para promover um campo de estudos essencial pars iedades modernas. Fste campo $6 se de veri € obterd um certo reconhecimento pais de imigracio, no ent se torriou isso, de forma macica ¢ estrutural des metade do século XIX A represen versal, explica em parte 0 fraco des da reflexio sobre a diversidade ‘ropologia americana sera freqtiente- As Vezes com uma conotagio Tomado no singular, redutor: na realidade, mio ciadas.E possivel agrupilos em trés grandes ‘A primeira € herdeira diteta do ensi- historia cultural: A segunda se dedica a elucidar as relacdes entre cultura Sosa: personalidade (individual). cerceira consider a cultura como um sistema de comunicagdes centre 0s indivi Batre todos os caminhos abertos por Boas, a pesquisa sobre a dimensio histérica dos fend ‘menos culturais que vai sobretudo ser retomada por seus sucessores imediitos. Entre cles, espe- cialmente Alfred Krocber e também Clark Wissler vio se esforcar para explicar 0 processo de distei- ris no espaco. Hes ndlogos “difusionis- tontam, emprestados dos tas"alemies do inicio do século uma série de ins principalmente a nogio de “irea cultural’ de “traco cultural’, Esta ditima aogio deve permitir, +o dificil se torna isolar ¢ analisar um elemento de varios tragos culturais na fas prOximas € analisar 0 processo de sua ite ‘No caso em que aparece uma grande conver- ‘géncia de tragos semelhantes em um dado espa- 0 false entdo de “Area cultural’. No centzo da fea cultural se enconteam as eareteristicas fun- de uma cultura; na sua perifera, estas ccaracteristicas se entrecruzam com 0s tragos pro- venientes das areas vizinhas. 68 ‘Como foi mosirado por Kroeber, o conceit to de Area cultural “funciona” bem no caso das cculturas indigenas da América do Norte, pois ali Areas culturais ¢ areas gcograficas sio mais ou ‘menos coincidentes. Mas, cm muitas outras re= ides do mustdo, seu cariter operatorio & discu- vel, pois as fronteiras slo bem menos nitidas ¢ as areas culturais 86 podem ser definidas de ma- partir de um admero pou uigdes histéricas foram imprecisas € até aber- rantes.A maioria dos los de Boas, forma dos pelo seu rigor metodolégico empirico, mostraramse, no entanto, prudentes em suas interpretagest Além de um impressionante actimulo de observacdes empiricas, as contribuigies tedricas desta corrente da antropologia americana para a ‘compreensio da formagio das culturas so bas- tante importintes. Devenios a ela 0 conceito fun- damental de*modelo eulesral”(culteenal pattern) ‘que designs o conjunto estruturado dos miceanis- mos pelos quais uma cultuts se adapta a sew mio ambiente. Esta nogio seri retomada ¢ apro- “cultura e personalidade” ‘nos fendmenos de emprést los abrem 0 caminho para as fururas pes- sobre a aculturaglo € as trocas culturais, Seus trabalhos revelam a complexidade dos fe- sendo o empréstimo freqientemente nsformagio ¢ até a fecriacio do elemen- to emprestado, pols ele deve se adaptar a0 mo- elo cultural da cultura receptora, Bronislaw Malinowski (1884 - 1942), antrop6lo- 0 inglés, nascido como sidito austriaco de fe polonesa. Ele se opds a qualquer tentativa de escrever a hist6ria das culturas de tradigto oral. Para ele, € preciso se ater & observacio di- eta das i zagio da realidade cultural 3 qual chegam algu- mas pesquisas da corrente difusionista, Estas pesquisus se caracterizai museogrifica dos fatos {Gos colecionados e descritos em si mesmos s ode estudi-los separadamente: lem toda cultura) cada costume, cade obj cada iia © cada crenga exercem uma c fungi presentam ums parte insubstiruivel da de organiea [1944] ma cert tare a Qualquer cultura deve ser analisada em n * centrado no prest Para explicar o catiter funcional das dife- rentes culturas des’, fundamento de Uma Teoria Cientfica da de um de seus livros, editado em 1944), elementos constitutivos de uma cultu- xa teriam como funcio satisfazer as necessida- des essenciais do homem, Ble t seu modelo das ciéneias da natuze ‘que os homens constituem uma espécie animal. 0 individuo tem um certo ntimero de necessi- dades psicolégicas (alimentarse, reproduzirse, protegerse, ete), que determinam imposicdes fundamentais.A precisamente imperativos natu. ris. Esta resposta se da pela criagio de institu ges", conceito central para Malinowski, signa as solugdes coletivas (organiza io 6 estudo de fatos Cults arbi- lados Através desia teoria das necessidades que coloca a antropologia em um impasse, Malinowski sai da reflexio sobre a propriamente dita para voltar ao estudo da ‘natureza humana cujas necessidades ele tenta ninar, chegando até a ciclas de maneira pouco cor concepeio “biologista” da cul Jo unicamente aos fatos que re- Para pensar as cont nas, as disfuncdes € até os fen tals patolégicos. © grande _mérito de Malinowski ser’, no entanto, demonstrar gue Bio se pode estudar uma cultura analisando-a do exterior, € ainda menos a distincia. Nao sé observagio direta "em camy 73 ‘© uso do método etnogrifico chamado de *ob- ram ¢ vivem sua cultura. Para cles,a cultura no servagio participante” expresso criada_por unto realidade “em s!", fora dos ind ituras tenham banais ¢-aparentemente insig- fundamental preender o ponto de vista do at te este procedimento paciente pode permi dos e, a partir daf, definir 2 cukura do grupo estudade, A escola “cultura ¢ pers ia americana, em seu esforgo interpretaqio das diferencas cunu- alguns antropdlogos se dedicatio a ‘compreender como os seres humanos incorpo- ~ orientagoes & os métoos dos pesgutadores€ 10s de transformacio, individu natureza idéntica 2 principio, acabam adquit do diferentes tipos de personalidade, cara risticos de grupos patticulares. Sua hi fundamental é que 2 pluralidade das culturas deve corresponder uma pluralidade de tipos de personalidade. Ruth Benedict € 08 “tipos cultursis A obra de Ruth Benedict (1887 - 1948), alu- ‘na € em seguida assistente de Boas, é dedicada ‘em grande parte & definigio dos “tipos cult sais” que se caracterizam por suas orientacdes pends um segmento particular deste um certo mimero de tipos caractesizados, lebre sobreiudo pelo uso sis 10 de pattern of culture (que dara o titulo a seu livro mais conhecido, editado em’ 1934), apesar de nio see pro riamente a autora deste conceito.A idéia pode ser encontrada na obra de Boas e de Sapir. Para Benedict, cada cultura se caracteriza entio por uma ceria configuracio, certo modelo. © termo im- plica a idéia de uma totalidade homogénea Toda cult do com 08 obj € cocrente, pois esta de acor ” ‘ou auséncia de tal trago ou de tal complexo de tragos culturais, mas sua orientacio global em co, sobretudo os 5» profundamente idarios, repeitadores, comedidos na expressio. ‘€ omodelo de seus vizinhos, 0s ‘0s duis os Kwwakiutt, 5, agressivos © até jemtos, manifestando uma tendéncia para 0 70 afetivo. Fla chamaré o primeiro tipo de apolinico"e 0 segundo, de tipo dionisiaco’ (@ referéacia a Nietesche € clara), considerando ue a estes dois tipos extremos er maior ou em. centre as duas existiam tipos intermedifrios (Benedict, 1934) 7a Na mesma époce que Benedict, Margaret Mead (1901 - 1978) preferiu orientar suas pes: quisas em diregdo 2 maneira como um indi duo recebe sua cultura ¢ as conseqiiéncias que isto provoca na formacio de sua personalidade. Fla coloca no centro de suas reflexdes € suas esquisas o processo de transmissio cultural ¢ de socializagdo da personalidade. Fla analisaré conseqitentemente, diferentes modelos de edt ‘aco para compreender o fendmeno de inscri para explicar os tes de sua personalidade devi dos 20 processo de inscrigio, Sua pesquisa mais significativa nesta érea destes casos, qu masculina e feminina ‘versais, por erermos ca, nio exisiem, com as sociedades. E mesmo, rapesh, tudo parece organizado fa Infincia para que 0 Arapesh, homem, ou mulher, seja um ser doce, sensivel, servil. En- 79 quanto entre 0s Mundugomor, a conseqtiéncia do sistema de educagho € trejnar a rivalidade e ME a agressio, seja entre os homens, entre as mulheres ou entre os dois sexos. Na primeira so- tipos de personalidades completament tos, Entretanto, elas tém um ponto em comum: nao fwendo distingdo entre “psicologia femlni- na" “psicologia mascul personalidade especificam: minina. Segundo a conc sim 0s fatos seria um contra-senso. Ao contririo,o terceiro grupo, os Chambuli pensam como és que homens ¢ mulheres sio profundamente diferentes em sua psicologia ‘Mas, difetentemente da nossa sociedade, eles tém a conviegio de que a mulher &,"por natureza", empreendedora,dinimica, solidiria com os mem bros dese seuo exroveritse qu o homer 40 joso de seus semethant as mulheres que detém 0 poder econémico e que garantem o essencial da subsisténcia do grupo, enquanto os homens se dedicam principalmente as atividades cerimoniais ¢ estéticas, que 05 colo- cam freqilentemente em competicao uns com 0s outros Bascada nestas anilises, Margaret Mead ode afirmar que: } que uma época,designa a um ow outro sexo (1935) 1963, p. 252} Deste modo, 4 personilidade individuat se_expli ies poe seus Caricteres Diotogtcos jacagh da crainea: Desa os da vida, 6 individuo € im ‘lo, seri em principio adaptada a0 modelo des- € estigmatizada em todas as sociedades, se expl- cca da mesi elo cultural, método de educacio ¢ de personalidade 56 pode rés dos homens que a vivem. O io vistos como duas real as, mas indissociiveis que agem ‘uma sobre a outra: somente se pode compreen- der uma em sua relacio com a outra, di pr alpha 3 ao a Persona lidade basica’e é diretamente determinada pela cultura a qual o individuo pertence. Linton nio a2 ignors a variedade das psicologias individuais He pensa até que a toda a gama de diferentes psieologias pode ser encontrada em cada cult 1,0 que varia de uma cul otra, € a pre- sdominfincia de um tipo de personalicade.O.qu Ine intcressa, enguanto antropélogo, ni varlagdcs pelcologicas individias, as 6 que os de sua sociedade 3 a aquisigio da primeiro lugar, familia e o sistema educativoyie 83 berlin: adquiré através / punbha! personalidade basica reage sobre a grupo produzindo por uma espécie ‘Bus le valores coexistent. ‘Alem disso, segundo Linton, preciso levar ‘om conta a diversidade de status no interior de ‘uma mesma sociedade, Nenhum individuo pode sintetizar em si o conjunto de sua cultura de or ‘gem. Nenhum individuo tem um conhecimento completo de sua cultura. Cada indiviciuo conhe- ‘ce de sua cultura apenas 0 que the é necessirio para se conformar a seus diversos status (de s€x0, de cade, de condicio social etc.) pa us diferentes cria entio modulacdes Qu maior grau de uma que Sio as “perso: 1945) Por outro lado, continuando sua reflexio so- Kardiner afirmario que o sitério passivo de sua cultura, Kardiner define as sim a personalidade bsica ‘Uma configuragio psicolégica particular pr to, el simples fato de teagos de cariter mo que a sua psicologia integre 1 personalidad basica) e com ‘uma aptidio fundamental para a criagiio ¢ a ino vacio,enquaato'ser humano, vai conteibuir para ‘modificar sua cultura, de maneira freqiiente- mente imperceptivel ¢, conseqientemente, mo- dificar @ personalidade basica. Em outras pala vas, cada individuo tem seu proprio modo de interiorizar viver sua cultura, mesmo sendo profundamente marcado por cla, O acimulo das variagbes individuais (de interiorizacio e de vivéneia) a part a personalidade bfisica permit ‘co interna de uma cultura que se faz quase sempre em um ritmo lento |AS diferentes considersges que foram apresentadas mostram que mio se pode conifin- 85 dir as conclusdes de Linton e Kardiner sobre 2 ersonalidade basica com 2s teorias romanticas “alma’e 0 "genio’dos povos. Se os antro- americanos particam de um mesmo mamento que certos excitores Ou flor concepeio flexive] ‘tural que deixa espaco para varlagdes individuais eno negligencia @ questo da md: Os tvabaihos da antropologia cultural am ricana sofferam intimeras criticas, o que temente redutora, as vezes que foi feita, sobtetudo na Franca, das teses dos cculturalista, © aspecto mais contestivel desta apresen: co unifica ‘sem levar em conta que foram primeiramente for ‘muladas por culturalistas em relagio 4 outros cculturalistas, Sempre houve uma critica interna ‘na antropologia cultural, AS propostas teéricas do culturalismo foram lancadas progressivamen- te, costiginda certas propostas anteriores. E, en ‘tre a maioria dos pesquisadores tomados indivi- dualmente, pode-sé observar sensiveis evolu ‘ges do pensamento ao long © essencialismo ou consiste em conceher a cultura co: dade em si- eritica freqientemente ‘culturalstas -€ uma critica que se aplica somen- te a Kroeber, que considerava a cultura como le de scu pattern, a revelia dos individuos. Mas a maioria dos antropélogos da escola “cultura € personalitiade” reagicam contra o isco de reifi- cacio da cultura, Margaret Mead afirma clara- mente que a cultura € uma abstracio (0 que io pode fazer uma observagio de campo de ‘uma cultura; 0 que ele observa sio apenas com Portamentos individuals. Todos os esforco hurls peximos de - Mead sera0 eni acreditam na estabilidade das culturas e es i0 atentos as evolugées culturais. Ele pi cxplicitas pelo jogo das variacé Margaret Mead insiste que a cultura nio € 'do” que 0 individuo receberia como um vamente, a0 longo de sua educa- int nfo se transmite como os genes. © individuo “se apropria” de sua cultura pro- Sressivamente no curso de sua vida e, de qual: quer maneir, nfio-podera nunca adquirir toda a de scu grupo, Q debate mais crucial em tomo da antro- ural € 0 que se refere & abordagen a 0 fato que,no plano metodolégico,€ as vezes til e até necessirio se agin “como se" uma cul tura particular existisse enquanto entidade se- parada com uma real autonomia,mesmo que, na l realidade, esta autonomia seja apenas relativa €m relaglo 3s outras culturas vizinhas. (Os culturalistas, seguramente no conse- ‘guiram definir de uma vez por todas a “natureza dda cultura’, para usar a expresso de Krocber [1952]. A diseussao continua aberta.A antropo- Jogia cultural ameri para esta discussio, prosseguindo com suas pes- quisas de maneira freqdentemente muito inova 39 48 snas outtas expresses Os pesquisadores © que se refere& natureza (no homer) € 0 que setter cra Pes fora uit tenon os tentmenos de ingorporag ca ctr no en to prépeo do tema musta que me oon 0 €tabalhado pea curs Bes capiconen gue elu imerpeeta a ta At as fngdes vats sf tonnads” pela mk copula dar er mae tam detec ia aaa come Devesse & escola “cultura ¢ personalidade” a énfase na importincia da educag3o no proces 80 de diferenciagio cultural. educacio é neces. Siria e determinante entre os homens, pois o set umano quase no tem progruna genético que guie 0 seu comportamerito. Os prépsios bidto- {08 dizem que © \inico programa (genético) do homem € que 0 leva a imitar ¢ aprender As d= ferencas culturais entre os grupos humanos so saveis em grande parte por sistemas ucagilo diferentes que inciuem os métodos de criacao dos bebés (aleitamento, cuidados do sociedades. Hles acreditaram poder estabelecer uma correlagio enjre uma estreita dependéncia em relacio & mie na infancia ¢ a institucionali- zagio destes ritos. Nas sociedades em que a of ganizagiio da maneira de dormir prevé que a mie e a celanca durmam juntas € o pai durma separado deles durante virios meses € até al- gums anos, 0s ritos de iniciacto, verdadeiro apo- geu da formacio pedagégica, sio particularmen- te rigorosos. Tudo se passa, neste caso, como se de seus filhos, decidissem separiclos da influén: ‘cia da mic e afirmar sua autoridade sobre eles para prevenie qualquer revolta,integrando-os no ot mundo mascul Anthony, 1958}. lendo ser confundidos com ele, inspira Tame nos trabathos dos antropélogos america W808 sobre a cducagao. Jacqueline Rabain mos. trou que a educacio da crianga wolof Senegal) Tenta ev wrizacio da crianca para fa Vorecer sua integracdo sockal. Pt isso, ni zem cumprimentos as criangas ou a iio ser sob uma forma dissimulada € poderia trazer «, logo, marginaliza licas observacdes admitidas a respeito das ico" Rabain, 1979, p.141].A pedagogia wolot é es Sencialmente uma pedagogia da comunicacio, A.aprendizagem do uso social da palavra é mu 10 codificada ¢ € 20 mesmo tempo“a aprendiza- gem de uma gramética-das relagées sociais” sigGes so- realizacio“pes soal” da crianga © que as aquisicdes técnicas, ‘cuja'aprendizagem nao € sistematizada, ‘Com 08 diferentes culturalismos, 0 conce- to de cultura foi consideravelmente enriqueci- do. cultura ndo aparece mais como uma sim Pies reuniio de tragos dispersos. Ela é 92 (Whiting, Kluckhohn e 8 pesquisadores posteriores, mesmo ‘como um conjunto organizado de elementos in- terdependentes, Sua organizagio € tk r tante quanto 0 seu contetido, nagem yaua € cultura sem +0 privilegiado da antropologia, por ser ‘om si,mas ele deve também estudar a cast Whos (a tinguagem como elemento de cls Ficacio € organizacio da experié ue Sapit selativizou negando q\ uma correlacao lireta entre um modelo cult no € tudo: podese inguagem como condigao da ms razdes. € uma condicio iaerénica, pois € sebeetudo por meio da seu grupo; educa-se, instruise a crianga pela pa lava ela € criticads cam por mio de ope sides coin 0 por regbes Ls cas, Conseqiientemente, een cccher as estruturas correspondentes a ‘encarada sab diversas aspectos Bs Sse Na Franga,a a nfo teve mui da totalidade cultural foi retomado, ainda que .ova_ perspectiva, por Claude Lev tara deste modo: iho Todos estes sis imir certos aspectos da relicade fsicae da realidade social, e mats in da, as celagGes que estes dois tipos de realids- seus colegas americanos. Durante e depois da Se- gunda Guerra Mundial, de 1941 a 1947, ele pas ssra longas temporadas nos Estados Unitlos € co- 95 nigcera as obras da antropologia cultural, sobre tudo o trabalho de Boas, Kroeber e Benedict. trauss tomaria emprestado que pertencem ‘40 grupo, para quem estas combinagées perma- cientes, de Benedict aparece claramente IS que Se seguem, extraidas de Tristes 968 \Sgicas,serla possivel chegar a conse icos, em que todos 0s cos- implesmente possiveis apare- agrupados em familias € onde nds pre- sas recoaecér os costumes que cfetivamente adotaram (1955, los especificos. O que ele procura descobrir na variedade das produgées humanas sto as cate ano, ‘A ambicio da antropologia estrutural de rauss € localizar e repertoriar as"invarian- 10 €, 08 matesiais culturais sempre digbes muito gerais de social, € possivel encontrar regras iversais, que também sio princi jedade, Esta lade de viver em sociedade, ganizagio da vida social depende da implica a claboragio de regras sociais. dispensiveis da ropologia estrutural pre fundamentos universais da C\ (que se realiza a ruptura com a Natt A antropologia cultural vai exercer uma grande influéncia sobre a sociologia americana. A. io de cultura seri muito utilizaca por grande nero de sociélogos americanos que se aposatio sociedade que os acothia, como no famoso {0 de William I-Thomas sobre © Campones Po- Jonés na Europa ¢ na América, publicado en tte 1918 e 1920. Ou como Robert E. Park, ‘ham interesse 1 desta confrontacdo nasce o*homem marginal” ‘que, segundo a definigdo de Park, faz parte mais ‘ou menos dos dois sistemas, © notvel desenvolvimento da antropolo- gia cultural americana na década de trinta tera grande impacto sobre uma parte da sociologia, A aproximagio entre sociologia ¢ antropologia ’ evou a sociologia a tomar emprestado 0s méto- dos da. an has". Estas comunidades, em geral cidades pe- quenas ou médias, ow ainda baisros, vio ser abordadas pelos pesquisadores da. m neira que um antropélogo aborda uma comuni- dade de uma aldein indigena, A hipstese consi« derada é que a comunidade forma um microcos- mo representativo da sociedade inteira 4 qual la pertence, permitindo aprender a totalidade a cultura desta sociedade [Herpia, 1973] Os estudos de comunidades, sobretudo ‘com Robert Lynd, pretendiam, no i cultura americana em sua globalidade, como Ruth Benediet podia definir a culfura di Mas os sucessoses de Lynd se dedicaram pr palmente a reconhecer e a ¢stu oconceito des ora” (sem que 0 termo im: plique uma interpretagio que poderia levar a \clo de “personalidade idlogos distinguem enti mi seferéncia & qual cles pretendem se opor: eles se utilizam de seu cariter problematico eh rogéneo, Longe de enfraquecer 0 sistema cult ral, eles contribuem para renovido ¢ para de- & cultura que ele denuncia. Uma no passa definitivamente de suns deles recorreram & nogio de*so- cializagio, entendida como sendo 0 proceso ‘iedade ou 2 um grupo particular pela interior zacio dos modos de pensar, de sentir © agit, ou scja,dos modelos culturais préprios a esta socie- dade ou a este-grupo. As pesquisus sobze a so- Gializagio que sio feitas geralmente com uma comparativa (entre iais,entre sexos, et) de aprendizagem aos quais 0 indivi- ibmetido e pelos quais se opera esta io, assim como os efeitos que eles usada a partir do final dos anos Javra remete a uma questio fundamé

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