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9002015, Vardveis Complexas Hoje & 19/06) Vocé esté aqui: Matematica > Varidveis Complexas > A teoria da ~ 4 Twoetar 0 Ccurtir * Comparthar 20 pessoas curtram isso, Seja 0 primero entre seus amigos. Traduza ‘S| Pesquise | Ajuda ?|| Formato Livro® 12/05/201 Variaveis Complexas 3: A teoria da Integral Indice: 3.1 Arcos e 3.1_Arcos e Contornos contornos 3.2 Exercicios 3.3 _Integrais de fungées complexas Um arco continuo é 0 conjunto 3.4 A integral de contorno parametrizado 3.5. Exercicios 3.6 Teorema de Cauchy 3.7__Integrais e Primitivas 3.8 Exercicios 3.9 _A formula da integral de Cauchy 3.10 _Exercicios 3.11 Teorema de Morera 3.12 _Fungdes harménicas 3.13 Exercicios C= {2 =x() + d(),a sts b}, onde z(f) é continua. Observamos que 2(#) é continua se, e somente se, x(f) y(t) sdo continuas. Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 6 9082015 Vardveis Complecas Cc \ wy CN 24-8) z(a) @) 2(-a) ) Figura 1. (a) (b) O mesmo arco, com orientagao oposta, é denotado por —C e pode ser parametrizado por 2) =2(-0,-bSts -a como estd mostrado nas figuras 1 (a) e (b). Um arco simples ou arco de Jordan ¢ um arco sem auto-intersegées. Uma curva fechada ¢ aquela que satisfaz 2(r) = 2(), com f; # fy, As curvas da figura | sao simples enquanto na figura 2 as curvas sao: (a) ndo simples, com intersegdo, (b) fechada simples, também chamada curva de Jordan, (c) fechada, com auto-intersegao. (a) (b) (c) z(a) z(b) z(a) = z(b) Figura 2. (a) (b) (d) Um arco C, parametrizado por z(t) = x(1) + H(t) é dito regular se a derivada z (1) = x (0) + iv (existe, € continua e 2(f) #0 VF no intervalo Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 236 9082015 Varitves Complexes de definig&o da curva. Isto garante que a curva possui tangente em qualquer um de seus pontos. O angulo formado pela tangente com o eixo Oxé arg(2’) Um contorno ou caminho ¢ um arco regular por partes, ou seja, um arco composto por sub-arcos regulares, C= Cy UC) U... UC, Exercicio — Resolvido. = (V Faga um esbogo dos arcos i14--—--—-—-- de curva parametrizados por Figura 3 (az) = 1+ it, (b)zy = t+ it, it, (zy arti, (ozs todos no intervalo 0 <1 < 1. O arco (a) tem parte real constante x = 1 & imaginaria y=, Ele €, portanto, 0 segmento de reta (1,4) no plano complexe, com inicio em (1, 0) e fim em (1, 1). A curva (b) corresponde a x =t,y =f ou, em outra representagdo, 0 segmento de reta y = x. A curva (c) 0 arco de pardbola x = y? enquanto a curva (d) é 0 arco de parabola y =x*, como representado na figura 3 Exercicio Resolvido. Identifique e faga um esbogo da curva parametrizada por =(0) = re”; 0 < @ < 2. Esta curva pode ser escrita como 2(4) = r(cos@ + isen@) e portanto tem partes real e imaginaria Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 9082015 Verivels Complexas y x = reos6, y = rsend. 2 para ie Observe que x? +y? qualquer valor de @. Quando o A sj pardmetro varia de 0 até 2x a curva realiza uma _ volta completa sobre a circunferéncia de centro na origem e raio r. Esta é uma curva de Jordan, representada na figura 4. Figura 4. Teorema de Jordan: Toda curva C fechada simples divide 0 plano em duas regides, sendo C sua fronteira comum. O interior R é uma regiao limitada, simplesmente conexa, ou seja, qualquer curva fechada simples em seu interior pode ser deformada continuamente sem sair de R. Na figura 5 a regiio R é simplesmente conexa enquanto R' ndo é Um exemplo de uma uma regizio perfurada, conexa mas nao Figura simplesmente conexa, & 0 dominio da fungéo fiz) = Inz é [Unexpected text node: A uma regido deste tipo chamaremos de regido multiplamente conexa. 3.2 Exereicios Identifique as curvas dadas abaixo: 1 z=3tti?, -0<1< om, 2. 2=3P +5it, -00, z=l/ttit, l Le col (ern Ja = (1+) 7 Exemplo: Vamos calcular a integral de contorno I= che)dz onde 0 integrando fe 0 caminho fechado C sao dados respectivamente por Unexpected text node: '; Observe que C € 0 arco da circunferéncia de raio R no primeiro e segundo quadrantes. Sobre este caminho lz) = |= 7. Como R ¢ constante é conveniente parametrizar o caminho usando a variavel 0, fazendo Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 9082015 Vartvis Complex 2(0) = r(cos0 + isen),0 < 0<7z, enquanto a diferencial é dz = z'd0 = r( - senO + icos6)d8. Juntando os termos, a integral procurada é ® I= J1°(- send + icos6)d0 = 1? [eos + isenalg | = = 2° 0 Observe que, se 0 caminho fosse fechado, z = re’®, 0 < 0 < 2a, a integral seria nula pois Qn Qn 1= [ r{ire!\d0 = ir? J eda = 0 0 0 Para calcular a integral neste segundo caso usamos a parametrizagao z= re, 0 <0<2n, coma respectiva diferencial dz = ire!d0. Propriedades da integral de contorno {As seguintes propriedades valem para a integral de contomno i) A integral de contomo ¢ linear Joe) + g@)lde = Jofledde + fog(erae, Jeafte\dz = af cfle)dz, onde a é uma constante complexa. ii) Se C € a unido de caminhos disjuntos, C = C, UC) U... UC, entdo Joted: = fofa)dz + foxflde +. + fofle)de. Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 9082015 ais Complexes Segue dai que a integral ao longo de um caminho fechado nao depende do ponto inicial onde se inicia 0 caminho. Dizemos que ela é invariante por translag6es do parametro. iii) A integral muda de sinal se percorremos 0 caminho em sentido oposto: J-feddz = - [ofle)de. Para mostrar esta afirmagao fazemos -C= {21 = 2-05 -bF(0dt, propriedade 3 vy) Se fé uma fungdo continua sobre o arco C entdo existe uma constante Mpositiva tal que |f{z)| < M, Vz € C. Dai, e da propriedade anterior, < Jetaeylidel < Mf clde| = ML, onde L ¢ © comprimento do arco C. A iltima igualdade pode ser justificada da seguinte forma: se 2(¢) = x(t) + p(t) entdo dz = dx + idy e jae IPH) (BY a vi) A integral J¢f(z)dz nao depende da escolha de uma parametrizagéo para C. Representando 0 caminho C por meio da parametrizagao 2(f), t; St < ty ent&o calculamos ty T= [oflehde = [fe(o)e(oat. 4 1 Podemos também usar outra parametrizagio dada por z(t) = =(t(r)), t) 0 1 h{F@+h}-F(z)). Note que F@th F(z )=Lz 0 z+h-/z 0 z ]f(w) dw=/zz+ hf (w) dw. Definindo uma fungdo auxiliar n (z,w)=f (w)-f (z) podemos escrever Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 9082015 Vartvis Complex F'(z)=limh> 0 1 hfzz-+h [f(z)+n (z,w) |dw=f (@+limh> 0 1 hfzzthn (z,w)dw. Na relaco acima foi usado 0 seguinte fato limh> 0 1 hfzz+hdw= 1 . Resta mostrar que o limite no segundo termo, é nulo. Para isto observe que, em médulo, vale 11 hfzz-rhy @,w)dwl< 1 th | fzz-+h In(z,w Jd |. Como f(z ) é analitica, portanto continua, dado e> 0 existe 6> 0 tal que Ih (Zw) IsIf (w)-f @i 0 temos que e> 0 de onde concluimos, como pretendiamos, que F'=f. Corolario: Nas mesmas condigdes do teorema acima temos que fo 0z1 f@)dz=FZ 1 )-F 0), onde F(z ) é uma primitiva qualquer de f. Exemplo: A fungao z+ 1 n+ 1 € uma primitiva de zn para n inteiro nao negativo qualquer. A seguinte integral pode ser diretamente avaliada: Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 9082015 til Complexe folz2mde= intl mt 1 wl2z2=1n+1 @2nt1-xintl ). importante ser util na solugdo de diversos problemas Uma observ: que se apresentardo. Suponha que desejamos calcular a integral de caminho gC 0 f(z) dz, onde f(z ) ¢ analitica em uma regio R, exceto em regidesR 1 JR 2 € R 3. contidas em R, e C 0 é um caminho que envolve as regides R 1 .R 2 eR 3 uma vez no sentido positivo, como representado na figura 8. Figura 8: A fungdo f € analitica em OR exceto em. Ry, Ro, Rs O contorno C, envolve Rj, Ry, Ry uma vez no sentido positive. C), C2, C3 sdo contornos arbitrarios envolvendo estas regides. (6 analitica na regiao hachurada, contornada por C. Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 21106 9082015 Verivels Complexas Podemos construir caminhos arbitrarios C 1 ,C 2 eC 3 envolvendo estas regides e, com elas, um novo contorno C=C 0 UT 1 U-C 1 U-T 1 UT 2 UC 2 U-T 2 UT 3 U- C3uUT3, de forma que f(z. ) € analitica em C e na regio circulada, sendo portanto fCf (z) dz= 0 . Notando que as integrais sobre os caminhos Ti e -Ti (i= 1 , 2, 3 )secancelam restam apenas os termos 0 =$CF(z) dz=/C 0 F(z) dz-fC 1 f@)dz-JC 2 f@dz-JC3 Ff (@ dz, de onde se conclui que JC 0 F@)de=/C 1 F (2) dz+JC 2 F@)dz+JC 3 f(z) dz. Cabe notar que 0 mesmo procedimento pode ser usado para integrar sobre regides onde existam um numero finito arbitrario de regides onde f(z ) nao ¢ analitica, Estas regides, muitas vezes, envolvem pontos discretos onde f no ¢ analitica Exemplo: Se C é um contomo qualquer envolvendo z 0 uma vez, no sentido positivo, calcule I=fCdzz-z 0. Pela observagdo feita acima verificamos que a integral tem 0 mesmo resultado se for avaliada ao longo de outro caminho C’ qualquer em torno de z 0. Escolheremos entio um caminho que admita uma parametrizacdo simples ¢ facilite a solugdo do problema. Em particular podemos tomar C' como a circunferéncia de centroemz 0 e raio 5, Cilz-z 0 |=6, Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 9082015 Verivels Complexas Cc Figura 9 tomando 0 cuidado de que 6 seja suficientemente pequeno para que C’ esteja inteiramente contida na regido interior 4 C, como ilustrado na figura 9, Neste caso podemos escrever rz 0 =8 ¢ i®, 0 <0< 2 x, dz=id e id. A integral se torna I=/0 2 mid © i0d05 © i0=if 0 2 nd0= 2 ai. Podemos resumir os resultados discutidos acima da seguinte forma: fCdzz-z 0 ={ 0 se C naocontormaz 0, 2 ai, se C contornaz 0 uma vez no sentido positivo. Um conceito util que sera estudado com mais detalhes mais tarde é 0 de singularidades. Se uma fungdo f(z) é analitica em toda uma regiéio RCC, exceto em pontos isolados zi entéo dizemos que zi sao singularidades isoladas de f. Como exemplos as fungdes fZ)= 12241 © g(z)=zsenz Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps 9082015 Variveis Complexas possuem singularidades isoladas, respectivamente, em z=+i e z=nm (n= 0 +n +2 0 3.8 Exercicios Verifique se so nulas as seguintes integrais {Cf (z) dz: I)f(z)=z+ 1 z- 3 , onde Céocirculo izi= 2 . 2)fz)= 3 2 2 zt 2 i,ondeCéocirculolzi= 3 2. 3)f(z)= 3 zezz 2 + 3 ,ondeCéocirculoi= 5 4. 4)f(z)=In (z- 2 i)z+ 2 , onde C é 0 quadrado de vertices + 1 +i. S)@=In (+t 1 jz 2-9, onde C é 0 circulo x 2 +y 2 - 2x= 0 6) f(z )=In (z+i)z 2 - 9 , onde Céocirculox 2 +y 2 + 2 x= 0 7) f(@ )=In (z 1 +i)z 2 + 9, onde C € © quadrado de vertices + 1 ti 8) f(z)= 1 z 2 , onde C é qualquer caminho que envolve a origem uma vez, no sentido positivo. 9) Calcule a integral de f(z )= 1 /z sobre o caminho C de -i até i passando pelo semiplano Re(z)> 0 . 10) Calcule a integral de f(z )= 1 /z sobre 0 caminho C de -i até i passando pelo semiplano Re(z)< 0 . 11) Combine os resultados dos exercicios (9) e (10) para obter ¢Cdzz, onde C & qualquer caminho que envolve a origem uma vez no sentido positivo, 3.9 A formula da integral de Cauchy Inpstphytos.nevmatemancarvave- caps sanwa01s Verdls Complecs Outro resultado importante devido a Cauchy é a formula da integral. Ela expressa o fato de que uma fungéo analitica em uma regido R fica completamente determinada por seus valores na fronteira de R. Ela também pode ser usada para expressar sob formas integrais todas as derivadas de uma fungao holomorfa. Teorema: Seja f uma fungdo analitica em uma regiéo simplesmente conexa R. Se C é um contorno fechado inteiramente contido em R que envolve 0 ponto z 0 uma vez no sentido positivo entao fCilz)2-2 0 dz= 2 nif(z 0 ). (5) Demonstragao: Iniciamos por reduzir a integragao ao contorno C8: Iz-z 0 I=8, um circulo com centro em z 0 e raio 3, com 8 suficientemente pequeno para que C8 esteja na regido interior a C. Como o integrando é analitico na regitio hachurada (figura 10) entdo fCU-C8f (z)z-z 0 dz= 0 >¥Cf Figura 10. (z)2-z 0 dz=fCf (z)z-2 0 dz. Defina a fungdo auxiliar g(z)={ {(z)-f(z 0 jez 0 se z#z 0 , f(z 0 ), se z=2 0, observando que g(z ) é analitica em z 0. Isto significa que fCdg (2) dz= 0 =$CAF(z)z-z 0 dz-fCBE(% 0 )z-z 0 dz. ‘A segunda integral ja foi calculada em um exemplo anterior, Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 9082015 Verivels Complexas fCAE(z 0 \e-x O dz=f(z 0 )~CBdzz-z 0 = 2 xif(z 0), onde f(z 0) foi tirado de dentro do sinal de integragdo por ser uma constante com relagdo a varidvel integrada, Fica assim mostrado o teorema. O teorema acima foi enunciado e demonstrado para valores fixos de z 0 . Note, no entanto que nenhuma consideragao foi feita para que este seja um ponto particular no plano complexo. Podemos reafirmar o teorema para pontos variaveis de C, da seguinte forma: se f é uma fungdo analitica entao ela assume os seguintes valores sobre pontos 2 contidos na regido interior a C, f(z 1 2 nifCf (w)w-zdw. A variavel de integragao foi renomeada para diferencié-la da variavel livre, z. Isto significa que uma fungdo analitica pode ser valiada no ponto z interior a curva fechada C se conhecermos somente seus valores sobre 0 contorno. Observe que z € uma singularidade isolada do integrando, embora f(z) seja analitica. Exemplo: Usando a formula integral de Cauchy podemos calcular fCsenzz-idz; onde C: lz 3 lle 2. O unico onto singular do integrando é =i, que esta na regidio interior ao contorno C, como Figura 11. mostrado na figura 11. Tomamos entéo z 0 =i ¢ f(z )=senz para uso da formula 5, Como resultado Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 9082015 Verivels Complexas y= 2 nif (= 2 mi 2 i(e 1 -e)=m( 1 ee). fCsenzz-i Ovalor de seni foi calculado da seguinte forma: por definicao senz= 1 2 i(eiz-e-iz), portanto, seni= 1 2 i(e- 1 -e). Exemplo: Para calcular I=fCzdz( 9 -z 2 \z+i); onde C:lzl= 2 observamos que 0 integrando possui trés pontos singulares, que séo_z = —iez=+ 3. Os pontos z = + 3 no entanto, nao estao dentro da regiao envolvida pelo contorno, de modo que podemos tomar z 0 =if(Z)=z( 9 z 2 ), ea integral ¢ I= 2 aif()= 2 iC 9 + 1 Jan. Exemplo: O cdlculo da seguinte integral I=fCdzz 2 + 1 onde C ¢ 0 retangulo de vertices 4 2 + 2i pode ser feito de duas formas, Os pontos z = +i so as tnicas singularidades do integrando e¢ ambos estdo dentro da regiao limitada pelo contorno C. A integral pode ser reduzida ao calculo sobre os contornos C) e C, como se mostra na figura 12, fC=fC 1 +fC 2 , assumindo a seguinte forma Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 2196 9082015 Vardveis Complecas 2427 Isl 1 41.2 =C 1 dz (z+i) (Zi) + fC 2 dz (z+i) (2 i), onde escrevemos z 2 + 1 = (z+i) (z-i). Na primeira destas integrais apenas z 0 =i é um —2-21 ponto singular. Fazemos f Figura 12. (= 1 / (+i) e usamos a formula da integral 11 =2nif@0)=2 ai 1 2 i=n Para calcular a segunda integral tomamos z 0 =-i e f(z )= 1 /(zi ). Usando novamente a formula da integral temos 12 =2 nif(@ 0 )= 2 nie 1 2 ima, de modo que a interal procurada é nula l=¢Cdzz 2+ 1 =I 1 41 2 =nn= 0. Alternativamente, podemos proceder da seguinte forma. Escrevemos 0 integrando sob forma de frag6es parciais: 122+ 1 = 1 (+i) (zi)=Az+it+Bz-i. Para que a identidade seja satisfeita temos que identificar os numeradores, ou seja 1 =A (z-i)+B (z+i)=z (A+B)+i (-A+B), © que resulta no sistema A+B= 0 -A+B=i,}> A=i/ 2 ,B=i/ 2. O integrando pode portanto ser escrito como Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 9082015 Vardveis Complecas 1224 1 =i 2 ztii/ 2 zi ea integral procurada é nula, Isi 2 (fCdzz+i-fCdi Observe que cada uma das integrais acima tem a forma de i= 0. fCdez-z 0 = 2 ai onde C envolve apenas um ponto singular z 0 uma vez, no sentido positivo. Devemos nos recordar, neste ponto, de que fungdes reais de uma variavel real so chamadas de fungdes analiticas se possuem derivadas de todas as ordens que sao, por sua vez, também analiticas. Isto garante que elas ta. possuem uma expansio de Taylor, em séries de poténcias terminologia tem origem no estudo das fungées de varidveis complexas, devido ao teorema que se segue. Teorema: Uma fungao analitica em uma regio R do plano complexo possue derivadas de todas as ordens em R, Estas derivadas sao, também, analiticas e podem ser obtidas por derivagao direta da formula de Cauchy, sendo dadas por F(z)= 1 2 nifCf(w)(wez) 2 dw. Demonstragio: Seja C um contorno fechado simples em R ¢ z um ponto na regio interior a este contorno. Podemos ento escrever f(Z)= 1 2 nigCf (w)w-zdw. Admitindo a possibilidade de inverter a ordem de operacao entre a derivada e a integragao obtemos Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 9082015 Vartvis Complex f (z)=ddzf(z)= 1 2 niddzfCf(w)w-zdw= 1 2 nifCddzf (w)w- zdw. Observando que f(w ) é constante, do ponto de vista de variagées em z, € ddz 1 w-z= 1 (wez) 2 chegamos ao resultado que queremos mostrar: F(z)= 1 2 nifCE(w)w-z) 2 dw. Como conseqiléncia do teorema podemos obter a derivada segunda derivando mais uma vez.a ultima expressao, f= 1 2 iff (w)w-z) 3 dw. ou, por indugao, a derivada de qualquer ordem f(n)(z )=n! 2 nifCf (w) (w-z)nt+ 1 dw. 6) 3.10 Exercicios 1) Demonstre a equagio 6 Use a formula da integral de Cauchy para calcular as seguintes integrais 2) fle 1 l= 2 edz 2, 3) fet 1 I= 2 edt 2, 4) fiz 2 il= 2 senzz-idz, 5) fil= 2 zcoszz-idz, 6) fiz- 1 l= 2 e izdzzti, 7) fii= 1 izdz 1-22, 8) fz 11-2 e izdex- 27, 9) fue 1l=2 © ude 2-4. 10) fCdzz 2 + 1 onde Cé0quadrado de vertices 0 , 2 it 1 +i. 11) fCdzz 2 + 1 onde Cé 0 quadrado de vertices 0 - 2 i 1 =i. 12) fCzezdzz 2 - 2 2 3. onde C0 losango de vertices + 2 +i. Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 9082015 ais Complexes 13) Use a formula da derivada para calcular a integral ficl= 3 cosiz 2+ 3 z 1) 2243+) 2 dz Algumas respostas: 2) 4ni 3) -4mi 4) eC 1-e 2)/e 5) - me 2+1 Ve 6) 2nic 7 wW2 8) x 9 ime 2/2 10) we Il) -e 12) wi 2 e 13) 0. Exerecicios Resolvidos: 5) Faga f(z )=zcosz, ez 0 =i. A integral ¢, portanto, I= 2 zi (icosi ). Como cosz= 1 2 (eizte-iz)Scosiz 1 2 (ei 2 +ei 2 = 1 2 (e 1 te), temos I=-n(e- 1 +¢)=-a(e 2 + 1 Ye 13) Dada a integral I=flzi= 3 cos@ 24321 (2243 )2az defina lw)=fll= 3 cos@2+32z1 (2e2w)2d=-1 4F Wiz 3 cos(z 2+ 3 z 1 Yew) 2 dz Observe que a integral procurada ¢ I=I (- 3 / 2 ). Pela formula da derivada, obtida da formula da integral de Cauchy, temos lw)= 1 4 ddw¢lzi= 3 cos(z 2 + 3 2 1 )z-wdz, ond a Ultima integral pode ser avaliada fazendo f (w)=cos Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 316 9082015 Vardveis Complecas (w 2 + 3 w- 1). Portanto I(w)= 2 mi 4 ddw [f(w) =i 2 ddw[cos(w 2 + 3 w- 1 DI. Esta derivada pode ser obtida diretamente: I(w )=-mi 2 [sen(w 2 + 3 w- 1 )\( 2 w+ 3). A integral procurada éI=I(- 3 / 2 )= 0. 3.11 Teorema de Morera Uma fung’o analitica>, como vimos, possui derivadas de todas as ordens e suas derivadas so |] Por isto se também analiticas. Por outro lado a integral de uma} chama de fungfo analitica, quando integrada sobre um_ | fungdo contorno fechado ¢ sempre nula. O teorema seguinte |] analitica a uma afirma que a reciproca ¢ também verdadeira. fungao real . jue possui Teorema de Morera: Seja f uma fungdo continua | “"°? - expansiio de em uma regido R satisfazendo Taylor em Cf (z) dz= 0 tomo de um ponto X, para todo contorno C em R. Entao f¢ analitica em R. qualquer, 0 que equivale a Demonstragio: Seja 2) um ponto fixo qualquer de | gior que ola R.A fungao possui Fa)efe 0 ut(w) dw derivadas de todas as independe do caminho de integragdo pois, por | oMdens. neste hipotese, a integral sobre um caminho fechado é | Ponte. nula. Como no teorema da primitiva, F é analitica ¢ sua derivada, tpsipoylesnetmatematicaveve-cap3! 9082015 Verivels Complexas ddzF (z)=ddz fz 0 zf (w) dw=f (2), é, também, uma fungées analitica, o que conclui a demonstragao do teorema. 3.12 Funcées harménicas Uma fungdo ¢ chamada de harménica em uma regido R se, nesta regiao, ela possui derivadas de segunda ordem e satisfaz 4 equagao de Laplace V 2 u=d 2 udx 2 +0 2 vox 2 = 0 Se f(z =u(x,y )+iv (xy) € analitica em R entao ela possui derivadas de todas as ordens ¢ ddz=00x=00 (iy). Podemos entiio derivar as equagdes de Cauchy-Riemann um numero arbitrario de vezes. Derivando uma vez ux=vy (em x)> uxx=vyx uy=-vx (em y)> uyy=-vxy_ } =uxxtuyy= 0 , ux=vy (em y)> uxy=vyy uy=-vx (em x)> uyx=-vxx } =>vxxtvyy= 0 , de onde concluimos que, se f é analitiva entdo u (x,y) € v(xy ) sdo fungdes harménicas Uma questao interesssante que segue dai ¢ a seguinte: dada uma fungao harménica qualquer ela pode ser considerada parte real ou imaginaria de uma fungao analitica? A resposta é afirmativa, como mostraremos a seguir para 0 caso geral. Antes disto, porém, vamos mostrar em um exemplo como encontrar a parte imagindria de uma fungao analitica se conhecemos sua parte real Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl 9082015 Verivels Complexas Exemplo: A fungiio u (x,y)=x 2 -y 2. € harménica pois uxx= 2 wnyy= 2 ,V 2u=0. Queremos determinar v=Im (f) de forma que a fungéo f=u+tiv seja analitica. Usando a primeira condig&o de Cauchy-Riemann ux= 2 x=vy podemos determinar, por integragao, que v=-/ 2 xdy= 2 xyth(x), (o) onde h é uma fungdo, por enquanto indeterminada, mas que so pode depender de x. Para encontrar h usamos a outra condigao uy=- 2 x=-vxvx= 2 x. Comparando com a equagio 7 obtemos vx= 2 y+h! de onde concluimos que h'= 0 ¢, portanto h=c, uma constante. A fungfio analitica procurada é f(z)=x 2 -y 2 + 2 ixy+c=z 2 +c. A fungdio v € a chamada harménica conjugada de u. O caso geral pode ser tratado da seguinte forma: dada u (x,y) uma fungaio harménica procuramos sua harménica conjugada, v. Sua diferencial sera dv=vxdx+vydy=-uydx+uxdy. Procuramos v na forma de vixy =v 0 +/(x 0 yy 0 )(xy -uydxtuxdy, Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsl soe01s Varives Complexes onde v 0 =v(x 0 yy 0). A fungéo v(x ) esté bem definida e possui derivadas continuas se a integral independe do caminho, ou seja, se - uydx+uxdy é€ uma diferencial exata. Se isto ocorre entdo ¢ uydx+uxdy= 0 pois flv= 0 . Para mostrar que este ¢ exatamente o caso denotamos por R' a regiao interior ao contorno C e usamos 0 teorema de Green fruydx-+uxdy=//R' (uxx+uyy )= 0 sendo que a iltima integral é nula porque w ¢ harménica. 3.13 Exercicios Mostre que as fungdes u dadas abaixo so harménicas, encontre suas conjugadas harménicas e as fungGes analiticas f=u+iv. 1) usx- 5 xy 2) usx- 4 xy 3) u=senxcoshy 4) u=x 3-3 xy 2 Algumas respostas: 1) f@=z+ Siz 2/24c¢ 3) v= (z)=senz+c. érie de Poténcias Leia no site: | Devemos Acreditar na Ciéneia? | Hipétese, Modelo e Teoria em Fisica | Cosmologia - osxsenhy+c,f Teorema dos Residuo: Estrutura do Universo | Historia da Pessoa com Deficiéncia | Mapa do Site | Links e Sugestées de leitura | Arquivo | Downloads | (@Ajuda para uso do Site! "Vocé nao pode atirar em mim! Minha tolerancia para a morte a ‘é muito pequena e meu médico disse que no posso ter balas ————penetrando-o met corpo-enrenhunrmomento:Woody Atle ——— Inpstphytos.nevmatemancatvave- caps 9002015, Vardveis Complexas como Jimmy Bond Inpstphytos.nevmatemancarvave-capsy

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